oficina/ minicurso - desleituras.uneb.br · podem ser capazes de hibridizar o modelo de sala de...
TRANSCRIPT
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
II COLÓQUIO
DESLEITURAS EM SÉRIE
OFICINA/ MINICURSO
17 a 19 MAIO 2017
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
17/05 – QUARTA
OFICINAS
LETRAMENTO ACADÊMICO RITOS E RITUAIS NAS PRÁTICAS DE ESCRITA
Rúbia Mara de Sousa Lapa (UFBA -FACED)
O ensino de língua portuguesa pautado em uma perspectiva sociointeracionista e/ou
discursiva de linguagem não se limita a um trabalho com a leitura como mera
decodificação de signos linguísticos, nem a escrita como atividade escolar, voltada
exclusivamente para a percepção do domínio da norma culta. Assim, busca-se uma
situação com olhar diferenciado e independentemente dos usos da linguagem. De
forma contrária, busca desenvolver os usos da linguagem e as várias esferas sociais
em que as práticas de letramento se materializam de acordo com as exigências do
contexto.
Palavras-Chave: Contexto, Produção, Escrita Autorizada e Perspectivas.
O MUNDO NA PALMA DA MÃO: APRENDIZAGEM HÍBRIDA POR MEIO DE APPS
Josiane da Cruz Lima Ribeiro (UNEB)
Rodrigo dos Reis Nunes (UNEB)
Muitos de nós estamos imersos no mundo cercado pelas tecnologias, pela cultura
móvel, por meio da cibercultura estabelecemos uma coesão entre a vida social,
celulares e a internet. O contexto educacional, em qualquer modalidade de ensino, é
impactado pela entrada dos aparatos tecnológicos no ambiente educativo,
principalmente pelos celulares e tablets que estão apensos aos corpos dos usuários
como uma extensão em potencial. Com essa propagação das tecnologias digitais,
podemos aproveitar suas potencialidades para que a educação deixe de se centrar no
professor e passe a se centrar na ação do sujeito, para Saccol, Schlemmer e Barbosa
(2011), precisamos repensar a forma de estruturação e organização dos currículos –
que ainda são lineares e fragmentados e sugerem a m-learning (aprendizagem móvel)
e a u-learning (aprendizagem ubíqua) como formas de aprendizagem que envolvem o
perfil dos nativos digitais.Assim, repensar a aprendizagem na perspectiva híbrida
envolve reflexões acerca do que já temos como prática educativa em sala de aula e do
que pode ser ‘inovado’ com a inclusão dos artefatos móveis e suas potencialidades.
Tendo os dispositivos móveis (celulares ou tablets) como suporte, os aplicativos
podem ser capazes de hibridizar o modelo de sala de aula, contribuindo para uma
aprendizagem personalizada, pois podem ser interativos, oportunizar o trabalho em
equipe e, consequentemente, ter um relevante potencial educativo.
Palavras-Chave: Aprendizagem, Tecnologia, aplicativos.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
OFICINA DE TÉCNICA VOCAL E PREPARAÇÃO DE REPERTÓRIO MUSICAL DO
TROPICALISMO, COM UM OLHAR SOBRE A POLÍTICA DA ÉPOCA, ESTRUTURAS E
FORMAS MUSICAIS DESSE MOVIMENTO.
Paulo Barbosa Fontes (UFBA)
Esta Oficina visa o aperfeiçoamento vocal, sob a ótica do Canto, com abordagens sobre o
Aparelho Fonador, Respiração Diafragmática, Prática de Vocalizes, Classificação Vocal e
Preparação de Repertório Temático Individual e Coletivo. A Temática escolhida é de suma
importância para o ambiente acadêmico, visto que, o Tropicalismo foi um movimento de
vanguarda nascido exatamente nesse ambiente, e que teve papel importante nas esferas
sociais, estudantis, artísticas e politicas da época. A estética desse Movimento foi permeada
por novas e revolucionárias performances, principalmente na música e na literatura. Na música,
a influência dos estilos contemporâneos nascidos nas escolas europeias, a chamada Música
Nova e suas variadas correntes, ficaram bem clara nas obras de grandes compositores como:
Caetano Veloso, Gil e Tom Zé, como também, elementos da cultura tradicional brasileira, foram
relevantes para a aceitação das produções musicais desse estilo. Na literatura, grandes e
revolucionários poetas e escritores influenciaram os Tropicalistas, na sua forma de compor as
letras de suas músicas, com uso de elementos das Poesias Concreta e Marginal. Na Oficina,
serão preparadas e interpretadas, algumas das principais canções do referido Movimento
Cultural. A Oficina será ministrada com 04 tópicos principais: a) Técnica Vocal,
b) Ensaio de Repertório, c) Recital de Canto e d) Apreciação Poética.
