o trabalho nos clÁssicos da sociologia
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O TRABALHO NOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Karl Marx -1818-1883. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE. Textos Básicos:. 1848. O Manifesto Comunista. 1859. Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política. 1863. O Capital. PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE. Conceito de Homem. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
O TRABALHOO TRABALHONOSNOS
CLÁSSICOS DA CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIASOCIOLOGIA
Karl Marx -1818-1883
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
Textos Básicos:
1848
1859
1863
O Manifesto Comunista
O Capital
Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política
PRESSUPOSTOS PARA O PRESSUPOSTOS PARA O
CONHECIMENTO DA SOCIEDADECONHECIMENTO DA SOCIEDADE
Conceito de Homem
Conceito de História
Conceito de Trabalho
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
HOMEM ser de necessidades
satisfação das necessidades
produção de bens materiais
produção de bens materiais TRABALHO
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
Relações
A ) com a Natureza Forças de Produção(instrumentos de produção)
B ) dos Homens entre si Relações de Produção(divisão do trabalho)
modo de produção
+
História
CapitalistaAntigo Feudal
“A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e dos
homens entre si.”
Nesses dois tipos de relação
aparece como intermediário um
elemento essencial: O TRABALHO HUMANO
Assim como Darwin havia descoberto a lei
da evolução das espécies, Marx descobriu
as leis da HISTÓRIA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA
IDEOLÓGICA
POLÍTICA
ESTADO
JURÍDICA
DIREITO
FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
(MODO DE PRODUÇÃO)
INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA
IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
O conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade forma sua basebase ou infra-estruturainfra-estrutura que por sua vez é o fundamento sobre o qual se constituem as instituições políticas e sociais. Esta base material é o modo de produçãomodo de produção que serve para caracterizar distintas etapas da história humana.
INFRA ESTRUTURA
Na produção da vida os homens geram outra espécie de produtos que não têm forma material: as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico, representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de pensar e concepções de vida.
SUPER ESTRUTURA
A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência, encontra-se na base econômica e material da
sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo
“O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral”
“Não é a consciência do homem que determina a sua existência, mas ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência”
“Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela”
“Do mesmo modo que não podemos julgar um indivíduo pelo que ele pensa de si mesmo, não podemos julgar estas épocas de revolução pela sua consciência, mas pelo contrário, é necessário explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas e as relações de produção”
“Nenhuma formação social desaparece antes que se desenvolvam todas as forças produtivas que ela contem e jamais aparecem relações de produção novas antes de amadurecerem no seio da própria sociedade antiga as condições materiais para a sua existência”
Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política
CONSCIÊNCIA
EXISTÊNCIA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA
IDEOLÓGICA
POLÍTICA
ESTADO
JURÍDICA
DIREITO
FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
(MODO DE PRODUÇÃO)
INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA
IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
RELAÇÕES DE PROPRIEDADE
PROPRIETÁRIOS
CLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTE
PROLETARIADOBURGUESIA
NÃO PROPRIETÁRIOS
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO
MPC
MODO DE PRODUÇÃO
Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia
PolíticaPolíticaA determinadas forças de produção correspondem determinadas relações de produção que se expressam em relações jurídicas e que constituem um modo de produção
As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as relações de produção não acompanham o ritmo de seu desenvolvimento
As forças de produção se chocam com as relações de produção existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na época de revolução social.
FORÇAS DE PRODUÇÃO (FP)
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (RP)
Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia PolíticaPrefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política
““nenhuma formação social desaparece antes nenhuma formação social desaparece antes que se desenvolvam todas as forças que se desenvolvam todas as forças produtivas que ela contem e jamais aparecem produtivas que ela contem e jamais aparecem relações de produção novas e mais altas antes relações de produção novas e mais altas antes de amadurecerem no seio da sociedade antiga de amadurecerem no seio da sociedade antiga as condições materiais de sua existência.”as condições materiais de sua existência.”
