o remanescente fiel e sua organização

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O Remanescente Fiel e sua Organização

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Page 1: O Remanescente Fiel e sua Organização

O REMANESCENTE FIEL E SUA ORGANIZAÇÃO: DEUS ESTÁ NO CONTROLE Prof. Marcos Martins de OliveiraProf. Marcos Martins de OliveiraProf. Marcos Martins de OliveiraProf. Marcos Martins de Oliveira

O REMANESCENTE FIEL E SUA ORGANIZAÇÃO: DEUS ESTÁ NO CONTROLE ________________ 1

COMO SURGIU ESTE ESTUDO ____________________________________________________________ 2

A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA_____________________________________________________________ 2

O INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO _________________________________________________________________ 2

DEUS ESTÁ NO COMANDO ____________________________________________________________________ 3

A AUTORIDADE DA IGREJA __________________________________________________________________ 4

ORGANIZADA ATÉ O FIM _____________________________________________________________________ 5

QUAL O RESULTADO DA REBELDIA CONTRA A IGREJA? _____ _________________________________ 6

A QUESTÃO DA CARNE __________________________________________________________________ 6

A QUESTÃO DA ROUPA __________________________________________________________________ 8

O CENTRO DA MENSAGEM CONTINUA SENDO CRISTO ________________________________________ 8

EXISTE UM MODELO EXATO _________________________________________________________________ 9

OS PRINCÍPIOS USADOS POR EGW ___________________________________________________________ 10

ENTRE EM CONTATO COM O AUTOR ____________________________________________________ 15

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ORGANIZAÇÃO DA IGREJA: Deus está no Controle – Prof. Marcos M. de Oliveira

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COMO SURGIU ESTE ESTUDO ...Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir, expliquem a esperança que vocês têm. Porém façam isso com educação e respeito. Tenham sempre a consciência limpa. Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de você como seguidores de Cristo ficarão envergonhados.

(I Pedro 3:15 e 16)

Esta é minha segunda apostila sobre os movimentos dissidentes, ela nasceu da necessidade de dar a razão de nossa fé na organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Depois de ter terminado a primeira apostila tive contato direto com algumas pessoas da Igreja Adventista do Sétimo Dia – Movimento de Reforma e alguns irmãos que participaram do caso SOTECO. Estudei várias horas com eles e através destes estudos, percebi que eles tentam destruir e mostrar que a organização da Igreja é uma organização destituída de princípios e que está apostatada e que não poderíamos mais fazer parte dela, pois ela faz parte de Babilônia.

Nesta apostila, além de abordar como foi criada e a importância da organização adventista iremos também mostrar algumas falsas doutrinas pregadas pelos movimentos dissidentes.

A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA Gostaria de convidar você para fazermos um passeio nos escritos de EGW para descobrirmos a verdade sobre a organização na qual participamos.

O INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO

Vamos começar estudando sobre a formação e origem da organização da IASD. Gostaríamos de deixar claro que quando falamos Igreja Adventista do Sétimo Dia, estamos nos referindo a uma organização mundial estabelecida por Deus e não um grupo isolado que se diz adventista, mas na verdade não comungam das mesmas práticas e idéias da Igreja Mundial. Os textos abaixo se encontram na sua íntegra no livro Testemunhos para Ministros, nas páginas 24 a 28:

Faz já quarenta anos que foi introduzida a organização entre nós, como um povo.* Fiz parte daqueles que tiveram experiência ao estabelecê-la desde o princípio. Conheço as dificuldades que tiveram de ser enfrentadas, os males que ela se destina a corrigir, e tenho notado sua influência em relação com o crescimento da causa. Na fase inicial da obra, Deus nos deu luz especial sobre este ponto, e esta luz, juntamente com as lições que a experiência nos ensinou, deveria ser tida em cuidadosa consideração.

Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção dos pastores, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins.

Havia, no entanto, entre nosso povo um forte sentimento contrário à organização. Os adventistas do primeiro dia opunham-se à organização, e a maior parte dos adventistas do sétimo dia entretinham as mesmas idéias. Buscamos o Senhor em oração fervorosa para que pudéssemos compreender Sua vontade; e Seu Espírito nos iluminou, mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e era essencial a organização. Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra.

Tivemos uma árdua luta para estabelecer a organização. Apesar de o Senhor dar testemunho após testemunho a esse respeito, a oposição era forte, e teve de ser enfrentada repetidas vezes.

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ORGANIZAÇÃO DA IGREJA: Deus está no Controle – Prof. Marcos M. de Oliveira

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Como o desenvolvimento da obra nos impelisse a novos empreendimentos, dispusemo-nos a começá-los. O Senhor nos dirigiu o espírito para a importância da obra educativa. Vimos a necessidade de escolas, para que nossos filhos pudessem receber instrução isenta dos erros da falsa filosofia, e sua educação estivesse em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. A necessidade de instituições de saúde fora-nos encarecida, para auxílio e instrução de nosso próprio povo, e como meio de beneficiar e esclarecer a outros. Este empreendimento foi também levado avante. Tudo isto era obra missionária da mais elevada espécie.

Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. A construção dessa estrutura custou-nos muito estudo e orações, em que rogávamos, sabedoria e as quais sabemos que Deus ouviu. Foi edificada sob Sua orientação, por meio de muito sacrifício e contrariedades. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que nem é possível imaginar. Em nome do Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida, robustecida e consolidada.

* Escrito em 1901

(Testemunhos para Ministros, p. 24 a 28)

Podemos perceber no texto acima que para EGW a organização da Igreja é essencial e foi por causa dessa organização que, em um período pequeno de 40 anos, a Igreja cresceu tanto, atingindo as áreas educacionais, de saúde e de publicações.

Atualmente, 143 anos depois, a organização além de atuar nas áreas de educação, com escolas e faculdades, e na saúde, com hospitais e clínicas, atuamos também na área social, através da ADRA e nos meios de comunicação, através das nossas rádios, programas de televisão e casas publicadoras.