Para obtenção de um resultado satisfatório, essa Oficina será realizada em 02 dias, 04 horas,
totalizando 12 horas.
Palavras-Chave: Tropicália, Técnica Vocal, Performances, Canto
OFICINA DE IDEIAS : CORTE E COSTURA E OUTRAS ARTES
Tainã Milena Aristóvolo
É importante observar que desde a época das avós, a moda buscou
referências na história e que tal processo é exercido até os dias de hoje por
essas mulheres costureiras. Contudo, compreendemos no campo da moda, de
que todas as criações e inovações possuem uma base ou origem pessoal,
hereditária e individual na história, nos temas e nas referências que fomentam
seu desenvolvimento. Através da arte de corte e costura que é perpassada
através das gerações como pratica cotidiana feminina, a oficina de “Corte e
Costura como Arte Possível, vislumbra romper paradigmas e preconceitos
sobre a arte e permitir uma discussão conjunta entre a sociedade, o sertão, a
moda, a história das mulheres e sua multidisciplinaridade, com o objetivo de
descobrir e desenvolver habilidades na área de corte e costura. Palavras chave: Costura, Moda, História, Arte.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
18/05 – QUINTA
MINICURSOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSAMENTO DE LINGUAGEM NATURAL COM
PYTHON
Davi Alves Oliveira (UNEB) A Linguística de Corpus utiliza a análise de grandes quantidades de textos,
constituintes de um corpus linguístico, na descrição e análise estatística de fenômenos linguísticos. Através da descrição de frequência de palavras,
concordância (concordance), colocações (collocations), por exemplo, é possível perceber padrões na língua, o que pode ter as mais variadas aplicações em diferentes campos do conhecimento. O presente minicurso
objetiva apresentar aos participantes os métodos de construção e análise de corpora linguísticos com o uso na biblioteca NLTK (Natural Langauge
Toolkit, http://www.nltk.org/) da linguagem de programação Python (https://www.python.org/). Para tal, serão utilizados procedimentos descritos por Bird, Klein e Loper (2009). Além disso, considerando os
benefícios levantados por autores como Baker et al. (2008) e Cheng (2013) sobre a utilização da Linguística de Corpus na pesquisa em Análise Crítica
do Discurso, serão apresentados exemplos de corpus construídos e analisados para fins de pesquisa nessa área.
Palavras-Chave: Processamento de Linguagem Natural, Linguística Computacional.
