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MESTRADO MIPA FAUP 2007

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OA - SRN – CICLO 3R REABILITAR / REUTILIZAR / RECICLAR – PORTO, OUTUBRO, 2008

José Aguiar, FAUTL

técnicas de pintura mural

PINTURA COM SILICATOS DE POTÁSSIO

constituídas por água, aglutinante inorgânico (silicato de potássio), geralmente com baixa percentagem de aglutinantes orgânicos (polímeros, geralmente um acrílico com percentagem não superior a 5%), com cargas ( caulinos) e pigmentos tratados (inorgânicos).

PINTURAS COM SILOXANOSVariantes dos silicones, que podem ser carregadas com pigmentos inorgânicos (terras) obtendo-se um efeito plástico muito similar ao de algumas tintas de cal.


José Aguiar, FAUTL

2 PORQUE DESAPARECEU A COR DA ARQUITECTURA?


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José Aguiar, FAUTL

A concentração no purismo geométrico e

formal do espaço é acompanhada de

uma recusa do ornamento e da cor,

mesmo perante as provas arqueológicas.

Partenon, foto: Czako. Em: Alexander Tzonis; Phoebe Giannisi,

Architecture Grecque Classique. La construction de la Modernité. Paris, Flamarion,

2004

RECUSA DA COR DO NEOCLASSICISMO AO MODERNISMO RADICAL


José Aguiar, FAUTL

NÃO À COR: A CROMOFOBIA DO SÉCULO XX

Ruskin: a “verdade” arquitectónica dos materiais constitutivos vs. o “falso” dosfingidos (e dos revestimentos).

«But in architecture another and a less subtle, more contemptible, violation of

truth is possible ; a direct falsity of assertion respecting the nature of material, or

the quantity of labor, and this is, in the full sense of the word, wrong ; it is as

truly deserving of reprobation as any other moral delinquency;» p.28.

«(…) we can command an honest architecture: the meagreness of poverty

may be pardoned, the sternness of utility respected ; but what is there but scorn

for the meanness of deception ?

VI. Architectural Deceits are broadly to be considered under three heads:1st. The suggestion of a mode of structure or support, other than the true one ;

as in pendants of late Gothic roofs.

2d. The painting of surfaces to represent some other material than that of which

they actually consist (as in the marbling of wood), or the deceptive

representation of sculptured ornament upon them.

3d. The use of cast or machine-made ornaments of any kind.», p. 29, etc.


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José Aguiar, FAUTL

ORNAMENTO E DELITO

ADOLF LOOS:ORNAMENT UND VERBRECHEN(I am preeching to the aristocrat!) «The modern man whotattoos himself is either a criminal or a degenerate!» (p.19).

«O único lugar para o Ornamento [em Arquitectura] ...é oCampanário e o Cemitério!».

“A evolução da cultura é sinónimo da supressão de ornamentos nosobjectos de uso quotidiano.” “Não só a ornamentação é produzidapor criminosos como também comete um crime ela própria pelograve prejuízo que causa à saúde humana, à economia natural e aodesenvolvimento cultural.”Adolf Loos,1908, cit. em Hanno Walter Kruft “A History of Architectural Theory”, p. 366

David Beckham


José Aguiar, FAUTL

ADOLF LOOS: ORNAMENT UND VERBRECHEN

Ludwig Wittgenstein

Adolf Loos


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José Aguiar, FAUTL

UMA ESTÉTICA PURISTA E SEM COR

Le CORBUSIER - «l´architecture est le jeu savant, correct et

magnifique des volumes assemblés sous la lumière.»Em: Vers une architecture, 1923


José Aguiar, FAUTL

Porque perdeu cor a Arquitectura? A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O HIGIENISMO URBANÍSTICO DE OITOCENTOS


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José Aguiar, FAUTL

PORQUE A ARQUITECTURA PERDEU COR?IDEOLOGIA: COMO O RURALISMO NACIONAL-MINIMALISTA DO FASCISMO (O PORTUGUÊS SUAVE)

1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família” .....Autoridade! Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!


José Aguiar, FAUTL

1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família” .....Autoridade!Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!

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José Aguiar, FAUTL

PORQUE A ARQUITECTURA PERDEU COR?O HIGIENISMO MONOCROMÁTICO DA ARQUITECTURA MODERNAO Branco Moderno e a renovação urbana depois da IIGG.


