o uso das informações contábeis para fins gerenciais
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS FACULDADES UNIFICADAS
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
FLÁVIA DE OLIVEIRA RAPOZO
O USO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PARA FINS GERENCIAIS – NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE
TERESÓPOLIS
TERESÓPOLIS 2004
FLÁVIA DE OLIVEIRA RAPOZO
O USO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PARA FINS GERENCIAIS – NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE
TERESÓPOLIS
Monografia elaborada atendendo ao requisito básico para conclusão do Curso de Ciências Contábeis.
ORIENTADORA:IZABEL AUGUSTA TEIXEIRA DA C. SILVA
TERESÓPOLIS JUNHO-2004
Dedico esta monografia aos meus pais que me
ensinaram a ter fé e temor a Deus que é o princípio da
Sabedoria. E a meus irmãos, irmãs, cunhados (as) e
sobrinhos (as) pelo incentivo que me deram para que eu
prosseguisse sempre buscando o melhor.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus e a minha família pelo suporte em todos os
momentos.
A minha orientadora, e responsável pela Disciplina Estágio Supervisionado II,
Professora Izabel Augusta Teixeira da C. Silva, pelo apoio incansável durante todo o
trabalho.
Aos Professores Oscar Lewandowski e Valéria Oliveira Brites, da Coordenação do
Curso de Ciências Contábeis da FESO, pelo auxílio na fase de coleta e tabulação
dos dados. Agradeço ainda aos Professores Renato Cobo, responsável pela
Disciplina de Estágio I, que orientou na primeira etapa do trabalho, quando da
delimitação do tema e José Kohn na fase de análise dos dados.
Aos amigos Mônica Oliveira, Mônica Silveira, Valéria Jardim, Ariane Furtado e José
Américo, que colaboraram na distribuição das pesquisas e tabulação de dados. A
SEDASI Contabilidade pela constante compreensão.
Ao meu irmão Sérgio que contribuiu decisivamente na fase final para que as
pesquisas fossem concluídas. A minha irmã Gláucia não só pelo apoio na
distribuição das pesquisas, mas principalmente pelo constante encorajamento,
ajudando-me a superar os limites sempre.
E a todos os que colaboraram respondendo aos questionários.
Você vê coisas e diz: Por que? Mas eu sonho coisas que
nunca existiram e digo: Por que não?
(George Bernard Shaw)
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................... 14
ABSTRACT.................................................................................................. 15
1.INTRODUÇÃO........................................................................................... 16
2.TEMA, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVAS E METODOLOGIA UTILIZADA
NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO................................................
19
2.1. Tema.................................................................................................. 19
2.2. Objetivos............................................................................................ 20
2.3. Justificativa do Estudo....................................................................... 20
2.4. Metodologia da Pesquisa.................................................................. 22
3. A CONTABILIDADE................................................................................ 26
3.1. Origem.............................................................................................. 26
3.2. Escrituração Contábil........................................................................ 28
3.3. Dados versus Informações versus Conhecimento........................... 31
3.3.1. As Informações Contábeis...................................................... 32
3.3.2. Os Usuários das Informações Contábeis............................... 34
3.4. A Contabilidade Gerencial.................................................................. 35
3.5. A informática e a Contabilidade.......................................................... 37
3.5.1. Sistema..................................................................................... 38
3.5.2. Sistema de Informação............................................................. 38
4. A EMPRESA............................................................................................. 40
4.1.Conceito............................................................................................. 40
4.2. Micro e Pequenas Empresas............................................................ 41
5. A ADMINISTRAÇÃO E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO..... 42
5.1. Planejamento..................................................................................... 43
5.2. Controle............................................................................................. 44
5.3. Decisão.............................................................................................. 45
6. RELATÓRIOS CONTÁBEIS PARA FINS GERENCIAIS......................... 48
6.1. Preço de Venda................................................................................. 48
6.2. Análise da Margem de Contribuição................................................. 50
6.3. Ponto de Equilíbrio............................................................................ 51
6.4. Análise de Balanços.......................................................................... 52
7. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA COM AS
EMPRESAS..................................................................................................
55
7.1. Resultados da Pesquisa.................................................................... 55
7.1.1. Setor de Atuação..................................................................... 55
7.1.2. Responsável pela Gestão da Empresa................................... 56
7.1.3. Formação do Responsável pela Gestão da Empresa............. 57
7.1.4. Experiência do Responsável pela Gestão da Empresa.......... 58
7.1.5. Tempo de Atuação das Empresas no Mercado...................... 59
7.1.6. Número de Empregados nas Empresas................................. 61
7.1.7. Faixa de Faturamento das Empresas..................................... 62
7.1.8. Serviços Prestados às Empresas pelo Profissional Contábil.. 63
7.1.9. Relatórios Gerenciais fornecidos às Empresas pelo
profissional contábil......................................................................................
64
7.2.0. Interesse do gestor pelos Relatórios Gerenciais..................... 66
7.2.1. Os serviços extras são cobrados separadamente?................ 67
7.2.2. Utilização dos Relatórios Contábeis para fins Gerenciais....... 68
7.2.3. Opinião dos Empresários sobre os Serviços
Contábeis.....................................................................................................
70
7.2.4. Opinião do empresário sobre outros serviços que poderiam
ser realizados pelo profissional Contábil.....................................................
71
7.2.5. O papel do profissional contábil nas empresas....................... 72
8. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA COM OS
ESCRITÓRIOS.............................................................................................
75
8.1. Resultados da Pesquisa.................................................................... 75
8.1.1. Tempo de Atuação dos Escritórios no Mercado..................... 75
8.1.2. A formação do Profissional Contábil....................................... 76
8.1.3. Especialização do Profissional Contábil.................................. 77
8.1.4. O Profissional Contábil e a Educação Continuada.................. 78
8.1.5. Participação em Eventos da Classe........................................ 79
8.1.6. Freqüência de Participação nos Eventos................................ 80
8.1.7. Número de Funcionários nos Escritórios................................. 81
8.1.8. A Escrituração Contábil para Micro e Pequenas
Empresas.....................................................................................................
82
8.1.9. Serviços Prestados pelo Profissional Contábil....................... 83
8.2.0. Os Relatórios Gerenciais fornecidos pelo Profissional da
Contabilidade................................................................................................
84
8.2.1. Forma de Cobrança dos Relatórios Gerenciais...................... 85
8.2.2. O Micro e Pequeno Empresário entende a Informação
Contábil?......................................................................................................
86
8.2.3. Opinião do Profissional Contábil sobre a Importância das
Micro e Pequenas Empresas para a Economia...........................................
87
8.2.4. O porquê da Importância das Micro e Pequenas Empresas... 88
8.2.5. Os Relatórios Gerenciais são Úteis para o Processo de
Gestão das Micro e Pequenas Empresas....................................................
89
8.2.6.O Papel Exercido pelo Profissional Contábil na Gestão das
Micro e Pequenas Empresas.......................................................................
90
9. CONCLUSÃO.......................................................................................... 92
ANEXO 1 – FORMULÁRIO DE PESQUISA COM AS EMPRESAS.......... 94
ANEXO 2 – FORMULÁRIO DE PESQUISA COM OS
CONTABILISTAS.......................................................................................
99
BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 104
LISTA DE TABELAS
1.Empresas por setor e porte no município de Teresópolis.................... 21
2.Classificação de empresas por número de empregados adotada pelo
SEBRAE...................................................................................................
41
3.Setor de Atuação das Empresas........................................................... 55
4.Responsável pela gestão da Empresa.................................................. 56
5. Formação do Responsável pela Gestão da Empresa.......................... 57
6. Experiência do Responsável pela Gestão da Empresa....................... 58
7. Tempo de Experiência do Responsável pela Gestão da Empresa...... 59
8. Tempo de Atuação das Empresas no mercado................................... 60
9. Número de Empregados nas Empresas.............................................. 61
10. Faixa de Faturamento nas Empresas................................................ 62
11. Serviços Prestados às empresas pelo Profissional Contábil............. 64
12.Relatórios Gerenciais fornecidos às empresas pelo Profissional
Contábil....................................................................................................
65
13.O Empresário está disposto a pagar mais para ter os Relatórios
Gerenciais.................................................................................................
66
14.Os serviços extras são cobrados separadamente?............................. 67
15.Utilização dos Relatórios Contábeis para fins Gerenciais................... 69
16.Opinião do Empresário sobre os Serviços Contábeis......................... 70
17.Opinião dos Empresários sobre outros serviços que poderiam ser
realizados pelo profissional contábil.........................................................
71
18.Opinião do Empresário sobre o principal papel exercido pelo
Profissional da Contabilidade...................................................................
74
19.Tempo de Atuação do Escritório no Mercado..................................... 75
20. A Formação do Profissional Contábil................................................. 76
21.Especialização do Profissional Contábil............................................. 77
22.O Profissional Contábil e a Educação Continuada............................. 78
23.Participação em eventos da Classe.................................................... 79
24. Freqüência da participação nos eventos........................................... 80
25. Número de Funcionários nos escritórios............................................ 81
26. A Escrituração Contábil para micro e pequenas empresas................ 82
27. Serviços Prestados pelo Profissional Contábil................................... 83
28. Os Relatórios Gerenciais Fornecidos pelo Profissional da
Contabiliade.............................................................................................
84
29.Forma de Cobrança dos Relatórios Gerenciais.................................. 85
30. O Micro e Pequeno empresário entendem a informação contábil?.... 86
31.Opinião do Profissional contábil sobre a importância das micro e
pequenas empresas para a economia.....................................................
87
32.O porquê da importância das Micro e Pequenas Empresas.............. 88
33.Os Relatórios Gerenciais fornecidos pela Contabilidade são úteis
para as Micro e Pequenas Empresas?.....................................................
89
34.O Papel exercido pelo Profissional Contábil na Gestão das Micro e
Pequenas Empresas...............................................................................
91
LISTA DE QUADROS
1.Usuários Externos das Informações Contábeis.................................... 34
2.Usuários Internos das Informações Contábeis.................................... 34
3.Principais Diferenças entre a Contabilidade Financeira e a
Gerencial..................................................................................................
36
LISTA DE FIGURAS
1.Esquema de um Sistema de Informação....................................... 39
2. Representação Gráfica do Ponto de Equilíbrio............................. 52
LISTA DE GRÁFICOS
1.Setor de Atuação das empresas.......................................................... 56
2. Responsável pela Gestão da Empresa............................................... 57
3. Formação do Responsável pela gestão da Empresa.......................... 58
4. Experiência do Responsável pela gestão da Empresa....................... 59
5. Tempo de experiência do Responsável pela gestão da Empresa...... 60
6. Tempo de atuação das empresas no mercado................................... 61
7. Número de Empregados nas Empresas............................................. 62
8. Faixa de Faturamento das empresas.................................................. 63
9. Serviços prestados às empresas pelo Profissional
Contábil...................................................................................................
64
10. Relatórios Gerenciais fornecidos pelo Profissional Contábil............. 65
11. Interesse do Gestor pelos Relatórios Gerenciais.............................. 66
12. Os serviços prestados são cobrados separadamente?.................... 67
13. Utilização dos Relatórios Contábeis para fins Gerenciais.................. 69
14. Opinião do Empresário sobre os Serviços Contábeis....................... 70
15. Opinião do Empresário sobre outros serviços que poderiam ser
realizados pelo Profissional Contábil.......................................................
71
16. O papel do Profissional Contábil nas Indústrias................................ 73
17. O papel do Profissional Contábil nas Empresas Comerciais............. 73
18. O papel do Profissional Contábil no Setor de Serviços...................... 73
19. Tempo de Atuação dos Escritórios no Mercado................................. 75
20. A Formação do Profissional Contábil................................................. 76
21. A Especialização do Profissional Contábil......................................... 77
22. O Profissional Contábil e a Educação Continuada............................. 78
23. Participação em eventos da Classe................................................... 80
24. Freqüência da Participação nos Eventos........................................... 81
25. Número de Funcionários nos Escritórios............................................ 82
26. Escrituração Contábil para Micro e Pequenas Empresas.................. 83
27. Serviços Prestados pelo Profissional Contábil................................... 84
28. Relatórios Gerenciais Fornecidos pelo Profissional Contábil............. 85
29. Forma de Cobrança dos Relatórios Gerenciais................................. 86
30. O Micro e Pequeno/Empresário entende a Informação Contábil?.... 87
31. Opinião do Profissional Contábil sobre a importância das Micro e
Pequenas Empresas para a economia....................................................
88
32. O Porquê da Importância das Micro e Pequenas Empresas............ 89
33. Os Relatórios Gerenciais fornecidos pela Contabilidade são úteis
para o Processo de Gestão das Micro e Pequenas Empresas?.............
90
34. O Papel Exercido pelo Profissional Contábil na Gestão das Micro e
Pequenas Empresas................................................................................
91
RESUMO
A representatividade das micro e pequenas empresas e sua importância para a
economia nacional são inquestionáveis. Ao passo em que encontram-se em grande
número no mercado, estatísticas revelam que existe alto índice de fechamento
dessas empresas por motivos como falta de planejamento e controle.
A contabilidade que tem como objetivo prover seus diversos usuários de
informações sobre o patrimônio das organizações, pode auxiliar o processo de
gestão das empresas, contribuindo não só com dados que permitam o planejamento
e controle das atividades, mas que também forneçam elementos que dêem suporte
às decisões do administrador.
O presente estudo demonstra, com base em pesquisa de campo realizada no
município de Teresópolis, que os micro e pequenos empresários utilizam as
informações contábeis para fins gerenciais e encontram-se satisfeitos com o trabalho
do profissional contábil, pois vêem que este profissional tem como função principal
ser o mediador entre a empresa e o Governo.
A pesquisa procura mostrar o perfil desse empresário nos setores de indústria,
comércio e prestação de serviços, bem como dos profissionais de contabilidade que
atuam em escritórios individuais ou constituídos em sociedade no município.
O trabalho procura ainda evidenciar a importante contribuição que a contabilidade
aliada aos sistemas informatizados pode oferecer para o processo de gestão das
empresas, não se limitando a ocupar a posição de agente do fisco.
ABSTRACT
The representation of small companies and their importance to nacional economy are
inquestionable. They can be found in great quantities in the market, but statistics
show there are a high level of close of this companies for reasons such as defect of
planning and control.