UMA RELEITURA DO DISCURSO DO PROCESSO FORMATIVO DO
EDUCADOR NA DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA
Alex de J. Oliveira
Rubia Mara de Sousa Lapa Cunha A proposta desse minicurso visa problematizar a formação do educador em
seu cotidiano de sala de aula durante a Ditadura Civil-Militar. A ideia é a partir do campo discursivo/linguístico de análise tentar compreender as
releituras do processo formativo/formador do educador pelas memórias/narrativas do mesmos buscando identificar comportamentos e posturas no período da Ditadura Civil-Militar no Brasil, especificamente na
Bahia entre os anos de 1971-1985. (MAINGUENEAU, 2005); FIORIN (1988)
Palavras-Chave: Releituras, Formação, Educador, Ditadura Militar.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
“AQUELE UM”: UM PALIMPSESTO DE CALEIDOSCÓPIOS OU UM
GESTO AUTO-DESLEITURA COMO AUTO-DESESCRITA E AUTO-EDIÇÃO
Abilio Pacheco de Souza (Universidade Federal do Pará / UNICAMP)
Aquele um é o título do último romance de uma tetralogia escrita por Benedicto Monteiro, autor da Amazônia Paraense. O livro é, entretanto,
resultado da matéria textual publicada nos três volumes anteriores, mas também se relaciona com outros dois livros do mesmo autor: um livro de contos – O carro dos milagres – e uma novela – Como se faz um
guerrilheiro (derivando material textual do primeiro e derivando material textual que resulta no segundo). De modo que a efetiva escrita de três
romances e três contos, resultam na publicação de seis livros. Os três primeiros romances da tetralogia apresentam uma montagem caleidoscópica (Pacheco, 2009): constituída por dois narradores que se
alternam em contra-canto (Pacheco, 2014) (um culto urbano diferente a cada volume e um mesmo narrador caboclo nos três volumes) além farto
material de origens diversas (cartas, letras de canções, relatórios, depoimentos, citações literárias e teóricas, transcrições de rádio, notícias de
jornal, etc,). A publicação de Aquele um, entretanto, consiste na transcrição (quase sem alterações) apenas das falas do narrador regional (de nome Miguel dos Santos Prazeres, vulgo Cabra da Peste, vulgo Afilhado do Diabo).
O livro é considerado por seu autor sua obra mais importante (Monteiro, 2003). Pretendemos analisar como o gesto do autor é também um ato de
(des)leitura e de auto-edição, que explora a potencialidade dos textos primeiros de modo a atualizá-los (Agamben, 2012) na publicação de Aquele um ou considerá-los, em parte, como material descartável, resíduo,
rascunho, ou borrão, já que todo o material de origens diversas e também as falas dos narradores urbanos são excluídos para a publicação do quarto
volume. Curiosamente, há material textual que aparece em três dos seis livros (repetido ipsis litteris); por outro lado, entretanto apenas a novela Como se faz um guerrilheiro e o romance Aquele um não apresentam
material literário ‘novo’, inédito em relação aos demais. O complexo trânsito do material literário de um livro para outro demanda leituras e posturas
diferentes por parte dos leitores e faz uma provocação inusitada para a crítica já que o processo de apropriação desviante (desleitura conforme Bloom, 1995) neste autor ocorre primordialmente de modo autofágico. De
certo modo, as montagens caleidoscópicas dos três volumes iniciais passam por um processo de auto-edição e resultam num palimpsesto aberto.
Palavras-Chave: Literatura Infaltil e Juvenil, desenvolvimento, participação.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
A LITERATURA INFANTO JUVENIL NA FORMAÇÃO DE LEITORES
Ilauanna Teles Silva (UNEB)
A Literatura Infantil e Juvenil é um tema indispensável a ser trabalhado na sala de aula, uma vez que este contribui com o desenvolvimento da criança
em seus aspectos pessoal, psicológico, e cultural. Objetiva-se com esse minicurso, compreender a Literatura como elemento contribuinte do
desenvolvimento infantil, perceber suas contribuições na educação infantil, discutir a importância da leitura e da contação de histórias e contextualizar a Literatura Infantil Juvenil e. Além disso, através de das oficinas
desenvolvidas no minicurso, o profissional da educação se capacitará a desenvolver materiais específicos para o público infantil e juvenil. A
discussões serão com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais e norteadas por afirmações de Santana (2010), Duarte Albino (2009), Castro (2004), Lajolo (2002). Teremos aula expositiva e discutida, tendo como
avaliação a participação e o desenvolvimento nas atividades propostas.
Palavras-Chave: Literatura Infaltil e Juvenil, desenvolvimento, participação.