““As relações burguesas de produção são a As relações burguesas de produção são a ultima forma antagônica do processo social de ultima forma antagônica do processo social de produção... As forças produtivas que se produção... As forças produtivas que se desenvolvem criam as condições materiais desenvolvem criam as condições materiais para a solução do antagonismo.”para a solução do antagonismo.”
““Com essa formação social se encerra a pré-Com essa formação social se encerra a pré-história da sociedade humana”história da sociedade humana”
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
1. O duplo valor dos bens materiais
2. A determinação do valor de troca
3. Os processos históricos de troca
4. A força de trabalho como mercadoria
5. O processo da mais valia
6. O fetichismo da mercadoria
• Valor de uso
• Valor de troca
ANÁLISE DA MERCADORIA 1ANÁLISE DA MERCADORIA 1
1. O duplo valor dos bens materiais
Valor de uso
Valor de troca
homem
necessidades
satisfação
produção de bens materiais
valor dos bensUtilidade do bem material para o seu produtor
Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu
produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA
Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem embutido nela um valor de uso
ANÁLISE DA MERCADORIA 1ANÁLISE DA MERCADORIA 1
2. A determinação do valor de troca
O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ?
QUANTIDADE ?
NECESSIDADE ?
FINALIDADE ?
EQUIVALÊNCIA (valores iguais)
ANÁLISE DA MERCADORIA 2ANÁLISE DA MERCADORIA 2
2. A determinação do valor de troca
trabalho
equivalência
02 horas 04 horas02 horas
tempo de trabalho necessário para a sua produção
equivalência
ANÁLISE DA MERCADORIA 2ANÁLISE DA MERCADORIA 2
2. A determinação do valor de troca
Socialmente
Tempo médio
Tempo social
Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua produção
Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias, há uma comparação de trabalho humano. Logo toda mercadoria expressa relações sociais
Exemplo : compra no supermercadoPacote de arroz = 10 reais
O preço é o que aparece. O que significa?
““Ao equiparar os seus diversos produtos na Ao equiparar os seus diversos produtos na troca como valores, os homens equiparam os seus troca como valores, os homens equiparam os seus
diversos trabalhos como trabalho humano. Não se dão diversos trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta, mas fazem-no”.conta, mas fazem-no”.
O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho concreto de um ramo de produção determinado,não é o
trabalho de um gênero particular, mas o trabalho humano abstrato, o trabalho humano geral.
ANÁLISE DA MERCADORIA 3ANÁLISE DA MERCADORIA 3
3. Os processos históricos de troca
I) Processo Pré-Capitalista
a) Processo de circulação simples (troca direta)
b) Processo de circulação complexa (troca indireta)
M M
M D (equivalente geral) M
II) Processo Capitalista
D M D+
A troca direta não dinamiza a troca
Há necessidade de um equivalente geral
O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCROO processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO
D M D Qual a vantagem ?
Dinheiro tem valor de uso ?
D M D+ M D++ M D+++ ...
ANÁLISE DA MERCADORIAANÁLISE DA MERCADORIA
O processo pré-capitalista começa com M
a mercadoria é produto do trabalho
O processo capitalista começa com D
Questão Básica
De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?
Comércio = troca de mercadoria, conquista, pirataria, saque, exploração, suborno, fraude ...“Se o dinheiro .... Vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem
pingando da cabeça aos pés, de todos os poros, sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1)
o dinheiro é necessariamente produto do trabalho ?
ANÁLISE DA MERCADORIAANÁLISE DA MERCADORIA
D
máquina
matéria prima
força de trabalho
(Capital constante)
(Capital variável)
M D +
No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua
força de trabalho: camponeses e artesãos
Camponeses = expulsos do campo
Artesãos = destituídos de suas ferramentas
ANÁLISE DA MERCADORIA 4ANÁLISE DA MERCADORIA 4
4. A força de trabalho como mercadoria
Qual o valor desta mercadoria ?a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para que ela exista
b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria
c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que ela exista
d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu dono, o trabalhador
f) ora, um dia o trabalhador vai morrer
g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários à subsistência do trabalhador e sua reprodução
e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que o trabalhador exista
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de trabalho.
MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO
PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE
GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA
Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o estritamente necessário ao futuro trabalhador.
É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer.
A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
1. Economistas Clássicos
A força de trabalho como criação de valor
2. Marx
O trabalho provoca nos objetos uma espécie de “ressurreição”
3. Economistas Clássicos
O valor das mercadorias depende do tempo de trabalho gasto na produção
4. Marx
Tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção
tempo médio tempo social
5. O processo da mais valia
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
Primeiro Modo Hipótese: 08 horas
5. O processo da mais valia
Tempo Necessário:
o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho
Tempo Excedente:
o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça
Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia:
Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
Segundo Modo
5. Exemplo Produção de um par de sapatos
100 unit de moeda
Matéria Prima =
Desgaste Instrumentos
Salário Diário
Como o capitalista
obtém o lucro?
5. O processo da mais valia
20 unit de moeda
30 unit de moeda
O valor de um par de sapatos é a soma de todos os valores representados pelas diversas mercadorias que
entraram na produção
Não é no âmbito da compra e venda
É no âmbito da produção
=
=
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
09 horas de trabalho
01 par a cada 03 horas
Nessas 03h o trabalhador cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário
Nas outras 06h produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário
ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA
+salário
Meios de Produção 120
30
150
+
=
+salário
Meios de Produção 120
30
390
+
=
x 03
03
130
=
MAIS VALIAMAIS VALIA
Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao capitalista: 20 unidades de moeda
em cada um dos pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao operário: incorpora-se ao
produto e é apropriado pelo capitalista
Assim como um boi produz mais do que consome e enriquece o seu dono, a classe trabalhadora
produz mais valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios de produção. Os
trabalhadores são os bois do sistema capitalista
O FETICHISMO DA MERCADORIA O FETICHISMO DA MERCADORIA
FETICHISMO
FETICHE
FREUD
Adoração ou culto de fetiches
Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e presta culto
A aplicação do processo de fetichismo ao
comportamento individual: fetiches sexuais
MARX
A aplicação do processo do fetichismo ao comportamento
social: a mercadoria e o dinheiro são fetiches
(1856 – 1939) (1818 – 1883)
O que é MERCADORIA ?
Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias, o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois, relações sociais
Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de valor de troca (preço)
Exemplo de relações:
a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy,
a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria
menino-que-faz-pacotes
As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria:
01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver
01 cigarro marca X = um estilo de vida
01 calça jeans griffe X = um vida jovem
As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem
como coisas
A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em si
A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes
O FETICHISMO DA MERCADORIA O FETICHISMO DA MERCADORIA
As relações sociais de trabalho aparecem como relações materiais entre as pessoas e como relações sociais entre
coisas
COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ?
Os homens são transformados em coisas e as coisas são transformadas em “gente”
O FETICHISMO DA MERCADORIA O FETICHISMO DA MERCADORIA
trabalhador
trabalho
proprietário
Os homens são transformados em coisas:
uma coisa chamada mercadoria que possui outracoisa chamada preço
uma coisa chamada capital que possui outracoisa chamada capacidade de ter lucros.
Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir, poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si mesmas,
independente dos homens que as realizam
Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem sob a forma de coisas: reificaçãoreificação (Lucaks)
Uma coisa chamada força de trabalho
E a coisas são transformadas em “gente”:
Questões FinaisQuestões Finais
Por que os homens conservam essa realidade ?
Como se explica que não percebam a reificação ?
Como entender que o trabalhador não se revolte contra uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ?
Como explicar que essa realidade nos apareça como natural, normal, racional, aceitável ?
De onde vem o obscurecimento da existência das contradições e dos antagonismos sociais ?
De onde vem a não percepção da existência das contradições e dos antagonismos sociais ?