Podemos perceber também que para a Senhora White a organização é indispensável para a conservação e proteção das propriedades da igreja, manutenção dos pastores e para a proteção contra apostasias. Ela deixa claro também que “ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização” e que “nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la”.

DEUS ESTÁ NO COMANDO Surgirão continuamente coisas que causem desunião, afastem da verdade. Esse questionar, criticar, acusar, julgar a outros, não é prova da graça de Cristo no coração. Não produz unidade. Tal obra tem sido desenvolvida no passado por pessoas que professavam ter maravilhoso esclarecimento, quando se achavam afundadas no pecado. Heresia, desonestidade, e mentira reuniam-se todas nelas.

O tempo atual é de grande perigo para o povo de Deus. O Senhor está conduzindo um povo, não um indivíduo aqui e ali. Ele tem na Terra uma igreja que permanece na verdade; e quando vemos, não só homens, mas moças, clamando contra a igreja, receamo-nos delas. Sabemos que Deus não as enviou, e todavia elas correram, e todos quantos não aceitarem suas idéias errôneas são acusados de combater contra o Espírito do Senhor. Todas essas coisas estão nos planos de Satanás, mas a obra de Deus irá avante ao passo que haverá agora e sempre os que trabalhem diretamente contra a oração de Cristo. A obra progredirá, deixando-os muito atrás com suas satânicas invenções...

(Mensagem Escolhidas – II, p. 79)

Como mostramos na primeira apostila, Deus já tinha alertado a Senhora White que surgiriam movimentos dentro da Igreja, guiados pelo Diabo, para destruir a Igreja. Esses movimentos surgem criticando a liderança e mostrando erros cometidos pela igreja. Será que isso deveria abalar a nossa fé? E o mais importante: como deveríamos nos portar frente aos erros cometidos pelos nossos líderes? Deveríamos sair da IASD e procurar outra?

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Toda verdade que Ele deu para estes últimos dias deve ser proclamada ao mundo. Toda coluna por Ele estabelecida deve ser fortalecida. Não podemos desviar-nos agora do fundamento estabelecido por Deus. Não podemos agora entrar em nenhuma nova organização; pois isto significaria apostasia da verdade. Manuscrito 129, 1905.

Não há nenhuma necessidade de duvidar, de estar temeroso de que a obra não seja bem-sucedida. Deus está à testa da obra, e porá tudo em ordem. Caso haja coisas necessitando serem ajustadas na direção da obra, Deus atenderá a isso, e trabalhará para endireitar todo erro. Tenhamos fé que Deus vai conduzir a nobre nau que transporta o Seu povo, em segurança, para o porto.

Quando eu me achava em viagem de Portland, no Maine, para Boston, muitos anos atrás, sobreveio-nos um tempestade, e as grandes ondas nos arremessavam de um lado para outro. Caíram os candelabros, e as malas rolavam para cá e para lá, como se fossem bolas. Os passageiros estavam atemorizados, e muitos gritavam, na expectativa da morte.

Depois de algum tempo, o piloto veio a bordo. O capitão pôs-se junto do piloto enquanto ele tomava o leme, e exprimiu temor quanto à direção em que o navio estava sendo conduzido. "Quer tomar o leme?" perguntou o piloto. O capitão não se prontificou a fazer isso, pois sabia que lhe faltava experiência.

Então alguns dos passageiros ficaram desassossegados, e disseram que temiam que o piloto os lançasse de encontro às rochas. "Quereis tomar o leme?" perguntou o piloto. Eles, porém, sabiam que não o podiam manejar.

Quando pensais que a obra se encontra em perigo, orai: "Senhor, fica ao leme. Conduze-nos através desta perplexidade. Leva-nos a salvo ao porto." Não temos nós razão para crer que o Senhor nos conduzirá através, triunfantes?

Há diante de mim muitos que são velhos ajudadores na causa. Tenho conhecido alguns de vós durante os últimos trinta anos. Irmãos, não temos nós visto crise após crise sobrevir à obra, e não nos conduziu o Senhor por elas, operando para glória de Seu nome? Não podeis crer nEle? Não Lhe podeis confiar a causa? Não vos é possível, com vossa mente humana, compreender a operação de todas as providências de Deus. Deixai-O cuidar de Sua própria obra. Review and Herald, 20 de setembro de 1892.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 390 e 391)

A AUTORIDADE DA IGREJA

Acho que nossa viagem nos escritos da Senhora White está sendo muito proveitosa. Vejamos agora o que ela diz sobre a autoridade da igreja. Os textos citados a seguir, podem parecer ofensivos àqueles que escolheram acusar a igreja. Mas gostaríamos de lembrar que a integridade espiritual e moral exige que, se alguém diz crer nos Testemunhos, e os utiliza quando lhes são convenientes, reconheçam também sua autoridade inspirada, quando estes não concordam com suas idéias.

São apresentados, na conversão de Paulo, importantes princípios que devemos conservar sempre em mente. O Redentor do mundo não aprova, em assuntos religiosos, idéias e práticas independentes por parte de Sua igreja organizada e reconhecida, onde a tem.

Muitos nutrem a idéia de que só a Cristo são responsáveis no que respeita à luz e a sua própria experiência, independentemente de Seus reconhecidos seguidores no mundo. Isto, porém, é condenado por Ele nos ensinos que nos dá, bem como nos exemplos, nos fatos, que nos tem dado para nossa instrução. Aí estava Paulo, pessoa a quem Cristo devia preparar para importantíssima obra, que Lhe devia ser vaso escolhido, levado diretamente à presença de Cristo; todavia Ele lhe não ensina as lições da verdade. Detém-lhe a carreira e infunde-lhe convicção; e quando ele pergunta: "Que queres que eu faça?" (Atos 9:6) o Salvador não lho diz diretamente, mas põe-no em contato com Sua igreja. Eles te dirão o que te cumpre fazer. Jesus é o amigo dos pecadores,

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tem o coração sempre aberto, sempre sensível aos sofrimentos da humanidade; tem todo o poder, tanto no Céu como na Terra; respeita, no entanto, o meio que ordenou para esclarecimento e salvação dos homens. Encaminha Saulo à igreja, reconhecendo assim o poder de que a investiu como veículo de luz para o mundo. É o corpo organizado de Cristo na Terra, e importa que se Lhe respeitem as ordenanças. No caso de Saulo, Ananias representa Cristo, ao mesmo tempo que representa os pastores de Cristo na Terra, os quais são designados para agir em Seu lugar.

