orelatório de conjuntura dos recursos hídricos no brasil – informe 2012

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EDIÇÃO ESPECIAL LEI DAS ÁGUAS ANOS

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  • 1. EDIO ESPECIAL ANOSLEI DASGUAS

2. Repblica Federativa do BrasilDilma Vana RousseffPresidentaMinistrio do Meio AmbienteIzabella Mnica Vieira TeixeiraMinistraAgncia Nacional de guasDiretoria ColegiadaVicente Andreu Guillo (Diretor-Presidente)Dalvino Troccoli FrancaPaulo Lopes Varella NetoJoo Gilberto Lotufo ConejoPaulo Rodrigues VieiraSecretaria-Geral (SGE)Mayui Vieira Guimares ScafuraProcuradoria-Geral (PGE)Emiliano Ribeiro de SouzaCorregedoria (COR)Elmar Luis KichelAuditoria Interna (AUD)Edmar da Costa BarrosChefia de Gabinete (GAB)Horcio da Silva Figueiredo JniorCoordenao de Articulao e Comunicao (CAC)Antnio Flix DominguesCoordenao de Gesto Estratgica (CGE)Bruno PagnoccheschiSuperintendncia de Planejamento de Recursos Hdricos (SPR)Ney MaranhoSuperintendncia de Gesto da Rede Hidrometeorolgica (SGH)Valdemar Santos GuimaresSuperintendncia de Gesto da Informao (SGI)Srgio Augusto BarbosaSuperintendncia de Apoio Gesto de Recursos Hdricos (SAG)Rodrigo Flecha Ferreira AlvesSuperintendncia de Implementao de Programas e Projetos (SIP)Ricardo Medeiros de AndradeSuperintendncia de Regulao (SRE)Francisco Lopes VianaSuperintendncia de Usos Mltiplos e Eventos Crticos (SUM)Joaquim Guedes Corra Gondim FilhoSuperintendncia de Fiscalizao (SFI)Flvia Gomes de BarrosSuperintendncia de Administrao, Finanas e Gesto de Pessoas (SAF)Lus Andr Muniz 3. Agncia Nacional de guasMinistrio do Meio AmbienteEdio EspecialBraslia DF2012 4. Agncia Nacional de guas ANA, 2012Setor Policial Sul, rea 5, Quadra 3, Blocos B, L, M e T.CEP: 70610-200, Braslia DF.PABX: (61) 2109-5400 | (61) 2109-5252www.ana.gov.brEquipe editorialSuperviso editorial: Srgio Rodrigues Ayrimoraes SoaresAlexandre Lima de Figueiredo TeixeiraLuciana Aparecida Zago de AndradeElaborao dos originais:Agncia Nacional de guasReviso dos originais: Alexandre Lima de Figueiredo TeixeiraGaetan Serje Jean DuboisLuciana Aparecida Zago de AndradeViviane dos Santos BrandoProduo:TDA Brasil www.tdabrasil.com.brProjeto grfico: Joo CampelloCapa: Marcos Rebouas e Joo CampelloDiagramao: Rael LamarquesMapas temticos: Rael LamarquesReviso: Danzia QueirozFotografias:Banco de imagens da ANATodos os direitos reservados. permitida a reproduo de dados e de informaes contidos nesta publicao, desde que citada a fonte.Catalogao na fonte - Cedoc/BibliotecaA265c Agncia Nacional de guas (Brasil). Conjuntura dos recursos hdricos no Brasil: informe 2012. Ed. Especial. --Braslia : ANA, 2012. 215 p. : Il.ISBN 978-85-89629-89-81. guas 2. gesto dos recursos hdricos 3. regies hidrogrficas 4. conjunturaI. Agncia Nacional de guas (Brasil) II. Superintendncia de Planejamentode Recursos Hdricos SPR III. TtuloCDU 556.04 (81) 5. EQUIPE TCNICA AGNCIA NACIONAL DE GUASCoordenao Superintendncia de Planejamento de Recursos HdricosNey Maranho (Superintendente)Srgio Rodrigues Ayrimoraes Soares (Superintendente Adjunto)Coordenao GeralAlexandre Lima de Figueiredo Teixeira (Gerente)Luciana Aparecida Zago de AndradeViviane dos Santos BrandoAna Carolina P. Coelho Maran GonalvesGaetan Serge Jean DuboisCoordenao ExecutivaEquipe tcnica - colaboradores: Equipe de apoio sistemas geogrficos eAdriana de Araujo Maximiano tecnologia da informao:Alessandra Daibert CouriAngelo Mrcio de Souza Alves; Ewerton RabeloAna Paula Fioreze Manzotte; Luis Guilherme Monteiro Rabelo; MarinaAndrea Pimenta AmbrozeviciusMarques Malvino; Pedro Moreno Machado Neiva;Anna Flvia de Senna Franco Stephanie Kelmyane Maia Freitas; Valdevino Siquei-Anna Paola Michelano Bubelra Campos Neto.Andr Raymundo PanteAntonio Augusto Borges de LimaParceiros institucionais federais:Bruno Collischonn Secretaria Nacional de Recursos Hdricos e AmbienteCarlos Motta NunesUrbano SRHUCiro Garcia Pinto Instituto Nacional de Meteorologia InmetDiego Liz PenaDepartamento Nacional de ObrasEduardo Gondim Cal contra as Secas DnocsElizabeth Siqueira Juliatto Secretaria de Biodiversidade e Florestas SBF doFabrcio Vieira Alves Ministrio do Meio AmbienteFlvia Gomes de BarrosSecretaria Nacional de Irrigao Senir doFlvia Simes Ferreira RodriguesMinistrio da Integrao NacionalFlvio Hadler TrggerGiordano Bruno Bomtempo de Carvalho rgos estaduais de meio ambiente eGustavo Antnio Carneirorecursos hdricos:Iracema Aparecida Siqueira FreitasSema/AC, Sema/AP, SDS/AM, Semarh/AL,Joaquim Guedes Correa Gondim FilhoIMA/AL, Inema/BA, SRH/CE, Cogerh/CE, Ibram/DF, Adasa/Joo Augusto Bernaud BurnettDF, Caesb/DF, Seama/ES, Iema/ES, Semarh/ GO,Jos Aguiar de Lima JniorAgma/GO, Sema/MA, Sema/MT, Semac/MS, Imasul/Jos Luiz Gomes ZobyMS, Semad/MG, Igam/MG, Sema/PA, Sectma/PB,Josimar Alves de Oliveira Aesa/PB, Sudema/PB, Sema/PR, IAP/PR, AguasLgia Maria Nascimento de ArajoParana/PR, SRHE/PE, CPRH/PE, Semar/PI, SEA/RJ,Luciano Meneses Cardoso da SilvaInea/RJ, Semarh/ RN, Emparn/RN,Marcelo Luiz de Souza Idema/RN, IGARN/RN, Sema/RS, Fepam/RS,Marcelo Pires da CostaSedam/RO, Femact/RR, SDS/SC, SMA/SP Cetesb/SP ,,Mrcia Regina Silva Cerqueira Coimbra DAEE/SP, Semarh/SE, Semades/TO, Naturatins/TO,Maria Cristina de S Oliveira Matos Brito Saneatins/TOMarco Antonio SilvaMarco Antnio Mota AmorimMilton Cesrio de LimaNelson Neto FreitasOsman Fernandes da SilvaOthon Fialho de OliveiraPatrick Thadeu ThomasPaulo Henrique Monteiro DarozPriscila Monteiro GonalvesPriscyla Conti de MesquitaRenata Bley da Silveira de OliveiraRodrigo Flecha Ferreira AlvesVivyanne Graa de Mello de OliveiraWalszon Terllizzie Arajo LopesValdemar Santos Guimares 6. Lista de figurasFigura 1Processo de elaborao dos Relatrios de Conjuntura dos Recursos Hdricos 21Figura 2Regies hidrogrficas (RHs) brasileiras 23Figura 3 Diviso temtica do Relatrio de Conjuntura Informe 201224Figura 4Organizao dos temas que compem o Grupo Temtico Situao dos Recursos Hdricos 27Figura 5 Anomalias de chuva anual, semestral e trimestral em 201129Figura 6 Efeito das chuvas em pontos de monitoramento em Roraima, Pernambuco e Santa Catarina30Figura 7 Disponibilidade hdrica superficial estimada para o Pas31Figura 8 Capacidade de armazenamento per capita no mundo (m /habitante) 3 32Figura 9 Capacidade armazenada per capita por unidade de planejamento hdrico (UPH) 34Figura 10 Evoluo histrica do reservatrio equivalente dos estados do Nordeste 35Figura 11 ndice de Qualidade das guas (IQA) em 2010 37Figura 12 Distribuio percentual das classes do IQA para os 1.988 pontos de amostragem em 2010 38Figura 13 Pontos de monitoramento utilizados na anlise de tendncia do IQA, com destaque para alguns exemplos onde houve piora ou melhora do indicador, no perodo da anlise40Figura 14 Percentual de resultados em desconformidade com o padro da classe 2 no ano de 2010 47Figura 15 Pontos de monitoramento e respectivas classes de oxignio dissolvido em 2010 49Figura 16 Percentual de pontos de monitoramento nas classes de oxignio dissolvido (mg/L) em 2010 50Figura 17 Distribuio dos pontos de amostragem em corpos dgua lnticos (1.915 pontos) e lticos (287 pontos), em 2010, quanto s classes de ndice de Estado Trfico (IET) 50Figura 18 IET em 201051Figura 19 Demandas consuntivas no Pas 52Figura 20 Vazo de retirada por tipo de uso e por RH para 2010 53Figura 21 Vazo de retirada por microbacia54Figura 22 Uso consuntivo total em 2000 estimado para o Plano Nacional de Recursos Hdricos(PNRH) e em 2010, para este Informe55Figura 23 Variao da vazo de retirada nos municpios entre 2000 e 201056Figura 24 rea irrigada em 2010 por RH57Figura 25 rea irrigada por microbacia em 2010 e identificao dos projetos pblicos de irrigao 60Figura 26 Atendimento urbano por rede geral de abastecimento de gua em 2010 61Figura 27 Atendimento urbano por rede coletora de esgotamento sanitrio em 201062Figura 28 Abastecimento nas sedes urbanas por tipo de manancial, por regio geogrfica 63Figura 29 Populao urbana abastecida por tipo de sistema, nas regies geogrficas brasileiras 64Figura 30 Quadro da situao do abastecimento urbano de gua nos municpios analisados 66Figura 31 Carga orgnica remanescente total por UPH68Figura 32 Carga orgnica de esgoto domstico remanescente em 2008 e ampliao do tratamento de esgotos (2000 a 2008) 69 7. Figura 33 Evoluo dos contratos do Programa Despoluio de Bacias Hidrogrficas (Prodes) 70Figura 34 Distribuio espacial dos empreendimentos hidreltricos em operao no Pas 71Figura 35 Evoluo da capacidade nacional instalada 71Figura 36 Matriz eltrica nacional quanto ao percentual da capacidade instalada 72Figura 37 Situao dos principais rios brasileiros quanto relao demanda versus disponibilidade hdrica superficial 74Figura 38 Estimativa da capacidade de assimilao de cargas orgnicas considerando adisponibilidade hdrica 75Figura 39 Bacias crticas brasileiras segundo os aspectos de qualidade e quantidade77Figura 40 Extenso de rios com criticidade qualitativa e quantitativa, por RH 78Figura 41 Balano quali-quantitativo nas UPHs brasileiras 79Figura 42 Total de municpios que decretaram SE ou ECP devido a eventos crticos de cheia,ocorridos em 2011, por UF 82Figura 43 Eventos crticos de cheia municpios em SE ou ECP decretada em 2011 83Figura 44 Total de municpios que decretaram SE ou ECP devido a eventos crticos de seca,ocorridos em 2011, por UF 84Figura 45 Eventos crticos de seca ou estiagem municpios em SE ou ECP decretada em 2011 85Figura 46 Distribuio atual da cobertura vegetal nativa remanescente e das reas protegidasem UCs de proteo integral e de uso sustentvel e em TIs, por RHs93Figura 47 Temas que compem o Grupo Temtico Situao da Gesto dos Recursos Hdricos 97Figura 48 Avano da instituio das Polticas Estaduais de Recursos Hdricos 101Figura 49 Avano da instalao dos Conselhos Estaduais de Recursos Hdricos (CERHs) 102Figura 50 Evoluo da instalao de comits de bacia hidrogrfica (CBH) no Brasil103Figura 51 Nmero de CBHs estaduais instalados at 2011 103Figura 52 Abrangncia das entidades com funes de agncia de gua no Brasil 104Figura 53 Estaes Fluviomtricas e Pluviomtricas da Rede Hidrometeorolgica Nacional, emoperao em dezembro de 2011 111Figura 54 Densidade de estaes pluviomtricas em operao por RH no Brasil111Figura 55 Densidade de estaes fluviomtricas em operao por RH no Brasil112Figura 56 Estaes operadas pela ANA e pelos rgos estaduais 113Figura 57 Situao dos planos de bacias interestaduais em dezembro de 2011 117Figura 58 Situao dos planos estaduais de recursos hdricos em dezembro de 2011 119Figura 59 Situao dos planos de bacia em unidades estaduais de recursos hdricos em dezembro de 2011120Figura 60 Evoluo do nmero de usurios cadastrados no Cadastro Nacional de Usurios deRecursos Hdricos (Cnarh) at dezembro de 2011 122Figura 61 Distribuio do volume anual de captao e nmero de usurios cadastrados nasprincipais categorias do Cnarh 122Figura 62 Percentuais de usurios agrupados por atividades e respectivos volumes anuais de captao123Figura 63 Percentual de usurios cadastrados e dos volumes anuais de captao por dominialidade 123Figura 64 Situao do cadastro estadual de usurios de recursos hdricos e da utilizao doCnarh pelos estados124Figura 65 Empreendimentos cadastrados no estado do Rio de Janeiro (total acumulado por ano) 125Figura 66 Evoluo histrica da vazo outorgada no Pas 126Figura 67 Evoluo histrica da quantidade de outorgas emitidas no Pas126 8. Figura 68 Pontos de captao referentes s outorgas emitidas em rios de domnio da Unio at julho de 2011128Figura 69 Permetro de irrigao Boacica da Codevasf, no Rio So Francisco129Figura 70 Sistema de Transposio de Desnvel Tucuru (eclusa)129Figura 71 Usurios vistoriados em campanhas de fiscalizao realizadas pela ANA at 2011 133Figura 72 Espelhos dgua cadastrados no levantamento MI/Funceme (2008) com identificaoem andamento pela ANA 135Figura 73 Distribuio espacial das 130 barragens a serem fiscalizadas pela ANA 137Figura 74 Situao da cobrana pelo uso dos recursos hdricos nas bacias 139Figura 75 Evoluo da arrecadao com a cobrana pelo uso de recursos hdricos de domnioda Unio 145Figura 76 Recursos executados nas esferas federal, estadual e municipal, segundo subfunescorrelatas com recursos hdricos190Figura 77 Grfico demonstrativo das despesas com saneamento e gesto ambiental e recursoshdricos no Brasil em 2010190Figura 78 Gastos com recursos hdricos e demais aes de gesto ambiental no Brasil 191Figura 79 Grfico da srie histrica (Fontes 134/183) 194 9. Lista de tabelasTabela 1Capacidade de armazenamento, populao total e capacidade per capita por regio hidrogrfica (RH) 33Tabela 2 Situao do reservatrio equivalente nos estados monitorados em 2011 35Tabela 3 Permetros pblicos de irrigao em operao administrados pelo Ministrio da Integrao Nacional (MI), Departamento Nacional de Obras contra as Secas do Ministrio da Integrao (Dnocs) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do So Francisco e do Parnaba (Codevasf), com rea irrigada superior a 8.000 hectares 58Tabela 4 Percentuais de cobertura de rede de abastecimento de gua e de rede coletora de esgotamento sanitrio no Brasil61Tabela 5 Estimativa dos volumes de esgotos domsticos urbanos produzidos e tratados e o percentual de tratamento de esgoto domstico urbano67Tabela 6 Aproveitamentos hidreltricos que entraram em operao no ano de 201172Tabela 7 Resumo da anlise de criticidade dos trechos de rio 76Tabela 8 Nmero de decretos de situao de emergncia (SE) ou estado de calamidade pblica (ECP) devido a eventos crticos de cheia ocorridos entre 2003 e 2011, por tipo de evento, e nmero de municpios que expediram esses decretos 82Tabela 9 Nmero de decretos de SE ou ECP devido a eventos crticos de seca ocorridos entre 2003 e 2011, por tipo de evento, e nmero de municpios que expediram esses decretos 84Tabela 10 rea de vegetao remanescente dos biomas brasileiros, em percentual da rea original, e percentual da rea do bioma protegido em unidades de conservao (UCs) 91Tabela 11 Situao atual da cobertura vegetal nativa remanescente e das reas protegidasem UCs de proteo integral e de uso sustentvel e em terras indgenas (TIs), por RHs 92Tabela 12 Evoluo da Rede Hidrometeorolgica Nacional entre 2000 e 2011 110Tabela 13 Evoluo do monitoramento de qualidade de gua nas UFs e na RedeHidrometeorolgica Nacional 114Tabela 14 Quantitativo de outorgas emitidas e da vazo outorga no Pas126Tabela 15 Vazo outorgada entre agosto de 2010 e julho de 2011 e vazo acumulada atjulho de 2011 por finalidade de uso 127Tabela 16 Quantitativo de campanhas de fiscalizao de usos de recursoshdricos realizadas pela ANA e de usurios133Tabela 17 Espelhos dgua de reservatrios com superfcie maior que 20 ha 136Tabela 18 Resumo dos valores de cobrana por setor em 2011 Bacia do Rio Paraba do Sul 140Tabela 19 Resumo dos valores de cobrana por setor em 2011 Bacias PCJ 141Tabela 20 Resumo dos valores de cobrana por setor em 2011 Bacia do Rio So Francisco 142Tabela 21 Resumo dos valores de cobrana por setor em 2011 Bacia do Rio Doce142Tabela 22 Preos unitrios (PPU) de cobrana na Bacia do Rio Doce 143Tabela 23 Consolidao dos valores de cobrana em rios de domnio da Unio e dosestados em 2011 143Tabela 24 Aplicao dos recursos arrecadados com a cobrana146Tabela 25 Evoluo da situao e da gesto dos recursos hdricos no Brasil entre 2006 e 2011 152Tabela 26 Anlise comparativa das RHs brasileiras com base na melhor informao disponvelat dezembro de 2011160Tabela 27 Receitas da compensao financeira realizadas entre 2008 e 2011 (R$ milhes) 192Tabela 28 Valores da cobrana pelo uso de recursos hdricos (R$ milhares) 193 10. Lista de quadrosQuadro 1 Bacias e respectivos corpos dgua que em 2010 apresentaram pontos comIQA ruim ou pssimo38Quadro 2 Pontos de monitoramento com tendncia de aumento dos valores do IQA no perodo 2001-2010 41Quadro 3 Pontos de monitoramento com tendncia de piora dos valores do IQA no perodo 2001-2010 44Quadro 4 Principais sistemas de abastecimento do Pas65Quadro 5 Lista de UPHs classificadas nas criticidades qualitativa, quantitativa e quali-quantitativa 80Quadro 6 Principais caractersticas e aes realizadas pelos CBHs interestaduais no ano de 2011 108Quadro 7 Resumo dos planos de bacias interestaduais118Quadro 8 Aproveitamentos hidreltricos com anlise concluda em 2011130Quadro 9 Empreendimentos com Certificado de Sustentabilidade da Obra Hdrica (Certoh) emitidos em 2011 132Quadro 10 Aes de destaques dos subsistemas do Sistema Nacional de Informao de Recursos Hdricos (Snirh) em 2011147Quadro 11 Descrio dos dados caractersticos da situao e da gesto dos recursos hdricos,escolhidos para cada subtema das anlises nacional e comparativa das RHs brasileiras 150 11. Lista de SiglasABHA Associao Multissetorial de Usurios de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica do Rio AraguariAdasaAgncia Reguladora de guas, Energia e Saneamento Bsico do Distrito FederalAdeseAgncia de Desenvolvimento Sustentvel do SeridAesa Agncia Executiva de Gesto das guas do Estado da ParabaAgevap Agncia da Bacia do Rio Paraba do SulAgma Agncia Goinia de Meio Ambienteguas Paran Instituto das guas do ParanAHEAproveitamento hidreltricoANAAgncia Nacional de guasAneelAgncia Nacional de Energia EltricaAntaqAgncia Nacional de Transportes AquaviriosAPPrea de Preservao PermanenteCaesb Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito FederalCBHComit de bacia hidrogrficaCemadenCentro Nacional de Monitoramento de Alerta de Desastres NaturaisCenadCentro Nacional de Gerenciamento de Riscos e DesastresCertoh Certificado de Avaliao da Sustentabilidade da Obra HdricaCERH Conselho Estadual de Recursos HdricosCetesb Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de So PauloCGHs Centrais de gerao hidreltricaCIMComit Interministerial sobre Mudana do ClimaCnarhCadastro Nacional de Usurios de Recursos HdricosCSNCompanhia Siderrgica NacionalCNRH Conselho Nacional de Recursos HdricosCnuc Cadastro Nacional de Unidades de ConservaoCnumad Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentvelCodevasf Companhia de Desenvolvimento dos Vales do So Francisco e do ParnabaCogerh Companhia de Gesto dos Recursos Hdricos do Estado do CearConama Conselho Nacional de Meio AmbienteCOP-17 Conferncia das Partes da 17 Conferncia das Naes Unidas sobreMudanas ClimticasCPRH Agncia Estadual de Meio Ambiente de PernambucoCRHI Coordenadoria de Recursos HdricosDAEE Departamento de guas e Energia EltricaDBODemanda Bioqumica por OxignioDeso Companhia de Saneamento de SergipeDnit Departamento Nacional de Infraestrutura de TransportesDnocsDepartamento Nacional de Obras contra as Secas do Ministrio da Integrao 12. DNPM Departamento Nacional de Produo MineralDRDH Declarao de Reserva de Disponibilidade HdricaECO-92 Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel realizada no Rio de Janeiro em 1992ECPEstado de calamidade pblicaEmparn Empresa de Pesquisa Agropecuria do Rio Grande do NorteEncobEncontro Nacional dos Comits de Bacias HidrogrficasETAEstao de tratamento de guaETEEstao de tratamento de esgotosFemact Fundao Estadual do Meio Ambiente, Cincia e Tecnologia de RoraimaFepam Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luiz Roessler do Rio Grande do SulFNMA Fundo Nacional do Meio AmbienteFuncemeFundao Cearense de Meteorologia e Recursos HdricosGExGrupo executivoHidroSistema de Gerenciamento de Dados HidrometeorolgicosHidroWeb Sistema de Informaes HidrolgicasIAP Instituto Ambiental do ParanIbamaInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovveisIBio Instituto BioAtlnticaIbramInstituto Braslia AmbientalICMBio Instituto Chico Mendes de Conservao da BiodiversidadeIdema Instituto de