The Accounting has as object to prove his several clients of informations about the
patrimony of organizations, can help the process of mangement of companies.
Contributing, not only with infomations that permit the planning and control of the
activities, but also provide elements that support the manager´s decision.
This paper shows, based in a field reserch carried out in Teresópolis, that small
managers use the accounting informations for manager propose and are satisfied
with the work of the accounting Professional has as main function to be the mediador
between company and govermment.
The reserch shows the profile of this manager in the fields of industry, commerce and
services, and more, the accounting professionals that Works alone in individual
offices or constituted in societies.
The paper aims to evidence the important contribuition that be accountancy, allied at
informative tecnology systems can affer for the proccess of management of small
companies, not to limiting to occupy the position of govermment agent.
Capítulo 1
1 INTRODUÇÃO
Desde as formas primitivas utilizadas para quantificar o patrimônio,
percorrendo o caminho do método por partidas dobradas na época do comércio
medieval, os sistemas de custos na Revolução Industrial e a criação da
Contabilidade Gerencial após o surgimento das sociedades por ações, verifica-se
que a contabilidade sempre procurou adaptar-se às mudanças ao longo da história
da humanidade, para que pudesse cumprir seu papel de fomentadora de
informações sobre o patrimônio de seus usuários.
Para Sá (1997), a contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de
existir em decorrência dela: talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham
coincidido com aqueles que caracterizam os da própria evolução do ser humano.
Nas últimas décadas, graças aos avanços tecnológicos e aos sistemas
informatizados que permitiram que o trabalho de registro de dados fosse feito de
forma mais rápida, segura e confiável, o profissional contábil começou a ocupar
lugar de destaque nas organizações, pois passou a dedicar mais tempo às análises
dos diversos relatórios contábeis.
As micro e pequenas empresas são responsáveis por grande parte da
geração de riqueza no Brasil, respondendo por 45% dos empregos formais.
Entretanto, na maioria dos casos, seus gestores não estão preparados para
enfrentar os problemas inerentes às atividades administrativas e até operacionais de
seus negócios.
17
As estatísticas divulgadas pelo SEBRAE sobre as taxas de mortalidade desse
tipo de organizações são alarmantes e favorecem a conclusão de que elas
necessitam de auxílio técnico para administrar seus empreendimentos de maneira
mais eficaz.
O objetivo do presente trabalho é verificar se os micro e pequenos
empresários da cidade de Teresópolis recebem e utilizam as informações contábeis
para fins gerenciais, e ainda, se os contabilistas que prestam serviços para essas
empresas desejam participar de forma mais ativa de seu processo decisório.
No segundo capítulo, são apresentados: o tema, o objetivo, a justificativa do
estudo e a metodologia utilizada para elaboração do trabalho.
No terceiro capítulo, faz-se uma explanação sobre a origem da contabilidade,
a necessidade de escrituração contábil para micro e pequenas empresas, bem como
a distinção entre dado, informação e conhecimento. São apresentadas também as
características da informação contábil, seus diversos usuários, o papel da
contabilidade gerencial e a importância da informática para a contabilidade.
O conceito de empresa e a classificação de porte quanto ao número de
empregados e ao faturamento são definidos no quarto capítulo.
O quinto capítulo destina-se a apresentar características sobre a
administração e o processo decisório, salientando a importância do controle e do
planejamento para as organizações.
No sexto capitulo, são demonstrados alguns tipos de relatórios gerenciais que
a contabilidade pode fornecer.
18
O sétimo capítulo apresenta os resultados da pesquisa realizada,
demonstrando o perfil, o uso das informações contábeis para fins gerenciais e a
opinião do empresário sobre o profissional contábil que lhe presta serviços.
Da mesma forma, apresenta os resultados da pesquisa efetuada com os
escritórios contábeis, no intuito de investigar o perfil, os relatórios fornecidos e a
opinião dos contabilistas sobre as micro e pequenas empresas.
O trabalho é encerrado apresentando as conclusões do estudo e algumas
considerações e recomendações acerca do tema.
Capítulo 2
2 TEMA, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVAS E METODOLOGIA UTILIZADA NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO.
2.1 TEMA
Katz E Kahn (1978) afirmam que as estruturas sociais são sistemas
imperfeitos, feitos pelo homem, mas que podem durar muito tempo mais do que os
organismos biológicos que os criaram, ou podem romper-se de um momento para
outro. E mais: as organizações são sistemas abertos e existem em ambientes que
se acham em mudança constante. Cada mudança no ambiente implica a exigência
de uma mudança dentro da organização.
Etzioni diz que a sociedade moderna contém mais organizações a fim de
satisfazer uma diversidade maior de necessidades sociais e pessoais que incluem
uma proporção maior de cidadãos, e influem em setores mais amplos de suas vidas.
Esse ambiente de constantes mudanças e um mercado cada vez mais
competitivo é o cenário no qual as empresas estão inseridas, logo, para gerir esses
negócios, é preciso buscar competências que não eram tão exigidas antes da
abertura dos mercados e do advento da globalização.
No Brasil, segundo pesquisas do SEBRAE, mais de 90% dos
empreendimentos são micro e pequenos, sendo responsáveis por 67% da mão-de-
obra empregada. Porém, correspondem a apenas 20% do PIB. Em outra pesquisa
do SEBRAE, verifica-se o alto índice de mortalidade precoce dessas empresas,
cujas causas geralmente estão ligadas à falta de planejamento prévio na abertura e
dificuldade na gestão de finanças, entre outras.
20
Com a informatização dos sistemas contábeis, o contador moderno possui
mais tempo para analisar as informações constantes dos relatórios gerados pela
contabilidade. E, ainda, criar diversos relatórios gerenciais que auxiliem o processo
de gestão das micro e pequenas empresas, auxiliando o administrador, que nesse
tipo de negócio, geralmente é o próprio proprietário que, mergulhado nas rotinas
operacionais, não tem tempo para controle e planejamento dos negócios.
2.2 OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho é verificar, tanto na ótica do empresário,
quanto na do profissional que presta serviços de contabilidade, a utilização das
informações contábeis para o processo de gestão e tomada de decisão nas micro e
pequenas empresas localizadas no município de Teresópolis/RJ.
Serão consideradas aquelas decisões em que seja necessária a observação
de aspectos econômico-financeiros.
As empresas fazem uso das informações constantes nos relatórios contábeis
ou consideram a participação do contador importante apenas para confecção das
guias de impostos e para atender às questões relacionadas ao Fisco?
2.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
Uma melhora no processo de tomada de decisão pode representar uma
economia de tempo e dinheiro para a empresa. Porém, como nas micro e pequenas
empresas, geralmente não há recursos para contratação de administradores
especializados, é o próprio dono que tem que estar à frente de todo o processo
decisório, não sobrando tempo para o planejamento.
21
A cidade de Teresópolis, localizada na Região Serrana do Estado do Rio de
Janeiro (871m de altitude), tem uma população de aproximadamente 128.079
habitantes. A principal atividade da cidade é o comércio e a área de serviços,
principalmente a rede hoteleira que conta com hotéis que figuram entre os principais
da região. Verifica-se, na tabela abaixo, que as micro e pequenas empresas
representam 98,88% das empresas, assumindo papel importantíssimo na economia
do município:
TABELA 01: Empresas por setor no Município de Teres ópolis
Tipo
Indústria
Comércio
Serviços
Agro-
Pecuária
Total
%
Micro 193 1021 1193 75 2482 89,34%
Pequena 24 115 119 7 265 9,54%
Média 6 3 12 0 21 0,76%
Grande 0 1 9 0 10 0,36%
Total 223 1140 1333 82 2778 100,00%
(Fonte: www.projetosiga.com.br . Data de Acesso: 12/01/04). De acordo com a classi ficação do
SEBRAE, segundo o porte do estabelecimento pelo cri tério número de empregados.
Tendo em vista a importância das micro e pequenas empresas no contexto
econômico não só da cidade de Teresópolis, mas também em todo o Brasil,
percebe-se seu valor como geradoras de emprego, e responsáveis por boa parte da
movimentação econômica dos municípios. Em contra-partida, as estatísticas
existentes revelam o alto índice de fechamento desse tipo de empresas, mesmo
antes do chamado tempo de maturação. E ainda, mediante as “facilidades”
propostas pela nova tecnologia da informação, vê-se no contador, profissional apto a
22
subsidiar com informações e auxiliar a gestão através da apresentação de relatórios
que antecipem fatos, ao invés de somente apresentar dados passados que, em
muitos casos, não condizem com a realidade.
Com esse novo perfil, o profissional contábil pode tornar-se um importante
aliado para as micro e pequenas empresas, pois possui dados que podem produzir
informações pertinentes e relevantes para dar suporte às decisões do dia a dia, além
do controle e planejamento tão necessários à continuidade da empresa.
Dentre os relatórios gerenciais que a contabilidade pode fornecer para auxiliar
esse processo decisório, destacar-se-ão os seguintes:
• Análise de Balanço;
• Análise da Margem de Contribuição;
• Ponto de Equilíbrio;
• Determinação do Preço de Venda.
2.4 METODOLOGIA DA PESQUISA
De acordo com Colauto e Beuren (2003, p.118), “população ou universo da
pesquisa é a totalidade de elementos distintos que possui certa paridade nas
características definidas para determinado estudo”. Ainda de acordo com esses
autores, as pesquisas no campo das ciências sociais possuem um universo de
elementos extenso o que torna inviável considerá-los em sua totalidade. Portanto,
para se obter conclusões sobre determinadas populações, torna-se necessário
recorrer à técnica de Amostragem.
Gil (1995) define amostra como subconjunto do universo ou da população, por
meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou
23
população. Marconi e Lakatos, (2002, apud COLATO e BEUREN, 2003, p120),
definem amostra como sendo “um subconjunto da população, uma parcela,
convenientemente selecionada do universo a ser pesquisado”.
Assim, a amostra constitui-se uma forma mais rápida e fácil de analisar
características de determinadas populações.
A amostragem pode ser probabilística, aquela que garante o acaso na
escolha; ou não probabilística, ou seja, aquela que depende exclusivamente do
pesquisador para constituição das amostras. A principal característica da
amostragem não probabilística é não fazer uso de formas aleatórias de seleção de
amostras, o que impede a aplicação de certas fórmulas estatísticas utilizadas para
estabelecer com precisão a variabilidade e o erro amostral.
Dentre os tipos de amostragem não probabilística temos a amostragem por
cotas, que procura reduzir a população em estratos ou classes, para melhor
identificação das características da população.
Segundo Gil (1995), a amostragem por cotas é dividida em três etapas: a
primeira é a busca da classificação da população em função de propriedades tidas
como relevantes para o fenômeno investigado no trabalho monográfico. Dessa
forma, para determinação da amostra das empresas na qual se verificaria o uso das
informações contábeis para fins gerenciais, tomou-se como base a informação
obtida na pesquisa do SEBRAE, a qual revela que as Micro e Pequenas empresas
existentes na cidade de Teresópolis totalizam duas mil, seiscentos e sessenta e
cinco empresas, sem considerar as agropecuárias em virtude da inexpressividade.
A segunda etapa de acordo com Gil (1995), é a segmentação em proporções
da população para cada classe ou estrato, com base no conhecimento prévio da
24
população. Assim, dividiu-se a população nos segmentos de indústria, comércio e
serviços. Verificou-se que do total de Micro e Pequenas Empresas há duzentos e
dezessete indústrias, mil cento e trinta e seis empresas comerciais e mil trezentos e
doze de prestações de serviços. Na terceira fase fixam-se as cotas proporcionais a
cada estrato, com o objetivo da amostra conter a proporção de cada classe. Definiu-
se assim, que seria pesquisado dois por cento de cada classe, ou seja, quatro
indústrias, vinte e duas empresas comerciais e vinte e seis prestadoras de serviços.
Entretanto, dos questionários distribuídos para as empresas do setor de serviços,
apenas vinte e dois retornaram preenchidos.
Para determinação da amostra dos escritórios de contabilidade que fornecem
informações contábeis para fins gerenciais, tomou-se como base informações do
CRC-RJ, as quais revelam que existem setenta e sete escritórios de contabilidade
no município de Teresópolis, sendo vinte e sete organizados em sociedade (trinta e
cinco por cento) e cinqüenta escritórios individuais (sessenta e cinco por cento).
Portanto, seguindo os mesmos passos citados por Gil (1995), determinou-se que a
população seria dividida em dois estratos: os escritórios individuais e os organizados
em sociedade. Devido ao número inferior de escritórios comparando-se com o total
de empresas, decidiu-se pesquisar treze escritórios, o que representa dezessete por
cento dos escritórios, mantendo-se a proporção de trinta e cinco por cento, ou seja,
cinco escritórios organizados em sociedade. E sessenta e cinco por cento
equivalentes a oito escritórios individuais.
Como instrumento de pesquisa foi adotado o questionário. Gil (1995) define
questionário como uma técnica de investigação composta por um número mais ou
menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo como
25
objetivo o conhecimento de suas opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas.
Para verificação dessas opiniões das empresas, foi adotado um questionário
contendo quinze perguntas. Nas sete primeiras questões, buscou-se levantar o perfil
das empresas: número de funcionários, faixa de faturamento, grau de instrução
daquele que administra a empresa. Da oitava à décima segunda questão, o objetivo
era saber quais os relatórios contábeis recebidos pela micro ou pequena empresa e
se esses são utilizados para fins gerenciais. Nas questões seguintes, a intenção foi
verificar como as micro e pequenas empresas avaliam o desempenho e o papel do
profissional contábil.
Quanto ao questionário direcionado aos contadores, procurou-se manter a
mesma estrutura, sendo as sete primeiras questões voltadas ao levantamento do
perfil. A diferença é que foram destinadas quatro questões para verificação da
avaliação das micro e pequenas empresas pelos profissionais contábeis.
Capítulo 3
3 A CONTABILIDADE
3.1 ORIGEM
De acordo com Hendriksen e Breda (1999) as mesmas forças que produziram
a renovação do espírito humano na Europa renascentista foram as que criaram a
Contabilidade. Para eles, a história da Contabilidade confunde-se com a própria
história da nossa era, fazendo parte dela e ajudando a contá-la e registrá-la para as
gerações futuras, sem mesmo ter tido essa pretensão. Segundo eles, a verdadeira
história é escrita de maneira que não deseje ser transformada em história.