Cristo dá poder à voz da igreja. "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu." Mat. 18:18. Não se apóia coisa alguma como seja um homem, por sua própria responsabilidade, desviar-se e advogar as idéias que bem lhe parecerem, a despeito do juízo da igreja. O mais alto poder abaixo do Céu, concedeu o Senhor a Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo reunido na qualidade de uma igreja, que deve ser respeitada.

(Testemunhos Seletos - I, p. 394 e 395)

Gostaríamos de destacar que no texto acima, EGW mostra que Deus tem e deu a autoridade religiosa para a Igreja organizada e para os seus representantes. Vejamos mais um texto sobre o assunto.

Se o mundo vê harmonia perfeita na igreja de Deus, isto será poderosa demonstração aos seus olhos em favor da religião cristã. Dissensões, lamentáveis desinteligências, pequenas causas sujeitas à comissão da igreja, desonram a nosso Redentor. Tudo isso se pode evitar mediante a entrega do próprio eu ao Senhor, e se os seguidores de Cristo obedecerem à voz da igreja. A incredulidade sugere que a independência individual nos aumenta a importância, que é fraqueza subordinar nossas idéias do que é direito e conveniente ao veredicto da igreja; ceder a esses sentimentos e pontos de vista, porém, não é seguro, levando-nos à anarquia e confusão. Cristo viu que a unidade e a comunhão cristã eram necessárias à causa de Deus, e portanto a recomendou aos discípulos. E a história do cristianismo de então para cá demonstra de modo conclusivo que unicamente na união está a força. Subordine-se o juízo individual à autoridade da igreja.

(Testemunhos Seletos - I, p. 446 e 447)

Como podemos perceber toda doutrina ou prática na Igreja Adventista do Sétimo Dia deve ser votada em Assembléia Mundial, só a igreja mundialmente reunida é que pode fazer qualquer mudança, ou seja, uma igreja local não tem autoridade bíblica para modificar nenhuma prática religiosa ou doutrinária.

ORGANIZADA ATÉ O FIM Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo: Deus chamou-nos como um povo para sermos-Lhe particular tesouro. Ele designou que Sua igreja na Terra esteja perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos exércitos até ao fim do tempo. Carta 54, 1908.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 397)

Esses movimentos que atacam a organização da Igreja dizem que ao nos aproximarmos do fim do tempo iremos agir independentemente de qualquer organização religiosa, será que EGW pensava assim também? Quem se regozija com a pregação dessa mensagem? Essa mensagem de desorganização é de Deus?

Oh, como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo, e desorganizar a obra num tempo em que a organização integral é essencial, e constitui a maior força para evitar os levantes falsos, e refutar pretensões não abonadas pela Palavra de Deus! Precisamos manter as linhas uniformemente, para que não haja quebra do sistema de organização e ordem, que

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se ergueu por meio de sábio, cuidadoso labor. Não se deve dar autonomia a elementos desordeiros que desejem controlar a obra neste tempo.

Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas a leis, cada uma influenciando a outra para fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se. Testimonies, vol. 9, págs. 257 e 258.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 26)

Será que podemos ter certeza que a organização seguirá firme até o fim dos tempos? Vejamos mais um texto sobre o assunto.

Nenhum conselho ou sanção é dado na Palavra de Deus para que os que crêem na mensagem do terceiro anjo sejam levados a supor que podem agir independentemente. Podeis assentar isso para sempre em vossa mente. São as maquinações de espíritos não santificados que tendem a promover um estado de desunião. Os sofismas de homens podem parecer corretos a seus próprios olhos, mas não são verdade e justiça. "Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, ... reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz." Efés. 2:14-16.

Cristo é o elo de ligação na áurea corrente que vincula os crentes em Deus. Não deve haver separações neste grande tempo de prova. Os componentes do povo de Deus são "concidadãos dos santos, e... da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor". Efés. 2:19-21. Os filhos de Deus constituem um conjunto unido em Cristo, o qual apresenta Sua cruz como o centro de atração. Todos os que crêem são um nEle.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 21)

QUAL O RESULTADO DA REBELDIA CONTRA A IGREJA?

Mesmo com uma clara posição dos Testemunhos sobre a organização, existem pessoas que continuam atacando e desonrando o nome da Igreja. Qual será o resultado da escolha desses indivíduos?

Deus está ensinando, dirigindo e guiando Seu povo, para que possam ensinar, dirigir e guiar a outros. Haverá, entre o remanescente destes últimos dias, como sucedeu com o antigo Israel, os que querem agir independentemente, que não estão dispostos a submeter-se aos ensinos do Espírito de Deus e que não atenderão a advertências ou conselhos. Tenham essas pessoas sempre em mente que Deus possui uma Igreja sobre a Terra, à qual Ele delegou poder. Os homens quererão seguir seu próprio critério independente, desprezando conselhos e repreensões; mas, com tanta certeza como fazem isso, eles se afastarão da fé, e seguir-se-á a desgraça e a ruína de almas. Os que se arregimentam agora para apoiar e enaltecer a verdade de Deus, estão se alinhando de um lado, permanecendo unidos de coração, espírito e voz em defesa da verdade. Carta 104, 1894.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 23)

A QUESTÃO DA CARNE Continuaremos a nossa viagem pelos escritos da Senhora White, só que agora iremos estudar algumas doutrinas pregadas pelos movimentos dissidentes. Você poderia estar se perguntando porque devemos estudar as doutrinas desses movimentos? A resposta é que muitos adventistas do sétimo dia, não conhecendo os princípios que nos orientam, aceitam essas doutrinas e

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querem colocá-las dentro da igreja. Essa falta de conhecimento organizacional e de práticas, como Igreja Mundial, cria um grande problema que enfrentamos hoje. Uma boa parte dos nossos membros não está preparada para dar a razão de nossa fé, por isso, se tornam fáceis presas do Diabo. Por causa disso é que todo o esforço de preparar materiais sobre os movimentos dissidentes e preparar nossos líderes se faz necessário para que a igreja possa enfrentar a crise que está a nossa frente.

