o uso de matriz de valoração no levantamento espeleológico...
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ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto SP 13-18 de junho de 2017 - ISSN 2178-2113 (online)
O artigo a seguir eacute parte integrando dos Anais do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia disponiacutevel gratuitamente em wwwcavernasorgbr34cbeanaisasp
Sugerimos a seguinte citaccedilatildeo para este artigo BARBOSA E P et al O uso de Matriz de Valoraccedilatildeo no levantamento espeleoloacutegico de cavidades naturais subterracircneas do municiacutepio de Paripiranga Bahia In RASTEIRO MA TEIXEIRA-SILVA CM LACERDA SG (orgs) CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA 34 2017 Ouro Preto Anais Campinas SBE 2017 p181-191 Disponiacutevel em lthttpwwwcavernasorgbranais34cbe34cbe_181-191pdfgt Acesso em data do acesso
A publicaccedilatildeo dos Anais do 34ordm CBE contou com o apoio do Instituto Brasileiro de Mineraccedilatildeo Acompanhe a cooperaccedilatildeo SBE-IBRAM em wwwcavernasorgbrsbe-ibram
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O USO DE MATRIZ DE VALORACcedilAtildeO NO LEVANTAMENTO
ESPELEOLOacuteGICO DE CAVIDADES NATURAIS SUBTERRAcircNEAS DO
MUNICIacutePIO DE PARIPIRANGA BAHIA
THE USE OF AN ASSESSMENT MATRIX IN THE ESPELEOLOGICAL SURVEY OF UNDERGROUND
NATURAL CAVES IN THE MUNICIPALITY OF PARIPIRANGA BAHIA
Elvis Pereira BARBOSA (1) Maacutercio Santana SANTOS (2) Fernando Andrade SILVA (3)
Heacutercules Silva SANTOS (3) Autran Matos SANTANA (3) Osmar Rosa da CONCEICcedilAtildeO (3)
(1) Universidade Estadual de Santa Cruz ndash UESC Ilheacuteus BA
(2) Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Eunaacutepolis BA
(3) Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash GMSE Paripiranga BA
Contatos barbosaelvisgmailcom marciosantanasantoshotmailcom fernandoaslivecom
Resumo
Este trabalho procura demonstrar como a aplicaccedilatildeo da Matriz de Valoraccedilatildeo com base nos atributos
estipulados pela IN 0022009 MMA facilita a anaacutelise das cavidades naturais subterracircneas atraveacutes da
aplicaccedilatildeo de valores preacute estabelecidos visto que se adota uma posiccedilatildeo exclusivamente teacutecnica para a anaacutelise
das cavernas Ponderando os quesitos de classificaccedilatildeo de niacutevel de relevacircncia das cavidades naturais
encontradas e de acordo com a legislaccedilatildeo vigente eacute possiacutevel garantir o uso sustentaacutevel dos recursos naturais
presentes na aacuterea viabilizando as atividades da induacutestria extrativa de calcaacuterio em harmonia com a
preservaccedilatildeo ambiental
Palavras-Chave matriz de valoraccedilatildeo cavernas Paripiranga
Abstract
This work seeks to demonstrate how the application of the Valuation Matrix based on the attributes
stipulated by the IN 0022009 MMA facilitates the analysis of the underground natural cavities through the
application of pre-established values since an exclusively technical position is adopted for the analysis of
the caves Considering the criteria for classification of the level of relevance of the natural cavities found
and in accordance with current legislation it is possible to guarantee the sustainable use of the natural
resources present in the area enabling the activities of limestone extraction industry in harmony with
environmental preservation
Key-words valuation matrix cave Paripiranga
1 INTRODUCcedilAtildeO
A presente comunicaccedilatildeo refere-se aos
trabalhos de campo realizados nas cavidades
naturais subterracircneas do municiacutepio de Paripiranga
Bahia ao longo de quatro expediccedilotildees (11 a
25042012 16 a 23102012 28 a 01022013 19 a
22042013) envolvendo estudos de localizaccedilatildeo e
identificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas que
subsidiaram posteriormente a valoraccedilatildeo das
cavidades e consequentemente o zoneamento
espeleoloacutegico da ADA e AID do Complexo Minero
Industrial de Paripiranga cujo objetivo era a
instalaccedilatildeo de uma faacutebrica de cimento Portland no
referido municiacutepio
Desta forma as expediccedilotildees objetivaram a
realizaccedilatildeo do diagnoacutestico de propensatildeo
espeleoloacutegica na Aacuterea Diretamente Afetada ndash ADA
do Complexo Minero Industrial de Paripiranga
visando atender o Termo de Referecircncia do Instituto
do Meio Ambiente e Recursos Hiacutedricos ndash INEMA
oacutergatildeo que normatiza e fiscaliza os estudos
ambientais no estado da Bahia e ao Decreto
995561990 alterado pelo Decreto 66402008
seguindo a IN 022009 do MMA que dispotildeem
sobre a proteccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
existentes no territoacuterio nacional
Paripiranga eacute um municiacutepio do estado da
Bahia localizado na zona fisiograacutefica do nordeste
territoacuterio integrante do ldquoPoliacutegono das Secasrdquo
fazendo divisa a leste e sul com o Estado de
Sergipe a oeste com Adustina e a norte com
Coronel Joatildeo Saacute A sede municipal tem altitude de
430 metros e coordenadas geograacuteficas 24 L 624593
UTM 8818459i De acordo com dados de 2016 do
portal IBGE Cidades sua extensatildeo territorial eacute de
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435698 km2 contando com 29980 habitantes uma
densidade demograacutefica de 6376 habkmsup2 e IDHM
de 0577 (2010) sendo a maioria residente da zona
rural distribuiacutedos em 56 povoados ndash os mais
expressivos por aacuterea territorial e ocupaccedilatildeo satildeo
Conceiccedilatildeo de Campinas Lagoa Preta Maritaacute
Apertado de Pedras e Baixa Funda
Sua economia estaacute sustentada pelos negoacutecios
agropecuaacuterios seguida dos serviccedilos e uma tiacutemida
induacutestria A produccedilatildeo de destaque na regiatildeo
destinada agrave exportaccedilatildeo eacute o milho a aboacutebora e o
feijatildeo sendo ainda encontrada a criaccedilatildeo de bovinos
e a agricultura de subsistecircncia entre a populaccedilatildeo
menos favorecida
As receitas municipais provecircm
basicamente da agricultura pecuaacuteria
avicultura e induacutestria Na agricultura o
municiacutepio eacute o quinto produtor baiano de
feijatildeo e deacutecimo de milho Os maiores
rebanhos satildeo os bovinos suiacutenos equinos e
ovinos Na avicultura destaca-se a produccedilatildeo
de galinaacuteceos (CPRM 2005)
A geologia do municiacutepio estaacute representada
por rochas Neoproterozoacuteicas da faixa de
dobramentos Sergipana que incluem metacalcaacuterios
metadolomitos intercalaccedilotildees de metapelitos e niacuteveis
subordinados de metacherts da Formaccedilatildeo Jacoca
(Grupo Miaba) metarenitos metagrauvacas filitos
siltosos filitos seixosos e quartzitos (Grupos Simatildeo
Dias e Miaba Indivisos) filitos metarenitos
metarritmitos e metagrauvacas da Formaccedilatildeo Frei
Paulo (Grupo Simatildeo Dias) metadiamictitos de
matriz grauvaacutequica filitos em parte seixoso e lentes
de quartzito (Formaccedilatildeo Palestina) e maacutermores
metarritmitos metapelitos em parte calciacuteferos e
metacherts subordinados da formaccedilatildeo Olhos
DrsquoAacutegua (Grupo Vaza-Barris)
No Municiacutepio de Paripiranga podem-se
distinguir dois domiacutenios hidrogeoloacutegicos
carbonatosmetacarbonatos e
metassedimentosmetavulcanitos o primeiro
ocupando cerca de 60 da aacuterea municipal Os
carbonatosmetacarbonatos constituem um sistema
aquiacutefero desenvolvido em terrenos com
predominacircncia de rochas calcaacuterias calcaacuterias
magnesianas e dolomiacuteticas que tecircm como
caracteriacutestica principal a constante presenccedila de
formas de dissoluccedilatildeo caacuterstica (dissoluccedilatildeo quiacutemica
de rochas calcaacuterias) formando cavernas
sumidouros dolinas e outras feiccedilotildees erosivas tiacutepicas
desses tipos de rochas Fraturas e outras superfiacutecies
de descontinuidade alargadas por processos de
dissoluccedilatildeo pela aacutegua propiciam ao sistema
porosidade e permeabilidade secundaacuteria que
permitem acumulaccedilatildeo de aacutegua em volumes
consideraacuteveis (CPRM 2005)
As cavidades estudadas localizam-se na
Proviacutencia Espeleoloacutegica do Supergrupo Canudos
(AULER et al 2001) Distrito de Lagoa Preta O
contexto regional abrange territoacuterios da regiatildeo dos
municiacutepios de Paripiranga Adustina e Faacutetima na
Bahia e do municiacutepio de Simatildeo Dias em Sergipe De
acordo com os dados pesquisados no ICMBIO-
CECAV hoje o municiacutepio de Paripiranga possui
105 cavidades naturais subterracircneas cadastradas
Pouco se sabe sobre o periacuteodo preacute-histoacuterico
da regiatildeo buscas realizadas no Cadastro Nacional
de Siacutetios Arqueoloacutegicos ndash Sistema de
Gerenciamento do Patrimocircnio Arqueoloacutegico ndash
Instituto Patrimocircnio Histoacuterico e Artiacutestico Nacional ndash
CNSASGPAIPHAN natildeo revelam nenhuma
informaccedilatildeo a respeito da localidade De acordo com
a historiografia encontrada (em grande parte textos
memorialistas) o territoacuterio era ocupado por
indiacutegenas conhecidos como ldquovermelhosrdquo que
estariam fixados as margens do Coiteacute Velho (rio
localizado na entrada da cidade vindo pelo estado
de SE) Ainda natildeo se conseguiu chegar a uma
identificaccedilatildeo cultural precisa no entanto eacute consenso
afirmar que se tratavam em termo geneacuterico dos
Tapuia No baixo Irapiranga (Vaza-barris) estavam
localizados os Tupinambaacute em terras feacuterteis Haacute
registros nos documentos oficias da presenccedila das
tribos Munguru e Ceriacaacute na regiatildeo de Jeremoabo e
dos Caimbeacute na regiatildeo de Euclides da Cunha
O processo de povoamento deste territoacuterio no
periacuteodo histoacuterico estaacute relacionado a estrateacutegia de
ocupaccedilatildeo adotada pelos portugueses das terras
interioranas do Brasil no seacuteculo XVI com guerra
declarada agrave populaccedilatildeo indiacutegena que neste processo
foi em parte exterminada e em outra escravizada
gerando um ecircxodo das populaccedilotildees nativas sertatildeo
adentro Com a adaptaccedilatildeo do sistema de capitanias
hereditaacuterias e a distribuiccedilatildeo de sesmarias novos
colonos migraram em direccedilatildeo a regiatildeo organizando-
se as primeiras fazendas e siacutetios e assim comeccedilam a
surgir as primeiras feiras para trocas comerciais
Em meados do seacuteculo XVII quando o lugar
era conhecido por Malhada Vermelha implantaram-
se as primeiras lavouras de cana-de-accediluacutecar cafeacute e
algodatildeo florescendo na regiatildeo principalmente a
cultura canavieira e seus engenhos Em 1846 o
Major Antocircnio de Menezes manda construir a
capela de Nossa Senhora de Patrociacuteneo do Coiteacute
surgindo ao redor da capela algumas casas e as
primeiras ruas
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No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus
engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute
Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca
de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de
Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga
Pimentel (ABREU 2007 p 20)
Nas proximidades de Paripiranga haacute grande
registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos
Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras
Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro
Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas
senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura
afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas
comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido
por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute
elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome
para Paripiranga apenas em 1931
Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no
contexto do Coronelismo surge a figura
emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais
conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que
ficou conhecido com cangaceiros contestando a
ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser
entendido como um fenocircmeno social que emana das
peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a
latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam
suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e
condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da
populaccedilatildeo
Existem registros orais da passagem de
Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio
estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo
mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a
respeito dos embates da Volante (como era chamado
o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como
eram chamados os policiais militares pelo bando de
Lampiatildeo)
Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico
estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da
Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde
seu bando teria se escondido e deixado alguns