Não se sabe quem inventou a Contabilidade, mas segundo Sá (2000, p.9),
“Provas arqueológicas denunciam registros em grutas, ossos e outros materiais,
contendo manifestações da inteligência humana na percepção de meios
patrimoniais, qualitativa e quantitativamente, ou seja, constituindo a conta primitiva”.
Diante das palavras de Sá, verifica-se que o homem primitivo já demonstrava uma
preocupação em obter meios de mensurar e controlar o seu patrimônio.
Os métodos de escrituração por Partidas Dobradas começaram a surgir nos
séculos XIII e XIV em diversos centros no norte da Itália. O primeiro registro de um
sistema completo de escrituração por Partidas Dobradas foi encontrado nos arquivos
da cidade de Gênova, Itália, relativo ao ano de 1340.
O Frei franciscano Luca Pacioli escreveu um livro chamado Summa de
Arithmetica, Geométrica, Proportioni et proportionalitá, que foi publicado em Veneza,
em 1494, logo após a chegada de Colombo às Américas e das primeiras prensas à
Veneza, o que demonstra que era uma obra literária importante. A Summa era um
27
tratado de Matemática que incluía uma seção sobre o Sistema de Escrituração por
Partidas Dobradas. Essa foi a primeira obra publicada sobre o método no qual se
baseavam os Lançamentos Contábeis.
Até o Século XVI, o principal objetivo da Contabilidade era produzir
informações para o proprietário da empresa que geralmente tinha um único dono.
Não existiam padrões uniformes para a Demonstração das Contas que eram
mantidas em sigilo pelo proprietário, não sendo comum haver uma distinção entre
suas contas e as da empresa. Não existia o conceito de exercício contábil, tendo em
vista que a maioria das empresas tinha uma duração curta; assim, seu resultado era
verificado apenas no término do empreendimento. Os ativos imobilizados tinham
pouca representatividade no montante do patrimônio, não havendo necessidade de
calcular depreciação. E como não existia moeda estável, os lançamentos de Diário
eram muito extensos, contendo detalhes como peso, tamanho, dimensões, no intuito
de descrever o máximo de detalhes possíveis. As palavras Débito, Crédito,
Lançamentos de Diário, Balanços e Demonstrações de Resultado surgiram nessa
época.
Assim, observa-se que a Contabilidade nasceu em meio a um ambiente onde
a capacidade de expressão começava a despontar, com a arte escrita e o
desenvolvimento da aritmética. Logo após, com o uso da moeda como denominador
comum, o surgimento da propriedade privada, a acumulação de capitais e a criação
da empresa em sociedade, foram surgindo também os conceitos de Entidade
Contábil e do cálculo de juros.
Mais tarde, com as Grandes Navegações e as necessidades financeiras das
viagens, desenvolveram-se as empresas de capital conjunto, em que indivíduos
reuniam-se em grupos para financiar um empreendimento, cada um recebendo
28
direitos de participação proporcionais ao investimento, com os investidores auferindo
suas participações ao término de cada viagem. Porém, os problemas enfrentados
ao longo das viagens, ocasionados pela própria limitação das embarcações da
época, fizeram com que muitas vezes não sobrasse dinheiro para o acerto com os
investidores, daí começou a surgir o cálculo de lucros e perdas ao final de cada ano.
Ao longo do tempo, a Contabilidade foi se desenvolvendo e adaptando-se às
necessidades da sociedade. No final do Século XIX e início do Século XX, ela sofreu
um impacto muito grande com a expansão da Indústria especialmente na Inglaterra
e nos EUA, tendo em vista o advento da Revolução Industrial. Com o surgimento
das fábricas, os ativos fixos passaram a perfazer um valor considerável do custo de
produção, o que tornou necessário e importante o cálculo de depreciação. Não
obstante, este fato gerou a necessidade cada vez maior de informações gerenciais
sobre custos e avaliação de estoques, surgindo a Contabilidade de Custos.
Devido ao aparecimento das sociedades por ações, começou a se fazer
distinção entre o investidor e o administrador, o que fez com que o foco dos
relatórios contábeis passasse a ser voltado para atender os usuários externos, ou
seja, os investidores, para que tomassem ciência do andamento dos negócios.
Sobre essa mudança de foco, Hendriksen e Breda (1999) escrevem:
As informações financeiras que tinham sido geradas principalmente para fins de gestão, passaram a ser demandas cada vez mais por acionistas, investidores, credores e pelo governo.
29
3.2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
De acordo com Fávero (1995), escrituração contábil é o ato de se registrar
nos livros da empresa as movimentações ocorridas no seu patrimônio.
Ribeiro (1997) diz que escrituração é uma técnica que consiste em registrar
nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa, etc) todos os fatos administrativos que
ocorrem na empresa.
A obrigatoriedade da escrituração completa para as micro e pequenas
empresas é bastante questionada por muitos profissionais, porém ao verificarmos a
Legislação sobre o assunto observa-se que a suposta dispensa refere-se apenas a
fins fiscais; de acordo com o Código Comercial, em seu artigo 10, todos os
comerciantes são obrigados a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e
escrituração, e a ter os livros para esse fim necessários”. No Código Tributário
Nacional, Lei 5.172, a lei diz que “não tem aplicação quaisquer disposições legais
excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos,
documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los”.
Entretanto, a Lei 9.317/96, conhecida como a Lei do Simples, em seu artigo
7º, determina que a empresa enquadrada no SIMPLES - Sistema de Pagamento
Simplificado de Tributos – proceda à escrituração de no mínimo, os livros Caixa e o
Registro de Inventário.
De acordo com o Novo Código Civil, Lei 10406/2002, observa-se que além
dos livros já exigidos, deve-se proceder à escrituração do Livro Diário.
Muitas empresas recebem orientação de seus contadores para optarem pelo
Lucro Presumido ou pelo SIMPLES, para estarem desobrigadas de cumprir
30
determinadas obrigações. O Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e
Pequenas Empresas editado pelo CFC orienta que seja feita a escrituração
completa, inclusive com o Livro Diário, para que a empresa atenda a todas as
Legislações e às Normas Brasileiras de Contabilidade, considerando ainda que a
escrituração completa é útil para atender aos seguintes aspectos:
Aspecto Legal: Quando a empresa precisa apresentar sua documentação perante o
Juízo em casos de solicitação de Concordata, quando é necessário anexar ao
pedido as Demonstrações Contábeis, a Relação de Credores e o Livro Diário, para
que a empresa possa obter esse benefício. É importante ainda pelo aspecto legal,
nos casos de falência, perícia judicial, dissidências sociais, entre outros.
Aspecto Gerencial: Para subsidiar a tomada de decisões, o planejamento e
controle das atividades das organizações.
Aspecto Social: Para fornecer dados estatísticos que ajudem a traçar o perfil das
empresas brasileiras, demonstrando o papel de destaque que as Micro e Pequenas
Empresas ocupam no cenário econômico nacional.
A escrituração fiscal é apenas uma parte da Contabilidade, os registros
contidos nos Demonstrativos devem ser analisados para que se transformem em
informações e produzam conhecimento a fim de auxiliar a gestão das empresas.
Entretanto, vale ressaltar que muitos contadores não estão fazendo sequer a
escrituração contábil, limitando-se ao cálculo dos impostos e preenchimento de
guias.
O já citado Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas
Empresas afirma que: “Todas as empresas, independente de seu porte ou natureza
jurídica, necessitam manter escrituração contábil completa, inclusive do Livro Diário,
para controlar o seu patrimônio e gerenciar adequadamente seus negócios”.
31
Portanto, conclui-se que a escrituração completa, além de obrigatória é
importante para obtenção de dados que, ao serem analisados, venham a se
transformar em informações pertinentes, relevantes e importantes para a
sobrevivência das empresas no contexto atual com a economia globalizada e o
mercado cada vez mais competitivo.
3.3 DADOS VERSUS INFORMAÇÃO VERSUS CONHECIMENTO
Dado, informação e conhecimento são palavras que apesar de terem
significados distintos, confundem-se entre si, tendo em vista que o que é dado para
uma empresa, pode representar informação ou conhecimento para outra.
Dados são simples registros de fatos que podem ser transformados em
informação, são considerados a matéria-prima da informação.
Drucker (apud DAVENPORT, 1998) define informação como: “Dados dotados
de relevância e propósito” Assim, quando o gestor encontra-se em um processo de
decisão, ele confronta um conjunto de dados que, contextualizados, possam
fornecer a solução para o impasse.
Para Davenport (1998), “o conhecimento é a informação mais valiosa... é
valiosa mais precisamente porque alguém deu à informação um contexto, um
significado, uma interpretação (...)”. É como se a informação dependesse de cada
indivíduo para se tornar conhecimento, variando de acordo com sua percepção,
codificação e interpretação, sofrendo a influência de suas características e valores
pessoais.
Matarazzo (1998, p.18) define dados e informações da seguinte forma:
Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor. Informações representam, para
32
quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, freqüentemente acompanhada de um efeito-surpresa.
3.3.1 As informações contábeis
Nos conceitos de Contabilidade, verifica-se que uma de suas principais
características é fornecer informações aos diversos tipos de usuários.
Segundo Iudícibus (1999), a Contabilidade pode ser definida como:
... o método de identificar, mensurar e comunicar informação econômica, financeira, física e social, a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da informação.
De acordo com Arend (1996), a Contabilidade registra, estuda e interpreta
(analisa) os fatos financeiros e/ou econômicos que afetam a situação patrimonial de
determinada pessoa física ou jurídica.
Conforme Basso (1996):
(...) É a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica – financeira.
Figueiredo (1995, p.20-34) ressalta que
“Pode-se definir contabilidade como um sistema de informação e mensuração de eventos que afetam a tomada de decisão. É comumente analisada como uma série de atividades ligadas mediante um conjunto progressivo de passos, começando com a observação, a coleta, o registro, a análise e, finalmente, a comunicação da informação aos usuários”.
Diante das definições acima, observa-se que existe uma forte ligação da
contabilidade com o processo de informação e comunicação nas empresas. Não
estando limitada a registrar os dados que afetam o patrimônio da empresa, e sim,
tendo o compromisso de transformar esses fatos contábeis, em informações que
sirvam de base para projeções, comparações, controles, planejamento, enfim, que
auxiliem a gestão e a tomada de decisão.
33
Para que possam cumprir esse papel de fomentadora de elementos úteis e
relevantes às empresas, as informações precisam ter algumas qualidades, tais
como: tempestividade, integralidade, confiabilidade e comparabilidade.
A confiabilidade da informação depende da existência de mais três
qualidades: verificabilidade, fidelidade e a neutralidade. Hendriksen e Breda (199)
afirmam que a informação é verificável quando há evidência objetiva para sustentá-
la. Como elemento da confiabilidade, a verificabilidade é o atributo da informação
que permite estabelecer, comprovar se a mesma é verdadeira. E ainda, para que
alguém confie em informações, é essencial que elas representem fielmente os
fenômenos que pretende representar.
Ainda quanto à confiabilidade das informações é necessário que estas
representem a realidade para que não causem mais problemas do que soluções, de
acordo com Maximiano (1995, p. 429), “Uma informação imprecisa pode causar um
efeito pior do que a falta de informação, causando danos significativos”.
Para Marion (1993) a função básica do contador é produzir informações úteis
aos usuários da Contabilidade para a tomada de decisões. Ressalta-se, entretanto,
que, em nosso país, em alguns segmentos da economia, principalmente na pequena
empresa, a função do contador foi distorcida (infelizmente), estando voltada para
satisfazer às exigências legais.
Além disso, ainda ressalta que várias empresas, principalmente as pequenas,
têm falido ou enfrentam sérios problemas de sobrevivência. Ouvimos empresários
que criticam a carga tributária, os encargos sociais, a falta de recursos, os juros
altos, etc. Por fim observa-se, nesses casos, uma contabilidade irreal, distorcida, em
conseqüência de ter sido elaborada única e exclusivamente para atender às
exigências fiscais.
34
3.3.2 Os usuários das informações contábeis
Existem dois tipos de usuários das informações contábeis: o usuário externo e
o usuário interno.
Cada um desses usuários demanda um determinado tipo de informação de
acordo com seus interesses. Podem ser pessoas físicas ou jurídicas conforme o tipo
de relacionamento que mantêm com a empresa.
QUADRO 01: Usuários Externos
USUÁRIO INFORMAÇÃO DESEJADA
Acionistas
Comparar os números da empresa em relação aos anos
anteriores. Verificar se a fonte de renda está segura.
Governo
Uma contabilidade dentro dos Princípios Contábeis e da Legislação
Fiscal, demonstrando as contas com clareza, para verificação dos
valores que deram origem aos tributos recolhidos.
Clientes Pós-Venda de bens adquiridos e continuidade de fornecimento.
Fornecedores Crédito e capacidade de pagamento.
Investidores Informações sobre a empresa que permitam comparação com
outras, no sentido de fornecer subsídios para que possam escolher
qual a melhor opção de investimento. Verificar o potencial de
maximização de lucros.
QUADRO 02: Usuários Internos
USUÁRIO INFORMAÇÃO DESEJADA
Proprietários/Administradores Análises em geral
Empregados em geral Medição de desempenho
(Fonte: Contabilidade para Executivos. FGV, 2003)
35
3.4 CONTABILIDADE GERENCIAL
Até a Revolução Industrial, a contabilidade estava voltada para as relações
comerciais, a partir dela, com a produção em larga escala, surgiu a necessidade de
controle administrativo e os demonstrativos contábeis passaram a ser utilizados para
este fim.
De acordo com Neves (1997, p.50-57),
“A contabilidade gerencial, ou management accounting, é um conceito de contabilidade que tomou corpo nos EUA, em resposta aos anseios do profissional contabilista no sentido de dar a sua contribuição efetiva, no processo de tomada de decisões na Empresa, mais precisamente para aquelas decisões onde devem ser levados em conta parâmetros de caráter econômico-financeiro”.
A contabilidade Gerencial experimentou a partir de 1980, uma mudança
bastante significativa em virtude das transformações sociais e tecnológicas,
principalmente pela implantação de programas de melhoria da qualidade, dentre os
quais o sistema de estoques just-in-time (JIT), a Gestão da Qualidade Total (TQM -
Total Quality Management), a Teoria das Restrições (TOC – Theory of Constraints),
todos esses visando fortalecimento da qualidade, redução de custos, aumento da
produção, com objetivo final de maximização dos lucros.
