olaria tradicional alentejana

10
Eduardo Rodrigues Nº 6 Ricardo Valente Nº 15 Olaria tradicional Alentejana

Upload: ricardo122

Post on 30-Jul-2015

17 views

Category:

Automotive


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Olaria tradicional alentejana

Eduardo Rodrigues Nº 6

Ricardo Valente Nº 15

Olaria tradicional Alentejana

Page 2: Olaria tradicional alentejana

Na olaria e pintura, o Alentejo oferece uma interessante diversidade.

Os Barros da Flor da Rosa cumprem todos os requisitos para

merecerem a classificação de "artesanato”: utilizam a matéria-prima

da região, que se cava nas chamadas "barreiras”, e mantêm os

processos tradicionais de produção.

Estão representados por uma seleção de 14 peças utilitárias, cada

uma com a sua forma e função, em exposição permanente no Posto

de Turismo.

Page 3: Olaria tradicional alentejana

Redondo

Page 4: Olaria tradicional alentejana

A Olaria Pedrada de Nisa é única no Alentejo.

Depois de as peças de barro vermelho estarem moldadas, são decoradas com desenhos

onde se incrustam pequeníssimas pedras de quartzo recolhidas na Serra de S. Miguel.

No que respeita à olaria utilitária e decorativa, embora haja produção em vários locais, são

três os grandes nomes de referência: Redondo, Viana do Alentejo (hoje com menor

expressão) e S. Pedro do Corval, o maior centro oleiro da Península Ibérica.

Page 5: Olaria tradicional alentejana

Viana do Alentejo

Page 6: Olaria tradicional alentejana

O barro utilizado pelos oleiros de Viana do Alentejo era

retirado de umas barreiras situadas na Herdade dos

Baiões, a 3 km da vila.

Pertencia esta propriedade à família Cabral, que há

bastantes anos tinha doado o barro aos oleiros de Viana,

mediante o pagamento por parte deste de um foro, em

peças de barro.

Depois esta herdade transformou-se numa U.C.P.,

continuando os oleiros a usufruir dos mesmos direitos

sobre o barro.

A argila é cavada nas barreiras e transportada em carroças para as diversas olarias.

Aqui, onde o ambiente tem um aspeto particular, dado pela humidade, pela lama e pela

fraca iluminação, começa a preparação do barro.

O processo utilizado pelos oleiros (à exceção de um, que já utilizava uma máquina para o

efeito) é o tradicional, bastante rudimentar, e que passamos a descrever de seguida.

Page 7: Olaria tradicional alentejana

S. Pedro do Corval, Monsaraz

Page 8: Olaria tradicional alentejana

O barro é exposto ao sol para que se possa partir mais facilmente em pequenos bocados

(«migalhar o barro»).

Sobre a argila partida é deitada água, de preferência com um regador, para que esta seja

totalmente absorvida.

É usual fazer-se esta operação ao fim do dia, para que durante a noite o barro vá amolecendo.

Seguidamente, o barro é amassado com a mão e colocado num monte.

O leiro sobe para ele e, colocando um pé ao centro, servindo de apoio, roda no sentido dos

ponteiros do relógio, esmagando os bordos com o calcanhar, que progressivamente se vai

enterrando.

Logo que a espessura do barro atinge 5 cm aproximadamente, o oleiro dá por terminada esta fase

do trabalho.

Passa de seguida À detecção de

impurezas e corpos estranhos, utilizando

para o efeito a sua própria mão que faz

passar por pequenos blocos de barro.

Todo este trabalho de preparação do

barro demora cerca de hora e meia, e a

partir desta última operação o barro está

pronto a ser trabalhado na roda.

Page 9: Olaria tradicional alentejana

Fases da sua construção

Roda de oleiro

Pintura

Cozedura

Page 10: Olaria tradicional alentejana

Roda de Oleiro

Preparação

Amassar, noções de plasticidade ótima e forma inicial de acordo com o tipo de peça a realizar

Conformação

domínio sensitivo do centro, peso do corpo, posição das mãos e dos braços; noções de velocidade e humidade

relativa

Subir e descer

homogeneização e orientação das partículas no sentido de rotação; Técnicas de abertura e preparação do fundo

A puxada

subir e definir a parede, técnica da pinça e a duas mãos

Forma

abrir e fechar, técnica da chave, definição da curva, bojo, cintura de segurança, corte e nivelamento.

Acabamento

polimento e definição da curva, desbaste, corte; fretes e boleado, colagem de partes rodadas.

Todas as peças serão entregues depois da primeira cozedura.