o que ensinar sobre verbo

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COMPONENTES: MAGNO, SOCORRINHA, DANIELA ANTONIA MARA, JOSELINA, LUCILENE CHAPADINHA - MA FACULDADE DO BAIXO PARNAÍBA - FAP PROFESSORA: ROSINALVA CARDOSO

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Page 1: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

COMPONENTES:

MAGNO, SOCORRINHA, DANIELAANTONIA MARA, JOSELINA,

LUCILENE

CHAPADINHA - MA

FACULDADE DO BAIXO PARNAÍBA - FAP

PROFESSORA: ROSINALVA CARDOSO

Page 2: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

O ENSINO DO VERBO

COMO TEM SIDO O ENSINO DE VERBO

O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

FORMAS VERBAIS X CATEGORIAS VERBAIS

O QUE TRABALHAR

NÚMERO PESSOA TEMPOSMODALIDADEVOZ ASPECTOS

CONCORDÂNCIA VERBAL REGÊNCIA VERBAL

EXEMPLOS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DO VERBO

Tipos de atividades

Page 3: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Agora iremos visitar o Campo de Marte onde vivem acampados os VERBOS, uma espécie muito curiosa de palavras. Depois dos Substantivos são os Verbos as palavras mais importantes da língua. Só com um Nome e um Verbo já podem os homens exprimir uma ideia.

Monteiro Lobato, Emília no País da Gramática.

Page 4: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

COMO TEM SIDO O ENSINO DE VERBO: O CASO DOS LIVROS DIDÁTICOS DE 5ª A 8ª SÉRIE

O que a escola tem trabalhado nas atividades de ensino de verbo?

Para responder esta pergunta vamos nos valer dos estudos feitos por Nunes, G. (2001)

“Partindo do pressuposto de que os professores ensinam basicamente o que está proposto pelo livro didático [...] Nunes, G. (2001) fez um levantamento do que tem sido ensinado sobre verbo nas escolas de ensino fundamental (5ª a 8ª séries)

Para fazer seu levantamento Nunes usou quinze coleções de livros didáticos num total de sessenta volumes (quinze de cada série). Dez dessas coleções eram classificadas pelo MEC com três, duas ou uma estrela como forma de orientação do professor na adoção ou não dos livros didáticos e cinco não contavam da relação de coleções analisadas pelo MEC. Segundo Nunes, G. (2001) não há diferença notável entre as primeiras e as segundas no que dizem respeito ao ensino do verbo.

Page 5: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

COMO TEM SIDO O ENSINO DE VERBO: O CASO DOS LIVROS DIDÁTICOS DE 5ª A 8ª SÉRIE

“O estudo é predominantemente teórico e voltado quase

exclusivamente para as formas (flexão, identificação e denominação),

pois o trabalho com a significação é raro.

Na verdade, a preocupação com a significação parece ocorrer

só com uma coleção em atividades de gramática reflexiva em que o

autor busca incorporar sugestões feitas por Travaglia 1996), todavia

sem maior amplitude de  aplicação [...]  suas possibilidades

significativas e sua adequação à produção de efeitos de sentido e às

situações de uso, nem mesmo ao que diz respeito ao já registrado

nas Gramáticas tradicionais e nos estudos de Estilísticas.

MAGNO

Page 6: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Conce

ito

Pess

oas

Númer

o

Mod

o

Tem

po

Mod

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e

Aspec

to

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Mod

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85 83 77 71 80100 100

023

67 7338 21 31 17 15 18 20 33

23 25 23 50 40 0 0

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33

73

69

4346 67 67 55

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8 25 3114 27

0 0

100

9211

33

23

5762 33 23

64

53

60

08 8 0

7

0 0

0

822

13

8 14

3133

8

18

80

60

Síntese da análise geral dos conteúdos sobre verbos em livros didáticos

5ª 6ª 7ª 8ª

MAGNO

Page 7: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

O QUE ENSINAR SOBRE VERBONos itens anteriores ficaram sugeridos alguns tópicos sobre o verbo que pensamos poderia ser objetos das atividades de ensino / aprendizagem no Ensino Fundamental e Médio.“Vamos, a seguir, elencar de forma mais explícita e organizada uma série de itens que podem ser objeto de atividades de ensino / aprendizagem do tópico “verbo” dentro do ensino de gramática.[...]