Desenvolvimento Sustentvel e Meio Ambiente do Rio Grande do NorteIema Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Esprito SantoIETndice de Estado TrficoIgam Instituto Mineiro de Gesto das guasIgarn Instituto de Gesto das guas do Estado do Rio Grande do NorteIMA Instituto do Meio Ambiente do Estado de AlagoasImasul Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do SulInea Instituto Estadual de Meio Ambiente do Rio de JaneiroInema Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hdricos da BahiaIng Instituto de Gesto das guas e ClimaInmetInstituto Nacional de MeteorologiaIQAndice de Qualidade das guasLDOLeis de Diretrizes OramentriasLOALei Oramentria AnualMDSA Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas da ANAMI Ministrio da Integrao NacionalMMAMinistrio do Meio AmbienteMpog Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoNaturatins Instituto Natureza do TocantinsONUOrganizao das Naes UnidasPACPrograma de Acelerao do CrescimentoPCHPequena central hidreltricaPCJRios Piracicaba, Capivari e Jundia 13. PJ Poro Mineira das Bacias PCJPDEE Plano Decenal de Expanso de EnergiaPERH-MDA Plano Estratgico de Recursos Hdricos dos Afluentes da Margem Direita do Rio AmazonasPisf Projeto de Integrao do Rio So Francisco com as Bacias Hidrogrficasdo Nordeste SetentrionalPNLT Plano Nacional de Logstica de TransportesPNMC Poltica Nacional sobre Mudana do ClimaPNQA Programa Nacional de Avaliao da Qualidade das guasPNRH Plano Nacional de Recursos HdricosPNSB Pesquisa Nacional de Saneamento BsicoPnud Programa das Naes Unidas para o DesenvolvimentoPnumaPrograma das Naes Unidas para o Meio AmbientePPAPlano PlurianualProdes Programa Despoluio de Bacias HidrogrficasRio + 20 Cnumad realizada 20 anos aps a ECO 92RH Regio HidrogrficaRM Regio MetropolitanaRQMA Relatrio de Qualidade do Meio AmbienteSanasa Sociedade de Abastecimento de gua e Saneamento de CampinasSaneatinsCompanhia de Saneamento do TocantinsSBFSecretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministrio de Meio AmbienteSDS (AM) Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel do Estado do AmazonasSDS (SC) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econmico Sustentvel do Estado de Santa CatarinaSE Situao de emergnciaSEASecretaria de Estado do Ambiente do Rio de JaneiroSeamaSecretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado do Esprito SantoSectma Secretaria de Estado dos Recursos Hdricos, do Meio Ambiente e da Cincia e Tecnologia do Estado da ParabaSedamSecretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de RondniaSedecSecretaria Nacional de Defesa CivilSegreh Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos HdricosSema (AC)Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado do AcreSema (AP)Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado do AmapSema (MA)Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do MaranhoSema (PA)Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado do ParSema (PR)Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado do ParanSema (RS)Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do SulSemac Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e Tecnologia de Mato Grosso do SulSemadSecretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel de Minas GeraisSemadesSecretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel do TocantinsSemar Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Estado do PiauSemarh Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado de GoisSemarh (AL) Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado de Alagoas 14. Semarh (RN) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado do Rio Grande do NorteSemarh (SE) Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado de SergipeSenirSecretaria Nacional de Irrigao do Ministrio da IntegraoSFISuperintendncia de FiscalizaoSingrehSistema Nacional de Gerenciamento de Recursos HdricosSinima Sistema Nacional de Informao sobre Meio AmbienteSLTI Secretaria de Logstica e Tecnologia da InformaoSMASecretaria do Meio Ambiente do Estado de So PauloSnirhSistema Nacional de Informaes sobre Recursos HdricosSnuc Sistema Nacional de Unidades de Conservao da NaturezaSPIndice de Precipitao Padronizada (do ingls Standardized Precipitation Index)SPRSuperintendncia de Planejamento de Recursos HdricosSRHSecretaria de Recursos HdricosSRH (CE) Secretaria de Recursos Hdricos do CearSRHE Secretaria de Recursos Hdricos e Energticos do Estado de PernambucoSRHU Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano do Ministrio de Meio AmbienteSudema Superintendncia de Administrao do Meio Ambiente do Estado da ParabaSuderhsa Superintendncia de Desenvolvimento de Recursos Hdricos e Saneamento AmbientalSUMSuperintendncia de Usos Mltiplos e Eventos CrticosTIsTerra IndgenaUC Unidade de ConservaoUF Unidade da FederaoUHEUsina HidreltricaUPHUnidade de Planejamento Hdrico 15. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 201215Transporte de minrios, Rio Paraguai / Banco de imagens ANA 16. Floresta Atlntica do Parque Estadual de Itanas - ES - Zig Koch/ Banco de Imagens da ANA 17. SumrioAPRESENTAO19INTRODUO 211 SITUAO DOS RECURSOS HDRICOS27 1.1 Disponibilidade e qualidade das guas271.1.1 Anomalias de chuva281.1.2 Disponibilidade hdrica superficial 301.1.3 Qualidade das guas 35 1.2 Demandas e usos mltiplos511.2.1 Usos consuntivos521.2.2 Usos no consuntivos70 1.3 Balano hdrico731.3.1 Balano quantitativo741.3.2 Balano qualitativo 751.3.3 Balano quali-quantitativo76 1.4Vulnerabilidades811.4.1 Eventos crticos811.4.2 Reduo da vegetao nativa 901.4.3 Mudana climtica 942 SITUAO DA GESTO DOS RECURSOS HDRICOS97 2.1 Quadro institucional e legal 97 2.1.1 Histrico da gesto dos recursos hdricos 98 2.1.2 Alteraes institucionais e legais105 2.1.3 Atuao dos organismos de bacia 107 2.2 Monitoramento hidrometeorolgico109 2.2.1 Monitoramento quantitativo de gua109 2.2.2 Monitoramento qualitativo de gua 113 2.3 Planejamento de recursos hdricos116 2.3.1 Planos de recursos hdricos 116 2.3.2 Enquadramento dos corpos dgua 120 2.4 Regulao do uso dos recursos hdricos 121 2.4.1 Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos (Cnarh)121 2.4.2 Outorga de direito de uso de recursos hdricos125 2.4.3 Alocao negociada de gua131 2.4.4 Certificado de Sustentabilidade da Obra Hdrica (Certoh)131 2.5 Fiscalizao de usos de recursos hdricos 132 2.5.1 Fiscalizao dos usurios de recursos hdricos132 2.5.2 Fiscalizao da segurana de barragens134 2.6 Cobrana pelo uso dos recursos hdricos 137 2.6.1 Resultados da cobrana em rios de domnio da Unio140 2.6.2 Consolidao dos valores cobrados pelo uso dos recursos hdricos143 2.6.3 Aplicao dos recursos145 2.7 Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos (Snirh) 1473 ANLISE CRTICA DA SITUAO ATUAL DOS RECURSOS HDRICOS 149 3.1 Abordagem nacional: evoluo da situao e da gesto dos recursos hdricos no Brasil 149 3.2 Anlise comparativa das regies hidrogrficas1583.2.1 Viso geral das 12 regies hidrogrficas1583.2.2Fichas-sntese 165 3.3 Recursos alocados para o setor de recursos hdricos1903.3.1 Principais receitas da Unio para a gesto de recursos hdricos 1913.3.2 Contingenciamento de recursos financeiros 1934 CONSIDERAES FINAIS 197ANEXO 1 205ANEXO 2 211 18. ApresentaoProjeto de Irrigao, Rio Pianc - PB / Banco de imagens da ANA 19. APRESENTAOO panorama dos recursos hdricos, em escala nacional, e o acompanhamento desse quadro em cada ano, ,sem dvida, a maneira mais eficiente de monitorar a situao dos recursos hdricos, do ponto de vista da quan-tidade e da qualidade, e de avaliar a evoluo da gesto desses recursos. Tal conhecimento adquire carteressencial, pois subsidia a definio das aes e das intervenes necessrias.Nesse contexto, a Agncia Nacional de guas (ANA), por atribuio estabelecida em Resoluo no 58/2006,do Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH), comeou a elaborar os Relatrios de Conjuntura dosRecursos Hdricos no Brasil. O documento tem periodicidade anual e teve sua primeira verso publicada em2009, quando o estado da arte dos recursos hdricos no Brasil foi abordado, tomando como referncia os da-dos consolidados at dezembro de 2007 Posteriormente, em 2010 e em 2011, a ANA atualizou o documento.ao publicar o Relatrio de Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil Informe 2010 e Informe 2011. Maisconciso, os Relatrios de Conjuntura Informes buscam, fundamentalmente, rever as informaes do relatriodo ano anterior, identificando as principais alteraes ocorridas no ltimo ano.Dado o sucesso dessas publicaes, tais relatrios tornaram-se uma referncia para o acompanhamento sis-temtico e peridico da condio dos recursos hdricos e de sua gesto, bem como para a identificao dosresultados da implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos no Brasil. Ressalta-se ainda a apro-priao das informaes trazidas pelo Relatrio de Conjuntura em diversas aes governamentais, como acontextualizao de programas que compem o Programa Plurianual (PPA), a elaborao do Relatrio deQualidade do Meio Ambiente (RQMA) e o desenvolvimento do Painel Nacional de Indicadores Ambientais e deDesenvolvimento Sustentvel, no mbito do Sistema Nacional de Informao sobre Meio Ambiente (Sinima).Dando continuidade elaborao dos Relatrios de Conjuntura Informes, com satisfao que aANA apresenta o Relatrio de Conjuntura dos Recursos Hdricos Informe 2012 que, com base emdados consolidados a partir da melhor informao disponvel at dezembro de 2011, traz viso amplados recursos hdricos no Brasil.Cabe destacar que o Relatrio de Conjuntura fruto, fundamentalmente, de uma rede estabelecida comcerca de 50 instituies parceiras, abrangendo os rgos gestores de meio ambiente e recursos hdricosde todas as Unidades da Federao (UFs), alm de parceiros da esfera federal, tais como a Secretaria deRecursos Hdricos e Ambiente Urbano (SRHU) do Ministrio do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Nacio-nal de Meteorologia (Inmet), por meio de uma estrutura complexa de apropriao, tratamento e integraoda informao. Em um contexto de dominialidade compartilhada entre a Unio e os estados, essencialestabelecer parcerias concretas para a construo do conhecimento sobre os recursos hdricos e, assim,fortalecer sua gesto integrada.Assim como nas edies anteriores, o Informe 2012 aborda a situao dos recursos hdricos, bemcomo os avanos observados em relao gesto. Alm disso, dedica um espao para uma anlisecrtica baseada em indicadores, contribuindo para a avaliao conjunta da evoluo da situao e dagesto dos recursos hdricos no Brasil.Por fim, ao ser lanado no ano em que ocorre a Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Am-biente e Desenvolvimento Sustentvel, a Rio + 20, na qual sero discutidas mudanas para aliareconomia, desenvolvimento humano e proteo ambiental, este Informe adquiriu carter diferenciadodos demais, oferecendo anlises e informaes sobre como a gua vem sendo utilizada, gerenciadae monitorada nas duas ltimas dcadas. Diretoria Colegiada da ANA 20. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 Introduo20Confluncia do rio Iriri com o rio Xingu - PA - Rui Faquini / Banco de Imagens da ANA 21. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012INTRODUOO Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH), por meio da Resoluo n 58/2006, atribuiu Agncia Nacional de guas (ANA) a responsabilidade pela elaborao do Relatrio de Conjuntura dosRecursos Hdricos no Brasil, de forma sistemtica e peridica.O Relatrio de Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil vem sendo apresentado por meio de dois docu-mentos: o Relatrio de Conjuntura, com periodicidade quadrienal, e os Relatrios de Conjuntura Informes,de periodicidade anual. O Relatrio de Conjuntura apresenta o estado da arte e o balano dos ltimos quatroanos. Foi concebido para ser importante apoio para a avaliao do grau de implementao do Plano Nacionalde Recursos Hdricos (PNRH) e da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, bem como orientar as revises eatualizaes do referido Plano. Os Relatrios de Conjuntura Informes buscam atualizar as informaes doRelatrio de Conjuntura no intervalo entre suas edies. Mais compactos, tm como objetivo avaliar, essen-cialmente, as modificaes relativas ao ano precedente, no que diz respeito ocorrncia de eventos hidrol-gicos extremos, s condies de qualidade das guas superficiais e aos demais fatos relevantes em relaoaos usos dos recursos hdricos, alm da evoluo da gesto. Ao fornecer uma viso atualizada, os Informestem, adicionalmente, a funo de subsidiar a elaborao do Relatrio de Conjuntura.Em 2009, a ANA lanou o primeiro Relatrio de Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil, a partir daconsolidao da melhor informao disponvel at 2007. Posteriormente, a ANA elaborou os Informes2010 e 2011, que coletaram a melhor informao disponvel at o ltimo ano de referncia desses docu-mentos. A figura 1 mostra a relao entre o Relatrio de Conjuntura e seus Informes. Relatrio de Relatrio de Relatrio de Conjuntura 2009 Conjuntura Conjuntura (pleno)Marco Zero2013 (ESTADO DA ARTE + BALANO DOS 4 ANOS) Informe InformeInforme Informe 20102011 20122014 Relatrio de Conjuntura Informes VARIAES ANUAIS 2006 2009 20102011 2012 2013 2014Figura 1 Processo de elaborao dos Relatrios de Conjuntura dos Recursos HdricosO Relatrio de Conjuntura Informe 2012, aqui apresentado, busca atualizar as informaes doRelatrio de Conjuntura Informe 2011, com base nos dados consolidados a partir da melhor in-formao existente at dezembro de 2011. Por estar sendo lanado no ano em que ocorrer a novaConferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel (Cnumadou Rio + 20) e no ano em que se celebra 15 anos da Lei das guas (Lei n 9.433/1997), o Informe2012 diferencia-se das edies de 2010 e 2011 ao trazer anlises histricas e informaes impor-tantes sobre como a gua vem sendo utilizada, gerenciada e monitorada nas duas ltimas dcadas. 21 22. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 Rio So Francisco - AL - Zig Koch / Banco de Imagens da ANA Os dados utilizados na elaborao deste documento, com diferentes formatos e perodos de atua- lizao, foram coletados na ANA, nos rgos gestores estaduais de recursos hdricos e meio am- biente e junto a agentes federais que detm informaes sobre os temas aqui abordados, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano (SRHU) e a Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministrio de Meio Ambiente (MMA), o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), a Secretaria Nacional de Irrigao (Senir) do Ministrio da Integrao Nacional (MI), entre outros. O estabelecimento de uma estru- tura complexa de apropriao da informao, por meio da articulao de uma rede de conexes entre iguais1 aperfeioada a cada ano, constitui importante conquista do Sistema Nacional de, Gerenciamento de Recursos Hdricos (Singreh) e permite a construo de uma viso do sistema como um todo, consolidando os Relatrios de Conjuntura como referncia para o acompanhamento sistemtico e peridico da condio dos recursos hdricos e de sua gesto. Assim sendo, este Informe est estruturado segundo dois grandes grupos temticos, a saber: Situao dos recursos hdricos: caracteriza, fundamentalmente, o estado geral dos recur- sos hdricos sob o ponto de vista quali-quantitativo, abrangendo a ocorrncia dos eventos hidrolgicos, principalmente precipitao, e seus rebatimentos nas vazes observadas e em eventos crticos (secas e enchentes); a situao dos setores usurios da gua; o balano entre oferta de gua e as demandas; e a situao da qualidade das guas superficiais. Como novidade, o Informe 2012 apresenta, no item de Disponibilidade hdrica superficial informa- , es sobre as principais barragens, audes e reservatrios, e em Demandas e usos mlti- plos os principais projetos pblicos de irrigao. Destacam-se, ainda, nesta edio especial, , a atualizao das demandas de recursos hdricos e a descrio da evoluo dos indicadores do setor de saneamento na ltima dcada. 1 MEADOWS, D. H. apud MARANHO, N. Sistemas de indicadores para planejamento e gesto dos recursos hdricos de bacias hidrogrficas. Tese (Doutorado em Engenharia Civil)/Universi-dade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.22 23. Situao da gesto dos recursos hdricos: caracteriza o estado da gesto dos recursosCONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 hdricos em escala nacional, com foco nas principais alteraes legais verificadas no pero- do; na organizao institucional do Singreh; na implementao dos instrumentos de geren- ciamento de recursos hdricos; nos comits e agncias de gua; e nos recursos financeiros provenientes da cobrana pelo uso da gua. Como novidade, o Informe 2012 apresenta uma avaliao dos 20 anos de gesto dos recursos hdricos no Brasil, desde a Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel (Eco 92), bem como o diagnstico da evoluo da rede nacional de monitoramento hidrometeorolgico e a avaliao da questo relativa segurana de barragens.O documento traz, ao final, uma anlise crtica dos temas abordados, considerando, desta vez, otema sob duas perspectivas: nacional e das regies hidrogrficas (RHs) brasileiras. O Informe 2012apresenta a anlise da evoluo dos dados caractersticos de situao e de gesto dos recursoshdricos no Brasil nos ltimos cinco anos, bem como fichas-sntese com os principais dados ca-ractersticos das 12 RHs representadas no mapa que constitui a figura 2. J a figura 3 rene osdiferentes temas abordados no Informe 2012. 70W 65W60W 55W 50W 45W40W 35W5N GUIANA 5NVENEZUELAGUIANA SURINAME FRANCESA N COLMBIA RRAP 0 0 ATLNTICO NORDESTE OCIDENTAL CE5S5S AMAZNICAMA ATLNTICOAM PARN NORDESTE PARNABA ORIENTAL PI PBPETO AL 10SAC10STOCANTINSSE ROBA PERU ARAGUAIA MT SO FRANCISCOATLNTICO GO LESTE 15S15SBOLVIA DFMS MG PARAGUAI 20S ATLNTICO ES 20S PARANSUDESTE SPRJ CHILE PARAGUAI PR 25S25SSCARGENTINA URUGUAI ATLNTICO SUL 30S RS 30SURUGUAI 70W 65W60W 55W 50W 45W40W 35WFigura 2 Regies hidrogrficas (RHs) brasileiras23 24. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil - Informe 2012 Anomalias de chuva Disponibilidade e Disponibilidade hdrica superficial qualidade das guas Qualidade das guasrecursos hdricos Usos consuntivosSituao dos Demandas e usos mltiplos Usos no consuntivos Balano quantitativo Balano hdrico Balano qualitativo Balano quali-quantitativo Eventos crticos VulnerabilidadesReduo da vegetao nativa Mudana climtica Histrico da gesto dos recursos hdricos Quadro institucional e legalAlteraes institucionais e legais Atuao dos organismos de bacia Monitoramento quantitativo da gua Monitoramento hidrometeorolgico Monitoramento qualitativo da gua Planos de recursos hdricos Planejamento de recursos hdricosSituao da gesto dos Enquadramento dos corpos dguarecursos hdricos Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos (Cnarh) Outorga de direito de uso de recursos hdricos Regulao do uso de recursos hdricos Alocao negociada de gua Certificado de Avaliao da Sustentabilidade da Obra Hdrica (Certoh) Fiscalizao do uso deFiscalizao dos usurios de recursos hdricos recursos hdricos Fiscalizao da segurana de barragens Resultados da cobrana em rios de domnio da Unio Cobrana pelo uso de recursos hdricosConsolidao dos valores cobrados pelo uso dos recursos hdricos Aplicao dos recursos Sistema de Informaes sobre Recursos Hdricos Abordagem nacional: Evoluo da situao e da gesto dos recursos hdricos no Brasilsituao e da gesto dos recursos hdricosAnlise crtica da Viso geral das 12 regies hidrogrficas Anlise comparativa das regies hidrogrficas Fichas-sntese Principais receitas da Unio para a gesto dos recursos hdricos Recursos alocados para o setor de recursos hdricos Contingenciamento de recursos financeiros Figura 3 Diviso temtica do Relatrio de Conjuntura Informe 201224 25. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 201225Chapada Diamantina - BA - Zig Koch / Banco de Imagens da ANA 26. 26CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 Situao dos 1Rio Tocantins-Araguaia - TO - Rui Faquini / Banco de Imagens da ANA recursos hdricos 27. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 20121 SITUAO DOS RECURSOS HDRICOSA situao dos recursos hdricos abrange, neste Informe, a ocorrncia dos eventos hidrolgicos, prin-cipalmente precipitao e seus rebatimentos nas vazes observadas e em eventos crticos (secas eenchentes); a situao dos setores usurios da gua; o balano entre a oferta de gua e as demandas;e a situao da qualidade das guas superficiais. Essas informaes foram estruturadas conforme es-quema indicado na figura 4.No item Disponibilidade hdrica superficial o Informe 2012 oferece informaes sobre as principais bar-,ragens, audes e reservatrios. Destaca-se ainda, no item Demandas e usos mltiplos , a atualizaodas demandas de recursos hdricos e a descrio da evoluo dos indicadores do setor de saneamentona ltima dcada, bem como os principais projetos pblicos de irrigao.Disponibilidade e qualidade das guas Anomalias de chuva Disponibilidade hdrica superficial Qualidade das guas Vulnerabilidades Situao dos Demandas e usos mltiplosEventos crticos recursosUsos consuntivos Reduo da vegetao nativa hdricos Usos no consuntivosMudanas climticas Balano hdrico Balano quantitativoBalano qualitativo Balano quali-quantitativoFigura 4 Organizao dos temas que compem o Grupo Temtico Situao dos Recursos Hdricos1.1 DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DAS GUASO Brasil apresenta uma situao confortvel, em termos globais, quanto aos recursos hdricos. A dis-ponibilidade hdrica per capita, determinada a partir de valores totalizados para o Pas, indica umasituao satisfatria, quando comparada aos valores dos demais pases informados pela Organizaodas Naes Unidas (ONU). Entretanto, apesar desse aparente conforto, existe uma distribuio espa-cial desigual dos recursos hdricos no territrio brasileiro. Cerca de 80% de sua disponibilidade hdricaesto concentrados na RH Amaznica, onde se encontra o menor contingente populacional, alm devalores reduzidos de demandas consuntivas.Dessa forma, o conhecimento da distribuio espacial da precipitao e, consequentemente, o daoferta de gua, alm da situao da qualidade das guas, de fundamental importncia para de-terminar o balano hdrico nas bacias brasileiras.Nesse item, feita, inicialmente, uma caracterizao do comportamento da chuva no Pas, pro-curando-se destacar a ocorrncia dos principais desvios no ano de 2011. Em seguida, procura-secorrelacionar os eventos de chuva com o comportamento da vazo em pontos de monitoramento 27 28. fluviomtrico localizados em grandes bacias brasileiras. Ademais, mostra-se a situao geral da CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 disponibilidade hdrica superficial no Brasil, com nfase particular para os audes localizados na Regio Nordeste. Ao final, traa-se um panorama com relao qualidade das guas. 1.1.1 Anomalias de chuva As anomalias de chuva consistem nos desvios de precipitao determinados a partir da comparao com as mdias histricas. No intuito de aprofundar a avaliao desses desvios, empregou-se o clculo do ndice de Precipitao Padronizada SPI (do ingls Standardized Precipitation Index). O SPI um dos ndices ado- tados pelo Inmet e permite classificar o regime de chuvas de extremamente seco a extremamente mido. Com relao anlise dos desvios anuais e semestrais, pode-se afirmar que: Ambas as abordagens revelam a predominncia de desvios positivos, ou seja, as precipitaes foramsuperiores s mdias histricas em vrias partes do Pas, especialmente no Norte, na RH Amaznica;ao Sul, na RH Atlntico Sul; e nas RHs Atlntico Nordeste Oriental e Tocantins-Araguaia. O padro dasanomalias diferiu do apresentado no Informe 2011 para o ano hidrolgico de 2010, quando tambmse verificaram desvios negativos em vrias partes do Pas. Entretanto, confirma-se a recorrncia dedesvios positivos na RH Atlntico Sul, conforme relatado nos Informes 2010 e 2011. Em 2011, a chuvaacima das mdias histricas nessa RH repercutiu em eventos crticos de cheia em vrios municpiosde Santa Catarina, conforme relatado no item 1.4.1 sobre Eventos crticos. No segundo semestre de 2011, entretanto, na RH do Paraguai e em parte da RH do Paran, foi verifi-cado desvio negativo, ou seja, precipitaes inferiores s mdias histricas. Com respeito anlise trimestral, pode-se afirmar que: O perodo de janeiro a maro de 2011 foi caracterizado por chuvas acima das mdias histricas, es-pecialmente nas Regies Sul, Norte e Nordeste do Pas, nas RHs Amaznica, Atlntico Sul, AtlnticoSudeste, Paran, Atlntico Nordeste Ocidental e Oriental. O trimestre de outubro a dezembro de 2011 foi caracterizado por desvios positivos nas RHs AtlnticoSudeste, Atlntico Leste, So Francisco e Tocantins-Araguaia, e desvios negativos nas RHs AtlnticoSul e Amaznica. A figura 5 aponta as anomalias de chuva anual, semestral e trimestral em 2011, de acordo com os pe- rodos mais significativos.O ndice de Precipitao Padronizada SPI (do in-gls Standardized Precipitation Index) corresponde Correspondncia entre SPI e Categorias de Climaao nmero de desvios-padro de que a precipitaocumulativa observada se afasta da mdia climatol- Valores SPI Categoriagica. O objetivo associar um valor numrico nico varivel precipitao, que possa ser comparado +2Extremamente midoentre regies e perodos do ano de climas bastantediferenciados. O SPI pode ser calculado para di- +1,50 a +1,99Severamente midoferentes escalas de tempo, significando o perodo +1,00 a +1,49Moderadamente midodurante o qual se acumula o valor de precipitao.Assim, o SPI1 corresponde precipitao mensal, o -0,99 a +0,99Prximo a normalSPI3 corresponde precipitao acumulada em pe-rodos de trs meses etc. usual utilizar-se uma as- -1,00 a -1,49Moderadamente secosociao entre faixas de valores do SPI e categoriasqualitativas de clima. A associao mais frequente -1,50 a -1,99Severamente secoa que vem sendo utilizada pelo IRI InternationalResearch Institute for Climate and Society (http:// -2,00Extremamente secoingrid.ldeo.columbia.edu/maproom/.Global/.Precipi-tation/SPI.html), traduzida na tabela a seguir. Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).28 29. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012Ano civil 2011 Semestre de jul. 2011 a dez. 20111 2 1 Desvios positivos nas Regies Hidrogrfi- 1 Desvios positivos nas Regies Hidrogrficas cas Amaznica, Tocantins-Araguaia,Atlntico Nordeste Oriental e Atlntico Sul. Atlntico Nordeste Oriental e Atlntico Sul. 2 Desvios negativos nas Regies Hidrogrficas do Paraguai e do Paran.Trimestre de jan. 2011Trimestre de out. 2011 a mar. 2011 a dez. 2011 12 1 2 Desvios positivos nas Regies Hidrogrfi- 1 Desvios positivos nas Regies Hidrogrficas Tocantins- cas Amaznica, Atlntico Nordeste Araguaia, So Francisco, Atlntico Leste e Atlntico Sudeste. Ocidental, Atlntico Nordeste Oriental, Atlntico Sudeste, Paran e Atlntico Sul.2 Desvios negativos nas Regies Hidrogrficas Amaznica e Atlntico Sul. Classes do ndice de Precipitao Padronizada SPIExtremamenteSev. Mod.PrximoMod.MuitoExtremamentesecoseco seco ao normal mido midomidoDesvios negativosDesvios positivos Fonte: Inmet e Agncia Nacional de guas (ANA). Superfcies de anomalias de precipitao geradas a partir de dados disponibilizados pelo Inmet.Figura 5 Anomalias de chuva anual, semestral e trimestral em 2011 29 30. A variao do escoamento nos rios, e como consequncia nos pontos de monitoramento fluviom- CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 trico, influenciada por diversos fatores, entre os quais se destaca a precipitao ocorrida na bacia de contribuio. Em 2011, destacam-se, entre outras, as vazes acima do normal registradas no Rio Capibaribe, em Pernambuco, em maio; no Rio Madeira, em Roraima, em junho; e no Rio Itaja-Au, em Santa Catarina, em setembro (figura 6).Vazes no Rio Branco, em Caracara/RR Vazes observadas no Rio Capibaribe, em Limoeiro/PE 1.200 900 800 1.000 700Vazo (m3/s)Vazo (m3/s)800600 500600 400400300 200200 100001-jan 1-fev 1-mar 1-abr 1-mai 1-jun 1-jul 1-ago 1-set 1-out 1-nov 1-dez1-jan 1-fev 1-mar 1-abr 1-mai 1-jun 1-jul 1-ago 1-set 1-out 1-nov 1-dezAno civil 2011 Vazes observadas no RioItaja-Au, em Blumenau/SC 1.600 # 1.400 1.200Vazo (m3/s) 1.000 #800600400200Blumenau/SC 0 1-jan 1-fev 1-mar 1-abr 1-mai 1-jun 1-jul 1-ago 1-set 1-out 1-nov 1-dez Caracara/RR Limoeiro/PE# Vazes dirias em 2011 Classes do SPI Extremos at dezembro de 2010ExtremamenteSev. Mod.Prximo Mod. MuitoExtremamente Faixas de anormalidade secoseco seco ao normalmidomidomidoFonte: Inmet e ANA. Figura 6 Efeito das chuvas em pontos de monitoramento em Roraima, Pernambuco e Santa Catarina 1.1.2 DISPONIBILIDADE HDRICA SUPERfICIAL A vazo natural aquela originada na bacia hidrogrfica sem qualquer interferncia humana como, por exemplo, usos consuntivos, derivaes, regularizaes, importaes e exportaes de gua. Essa condio nem sempre observada nas bacias em decorrncia das atividades antrpicas, que alteram as condies de uso e ocupao do solo e afetam diretamente o escoamento superficial.30 31. O parmetro de vazo natural mdia no o mais adequado para representar a disponibilidadeCONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012hdrica, uma vez que a descarga dos rios tem carter sazonal e exibe variabilidade plurianual. Osperodos crticos de estiagem, em termos de disponibilidade hdrica, devem ser avaliados a fim degarantir uma margem de segurana para as atividades de planejamento e gesto. As vazes deestiagem podem ser analisadas pela frequncia de ocorrncia de vazes em uma seo do rio dabacia hidrogrfica.Assim sendo, para o clculo da estimativa da disponibilidade hdrica de guas superficiais no Brasil, foiadotada a vazo incremental de estiagem (vazo com permanncia de 95%), para os trechos no regu-larizados, somada vazo regularizada pelo sistema de reservatrios com 100% de garantia. Em riossem regularizao, portanto, a disponibilidade foi considerada como apenas a vazo (de estiagem) compermanncia de 95% (ANA, 2007).2 A figura 7 apresenta a disponibilidade hdrica superficial estimadapara o Pas, resultante do clculo supradescrito. 