Segundo Iudícibus (1999), a contabilidade gerencial pode ser caracterizada,
superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e
procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na
contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços, etc., colocados numa
perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de
apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das
entidades em seu processo decisório.
36
A contabilidade gerencial desenvolveu-se mediante o crescimento da
complexidade da economia, da abertura de mercado e do advento da globalização.
Muitos acreditam que apenas as grandes empresas devem se preocupar com o
planejamento e utilizar-se das ferramentas gerenciais que a contabilidade pode
fornecer. Porém, é vital para a sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas,
inseridas num ambiente competitivo e diante de um cenário de incertezas, que seus
gestores estejam assessorados e recebam informações que antevejam os
problemas, que subsidiem decisões racionais, ao invés de apenas demonstrações
estáticas que revelam dados passados.
QUADRO 03 – Principais diferenças entre a Contabili dade Financeira e a Gerencial
CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL
Gerar informações para os usuários externos:
sócios, credores, fisco, etc.
Gerar informações para os usuários internos.
Relatórios: Demonstrações Contábeis
Obrigatórias, com o objetivo de facilitar a leitura
e análise dos dados pelo usuário externo.
Relatórios Diversos: de orçamento,
desempenho, custos, entre outros, dependendo
da atividade e da necessidade das empresas.
Todos com vistas a facilitar o planejamento,
controle, verificando o desempenho e
subsidiando as decisões.
Necessidade de precisão das informações. A informação precisa, sobretudo, ser oportuna.
Ênfase nas conseqüências financeiras das
atividades passadas.
Ênfase nas decisões que afetam o futuro.
É preciso atender aos princípios fundamentais
da contabilidade.
Não é necessário atender.
Utiliza a ciência contábil. Utiliza a ciência contábil e demais áreas do
saber, como estatística, administração e
economia.
37
3.5 A INFORMÁTICA E A CONTABILIDADE
A contabilidade é uma ciência social que tem como objetivo prestar
informações sobre o patrimônio das empresas, aos diversos usuários dessas
informações. Essa finalidade de prestar informações foi bastante beneficiada nos
últimos tempos, pelo uso da tecnologia da computação.
A informática propiciou ao profissional contábil a realização dos serviços de
escrituração em muito menos tempo, de forma mais segura, gerando dados mais
confiáveis. Já não é possível imaginar um escritório de contabilidade que utilize os
métodos antigos no processo de escrituração, não só pelo tempo que demandaria e
pela perda de competitividade diante da concorrência, mas também, por imposição
do Governo, tendo em vista que vários informes que são gerados para o Fisco
atualmente só podem ser transmitidos pela Internet.
Segundo Oliveira (1997), as vantagens do uso da informática pela
contabilidade são:
• Aumento da produtividade;
• Melhoria da qualidade dos serviços;
• Mais estímulo para os profissionais da área;
• Facilidade para leitura prévia dos relatórios;
• Atendimento às exigências dos órgãos quanto ao cumprimento de prazos;
• Facilidade de acesso às informações da empresa;
• Maior segurança das informações;
• Menos espaço físico no ambiente de trabalho;
• Guarda dos livros em disquetes.
38
3.5.1 Sistema
De acordo com Oliveira (1997, p.35), “Sistema é um conjunto de partes
interagentes e interdependentes que conjuntamente formam um todo unitário com
determinado objetivo e efetuam uma determinada função”.
Ainda segundo o autor:
Os sistemas podem ser abertos ou fechados, dependendo do grau de interdependência com o ambiente externo. Assim, serão considerados abertos aqueles que fortemente se relacionam com o ambiente externo, influenciando-o e sendo por ele influenciado.
Os componentes do sistema são:
• Objetivos do sistema
• Entradas do sistema
• Processo de transformação
• Saídas do Sistema
• Controle e Avaliação dos sistemas
• Retroalimentação ou feedback do sistema.
3.5.2 Sistema de informação
De acordo com Rezende (2000, p.62):
Um sistema de informações pode ser definido como o processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa e que proporcionam a sustentação administrativa, visando à otimização dos resultados esperados.
É preciso verificar se o sistema de informação fornecerá as informações
desejadas e ainda, analisar o custo versus benefício de ter ou não a informação. O
valor desta informação também está diretamente ligado à redução das incertezas do
processo decisório.
39
Os sistemas de informação classificam-se em: Sistemas de Apoio às
Operações, Sistemas de Apoio à Gestão e Sistema de Apoio à Decisão.
FIGURA 01 – Esquema de um Sistema de Informações
AMBIENTE
ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA
ORGANIZAÇÃO
FEEDBACK
Capítulo 4
4 A EMPRESA
4.1 CONCEITO
Gomes e Gottschalk (1998) definem empresa como organizações nas quais
há um certo número de empregados desenvolvendo uma atividade comum, sob a
autoridade de um chefe investido no poder de direção.
Segundo Asquini (apud SILVA, 2004), a definição de empresa compreende
quatro perfis, a saber:
• Perfil Subjetivo – a empresa é o empresário, pois é este quem exercita a
atividade econômica organizada de forma continuada. Pessoa física ou
jurídica, titular de direitos e obrigações.
• Perfil Funcional – A empresa é uma atividade que realiza produção e
circulação de bens e serviços, mediante organização de fatores de produção
(capital, trabalho, matéria prima, etc).
• Perfil Objetivo – Relacionado ao patrimônio. Conjunto de bens que estão
unidos para uma atividade específica.
• Perfil Corporativo – A empresa é uma instituição, uma organização pessoal,
formada pelo empresário e seus colaboradores, todos voltados para uma
finalidade comum.
O artigo 966 do novo Código Civil define empresa como atividade econômica
organizada, conceito bastante relacionado com o segundo perfil de Asquini. Essa
atividade econômica pressupõe a intenção de lucro e continuidade.
41
4.2 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
De acordo com o art. 1º, da Lei 9.841/199 9 e arts. 170 e 179 da CF/88: “é
assegurado às microempresas e às empresas de pequeno porte, tratamento jurídico
diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário,
trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial, em conformidade com o
que dispõe aquela Lei e a Lei 9.317/1996, e alterações posteriores”. Esse tratamento
diferenciado visa a facilitar a constituição e o funcionamento da microempresa e da
empresa de pequeno porte, a fim de contribuir para o fortalecimento da participação
dessas empresas processo de desenvolvimento econômico e social.
O Decreto 5.028/04 alterou os limites de faturamento anual para que a
empresa seja considerada micro ou pequena, assim, será considerada micro aquela
que faturar R$ 433.755,14/ano e, de pequeno porte a que obtiver R$
2.133.222,00/ano.
TABELA 02 – Classificação de empresas por número de empregados adotada pelo SEBRAE:
ME a questão da cobrança extra
por esses serviços
(Micro Empresa)
Na indústria até 19 empregados e no comércio / serviço até 09
empregados
PE
(Pequena Empresa)
Na indústria de 20 a 99 empregados, e no comércio / serviço de
10 a 49 empregados.
MDE
(Média Empresa)
Na indústria de 100 a 499 empregados, e no comércio / serviço
de 50 a 99 empregados.
GE
(Grande Empresa)
Na indústria acima de 499 empregados e no comércio / serviço
mais de 99 empregados.
(Fonte: www.sebrae.com.br/br/ued/introdução . Data de acesso: 23/10/03)
Capítulo 5
5 A ADMINISTRAÇÃO E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Á medida que as empresas vão crescendo, torna-se vital para sua
sobrevivência uma melhor organização e estruturação de seus processos, mediante
a criação de mecanismos de controle, planejando as ações não só para curto prazo,
mas também para o médio e longo prazo. Além disso, a avaliação periódica e de
uma forma bem detalhada do seu desempenho pode ajudar a corrigir falhas que ao
longo do tempo poderiam causar grandes prejuízos à instituição. De um modo geral,
as empresas precisam ter como objetivo que suas atividades estejam sendo
realizadas com:
Eficiência: Atividade bem feita. Significa desempenhar bem as tarefas, de maneira
racional, otimizando recursos.
Eficácia: Alcance dos objetivos, aquela que contribui para o sucesso da
organização.
Efetividade: De acordo com Motta (1972, p.39-53), é o alcance dos objetivos do
desenvolvimento econômico-social, com postura socialmente responsável.
Para satisfazer essa condição de desempenhar funções com eficiência,
eficácia e efetividade, uma boa forma é utilizar o chamado “ciclo do processo
administrativo” de Henri Fayol: Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e
Controlar.
Como o foco do presente estudo é o uso das informações contábeis para
auxiliar o processo de gestão, principalmente no que tange à tomada de decisão, só
serão explanados os assuntos Planejamento e Controle. Isso porque o processo
decisório está intimamente ligado ao planejamento estratégico das organizações e
43
aos métodos de controle que são úteis para acompanhamento das conseqüências
das decisões implementadas e para verificação da necessidade de medidas de
correção.
5.1 PLANEJAMENTO
No ambiente complexo e de incertezas em que as empresas estão inseridas,
planejar é uma necessidade essencial para a manutenção das empresas. Diante
dessa premissa, diversas técnicas têm sido desenvolvidas para auxiliar a gestão dos
negócios.
De acordo com Souza e Ferreira (2001), planejar é saber onde queremos
chegar e prever as providências que precisam ser tomadas para garantir uma
“viagem” segura e bem sucedida.
Eles classificam o planejamento organizacional em três níveis:
• Nível Estratégico: Ações de impacto amplo, profundo e duradouro. Para
Ansoff e Mcdonnell (1993), estratégia seria um conjunto de regras que orientam a
tomada de decisão e o comportamento de uma organização.
• Nível Tático: Tradução das decisões estratégicas em ações. O foco é restrito
em cada departamento ou função a ser impactada pelas mudanças traçadas no
nível estratégico.
• Nível Operacional: Nesse nível são planejados os esforços de cada atividade
e/ou projeto, com impacto específico e limitado.
A empresa precisa ainda analisar o ambiente externo e interno, verificando
oportunidades e ameaças, para que as decisões estratégicas representem um
melhor desempenho da organização.
44
5.2 CONTROLE
Segundo Motta (apud SOUZA e FERREIRA, 2001), o bem se faz melhor se
antecipado, e o mal é menos mal se previsto.
O controle, conforme Souza e Ferreira (2001), é um conjunto sistemático de
atividades voltadas para a verificação do grau de sucesso obtido por uma ação ou
programa, estando intimamente ligado ao planejamento. O controle só será eficaz
quando contribuir para a melhoria dos processos e sistemas organizacionais.
As etapas do processo de controle são:
• Estabelecimento de Padrões de Desempenho: Partir de um padrão de
“bom, aceitável” para que se possa classificar o que é e o que não é adequado.
• Verificação do Desempenho Obtido: O estabelecimento de padrões de
desempenho deverá ter determinado qual será a metodologia para verificação do
desempenho obtido, para que sejam levantadas as informações que indicarão esse
desempenho. Esse levantamento precisa retratar fielmente o ocorrido.
• Avaliação: Avaliar de forma adequada os dados obtidos no levantamento
para evitar erros oriundos de interpretações errôneas dos dados.
• Indicação de Medidas de Correção: Quando o desempenho obtido é
diferente do padrão desejado, é necessário que sejam tomadas medidas de
correção para trazer os carros para os trilhos novamente.
Os principais métodos de controle são: inspeção visual, dispositivos físicos de
contagem, questionários, entrevistas, entre outros.
As informações que os sistemas de controle fornecem devem possuir três
qualidades básicas:
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• Clareza: Não deixar dúvidas para os avaliadores;
• Precisão: Informações imprecisas são piores do que a falta de informação
e,
• Rapidez: Para que as ações corretivas ocorram em tempo oportuno.
Quanto maior a empresa e sua complexidade de atividades, maior a
necessidade de controles. Porém, isso não significa que as micro e pequenas
empresas não necessitem de controles que visem salvaguardar seu patrimônio e
mantê-las competitivas num mercado onde a concorrência está cada vez mais
acirrada.
5.3 DECISÃO
De acordo com o American Accounting Association Committe Report 1966 a
Statement of Basic Accounting – ASOBAT:
A Contabilidade é o processo de identificação, mensuração e comunicação das informações econômicas que permitam que os seus usuários possam, através destas, fazer julgamentos e tomar decisões.
“Fazer julgamentos e tomar decisões”: a todo o momento, os gestores estão
envolvidos nesse processo de escolher a melhor alternativa dentre as opções
disponíveis. A contabilidade, aliada a outras áreas do conhecimento como finanças,
estatística, economia e matemática, têm procurado auxiliá-los, no intuito de conduzi-
los à escolha da opção que melhor atenda aos objetivos da empresa.
Mas, o homem é movido também por emoções, o que dá às decisões uma
dose de subjetividade. Assim, quando um gestor toma uma decisão, além dos
aspectos objetivos, ele mistura suas emoções, sua experiência, seus valores. Mas o
46
que acontece freqüentemente, é que as decisões costumam embasar-se apenas
nesses aspectos subjetivos.
Pesquisas revelam que 63,4% das decisões de executivos são tomadas pela
fuga do problema, ou seja, o responsável demora tanto a agir que o problema se
resolve sozinho.
A contribuição importante da contabilidade no processo decisório das
empresas pode ser identificada nas definições da própria contabilidade por
renomados autores. Figueiredo (1995, p.20-34) a define da seguinte forma: “Pode-se
definir contabilidade como um sistema de informação e mensuração de eventos que
afetam a tomada de decisão”. De acordo com Iudícibus (1999) a contabilidade
gerencial pode ser definida como formas da contabilidade auxiliar os gerentes das
entidades em seu processo decisório.
Glautier e Underdown (apud FERNANDES, 1998, p.78) consideram o
processo de tomada de decisão como um método com uma seqüência lógica de
eventos que pode ser tratado cientificamente como segue:
• Reconhecimento de um problema ou necessidade de uma decisão;
• Definição de todas as alternativas de solução do problema;
• Reunião de todas as informações relevantes às soluções alternativas;
• Avaliação e classificação dos méritos das soluções alternativas;
• Seleção da melhor solução alternativa;
• Validação da decisão pela realimentação da informação.