pertences identificados pela comunidade como
tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina
de costura do bando que segundo contam foi
enterrada no lugar Existe uma romaria anual para
esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que
acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local
guarda muito respeito e alguns demonstram medo
desta gruta associando a ela maus espiacuteritos
Outro episoacutedio emblemaacutetico para a
constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a
passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais
conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas
terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem
norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-
1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo
camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos
viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889
1891 1898 para construir uma comunidade mais
justa chamada de Belo Monte na qual pudessem
fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo
De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos
os que foram para o Arraial de Canudos Laacute
construiacuteram casas tiveram filhos A grande
comunidade foi feita A cada novo dia
chegava em Belo Monte o arraial tinha esse
nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos
da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso
passou a ser uma afronta ao poder e aos
latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles
o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas
(ABREU 2007 p 30)
Em 1897 a comunidade de Canudos foi
exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio
Conselheiro era monarquista Dez mil homens do
Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias
sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho
e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns
sobreviventes do massacre foram morar como
agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias
2 METODOLOGIA
A metodologia foi dividida em duas etapas
Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e
Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da
documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de
informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de
cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao
banco de dados eletrocircnicos (digitais eou
analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas
mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de
sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros
histoacutericos locais
A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na
pesquisa arguitiva com moradores das fazendas
proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de
identificar as cavidades jaacute conhecidas pela
populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta
pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica
in loco segundo criteacuterios estabelecidos
previamente como o caminhamento
georreferenciado com o uso de aparelhos GPS
(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o
percurso principalmente nas aacutereas de maior
probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde
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foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees
espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo
Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as
informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das
informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e
processamento As entrevistas com moradores
locais principalmente aqueles que por
desenvolverem atividades como pesca extrativismo
vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas
matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de
estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas
que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees
proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna
ou grota
3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS
Os dados obtidos em campo satildeo apresentados
a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades
seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a
compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades
analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por
objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do
carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as
feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes
na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os
aspectos morfogeneacuteticos das cavidades
caracterizando os tipos de sedimentos identificados
no interior e no entorno delas Foram caracterizados
os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees
com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios
paleontoloacutegicos
31 Cavidades Estudadas
No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica
da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades
naturais subterracircneas no entorno da ADA e no
interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash
foram identificadas cinco cavidades Caverna do
Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi
Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior
da ADA foram identificados dois sumidouros e sete
cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do
Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I
Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do
Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)
As cavidades objeto do estudo satildeo
apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas
coordenadas geograacuteficas
Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental
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Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas
Cavidade Coordenadas UTM
Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094
Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038
Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006
Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036
Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986
Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101
Abismo Entupido 24 L 623058 8824017
Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133
Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107
Fenda da Costura 24 L 623047 8824006
Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024
Toca do Escondido 24 L 622749 8823926
32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas da ADA e AID
Para um melhor entendimento da importacircncia
das cavidades identificadas na ADA e na AID foi
utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)
de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
Assim procurando seguir o que determina o artigo
5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto
66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de
agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio
ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o
modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores
para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN
022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque
regional e local seguindo as especificaccedilotildees para
maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia
espeleoloacutegica
Desta forma as cavidades foram avaliadas
segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e
variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009
Assim foram atribuiacutedos valores para as
caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1
(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com
valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas
caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo
final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute
visto na tabela 2
Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e
AID nos atributos que determinam o grau de
relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar
para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional
(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do
empreendimento natildeo existem cavidades naturais
subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o
modelo adotado
Superada a primeira etapa aquela que
enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia
empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e
o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas
tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos
considerados na anaacutelise Regional e Local para
definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA
e AID
As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas
8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de
relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque
regional e local e importacircncia significativa sob o
enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica
para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12
a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o
contexto regional e local Este modelo eacute visto como
o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de
forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes
de valores matemaacuteticos determinados para a sua
presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo
final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas existentes na ADA e AID do
empreendimento
Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009
Etapa Atividade Resultado
Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto
regional e local
Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia
Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Regional
Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Local
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Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
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188
Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
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X
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Z
LO
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X
RIQ
AB
U
CO
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
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191
IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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181
O USO DE MATRIZ DE VALORACcedilAtildeO NO LEVANTAMENTO
ESPELEOLOacuteGICO DE CAVIDADES NATURAIS SUBTERRAcircNEAS DO
MUNICIacutePIO DE PARIPIRANGA BAHIA
THE USE OF AN ASSESSMENT MATRIX IN THE ESPELEOLOGICAL SURVEY OF UNDERGROUND
NATURAL CAVES IN THE MUNICIPALITY OF PARIPIRANGA BAHIA
Elvis Pereira BARBOSA (1) Maacutercio Santana SANTOS (2) Fernando Andrade SILVA (3)
Heacutercules Silva SANTOS (3) Autran Matos SANTANA (3) Osmar Rosa da CONCEICcedilAtildeO (3)
(1) Universidade Estadual de Santa Cruz ndash UESC Ilheacuteus BA
(2) Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Eunaacutepolis BA
(3) Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash GMSE Paripiranga BA
Contatos barbosaelvisgmailcom marciosantanasantoshotmailcom fernandoaslivecom
Resumo
Este trabalho procura demonstrar como a aplicaccedilatildeo da Matriz de Valoraccedilatildeo com base nos atributos
estipulados pela IN 0022009 MMA facilita a anaacutelise das cavidades naturais subterracircneas atraveacutes da
aplicaccedilatildeo de valores preacute estabelecidos visto que se adota uma posiccedilatildeo exclusivamente teacutecnica para a anaacutelise
das cavernas Ponderando os quesitos de classificaccedilatildeo de niacutevel de relevacircncia das cavidades naturais
encontradas e de acordo com a legislaccedilatildeo vigente eacute possiacutevel garantir o uso sustentaacutevel dos recursos naturais
presentes na aacuterea viabilizando as atividades da induacutestria extrativa de calcaacuterio em harmonia com a
preservaccedilatildeo ambiental
Palavras-Chave matriz de valoraccedilatildeo cavernas Paripiranga
Abstract
This work seeks to demonstrate how the application of the Valuation Matrix based on the attributes
stipulated by the IN 0022009 MMA facilitates the analysis of the underground natural cavities through the
application of pre-established values since an exclusively technical position is adopted for the analysis of
the caves Considering the criteria for classification of the level of relevance of the natural cavities found
and in accordance with current legislation it is possible to guarantee the sustainable use of the natural
resources present in the area enabling the activities of limestone extraction industry in harmony with
environmental preservation
Key-words valuation matrix cave Paripiranga
1 INTRODUCcedilAtildeO
A presente comunicaccedilatildeo refere-se aos
trabalhos de campo realizados nas cavidades
naturais subterracircneas do municiacutepio de Paripiranga
Bahia ao longo de quatro expediccedilotildees (11 a
