o sistema digestivo no homem -...
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SISTEMA DIGESTIVO
• Digestão dos alimentos e
absorção dos nutrientes
• Digestão – uma simplificação
molecular
• Absorção dos nutrientes
A Alimentação
A nossa alimentação deve ser
variada, proporcionando ao
organismo uma diversidade de
alimentos e, consequentemente,
de nutrientes necessários ao
nosso funcionamento e bem-
estar.
Alimento
≠
Nutriente
O que comemos?
Os alimentos fornecem ao
organismo os seguintes
nutrientes:
•Água
•Sais Minerais
•Glícidos
•Lípidos
•Prótidos
•Vitaminas
Analisa a tabela I
Abre o teu manual na página 106
Constituição de alguns alimentos
Alimentos (por 100g de alimento)
Nutrientes
Peixe Carne de vaca
Uva
Água 59,80 44,57 80,93
Prótidos 27,00 17,00 1,00
Lípidos 13,00 35,00 0,10
Glícidos 0,10 0,40U 17,00
Vitaminas Variável Variável várias
Sais Minerais Variável Variável Várias
Principais Funções dos Nutrientes
Nutrientes Funções Exemplos
Glícidos Energética motora Glicose; Sacarose; Maltose; amido; glicogénio
Prótidos Estrutural (crescimento e renovação celular) Energética (Reguladora – Hormonas, Enzimas)
Proteínas, aminoácidos
Lípidos Energética calorifica Estrutural
Gorduras animais e vegetais
Água Estrutural Reguladora
Vitaminas Protetora, Reguladora A, C, D…
Sais Minerais Protetora Estrutural
Cálcio, Ferro, Fosforo, Iodo, Magnésio
Tipos de nutrientes quanto à composição química
Orgânicos
Inorgânicos
Têm na sua constituição átomos carbono (C) e Hidrogénio (H) , em simultâneo
Não têm na sua constituição átomos de carbono (C) e Hidrogénio (H) em simultâneo
Prótidos Lípidos Glícidos
Vitaminas
Sais minerais Água
Os 3 primeiros são macromoléculas e
por isso têm de sofrer digestão
O que comemos?
Estes nutrientes para chegarem às
células do nosso organismo
precisam de ser transformados pois
podem encontrar-se em diferentes
graus de complexidade.
Essas transformações acontecem
durante a digestão.
A digestão envolve
fenómenos físicos e químicos
e ocorre por etapas no
Sistema Digestivo.
Digestão Digestão mecânica:
é a quebra física dos alimentos através da
mastigação e dos movimentos peristálticos.
Digestão química
é a transformação das moléculas mais
complexas em moléculas mais simples através
da acção dos sucos digestivos
Digestão / Sistema neuro-hormonal
Os processos mecânicos são
controlados pelo Sistema nervoso
Os processos químicos dependem de
estímulos do sistema neuro-hormonal
Digestão
Digestão
mecânica
Digestão
química
Língua
Dentes
Movimentos
peristálticos
Sucos
digestivos
Digestão
Enzimas
São moléculas orgânicas de natureza proteica.
Aceleram as reacções químicas
São específicas (actuam sobre “uma só” substância)
A sua acção é influenciada pela temperatura e pH.
Digestão
O sistema digestivo tem a função de realizar a digestão, ou seja, fraccionar os alimentos e transformar os seus nutrientes complexos em nutrientes simples.
Acção das enzimas (por exemplo)
Enzima - biocatalizador: substâncias que diminuem a energia necessária para que as
reações químicas se desencadeiem, acelerando-as e não se gastando nessas reações.
Sistema Digestivo
Relembra a sua constituição 1 – boca
2- esófago
3 – fígado
4 – vesícula biliar
5 – intestino delgado
6 – ânus
7 – faringe
8 – estômago
9 – pâncreas
10 – intestino grosso
11 – recto
Sistema Digestivo
Tubo digestivo
Boca
Faringe
Esófago
Estômago
Intestino delgado
Intestino grosso
Recto
Ânus
Órgãos anexos
Glândulas Salivares
Fígado
Pâncreas
Tubo digestivo
Conjunto de órgãos por
onde vão passando os
nutrientes ingeridos.