José Aguiar, FAUTL

Corbusier: Plan Voisan (substituindo Paris por meia dezena de torres, e as Unité´s)!

The New Urbanism did not liked “Old Towns”!


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José Aguiar, FAUTL

Hoje começamos a redescobrir por todo o lado, que, afinal, as catedrais não eram brancas mas sim policromas!

Le Corbusier, Quand les cathédrales étaient blanches. Voyage Au

Pays Des Timides, Paris: Plon, 1937.

Le Corbusier: Quando as catedrais eram brancas, e Voyage D‘Orient (livro de esquiços).

Os monumentos (clássicos) tomados como fantásticas máquinas estéticas de pedra, produto de uma racionalidade pura ….e branca!

Mas …na verdade os antigos monumentos dessa arquitectura clássica, praticamente todos eram ornamentados e utilizavam a cor.


José Aguiar, FAUTL

Os antigos monumentos (clássicos), eram ornamentados e tinham cor

A NÃO COR DO NEOCLASSICISMO RADICAL (a recusa da cor, mesmo peranteprovas arqueológicas)

Olímpia, Foto: Wagner. Em Alexander Tzonis; Phoebe Giannisi, Architecture Grecque Classique. La

construction de la Modernité. Paris, Flamarion, 2004


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José Aguiar, FAUTL

Jacques-Ignace Hitthorf (Colonia, 1793 - Paris, 1867): Reconstituição do Panteão de Roma,1822; Restituição de uma antiga Basílica Romana!

A Moderna interpretação da tradição clássica (e dos templos clássicos) como máquinas acromáticas de estética tectónica é falsa (i.e. a Lâmpada da Verdade, de Ruskin parte de uma mentira!)!


José Aguiar, FAUTL

1868 – Lawrence Alma-Thadema, Phidias Showing the Frieze of the Parthenon to his Friends, 1868. Argamassas com ornamentos, Paestum.


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José Aguiar, FAUTL

PORQUE ESQUECEMOS A COR? CHROMOPHOBIA!An Occidental pathology, says David Batchelor (Reaktion Books, 2000)

Sevilha, Turim, Veneza

O pensamento Ocidental, desde a Antiguidade, teme a inquietude da cor, exaltando o abstracto da “inteligência” que atribui ao desenho.Repare-se no ensino das artes plásticas a ordem operativa hierarquizada que nos levava da “invenção”, através do “desenho”, ao “chiaroscuro” e, só depois, à “cor”.Presunção de um “desenho-ordem” que se oporia a uma, mais diletante, “cor-caos”, uma “cor-droga” que intoxica, que é instável, que confunde e desfoca; a cor toma-se como uma ameaça que descontrola a “clareza” do raciocínio; enfim, a cor que conduz à perda da “graça” (ou ao seu ganho, se partilharmos de perspectivas transgressoras e pós-modernas).


José Aguiar, FAUTL

Como descreve Batchelor, a cor ainda se toma HOJE, na arquitectura, como algo de perigoso ou de trivial, e certamente corruptor de uma cultura “mais séria”!Cor situada (pelos discurso moralista da arquitectura tardo-moderna) entre o reles e o patológico, algo de superficial, de suplementar, de não essencial e portanto de ordem decorativa e cosmética.

A COR AINDA É PERIGOSA E GROTESCA (para uma cultura mais séria)?


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José Aguiar, FAUTL

3 from “less is more” to “less is bore”!

O FIM DO MODERNO E A PÓSMODERNIDADE


José Aguiar, FAUTL

Le CORBUSIER do branco para a riqueza da policromia! Fotos: A. Coelho

«Le Vieux est fous!»




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José Aguiar, FAUTL

ANOS 80 E 90: o confronto entre a “violência da trivialidade cromática pós-moderna” e o “arquitectura racionalista e branca” dos neo-modernismos, uma oposição formal e ideológica marcada por excessos em (da) cor e da pouca cor de uma só cor (o branco).

From “less is more” to “less is bore”! A Cor no tempo pós-moderno!


José Aguiar, FAUTL

From “less is more” to “less is bore”! A reconciliação com a cor:

POP vs. HIGH TECH vs. DESCONSTRUTIVISMORem KOOLHAAS; Norman FOSTER; Alessandro MENDINI, COLOURS.Basileia: Birkuauser, 2001

Alessandro Mendini

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