25042012 16 a 23102012 28 a 01022013 19 a
22042013) envolvendo estudos de localizaccedilatildeo e
identificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas que
subsidiaram posteriormente a valoraccedilatildeo das
cavidades e consequentemente o zoneamento
espeleoloacutegico da ADA e AID do Complexo Minero
Industrial de Paripiranga cujo objetivo era a
instalaccedilatildeo de uma faacutebrica de cimento Portland no
referido municiacutepio
Desta forma as expediccedilotildees objetivaram a
realizaccedilatildeo do diagnoacutestico de propensatildeo
espeleoloacutegica na Aacuterea Diretamente Afetada ndash ADA
do Complexo Minero Industrial de Paripiranga
visando atender o Termo de Referecircncia do Instituto
do Meio Ambiente e Recursos Hiacutedricos ndash INEMA
oacutergatildeo que normatiza e fiscaliza os estudos
ambientais no estado da Bahia e ao Decreto
995561990 alterado pelo Decreto 66402008
seguindo a IN 022009 do MMA que dispotildeem
sobre a proteccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
existentes no territoacuterio nacional
Paripiranga eacute um municiacutepio do estado da
Bahia localizado na zona fisiograacutefica do nordeste
territoacuterio integrante do ldquoPoliacutegono das Secasrdquo
fazendo divisa a leste e sul com o Estado de
Sergipe a oeste com Adustina e a norte com
Coronel Joatildeo Saacute A sede municipal tem altitude de
430 metros e coordenadas geograacuteficas 24 L 624593
UTM 8818459i De acordo com dados de 2016 do
portal IBGE Cidades sua extensatildeo territorial eacute de
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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182
435698 km2 contando com 29980 habitantes uma
densidade demograacutefica de 6376 habkmsup2 e IDHM
de 0577 (2010) sendo a maioria residente da zona
rural distribuiacutedos em 56 povoados ndash os mais
expressivos por aacuterea territorial e ocupaccedilatildeo satildeo
Conceiccedilatildeo de Campinas Lagoa Preta Maritaacute
Apertado de Pedras e Baixa Funda
Sua economia estaacute sustentada pelos negoacutecios
agropecuaacuterios seguida dos serviccedilos e uma tiacutemida
induacutestria A produccedilatildeo de destaque na regiatildeo
destinada agrave exportaccedilatildeo eacute o milho a aboacutebora e o
feijatildeo sendo ainda encontrada a criaccedilatildeo de bovinos
e a agricultura de subsistecircncia entre a populaccedilatildeo
menos favorecida
As receitas municipais provecircm
basicamente da agricultura pecuaacuteria
avicultura e induacutestria Na agricultura o
municiacutepio eacute o quinto produtor baiano de
feijatildeo e deacutecimo de milho Os maiores
rebanhos satildeo os bovinos suiacutenos equinos e
ovinos Na avicultura destaca-se a produccedilatildeo
de galinaacuteceos (CPRM 2005)
A geologia do municiacutepio estaacute representada
por rochas Neoproterozoacuteicas da faixa de
dobramentos Sergipana que incluem metacalcaacuterios
metadolomitos intercalaccedilotildees de metapelitos e niacuteveis
subordinados de metacherts da Formaccedilatildeo Jacoca
(Grupo Miaba) metarenitos metagrauvacas filitos
siltosos filitos seixosos e quartzitos (Grupos Simatildeo
Dias e Miaba Indivisos) filitos metarenitos
metarritmitos e metagrauvacas da Formaccedilatildeo Frei
Paulo (Grupo Simatildeo Dias) metadiamictitos de
matriz grauvaacutequica filitos em parte seixoso e lentes
de quartzito (Formaccedilatildeo Palestina) e maacutermores
metarritmitos metapelitos em parte calciacuteferos e
metacherts subordinados da formaccedilatildeo Olhos
DrsquoAacutegua (Grupo Vaza-Barris)
No Municiacutepio de Paripiranga podem-se
distinguir dois domiacutenios hidrogeoloacutegicos
carbonatosmetacarbonatos e
metassedimentosmetavulcanitos o primeiro
ocupando cerca de 60 da aacuterea municipal Os
carbonatosmetacarbonatos constituem um sistema
aquiacutefero desenvolvido em terrenos com
predominacircncia de rochas calcaacuterias calcaacuterias
magnesianas e dolomiacuteticas que tecircm como
caracteriacutestica principal a constante presenccedila de
formas de dissoluccedilatildeo caacuterstica (dissoluccedilatildeo quiacutemica
de rochas calcaacuterias) formando cavernas
sumidouros dolinas e outras feiccedilotildees erosivas tiacutepicas
desses tipos de rochas Fraturas e outras superfiacutecies
de descontinuidade alargadas por processos de
dissoluccedilatildeo pela aacutegua propiciam ao sistema
porosidade e permeabilidade secundaacuteria que
permitem acumulaccedilatildeo de aacutegua em volumes
consideraacuteveis (CPRM 2005)
As cavidades estudadas localizam-se na
Proviacutencia Espeleoloacutegica do Supergrupo Canudos
(AULER et al 2001) Distrito de Lagoa Preta O
contexto regional abrange territoacuterios da regiatildeo dos
municiacutepios de Paripiranga Adustina e Faacutetima na
Bahia e do municiacutepio de Simatildeo Dias em Sergipe De
acordo com os dados pesquisados no ICMBIO-
CECAV hoje o municiacutepio de Paripiranga possui
105 cavidades naturais subterracircneas cadastradas
Pouco se sabe sobre o periacuteodo preacute-histoacuterico
da regiatildeo buscas realizadas no Cadastro Nacional
de Siacutetios Arqueoloacutegicos ndash Sistema de
Gerenciamento do Patrimocircnio Arqueoloacutegico ndash
Instituto Patrimocircnio Histoacuterico e Artiacutestico Nacional ndash
CNSASGPAIPHAN natildeo revelam nenhuma
informaccedilatildeo a respeito da localidade De acordo com
a historiografia encontrada (em grande parte textos
memorialistas) o territoacuterio era ocupado por
indiacutegenas conhecidos como ldquovermelhosrdquo que
estariam fixados as margens do Coiteacute Velho (rio
localizado na entrada da cidade vindo pelo estado
de SE) Ainda natildeo se conseguiu chegar a uma
identificaccedilatildeo cultural precisa no entanto eacute consenso
afirmar que se tratavam em termo geneacuterico dos
Tapuia No baixo Irapiranga (Vaza-barris) estavam
localizados os Tupinambaacute em terras feacuterteis Haacute
registros nos documentos oficias da presenccedila das
tribos Munguru e Ceriacaacute na regiatildeo de Jeremoabo e
dos Caimbeacute na regiatildeo de Euclides da Cunha
O processo de povoamento deste territoacuterio no
periacuteodo histoacuterico estaacute relacionado a estrateacutegia de
ocupaccedilatildeo adotada pelos portugueses das terras
interioranas do Brasil no seacuteculo XVI com guerra
declarada agrave populaccedilatildeo indiacutegena que neste processo
foi em parte exterminada e em outra escravizada
gerando um ecircxodo das populaccedilotildees nativas sertatildeo
adentro Com a adaptaccedilatildeo do sistema de capitanias
hereditaacuterias e a distribuiccedilatildeo de sesmarias novos
colonos migraram em direccedilatildeo a regiatildeo organizando-
se as primeiras fazendas e siacutetios e assim comeccedilam a
surgir as primeiras feiras para trocas comerciais
Em meados do seacuteculo XVII quando o lugar
era conhecido por Malhada Vermelha implantaram-
se as primeiras lavouras de cana-de-accediluacutecar cafeacute e
algodatildeo florescendo na regiatildeo principalmente a
cultura canavieira e seus engenhos Em 1846 o
Major Antocircnio de Menezes manda construir a
capela de Nossa Senhora de Patrociacuteneo do Coiteacute
surgindo ao redor da capela algumas casas e as
primeiras ruas
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No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus
engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute
Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca
de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de
Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga
Pimentel (ABREU 2007 p 20)
Nas proximidades de Paripiranga haacute grande
registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos
Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras
Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro
Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas
senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura
afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas
comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido
por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute
elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome
para Paripiranga apenas em 1931
Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no
contexto do Coronelismo surge a figura
emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais
conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que
ficou conhecido com cangaceiros contestando a
ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser
entendido como um fenocircmeno social que emana das
peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a
latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam
suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e
condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da
populaccedilatildeo
Existem registros orais da passagem de
Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio
estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo
mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a
respeito dos embates da Volante (como era chamado
o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como
eram chamados os policiais militares pelo bando de
Lampiatildeo)
Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico
estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da
Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde
seu bando teria se escondido e deixado alguns
pertences identificados pela comunidade como
tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina
de costura do bando que segundo contam foi
enterrada no lugar Existe uma romaria anual para
esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que
acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local
guarda muito respeito e alguns demonstram medo
desta gruta associando a ela maus espiacuteritos
Outro episoacutedio emblemaacutetico para a
constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a
passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais
conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas
terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem
norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-
1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo
camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos
viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889
1891 1898 para construir uma comunidade mais
justa chamada de Belo Monte na qual pudessem
fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo
De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos
os que foram para o Arraial de Canudos Laacute
construiacuteram casas tiveram filhos A grande
comunidade foi feita A cada novo dia
chegava em Belo Monte o arraial tinha esse
nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos
da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso
passou a ser uma afronta ao poder e aos
latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles
o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas
(ABREU 2007 p 30)
Em 1897 a comunidade de Canudos foi
exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio
Conselheiro era monarquista Dez mil homens do
Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias
sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho
e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns
sobreviventes do massacre foram morar como
agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias
2 METODOLOGIA
A metodologia foi dividida em duas etapas
Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e
Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da
documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de
informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de
cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao
banco de dados eletrocircnicos (digitais eou
analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas
mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de
sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros
histoacutericos locais
A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na
pesquisa arguitiva com moradores das fazendas
proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de
identificar as cavidades jaacute conhecidas pela
populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta
pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica
in loco segundo criteacuterios estabelecidos
previamente como o caminhamento
georreferenciado com o uso de aparelhos GPS
(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o
percurso principalmente nas aacutereas de maior
probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde
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foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees
espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo
Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as
informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das
informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e