A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIAfenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA
ALIENAÇÃOALIENAÇÃO alienum = alheio - outro
Alienar um imóvel
ALIENAÇÃO ECONÔMICA
Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de produção da vida material e do saber do qual dependia a fabricação de um produto e a própria posição social do artesão
Vender = separar o proprietário da propriedade
CAPITALISMOCAPITALISMO
O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da fábrica
O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na vida cotidiana
O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIAfalsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA
IDEOLOGIAIDEOLOGIA
É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do “sistema”, como se estivessem se comportando segundo sua como se estivessem se comportando segundo sua própria vontadeprópria vontade
A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia da classe dominante nessa época.
Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o pagamento de seu salário.
Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro.
O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.
SEGUNDA CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIOLOGIA
A preocupação em estabelecer normas que justifiquem a manutenção da sociedade capitalista
Em sua obra A Divisão Social do Trabalho, procura compreender as
repercussões da divisão do trabalho e do aumento do individualismo na
integração social.
Durkheim tenta entender o funcionamento da sociedade da mesma forma
que a Biologia entende o funcionamento de um corpo. Cada indivíduo tem
uma função a cumprir que é importante para o funcionamento de todo o
corpo social.
Divisão Social do trabalho vem a ser a especialização de funções entre os
indivíduos de uma sociedade.
Daí o efeito mais importante da divisão do trabalho não é o seu aspecto
econômico (aumento de produtividade) mas a integração e a união entre os
membros, que Durkheim denomina SOLIDARIEDADE.
Quanto mais for especializada sua atividade, mais o membro de uma
sociedade passa a depender dos outros membros.
SEGUNDA CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIOLOGIA
SOCIEDADE PRE-CAPITALISTA SOCIEDADE CAPITALISTA
Tradicional
Não diversificada
Pré-industrial
Semelhanças de funções: união
Simples
Muita coesão social
Pouca divisão do trabalho
Solidariedade mecânica
Moderna
Diversificada
Industrial
Especialização de funções: dependência
Complexa
Pouca coesão social
Muita divisão do trabalho
Solidariedade orgânica
SEGUNDA CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIOLOGIA
SOCIEDADE PRÉ- CAPITALISTA
Como a divisão do trabalho era pouco desenvolvida, não
havia um grande número de especializações. As pessoas se
uniam não porque dependiam do trabalho das outras, mas
porque tinham a mesma religião, as mesmas tradições, os
mesmos sentimentos, os mesmos valores. Esta sociedade
era constituída por SOLIDARIEDADE MECÂNICA
Nela a consciência coletiva era forte e pesava sobre o
comportamento de todos.
Predominava o Direito Repressivo (Penal) pois o crime feria
os sentimentos coletivos.
SOCIEDADE CAPITALISTA
Há divisão de trabalho porque há mais especialização de
funções.. O que une as pessoas é a interdependência das
funções sociais. Esta sociedade é constituída por
SOLIDARIEDADE ORGÂNICA.
A consciência coletiva é fraca pois é difusa, difundindo-se
pelas diversas instituições
Predomina o Direito Restitutivo (Civil) , pois a função do
Direito mais do que punir o criminoso, é restabelecer a ordem
que foi violada.
Durkheim admite que a Solidariedade Orgânica é superior à
Mecânica, pois ao se especializarem as funções , a
individualidade de certo modo é ressaltada, permitindo maior
liberdade de ação
MAX WEBERMAX WEBER(1864/1920) (1864/1920)
RELIGIÃO E CAPITALISMORELIGIÃO E CAPITALISMO
POR QUE O CAPITALISMO SE POR QUE O CAPITALISMO SE DESENVOLVEU APENAS NO DESENVOLVEU APENAS NO OCIDENTE ?OCIDENTE ?