Diante desses fatos, verifica-se a importância da contabilidade para a gestão
das empresas, não só pela escrituração e registro dos fatos contábeis, mas
principalmente, pela análise desses dados, para que os mesmos possam
47
transformar-se em informações que os gestores possam utilizar, no intuito de formar
empresas cada vez mais bem administradas, em que as decisões possam ser
tomadas de maneira mais racional. Decisões lastreadas por informações reais e
oportunas podem contribuir para a queda da taxa de morte prematura, para o
fortalecimento das micro e pequenas empresas no mercado nacional e internacional.
Para tanto é necessário investir na melhoria dos processos, diminuição das perdas e
desperdícios para que elas venham a se tornar cada vez mais competitivas e
preparadas para enfrentar a concorrência.
O que ocorre com freqüência nesse tipo de empresas é que o proprietário é
quem toma as decisões, desde as mais comuns até as mais importantes e
estratégicas, tomando para si toda a responsabilidade do processo decisório.
Capítulo 6
6 RELATÓRIOS CONTÁBEIS PARA FINS GERENCIAIS
A contabilidade pode fornecer diversos relatórios para utilização processo de
gerenciamento de negócios. De acordo com a atividade e com o tipo de informação
que os gestores julgarem pertinentes, pode-se criar um número infinito de relatórios
que auxiliem as atividades e decisões inerentes a cada modalidade de organização.
Alguns exemplos de ferramentas gerenciais são: análise de balanços,
orçamento empresarial, cálculo do custo do produto ou serviço, análise da margem
de contribuição, fluxo de caixa, relação custo versus volume versus lucro e ponto de
equilíbrio, determinação do preço de venda, entre outros.
No presente trabalho, destacam-se apenas a Formação do Preço de Venda, a
Análise da Margem de Contribuição, o Ponto de Equilíbrio e a Análise de Balanços.
6.1 PREÇO DE VENDA
As decisões de preço não visam à simples maximização do faturamento da
empresa, mas sim à combinação preço-volume mais lucrativa, pois faturamento
maior nem sempre significa lucro maior.
É necessário um sistema de custos confiável para que os custos fixos,
variáveis, diretos e indiretos sejam disponibilizados.
Segundo Martins (1996), o problema de decidir o preço a ser fixado não é
tarefa para solução só com dados de custos. Necessária se torna uma gama de
informações sobre o mercado (elasticidade, na economia) para que se possa,
casando informes internos com externos, optar por decisões mais corretas.
49
Segundo Lunkes (2003, p.51-57), os métodos para formação do preço
de venda são:
• Método baseado no custo da mercadoria: que é o mais comum na
prática dos negócios. Se a base for o custo total, a margem adicionada
deve ser suficiente para cobrir os lucros desejados pela empresa.
• Método baseado nas decisões das empresas concorrentes: qualquer
método de determinação de preços deve ser comparado com os preços
das empresas concorrentes, que porventura existam no mercado. Esse
método pode ser desdobrado em: método de preços correntes, método
de imitação de preços, método de preços agressivos e método de
preços promocionais.
• Método baseado nas características do mercado: baseado nas
características do mercado, esse método exige conhecimento profundo
do mercado por parte da empresa. O conhecimento do mercado
permite ao administrador decidir se venderá o produto por um preço
mais alto para atingir as classes economicamente mais elevadas, ou a
um preço popular para que possa atrair a atenção das camadas mais
pobres.
• Método misto: Combina os seguintes fatores: custos envolvidos,
decisões de concorrência e características do mercado. O autor
considera perigosa a formação de preços sem levar em conta a
combinação desses três fatores. Os métodos anteriormente citados
50
levam em consideração um ou outro desses fatores, por isso recebem
muitas críticas.
No Brasil durante anos, o fenômeno da inflação maquiou a situação
econômico-financeira das empresas, por isso não havia uma preocupação quanto à
formação de preços. Hoje, em tempos de inflação relativamente estabilizada e com a
concorrência cada vez mais acirrada, é imperioso que as empresas tenham
informações precisas sobre o custo de cada produto para que possam tomar
decisões quanto a, por exemplo, fabricar ou não um produto, aceitar ou não um
pedido.
Nas micro e pequenas empresas esse cuidado deve ser redobrado, pois face
à escassez de capital de giro, problema característico da maioria desse tipo de
empresas, uma decisão errada pode comprometer não só o lucro de um período,
mas a própria continuidade da empresa.
6.2 ANÁLISE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Conforme Martins (1996), a Margem de Contribuição, conceituada como
diferença entre Receita e soma de Custo e Despesa Variáveis, tem a faculdade de
tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando
como cada um contribui para, primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois,
formar o lucro propriamente dito.
A análise da Margem de Contribuição é importante para avaliar como cada
produto contribui para a geração de lucro para empresa. Essa análise por produto é
útil, pois propicia aos gestores informações para tomada de decisão, por exemplo,
quanto à diminuição ou expansão de linhas de produção, ou ainda, se é melhor
51
fabricar o produto ou comprá-la no mercado. A Margem de Contribuição deve ser
positiva, caso contrário o preço de venda não estará sendo suficiente para cobrir os
gastos necessários à fabricação do produto.
Não obstante a separação dos custos fixos, proporciona uma melhor visão
sobre o produto, pois estes ocorrerão com a empresa produzindo ou não. Assim, em
alguns casos, um produto pode ter uma margem de contribuição que não cubra os
custos fixos, mais a combinação com outros produtos, não prejudica o Lucro Final da
empresa.
6.3 PONTO DE EQUILÍBRIO
O Ponto de Equilíbrio, também denominado ponto de ruptura (break-even-
point) significa o volume de produção, ou quantidade de mercadorias vendidas ou
serviços prestados, no qual a receita total é igual ao custo total. Ou seja, é o mínimo
que a empresa precisa produzir, vender ou auferir por seus serviços para que os
custos, tanto fixo quanto variáveis, sejam cobertos. Abaixo desse ponto, a empresa
incorrerá em prejuízo, pois os custos e despesas serão maiores do que a receita
total.
A partir da primeira unidade produzida ou vendida acima desse ponto, a
empresa começa a gerar lucro.
52
FIGURA 02 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PONTO DE EQUIL ÍBRIO
6.4 ANÁLISE DE BALANÇOS
A análise de balanços não se resume aos cálculos dos diversos índices, e
sim, na utilização desses índices como instrumento de avaliação e desempenho,
proporcionando à empresa informações para embasar decisões. Apesar de não ser
obrigatória, é bastante utilizada, pois fornece informações detalhadas dos aspectos
econômico e financeiro das organizações.
Os processos mais utilizados para a análise dos demonstrativos contábeis
são a análise horizontal que compara as alterações das contas patrimoniais ou de
resultado em determinados períodos. A análise vertical ou de estrutura mostra o
peso que cada elemento tem no grupo do qual faz parte, dentro de um mesmo
Receita Total
Volume
PE
Custos Fixos
Receita Total
Custos Variáveis
Prejuízo
Lucro
53
período de tempo. E a análise por quocientes que são mais utilizados para
verificação de solvência, rotação e rentabilidade.
A análise de rentabilidade está voltada para os aspectos econômicos na
geração dos resultados demonstrados na DRE. Ao analisar isoladamente os lucros,
pode-se chegar a conclusões errôneas sobre a empresa. É importante a conjugação
do lucro com os elementos do Ativo, que representam o investimento da empresa no
intuito de obter receita, e obviamente lucro.
De acordo com Marion (2002), isso representa o poder de ganho da empresa:
quanto ela ganhou por real investido. Retorno é o lucro obtido pela empresa e
investimento: é toda a aplicação realizada com o objetivo de obter retorno.
A Taxa de Retorno sobre o Investimento pode ser calculada dividindo-se o
Lucro Líquido pelo Ativo Total, em que o resultado representará o quanto a empresa
ganhou para cada real que investiu e em quanto tempo esse investimento retornará
para os sócios, ou seja, o payback do investimento.
A informação do tempo no qual o investimento realizado pelos sócios
retornará é de vital importância para as decisões da empresa, principalmente no que
diz respeito às retiradas dos sócios, pois muitas vezes estes começam a gastar o
suposto lucro, e então, acabam tendo que recorrer à capital de terceiros para
financiar as atividades da empresa, aumentando com isso o custo do capital e
comprometendo o lucro e a continuidade da empresa.
Lana (2000) explanando sobre as razões mais comuns do fracasso das
pequenas empresas, afirma que pecado maior é pretender iniciar a atividade,
ancorado em capital de terceiros. Hoje em dia, a empresa deve nascer
profissionalizada, o que vale dizer que o empirismo e o espírito aventureiro são
54
coisas do passado. Uma boa dose de sorte ajuda, mas um velho ditado diz que a
sorte só ajuda à mente bem preparada.
Capítulo 7
7 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA COM AS EMPRESAS
7.1 RESULTADO DA PESQUISA
O questionário destinado às empresas era formado por quinze perguntas
cujas sete primeiras visavam levantar o perfil do empresário em cada setor de
atuação.
Foram pesquisadas quarenta e oito empresas do universo daquelas
qualificadas como micro ou pequena, divididas entre quatro indústrias, vinte e duas
comerciais e vinte e duas de prestação de serviços.
O critério para determinação da quantidade de empresas por setor de atuação
foi definido de acordo com a representatividade de cada um no total de empresas
existentes na cidade de Teresópolis, enquadradas como micro ou pequena,
conforme especificado na metodologia do presente trabalho.
7.1.1 Setor de atuação das empresas
TABELA 03 – Setor de Atuação
Indústria Comércio Serviços Total
04 22 22 48
56
GRÁFICO 01 – Setor de atuação das empresas
Setor de Atuação das Empresas
8%
46%
46%
Indústria Comércio Serviços
7.1.2 Responsável pela gestão da empresa
A segunda questão visava a confirmar uma das peculiaridades dos pequenos
empreendimentos: a gestão do negócio pelo dono. A análise do gráfico possibilita a
conclusão de que no setor industrial é proprietário da empresa quem a administra.
No comércio observa-se uma pequena descentralização, sendo 81% ainda geridas
por seus proprietários e 19% por terceiros. No setor de serviços é onde ocorre o
maior percentual de empresas que não são administradas pelo dono: 27%.
TABELA 04 – Responsável pela gestão da empresa
Indústria Comércio Serviços Total
Proprietário 04 20 16 40
Terceiros 00 02 06 08
Total 04 22 22 48
57
GRÁFICO 02 – Responsável pela gestão da empresa
100%91%
73%
09%
27%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Indústria Comércio Serviços
Setores
Per
cent
uais
Sim
Não
7.1.3 Formação do responsável pela gestão da empresa
TABELA 05 – Formação do responsável pela gestão da empresa
Indústria Comércio Serviços Total
1º Grau 00 05 04 09
2º Grau 00 14 11 25
3º Grau 03 03 06 12
Especialização 01 00 01 02
Total 04 22 22 48
Constata-se que no setor industrial encontra-se o maior percentual de
empresários graduados e com especialização. Pode-se inferir que as empresas dos
setores comercial e de serviços são administradas por pessoas de nível médio,
tendo em vista que representam 64% do comércio e 50% das prestadoras de
serviços.
58
GRÁFICO 03 – Formação do responsável pela gestão da empresa
0% 0%
75%
25%23%
64%
14%
0%
18%
50%
27%
5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
1º Grau 2º Grau 3º Grau Especialização
Formação
Per
cent
ual
Indústria
Comércio
Serviços
7.1.4 Experiência do responsável pela gestão da emp resa:
Essa questão foi dividida em duas perguntas, primeiramente buscava-se
saber se o gestor possuía experiência anterior, depois, àqueles que responderam que
era a primeira experiência como administrador foi perguntado qual o tempo em que já
atuam na função. Observa-se que no setor industrial 50% dos administradores tem
experiência anterior na função. Quanto aos prestadores de serviços apenas 36% e ao
comércio somente 32% desempenharam a função anteriormente.
TABELA 06 – Experiência do responsável pela gestão da empresa
Indústria Comércio Serviços Total
Sim 02 15 14 31
Não 02 07 08 17
Total 04 22 22 48
59
GRÁFICO 04 - Experiência do responsável pela gestão da empresa
50%
68%64%
50%
32%36%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Indústria Comércio Serviços
Setores
Per
cent
uais
Sim
Não
TABELA 07 – Tempo de experiência do responsável pel a gestão da empresa.
Indústria Comércio Serviços Total
Até 1 ano 00 00 01 01
De 1 a 2 anos 00 00 01 01
De 2 a 5 anos 00 05 01 06
Acima de 5 anos 01 10 11 22
Não responderam 01 00 00 01
Total 02 15 14 31
60
GRÁFICO 05 – Tempo de experiência do responsável pe la gestão da empresa.
0% 0% 0%
50% 50%
0% 0%
33%
67%
0%
7% 7% 7%
79%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Até 1 ano
De 1 a 2 anos
De 2 a 5 anos
Acima de 5 anos
Não Responderam
Tempo de Experiência
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
7.1.5 Tempo de atuação das empresas no mercado:
A análise do gráfico permite a conclusão de que as indústrias e 73% das
empresas comerciais estão no mercado há mais de cinco anos. Com relação às
prestadoras de serviços, verifica-se que têm sua formação mais recente, sendo 15%
com menos de três anos de funcionamento.
TABELA 08 – Tempo de atuação das empresas no mercad o.
Indústria Comércio Serviços Total
Até 1 ano 00 00 01 01
De 1 a 2 anos 00 02 01 03
De 2 a 3 anos 00 00 01 01
De 3 a 5 anos 00 04 05 09
Acima de 5 anos 04 16 14 34
Total 04 22 22 48
61
GRÁFICO 06 – Tempo de atuação das empresas no merca do:
0% 0% 0% 0%
100%
0%9%
0%
18%
73%
5% 5% 5%
23%
64%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Até 1 ano
De 1 a 2 anos
De 2 a 3 anos
De 3 a 5 anos
Acima de 5 anos
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
7.1.6 Número de empregados nas empresas:
O setor de prestação de serviços é aquele que possui o maior percentual de
empresas com até nove funcionários: 86%. 50% das indústrias possuem mais de 10
funcionários já que exige, geralmente, um número maior de pessoas para execução
dos serviços.
