oficina: o trabalho com a oralidade no ensino fundamental ii e ensino médio maria lucia marcondes...
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Oficina: O trabalho com a oralidade no Ensino
Fundamental II e Ensino Médio
Maria Lucia Marcondes Carvalho VasconcelosNancy dos Santos Casagrande
Neusa Maria Oliveira Barbosa Bastos
Programa da oficina:
1ª parte: apresentação do IP-PUCSP, dos alunos e proposta da oficina. das 8h30min às 9h (30 min) 2ª parte: atividade de motivação. das 9h às 9h30min(30min)
3ª parte: questões teóricas. das 9h30min às 10h30min (1h) Café – das 10h30min às 11h (30 min)
4ª parte: aplicação da teoria em duas partes: das 11h às 12h (1h)
- elaboração de uma atividade para produção oral. (1h)
Encerramento: Apresentação das atividades . das 12h30min (30 min)
1ª parte: Proposta desta oficina:
Buscar auxílio aos professores para o ensino de
produção oral nas escolas, para que realmente
promovam o desenvolvimento da competência
da oralidade de seus alunos.
2ª parte: atividade de motivação.
Uma letra de música
Um áudio
Uma letra de música
Pega Eu - Fernando e Sorocaba
Cê ta querendo eu, eutambém tô te querendoPega eu, leva eu, chama euque eu vou correndo
Eu vo-ou - Vo-ou - Vo-ouEu vou correndo
Fala que não querMas não tem vergonha na caraÉ só te esnobarQue o meu telefone não para E o pior é que eu não tovalendo nadaSe me chama a qualquer hora, eu vou correndo pra sua casa
Eu vo-ou - Vo-ou - Vo-ouEu vou correndo
Cê ta querendo eu, eutambém tô te querendoPega eu, leva eu, chama euque eu vou correndo
Eu vo-ou - Vo-ou - Vo-ouEu vou correndo
Fala que não querMas não tem vergonha na caraÉ só te esnobarQue o meu telefone não para E o pior é que eu não tovalendo nadaSe me chama a qualquer hora, eu vou correndo pra sua casa
Eu vo-ou - Vo-ou - Vo-ouEu vou correndo.(Fernando e Sorocaba)
- atividade de motivação
Observe as variantes registradas na letra da música de uma dupla sertaneja.
Aponte quais são elas em relação à norma padrão-culto.
Um áudio
- atividade de motivação.
Justifica-se um texto oral como o qua
acabamos de ouvir?
Em que circunstâncias?
• Justifica-se um texto
oral como o que acabamos de ouvir?
• Em que circunstâncias?
• Caberia tal texto em uma sala de aula?
• Quais os fatos linguísticos a serem explorados?
• Quais as questões socioculturais a serem trabalhadas?
• Mais alguma sugestão?
3ª parte:Questões teóricasEsferas discursivas contempladas – jornalística, cotidiana, literária e escolar
Em foco a produção oral,
articulada a gêneros discursivos
GênerosCom a ADDimensão textual-discursivaestudo da articulação entre modos de organizações textuais e situações de comunicação, através dos gêneros do discurso, escritos ou orais, concebidos como outras instituições que regem o exercício da fala num lugar determinado.Abordagem interacionistaReconhecer tipos diferentes de textos, com formas diversas de textualização, visando a situações várias de interlocuçãoBuscar classificação de diferentes gêneros discursivos
Gêneros discursivosTipologia Sócio-interacionista (Bakhtin)
Primários (Livres) Primários (Livres) Os da vida cotidiana, que mantêm relação imediata com as situações de produção Secundários (Estandartizados)Secundários (Estandartizados)Aparecem nas circunstâncias de uma troca cultural mais complexa (principalmente escrita)EsferasEsferasArtísticaCientíficaSócio-Política
Gênerospercurso das classificações mais
conhecidas
Tradição clássicaPoesia / ProsaTragédia / Comédia A partir de Platão e AristótelesLírico – Épico – Dramático Retórica Antiga (Aristóteles, Arte Retórica e Arte Poética)
Gênerospercurso das classificações mais
conhecidas
Idade Média
Elevado
Médio
Humilde
Gênerospercurso das classificações mais
conhecidasExcessiva metalinguagem Excessiva metalinguagem uso indistinto de uso indistinto de termostermos GênerosTiposModosModalidade de organização textualEspécies de textoEspécies de discurso
Pedagogiasda leitura, da escrita, da oralidade, léxico-
gramaticalPedagogia da oralidadeVariações na fala
Identificação das variedades de uso da língua – do mais coloquial ao mais formal
Adequação ao contexto situacional – locutor <>interlocutor
Observação das relações interculturais
Respeito às tradições culturais orais
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Fernão d’Oliveira: 1º anotador da Língua Portuguesa
Grammatica da Lingoagem Portuguesa
Pedagogia da oralidadePara Variações na fala
Fernão d’Oliveira:
Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e psicológicopsicológico
cada um fala como quem é: os bons falam virtudes e os
maliciosos, maldades: os religiosos pregam desprezos do mundo
e os cavaleiros blasonam suas façanhas. E esses sabem falar, os
que entendem das coisas, porque das coisas nascem as palavras,
e não das palavras as coisas.