6. RELIGIÃO E CAPITALISMO6. RELIGIÃO E CAPITALISMO
““A Ética Protestante e o Espírito A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” (1904)do Capitalismo” (1904)
ÉTICA PROTESTANTE ESPIRITO DO CAPITALISMOÉTICA PROTESTANTE ESPIRITO DO CAPITALISMO
ETICA DA SALVAÇÃO RACIONALIDADEETICA DA SALVAÇÃO RACIONALIDADE ÉTICA CALVINISTA BUSCA RACIONAL DO ÉTICA CALVINISTA BUSCA RACIONAL DO
LUCROLUCRO ASCETISMO VALORIZAÇÃO DA ASCETISMO VALORIZAÇÃO DA
PROFISSÃOPROFISSÃO
DISCIPLINADISCIPLINA PARCIMÔNIAPARCIMÔNIA DISCRIÇÃODISCRIÇÃO POUPANÇAPOUPANÇA
6. RELIGIÃO E CAPITALISMO6. RELIGIÃO E CAPITALISMO
1- Weber objetivou compreender o 1- Weber objetivou compreender o capitalismo como civilização = a capitalismo como civilização = a civilização do moderno mundo ocidental.civilização do moderno mundo ocidental.
2- Para Weber o que marca a cultura 2- Para Weber o que marca a cultura ocidental é a RACIONALIDADE.ocidental é a RACIONALIDADE.
3- O “impulso para o ganho” ou a “ânsia 3- O “impulso para o ganho” ou a “ânsia de lucro” nada tem a ver em si com o de lucro” nada tem a ver em si com o capitalismo.capitalismo.
4- Há dois elementos no capitalismo 4- Há dois elementos no capitalismo ocidental:ocidental:
a formação de um mercado de trabalho a formação de um mercado de trabalho formalmente livreformalmente livre
o uso da contabilidade racionalo uso da contabilidade racional5- Sem estes dois elementos, a moderna 5- Sem estes dois elementos, a moderna
organização racional da empresa organização racional da empresa capitalista não seria viável no Ocidente.capitalista não seria viável no Ocidente.
6- Weber investiga os princípios éticos que 6- Weber investiga os princípios éticos que estão na base do capitalismo, estão na base do capitalismo, constituindo o que ele denomina de o constituindo o que ele denomina de o seu “espírito”seu “espírito”
7- 7- ““Espírito do Capitalismo” : um conjunto Espírito do Capitalismo” : um conjunto de convicções e valores defendidos de convicções e valores defendidos pelos primeiros mercadores e pelos primeiros mercadores e industriais capitalistasindustriais capitalistas
7. Para Weber, as atitudes envolvidas 7. Para Weber, as atitudes envolvidas no espírito capitalismo tinham sua no espírito capitalismo tinham sua origem na teologia protestanteorigem na teologia protestante
8- Weber relaciona o papel do 8- Weber relaciona o papel do protestantismo, principalmente da protestantismo, principalmente da ética calvinista, na formação do ética calvinista, na formação do comportamento típico do capitalismo comportamento típico do capitalismo ocidental moderno.ocidental moderno.
9. A Ética Calvinista levou, ao extremo, a 9. A Ética Calvinista levou, ao extremo, a noção de predestinação : o homem é noção de predestinação : o homem é salvo por vontade de Deus. Nenhum salvo por vontade de Deus. Nenhum homem merece a salvação porque homem merece a salvação porque ninguém é digno dela. A salvação ninguém é digno dela. A salvação existe para a maior glória de Deus.existe para a maior glória de Deus.
10. No protestantismo, o termo “vocação” 10. No protestantismo, o termo “vocação” passou a significar “profissão” O homem é passou a significar “profissão” O homem é “chamado” por Deus não apenas para que “chamado” por Deus não apenas para que tenha uma atitude contemplativa, mas sim tenha uma atitude contemplativa, mas sim para cumprir sua missão no mundo através para cumprir sua missão no mundo através do trabalho e de sua profissão.do trabalho e de sua profissão.