processamento As entrevistas com moradores
locais principalmente aqueles que por
desenvolverem atividades como pesca extrativismo
vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas
matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de
estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas
que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees
proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna
ou grota
3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS
Os dados obtidos em campo satildeo apresentados
a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades
seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a
compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades
analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por
objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do
carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as
feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes
na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os
aspectos morfogeneacuteticos das cavidades
caracterizando os tipos de sedimentos identificados
no interior e no entorno delas Foram caracterizados
os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees
com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios
paleontoloacutegicos
31 Cavidades Estudadas
No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica
da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades
naturais subterracircneas no entorno da ADA e no
interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash
foram identificadas cinco cavidades Caverna do
Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi
Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior
da ADA foram identificados dois sumidouros e sete
cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do
Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I
Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do
Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)
As cavidades objeto do estudo satildeo
apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas
coordenadas geograacuteficas
Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental
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Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas
Cavidade Coordenadas UTM
Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094
Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038
Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006
Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036
Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986
Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101
Abismo Entupido 24 L 623058 8824017
Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133
Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107
Fenda da Costura 24 L 623047 8824006
Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024
Toca do Escondido 24 L 622749 8823926
32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas da ADA e AID
Para um melhor entendimento da importacircncia
das cavidades identificadas na ADA e na AID foi
utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)
de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
Assim procurando seguir o que determina o artigo
5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto
66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de
agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio
ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o
modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores
para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN
022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque
regional e local seguindo as especificaccedilotildees para
maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia
espeleoloacutegica
Desta forma as cavidades foram avaliadas
segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e
variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009
Assim foram atribuiacutedos valores para as
caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1
(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com
valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas
caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo
final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute
visto na tabela 2
Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e
AID nos atributos que determinam o grau de
relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar
para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional
(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do
empreendimento natildeo existem cavidades naturais
subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o
modelo adotado
Superada a primeira etapa aquela que
enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia
empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e
o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas
tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos
considerados na anaacutelise Regional e Local para
definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA
e AID
As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas
8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de
relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque
regional e local e importacircncia significativa sob o
enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica
para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12
a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o
contexto regional e local Este modelo eacute visto como
o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de
forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes
de valores matemaacuteticos determinados para a sua
presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo
final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas existentes na ADA e AID do
empreendimento
Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009
Etapa Atividade Resultado
Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto
regional e local
Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia
Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Regional
Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Local
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Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
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Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
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191
IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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435698 km2 contando com 29980 habitantes uma
densidade demograacutefica de 6376 habkmsup2 e IDHM
de 0577 (2010) sendo a maioria residente da zona
rural distribuiacutedos em 56 povoados ndash os mais
expressivos por aacuterea territorial e ocupaccedilatildeo satildeo
Conceiccedilatildeo de Campinas Lagoa Preta Maritaacute
Apertado de Pedras e Baixa Funda
Sua economia estaacute sustentada pelos negoacutecios
agropecuaacuterios seguida dos serviccedilos e uma tiacutemida
induacutestria A produccedilatildeo de destaque na regiatildeo
destinada agrave exportaccedilatildeo eacute o milho a aboacutebora e o
feijatildeo sendo ainda encontrada a criaccedilatildeo de bovinos
e a agricultura de subsistecircncia entre a populaccedilatildeo
menos favorecida
As receitas municipais provecircm
basicamente da agricultura pecuaacuteria
avicultura e induacutestria Na agricultura o
municiacutepio eacute o quinto produtor baiano de
feijatildeo e deacutecimo de milho Os maiores
rebanhos satildeo os bovinos suiacutenos equinos e
ovinos Na avicultura destaca-se a produccedilatildeo
de galinaacuteceos (CPRM 2005)
A geologia do municiacutepio estaacute representada
por rochas Neoproterozoacuteicas da faixa de
dobramentos Sergipana que incluem metacalcaacuterios
metadolomitos intercalaccedilotildees de metapelitos e niacuteveis
subordinados de metacherts da Formaccedilatildeo Jacoca
(Grupo Miaba) metarenitos metagrauvacas filitos
siltosos filitos seixosos e quartzitos (Grupos Simatildeo
Dias e Miaba Indivisos) filitos metarenitos
metarritmitos e metagrauvacas da Formaccedilatildeo Frei
Paulo (Grupo Simatildeo Dias) metadiamictitos de
matriz grauvaacutequica filitos em parte seixoso e lentes
de quartzito (Formaccedilatildeo Palestina) e maacutermores
metarritmitos metapelitos em parte calciacuteferos e
metacherts subordinados da formaccedilatildeo Olhos
DrsquoAacutegua (Grupo Vaza-Barris)
No Municiacutepio de Paripiranga podem-se
distinguir dois domiacutenios hidrogeoloacutegicos
carbonatosmetacarbonatos e
metassedimentosmetavulcanitos o primeiro
ocupando cerca de 60 da aacuterea municipal Os
carbonatosmetacarbonatos constituem um sistema
aquiacutefero desenvolvido em terrenos com
predominacircncia de rochas calcaacuterias calcaacuterias
magnesianas e dolomiacuteticas que tecircm como
caracteriacutestica principal a constante presenccedila de
formas de dissoluccedilatildeo caacuterstica (dissoluccedilatildeo quiacutemica
de rochas calcaacuterias) formando cavernas
sumidouros dolinas e outras feiccedilotildees erosivas tiacutepicas
desses tipos de rochas Fraturas e outras superfiacutecies
de descontinuidade alargadas por processos de
dissoluccedilatildeo pela aacutegua propiciam ao sistema
porosidade e permeabilidade secundaacuteria que
permitem acumulaccedilatildeo de aacutegua em volumes
consideraacuteveis (CPRM 2005)
As cavidades estudadas localizam-se na
Proviacutencia Espeleoloacutegica do Supergrupo Canudos
(AULER et al 2001) Distrito de Lagoa Preta O
contexto regional abrange territoacuterios da regiatildeo dos
municiacutepios de Paripiranga Adustina e Faacutetima na
Bahia e do municiacutepio de Simatildeo Dias em Sergipe De
acordo com os dados pesquisados no ICMBIO-
CECAV hoje o municiacutepio de Paripiranga possui
105 cavidades naturais subterracircneas cadastradas
Pouco se sabe sobre o periacuteodo preacute-histoacuterico
da regiatildeo buscas realizadas no Cadastro Nacional
de Siacutetios Arqueoloacutegicos ndash Sistema de
Gerenciamento do Patrimocircnio Arqueoloacutegico ndash
Instituto Patrimocircnio Histoacuterico e Artiacutestico Nacional ndash
CNSASGPAIPHAN natildeo revelam nenhuma
informaccedilatildeo a respeito da localidade De acordo com
a historiografia encontrada (em grande parte textos
memorialistas) o territoacuterio era ocupado por
indiacutegenas conhecidos como ldquovermelhosrdquo que
estariam fixados as margens do Coiteacute Velho (rio
localizado na entrada da cidade vindo pelo estado
de SE) Ainda natildeo se conseguiu chegar a uma
identificaccedilatildeo cultural precisa no entanto eacute consenso
afirmar que se tratavam em termo geneacuterico dos
Tapuia No baixo Irapiranga (Vaza-barris) estavam
localizados os Tupinambaacute em terras feacuterteis Haacute
registros nos documentos oficias da presenccedila das
tribos Munguru e Ceriacaacute na regiatildeo de Jeremoabo e
dos Caimbeacute na regiatildeo de Euclides da Cunha
O processo de povoamento deste territoacuterio no
periacuteodo histoacuterico estaacute relacionado a estrateacutegia de
ocupaccedilatildeo adotada pelos portugueses das terras
interioranas do Brasil no seacuteculo XVI com guerra
declarada agrave populaccedilatildeo indiacutegena que neste processo
foi em parte exterminada e em outra escravizada
gerando um ecircxodo das populaccedilotildees nativas sertatildeo
adentro Com a adaptaccedilatildeo do sistema de capitanias
hereditaacuterias e a distribuiccedilatildeo de sesmarias novos
colonos migraram em direccedilatildeo a regiatildeo organizando-
se as primeiras fazendas e siacutetios e assim comeccedilam a
surgir as primeiras feiras para trocas comerciais
Em meados do seacuteculo XVII quando o lugar
era conhecido por Malhada Vermelha implantaram-
se as primeiras lavouras de cana-de-accediluacutecar cafeacute e
algodatildeo florescendo na regiatildeo principalmente a
cultura canavieira e seus engenhos Em 1846 o
Major Antocircnio de Menezes manda construir a
capela de Nossa Senhora de Patrociacuteneo do Coiteacute
surgindo ao redor da capela algumas casas e as
primeiras ruas
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183
No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus
engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute
Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca
de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de
Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga
Pimentel (ABREU 2007 p 20)
Nas proximidades de Paripiranga haacute grande
registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos
Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras
Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro
Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas
senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura
afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas
comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido
por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute
elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome
para Paripiranga apenas em 1931
Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no
contexto do Coronelismo surge a figura
emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais
conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que
ficou conhecido com cangaceiros contestando a
ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser
entendido como um fenocircmeno social que emana das
peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a
latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam
suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e
condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da
populaccedilatildeo
Existem registros orais da passagem de
Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio
estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo
mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a
respeito dos embates da Volante (como era chamado
o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como
eram chamados os policiais militares pelo bando de
Lampiatildeo)
Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico
estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da
Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde
seu bando teria se escondido e deixado alguns
pertences identificados pela comunidade como
tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina
de costura do bando que segundo contam foi
enterrada no lugar Existe uma romaria anual para
esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que
acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local
guarda muito respeito e alguns demonstram medo
desta gruta associando a ela maus espiacuteritos
Outro episoacutedio emblemaacutetico para a
constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a
passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais
conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas
terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem
norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-
1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo
camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos
viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889
1891 1898 para construir uma comunidade mais
justa chamada de Belo Monte na qual pudessem
fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo
De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos
os que foram para o Arraial de Canudos Laacute
construiacuteram casas tiveram filhos A grande
comunidade foi feita A cada novo dia
chegava em Belo Monte o arraial tinha esse
nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos
da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso
passou a ser uma afronta ao poder e aos
latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles
o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas
(ABREU 2007 p 30)
Em 1897 a comunidade de Canudos foi
exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio
Conselheiro era monarquista Dez mil homens do
Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias
sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho
e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns
sobreviventes do massacre foram morar como
agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias
2 METODOLOGIA
A metodologia foi dividida em duas etapas
Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e
Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da
documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de
informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de
cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao
banco de dados eletrocircnicos (digitais eou
analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas
mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de
sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros
histoacutericos locais
A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na
pesquisa arguitiva com moradores das fazendas
proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de
identificar as cavidades jaacute conhecidas pela
populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta
pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica
in loco segundo criteacuterios estabelecidos
previamente como o caminhamento
georreferenciado com o uso de aparelhos GPS
(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o
percurso principalmente nas aacutereas de maior
probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde
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184
foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees
espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo
Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as
informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das
informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e
processamento As entrevistas com moradores
locais principalmente aqueles que por
desenvolverem atividades como pesca extrativismo
vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas
matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de
estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas
que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees
proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna
ou grota
3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS
Os dados obtidos em campo satildeo apresentados
a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades
seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a
compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades
analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por
objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do
carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as
feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes
na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os
aspectos morfogeneacuteticos das cavidades
caracterizando os tipos de sedimentos identificados
no interior e no entorno delas Foram caracterizados
os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees
com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios
paleontoloacutegicos
31 Cavidades Estudadas
No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica
da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades
naturais subterracircneas no entorno da ADA e no
interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash
foram identificadas cinco cavidades Caverna do
Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi
Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior
da ADA foram identificados dois sumidouros e sete
cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do
Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I
Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do
Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)
As cavidades objeto do estudo satildeo
apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas
coordenadas geograacuteficas
Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental
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185
Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas
Cavidade Coordenadas UTM
Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094
Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038
Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006
Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036
Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986
Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101
Abismo Entupido 24 L 623058 8824017
Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133
Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107
Fenda da Costura 24 L 623047 8824006
Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024
Toca do Escondido 24 L 622749 8823926
32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas da ADA e AID
Para um melhor entendimento da importacircncia
das cavidades identificadas na ADA e na AID foi
utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)
de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
Assim procurando seguir o que determina o artigo
5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto
66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de
agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio
ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o
modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores
para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN
022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque
regional e local seguindo as especificaccedilotildees para
maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia
espeleoloacutegica
Desta forma as cavidades foram avaliadas
segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e
variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009
Assim foram atribuiacutedos valores para as
caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1
(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com
valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas
caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo
final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute
visto na tabela 2
Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e
AID nos atributos que determinam o grau de
relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar
para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional
(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do
empreendimento natildeo existem cavidades naturais
subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o
modelo adotado
Superada a primeira etapa aquela que
enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia
empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e
o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas
tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos
considerados na anaacutelise Regional e Local para
definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA
e AID
As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas
8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de
relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque
regional e local e importacircncia significativa sob o
enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica
para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12
a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o
contexto regional e local Este modelo eacute visto como
o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de
forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes
de valores matemaacuteticos determinados para a sua
presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo
final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas existentes na ADA e AID do
empreendimento
Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009
Etapa Atividade Resultado
Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto
regional e local
Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia
Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Regional
Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Local
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Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
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Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
PE
X
ER
R
AH
Z
LO
C
EC
I
TA
X
RIQ
AB
U
CO
M
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
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IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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183
No seacuteculo XVIII Paripiranga tinha os seus
engenhos Santa Cruz do capitatildeo Joseacute
Vitorino de Menezes irmatildeo de Ana Francisca
de Menezes Coiteacute de Joaquim Joseacute de
Carvalho e Lagoa Salgada de Joatildeo Fraga
Pimentel (ABREU 2007 p 20)
Nas proximidades de Paripiranga haacute grande
registro da escravidatildeo de africanos nestes engenhos
Lugares como Simatildeo Dias Cotinguiba Laranjeiras
Nossa Senhora do Socorro Maruim Santo Amaro
Rosaacuterio do Catete Japaratuba Capela tiveram suas
senzalas e ateacute hoje eacute forte a presenccedila da cultura
afro-brasileira nessa regiatildeo contando com algumas
comunidades quilombolas Em 1871 eacute estabelecido
por lei provincial o distrito de Patrociacutenio do Coiteacute
elevado a vila em 1886 transmutando-se o nome
para Paripiranga apenas em 1931
Durante a Repuacuteblica Velha (1889-1930) no
contexto do Coronelismo surge a figura
emblemaacutetica de Virgulino Ferreira da Silva mais
conhecido como Lampiatildeo e o seu bando armado que
ficou conhecido com cangaceiros contestando a
ordem poliacutetica vigente O Cangaccedilo pode ser
entendido como um fenocircmeno social que emana das
peacutessimas condiccedilotildees soacutecias nordestinas entregue a
latifundiaacuterios chamados de coroneacuteis que produziam
suas proacuteprias leis gerando um quadro de injusticcedilas e