70W 65W60W 55W 50W 45W 40W35WGUIANA 5NVENEZUELA GUIANA 5NSURINAME FRANCESANCOLMBIARR AP00z onasa AmRio ATLNTICO aNORDESTE baOCIDENTAL CEParn 5S 5SATLNTICO AM PA MARNAMAZNICA i NORDESTE oRaPI ORIENTAL aiPARNABAPB nsguPE nti ra TOAL 10S10S o Acaco ACsSE R i o Toci Ri ROBAn PERUTOCANTINSo Fra ARAGUAIAMT SATLNTICO 15S GOLESTE15Sio RBOLVIADF SOFRANCISCO MSPARAGUAIMG R io Gr an 20S20San deRESario TATLNTICO ie Pt SUDESTE ioPARAN R RJ CHILEPARAGUAI SP PR 25SRegio Hidrogrfica 25S3Disponibilidade hdrica (m /s)0,008SC 0,008 a 1ARGENTINA URUGUAI ATLNTICO 1 a 10 30S SUL30S 10 a 100RS 100 a 500500URUGUAIFonte: ANA. 70W 65W60W 55W 50W 45W 40W35WFigura 7 Disponibilidade hdrica superficial estimada para o Pas2 Agncia Nacional de guas. Disponibilidade e demandas de recursos hdricos no Brasil. Braslia: ANA/SPR, 2007.123p (Caderno de Recursos Hdricos, 2).31 32. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 UHE de Xing - Rio So Francisc - Anna Paola Michelano Bubel / Banco de Imagens da ANA Os reservatrios desempenham relevante papel na gesto de recursos hdricos pela capacidade de estocar e atender a diversos usos da gua, sejam eles consuntivos ou no consuntivos. Alm de armazenar gua nos perodos midos, podem liberar parte do volume armazenado nos perodos de estiagem, contribuindo, deste modo, para a garantia da oferta de gua para abastecimento e irrigao, por exemplo. O volume de gua armazenado em reservatrios artificiais per capita tem sido utilizado para avaliar o grau de estoque de gua em determinada regio. Segundo informaes do Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a comparao do volume armazenado de gua per capita pos- sibilita identificar o grau de vulnerabilidade hdrica para atender aos usos da gua. Neste Informe 2012, promoveu-se o levantamento do volume armazenado per capita para o Pas e por bacia hidrogrfica. Os reservatrios considerados para o clculo abrangeram as seguintes bases de dados: Reservatrios dos aproveitamentos do setor eltrico (Anexo 1). Audes da Regio Nordeste com capacidade superior a 10 hm3 monitorados pela Sala deSituao da ANA (Anexo 2). Principais reservatrios que so utilizados como manancial para o abastecimento de regiesmetropolitanas (RMs). O Brasil possui 3.607 m3 de volume armazenado em reservatrios artificiais por habitante. Esse valor superior a vrios continentes, como pode ser observado na figura 8.Amrica do Norte = 5.660 Amrica do Sul = 2.428Brasil = 3.607Oceania = 3.452 sia = 353Amrica Central e Caribe = 836 frica subsariana = 543Norte da frica e Oriente Mdio = 901 Europa = 1.486 Fonte: ANA. Adaptado de: WHITE 2005 apud McCARTNEY, M.; SMAKHTIN, V. In: Blue Paper. Water Storage in an Era of Climate Change: Addressing the Challenge of Increasing Rainfall Variability. International Water Management Institute, 2010. Disponvel em: www.iwmi.cgiar.org/Publications/Blue_Papers/PDF/Blue_Paper_2010-final.pdf. Figura 8 Capacidade de armazenamento per capita no mundo (m3/habitante)32 33. A anlise da tabela 1 revela que a RH do Tocantins-Araguaia a que apresenta o maior volumeCONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012armazenado per capita. Esse fator decorre, fundamentalmente, do volume armazenado em re-servatrios de grande porte do setor eltrico (Tucuru e Serra da Mesa) e do reduzido nmero depessoas residentes, quando comparada com as demais regies. A RH do Paran, em que pese sejaa de maior volume total armazenado (248.042 hm3), a que possui o maior nmero de habitantes(ex. RMs de So Paulo, Campinas e Curitiba), contribuindo para que o indicador de reservao percapita esteja em patamar intermedirio, quando comparado com as demais regies. Tabela 1 Capacidade de armazenamento, populao total e capacidadeper capita por regio hidrogrfica (RH)Capacidade dePopulaoCapacidade/per capita RH armazenamento (hm3)*total em 2010** (m3/hab.)* Amaznica21.140 9.694.7282.181 Atlntico Leste14.24215.066.543 945 Atlntico Nordeste Ocidental 6.244.419 Atlntico Nordeste Oriental25.992 24.077.328 1.080 Atlntico Sudeste10.50428.236.436 372 Atlntico Sul151.427 13.396.18011.304 Paraguai7.470 2.165.9383.449 Paran248.04261.290.2724.047 Parnaba7.453 4.152.8651.795 So Francisco74.06214.289.9535.183 Tocantins-Araguaia 115.7988.572.716 13.508 Uruguai13.289 3.922.8733.388 Total 689.420191.110.251 3.607 * Reservatrios dos aproveitamentos do setor eltrico (Anexo 1); audes da Regio Nordeste com capacidade superior a 10 hm; demais reser- vatrios que operam como manancial para abastecimento de regies metropolitanas. ** IBGE/Censo Demogrfico (2010).A anlise por bacia, mostrada na figura 9, revela concentrao de altos valores em Unidades dePlanejamento Hdrico (UPHs) da RH do Paran (reservatrios do setor eltrico situados nas Baciasdo Paranaba e Grande), parte da RH do So Francisco (Usinas Hidreltricas UHEs de Trs Ma-rias e Sobradinho), RH Tocantins-Araguaia (UHEs de Serra da Mesa e Tucuru) e na UPH Uatum,na RH Amaznica (UHE Balbina). Destacam-se ainda as UPHs localizadas na Regio Nordeste,onde a reservao est associada, fundamentalmente, aos audes construdos para garantia daoferta de gua na regio semirida.33 34. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 201270W 65W 60W55W 50W 45W 40W35WGUIANA5NVENEZUELA GUIANA 5N SURINAME FRANCESA N COLMBIA 00ATLNTICONORDESTEOCIDENTAL5S 5SAMAZNICAATLNTICO NORDESTEORIENTALPARNABA 10S 10SPERUTOCANTINSARAGUAIA ATLNTICO 15SLESTE15S BOLVIA SOFRANCISCO PARAGUAI 20S 20S ATLNTICO PARAN SUDESTE PARAGUAI Regio hidrogrfica 25SUF 25S Capacidade armazenada per capita (103 m3/hab.) na UPH 0 Menor que 5ARGENTINAURUGUAI ATLNTICO 30SEntre 5 e 10SUL30S Entre 10 e 25 Entre 25 e 100 Maior que 100Fonte: ANA.URUGUAI70W 65W 60W55W 50W 45W 40W35W Figura 9 Capacidade armazenada per capita por unidade de planejamento hdrico (UPH) Importante destacar que, at a institucionalizao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, os reservatrios estavam, em sua maioria, associados unicamente gerao energtica. No havia, em muitos casos, a preocupao em atender aos usos mltiplos da gua. Em funo disso, deve-se atentar para o fato de que grande parte dos reservatrios brasileiros no possui como finalidade o atendimento dos diversos usos consuntivos da gua. Com relao aos reservatrios do Nordeste, a ANA, em articulao com rgos gestores de recur- sos hdricos e o Dnocs, acompanha as condies de operao de 210 reservatrios com capaci- dade igual ou superior a 10 hm, localizados em seis estados da Regio Nordeste (Bahia, Cear, Paraba, Pernambuco, Piau e Rio Grande do Norte). Em 2011, de janeiro a dezembro, foi observado um acrscimo de 9,3% no volume inicial armaze- nado nesses reservatrios. Esse aumento deve-se, em parte, ao significativo acrscimo do volume acumulado de grandes reservatrios localizados nos estados do Cear (Castanho, Ors, Bana- bui) e do Rio Grande do Norte (Eng. Armando Ribeiro Gonalves), que somados representam34 35. 44,5% do volume armazenado no final de 2011 na Regio Nordeste. A tabela 2, a seguir, mostra a CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012evoluo dos volumes armazenados por estado em 2011.Tabela 2 Situao do reservatrio equivalente nos estados monitorados em 2011 Capacidade Vol. incio de 2011 Vol. final de 2011 Estado Variao (%) (hm3)*(hm3) % da capacidade (hm3)% da capacidadePI 1.734 1.195,20 69% 1.176,4968%-1 CE17.64410.195,0858%12.598,3771%13 RN4.261 2.792,42 66% 3.358,6979%13 PB3.636 2.240,67 62% 2.471,4868%6BA 3.504 1.652,30 47% 1.471,1642%-5 PE1.757 1.167,19 66% 1.185,8068%2 Nordeste 32.536 19.242,8659%22.261,9968%9* Nessa avaliao no foram considerados os reservatrios do setor eltrico.Ao avaliar a evoluo histrica do reservatrio equivalente dos estados do Nordeste (figura 10),observa-se uma recuperao contnua do volume armazenado nos audes da regio entre 2007 e2009, seguida de um decrscimo entre 2009 e 2010, conforme apresentado no Relatrio de Con-juntura Informe 2011. Entretanto, constatou-se relativa recuperao do volume acumulado nosaudes da Regio Nordeste entre janeiro e outubro de 2011, decorrente de chuvas acima da mdiahistrica em 2011 (figura 5), notadamente nos estados do Cear, Rio Grande do Norte e Paraba. 