TABELA 09 – Número de empregados nas empresas.
Indústria Comércio Serviços Total
Até 9 02 15 19 36
De 10 a 20 01 05 03 09
De 21 a 50 00 01 00 01
De 51 a 100 01 01 00 02
Acima 100 00 00 00 00
Total 04 22 22 48
62
GRÁFICO 07 – Número de empregados nas empresas
50%
25%
0%
25%
0%
68%
23%
4,5% 4,5%0%
86%
14%
0% 0% 0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Até 9
De 10 a 20
De 21a 50
De 51 a 100
Acima de 100
Número de Empregados
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
7.1.7 Faixa de faturamento das empresas :
Os empresários ficam temerosos em informar o faturamento receando que o
pesquisador possa informá-los ao Fisco ou a concorrentes, porém apenas no setor
comercial houve caso de recusarem a responder. O faturamento também é um critério
utilizado para classificação do porte das empresas, conforme explanado no item 4.2
do presente estudo.
TABELA 10 – Faixa de faturamento das empresas.
Indústria Comércio Serviços Total
Até 120.000,00 01 12 20 33
De 120.000,00 a
600.000,00
02 08 02 12
Acima de 1.200.000,00 01 01 00 02
Não Respondeu 00 01 00 01
Total 04 22 22 48
63
GRÁFICO 08 – Faixa de faturamento das empresas
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Até 1
20.0
00,0
0
De 12
0.000
,01
a 60
0.00
0,00
Acima d
e 1.
200.0
00,0
0
Não R
espo
ndeu
Faturamento
Per
cent
uais
Indústria
Comércio
Serviços
7.1.8 Serviços prestados às empresas pelo profissio nal contábil
Foi indagado aos entrevistados sobre os serviços contábeis prestados à
empresa, apontando alguns comuns aos pequenos negócios e deixando espaço
para que se acrescentassem outros que não estivessem ali discriminados.
Verifica-se, com a análise dos gráficos, que o cálculo e confecção de guias de
impostos é o serviço que é prestado ao maior número de empresas, ou seja, 100%
das indústrias e dos prestadores de serviços e 95% do comércio.
A folha de pagamento também ocupa posição de destaque dentre os serviços
realizados pelo profissional contábil.
64
TABELA 11 – Serviços prestados às empresas pelo pro fissional contábil
Indústria Comércio Serviços Total
Folha de Pagamento 04 16 14 34
Balanço e DRE 02 12 11 25
Cálculo de impostos e
preenchimento de guias.
04 21 22 47
Controle de Contas a Pagar e
Receber
02 05 05 12
Fluxo de Caixa e orçamentos 02 03 04 09
GRÁFICO 09 – Serviços prestados às empresas pelo pr ofissional contábil
100%
50%
100%
50% 50%
73%
55%
95%
23%14%
64%
50%
100%
23%18%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Folha dePagamento
Balanço e DRE Cálculo deImpostos e
Guias
ControleContas a Pg e
Receber
Fluxo de Caixae Orçamentos
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
7.1.9 Relatórios gerenciais fornecidos às empresas pelo profissional contábil :
O foco desta questão foram os relatórios gerenciais entregues pelo
profissional contábil. Os dados do gráfico revelam que a análise de balanços e o ponto
de equilíbrio são os que as empresas mais recebem. 50% das indústrias, 32% dos
65
prestadores de serviços e 18% das empresas comerciais informaram que não
recebem nenhum tipo de relatório gerencial.
Com relação ao conhecimento dos relatórios, 14% das empresas de comércio
responderam que desconhecem os relatórios gerenciais apresentados.
TABELA 12 – Relatórios gerenciais fornecidos às emp resas pelo profissional contábil :
Indústria Comércio Serviços Total
Análise de Balanços 01 09 06 16
Análise de Margem de
Contribuição
01 04 03 08
Ponto de Equilíbrio 00 08 09 17
Não Recebo nenhum
Relatório Gerencial
02 04 07 13
Desconheço os Relatórios 00 03 00 03
GRÁFICO 10 – Relatórios gerenciais fornecidos às em presas pelo profissional
contábil :
25% 25%
0% 0%
50%
0%
41%
18%
36%
0%
18%14%
27%
14%
41%
0%
32%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Análise deBalanços
Análise daMargem de
Contribuição
Ponto deEquilíbrio
Formação doPreço deVenda
Não ReceboNenhumRelatório
Desconheçoos Relatórios
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
66
7.2.0 Interesse do gestor pelos relatórios gerencia is:
A pergunta foi direcionada àqueles que não recebem ou desconhecem os
relatórios apresentados e foi realizada de forma clara: “Caso vossa empresa não
receba nenhum tipo de relatório contábil, estaria disposto a pagar um valor a mais
para ter esses serviços?”
TABELA 13 – O empresário está disposto a pagar mais para ter os relatórios gerenciais?
Indústria Comércio Serviços Total
Sim 01 01 01 03
Não 01 05 06 12
Não Responderam 00 01 00 01
Total 02 07 07 16
GRÁFICO 11 – O interesse do gestor pelos Relatórios Gerenciais
50%
14,50% 14%
50%
71%
86%
0%
14,50%
0%0%
10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Indústria Comércio Serviços
Setor
Per
cen
tuai
s
Sim
Não
Não responderam
67
7.2.1 Os serviços extras são cobrados separadamente ?
A pergunta foi direcionada àqueles que recebem os serviços mais comuns
citados na questão 08, indagando se esses serviços são cobrados separadamente, ou
seja, além do valor dos honorários mensais.
Verifica-se a questão da cobrança extra por esses serviços que está dividida
praticamente de forma igual, em todos os setores de atuação.
TABELA 14 – Os serviços extras são cobrados separad amente?
Indústria Comércio Serviços Total
Sim 02 10 10 22
Não 02 11 11 24
Não Responderam 00 01 01 02
Total 04 22 22 48
GRÁFICO 12 – Os serviços extras são cobrados separa damente?
50%
45,00% 45%
50% 50% 50%
0%
5,00% 5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Indústria Comércio Serviços
Setores
Per
cent
uais
Sim
Não
Não responderam
68
7.2.2 Utilização dos relatórios contábeis para fins gerenciais
Essa questão é uma das mais importantes para respondermos a questão
principal do presente trabalho: àqueles que recebem os relatórios gerenciais, foi
perguntado se os utilizam e, caso positivo, para qual finalidade.
Foram relacionados, no questionário, alguns motivos como decisões para
planejamento, controle, projetos e prestação de contas a sócios, deixando um
espaço para que o entrevistado relacionasse outro motivo que não estivesse
elencado, bem como alguns motivos para a não utilização, deixando também espaço
para o empresário relacionar algum outro.
Observa-se, no gráfico, que 67% das empresas de serviços utilizam as
informações contábeis para fins gerenciais de planejamento e controle. Quanto às
decisões voltadas a projetos, 53% das empresas comerciais buscam nas
informações dos relatórios gerenciais os subsídios para embasá-las.
O setor industrial utiliza as informações para prestação de contas a sócios,
credores ou investidores, e 50% para decisões especiais, tais como novos projetos.
O percentual das empresas que recebem e não utilizam as informações gerenciais é
pequeno, verificando-se que é nulo nas indústrias.
Com relação ao setor de comércio, 7% não utilizam porque não entendem as
informações e 13% não responderam.
No setor de serviços, encontra-se a maior concentração de motivos para não
utilização dos relatórios recebidos: 7% porque não entendem, 7% por alegarem que
não são entregues em tempo hábil e 13% porque não vêem utilidade nas
informações contábeis para fins gerenciais. Dessas empresas 7% não responderam
a essa questão.
69
TABELA 15 – Utilização dos Relatórios Contábeis par a fins gerenciais
Indústria Comércio Serviços Total
Sim: decisões gerenciais 01 07 10 18
Sim: decisões especiais 00 08 03 11
Sim:prestação de contas 02 02 01 05
Não porque não entendo 00 01 01 02
Não porque não são
entregues a tempo
00 00 01 01
Não porque não são úteis
para fins gerenciais
00 00 02 02
Não responderam 00 02 01 03
GRÁFICO 13 – Utilização dos Relatórios Contábeis pa ra fins gerenciais
50%
0%
100%
0% 0% 0% 0%
47%53%
13%7%
0% 0%
13%
67%
20%
7% 7% 7%13%
7%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Decisõ
es g
erencia
is
Decisõ
es e
spec
iais
Prest
açõe
s de
conta
s
Não e
ntendo
Não sã
o en
tregu
es a te
mpo
Não sã
o ut
eis p
/fins
gere
nciai
s
Não re
spon
dera
m
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
70
7.2.3 Opinião do empresário sobre os serviços contá beis
TABELA 16 – Opinião do empresário sobre os serviços contábeis
Indústria Comércio Serviços Total
Razoável 00 01 01 02
Regular 00 00 00 00
Bom 01 10 14 25
Excelente 03 11 07 21
Total 04 22 22 48
GRÁFICO 14 – Opinião do empresário sobre os serviço s contábeis
0% 0%
25%
75%
5%0%
45%50%
5%0%
64%
32%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Razoável Regular Bom Excelente
Conceito
Per
cent
uais
IndústriaComércioServiços
Verifica-se que as empresas encontram-se satisfeitas com o serviço do
profissional contábil, com um percentual alto de empresas que consideram excelente
a participação do contador para sobrevivência das empresas. Nota-se,
principalmente no setor industrial, que 75% das empresas consideram excelente e
25% bom. Apenas 5% das empresas de comércio e de serviços consideraram
razoável o desempenho do profissional contábil.
71
7.2.4 Opinião do empresário sobre outros serviços q ue poderiam ser realizados pelo profissional contábil.
TABELA 17 – Opinião do empresário sobre outros serv iços que poderiam ser realizados pelo
profissional contábil.
Indústria Comércio Serviços Total
Assessoria 01 00 00 01
Consultoria 00 01 00 01
Planejamento com foco no
cliente
00
00
01
01
Participação mais ativa na
gestão
00
01
02
03
Não 03 19 17 39
Ponto de Equilíbrio 00 00 01 01
Escrituração de livros de
AIDF
00 00 01 01
Não responderam 00 01 00 01
Total 04 22 22 48
GRÁFICO 15 – Opinião do empresário sobre outros ser viços que poderiam ser
realizados pelo profissional contábil.
25,00%
0,00% 0,00%
75,00%
0,00% 0,00% 0,00% 0,00%0,00%4,50% 4,50%
86,50%
4,50%0,00% 0,00% 0,00%0,00% 0,00%
9,50%
77,00%
4,50% 4,50% 4,50%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
Asse
ssoria
Consu
ltoria
Parti
cipa
ção mais ati v
a na
ges
tão
Não
Não re
spon
deram
Escr
itura
ção de
Liv
ro A
IDF
Ponto de Equ
ilíbr
io
Plan
ejam
ento
foco
no cli
ente
Serviços
Per
cent
uais
Indústria
Comércio
Serviços
72
A maioria das empresas acha que não há nenhuma função que o contabilista
poderia realizar além daquelas que já desempenha: 86% dos comércios, 77% dos
prestadores de serviços e 75% das indústrias vêem assim. Tal fato reforça a questão
anterior que demonstra a satisfação das empresas com o profissional contábil, pois
se verifica na referida pergunta que também 75% das indústrias deram conceito
excelente aos serviços prestados pelo contabilista.
Como foi uma questão aberta em que o entrevistado poderia dar sua opinião,
surgiram alguns tipos de serviços específicos à atividade da empresa, por exemplo,
escrituração de livro para AIDF que é inerente às gráficas.
7.2.5 O Papel do profissional contábil nas empresas :
A questão foi apresentada de forma aberta, deixando o empresário livre para
responder como ele vê o profissional da contabilidade. A intenção foi verificar se
ainda existe a supremacia do estereótipo de guarda-livros ou agente do Fisco.
Analisando o gráfico abaixo, verifica-se que dentre as empresas do setor
industrial, 50% vêem o contador como mediador entre o governo e a empresa.
No setor comercial, já começam a surgir características do papel do
contabilista no processo de gestão: 28% dizem que ele auxilia no dia a dia.
Nas empresas do setor de serviços, 49% dos entrevistados dizem que o
contabilista tem a função de orientá-las nas áreas fiscal e legal.
73
GRÁFICO 16 – O papel do Profissional Contábil nas I ndústrias
O Papel do Contador nas Empresas Industriais
25%
25%
50%
Orientar a empresa na área legal e fiscal
Controle e Fiscalização, fornecendo informaçõescorretas
Intermediar as relações entre o Estado e a empresa
GRÁFICO 17 – O Papel do Profissional Contábil nas E mpresas Comerciais
O Papel do Contador nas Empresas Comerciais
37%
5%5%10%5%
28%
5% 5%
Orientar a empresa na área legal e fiscal
Tenho porque é exigido pela Lei
Na maioria Guarda-Livros com poucas exceções
Prestar informações e medidas corretivas
Demonstrar situação financeira dando segurança a decisões
Auxílio no dia a dia das empresas
Gerador de informações confiáveis
Sinônimo de Competência
GRÁFICO 18 – O papel do Profissional Contábil no Se tor de Serviços
O Papel do Contador nas Empresas de Serviços
49%
5%5%8%
9%
9%5%5% 5%
Orientar a empresa na área legal e fiscal
Orientações gerais a empresa
Contro lador
Prestar informações e medidas corretivas
Demonstrar situação financeira dando segurança a decisões
Auxílio no dia a dia das empresas
Parceiro
Confiança
Solucionador de problemas
74
TABELA 18 – Opinião do empresário sobre o principal papel exercido pelo profissional da
contabilidade.
Indústria Comércio Serviços Total
Orientação na área legal e fiscal 01 08 11 20
Controle, fiscalização e informação
corretos.