condiccedilotildees de exclusatildeo social para a maioria da
populaccedilatildeo
Existem registros orais da passagem de
Lampiatildeo pelas terras de Paripiranga Este episoacutedio
estaacute fortemente arraigado na memoacuteria da populaccedilatildeo
mais antiga que conta histoacuterias muito curiosas a
respeito dos embates da Volante (como era chamado
o bando de Lampiatildeo) contra os Macacos (como
eram chamados os policiais militares pelo bando de
Lampiatildeo)
Alguns lugares ligados a este evento histoacuterico
estatildeo cercados de misticismo como eacute o caso da
Gruta de Lampiatildeo no povoado Ponta da Serra onde
seu bando teria se escondido e deixado alguns
pertences identificados pela comunidade como
tesouros punhais de ouro e prata aleacutem da maacutequina
de costura do bando que segundo contam foi
enterrada no lugar Existe uma romaria anual para
esta gruta na qual foi construiacuteda uma capela que
acontece no dia 25 de dezembro A populaccedilatildeo local
guarda muito respeito e alguns demonstram medo
desta gruta associando a ela maus espiacuteritos
Outro episoacutedio emblemaacutetico para a
constituiccedilatildeo da memoacuteria coletiva local foi a
passagem de Antocircnio Vicente Mendes Maciel mais
conhecido como Antocircnio Conselheiro por essas
terras Ao fundar o Arraial de Canudos na margem
norte do rio Vaza-barris durante os anos de 1893-
1897 Conselheiro saiu pelo sertatildeo reunindo
camponeses iacutendios e escravos receacutem-libertos
viacutetimas das grandes secas de 1877-1879 1889
1891 1898 para construir uma comunidade mais
justa chamada de Belo Monte na qual pudessem
fugir da miseacuteria sede e fome que assolava a regiatildeo
De Simatildeo Dias e Paripiranga foram muitos
os que foram para o Arraial de Canudos Laacute
construiacuteram casas tiveram filhos A grande
comunidade foi feita A cada novo dia
chegava em Belo Monte o arraial tinha esse
nome dado por Antocircnio Conselheiro os filhos
da escravidatildeo os sem-terra os em teto Isso
passou a ser uma afronta ao poder e aos
latifundiaacuterios os coroneacuteis da terra entre eles
o Baratildeo de Jeremoabo coronel Ciacutecero Dantas
(ABREU 2007 p 30)
Em 1897 a comunidade de Canudos foi
exterminada sob a alegaccedilatildeo de que Antocircnio
Conselheiro era monarquista Dez mil homens do
Exeacutercito Brasileiro ficaram alojados em Simatildeo Dias
sustentados pelos coroneacuteis Pedro Freire de Carvalho
e Sebastiatildeo da Fonseca Andrade Alguns
sobreviventes do massacre foram morar como
agregados na Fazenda Santa Rosa em Simatildeo Dias
2 METODOLOGIA
A metodologia foi dividida em duas etapas
Levantamento da documentaccedilatildeo da aacuterea de estudo e
Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica O Levantamento da
documentaccedilatildeo envolveu a anaacutelise detalhada de
informaccedilotildees geoloacutegicas geomorfoloacutegicas de
cobertura vegetal entre outros coletadas junto ao
banco de dados eletrocircnicos (digitais eou
analoacutegicos) a utilizaccedilatildeo de cartas topograacuteficas
mapas temaacuteticos fotografias aeacutereas imagens de
sateacutelite relatoacuterios teacutecnicos atuais e registros
histoacutericos locais
A Caracterizaccedilatildeo Espeleoloacutegica consistiu na
pesquisa arguitiva com moradores das fazendas
proacuteximas agraves aacutereas de estudo com o intuito de
identificar as cavidades jaacute conhecidas pela
populaccedilatildeo local e soacute apoacutes o resultado desta
pesquisa arguitiva foi realizado a prospecccedilatildeo fiacutesica
in loco segundo criteacuterios estabelecidos
previamente como o caminhamento
georreferenciado com o uso de aparelhos GPS
(Datum SAD 69) que objetivou o registro de todo o
percurso principalmente nas aacutereas de maior
probabilidade de ocorrecircncia do exocarste onde
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184
foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees
espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo
Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as
informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das
informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e
processamento As entrevistas com moradores
locais principalmente aqueles que por
desenvolverem atividades como pesca extrativismo
vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas
matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de
estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas
que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees
proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna
ou grota
3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS
Os dados obtidos em campo satildeo apresentados
a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades
seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a
compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades
analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por
objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do
carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as
feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes
na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os
aspectos morfogeneacuteticos das cavidades
caracterizando os tipos de sedimentos identificados
no interior e no entorno delas Foram caracterizados
os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees
com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios
paleontoloacutegicos
31 Cavidades Estudadas
No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica
da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades
naturais subterracircneas no entorno da ADA e no
interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash
foram identificadas cinco cavidades Caverna do
Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi
Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior
da ADA foram identificados dois sumidouros e sete
cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do
Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I
Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do
Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)
As cavidades objeto do estudo satildeo
apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas
coordenadas geograacuteficas
Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental
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Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas
Cavidade Coordenadas UTM
Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094
Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038
Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006
Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036
Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986
Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101
Abismo Entupido 24 L 623058 8824017
Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133
Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107
Fenda da Costura 24 L 623047 8824006
Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024
Toca do Escondido 24 L 622749 8823926
32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas da ADA e AID
Para um melhor entendimento da importacircncia
das cavidades identificadas na ADA e na AID foi
utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)
de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
Assim procurando seguir o que determina o artigo
5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto
66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de
agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio
ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o
modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores
para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN
022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque
regional e local seguindo as especificaccedilotildees para
maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia
espeleoloacutegica
Desta forma as cavidades foram avaliadas
segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e
variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009
Assim foram atribuiacutedos valores para as
caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1
(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com
valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas
caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo
final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute
visto na tabela 2
Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e
AID nos atributos que determinam o grau de
relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar
para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional
(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do
empreendimento natildeo existem cavidades naturais
subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o
modelo adotado
Superada a primeira etapa aquela que
enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia
empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e
o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas
tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos
considerados na anaacutelise Regional e Local para
definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA
e AID
As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas
8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de
relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque
regional e local e importacircncia significativa sob o
enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica
para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12
a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o
contexto regional e local Este modelo eacute visto como
o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de
forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes
de valores matemaacuteticos determinados para a sua
presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo
final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas existentes na ADA e AID do
empreendimento
Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009
Etapa Atividade Resultado
Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto
regional e local
Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia
Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Regional
Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Local
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186
Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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187
TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
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188
Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
PE
X
ER
R
AH
Z
LO
C
EC
I
TA
X
RIQ
AB
U
CO
M
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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184
foram localizadas e identificadas as feiccedilotildees
espeleoloacutegicas das cavidades objeto deste estudo
Os trabalhos de prospecccedilatildeo visaram aferir as
informaccedilotildees obtidas na fase de Levantamento das
informaccedilotildees primaacuterias e permitir seu registro e
processamento As entrevistas com moradores
locais principalmente aqueles que por
desenvolverem atividades como pesca extrativismo
vegetal ou mineral costumam se embrenhar nas
matas possuem um conhecimento da aacuterea objeto de
estudo e que auxiliou na localizaccedilatildeo de cavernas
que na regiatildeo normalmente recebem denominaccedilotildees
proacuteprias como furna lapa toca buraco gruta gruna
ou grota
3 DISCUSSOtildeES E RESULTADOS
Os dados obtidos em campo satildeo apresentados
a seguir atraveacutes da breve descriccedilatildeo das cavidades
seguido de ilustraccedilotildees que possam facilitar a
compreensatildeo e as dimensotildees das cavidades
analisadas A abordagem espeleoloacutegica teve por
objetivo descrever as caracteriacutesticas geoloacutegicas do
carste ndash tipo de rocha e controles estruturais ndash e as
feiccedilotildees geomorfoloacutegicas exoendocaacutersticas presentes
na aacuterea de estudo procurando assim relacionar os
aspectos morfogeneacuteticos das cavidades
caracterizando os tipos de sedimentos identificados
no interior e no entorno delas Foram caracterizados
os tipos de depoacutesitos sedimentares e suas relaccedilotildees
com possiacuteveis evidecircncias ou vestiacutegios
paleontoloacutegicos
31 Cavidades Estudadas
No processo de caracterizaccedilatildeo espeleoloacutegica
da ADA e AID foi possiacutevel identificar cavidades
naturais subterracircneas no entorno da ADA e no
interior da ADA No entorno ndash dentro da AID ndash
foram identificadas cinco cavidades Caverna do
Cupinzeiro Caverna do Descanso Gruta do Zumbi
Gruta do Encanto e Toca Boca de Forno No interior
da ADA foram identificados dois sumidouros e sete
cavidades naturais subterracircneas Gruta do Alto do
Morro Abismo Entupido Caverna da Presa I