O texto abaixo mostra o que a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem por princípio na questão de saúde.

O corpo é o templo do Espírito Santo (I Cor. 6:19). “Tanto o vigor mental como o espiritual dependem em grande parte da força e atividades físicas. O que quer que promova a saúde física, promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado.” – Educação, pág. 195. Por esta razão, os adventistas do sétimo dia procuram viver inteligentemente de acordo com saudáveis princípios de exercício físico, respiração, luz solar, ar puro, uso de água, sono e repouso. Por convicção, eles decidiram alimentar-se saudavelmente, escolhendo livremente seguir os princípios de saúde, de domínio próprio e de alimentação saudável. Por conseguinte, eles se abstêm do álcool, do fumo e de drogas que causam dependência, em todas as duas formas. Procurando preservar o seu equilíbrio físico e psicológico evitando todos os excessos.

(Manual da Igreja – revisado em 2000, p. 167)

Baseado na Bíblia e no Espírito de Profecia, só são aceitos e batizados membros que queiram seguir este princípio de saúde.

Os movimentos dissidentes nos acusam de abandonar os princípios dos pioneiros e nos acusam de não seguirmos os princípios de saúde, dados pelo Espírito de Profecia. Eles dizem que o não uso da carne deveria ser cobrado dos membros da Igreja como regra de fé, ou seja, só poderíamos aceitar e batizar membros que não fazem uso da carne. Vejamos se a Senhora White concorda com eles?

A questão acerca de se devemos comer manteiga, carne ou queijo, não deve ser apresentada como prova a quem quer que seja, mas devemos educar as pessoas, mostrando os males das coisas que são censuráveis. Os que apanham essas coisas e as impõem aos outros não sabem qual a obra que estão realizando. A Palavra de Deus deu provas para Seu povo. A observância da santa lei de Deus, o sábado, é uma prova, um sinal entre Deus e Seu povo através de todas as suas gerações, para sempre. Para sempre isto será o tema principal da mensagem do terceiro anjo - os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo.

(Mensagens Escolhidas – III, p. 287)

Mais uma vez a mentira cai por terra, o texto do Espírito de Profecia é bem claro! E de acordo com a Senhora White, só aceitamos e batizamos pessoas que, na área de saúde, deixaram o uso de alguns chás, do café, do fumo, do álcool e de qualquer outra droga que causa dependência. Veja o texto abaixo.

Chá, café, fumo e álcool precisam ser apresentados como condescendências pecaminosas. Não podemos pôr a carne, os ovos, a manteiga e o queijo em pé de igualdade com esses artigos colocados sobre a mesa. Estes não devem ser postos na frente, como o tema principal de nossa obra. Os primeiros - chá, café, fumo, cerveja, vinho e todas as bebidas alcoólicas - não devem ser ingeridos moderadamente, mas rejeitados. Os perniciosos narcóticos não devem ser tratados do mesmo modo que o assunto dos ovos, da manteiga e do queijo.

(Mensagens Escolhidas – III, p. 287)

Só mais uma colocação sobre a carne, os reformistas dizem que nós abandonamos o princípio da igreja dos pioneiros, mas na realidade, como podemos perceber pelos textos acima, são eles que abandonaram os princípios de equilíbrio e temperança.

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Gostaríamos de deixar um desafio, que a IASD – Movimento de Reforma, mostre apenas um caso onde uma pessoa não foi aceita ou que foi disciplinada ou excluída por causa do uso de carne antes de 1925, ano que a IASD – Movimento de Reforma foi criada. É bom lembrar que EGW faleceu em 1915.

A QUESTÃO DO VESTUÁRIO Na questão do vestuário não é diferente. Esses movimentos tomam posições extremas e acusam a Igreja de Cristo de estar apostatada e não seguir os princípios de vestuário e modéstia cristã. Vejamos agora quais são os princípios que regem a Igreja de Cristo.

Como adventistas do sétimo dia, fomos apartados do mundo. Somos reformadores. A verdadeira religião que entra em cada aspecto da vida, tem de ter uma influência modeladora em todas as nossas atividades. Nossos hábitos de vida devem alicerçar-se em princípios, e não no exemplo do mundo que nos rodeia... O vestuário é um fator importante no caráter cristão... Não há virtude em vestir-se de forma diversa dos que nos rodeiam, só para ser diferente, mas onde estão envolvidos os princípios de aprimoramento e moralidade, o cristão consciencioso será fiel às suas convicções e não seguirá os costumes predominantes.

A adoção de novidades e extremismos da moda, no vestuário de homens e mulheres, denota falta de atenção a assuntos sérios... O povo de Deus deve situar-se sempre entre os conservadores em matéria de vestuário, “e não lhes preocupe a mente o problema do vestuário” (Evangelismo, pág. 273). Não serão os primeiros a adotar as novas modas, nem os últimos a abandonar as antigas.

O uso de ornamentos de jóias é um esforço para atrair a atenção, em desacordo com o esquecimento de si mesmo que o cristão deve manifestar.

Em alguns países, o costume de usar aliança é considerado como que obrigatório, e chegou a ser, na compreensão do povo, um critério de virtude e, portanto, não é considerado ornamento. Em tais circunstâncias, não temos a disposição de condenar a prática.

O uso de cosméticos comuns, contrários ao bom gosto e aos princípios de modéstia cristã, deve ser evitado.

(Manual da Igreja – revisado em 2000, p. 168 e 169)

O CENTRO DA MENSAGEM CONTINUA SENDO CRISTO

A IASD tem como prática e princípio a pregação sobre Cristo, todas as nossas doutrinas e regras de fé são baseadas em Cristo e na amizade desenvolvida através da oração, da leitura da Bíblia e do Espírito de Profecia e da participação nas atividades da Igreja. Nenhuma doutrina deve ser vista fora deste prisma. Na questão de vestuário, temos claros testemunhos da pena inspirada. Vejamos algumas citações sobre o tema.