VALENTINA VAI ALÉM: UMA DESLEITURA DE ASSEMBLEIA DE
MULHERES, DE ARISTÓFANES
Ana Maria César Pompeu (UFC)
Assembleia de Mulheres (393/2 a.C.) é a décima peça que nos chegou de Aristófanes, único comediógrafo da Comédia Antiga Grega que nos deixou
textos completos (onze comédias, das aproximadamente quarenta que teria composto). É, no entanto, a primeira do século IV a.C. e apresenta
modificações formais importantes em relação às comédias do século V a.C., fazendo uma transição para a Comedia Intermediária ou Média Grega. As principais mudanças se dão na participação do coro, que, apesar de dar
nome à peça, Ekklesiazousai, “As mulheres que se reúnem em assembleia”, tem uma substancial redução nas intervenções. É a primeira peça que não
traz a parábase, longo interlúdio coral em que o poeta, através do coro, se dirigia ao público do teatro ateniense, aconselhando-o, censurando-o, fazendo o próprio elogio em relação aos concorrentes e pedindo o voto, pois
se tratava de um concurso de comédias, no festival de Dioniso. Praxágoras, a protagonista, havia combinado com as outras mulheres em um festival
feminino que elas conseguiriam barbas postiças, as roupas de seus maridos e tentariam tomar um pouco mais de sol, para poderem participar da Assembleia popular, que era interdita às mulheres. Lá elas proporiam
entregar o governo da cidade às mulheres e votariam pela aprovação da proposta. Tudo correndo como combinado, elas promovem uma verdadeira
comunhão de bens entre todos os cidadãos de Atenas. A comunhão, no
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
entanto, atinge também a família, pois não haverá mais mulheres e filhos para cada cidadão individualmente, mas para todos. As mulheres serão
comuns a todos os homens. Haverá prioridade para as feias sobre as belas, nas questões sexuais. Não haverá reconhecimento dos pais pelos filhos, as
crianças julgarão seus pais todos os homens que tiverem idade para isso. Também não haverá mais questões judiciais, pois ninguém terá necessidade de contrair dívidas ou de roubar. Em português, temos duas traduções mais
difundidas da peça: uma de Portugal, de Maria de Fátima Sousa e Silva, As mulheres no Parlamento, e outra do Brasil, de Mário da Gama Kury, A
revolução das mulheres, ambas de 1988. A tradução brasileira, apesar de fluente, contém cortes e significativas alterações no final da peça, comprometendo sua interpretação. Os dezoito versos iniciais do monólogo
de Praxágora foram cortados da tradução de Mário da Gama Kury, que traduz Praxágora por Valentina. Trata-se de uma apologia à lamparina,
como uma confidente dos segredos femininos, sejam eles amorosos, de depilação, que era feita com as chamas da lamparina, ou de assalto à despensa (em vez da geladeira de hoje), especialmente pelo vinho, a que
as mulheres na comédia são extremamente apegadas. Neste minicurso, analisaremos as duas traduções referidas, com ênfase na atuação de
Valentina, que continua em cena e atua na conclusão da peça, na versão de Mário da Gama Kury, que reler e reescreve (Agamben, 2012; Bloom, 1995)
o texto de Aristófanes, em que a protagonista é retirada da cena final. Palavras-Chave: Aristófanes, desleitura, Assembleia de Mulheres, Valentina
ENSINO DE LITERATURA NO CONTEXTO DA SURDEZ:
ACESSIBILIDADE E POLÍTICA LINGUÍSTICA
Alessandra Gomes da Silva (INES) O minicurso propõe refletir acerca do papel da leitura literária no contexto
da educação de surdos. Levaremos em conta a diferenciação de que nossos alunos são usuários da língua de sinais e aprendem a modalidade escrita da
língua portuguesa como segunda língua (Skliar, 1998; Sales et al., 2004; entre outros), devendo transitar no universo da cultura letrada, considerada ainda principal ‘veículo’ para a produção/difusão dos textos literários. Além
disso, pretendemos discutir a inserção de diferentes suportes e linguagens, que caracterizam nossa sociedade multissemiótica (Rojo, 2009), no ensino
de leitura e, sobretudo, no trabalho com as narrativas literárias. Assim, a partir de discussões teóricas e uma proposta de atividade prática, visamos construir, junto aos participantes do curso, alternativas para os possíveis
desafios encontrados na formação de leitores surdos na educação básica.