01 00 00 01
Intermediação entre Estado e empresa 02 00 00 02
Guarda-Livros com raras exceções 00 01 00 01
Prestar informações e medidas
corretivas
00 02 02 04
Demonstrar situação financeira para
embasar e dar segurança às decisões
00 01 02 03
Auxílio nas questões do dia a dia 00 06 02 08
Gerador de informações para tomada de
decisão
00 01 00 01
Tenho porque é exigido por lei 00 01 00 01
Gerador de informações confiáveis 00 01 00 01
Sinônimo de competência 00 01 00 01
Orientações Gerais 00 00 01 01
Controlador 00 00 01 01
Parceiro 00 00 01 01
Alguém de confiança 00 00 01 01
Solucionador de problemas 00 00 01 01
Total 04 22 22 48
Capítulo 8
8 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA COM OS ESCRITÓRIOS
8.1 RESULTADOS DA PESQUISA
8.1.1 Tempo de atuação dos escritórios no mercado
TABELA 19 – Tempo de Atuação dos escritórios no mer cado
Individual Sociedade Total
Até 1 ano 01 00 01
De 1 a 2 anos 00 00 00
De 2 a 3 anos 00 01 01
De 3 a 5 anos 00 00 00
Acima de 5 anos 07 04 11
Total 08 05 13
GRÁFICO 19 – Tempo de Atuação dos Escritórios no Me rcado
13%
0% 0%
87%
0%
20%
80%
0%0%
10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Até 1 ano De 2 a 3 anos De 3 a 5 anos Acima de 5anos
Tempo de Atuação
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
76
A análise do gráfico permite a conclusão de que grande parte dos escritórios
já atua no mercado há mais de três anos, tanto os individuais quanto os formados
por sociedade.
8.1.2 A Formação do profissional contábil
TABELA 20 – A formação do profissional contábil
Individual Sociedade Total
Técnico 03 02 05
Bacharel 05 03 08
Total 08 05 13
GRÁFICO 20 – A formação do profissional contábil
Formação do Profissional Contábil
37% 40%
63% 60%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Individuais Sociedades
Tipos de Escritórios
Per
cent
uais
Técnico
Bacharel
Observa-se que o número de técnicos em contabilidade ainda é bem
expressivo, representando 37% dos escritórios individuais e 40% dos constituídos
por sociedade.
77
Porém, o número de bacharéis em Contabilidade já superou o de técnicos, o
que demonstra que os profissionais têm buscado o aperfeiçoamento de suas
competências para exercer a sua profissão.
8.1.3 Especialização do profissional contábil
TABELA 21 – Especialização do profissional contábil
Individual Sociedade Total
Especialização 02 01 03
Nenhuma
Especialização
06
04
10
Total 08 05 13
GRÁFICO 21 – Especialização do profissional contábi l
Especialização do Profissional
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Individuais Sociedades
Tipos de Escritórios
Per
cent
uais
Pós-Graduação
NenhumaEspecialização
Verifica-se que grande parte dos contabilistas não possui especialização, não
tendo sido encontrado nenhum caso na amostra pesquisada de profissionais com
mestrado ou doutorado.
78
8.1.4 O Profissional contábil e a educação continua da
TABELA 22 – O profissional contábil e a educação co ntinuada
Individual Sociedade Total
Sim 05 05 10
Não 01 00 01
Não responderam 02 00 02
Total 08 05 13
Verifica-se que os profissionais contábeis têm se dedicado ao processo de
educação continuada: 100% dos escritórios formados por sociedades confirmaram
essa tendência.
GRÁFICO 22 – O profissional contábil e a educação c ontinuada
O profissional e a educação continuada
62,50%
12,50%
25,00%
100%
0% 0%0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Sim Não Anuladas
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
79
8.1.5 Participação em eventos da classe
TABELA 23 – Participação em eventos da Classe
Individual Sociedade Total
Palestras 06 03 09
Cursos oferecidos pelo
CRC
05
02
07
Outros cursos da Área
05
04
09
Congressos da Área
03
00
03
Aos que responderam que se dedicam à educação continuada, perguntou-se
quais os tipos de eventos dos quais costumam participar observam-se que palestras
e os cursos promovidos pelo CRC ou outros órgãos são os mais citados.
A participação em congressos ainda é pequena, apenas 38% dos escritórios
individuais disseram que participam desse tipo de evento.
Para atender à demanda do mercado, muitos contadores mesmo aqueles
com larga experiência, têm despertado para a realidade do quanto é necessário
buscar a atualização constantemente, já que as competências necessárias para o
desempenho da função têm aumentado muito principalmente na última década,
quando a tecnologia ficou mais acessível tanto às empresas quanto aos escritórios.
Observa-se no gráfico que os contadores de Teresópolis têm acompanhado
essa tendência e buscando atualizar seus conhecimentos para uma melhor
performance em suas atividades.
80
GRÁFICO 23 – Participação em eventos da Classe
O profissional e os eventos da Área Contábil
75%
63% 63%
38%
60%
40%
80%
0%0%
10%20%30%40%50%60%70%80%90%
Palestras Cursos do CRC Outros Cursos daárea
Congressoa daárea
Tipos de Evento
Per
cen
tuai
s
Individuais
Sociedades
8.1.6 Freqüência da participação nos eventos
TABELA 24 – Freqüência da participação nos eventos
Individual Sociedade Total
Mensal 01 02 03
Semestral 03 00 02
Eventual 03 03 06
A análise do gráfico possibilita a conclusão de que apesar de já estarem
envolvidos com o processo de educação continuada, os contadores participam
eventualmente dos eventos citados na questão anterior 60% dos escritórios individuais
e 40% dos formados em sociedade reforçam a idéia de que não há uma preocupação
quanto à habitualidade dos cursos.
O CRC-RJ disponibiliza todo mês uma série de cursos ministrados por
professores renomados em sua sede. Além disso, promove cursos no interior do
81
Estado: em Faculdades, Delegacias, auditórios, enfim, o órgão vem trabalhando para
que o contador tenha acesso à informação e atualize seus conhecimentos para
prestar um trabalho de melhor qualidade.
GRÁFICO 24 – Freqüência da participação nos eventos
Periodicidade de Participação nos Eventos
14%
43% 43%
0%
40%
60%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Mensal Semestral Eventualmente
Periodicidade
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
8.1.7 Número de funcionários nos escritórios
TABELA 25 – Número de funcionários nos escritórios
Individual Sociedade Total
Até 05 06 01 07
De 06 a 10 02 03 05
De 11 a 20 00 01 01
Total 08 05 13
82
GRÁFICO 25 – Número de funcionários nos escritórios
Número de Empregados do Escritório
75%
25%
0%
20%
60%
20%
0%
10%
20%
30%40%
50%
60%
70%80%
Até 5 De 6 a 10 De 11 a 20
Quantidade
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
8.1.8 A escrituração contábil para micro e pequenas empresas.
TABELA 26 – A escrituração contábil para micro e pe quenas empresas.
Individual Sociedade Total
Sim 07 05 12
Não 01 00 01
Total 08 05 13
A pergunta foi feita de forma objetiva: “os profissionais fazem a escrituração
contábil para as micro e pequenas empresas?”. 87,5% dos escritórios individuais
responderam que sim e 100% dos constituídos por sociedade também. Esse fato
revela uma mudança nos procedimentos tendo em vista que há poucos anos existia
uma forte convicção, até por parte dos contabilistas, de que as empresas desse porte
estavam desobrigadas de manter a escrituração contábil atualizada. Conforme é
explanado no presente trabalho, tal dispensa refere-se apenas a fins fiscais.
83
GRÁFICO 26 – A escrituração contábil para micro e p equenas empresas.
A escrituração Contábil para Micro e Pequenas Empresas
87,50%100,00%
12,50%0,00%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Individuais Sociedades
Tipos de Escritórios
Per
cen
tuai
s
Sim
Não
8.1.9 Serviços prestados pelo profissional contábil
TABELA 27 – Serviços prestados pelo profissional co ntábil
Individual Sociedade Total
Balanço Patrimonial 07 03 10
DRE 05 04 09
DOAR 02 01 03
DMPL 02 01 03
Fluxo de Caixa 01 01 02
Balancete Mensal 01 02 03
Nenhum Relatório 01 00 01
Observa-se que o Balanço Patrimonial e a DRE são os relatórios mais
fornecidos pelos contabilistas, sendo confeccionados por 88% dos escritórios
individuais e por 60% dos formados por sociedade.
84
O Fluxo de Caixa, ferramenta tão útil para o processo de gestão e para
decisões do dia a dia que têm impacto direto sobre o capital de giro das empresas
ainda é uma ferramenta pouco utilizada, somente 13% dos escritórios individuais e
20% dos com sócios fornece esse relatório.
GRÁFICO 27 – Serviços prestados pelo profissional c ontábil
Os relatórios Contábeis
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Balan
ço P
atrim
onial
DRE
DOAR
DMPL
Fluxo
de C
aixa
Balan
cete
Men
sal
Nenhu
m
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
8.2.0 Os Relatórios gerenciais fornecidos pelo prof issional da contabilidade.
TABELA 28 – Os relatórios gerenciais fornecidos pel o profissional da contabilidade.
Individual Sociedade Total
Análise de Balanço 05 02 07
Análise da Margem de
Contribuição
01
00
01
Ponto de Equilíbrio 01 00 01
Relatório Substituição Tributária. 00 01 01
Projetos viabilidade 00 01 01
Nenhum Relatório 02 00 02
85
Verifica-se que a Análise de Balanços é o Relatório Gerencial fornecido pela
maior parte dos escritórios, sendo confeccionado por 63% dos escritórios individuais
e 40% dos formados por sociedade.
Como os relatórios gerenciais não têm a obrigatoriedade de seguir os padrões
e normas contábeis e fiscais, a criatividade do contador é que vai determinar qual
relatório é útil para cada atividade, conforme se observa no gráfico com o surgimento
de relatórios como Projeção de Viabilidade e Substituição Tributária.
GRÁFICO 28 – Os relatórios gerenciais fornecidos pe lo profissional da
contabilidade.
Os Relatórios Gerenciais
63%
13% 13%
0% 0%
25%
40%
0% 0%
20% 20%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Análise deBalanços
Análise daMargem de
Contribuição
Ponto deEquilíbrio
RelatórioSubstituição
Tributária
Projeçãoviabilidade
novosprojetos
Nãofornecemnenhumrelatório
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
8.2.1 Forma de cobrança dos relatórios gerenciais .
TABELA 29 – Forma de cobrança dos relatórios gerenc iais .
Individual Sociedade Total
Sim 02 05 07
Não 04 00 04
Total 06 05 11
86
Os escritórios formados em sociedade, em sua totalidade, cobram
separadamente esses relatórios; já dos individuais, somente 33% disseram que os
relatórios gerenciais são cobrados à parte.
GRÁFICO 29 – Forma de cobrança dos relatórios geren ciais .
Os Relatórios Gerenciais são cobrados separadamente
33%
100%
67%
0%0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Individuais SociedadesTipos de Escritório
Per
cent
uai
s
SimNão
8.2.2 O Micro e Pequeno empresário entende a inform ação
contábil?
TABELA 30 – O micro e pequeno empresário entende a informação contábil?
Individual Sociedade Total
Sim 01 01 02
Não 07 04 11
Total 08 05 13
Observa-se que os contadores acreditam que os micro e pequenos
empresários não entendem as informações prestadas pelo profissional da
contabilidade. Em algumas respostas, foi colocado pelo contabilista que, da forma
87
como a informação é passada, pela estrutura dos relatórios atuais, é preciso algum
conhecimento técnico para que o gestor possa extrair dos relatórios os dados de que
precisa para auxiliá-lo no processo de gestão de seus negócios.
GRÁFICO 30 – O micro/pequeno empresário entende a i nformação contábil?
Os micro empresários entendem as informações Contábeis
12,50%20%
87,50%80%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
Individuais Sociedades
Tipos de Escritórios
Per
cen
tuai
s
Sim
Não
8.2.3 Opinião do profissional contábil sobre a impo rtância das micro e pequenas empresas para a economia
TABELA 31 – Opinião do profissional contábil sobre a importância das micro e pequenas
empresas para a economia
Individual Sociedade Total
Sim 08 05 13
Não 00 00 00
Total 08 05 13
Essa questão foi dividida em duas partes: a primeira era objetiva, a segunda
foi aberta deixando o contabilista livre para responder o porquê da importância ou não
da micro e pequena empresa para a economia. Entretanto, as respostas seguiram
todas a mesma linha, sempre voltando para a questão da geração de empregos, a
88
circulação de riqueza e a conseqüente geração de desenvolvimento para os
municípios, portanto, as questões foram tabuladas seguindo essa tendência.
Para 100% dos escritórios, as empresas micro e pequenas são importantes
para a economia, conforme demonstrado no gráfico 31 e na tabela acima.
GRÁFICO 31 – Opinião do profissional contábil sobre a importância das micro
e pequenas empresas para a economia
As Micro Empresas são importantes?
100% 100%
0% 0%0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Individuais SociedadesTipo de Escritórios
Per
cent
uais
SimNão
8.2.4 O Porquê da importância das micro e pequenas empresas
TABELA 32 – O porquê da importância das micro e peq uenas empresas
Individual Sociedade Total
Geradoras de emprego 04 03 07
São elas que pagam impostos 00 01 01
Movimentam a economia gerando
desenvolvimento
03
01
04
Maior circulação de riqueza 01 00 01
Estão em maior número no mercado
01
01
02
Não responderam 00 01 01
89
Observando o gráfico e a tabela, constata-se que grande parte dos escritórios
vê a micro e pequena empresa como geradora de empregos: 60% dos escritórios
formados por sociedade e 50% dos individuais vêem dessa forma.
GRÁFICO 32 – O porquê da importância das micro e pe quenas empresas
Como o contabilista vê a Micro e Pequena Empresa
50%
0%
38%
13% 13%
0%
60%
20% 20% 20% 20%
0%10%20%30%40%50%60%70%
Ger
ador
as d
eE
mpr
ego
São
ela
s qu
epa
gam
impo
stos
Mov
imen
tam
a ec
onom
ia
Circ
ulaç
ão d
eriq
ueza
Est
ão e
mm
aior
núm
ero
no m
erca
do
Não
resp
onde
ram
Per
cent
uais
Individuais
Sociedades
8.2.5 Os relatórios gerenciais fornecidos pela cont abilidade são
úteis para o processo de gestão das micro e pequena s empresas?
Verifica-se que 75% dos escritórios individuais e 60% dos constituídos sob
forma de sociedade acreditam que os Relatórios Gerenciais fornecidos pela
Contabilidade são úteis para o processo de gestão das Micro e Pequenas Empresas.