Muitos há que intentam corrigir a vida dos demais atacando o que consideram ser hábitos errôneos. Vão ter com quem pensam estar em erro e lhes apontam os defeitos. Dizem eles: "Você não se veste como convém." Buscam arrancar os ornamentos ou tudo quanto parece ofensivo, mas não tratam de firmar a mente na verdade. Os que buscam corrigir outras pessoas, deveriam apresentar os atrativos de Jesus. Deveriam falar de Seu amor e misericórdia, apresentar o Seu exemplo e sacrifício, revelar o Seu espírito, e não precisarão sequer tocar o tema do vestuário. Não há necessidade de fazer do assunto do vestuário o ponto principal de vossa religião. Algo mais valioso há de que falar. Falai de Cristo, e quando o coração estiver convertido, tudo que não está em harmonia com a Palavra de Deus cairá. Arrancar as folhas de uma árvore viva equivale a trabalhar em vão. As folhas reaparecerão. O machado precisa ser posto à raiz da árvore, e então as folhas cairão para não mais volver.

A fim de ensinar aos homens e mulheres o nenhum valor das coisas terrestres, deveis encaminhá-los à fonte viva e levá-los a beberem de Cristo, até que o seu coração esteja

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repleto do amor de Deus, e Cristo seja neles uma fonte de água que salta para a vida eterna. Signs of the Times, 1º de julho de 1889.

Limpai a fonte e puras serão as águas. Se reto for o coração, corretas hão de ser vossas palavras, vosso vestuário, vossas ações. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 51.

(Evangelismo, p. 272)

Não incentiveis uma classe que centraliza sua religião no vestuário. Cada um estude os claros ensinos das Escrituras quanto à simplicidade e singeleza do vestuário e, pela fiel obediência a esses ensinos, se esforce para dar digno exemplo ao mundo e aos novos na fé. Deus não quer que nenhuma pessoa seja consciência para outra.

Falai do amor e da humildade de Jesus, mas não animeis os irmãos e irmãs a se empenharem em achar falhas no vestuário ou aparência uns dos outros. Alguns se deleitam nesse trabalho; e quando seu espírito se volta nessa direção começam a achar que se devem tornar palmatórias da igreja. Sobem à cátedra de juízes e, logo que vêem um de seus irmãos e irmãs, procuram algo para criticar. É esse um dos mais eficiente meios de se tornar de espírito acanhado, e de impedir o crescimento espiritual. Deus quer que desçam da cadeira do juiz, pois ali nunca os colocou. Historical Sketches of Seventh-day Adventist Foreign Missions, págs. 122 e 123.

(Orientação da Criança, p. 429)

Se somos cristãos, seguiremos a Cristo ainda mesmo que o caminho em que tenhamos de andar contrarie as nossas inclinações naturais. Não há necessidade de vos dizer que não deveis usar isto ou aquilo, pois se o amor dessas coisas vãs estiver em vosso coração, pôr de parte os vossos adornos apenas se assemelhará ao cortar a folhagem de uma árvore. As inclinações do coração natural de novo surgiriam. Deveis ter consciência própria. Review and Herald, 10 de maio de 1892.

(Orientação da Criança, p. 429 e 430)

Como podemos perceber nos textos acima, existem pessoas que esquecem que é Cristo que faz a transformação e começam a atacar as outras pessoas fazendo críticas. Como princípio geral da igreja, ninguém está autorizado a criticar um membro ou visitante por causa das suas vestimentas. A recomendação do Espírito de Profecia e que deve ser dado ao membro oportunidades para que ele estude o assunto e decida dentro da sua cultura, a roupa mais apropriada para a sua cultura e época; e que esteja dentro dos princípios bíblicos. “Deus não quer que nenhuma pessoa seja consciência para outra”.

EXISTE UM MODELO EXATO

A IASD – Movimento de Reforma acusa a IASD de não usar o modelo deixado por EGW para as mulheres. Esse modelo seria baseado em uma visão que a Senhora White teve relacionado com a reforma de saúde que falava especificamente sobre o vestuário. Vejamos o que a própria Senhora White diz sobre o assunto.

Pergunta

O costume de as irmãs usarem seus vestidos nove polegadas acima do assoalho não contradiz o Testemunho nº 11, o qual declara que eles devem chegar um pouco abaixo do alto das botas de uma senhora?

Resposta

A distância exata da parte inferior do vestido até o assoalho não me foi dada em polegadas. ... Mas passaram diante de mim três grupos de mulheres, com seus vestidos das maneiras que seguem, no tocante ao comprimento:

O primeiro era do comprimento segundo a moda, sobrecarregando os membros, impedindo o passo, varrendo a rua e juntando a sujeira; do qual declarei plenamente os maus resultados. Essa classe, serva da moda, parecia fraca e doentia.

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O vestuário da segunda classe que passou diante de mim era em muitos aspectos como devia ser. Os membros estavam bem vestidos. Achavam-se livres das cargas que a tirana Moda impusera à primeira classe; fora, porém, a um extremo de curteza que desgostara e suscitara preconceitos a pessoas boas, destruindo em grande medida sua própria influência. Esse é o estilo e a influência do "costume americano", ensinado e usado por muitos em "Nosso Lar", Dansville, NY. Esse não chega aos joelhos. Não preciso dizer que esse estilo me foi mostrado como sendo demasiado curto.

Uma terceira classe passou diante de mim com semblantes animados, e passo desembaraçado e lépido. Seu vestuário era do comprimento que descrevi como apropriado, modesto e saudável. Estava umas poucas polegadas acima da sujeira da rua e do passeio e de acordo com todas as situações, como subir ou descer degraus, etc.

Como declarei mais acima, o comprimento não me foi dado em polegadas.

(Mensagens Escolhidas – III, p. 277 e 278)

Já sabemos que a Senhora White deixa claro que não existia um comprimento exato para a saia. Mas a pergunta continua, a Senhora White deixou algum modelo definido para as senhoras da nossa igreja.