Palavras-Chave: Leitura, Literatura, Surdez
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
CONHECENDO DIONNE BRAND: LITERATA E ATIVISTA
Lourdes Silva Modesto Alves (UNEB)
Neste minicurso, de 4h, proponho apresentar um pouco da obra de Dionne Brand. A autora caribenha-canadense tem produzido uma obra a respeito
da mulher negra na cidade contemporânea que merece atenção. Tanto sua poesia como sua prosa tratam de questões do feminismo negro e pós-
colonial de uma forma forte, vibrante e atual. Pretendo guiar a leitura aproximada de excertos dos livros Ossuaries (2010), What we all long for (2005), A map to the door of no return (2001) e Bread out of stone (1999),
e também encorajar discussões a respeito dos textos em questão.
Palavras-Chave: Dionne Brand, Pós-colonialismo, Feminismo.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
19/05 – SEXTA
A PROBLEMÁTICA FEMININA NA OBRA DE LYA LUFT: ENTRE A
TRADIÇÃO E A RUPTURA
Rosana Carvalho da Silva Ghignatti (UNEB - CAMPUS XXII)
O presente minicurso tem por finalidade abordar as representações femininas na obra de Lya Luft, especificamente Exílio (2005), A asa
esquerda do anjo (1991) e Quarto fechado (1989). Para isso, serão analisadas algumas questões relacionadas ao estudo de gênero, contextualizando o feminismo no Brasil e a relação da literatura de autoria
feminina com o contexto de produção e recepção destas obras. Pretende-se, nesse estudo, fazer uma análise das personagens de Lya Luft, que
romperam ou não com o regime patriarcal e suas possíveis consequências deste rompimento ou subjugação. Como aporte teóricos, utilizaremos os estudos de Elódia Xavier (1998); Helena Parente Cunha (1999); Mary Del
Priore (2007) e Ruth Brandão (2006).
Palavras-Chave: Movimento feminista, Literatura de autoria feminina, Lya Luft.
INCLUIR COM ARTE
Kátia Cristina Novaes Leite (APAE)
Por ser a escola um espaço de aprendizagem provocador de possibilidades reflexivas e do diálogo, incentivadora do respeito às diferenças, garantindo
a liberdade de expressão das práticas vivenciadas por seus alunos com deficiência ou não, para ampliar suas possibilidades frente aos desafios do mundo e da sociedade modernas, o presente Minicurso pretende discutir
caminhos na prática cotidiana escolar que impulsionem os processos de ensinar e aprender artes na escola inclusiva. Pretende permitir ao professor
experimentar recursos didáticos pedagógicos em artes visuais que flexibilizam e quebram paradigmas no processo de ensinar e aprender artes, de modo que os conteúdos sejam significativos a todos os alunos.
Objetiva-se ainda compreender e tomar ciência das múltiplas relações que podem ser estabelecidas entre a disciplina de artes, por meio da mediação
dos conteúdos em artes visuais e as experiências cotidianas dos alunos. A proposta será conduzida por meio de estudo dirigido, exposições participadas, apreciação de arte, recriação e roda de conversa reflexiva. A
discussão proposta tem aporte teórico em Barbosa (1991; 1998; 2007), Buoro (1996) e Vygotsky (1988; 2001; 2003; 2010).
Palavras-Chave: Artes Visuais, Experiências artísticas, Aprendizagem, Inclusão escolar.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
HIPERTEXTO, HIPERMÍDIAS E LEITURA HIPERTEXTUAL NO ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Igara Silva Oliveira (UNEB)
Os PCNs (2000) estabelecem que as línguas estrangeiras modernas devam ser ensinadas dentro de uma perspectiva interdisciplinar e relacionadas com
contextos reais de aprendizagem. Além disso, também recomendam que as tecnologias da comunicação e informação e o estudo das mesmas devam
fazer parte do currículo e das disciplinas inseridas nele, para que o discente entenda os impactos delas “na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social” (p. 15). E é com base
nessas recomendações, que esse minicurso traz como objetivos discutir, num período de 8 horas, de forma introdutória, conceitos como hipertexto/
hipermídias (XAVIER, 2009), recursos que fazem parte do cotidiano dos estudantes, e apresentar teorias relevantes no que concerne à aplicabilidade dos mesmos nas aulas de LE (MARCURSHI, 2004; GOMES,
2011); verificar as crenças e impressões que os participantes possuem acerca do ensino de língua inglesa na educação básica, e do uso das
tecnologias digitais da comunicação e informação para fins educacionais; bem como refletir acerca da viabilidade e dos efeitos contributivos desses
recursos para o ensino de LE na educação básica da região. O minicurso será delineado por meio da apresentação de conceitos fundamentais relacionados às TIC, com ênfase no hipertexto/hipermídias, da promoção de
discussões acerca da incorporação desses recursos às aulas de LE na educação básica, e de momentos práticos, nos quais os participantes
poderão produzir seus próprios hipertextos e refletir acerca da sua aplicabilidade.