1) Trabalhar os itens, elencados nos diferentes planos da língua, quando este for o caso e se isto for possível ou, pelo menos, com consciência sobre a qual  plano determinado o fato se refere:

Page 8: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

O QUE ENSINAR SOBRE VERBOa) fonológico: por exemplo, a flexão do verbo e a alternância vocálica: eu durmo, tu dormes, ele / você dorme;

b) “morfológico: por exemplo, a flexão do verbo e os morfemas flexionais.

c) “sintático: por exemplo, a flexão do verbo e a concordância com o sujeito e outras formas de concordância.

d) “semântico: por exemplo, a flexão verbal e a categoria que expressa ( tempo, modalidade, número, pessoa).

Page 9: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

O QUE ENSINAR SOBRE VERBO 2)  Mostrar o funcionamento dos verbos nos níveis lexical, frasal e textual .

a) lexical: itens como classe de palavras, significado de itens lexicais ( por exemplo, distinção de verbos sinônimos)

b) frasal: itens como regência, concordância, predicado com seus argumentos, transitividade, etc.;

c) ”textual, em que os fatos como: a) coesão ( continuidades de tempo e aspecto ); b) relações entre categorias e tipologia de textos e estruturas

d) verbos usados como marcadores conversacionais e ordenadores de elementos no texto;

e) formas e categorias verbais estabelecendo relevo etc.

Page 10: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

3)  Na organização da atividade, como proposto no capítulo 4, usar duas formas básica:

       a) organizar pelo tipo de recurso;

b) organizar pela instrução de sentido.

Page 11: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

O QUE TRABALHAR“Em nenhum momento queremos sugerir que a listagem abaixo contém um levantamento de tudo  o que se pode trabalhar a respeito do verbo [...] Considerando apenas o básico sobre o verbo e que não pode ser esquecido no ensino / aprendizagem sobre o mesmo.”

1) Tipos de verbo

Há diversas classificações, como a de Borba (1990), a tradicional usando o critério de transitividade, a de Travaglia (1981 e 1991).

A) verbos lexicais: “expressam situações identificáveis no mundo biopsicofísicossocial, funcionando como lexemas: 1) de situação dinâmica: de ação ( comprar, escrever, andar etc.); b) de acontecer

B) verbos gramaticais: “não expressam situações, mas exercem outras funções tais como:

1) marcar categorias verbais ( tempo, modalidade, aspecto e voz)

2) se simplesmente um “carregador” ou “suporte de categorias

3) indicar noções gerais e abstratas em relação a uma situação apresentada por outro verbo

4) exercer funções ou papeis textuais-discursivos determinados tais como: a) marcar relevância ( Foi Maria que limpou a casa / / Importa ou É importante/fundamental/crucial fazer justiça); indicar tempo ( Faz duas horas que ele chegou)

Page 12: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

FORMAS VERBAIS X CATEGORIAS VERBAIS

SOCORRINHA

Ao trabalhar com o verbo é preciso:

a) “distinguir coisas como: tempos flexionais do verbo [...] tempo verbal [...] modalidade [...]”    

b) no que respeita às formas verbais, trabalhar as flexões dentro dos grupos de conjunção, tanto dos chamados verbos regulares, quanto irregulares, anômalos, defectivos e abundantes.

c) confrontar flexões de variedade culta , como flexões das variedade não-cultas da língua tais como: seja/seje, tesse/tivesse, ponhá/pôr etc.

Page 13: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Neste tópico, não só mostrar a flexão de número em singular e plural,

que na verdade é uma flexão de nome que se “reflete” no verbo pelo

processo da concordância, mas também fazer com que o aluno:

a) saiba usar automaticamente as desinências.

b)  ao estudar a concordância, possa discutir  as diferenças de efeitos

de sentido nos textos.

c) distinga certos efeitos do uso no plural pelo singular e vice-versa

em termos de determinados usos.

NÚMERO

Page 14: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

“No trabalho com a pessoa mostrar que:

a) as pessoas estão relacionadas como o discurso em termos

de sujeitos envolvidos [...]

b) b) como o número, a pessoa é mais uma categoria dos

nomes           (substantivos) e dos pronomes que “passa”

para o verbo no processo da concordância;

c) c) algumas pessoas (segunda do singular e plural) tem pouca

produtividade no Português do Brasil, ficando mais  restritas

a alguns dialetos regionais.