Aproximamo-nos do fim da História deste mundo. Um testemunho claro e direto é agora necessário, tal como é apresentado na Palavra de Deus, atinente à simplicidade do vestuário. Deve esta ser a nossa preocupação. Tarde demais é agora, porém, para nos entusiasmarmos e fazer deste assunto uma prova. O vestuário de nossos irmãos deve ser confeccionado com maior simplicidade. ... Nenhum modelo definido me foi dado como regra exata para orientar a todos no vestuário. ...

Nossas irmãs devem vestir-se com roupa modesta. Devem vestir-se com simplicidade. Vossos chapéus e vestidos não precisam dos ornamentos adicionais neles postos. Deveis vestir-vos com roupa modesta, com pudor e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração fiel do adorno íntimo da graça de Deus. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas o fazem, tendo vestidos de boa fazenda, duráveis, modestos, apropriados para a sua idade, e não lhes preocupe a mente o problema do vestuário. Manuscrito 97, 1908.

(Evangelismo, p. 273)

Podemos perceber que a Senhora White não deixou nenhum modelo de vestuário para ser seguido, mas orientou para que o vestuário seja apropriado a idade da pessoa e cultura, e que não nos preocupemos com o vestuário.

OS PRINCÍPIOS USADOS POR EGW

Podemos perceber que a Senhora White quando começou a reforma de saúde voltada para o vestuário, ela enfrentou três tipos de classes de pessoas dentro da igreja. Essas três classes sempre vão existir dentro da igreja. Passaremos a estudar agora quais são estas classes e qual o princípio que temos que retirar dos Testemunhos para aplicar hoje em dia.

Vejamos a primeira classe de pessoas.

Existe, porém, uma classe de pessoas que está sempre batendo na tecla do orgulho e do vestuário, que são negligentes quanto ao seu próprio traje, e que julgam virtude andar sujo, e vestir-se sem ordem nem bom gosto; e seu traje muitas vezes parece como se tivesse voado e descido sobre uma pessoa. Suas roupas são imundas, e no entanto esses estão sempre falando contra o orgulho. Classificam a decência e correção como orgulho.

(Mensagens Escolhidas – II, 474)

Alguns adquirem a idéia de que, para efetuar a separação do mundo que a Palavra de Deus requer, devem negligenciar o vestuário. Há uma classe de irmãs que pensa que estão pondo em prática o princípio da não-conformidade com o mundo, usando no

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sábado um gorro comum, e a mesma roupa por elas usada através da semana, assim aparecendo na assembléia dos santos para entregar-se à adoração de Deus. E alguns homens que professam ser cristãos, olham à questão do vestuário sob o mesmo prisma. Reúnem-se com o povo de Deus no sábado, com a roupa poeirenta e encardida, e mesmo com bocejantes rasgões, e posta sobre o corpo de maneira negligente.

(Mensagens Escolhidas – II, 475)

Sua influência aborrece aos descrentes. Teria sido melhor se tivessem permanecido fora das fileiras do leal povo de Deus. A casa de Deus é desonrada por semelhantes professadores da fé. Todos os que se reúnem aos sábados para adorar a Deus devem, se possível, ter um traje correto, bem assentado, distinto, para usar na casa de culto. É desonra para o sábado, e para Deus e Sua casa, que os que professam ser o sábado o santo dia do Senhor, digno de honra, usem nesse dia a mesma roupa que usaram durante a semana, trabalhando na lavoura, quando podem obter outra. Se há pessoas merecedoras que, de todo o coração querem honrar ao Senhor do sábado, e o culto divino, e que não possam obter um muda de roupa, que os que têm posses dêem de presente a esses um terno para o sábado, para que apareçam na casa de Deus com vestuário limpo e assentado.

(Mensagens Escolhidas – II, 474)

No contexto dos textos acima podemos perceber que essa classe de pessoas é negligente com o seu vestuário até mesmo no dia de sábado, indo a igreja com qualquer roupa. Perceba que ela faz distinção entre a roupa do dia a dia e a roupa para o santo sábado.

Na citação abaixo EGW faz uma comparação dessa classe de pessoas com os verdadeiros cristãos.

Vede a classe de professos cristãos já descritos, descuidosos de seu vestuário e sua pessoa... Pensais vós que, se nosso Salvador estivesse na Terra, Ele apontaria para eles como sendo o sal da Terra e a luz do mundo? Não, nunca! Os cristãos são elevados em sua conversação... seu vestuário é correto, não vistoso, modesto, e ajustado à pessoa com ordem e bom gosto. Têm cuidado especial em vestir-se de modo a mostrar um sagrado respeito para com o santo sábado, e o culto divino.

(Mensagens Escolhidas – II, 476)

Vejamos agora a segunda classe de pessoas.

Não incentiveis uma classe que centraliza sua religião no vestuário. Cada um estude os claros ensinos das Escrituras quanto à simplicidade e singeleza do vestuário e, pela fiel obediência a esses ensinos, se esforce para dar digno exemplo ao mundo e aos novos na fé. Deus não quer que nenhuma pessoa seja consciência para outra.

Falai do amor e da humildade de Jesus, mas não animeis os irmãos e irmãs a se empenharem em achar falhas no vestuário ou aparência uns dos outros. Alguns se deleitam nesse trabalho; e quando seu espírito se volta nessa direção começam a achar que se devem tornar palmatórias da igreja. Sobem à cátedra de juízes e, logo que vêem um de seus irmãos e irmãs, procuram algo para criticar. É esse um dos mais eficiente meios de se tornar de espírito acanhado, e de impedir o crescimento espiritual. Deus quer que desçam da cadeira do juiz, pois ali nunca os colocou. Historical Sketches of Seventh-day Adventist Foreign Missions, págs. 122 e 123.

(Orientação da Criança, p. 429)

Essa classe de pessoas se coloca como conservadoras e utilizam o seu conhecimento para atacar e criticar os outros membros da igreja. “Deus quer que desçam da cadeira do juiz, pois ali nunca os colocou”.

Vejamos agora a terceira classe de pessoas.