Os nutrientes irão sofrer
transformações de forma a
tornarem-se moléculas cada
vez mais simples, passíveis
de serem absorvidas.
Órgãos anexos
Ao tubo digestivo estão associados órgãos anexos/glândulas
anexas que produzem sucos digestivos ricos em enzimas e
outras substâncias que ajudam à digestão dos nutrientes.
Tubo digestivo: Boca
É uma cavidade para
onde é encaminhada a
saliva produzida nas
glândulas salivares e que
contém a língua e os
dentes.
Órgão adaptado à
ingestão, trituração e
ensalivação dos
alimentos.
Irão ser abordados de
seguida conceitos relativos
aos dentes e à língua. As
glândulas salivares serão
abordadas posteriormente
como órgãos anexos.
Boca: a importância dos dentes
Dentes
Estruturas acessórias
implantadas nos
alvéolos ósseos dos
maxilares.
Um dente apresenta três
regiões:
Coroa – região visível fora
da gengiva;
Colo – zona de junção
entre a coroa e a raiz,
situada ao nível da gengiva;
Raiz – parte implantada no
alvéolo maxilar. Fixa o dente
ao alvéolo.
Boca: a importância dos dentes
Em corte longitudinal pode
ver-se que cada dente é
constituído por várias
estruturas:
Esmalte
Dentina
Polpa dentária
Cimento
Boca: a importância dos dentes
Boca: a importância dos dentes
Esmalte
• Substância semelhante ao osso, que recobre a coroa. É a substância mais dura do corpo (constituída por fosfato e carbonato de cálcio) e está protegida por uma cutícula ainda mais resistente. Protege o dente do desgaste da mastigação e é uma barreira contra os ácidos que dissolvem facilmente a estrutura que se encontra por baixo, a dentina
Dentina
• substância dura com consistência semelhante à dos ossos, que entra na constituição de quase todo o dente e lhe confere a forma básica e rigidez.
Polpa dentária
• espaço na coroa, envolvido pela dentina, que é preenchido por polpa dentária - tecido conjuntivo, que contém vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. (parte viva do dente).
Cimento
• outra substância semelhante ao osso, que recobre a dentina da raiz e que a fixa.
Existem diferentes tipos de
dentes, com funções específicas
na mastigação.
No adulto existem, em cada
maxilar:
• 4 incisivos - cortar
• 2 caninos - rasgar
• 4 pré-molares – esmagar e
triturar
• 6 molares – esmagar e
triturar
Boca: a importância dos dentes
Dentições Os seres humanos têm 2
conjuntos de dentes:
- Dentição de leite – 20 dentes (Os decíduos, começam a surgir
por volta dos 6 meses de idade.
Esta primeira dentição contém
apenas 20 dentes – faltam os
grandes molares, que vão sendo
perdidos entre os 6 e os 12 anos de
idade.)
- Dentição definitiva – 32
dentes
(Surge entre os 6 anos e a vida
adulta. Existem 32 dentes numa
dentição permanente e completa.)
Boca: a importância dos dentes
Boca – a importância da língua
Língua – é um órgão
musculoso onde estão
localizadas (na face superior e
nas margens) as papilas
gustativas responsáveis pelos
quatro sabores dos alimentos:
doce
amargo
ácido
salgado.
A sua função é misturar os
alimentos com a saliva.
Tubo digestivo: Faringe
Órgão tubular
musculoso que
estabelece a
ligação, por um
lado com a boca
e as fossas
nasais e, por
outro lado, com
a laringe e o
esófago.
Tubo digestivo: Esófago
Com cerca de
25cm de
comprimento e de
constituição
semelhante à da
faringe, localizado
posteriormente à
traqueia, o
esófago é o canal
que estabelece a
ligação da faringe
com o estômago.
Tubo digestivo: Estômago
É a região mais dilatada do tubo digestivo, imediatamente abaixo do
diafragma, constituindo uma estrutura em forma de saco que, no adulto,
em média pode acumular 1,5 litros de alimentos e sucos digestivos, no
seu ponto máximo de digestão.