TABELA 33 – Os relatórios gerenciais fornecidos pel a contabilidade são úteis para o processo
de gestão das micro e pequenas empresas?
Individual Sociedade Total
Sim 06 03 09
Não 02 02 05
Total 08 05 13
90
GRÁFICO 33 – Os relatórios gerenciais fornecidos pe la contabilidade são úteis
para o processo de gestão das micro e pequenas empr esas?
Os Relatórios Gerenciais são úteis para Gestão das Micro e Pequenas Empresas?
75%
40%
25%
60%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Individuais Sociedades
Tipos de Escritório
Per
cent
uais
Sim
Não
8.2.6 O Papel exercido pelo profissional contábil n a gestão das
micro e pequenas empresas
A questão foi colocada de forma aberta podendo ser marcadas mais de uma
alternativa,
A intenção foi verificar a opinião dos próprios profissionais sobre como eles
vêem sua própria atuação no processo de gestão das micro e pequenas empresas.
Infelizmente para a maioria dos profissionais, esse papel ainda é quase nulo.
Empreender e gerenciar uma empresa num cenário de mudanças e com
mercado altamente competitivo exige qualificações que em muitos casos não são
encontradas nos proprietários de pequenos negócios. O gráfico e a tabela
demonstram que, para muitos, o profissional ainda atua como consultor jurídico e
orientador da parte legal e fiscal. Todavia, para administração de um
empreendimento, há uma conjugação de várias exigências para a sobrevivência e
não somente a questão legal.
91
GRÁFICO 34 – O papel exercido pelo profissional con tábil na gestão das micro
e pequenas empresas
Opinião sobre o papel na gestão das Micro e Pequena s Empresas
25%
50%
13%
25%
13% 13% 13% 13% 13%
20%
0%
20% 20%
0%
20%
0%
20%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Cum
prid
or d
eob
rigaç
ões
fisca
is
Qua
se n
ulo
Tot
alm
ente
nul
o
Fun
dam
enta
l
Gua
rda-
Livr
os
Impo
rtan
tíssi
mo,
pouc
ore
conh
ecid
o
Orie
ntad
or e
cons
ulto
rju
rídi
co
For
nced
or d
eel
emen
tos
gest
ão
Adm
inis
trad
orda
s em
pres
as
IndividuaisSociedades
TABELA 34 – O papel exercido pelo profissional cont ábil na gestão das micro e pequenas
empresas
Individual Sociedade Total
Cumpridor de obrigações tributárias e
fiscais
02 01 03
Quase nulo 04 00 04
Totalmente nulo 01 01 02
Fundamental 02 01 03
Guarda-Livros 01 00 01
Importantíssimo, mas pouco
reconhecido.
01 01 02
Orientador e até consultor jurídico 01 00 01
Fornecedor de elementos essenciais à
gestão
01 01 02
Administrador das empresas 01 00 01
CONCLUSÃO:
As micro e pequenas empresas, de acordo com os resultados da pesquisa,
são geridas em sua maioria pelos proprietários que, no caso das indústrias,
apresentaram uma boa formação escolar. Quanto aos comerciantes e prestadores
de serviços, os dados revelam que possuem o nível médio.
Dos serviços prestados pela contabilidade, os mais citados foram a folha de
pagamento e o cálculo e preenchimento de guias, evidenciando a preocupação das
empresas com as questões fiscais e trabalhistas.
Dentre os relatórios gerenciais, a análise de balanços e o ponto de equilíbrio
foram os mais expressivos. O índice de empresas que não recebem nenhum tipo de
relatório também é alto, chegando a 50% nas indústrias. Entretanto, quando
questionados sobre arcar com um acréscimo na mensalidade para ter tais relatórios,
50% responderam não ter interesse.
Para aquelas empresas que responderam que recebem os relatórios
gerencias, foi questionada a finalidade para qual os utilizam, verificando-se que a
maior concentração de respostas está no aproveitamento das informações para fins
gerenciais de controle e planejamento.
Os micro e pequenos empresários revelaram que estão satisfeitos com o
profissional contábil, crendo que esse cumpre o seu papel, e não vêem que exista
nenhum outro tipo de serviço que possa ser feito.
Nos três setores, o contabilista ainda é visto como aquele que orienta a parte
legal e fiscal, intermediando as relações Estado versus empresa.
Com relação aos profissionais contábeis, nota-se que pertencem a escritórios
com um bom tempo de atuação no mercado; a maioria são bacharéis, sem
93
especialização, mas dedicados à educação continuada através da participação em
palestras e cursos da área.
No que tange às informações contábeis, a maioria acredita que essas não são
compreendidas pelo micro e pequeno empresário e vêem que o papel que exercem
na administração das empresas é importante, embora pouco reconhecido e ainda
visto como cumpridor de obrigações fiscais.
Por fim, a pesquisa indica que 50% das indústrias, 18% das firmas comerciais
e 32% das prestadoras de serviços não recebem nenhum tipo de relatório gerencial.
Entretanto, as que recebem, utilizam-nos em grande parte para fins de controle e
planejamento.
A contabilidade é importante não só para atender às exigências legais, mas
principalmente, para registrar e transformar dados em informações e conhecimento
que possam cooperar para a continuidade das organizações. Todavia enquanto o
contabilista ainda for visto como despesa ou uma obrigação, surgirá espaço para
questionamentos sobre sua importância para as empresas.
Na sociedade do conhecimento em que novas tecnologias e novas idéias
surgem a cada dia influenciando diretamente a forma de trabalho, empresários e
profissionais contábeis precisam estreitar os laços e buscar as habilidades
necessárias para produção de ferramentas eficientes de gerenciamento que
objetivem aumento da produtividade, maximização dos lucros e, conseqüentemente,
o crescimento das empresas.
94
ANEXO I – FORMULÁRIO DE PESQUISA EMPRESAS
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ORGÃOS
FACULDADES UNIFICADAS SERRA DOS ORGÃOS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PESQUISA PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA COM
O TEMA: O USO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PARA
FINS GERENCIAIS NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
DE TERESÓPOLIS.
As informações serão utilizadas estritamente para elaboração da monografia e seu
conteúdo terá tratamento absolutamente confidencial.
ADAPTADO DO QUESTIONÁRIO DE BRASILINO JOSÉ FERREIRA NETO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2002.
95
1) Qual o setor de atuação da Empresa?
( ) comércio ( ) Indústria ( ) Serviço
2) O gerente da empresa (aquele que administra) é o proprietário da empresa?
( ) sim ( ) não
3) Qual a formação do gerente (aquele que administra) a empresa?
( ) 1º grau
( ) 2º grau
( ) 3º grau
( ) pós-graduado / Mestrado / Doutorado
4) É a primeira experiência como proprietário / administrador? Se positivo há
quanto tempo?
( ) sim ( ) não
5) Há quanto tempo a empresa atua no mercado?
( ) até 1 ano
( ) de 1 a 2anos
( ) de 2 a 3 anos
( ) de 3 a 5 anos
( ) acima de 5 anos
6) Qual o número de empregados da empresa?
( ) até 9
96
( ) de 10 a 20
( ) de 21 a 50
( ) de 51 a 100
( ) acima de 100
7) A Faixa de faturamento anual de sua empresa é a seguinte:
( ) até R$ 120.000,00
( ) de R$ 120.000,00 à 600.000,00
( ) de R$ 600.000,00 à 1.000.000,00
( ) de R$ 1.000.000,00 à 1.200.000,00
( ) acima de R$ 1.200.000,00
8) Quais dos serviços abaixo são oferecidos pelo profissional de contabilidade que
presta serviço à vossa empresa?
( ) Folha de Pagamento
( ) Balanço e Demonstração de Resultado
( ) Cálculo de Impostos e Preenchimento de guias
( ) Controle de contas a pagar/receber
( ) Fluxo de Caixa / Orçamentos
( ) Outros – Relacionar: __________________________________________
__________________________________________
9) Dentre os relatórios abaixo mencionados quais são oferecidos pelo profissional de
contabilidade que presta serviço à vossa empresa?
97
( ) Análise de Balanços
( ) Análise da Margem de Contribuição
( ) Ponto de Equilíbrio
( ) Formação do Preço de Venda
( ) Outros – Relacionar: __________________________________________
__________________________________________
( ) Não recebe nenhum relatório contábil
( ) Desconheço os relatórios
10) Caso vossa empresa não receba nenhum tipo de relatório contábil, estaria
disposto a arcar com um acréscimo no valor dos serviços para recebê-los?
( ) sim ( ) não
11) Caso receba alguns dos relatórios citados na questão 9, eles são cobrados
separadamente?
( ) sim ( ) não
12) Caso receba alguns dos relatórios citados na questão 9, as informações neles
contidas são utilizadas para o gerenciamento da empresa?
( ) sim para: ( ) decisões gerenciais (planejamento e controle)
( ) decisões especiais (projetos)
( ) para prestação de contas a sócios, credores, investidores.
( ) Outros – Relacionar:
__________________________________________
__________________________________________
98
( ) Não, porque ( ) Não entendo as informações contábeis
( ) Não são entregues em tempo hábil
( ) As informações não são úteis para uso gerencial
( ) Não acredito nas informações
( ) Outros – Relacionar:
__________________________________________
__________________________________________
13) Que nota você daria para os serviços contábeis prestados à vossa empresa?
( ) Razoável
( ) Regular
( ) Bom
( ) Excelente
14) Dos serviços de contabilidade prestados existe algum que você considera que
deveria ser realizado e não é?
15) Na sua opinião, qual é o principal papel exercido pelo profissional de
contabilidade?
99
ANEXO II – FORMULÁRIO DE PESQUISA CONTABILISTAS
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ORGÃOS
FACULDADES UNIFICADAS SERRA DOS ORGÃOS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PESQUISA PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA COM
O TEMA: O USO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PARA
FINS GERENCIAIS NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
DE TERESÓPOLIS.
As informações serão utilizadas estritamente para elaboração da monografia e seu
conteúdo terá tratamento absolutamente confidencial.
ADAPTADO DO QUESTIONÁRIO DE BRASILINO JOSÉ FERREIRA NETO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2002.
100
1) Quanto tempo o escritório atua no mercado?
( ) até 1 ano
( ) de 1 a 2anos
( ) de 2 a 3 anos
( ) de 3 a 5 anos
( ) acima de 5 anos
2) Qual a sua formação?
( ) Técnico em Contabilidade
( ) Bacharel em Ciências Contábeis
3) Possui especialização?
( ) Especialização (Pós Graduação)
( ) Mestrado
( ) Doutorado
( ) Nenhuma Especialização
4) Dedica tempo à educação continuada?
( ) sim ( ) não
5) Caso tenha respondido “sim” à questão acima, qual dos eventos abaixo costuma
participar?
( ) Palestras
( ) Cursos oferecidos pelo CRC
( ) Outros cursos da área de contabilidade
101
( ) Congressos da área
6) Qual a periodicidade em que costuma participar dos eventos acima?
( ) quinzenal
( ) mensal
( ) semestral
( ) anual
( ) eventualmente
7) Qual o número de empregados?
( ) até 5
( ) de 6 a 10
( ) de 11 a 20
( ) de 21 a 30
( ) acima de 30
8) Seu escritório faz escrituração contábil para micro e pequenas empresas?
( ) sim ( ) não
9) Quais dos relatórios abaixo são fornecidos ao seu cliente?
( ) Balanço Patrimonial
( ) DRE
( ) DOAR
( ) DMPL
( ) Outros – Relacionar: __________________________________________
102
10) Dentre os relatórios gerenciais, abaixo mencionados. quais são oferecidos ao seu
cliente?
( ) Análise de Balanços
( ) Análise da Margem de Contribuição
( ) Ponto de Equilíbrio
( ) Formação do Preço de Venda
( ) Outros – Relacionar: __________________________________________
__________________________________________
( ) Não fornecemos nenhum tipo de relatório gerencial
11) Caso forneça algum dos relatórios mencionados na questão 5, esses são cobrados
separadamente?
( ) sim ( ) não
12) Na sua opinião, os micro e pequenos empresários entendem as informações
contábeis?
( ) sim ( ) não
13) Na sua opinião, as micro e pequenas empresas são importantes para a economia?
Por que?
( ) sim ( ) não
103
14) Você considera os relatórios gerenciais, fornecidos pela Contabilidade, úteis para
a gestão das micro e pequenas empresas?
( ) sim ( ) não
15) Como você vê o papel do contador no processo de gestão das micro e pequenas
empresas?
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Comercial do Império do Brasil.
BRASIL. Leis e Decretos. Lei 5.172 de 25 de Outubro de 1966 – Dispõe sobre o
Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à
União, Estados e Municípios.
BRASIL. Leis e Decretos. Lei 9.317 de 05 de Dezembro de 1996 – Dispõe sobre o
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Pequeno Porte – SIMPLES e dá outras providências.
BRASIL. Leis e Decretos. Lei 9.841 de 05 de Outubro de 1999 – Institui o Estatuto
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BRASIL. Leis e Decretos. Lei 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 – Institui o Código
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105
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IOB – INFORMAÇÔES OBJETIVAS INFORMAÇÕES JURÍDICAS LTDA. Caderno
de Temática Contábil e Balanços. São Paulo: Boletim 16/02. p. 9-10
IOB – INFORMAÇÔES OBJETIVAS INFORMAÇÕES JURÍDICAS LTDA. Caderno
de Temática Contábil e Balanços. São Paulo: Boletim 21/02. p. 1-12
IOB – INFORMAÇÔES OBJETIVAS INFORMAÇÕES JURÍDICAS LTDA. Caderno
de Temática Contábil e Balanços. São Paulo: Boletim 43/02. p. 1-4.
IOB – INFORMAÇÔES OBJETIVAS INFORMAÇÕES JURÍDICAS LTDA. Caderno
de Temática Contábil e Balanços. São Paulo: Boletim 49/03. p. 1-3.
IOB – INFORMAÇÔES OBJETIVAS INFORMAÇÕES JURÍDICAS LTDA. Caderno
de Temática Contábil e Balanços. São Paulo: Boletim 51/03. p. 1-7.
IOB – INFORMAÇÔES OBJETIVAS INFORMAÇÕES JURÍDICAS LTDA. Caderno
de Temática Contábil e Balanços. São Paulo: Boletim 04/04. p. 1-3.
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