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Há ainda outra moda de vestido que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje. Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. Alguns dos que adotam este traje podem estar corretos em seus pontos de vista gerais quanto à questão da saúde, e poderiam ser instrumentos na realização de muito maior soma de bem se não levassem a tais extremos a questão do vestuário.

Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deut. 22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus." Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. Não é traje modesto, e absolutamente não se adapta a mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção da diferença de vestuário entre homens e mulheres.

As posições extremas assumidas por alguns reformadores do vestuário sobre este assunto anulam sua influência.

Designava Deus que houvesse clara distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considerou a questão de bastante importância para dar direções explícitas a esse respeito; pois se ambos os sexos usassem o mesmo vestuário isto causaria confusão, e grande aumento de crime.

(Mensagens Escolhidas – II, 477 e 478)

Essa terceira classe de pessoas leva a reforma do vestuário a extremos. Antes de continuar devemos relembrar como era o vestuário das mulheres naquela época.

Minhas irmãs, há entre nós necessidade de uma reforma do vestuário. Há muitos erros na moda atual do vestuário feminino. É nocivo à saúde e, portanto, pecado usarem as mulheres espartilhos apertados, ou barbatanas, ou comprimirem a cintura. Essas coisas têm efeito deprimente sobre o coração, o fígado e os pulmões. A saúde de todo o organismo depende da ação sadia dos órgãos respiratórios. Milhares de mulheres têm arruinado sua constituição, trazendo sobre si doenças várias, em seus esforços por tornar enfermo e artificial um corpo sadio e natural. Estão descontentes com as disposições da Natureza, e em seus intensos esforços por corrigi-la, e submetê-la a suas idéias quanto à beleza, derribam-lhe a obra, deixando-a simples destroço.

(Mensagens Escolhidas – II, 473)

Devem as mulheres agasalhar seus membros com vistas à saúde e ao conforto. Precisam ter os membros e os pés tão bem agasalhados como os têm os homens. O comprimento do vestido da mulher da moda é objetável por várias razões:

1. É extravagante e desnecessário ter o vestido tão comprido que varra as calçadas e ruas.

2. Um vestido desse comprimento apanha o orvalho da relva e a lama da rua, o que o torna desasseado.

3. Em seu estado de sujeira ele entra em contato com os sensíveis tornozelos, que não são protegidos suficientemente, esfriando-os logo, sendo isso uma das maiores causas de catarro e de inflamações escrofulosas, pondo em perigo a saúde e a vida.

4. O desnecessário comprimento aumenta o peso sobre os quadris e os órgãos internos.

5. Dificulta o andar, incomodando muitas vezes os outros.

(Mensagens Escolhidas – II, 477)

Como podemos perceber a Senhora White utilizando vários princípios começou uma reforma no vestuário, onde as mulheres tinham uma forma de vestir que agredia o corpo e destruía a

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saúde. Ela estava mudando o vestuário tradicional para um mais saudável e dentro de alguns princípios.

O texto que fala sobre essa classe de pessoas é utilizado pelos reformistas para dizer que hoje, as mulheres não devem utilizar calças de forma nenhuma, pois é contrário as orientações do Espírito de Profecia.

Antes de tirarmos qualquer decisão precipitada, vejamos quais são os princípios que a Senhora White usou para mostrar qual era a roupa adequada para se vestir na sua época e na sua cultura.

1º Princípio – Comparar a moda atual, dentro de sua cultura e época com os princípios bíblicos.

Não devem os cristãos dar-se ao trabalho de se tornar objeto de estranheza por se vestirem diferentemente do mundo. Mas se, em harmonia com sua fé e dever em relação ao seu traje modesto e saudável, eles se virem fora de moda, não devem mudar sua maneira de vestir a fim de serem semelhantes ao mundo. Devem, porém, manifestar uma nobre independência e coragem moral para serem corretos, mesmo que todo o mundo deles difira. Se o mundo introduzir uma moda de vestuário modesta, conveniente e saudável, que esteja de acordo com a Bíblia, não mudará nossa relação com Deus ou com o mundo, o adotarmos essa moda de vestuário. Devem os cristãos seguir a Cristo, conformando seu traje com a Palavra de Deus. Devem fugir dos extremos. Devem humildemente seguir um procedimento retilíneo, independente de aplauso ou de censura, e devem apegar-se ao que é direito, pelos simples méritos do direito.

(Mensagens Escolhidas – II, 476 e 477)

2º Princípio – Ao mesmo tempo em que não se requer hoje do povo de Deus um sinal distintivo em sua roupa, deve o povo de Deus estar de acordo dos princípios bíblicos.

Os filhos de Israel, depois de terem sido tirados do Egito, foram ordenados a usar um simples cordão azul nos cantos de suas vestes (Núm. 15:38), para distingui-los, das nações em volta, e significar que eram o povo peculiar de Deus. Não se requer hoje do povo de Deus que tragam nas vestes um sinal distintivo... Se Deus deu direções assim definidas ao Seu povo da antiguidade, acerca de seu vestuário, não tomará Ele conhecimento do vestuário de Seu povo na atualidade? Não deveria haver em seu vestuário uma diferenciação do vestuário do mundo? Não deveria o povo de Deus, que é Seu tesouro peculiar, procurar mesmo no vestuário glorificar a Deus? E não deveriam eles ser exemplo na questão do vestuário, e por seu estilo simples reprovar o orgulho, a vaidade e extravagância dos que professam a verdade mas são mundanos e amantes de prazeres? Deus isto requer do Seu povo. O orgulho é reprovado em Sua Palavra.

(Mensagens Escolhidas – II, 473 e 474)

3º Princípio – Devemos lembrar que deve existir a distinção entre os sexos. Toda a roupa utilizada por qualquer cristão deve dentro de sua cultura e época mostra qual é seu sexo.

Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deut. 22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus."

(Mensagens Escolhidas – II, 477)

Vamos ver mais de perto o contexto de Deuteronômio 22:5.