PESSOA

Page 15: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Trabalhar com o tempo enquanto categoria verbal mostrando:

a) ”o que é uma categoria dêitica de tempo.

b) “que o Português faz ( 6 ) seis marcações temporais distintas.

 c) as noções temporais que cada forma verbal pode exprimir;

 d) “as perífrases que podem expressar a categoria de tempo.

e) “usos textuais dos tempos,

TEMPOS

Page 16: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Trabalhar as modalidades mostrando:

a) que são indicações de atitudes do falante em relação ao que diz;

b) “os recursos para expressão da modalidade. c) os usos argumentativos da modalidade;

d) “um quadro sempre o mais completo possível de modalidade.

MODALIDADE

Page 17: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Trabalhar a voz mostrando basicamente:

a) “que é a categoria verbal através da qual se marca a relação entre o verbo e seu sujeito.

b) pode considerar a existência de até quatro vozes

c) “os recursos de expressão da voz do Português contemporâneo do Brasil.

d) a existência da passividade do sujeito sem haver voz passiva;

e)“as diferenças significativas de dizer a “mesma coisa”, usando uma voz ou outra.

VOZ

Page 18: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

 Trabalhar o aspecto mostrando basicamente:

a) “que é uma categoria de tempo, não-dêitica, que marca a duração da situação.

b) “as noções aspectuais e os aspectos correspondentes.

c) as principais formas de expressão do aspecto.

d) os papéis textuais do aspecto na coesão textual e na caracterização de tipos de textos.              

e) os papéis textuais do aspecto na ordenação de situações.

ASPECTOS

( ve

ja T

rava

glia

, 1981);

Page 19: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

CONCORDÂNCIA VERBAL

Trabalhar a concordância verbal mostrando basicamente:

a) as regras de concordância entre sujeito e verbo da norma culta.

b) que nestas regras de concordância entre sujeito e verbo, o que se observa é quase sempre  a possibilidade de opção entre duas ou mais possibilidades de concordância.

c) a variação da concordância entre verbo e sujeito de acordo com a variedade linguística.

Page 20: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

REGÊNCIA VERBAL

Trabalhar a regência verbal, atendendo a critérios de frequência, sempre dentro dos seguintes parâmetros:

a) “observar a regência pela norma culta, confrontando com as regências autorizadas em outras variedades da língua.

b) “trabalhar sempre com a regência, tendo em vista uma variedade linguística contemporânea.      c) no caso de regências alternativas, trabalhar a diferença de significação, quando ocorre.

Page 21: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

EXEMPLOS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DO VERBO

“Os exemplos de atividades que aqui são

apresentados, visam, tão somente, mostrar

de modo mais concreto como poderiam ser

abordados alguns itens do tópico “verbo”.

Page 22: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Tipos de atividades

“Como foi sugerido, pode-se fazer

uma abordagem teórica ou uma

abordagem não teórica dos fatos

da língua.

Page 23: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, enfatiza-se a necessidade de dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, de desenvolver seus conhecimentos discursivos e linguísticos e de prepará-lo, dessa forma, para o exercício dacidadania.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais − Ensino Médio, publicados dois anos depois dos PCNs do Ensino Fundamental, evidência de que as falhas se perpetuam no ensino da gramática.

MAGNO

Page 24: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

Nas gramáticas e nos materiais didáticos (livros, apostilas, manuais de orientação ao professor etc.), o tratamento dado ao verbo, em geral, limita-se à exposição de modelos de conjugação, com todas as formas temporais e modais, sem que se explique, por exemplo, por que alguns verbos permitem certas construções e outros não.

Infelizmente, não se discute o essencial, isto ., as marcas que o sujeito enunciador deixa de si mesmo ao utilizar as formas verbais para expressar-se, oralmente ou por escrito, e, ainda, o que pretende dizer ao ouvinte/leitor e como quer que este interprete o que foi dito.

MAGNO

Page 25: O QUE ENSINAR SOBRE VERBO

MAGNO

A expressão se constrói no interior da mente , sendo sua

exteriorização apenas uma tradução. A enunciação é um ato

monológico , individual, que não é afetado pelo outro nem pelas

circunstâncias que constituem a situação social em que a

enunciação acontece. [...] Presume-se que há regras a serem

seguidas para a organização lógica do pensamento e,

consequentemente, da linguagem, são elas que se constituem

nas normas gramaticais do falar e Escrever bem. (TRAVAGLIA,

1996, p. 21).