o romeu e a julieta dos tempos modernos

1
O Romeu E A Julieta Dos Tempos Modernos Nos dias de hoje o amor está sobrevalorizado, isso é certo. Mas bato o pé em como é bastante mais justo e real do que o foi há cem ou duzentos anos atrás. As mulheres não andaram a lutar pelos seus direitos e a queimar soutiens para continuar enclausuradas entre quatro paredes com uma panela numa mão e uma e uma vassoura na outra. O direito ao divórcio não foi feito para que duas pessoas, que descobrem que afinal não são assim tão perfeitas uma para a outra, poderem seguir com as suas vidas? Então agora eu pergunto: Havia em outros tempos qualquer tipo de opção? Não. Ora aí está! O suposto amor puro, baseia – se em quê? Viver uma vida infeliz, para que o outro possa ser feliz? Isso é deprimente e masoquista. E uma coisa assim não é boa. Nunca foi e nunca será. O Romeu e a Julieta ficaram imortalizados, porque ela não envelheceu, nem ficou rabugenta e porque ele não arranjou amantes, nem chegou a casa a altas horas a tresandar a álcool. O amor nunca foi perfeito, nem nunca será. Mas ao menos que seja sincero. Se as pessoas já não são felizes é o fim. E de certa forma, também um recomeço. De que serve ficarmos agarrados a um amor platónico, que já perdeu tudo o que tinha de bom? Na vida real os príncipes não são loiros e os vilões não são feios. ANA MARGARIDA NUNES 9ºA Nº1

Upload: ana-nunes

Post on 17-Jun-2015

46 views

Category:

Education


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: O Romeu e a Julieta dos Tempos Modernos

O Romeu E A Julieta Dos Tempos Modernos

Nos dias de hoje o amor está sobrevalorizado, isso é certo. Mas bato o pé em como é bastante mais justo e real do que o foi há cem ou duzentos anos atrás.

As mulheres não andaram a lutar pelos seus direitos e a queimar soutiens para continuar enclausuradas entre quatro paredes com uma panela numa mão e uma e uma vassoura na outra.

O direito ao divórcio não foi feito para que duas pessoas, que descobrem que afinal não são assim tão perfeitas uma para a outra, poderem seguir com as suas vidas?

Então agora eu pergunto: Havia em outros tempos qualquer tipo de opção? Não. Ora aí está!

O suposto amor puro, baseia – se em quê? Viver uma vida infeliz, para que o outro possa ser feliz? Isso é deprimente e masoquista. E uma coisa assim não é boa. Nunca foi e nunca será.

O Romeu e a Julieta ficaram imortalizados, porque ela não envelheceu, nem ficou rabugenta e porque ele não arranjou amantes, nem chegou a casa a altas horas a tresandar a álcool.

O amor nunca foi perfeito, nem nunca será. Mas ao menos que seja sincero. Se as pessoas já não são felizes é o fim. E de certa forma, também um recomeço. De que serve ficarmos agarrados a um amor platónico, que já perdeu tudo o que tinha de bom?

Na vida real os príncipes não são loiros e os vilões não são feios.

ANA MARGARIDA NUNES

9ºA Nº1