Palavras-Chave: TIC, Hipertexto, Hipermídias, Educação, LE.
ASPECTO E TEMPO NO GREGO KOINÉ
Roque Nascimento Albuquerque (UFC - Universidade Federal do Ceará)
Fernando Henrique Pereira da Silva (UFC - Universidade Federal do Ceará) Este minicurso pretende introduzir o debate entre aspecto e
gramaticalização de tempo como parte da semântica dos verbos dentro pesquisas atuais no grego koiné. Para isto, faremos o seguinte percurso. A
metodologia é de cunho bibliográfico, por apresentar os teóricos sobre o assunto. Além de ser qualitativa, quando da descrição, interpretação e análise crítica das obras no que concerne à semântica das formas gregas.
Desta forma, temos os seguintes objetivos. De modo geral, introduzir como as gramáticas estruturalistas e filológicas entendem a relação aspecto e
tempo nos verbos. Como alvo específico, intencionamos descrever, criticamente, a teoria aspectual como entendida por McKay (1994), Porter (1993), Fanning (1990) e Campbel (2007, 2008) bem como Porter (1993).
Em um primeiro momento, será apresentada a visão das gramáticas de cunho estruturalista e filológico do koiné, de modo sintético, (Burton, 1898;
Robertson, 1934; Smith, 1956; Funket.al, 1961; Davis, 1923; Moulton e
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE
Turner, 1963; Wallace, 2009), a respeito do aspecto e do tempo nos verbos. Em seguida, será exposta virada nos estudos do koiné, a partir dos
estudos de Porter (1993) sobre aspecto em diálogo com McKay (1994), Fanning (1990) e Campbel (2007, 2008). A relevância do minicurso se dá
pela apresentação do debate no território nacional, tendo em vista que nada há escrito sobre o assunto no Brasil, no que concerne ao koiné, o que poderá ser de grande proveito para pesquisas nesta língua pelo novo
paradigma defendido por Porter (1993), mas também com possíveis aplicações no clássico em uma perspectiva diacrônica. Além do mais, a
importância se expressa pela utilização da linguística moderna, de modo mais preciso, a concepção de língua como sistema de escolhas na vertente sistêmico-funcional de Halliday (2014), base esta epistemológica e
metodológica para a tese de Porter sobre a questão. Por conseguinte, sua saliência é revelada pelo o diálogo entre os estudos de literatura clássica, a
linguística moderna e a tradução. Palavras-chave: Semântica; grego Koiné; aspecto verbal; tempo.
“ONDE HABITAM OS SENTIDOS?” CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS
DO DISCURSO NAS ATIVIDADES DE LEITURA.