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Fernão d’Oliveira:
Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e psicológicopsicológico
...como os cavaleiros que têm uns vocábulos e os lavradores
outros, e os cortesãos outros e os mercadores outros...
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Fernão d’Oliveira:
Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e psicológicopsicológico
...como os cavaleiros que têm uns vocábulos e os lavradores
outros, e os cortesãos outros e os mercadores outros...
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Fernão d’Oliveira:
Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e Variações linguísticas segundo fatores sociológico, regional e psicológicopsicológico
...os da Beira têm umas falas e os do Alentejo outras...
E o velho, como tem o entender mais firme, com o que mais sabe, também suas falas são de peso, e as do mancebo mais leves.
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Músicas populares:
Tiro ao Álvaro (AdoniranBarbosa)
De tanto leva "frechada" do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?"Táubua" de tiro ao ÁlvaroNão tem mais onde furá
Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquininaQue peixeira de baiano
Teu olhar mata mais que atropelamento de "automóver“
Mata mais que bala de "revórver"
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Mais uma música popular – Cabo Verde
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Músicas populares:
Sodade (Cesárea Évora)
Quem mostra' boEss caminho longe?Quem mostra' boEss caminho longe?Ess caminhoPa São Tomé
Sodade sodadeSodadeDess nha terra Sao Nicolau
Si bô 'screvê' me'M ta 'screvê beSi bô 'squecê me'M ta 'squecê beAté diaQui bô voltà
Sodade sodadeSodadeDess nha terra Sao Nicolau
Pedagogia da oralidade
Para Variações na fala
Mais uma música popular – Portugal
Pedagogia da oralidade
Para Variações na falaMúsicas populares:
Postal dos Correios (Rio Grande)
Querida mãe, querido pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus querEntre dias que passam menos mal Lá vem um que nos dá mais que
fazer
Mas falemos de coisas bem melhores A Laurinda faz vestidos por medida O rapaz estuda nos computadores Dizem que é um emprego com saída
Cá chegou direitinha a encomendaPelo "expresso" que parou na
Piedade Pão de trigo e linguiça pra merendaSempre dá para enganar a saudade Espero que não demorem a mandarNovidade na volta do correio A ribeira corre bem ou vai secar?Como estão as oliveiras de"candeio"?
Já não tenho mais assunto pra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal Um abraço deste que tanto vos quer Sou capaz de ir aí pelo Natal
Pedagogia da oralidade
O respeito aos diferentes discursos e a prática da compreensão e da aceitação de
que a pluralidade existe, exige do professor uma nova postura, uma
transformação.
Exige reconhecer que, se as oportunidades – sociais, econômicas e culturais –
são díspares, desvalorizar a priori todos os indivíduos falantes de uma determinada
variedade linguística é discriminação.
Portanto, a escola deve:
1. identificar as variedades de uso da língua;
2.adequar ao contexto situacional;
3.observar as relações interculturais;
4.respeitar as tradições culturais orais.
Pedagogia da oralidade
Portanto, a escola deve:
1. identificar as variedades
de uso da língua, partindo do
mais coloquial ao mais formal,
respeitando-se a língua que o aluno
traz e desmistificando a norma culta, erroneamente considerada de difícil acesso
e compreensão.
Pedagogia da oralidade
2. adequar ao contexto situacional
a interação locutor e interlocutor, que devem
se colocar em situação de diálogo, facilitado
pelo respeito mútuo - facilitador do
processo de ensino-aprendizagem.
Pedagogia da oralidade
3. observar as relações interculturais, não
ignorando a presença de várias culturas,
trazidas pelos alunos, para uma escola
democrática, que deve absorver toda a
riqueza da multiculturalidade e dela tirar
partido.
Pedagogia da oralidade
4. respeitar as tradições culturais orais,
buscando acabar com o preconceito
linguístico, uma vez que as diversas
variedades da língua falada pelo povo
brasileiro é um patrimônio cultural a ser
preservado e não um objeto de exclusão.
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