Caverna da Presa II Fenda da Costura Fenda do
Maacutercio Toca do Escondido (Figura 1)
As cavidades objeto do estudo satildeo
apresentadas na tabela 1 com as suas respectivas
coordenadas geograacuteficas
Figura 1 Localizaccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas na ADA e na AID Fonte Preserv Ambiental
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185
Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas
Cavidade Coordenadas UTM
Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094
Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038
Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006
Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036
Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986
Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101
Abismo Entupido 24 L 623058 8824017
Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133
Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107
Fenda da Costura 24 L 623047 8824006
Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024
Toca do Escondido 24 L 622749 8823926
32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas da ADA e AID
Para um melhor entendimento da importacircncia
das cavidades identificadas na ADA e na AID foi
utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)
de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
Assim procurando seguir o que determina o artigo
5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto
66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de
agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio
ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o
modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores
para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN
022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque
regional e local seguindo as especificaccedilotildees para
maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia
espeleoloacutegica
Desta forma as cavidades foram avaliadas
segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e
variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009
Assim foram atribuiacutedos valores para as
caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1
(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com
valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas
caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo
final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute
visto na tabela 2
Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e
AID nos atributos que determinam o grau de
relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar
para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional
(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do
empreendimento natildeo existem cavidades naturais
subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o
modelo adotado
Superada a primeira etapa aquela que
enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia
empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e
o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas
tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos
considerados na anaacutelise Regional e Local para
definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA
e AID
As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas
8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de
relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque
regional e local e importacircncia significativa sob o
enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica
para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12
a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o
contexto regional e local Este modelo eacute visto como
o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de
forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes
de valores matemaacuteticos determinados para a sua
presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo
final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas existentes na ADA e AID do
empreendimento
Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009
Etapa Atividade Resultado
Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto
regional e local
Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia
Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Regional
Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Local
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186
Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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187
TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
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188
Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
PE
X
ER
R
AH
Z
LO
C
EC
I
TA
X
RIQ
AB
U
CO
M
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
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191
IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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185
Tabela 1 Relaccedilatildeo das cavernas estudadas
Cavidade Coordenadas UTM
Gruta do Encanto 24 L 622010 8824094
Gruta Boca de Forno 24 L 622007 8824038
Gruta do Zumbi 24 L 621931 8824006
Caverna do Descanso 24 L 621986 8824036
Caverna do Cupinzeiro 24 L 621861 8823986
Gruta do Alto do Morro 24 L 623009 8824101
Abismo Entupido 24 L 623058 8824017
Caverna da Presa I 24 L 622652 8824133
Caverna da Presa II 24 L 622655 8824107
Fenda da Costura 24 L 623047 8824006
Fenda do Maacutercio 24 L 623034 8824024
Toca do Escondido 24 L 622749 8823926
32 Classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas da ADA e AID
Para um melhor entendimento da importacircncia
das cavidades identificadas na ADA e na AID foi
utilizada a metodologia utilizada por Santos (2011)
de valoraccedilatildeo das cavidades naturais subterracircneas
Assim procurando seguir o que determina o artigo
5deg do Decreto 995561990 alterado pelo Decreto
66402008 e a Instruccedilatildeo Normativa (IN) 02 de 20 de
agosto de 2009 publicada pelo Ministeacuterio do Meio
ambiente ndash MMA foi empregado neste relatoacuterio o
modelo de matriz matemaacutetica atribuindo valores
para a existecircncia das caracteriacutesticas citadas na IN
022009 baseado na anaacutelise integrada sob o enfoque
regional e local seguindo as especificaccedilotildees para
maacutexima alta meacutedia e baixa relevacircncia
espeleoloacutegica
Desta forma as cavidades foram avaliadas
segundo a presenccedila ou ausecircncia dos atributos e
variaacuteveis de relevacircncia indicados pela IN 022009
Assim foram atribuiacutedos valores para as
caracteriacutesticas Presentes (P) com valor numeacuterico 1
(um) e para as caracteriacutesticas Ausentes (A) com
valor numeacuterico 0 (zero) O somatoacuterio destas
caracteriacutesticas eacute que vai estabelecer a classificaccedilatildeo
final de cada cavidade Um resumo desta anaacutelise eacute
visto na tabela 2
Com a classificaccedilatildeo das cavidades da ADA e
AID nos atributos que determinam o grau de
relevacircncia maacutexima (Tabela 3) foi possiacutevel avanccedilar
para classificaccedilatildeo sob a importacircncia regional
(Tabela 4) uma vez que para a ADA e AID do
empreendimento natildeo existem cavidades naturais
subterracircneas com maacutexima relevacircncia segundo o
modelo adotado
Superada a primeira etapa aquela que
enquadra com o grau de maacutexima relevacircncia
empregou-se entatildeo a classificaccedilatildeo sob a oacutetica local e
o seu respectivo grau de importacircncia (Tabela 5) Nas
tabelas 6 e 7 podem ser observados os atributos
considerados na anaacutelise Regional e Local para
definir o grau de importacircncia das cavidades da ADA
e AID
As anaacutelises podem ser observadas nas tabelas
8 9 e 10 respectivamente para o grau maacuteximo de
relevacircncia importacircncia acentuada sob o enfoque
regional e local e importacircncia significativa sob o
enfoque regional e local Apoacutes a anaacutelise matemaacutetica
para estes atributos encontra-se nas tabelas 11 e 12
a classificaccedilatildeo final de cada cavidade segundo o
contexto regional e local Este modelo eacute visto como
o que mais se aproxima de uma anaacutelise de riscos de
forma isenta pois os atributos satildeo analisados atraveacutes
de valores matemaacuteticos determinados para a sua
presenccedila ou ausecircncia facilitando a compreensatildeo
final da classificaccedilatildeo das cavidades naturais
subterracircneas existentes na ADA e AID do
empreendimento
Tabela 2 Etapas do processo de valoraccedilatildeo de cavidades segundo IN 022009
Etapa Atividade Resultado
Etapa I Anaacutelise de Maacutexima Relevacircncia em contexto
regional e local
Determinaccedilatildeo das grutas de Maacutexima Relevacircncia
Etapa II Anaacutelise em contexto regional Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Regional
Etapa III Anaacutelise em contexto local Classificaccedilatildeo preliminar das grutas em Importacircncia
Acentuada Significativa ou Baixa Local
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186
Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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187
TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
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188
Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
PE
X
ER
R
AH
Z
LO
C
EC
I
TA
X
RIQ
AB
U
CO
M
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
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191
IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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186
Etapa IV Integraccedilatildeo das anaacutelises regionais e locais Determinaccedilatildeo das grutas de Alta Meacutedia ou Baixa
Relevacircncia
Etapa V Zoneamento espeleoloacutegico Delimitaccedilatildeo de aacutereas de MR AR RM ou BR a partir da
aacuterea de influecircncia das cavidades
Tabela 3 Atributos considerados para classificaccedilatildeo de cavidades naturais subterracircneas de maacutexima relevacircncia
Sigla Atributos
GEN Gecircnese uacutenica ou rara
MOR Morfologia uacutenica
DIM Dimensotildees notaacuteveis em extensatildeo aacuterea ou volume
ESP Espeleotemas uacutenicos
ISO Isolamento geograacutefico
ABR Abrigo essencial para a preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de espeacutecies animais em
risco de extinccedilatildeo constante de listas oficiais
HAB Habitat essencial para preservaccedilatildeo de populaccedilotildees geneticamente viaacuteveis de trogloacutebios endecircmicos ou
relictos
TRO Habitat de trogloacutebio raro
INT Interaccedilotildees ecoloacutegicas uacutenicas
CAV Cavidade testemunho
HCR Destacada relevacircncia histoacuterico-cultural ou religiosa
Tabela 4 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Regional
Sigla Classificaccedilatildeo
IAR Importacircncia Acentuada Regional
ISR Importacircncia Significativa Regional
IBR Importacircncia Baixa Regional
Tabela 5 Classificaccedilatildeo da Cavidade quanto a Importacircncia Local
Sigla Classificaccedilatildeo
IAL Importacircncia Acentuada Local
ISL Importacircncia Significativa Local
IBL Importacircncia Baixa Local
Tabela 6 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Acentuada
Sigla Atributo
LOC Localidade tipo
ECI Presenccedila de populaccedilotildees estabelecidas de espeacutecies com funccedilatildeo ecoloacutegica importante
TAX Presenccedila de taacutexons novos
RIQ Alta riqueza de espeacutecies
ABU Alta abundacircncia relativa de espeacutecies
COM Presenccedila de composiccedilatildeo singular da fauna
TRG Presenccedila de trogloacutebios que natildeo sejam considerados raros endecircmicos ou relictos
EST Presenccedila de espeacutecies troglomoacuterficas
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TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
H
VO
L
EE
S
LA
G
DIV
CE
S
TR
G
ES
T
TO
B
PE
X
ER
R
AH
Z
LO
C
EC
I
TA
X
RIQ
AB
U
CO
M
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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TOB Presenccedila de trogloxeno obrigatoacuterio
PEX Presenccedila de populaccedilatildeo excepcional em tamanho
ERR Presenccedila de espeacutecie rara
AHZ Alta projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
APH Alta aacuterea de projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
VOL Alto volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidade que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
EES Presenccedila significativa de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LAG Lago ou drenagem subterracircnea perene com influecircncia acentuada sobre os atributos da cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos e espeleotemas processos de deposiccedilatildeo
CES Configuraccedilatildeo notaacutevel dos espeleotemas
INF Alta influecircncia da cavidade sobre o sistema caacuterstico
IRM Presenccedila da inter-relaccedilatildeo da cavidade com alguma de relevacircncia maacutexima
REC Reconhecimento nacional ou mundial do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