Ilza Carla Reis de Oliveira (UNEB -DCHT XXII)
A Análise de Discurso francesa, como o próprio nome aponta, trata do
discurso. A grande preocupação da AD é disponibilizar ferramentas para que o interlocutor de um texto, oral ou escrito, seja capaz de compreender os sentidos que dele emergem, considerando, portanto, o “como” se diz e não
“o quê” se diz. Desse modo, surge a proposta de discutir a esse respeito, por meio da oficina “Onde habitam os sentidos?” Contribuições dos estudos
do discurso nas atividades de leitura, pensada para estudantes de Letras, professores e todos quantos se interessem por refletir as questões do discurso na contemporaneidade. O objetivo é propor uma reflexão acerca do
texto em sua discursividade, isto é, pensar como um texto produz sentido, como ele significa em seu funcionamento, pressupondo-o em relação as
suas condições de produção, relacionando-o a sua exterioridade e, principalmente, refletir sobre o que a AD pode oferecer ao ensino de Língua Portuguesa, no tocante ao trabalho com leitura, reconhecendo que o leitor
de um texto verbal e/ou não verbal deve pensá-lo como materialidade discursiva e não mais como veículo portador de uma mensagem ou de um
sentido que deve ser desvendado por aquele que o lê. Metodologicamente, pretende-se propor o estudo dos principais pressupostos da AD francesa, considerando o contexto de seu surgimento, assim como uma retomada de
como as demais correntes concebem língua e texto. Em seguida, almeja-se propor aos participantes da oficina algumas atividades de leituras, a fim de
pensar, a inda que de forma breve e sem a pretensão de apresentar receitas milagrosas, qual o papel dos estudos do discurso, mais especificamente a AD de linha francesa, no trabalho de leitura de textos
com os alunos.
Palavras-Chave: Leitura. Ensino. Sentidos. Análise de Discurso Francesa.
II COLÓQUIO DESLEITURAS EM SÉRIE DESCOLONIZANDO SABERES A PARTIR DE NARRATIVAS ORAIS, URBANAS E
DIGITAIS: BRASIL E ÁFRICA EM DIÁLOGO.
Mauren Pavão Przybylski (PNPD-CAPES/PÓS-CRÍTICA-UNEB)
O curso Descolonizando saberes a partir de narrativas orais, urbanas e digitais: Brasil
e África em diálogo, que teve sua primeira edição ministrada por mim, em maio de
2016, na Universidade de Coimbra, originou-se em um primeiro, intitulado As
possibilidades da narrativa oral: o digital, o urbano, o tradicional e suas intersecções, e
que teve a presença, também como ministrante, da professora Drª Ana Lúcia Liberato
Tettamanzy (UFRGS), em junho de 2015, na UNEB, Campus II. Nossa discussão
embasou-se no que permeia nossas pesquisas, as poéticas orais, pensando sempre
nos pontos de contato e afastamento entre letra e voz. Nosso curso partiu da
experiência da escuta de cantos e narração oral de histórias populares por
entendermos ser possível, somente a partir delas, perceber as dimensões corporais e
coletivas da performance, em que a recepção é criativa e o contexto intervém na
construção dos sentidos. A partir daí nosso curso estruturou-se em três encontros
temáticos com uma perspectiva descolonial, que selecionou teorias, obras e suportes
para ampliação do cânone literário a partir da produção da diferença. A “zona de
contato” (PRATT, 1999) é o lugar preferencial dessas criações em espaços de
conflitos, hierarquias e tensões. Nesta mesma linha, o Descolonizando Saberes
pretende, a partir da perspectiva dos povos tradicionais, da literatura afro-brasileira e
em certa medida do digital e intermidiático demonstrar a possibilidade da legitimação
desses saberes e a necessidade de se descolonizar o próprio cânone, ampliando as
possibilidades de compreensão do literário. Em um primeiro encontro o curso
pretenderá discutir, a partir do pós-colonialismo, de uma visão eurocêntrica versus
uma visão latino-americana, a importância da aplicabilidade do saber descolonial na
visão que se tem de narrativa. No segundo momento, a perspectiva dos povos
tradicionais, as produções afro-brasileiras e o digital serão apresentados tendo em
vista os laços com a memória, com a história africanas e com temas como
ancestralidade, tradição e contemporaneidade pós-colonial. O digital se fará presente,
a partir do estabelecimento do conceito de narrador urbano, com o intuito de ampliar a
visão que se tem sobre narrativa, voltando o olhar para sujeitos que não necessitam
do papel, da história contada ou da imagem para se legitimarem, mas que podem se
inscrever na sociedade a partir da junção de todas essas possibilidades, do que se
conhece como hipermídia.
Palavras-chave: Descolonização. Brasil. África. Digital. Urbano.