A ligação entre o estômago e o esófago faz-se através de um esfíncter -
cárdia. Com o intestino delgado a ligação estabelece-se com um outro
esfíncter - piloro.
Tubo digestivo: Intestino delgado
Tubo enrolado com cerca de
4 cm de diâmetro e 6 a 7
metros de comprimento.
É formado por:
duodeno (segmento inicial,
que se segue ao estômago
e que recebe os sucos
produzidos pelo fígado e
pelo pâncreas)
jejuno-íleo
(zona de absorção digestiva)
Tubo digestivo: Intestino grosso, recto e ânus
Intestino grosso
Tubo de maior diâmetro
(cerca de 6 cm) e com
cerca de 1,5m de
comprimento.
Comunica com o intestino
delgado através do ceco,
ao qual está ligado o
apêndice.
Possui o cólon que
contacta com o recto e
termina no ânus.
Tubo digestivo: Intestino grosso, recto e ânus
Cólon
Não é enrolado e é dividido em porções:
• um segmento ascendente à direita do abdómen, o
cólon ascendente;
• um segmento transversal, o cólon transverso;
• um segmento à esquerda, o cólon descendente;
• cólon sigmóide - que é continuado pelo recto.
A parte terminal do recto (os últimos 2 a 3cm)
corresponde ao canal anal que se abre para o
exterior pelo ânus.
Glândulas salivares – são
glândulas formadas por
um grande número de
pequenos “sacos”
agrupados em cacho, que
lançam os produtos da sua
secreção, a saliva, na
cavidade bucal por canais
muito finos, os ductos.
Órgãos anexos – glândulas salivares
Glândulas parótidas –
localizadas uma de cada lado da
cabeça, nas bochechas, logo à
frente dos ouvidos. São as
maiores glândulas salivares.
Glândulas sublinguais – situadas
por baixo da língua, na parte da
frente da boca. Possuem muitos
canais minúsculos que libertam
saliva;
Glândulas submaxilares –
situadas na parte de trás da
boca, profundamente debaixo da
língua.
Órgãos anexos – glândulas salivares
Boca/Glândulas salivares/saliva
Mantem a boca húmida; Potencia o paladar
Ajuda na digestão (contém enzimas);
Lubrifica o bolo alimentar;
Regula o pH da boca;
Acção antibacteriana e antifúngica;
Previne a cárie dentária ao ajudar a eliminar os restos dos alimentos e a placa bacteriana;
Limita o crescimento de bactérias que danificam o esmalte devido aos minerais que contém.
Órgãos anexos - fígado
Fígado: É a maior glândula do nosso corpo, com cerca de 1,5Kg, situada
sob o diafragma, do lado direito. Possui células, os hepatócitos, que
segregam bílis que, através de canais hepáticos, vai acumular-se na
vesícula biliar.
Órgãos anexos - fígado
Vesícula Biliar
Estrutura em forma
de saco localizada por
baixo do fígado.
Armazena a bílis que
é continuamente
segregada pelo fígado.
Após cada refeição a
vesícula contrai-se
lançando grandes
quantidades de bílis no
intestino delgado.
Pâncreas
Está localizado por baixo do estômago, mede
entre 10 a 20cm de comprimento. É uma glândula
alongada com a parte mais larga alojada na
primeira dobra do intestino delgado.
Órgãos anexos - pâncreas
Órgãos anexos - pâncreas
É uma glândula mista. Possui dois tipos de células:
pequenos grupos de células glandulares que
constituem a porção endócrina do pâncreas e que
produz as hormonas glucagina e insulina que lança
no sangue.
glândulas exócrinas que segregam uma mistura de
enzimas digestivas denominado suco pancreático
que é conduzido através de um canal excretor –
canal pancreático – ao intestino delgado (duodeno).
Digestão: Acções mecânica e química
Mecânica
• Os alimentos são reduzidos a
partículas sucessivamente mais pequenas, permitindo uma acção mais eficiente dos sucos digestivos (aumenta grandemente a superfície sobre a qual esses sucos vão actuar)
• É desenvolvida pela língua, dentes e movimentos peristálticos.