11.O calvinismo difunde uma ética segundo a 11.O calvinismo difunde uma ética segundo a qual o homem deve manter uma qual o homem deve manter uma contabilidade diária de seu tempo. O contabilidade diária de seu tempo. O desperdício do tempo é pecado pois o desperdício do tempo é pecado pois o homem deve empregá-lo para servir a Deus homem deve empregá-lo para servir a Deus e assegurar o seu lugar de “eleito”e assegurar o seu lugar de “eleito”
12. A vivência espiritual da doutrina e 12. A vivência espiritual da doutrina e da conduta religiosa exigida pelo da conduta religiosa exigida pelo protestantismo organizou uma protestantismo organizou uma maneira de agir econômica, maneira de agir econômica, necessária para a realização de um necessária para a realização de um lucro sistemático e racional.lucro sistemático e racional.
13. Weber descobre que os valores do 13. Weber descobre que os valores do protestantismo, como a disciplina protestantismo, como a disciplina ascética, a poupança, a austeridade, ascética, a poupança, a austeridade, a vocação, o dever e a propensão ao a vocação, o dever e a propensão ao trabalho atuavam de maneira trabalho atuavam de maneira decisiva sobre os indivíduos.decisiva sobre os indivíduos.
14. O objetivo do capitalismo é 14. O objetivo do capitalismo é aumentar a riqueza alcançada, aumentar a riqueza alcançada, aumentar o capital. Esse processo de aumentar o capital. Esse processo de enriquecimento constitui uma enriquecimento constitui uma indicação segura de que se está indicação segura de que se está “predestinado”“predestinado”
15. O calvinismo traz a formação de 15. O calvinismo traz a formação de uma nova mentalidade, um uma nova mentalidade, um ethos ethos (visão de mundo)(visão de mundo) propício ao propício ao capitalismo, em oposição ao capitalismo, em oposição ao “alheamento” e à atitude “alheamento” e à atitude contemplativa do catolicismo.contemplativa do catolicismo.
16. 16. Catolicismo Catolicismo ::
1- Desprendimento dos bens 1- Desprendimento dos bens materiais deste mundomateriais deste mundo
2- Trabalho como verdadeira 2- Trabalho como verdadeira maldição, somente para maldição, somente para sobrevivência e não como meio sobrevivência e não como meio de salvaçãode salvação
3- A contemplação como elemento 3- A contemplação como elemento fundamentalfundamental
ProtestantismoProtestantismo::1- A vocação como sinônimo de 1- A vocação como sinônimo de
profissãoprofissão2- A realização de uma vocação por 2- A realização de uma vocação por
meio do trabalhomeio do trabalho3- Renúncia de todos os prazeres do 3- Renúncia de todos os prazeres do
desperdício do tempo e da ociosidade desperdício do tempo e da ociosidade 4-Valorização positiva do trabalho e da 4-Valorização positiva do trabalho e da
riqueza criada pelo trabalhoriqueza criada pelo trabalho5- Reinvestimento da riqueza: 5- Reinvestimento da riqueza:
assegurar o lugar de eleito, de assegurar o lugar de eleito, de “salvo”“salvo”
17- O capitalismo é a cristalização objetiva 17- O capitalismo é a cristalização objetiva destas premissas teológicas e éticas, destas premissas teológicas e éticas, segundo as quais o homem, em virtude de segundo as quais o homem, em virtude de seu trabalho e da riqueza criada por este seu trabalho e da riqueza criada por este trabalho, encontra um modo completo e trabalho, encontra um modo completo e sensível de conquistar sua salvação sensível de conquistar sua salvação individual.individual.
- O importante neste mundo é trabalhar - O importante neste mundo é trabalhar para criar riqueza e criar riqueza não para para criar riqueza e criar riqueza não para o desfrute pessoal e esbanjamento, mas o desfrute pessoal e esbanjamento, mas para que se crie novamente trabalho. Esta para que se crie novamente trabalho. Esta é a base da salvação do homem.é a base da salvação do homem.
- Esta mentalidade acabou configurando a - Esta mentalidade acabou configurando a tipologia do empresário moderno.tipologia do empresário moderno.