A Intenção da lei deuteronômica (Deut. 22:5) não é proibir o uso de artigos de vestuário que se pareçam com roupas do outro sexo, mas manter distinção entre os sexos. Um estudo sobre o vestuário nos tempos bíblicos revela que houve uma surpreendente similaridade entre as vestes do homem de da mulher. De fato, ambos os sexos usavam o mesmo tipo básico de vestimenta: uma roupa de baixo e outra veste sobre essa.

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As mulheres usavam a mesma espécie de túnicas que os homens, mas essas eram mais coloridas, umas poucas polegadas mais longas e cobriam mais completamente seus corpos.

Em vista da notável semelhança entre as vestes de homens e mulheres nos tempo bíblicos, parece justo concluir que a preocupação da lei deuteronômica não era condenar qualquer semelhança de estilo entre roupas de homens e mulheres, mas o vestir aquilo que era usado pelo sexo oposto. A diferença de estilo entre a túnica usada por homens e mulheres pode ter sido pequena, pelo menos de nosso ponto de vista, mais suficiente para manter a distinção entre os sexos.

(Dr. Samuele Bacchiochi - Qual a roupa certa? – Editora Tempos, p. 138 a 140)

A Bíblia não nos diz que estilo de roupa homens e mulheres deveriam usar. Ela reconhece que o estilo é ditado pelo clima e pela cultura. O que a Bíblia nos ensina, contudo, é respeitar a diferença de sexo no vestir, como estabelecidas por qualquer cultura. Esse é o princípio que deveria nortear-nos na seleção de nossas roupas.

(Dr. Samuele Bacchiochi - Qual a roupa certa? – Editora Tempos, p. 140)

4º Princípio – Não devemos levantar questões controvérsias sobre o assunto do vestuário. Não devemos também esquecer que o vestuário deve ser apropriado para a nossa época.

A questão do sábado é uma prova que sobrevirá ao mundo inteiro. Não precisamos que seja introduzida agora alguma coisa que constitua uma prova para o povo de Deus e torne mais severa a prova que eles já têm. O inimigo se alegraria em levantar agora questões que desviassem a mente das pessoas para que entrassem em controvérsia sobre o assunto do vestuário. Que nossas irmãs se vistam com simplicidade, como muitas fazem, usando vestidos de bom material, duráveis, modestos, apropriados para esta época, e não permitam que a questão do vestuário encha a mente.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 254)

5º Princípio – Não devemos levantar idéias e práticas independentes da igreja organizada e reconhecida por Deus. Se tivermos qualquer dúvida sobre os princípios abordados para interpretação deveríamos procurar os líderes que foram ordenados por Deus para cuidar do rebanho.

São apresentados, na conversão de Paulo, importantes princípios que devemos conservar sempre em mente. O Redentor do mundo não aprova, em assuntos religiosos, idéias e práticas independentes por parte de Sua igreja organizada e reconhecida, onde a tem.

Muitos nutrem a idéia de que só a Cristo são responsáveis no que respeita à luz e a sua própria experiência, independentemente de Seus reconhecidos seguidores no mundo. Isto, porém, é condenado por Ele nos ensinos que nos dá, bem como nos exemplos, nos fatos, que nos tem dado para nossa instrução. Aí estava Paulo, pessoa a quem Cristo devia preparar para importantíssima obra, que Lhe devia ser vaso escolhido, levado diretamente à presença de Cristo; todavia Ele lhe não ensina as lições da verdade. Detém-lhe a carreira e infunde-lhe convicção; e quando ele pergunta: "Que queres que eu faça?" (Atos 9:6) o Salvador não lho diz diretamente, mas põe-no em contato com Sua igreja. Eles te dirão o que te cumpre fazer. Jesus é o amigo dos pecadores, tem o coração sempre aberto, sempre sensível aos sofrimentos da humanidade; tem todo o poder, tanto no Céu como na Terra; respeita, no entanto, o meio que ordenou para esclarecimento e salvação dos homens. Encaminha Saulo à igreja, reconhecendo assim o poder de que a investiu como veículo de luz para o mundo. É o corpo organizado de Cristo na Terra, e importa que se Lhe respeitem as ordenanças. No caso de Saulo, Ananias representa Cristo, ao mesmo tempo que representa os pastores de Cristo na Terra, os quais são designados para agir em Seu lugar.

Cristo dá poder à voz da igreja. "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu." Mat. 18:18. Não se apóia coisa alguma como seja um homem, por sua própria responsabilidade, desviar-se e advogar as idéias que bem lhe parecerem, a

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despeito do juízo da igreja. O mais alto poder abaixo do Céu, concedeu o Senhor a Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo reunido na qualidade de uma igreja, que deve ser respeitada.

(Testemunhos Seletos - I, p. 394 e 395)

Conhecendo os princípios que regeram a Senhora White quando começou a reforma de saúde no vestuário, há mais de 100 anos, devemos utilizá-los para escolher dentro da nossa cultura e época o vestuário mais apropriado. A IASD sempre se preocupou em seguir os princípios do Espírito de Profecia e da Bíblia, por isso, somos contrários a opiniões extremistas sobre o vestuário. Mas, afinal de contas qual é a posição da IASD sobre a questão do uso de calças para as mulheres?

Propor que nenhum tipo de calças seja usado pelas mulheres, seja qual for a ocasião, implicaria que as calças são pecaminosas de per si, não importando que tipo ou formas elas têm. Se isso fosse verdadeiro, ninguém poderia usar calças, incluindo os homens. Mas o problema não está com as calças, uma vez que em algumas culturas elas são artigo feminino de vestuário. O problema não é a calça, mas seu pretenso uso.

A mulher pode usar as quentes calças de lã durante os frios dias de inverno para proteger-se, ou ela pode usar bermudas de algodão durante os passeios de verão com a família, porque são mais práticas do que as saias. Por outro lado, a mulher não pode usar calças sensuais ou estreitas para ser sedutora, ou escolher calças largas de terno na maior parte do tempo, porque deseja projetar um tipo masculino de personalidade.

(Dr. Samuele Bacchiochi - Qual a roupa certa? – Editora Tempos, p. 138)

Espero que este estudo tenha sido proveitoso e que tenha de dado a certeza da sua escolha como membro da igreja de Deus aqui na Terra. Espero ter ajudado!

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