VIS Visitaccedilatildeo puacuteblica sistemaacutetica na cavidade com abrangecircncia regional ou nacional
Tabela 7 Atributos considerados para classificaccedilatildeo parcial de cavidades naturais subterracircneas sob enfoque regional e
local em Importacircncia Significativa
Sigla Atributo
SFR Presenccedila de singularidade dos elementos fauniacutesticos sob enfoque regional
MHZ Meacutedia projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma
unidade espeleoloacutegica
MPH Meacutedia aacuterea da projeccedilatildeo horizontal da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na
mesma unidade espeleoloacutegica
ADE Alto desniacutevel da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
MVL Meacutedio volume da cavidade em relaccedilatildeo agraves demais cavidades que se distribuem na mesma unidade
espeleoloacutegica
PEE Presenccedila de estruturas espeleogeneacuteticas raras
LDI Lago ou drenagem subterracircnea intermitente com influecircncia significativa sobre os atributos da
cavidade
DIV Diversidade da sedimentaccedilatildeo quiacutemica com muitos tipos de espeleotema ou processos de deposiccedilatildeo
SED Sedimentaccedilatildeo claacutestica ou quiacutemica com valor cientiacutefico
RRE Reconhecimento regional do valor esteacuteticocecircnico da cavidade
USO Uso constante perioacutedico ou sistemaacutetico para fins educacionais recreativos ou esportivos
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
RE
C
VIS
AP
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L
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G
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T
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I
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AB
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189
Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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188
Tabela 8 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades estudadas segundo atributos de
Maacutexima Relevacircncia Siglas vide Tabela 3 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Cavidade GEN MOR DIM ESP ISO ABR HAB TRO INT CAV HCR Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta
Boca de
Forno
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do Zumbi
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Descanso
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
do
Cupinzeiro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
Entupido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da Presa I
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna
da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
Costura A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do Maacutercio
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Tabela 9 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque regional segundo os
atributos de Importacircncia Regional Siglas vide Tabela 6 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome
No
ta Classif
icaccedilatildeo
Gruta do
EncantoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 IBR
Gruta Boca
de FornoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
ZumbiA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
DescansoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna do
CupinzeiroA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Gruta do
Alto do
Morro
A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Abismo
EntupidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Caverna da
Presa IIA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda da
CosturaA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Fenda do
MaacutercioA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
Toca do
EscondidoA 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBR
INF
IRM
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Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
------------------------------------------------------------------------------------ -------------------------------------------------------------------------------------- wwwcavernasorgbr sbecavernasorgbr
191
IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
icos-informacoes-completas Acessado em 31032017
MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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189
Tabela 10 Matriz de anaacutelise de relevacircncia utilizada para classificar as cavidades sob enfoque local segundo os
atributos de Importacircncia Local Siglas vide Tabela 7 P = Presente = 1 A = Ausente = 0 (SANTOS 2011)
Nome SFR MHZ MPH ADE MVL PEE LDI DIV SED RRE USO Nota Classificaccedilatildeo
Gruta do Encanto A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Gruta Boca de Forno A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Zumbi A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Descanso A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna do Cupinzeiro A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Gruta do Alto do Morro A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Abismo Entupido A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Caverna da Presa I A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Caverna da Presa II A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Fenda da Costura A 0 A 0 A 0 P 1 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 1 ISL
Fenda do Maacutercio A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Toca do Escondido A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 A 0 0 IBL
Tabela 11 Classificaccedilatildeo para as Grutas da AID
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Encanto IBR ISL ISL
Toca Boca
de Forno IBR IBL IBL
Gruta do
Zumbi IBR IBL IBL
Caverna do
Descanso IBR IBL IBL
Caverna do
Cupinzeiro IBR IBL IBL
Tabela 12 Classificaccedilatildeo para as Grutas da ADA
Nome Contexto
Regional
Contexto
Local Classificaccedilatildeo
Gruta do
Alto do
Morro
IBR ISL ISL
Abismo
Entupido IBR ISL ISL
Caverna da
Presa I IBR IBL IBL
Caverna da
Presa II IBR IBL IBL
Fenda da
Costura IBR ISL ISL
Fenda do
Maacutercio IBR IBL IBL
Toca do
Escondido IBR IBL IBL
4 CONCLUSOtildeES
O municiacutepio de Paripiranga devido as suas
caracteriacutesticas geomorfoloacutegicas possui uma
propensatildeo significativa a existecircncia de cavidades
naturais subterracircneas Ateacute o presente momento o
Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia ndash
GMSE conseguiu registrar junto ao
CECAVICMBIO aproximadamente 105 cavidades
Mesmo considerando-se que a maior parte deste
patrimocircnio espeleoloacutegico eacute composto por cavernas
de pequeno porte haacute nele um nuacutemero consistente de
abismos alguns com profundidade variando entre
15 e 30 metros
Assim apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos em
campo e destacando a importacircncia da sua
localizaccedilatildeo geograacutefica pode-se pocircr em relevacircncia os
seguintes pontos
por apresentarem as melhores condiccedilotildees de
deslocamento e principalmente de espaccedilo foram
topografadas trecircs cavidades uma na AID (Gruta
do Zumbi) e duas na ADA (Gruta do Alto do
Morro e Gruta da Presa I) Os mapas estatildeo no
Anexo
confrontando-se os dados obtidos em campo
com o disposto na IN-002 do ICMBIO concluiu-
se que as cavidades identificadas no interior da
ADA ndash Gruta do Alto do Morro Gruta da Presa
Gruta da Presa II Abismo do Lixo Fenda da
Costura Fenda do Maacutercio e Toca do Escondido
ndash enquadram-se como cavidades naturais
subterracircneas com grau de relevacircncia baixo
conforme o disposto no Artigo 6deg Inciso II e
Artigos 11 e 12
Art 6deg Entende-se por cavidade natural
subterracircnea com grau de relevacircncia baixo
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190
aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
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MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
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aquela cuja importacircncia de seus atributos
seja considerada
I ndash significativa sob enfoque local e baixa
sob enfoque regional ou
II ndash baixa sob enfoque local e regional
(hellip)
Art 11 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque local natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Art 12 Quando a configuraccedilatildeo de
atributos sob enfoque regional natildeo for
considerada de importacircncia acentuada ou
significativa seraacute por exclusatildeo considerada
de importacircncia baixa
Recomendou-se levar adiante os estudos de
cunho paleontoloacutegico e bioespeleoloacutegico para
conclusatildeo dos dados relativos ao dossiecirc das
cavidades situadas dentro da ADA
Para as cavidades da AID que foram
topografadas apoacutes o cruzamento das
informaccedilotildees obtidas em campo com o disposto
na IN-002 do ICMBIO concluiu-se que estas
cavidades ndash Caverna do Encanto Caverna do
Cupinzeiro Caverna Boca de Forno Gruta do
Zumbi e Gruta do Descanso ndash enquadram-se
tambeacutem como cavidades naturais subterracircneas
com grau de relevacircncia baixo conforme o
disposto no Artigo 6deg Inciso II e Artigos 11 e
12
Para as demais cavidades que estatildeo situadas
fora da ADA ndash e dentro de um raio miacutenimo de
ateacute 250 m da ADA ndash recomendou-se
a topografia completa das cavidades
o levantamento da fauna e flora caverniacutecola
atraveacutes de estudos de bioespeleologia
a apresentaccedilatildeo dos resultados dos estudos do
conjunto das cavernas da ADA AID e AII agrave
comunidade de Paripiranga atraveacutes de um
programa de divulgaccedilatildeo com a realizaccedilatildeo de
palestras nas escolas da regiatildeo e para a
populaccedilatildeo em geral do municiacutepio Esta atividade
foi indicada como ldquoEspeleologia Puacuteblicardquo ndash uma
praacutetica emprestada das pesquisas de
Arqueologia quando ao final das atividades eacute
sempre realizada a apresentaccedilatildeo dos resultados agrave
populaccedilatildeo e empregado o termo de Arqueologia
Puacuteblica para caracterizar o evento ndash e
acompanhada da produccedilatildeo de materiais
educativos como cartilhas e cartazes para serem
distribuiacutedas nas escolas com a finalidade de
despertar na populaccedilatildeo a importacircncia da
preservaccedilatildeo do patrimocircnio espeleoloacutegico da
regiatildeo de Paripiranga Esta medida fez parte das
propostas mitigadoras e compensatoacuterias a serem
realizadas pelo empreendedor em relaccedilatildeo aos
impactos causados pela atividade mineradora ao
patrimocircnio espeleoloacutegico do municiacutepio
despertando a consciecircncia de preservaccedilatildeo do
meio ambiente entre a os moradores da zona
rural
Ainda dentro das conclusotildees a respeito do
estudo realizado observou-se que o uso de uma
matriz de valoraccedilatildeo conforme o proposto por
Santos (2011) facilitou a anaacutelise dos dados
referentes agraves cavidades e agilizou o trabalho de
laboratoacuterio demonstrando ser esta metodologia de
valoraccedilatildeo bastante vaacutelida para o enquadramento de
outras cavidades dentro de aacutereas de mineraccedilatildeo
AGRADECIMENTOS
A UESC e agrave UNEB pelo apoio Institucional
ao Grupo Mundo Subterracircneo de Espeleologia pelo
apoio logiacutestico e agrave Preserv Ambiental ndash Soluccedilotildees
Integradas em Meio Ambiente pelo financiamento
do projeto
REFEREcircNCIAS
ABREU O Professor exemplo de vida Cenaacuterios de Histoacuteria Simatildeo DiasSE ParipirangaBA LagartoSE
Aracaju J Andrade 2007
AULER A RUBBIOLLI E BRANDI R As grandes cavernas do Brasil Belo Horizonte Grupo Bambuiacute
2001
CPRM Serviccedilo Geoloacutegico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por aacutegua subterracircnea
Diagnoacutestico do municiacutepio de Parazinho estado do Rio Grande do Norte Organizado [por]
Mascarenhas Joatildeo de Castro et al Recife CPRMPRODEEM 2005
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga
ANAIS do 34ordm Congresso Brasileiro de Espeleologia Ouro Preto MG 13-18 de junho de 2017 ndash Sociedade Brasileira de Espeleologia
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IBGE Portal IBGE Cidades Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292380ampsearch=bahia|paripiranga|infograf
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MMA ndash Ministeacuterio do Meio Ambiente Gabinete do Ministro Instruccedilatildeo Normativa nordm 2 de 20 de agosto de
2009 Dispotildee sobre a metodologia para classificaccedilatildeo do grau de relevacircncia das cavidades naturais
subterracircneas Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia 21 de agosto de 2009 Seccedilatildeo 1 n 160 p 68-71
SANTOS T F Zoneamento espeleoloacutegico nas adjacecircncias da Mina da Pedreiras Contagem Ltda
Sobradinho DF Belo Horizonte GEOEMP 2011
Anexo
Figura AI Gruta do Zumbi
Figura AII Gruta do Alto do Morro
Figura AIII Gruta da Presa I
i Coordenadas estabelecidas na parte central da praccedila da Igreja Matriz de Paripiranga