Química
• Os sucos digestivos provocam nos alimentos alterações químicas pelas quais as moléculas complexas são transformadas em moléculas sucessivamente mais simples.
• Estes sucos, produzidos por vários órgão do sistema digestivo possuem, na sua maioria, enzimas digestivas (hidrolases).
• Sucos digestivos: saliva, suco gástrico, suco pancreático, suco intestinal e bílis (não possui enzimas).
Os alimentos sofrem, durante o processo da digestão, uma acção
mecânica e química:
Digestão – uma simplificação molecular
Digestão na boca
Digestão na boca
Acção mecânica
Acção química
A digestão inicia-se na boca. Aí
os alimentos experimentam a
acção de um processo mecânico
e de outro químico que
conduzem à formação do bolo
alimentar.
Digestão na boca
Acção química – a saliva
para além de amolecer e
lubrificar os alimentos,
possui a amilase salivar,
que catalisa a
transformação química do
amido (glícido). O amido é
transformado em moléculas
mais pequenas de maltose.
Acção mecânica – através de
movimentos contínuos da
língua, bochechas, lábios e
dentes, os alimentos são
cortados, rasgados e
triturados, ficando reduzidos a
pequenas fracções –
mastigação. Posteriormente,
são ensalivados e formam
uma massa macia mais ou
menos homogénea o bolo
alimentar.
Deglutição
Passagem do bolo alimentar da
boca para a faringe e depois para o
esófago.
A epiglote fecha o canal respiratório
(laringe)
Deglutição
O bolo alimentar desce o esófago
devido a movimentos de
contracção – MOVIMENTOS
PERISTÁLTICOS – acção
mecânica (também pela
gravidade e pressão)
Digestão no estômago
(Clica na imagem)
Acção mecânica – através de
movimentos peristálticos
(movimentos ritmados de
contracção) o bolo alimentar
irá ser envolvido pelo suco
gástrico.
Acção química – o suco
gástrico ou estomacal é
produzido por glândulas
presentes nas paredes do
estômago. Contém enzimas e
ácido clorídrico.
Digestão no estômago
Quimo
Enzimas:
Proteases - Pepsina
actuam nas proteínas desdobrando-as em polipeptídeos.
Bolo alimentar
Digestão no intestino delgado
Acção química – neste órgão
actuam três secreções:
Bílis
Suco pancreático
Suco intestinal ou entérico
O quimo sai do estômago e entra no intestino delgado (duodeno)…
Digestão no intestino delgado
Acção química – neste órgão
actuam três secreções:
Bílis: emulsiona as gorduras e
não contém enzimas
Suco pancreático
amilase pancreática
protease
lipase
Suco intestinal ou entérico
proteases
lipases
maltase
sacarese
lactase, …
Quimo Quilo
Realiza a actividade 11
– pág. 110
Absorção no intestino delgado
No jejuno-íleo ocorre a absorção
de vários nutrientes – através de
estruturas especializadas – as
vilosidades intestinais.
As vilosidades intestinais
aumentam a área de absorção.
Válvulas coniventes Vilosidades intestinais
microvilosidades
Digestão no intestino delgado
Vilosidades intestinais Através das vilosidades intestinais, os nutrientes são absorvidos para:
Vasos sanguíneos água
sais minerais
aa
monossacarídeos
vitaminas (hidro)
Vaso linfático (quilífero)
lípidos vitaminas lipossolúveis
Absorção no intestino grosso
No intestino grosso é
absorvida a água que vai
para o sangue.
O que ainda resta do
quilo é transformado
em fezes.
Absorção no intestino grosso
Movimentos peristálticos
efectuados pelo intestino
grosso até à expulsão
das fezes.
http://youtu.be/7k_99M5jRXY
O corpo humano - 08 –
Sistema digestório - Parte 1
O corpo hunano - 08 –
Sistema digestório - Parte 2
http://youtu.be/gcWmDduJBZg
O corpo hunano - 08 -
Sistema digestório - Parte 3
http://youtu.be/zvlThLEnnOQ
Digestão – uma simplificação molecular
Observa
atentamente os
seguintes vídeos
e preenche a ficha
resumo das etapas
da digestão