105% 95% Percentual de armazenamento (%) 85% 75% 65% 55% 45% 35% 25%Out. 2006 Out. 2007Out. 2008Out. 2009Out. 2010 Jan. 2011Out. 2011Dez. 2011PICE RN PB BAPE Nordeste Fonte: ANA.Figura 10 Evoluo histrica do reservatrio equivalente dos estados do Nordeste1.1.3 QUALIDADE DAS GUASAs anlises de qualidade de gua apresentadas neste Informe baseiam-se em dados secundrios pro-venientes de 17 Unidades da Federao (UFs) que operam redes prprias de monitoramento. Estas re-des so geridas por diversas entidades, tais como: Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Fe-deral Caesb (DF), Companhia de Gesto dos Recursos Hdricos do Estado do Cear Cogerh (CE),Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de So Paulo Cetesb (SP), AgnciaEstadual de Meio Ambiente de Pernambuco CPRH (PE), Fundao Estadual de Proteo Ambiental Hen-rique Luiz Roessler Fepam (RS), Instituto Ambiental do Paran IAP (PR), Instituto Estadual de Meio 35 36. Ambiente e Recursos Hdricos do Esprito Santo Iema (ES), Instituto Mineiro de Gesto das guas Igam CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 (MG), Instituto de Gesto das guas do Estado do Rio Grande do Norte Igarn (RN), Instituto do Meio Am- biente do Estado de Alagoas IMA (AL), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul Imasul (MS), Instituto Estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro Inea (RJ), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hdricos da Bahia Inema (BA), Instituto guas Paran (PR), Companhia de Saneamento do Tocantins Saneatins (TO), Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso Sema (MT), Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Estado de Gois Semarh (GO) e Superintendncia de Administrao do Meio Ambiente do Estado da Paraba Sudema (PB). Dados da Rede Hidrometeorolgica Nacional, operada pela ANA, tambm foram utilizados para a anlise do oxignio dissolvido. Em contraste com as demais anlises apresentadas neste Informe, feitas com dados de 2011, as anli- ses de qualidade da gua so baseadas em dados coletados em 2010, em funo do tempo necessrio para reunir, consistir e disponibilizar as informaes. Os parmetros fsico-qumicos amostrados em 2.259 pontos de monitoramento distribudos pelo Pas foram utilizados em diferentes tipos de anlise, assim como para o clculo dos ndices de Qualidade das guas (IQA) e de Estado Trfico (IET). Entre as aes de aprimoramento do monitoramento da qualidade das guas, destaca-se a Resoluo da ANA n 724, de 3 de outubro de 2011. Esta resoluo estabeleceu procedimentos padronizados para coleta e preservao de amostras de gua para fins de monitoramento no mbito do Programa Nacional de Avalia- o da Qualidade das guas (PNQA) e aprovou o Guia Nacional de Coleta e Preservao de Amostras de gua, Sedimento, Comunidades Aquticas e Efluentes Lquidos. Tambm no mbito do PNQA, a ANA, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, apresenta o Panorama da Qualidade das guas Superficiais no Brasil - 2012, que oferece um diagnstico da qualidade das guas nas 12 Regies Hidro- grficas brasileiras, alm de uma sntese nacional, segundo uma metodologia que abrange no somente o estado das guas, mas tambm as presses a que esto submetidos os recursos hdricos e as respostas institucionais voltadas para a recuperao da qualidade das guas. As informaes sobre qualidade das guas apresentadas neste Informe consistem num extrato da referida publicao, a qual deve ser sempre consultada por aqueles que desejam informaes mais detalhadas sobre esse tema. Dessa forma, o In- forme 2012 e o Panorama da Qualidade das guas Superficiais no Brasil - 2012 so complementares: o Informe cobre toda a gama de temas relacionados com o estado dos recursos hdricos; enquanto o segundo aprofunda as questes relacionadas com a qualidade das guas continentais superficiais. ndice de Qualidade das guas (IQA)3 O IQA particularmente sensvel contaminao pelo lanamento de esgotos, sendo um ndice de refe- rncia normalmente associado qualidade da gua bruta captada para o abastecimento pblico aps tra- tamento. Portanto, os resultados de IQA so relativos e devem ser interpretados levando em considerao o uso da gua analisada. Por exemplo, um valor de IQA baixo pode indicar a m qualidade da gua para o abastecimento, porm a mesma gua pode ser utilizada sem problemas em outros usos como a navegao ou a gerao de energia, por exemplo. Apesar destas limitaes, o IQA um ndice de qualidade bastan- te empregado no Brasil atualmente, podendo ser utilizado como referncia entre diferentes corpos dgua. O IQA foi calculado para 1.988 dos 2.259 pontos de coleta em 2010. Os pontos utilizados para a anlise foram distribudos nas classes do IQA, conforme representado na figura 11 e na figura 12. Considerando os valores mdios do IQA4 neste ano, observa-se uma condio tima em 6% dos pontos de monitoramento, boa em 75%, regular em 12%, ruim em 6%, e pssima em 1% (figura 12). 3Neste Informe no so apresentados os valores de IQA calculados pelas prprias entidades responsveis pelo monitoramento nas UFs, em virtude das variaes entre as frmulas utilizadaspara o clculo. Os valores de IQA aqui apresentados foram calculados a partir dos valores dos parmetros informados pelas UFs com o intuito de uniformizar a forma de clculo do IQA etornar os valores comparveis para todo o territrio nacional. 4 O IQA mdio anual de um ponto de monitoramento calculado a partir da mdia dos valores do ndice obtidos nas medies realizadas naquele ponto durante o ano.36 37. Os pontos de monitoramento cujos valores mdios de IQA levaram a sua classificao como ruins ou ps- CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012simos foram, em sua maioria, detectados em corpos hdricos que atravessam reas urbanas densamentepovoadas, como regies metropolitanas das capitais e das grandes cidades do interior. Este fato deve-se aolanamento de grandes cargas de efluentes tratados ou esgotos domsticos lanados in natura nos corposhdricos. O quadro 1 apresenta a lista das bacias e rios com pontos com IQA ruim e pssimo. Alguns pontosde monitoramento localizados em regies fortemente industrializadas, que normalmente coincidem com asmais populosas, tambm se encontram nessas categorias de IQA, conforme observado no mapa apresen-tado na figura 11. 70W 65W 60W55W 50W 45W40W 35W GUIANA 5N VENEZUELA GUIANA 5N SURINAME FRANCESANCOLMBIA RR AP0 0 ATLNTICO !NORDESTE! ! ! ! ! ! !! ! ! ! CE ! ! !OCIDENTAL ! !! 5S ! ! ! ! ! !!! !5SMA ! ! ! !! !! ! AMPA ! !ATLNTICO ! ! !RN ! ! ! !!!! ! !!!! ! ! ! ! ! ! ! !!! !! ! ! !!!!!!! AMAZNICA!! !NORDESTE!!! !!! !!!!!! !! ! !! !! !!! !! ! ! ! !!! ! ! ! !!! ! ! ! !!! ! ! !!PI PB !! ORIENTAL!! ! !! !! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! !!!! ! ! !!!!!!!!!! ! !!!! ! ! !! !!PARNABA ! ! ! !!!!! ! !!! ! PE !!! !! ! !!!!!! ! !!! ! !!TO !!! ! !! !!! AL ! !!!!!! ! ! !!10S AC ! !! ! !!!! ! !! !!!!10S!! SE!! !! !!!!!! ! !!! !TOCANTINS !! RO ! !ARAGUAIA! !! ! ! ! BA !!! ! ! ! ! ! ! ! !! !!! !!PERU ! !! !! ! ! !! !! ! ! !!! !! ! ! ! !! !!! !!! !! ! ! ! !!! ! !!!! ! ! !!! ! !!! !!! !!! !! ! !!SO FRANCISCO !! ! ! !!!! ! !! ! ! !! ! !! !!!!!!! ! !!! ! !!!!!!!!!! MT ! ! ! !!! ! !! ! ! !! !!! !!! ! !! ! ! ! ! !! !! ! !! ! ! ! !! !15S! ! !! ! !!!! ! !GO!! ! ! ! ! ATLNTICO! !!! !! !!!! !!!!!15S ! ! !! !! LESTE! ! !! ! !! !! !! !! !!!!!!!!!! ! ! ! !! !! !! ! ! ! ! !!! ! ! BOLVIA! !!!! !! ! !! ! !!!!! !!!! ! ! !! ! !!!! ! !! ! ! ! !!! !! !!! ! ! !! !! !! DF !!! ! ! !! ! ! ! !! ! ! ! ! ! !! ! ! ! ! ! ! !!! !! ! !!!! !! ! !!! ! ! ! !! ! !!! !!! !!! !! !! ! !! !!! ! ! ! !!!! ! ! ! !! !! !!!! ! ! !! ! MS !! !!! ! MG ! ! ! ! ! !! ! !! ! ! ! ! ! ! !! !!! !!!!!! !! !!! ! !! !! !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !! !! ! !! ! !! !! ! ! !!! !!! ! !!!!!! ! ! ! ! ! !!!! !!!!PARAGUAI !! !! !! !!! !! ! !! !! ! ! ! ! ! ! !!! ! !!! !!!! !! !!!! !! ! ! ! ! !! !! !!! !! !! !! ES!20S! !! !!! !! ! !! !! !! ! !!! !!! !!! !!!!! ! ! !!! ! !!! !!! !!! ! ! !!!! ! !! ! ! !! ! !! ! !20S ATLNTICO !!!!! !!! ! ! ! ! !! ! ! !!!! !!! ! ! ! ! ! !!! ! ! !! ! !!! !! ! ! !! ! !! ! ! !!!! !!!!! ! ! !!! !!! ! ! ! !!! ! ! ! !! !! ! ! !! ! ! ! ! ! ! !!!!!! !! ! !!!!!!!!! ! ! ! SUDESTE! !! !!!!!! !! ! !!! !!! ! ! ! ! !! ! !!!! !! ! ! !!! !!!!! ! !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !! !!! !! ! !! ! !!! ! ! !! ! !!! !!!!! ! !! ! !!!! !! ! ! ! PARAN RJ ! ! !! ! !! ! ! !! ! ! ! !! ! !!! ! ! !!!!! !! ! ! !! ! !! ! !!!! !!! ! !! !! !! !! !!! ! ! ! !! ! ! !!! ! !! !! ! ! ! ! !! ! ! !! ! ! ! ! ! !! ! !!!! !! !!! !!! !! ! !! !! ! ! ! !! ! ! ! ! ! !! !!!!! ! !! ! !!!! !! ! !! !!!!! !!!! ! ! ! !!! ! CHILE PARAGUAI SP ! ! ! !! !!! ! ! ! ! ! !! ! !!! !!!! !!! ! ! !! ! ! !!!! !! ! !! !! !!! ! ! !!!!! !! !!!!!! !! !! !!!! ! !!!! ! ! ! ! !!!!!! ! ! ! !! !! ! !! !!!!! ! !!! ! ! !! ! ! !! ! !!!! ! ! !!!! ! !!!!!! ! !! ! !!! !! !! ! !!!! ! !!!!! ! ! !! ! !25S Regio Hidrogrfica PR ! !!!! !! ! ! !!25S ! ! ! !! ! ! ! ! ! ! !!!!!! !!!!!!!!!!!!!! !!!!!! ! !!!!!! ! ! !! UF !! ! !! !!!! !!! ! !!! !!! ! !! !!! ! !!! ! IQA SC !! !!!! !! !!!!!!! !! !!! !!! ! ! !! ! ! Pssima (0-19)! !!! ARGENTINAURUGUAI Ruim (19-36) RS30S Regular (36-51)ATLNTICO 30S Boa (51-79) SUL Fontes: IMA (AL), Inema (BA), Cogerh (CE), Adasa (DF), Caesb (DF), tima (79-100)Iema (ES), Semarh (GO), Sema (MT), Imasul (MS), Igam (MG), Sudema (PB), IAP (PR), AguasParan (PR), CPRH (PE), Inea (RJ), Igarn (RN),URUGUAI Fepam (RS), Cetesb (SP), Saneatins (TO). 70W 65W 60W55W 50W 45W40W 35WRegio Metropolitana (RM) de So Paulo Alto Tiet RM de Belo Horizonte - Rio das Velhas ! ! RM de Curitiba - Alto Iguau!! ! !!! ! ! !! !!! ! !!!!! ! !!! !!!!! !! !! ! ! !! ! ! Belo Horizonte ! !! !! ! !!! !!!! !!! ! !! ! ! !! ! ! ! Rio Tiet!!! ! ! ! !as ! !!! ! !!!! ! !!! ! ! ! !!! !Curitiba !!! s Velh!!! !!!! !! !! !! ! !!!! !!! ! !!! !!! ! ! ! ! ! !!! ! ! !! SP !!!!! !! !! ! ! !!! !! !! ! MG! ! !! PR Rio da!!! !! ! ! !! !!! ! ! !! !!!! ! !! !! ! ! !!!!! !! ! !! !!!! ! !!! ! ! !!! ! !! !!!! !!!!! ! ! !! ! ! ! ! ! ! !! ! !! !!!! ! !!! !!! ! !!! ! ! ! !!! !!! !! !!! !! !!Figura 11 ndice de Qualidade das guas (IQA) em 2010 37 38. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 20126%1% 6%12% 75%timaBoa Regular RuimPssima Obs.: IQA 2010 (1.988 pontos). Figura 12 Distribuio percentual das classes do IQA para os 1.988 pontos de amostragem em 2010Quadro 1 Bacias e respectivos corpos dgua que em 2010 apresentaram pontos com IQA ruim ou pssimoRH Bacias e respectivos corpos dgua com pontos em situao ruim ou pssima Bacia do Alto Tiet: Rio Tiet, Rio Tamanduate, Reservatrio Edgard de Souza, Rio Pinheiros, Rio Aricanduva, Reservatrio de Pirapora, Reservatrio de Rasgo, Ribeiro Pires, Rio Baquiruvu-Guau, Rio Juqueri, Ribeiro das Pedras, Ribeiro dos Meninos, Ribeiro Pinheiros, Ribeiro Itaquera. Bacia do Rio Sorocaba: Rio Tatu, Rio das Conchas. Bacia do Alto Iguau: Rio Iguau, Rio Passauna, Rio Barigui, Rio Ira, Rio Padilha, Rio Palmital, Rio gua Verde, ParanRio Belm, Rio Parolim, Rio Fany, Rio Ivo. Bacia do Rio Grande: Ribeiro So Domingos, Crrego Liso, Ribeiro Pirapetinga. Bacia do Rio Mogi-Guau: Rio Mogi Mirim, Rio das Araras. Bacia do Rio Piracicaba: Ribeiro Tatu, Rio Capivari, Ribeiro Tijuco Preto, Ribeiro Lavaps, Rio Quilombo, Ribeiro Trs Barras. Bacia do Rio Jundia: Rio Jundia. Bacia do Rio das Velhas: Ribeiro Arrudas, Ribeiro do Ona, Crrego Bernardo Monteiro, Crrego Sarandi, Crrego da Av. Dois, Crrego Cabral, Crrego da Luzia, Crrego Gandi, Crrego Ressaca, Crrego da Av. Nacional, Crrego dos Munizes, Crrego Bom Jesus, Crrego gua Funda, Ribeiro Poderoso, Crrego Flor dgua, Crrego da Avenida Tancredo Neves. So Francisco Bacia do Rio Par: Ribeiro da Fartura, Crrego do Pinto. Bacia do entorno da represa de Trs Marias: Ribeiro Marmelada Bacia do Rio Paraopeba: Rio Betim, Ribeiro das Areias. Bacia do Rio Verde Grande: Ribeiro dos Vieiras Bacia do Recncavo Norte: Rio Ipitanga, Rio Joanes, Rio Muriqueira, Rio Camaari, Rio Jacupe, Rio Jacarecanga. Bacia do Rio Cachoeira: Rio Colnia, Rio Cachoeira. Atlntico Bacia do Rio de Contas: Rio do Peixe, Rio Jequiezinho Leste Bacia do Rio Itapicuru: Rio Itapicuru Mirim. Bacia do Rio Paraguau: Rio do Maia, Rio Suba, Riacho Principal. Bacia do Rio Real: Rio Real Bacia do Rio Paraba do Sul: Ribeiro Meia Pataca, Rio Paraibuna. Atlntico Bacia do Rio Jucu: Rio Itangu, Rio Marinho, Rio Formate, Rio Aribiri Sudeste Bacia do Rio Santa Maria: Rio Bubu Bacias afluentes Baa de Sepetiba: Rio Queimados, Rio Ipiranga, Rio Cabuu ParaguaiBacia do Rio Miranda: Crrego Bonito Atlntico NordesteBacia do Rio Japi: Rio Currais Novos OrientalObs.: em relao lista apresentada no Relatrio de Conjuntura Informe 2011, a ausncia de alguns corpos dgua na lista atual se deve ausncia de dados ou a melhorias da qualidade de gua, as quais so apresentadas no quadro 2.38 39. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 Rio Piracicaba - SP - Toms May / Banco de Imagens da ANAAnlise da tendncia do IQA para o perodo 2001-2010A partir das sries histricas fornecidas por algumas UFs foi possvel analisar a tendncia do IQA para operodo 2001-2010. Os estados que apresentaram dados disponveis para o perodo 2001-2010 foram EspritoSanto, Gois, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paran e So Paulo. A metodologia utilizadae a anlise detalhada dos resultados esto apresentadas na publicao Panorama da Qualidade das guasSuperficiais do Brasil. Entre os 658 pontos analisados, ilustrados na figura 13, 47 pontos (7%) apresentaramtendncia de aumento do IQA, 45 pontos (7%) apresentam tendncia de reduo e 569 pontos (86%) man-tiveram os valores estveis ao longo do perodo 2001-2010. Vale ressaltar que essa anlise se refere apenasaos pontos analisados nas sete UFs que apresentavam sries histricas disponveis, no sendo, portanto,representativa do que ocorre nas 27 UFs. Alguns pontos de monitoramento que apresentaram tendncia deaumento ou reduo dos valores mdios de IQA ao longo do perodo 2001-2010 so destacados tambm nafigura 13. O quadro 2 e o quadro 3 listam, na ntegra e respectivamente, os pontos com melhora e piora doindicador, juntamente com os motivos provveis para as tendncias observadas. 39 40. CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012BAN BADFMT GO Velhas BOLVIA MGESPar MSMogi-GuauIvinhema Pontal doTiet/JacarRJMdio ParanapanemaParanapanema Alto Paraba PARAGUAI Tiet/Sorocabado SulAlto TietTendncia do IQA (2001-2010) PRPiora UPH com presenasignificativa de pontosSem tendncia identificadacom tendncia de pioraAlto-Iguau MelhoraUPH com presenasignificativa de pontoscom tendncia de melhoraRegio HidrogrficaUFSC Fontes: Cetesb (SP), Igam (MG), Imasul (RS), Sema (MT),RS guas Paran (PR), IAP (PR) e Iema (ES). Figura 13 Pontos de monitoramento utilizados na anlise de tendncia do IQA, com destaque para alguns exemplos onde houve piora ou melhora do indicador, no perodo da anlise Entre os pontos que apresentaram aumento do IQA, destacam-se aqueles localizados em So Paulo, um dos estados que mais investiu em saneamento na ltima dcada. Ressalta-se a recupe- rao de vrios rios na Bacia do Rio Tiet (Rios Sorocaba, Jundia, Jacar-Guau, Jacar Pepira) e nas Bacias dos Rios Paraba do Sul, Paranapanema e Grande. Na Bacia do Rio So Francisco, destaca-se a recuperao do Rio das Velhas, resultado dos investimentos em tratamento de esgo- tos da RM de Belo Horizonte. Alm do tratamento dos esgotos, outros motivos provveis para as tendncias de aumento do IQA so o aumento das vazes efluentes de reservatrios ou o aumento das precipitaes que diluem as cargas de esgotos, alm do controle de fontes industriais. Entre os pontos que apresentaram reduo do IQA, destacam-se aqueles localizados na Bacia do Alto Iguau, no estado do Paran, na Bacia do Rio Mogi-Guau, em So Paulo, na Bacia do Rio Ivinhema, no Mato Grosso do Sul, e na Bacia do Rio Par, em Minas Gerais. Os provveis motivos das tendncias observadas so geralmente o aumento da carga de esgotos domsticos nos cen- tros urbanos, consequncia do aumento populacional, que no foi acompanhado por investimentos em saneamento. No meio rural, a poluio de origem difusa e o uso do solo sem manejo adequado causam o assoreamento e o aporte excessivo de nutrientes para os corpos hdricos, contribuindo para a reduo da qualidade da gua. importante assinalar que os pontos onde h tendncia de piora na qualidade da gua no so necessariamente os piores casos.40 41. Quadro 2 Pontos de monitoramento com tendncia de aumento dos valores do IQA no perodo 2001-2010CorpoCdigo IQA RHBaciaMunicpioEstado Entidade Motivo provvel da tendnciadguado Ponto 2001 2005 2010 Rio das Velhas Santa Luzia MGBV105Igam 27 35 41Implementao da ETE Ona em Belo Horizonte (Fonte: Igam, 2012). Rio das VelhasBelo Horizonte MGBV083Igam 34 40 49Implementao da ETE Arrudas em Belo horizonte (Fonte: Igam, 2012). So FranciscoVelhas Rio das Velhas Lagoa Santa MGBV137Igam 29 44 42Implementao das ETEs Ona e Arrudas em Belo Horizonte(Fonte: Igam, 2012). Rio das Velhas Santa Luzia MGBV153Igam 25 30 39 Ribeiro das Neves Pedro LeopoldoMGBV160Igam 32 46 47Motivo no identificado.Aumento da rede coletora de esgoto de Curitiba. (Fonte: guas Alto IguauRio Bacacheri Curitiba PR 65007020guas Paran28 36 39Paran, 2012). Aguape Rio AguapeIacriSP AGUA02100 Cetesb56 63 67Menores ndices pluviomtricos (Fonte: Cetesb. 2009).Motivo no identificado. Aumento do IQA relacionado varivel Rio BatalhaReginpolisSP BATA02800 Cetesb63 67 71Coliformes Termotolerantes (Fonte: Cetesb, 2011). Reserv. Billings - Brao doSistema de flotao do Rio Pinheiros (encerrado em dezem- So Paulo SP BITQ00100 Cetesb71 77 83 Taquacetubabro/2009) (Fonte: Cetesb, 2011).Investimentos em saneamento na Regio Metropolitana deRio CotiaBiritiba-MirimSP COTI03800 Cetesb30 35 43So Paulo (Fonte: Cetesb, 2012a).Entrada em operao de ETEs em Vinhedo e Monte Mor (Fonte: Rio CapivariMonte Mor SP CPIV02200 Cetesb23 28 32Cetesb, 2012a).Rio Sorocaba SorocabaSP SORO02100 Cetesb26 36 41Implementao da ETE Sorocaba (Fonte: Cetesb, 2012a). Paran Rio Sorocaba SorocabaSP SORO02200 Cetesb32 35 41 Tiet Rio Tiet So Paulo SP TIET04170 Cetesb17 20 24Investimentos em saneamento e reduo das cargas indus-triais na Regio Metropolitana de So Paulo (Fonte: Cetesb,Reservatrio Edgard de Souza Santana de Parnaba SP TIES04900 Cetesb15 17 172012a).Motivo no identificado. Houve reduo de Coliformes Termo- Reservatrio de Trs IrmosPereira BarretoSP TITR02800 Cetesb84 86 90tolerantes (Fonte: Cetesb, 2012a).Aumento das vazes afluente do Reservatrio Jaguari (operao Rio Jaguari Bragana Paulista SP JAGR02100 Cetesb34 35 49do Banco de guas do Sistema Cantareira) (fonte: Cetesb, 2010).Rio Jacar-GuauAraraquara SP JCGU03400 Cetesb51 56 67Aes de saneamento em So Carlos(Fonte: Cetesb, 2012a).Rio Jacar-GuauIbitinga SP JCGU03900 Cetesb56 61 64Reservatrio do Rio JundiaMogi das Cruzes SP JNDI00500 Cetesb75 79 83Obras no sistema produtor do Alto Tiet.Rio Jacar-Pepira BocainaSP JPEP03500 Cetesb64 64 74Tratamento de 85% dos esgotos de So Carlos (fonte: Cetesb, 2009). Rio JundiaSaltoSP JUNA04900 Cetesb18 21 27Obras no sistema produtor do Alto Tiet (Fonte: Cetesb, 2012a).Continua... CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 201241 42. 42 CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 Continuao Quadro 2 Pontos de monitoramento com tendncia de aumento dos valores do IQA no perodo 2001-2010 CorpoCdigo IQA RH Bacia Municpio Estado Entidade Motivo provvel da tendncia dguado Ponto 20012005 2010Rio Pardo PontalSP PARD02600Cetesb 5657 62GrandeImplementao de ETEs em Ribeiro Preto (Fonte: Cetesb, 2012).Rio PardoBarretos SP PARD02800Cetesb 5964 67Rio Paran Castilho SP PARN02100Cetesb 7588 91Reduo da carga de esgoto de Castilho (Fonte: Cetesb, 2012a).ParanMelhora na qualidade do Rio Santo Anastcio, que afluente do rio ParanRio ParanRosanaSP PARN02900Cetesb 8584 92(Fonte : Cetesb, 2011).Incio de operao das ETEs dos municpios de Canitar eRio ParanapanemaJacarezinho SP PARP02500Cetesb 6972 78Chavantes em 2009 e melhoria na eficincia da ETE de Paran Ourinhos de 66% em 2004 para 95% em 2010 (Fonte: Cetesb, 2011).Tratamento de 100% de esgoto domstico de Presidente Prudente elvaresRio Santo Anastcio SP STAN04400CetesbND 17 51reduo na produo de curtimento de couro e consequente reduo Machadoda vazo do efluente lquido (Fonte: Cetesb, 2012b). ParanapanemaMelhoria na eficincia da ETE de Ourinhos de 66% em 2004 paraRio PardoOurinhos SP PADO02600Cetesb 5753 6595% em 2010 (Fonte: Cetesb, 2012a).Motivo no identificado. Houve reduo de Coliformes Termotoleran-tes que, a partir de 2005, no apresentaram resultados acima de 100Taciba/Rio ParanapanemaSP PARP02750Cetesb 7482 88UFC/100mL, exceto em duas campanhas. Houve aumento do Oxignio PorecatuDissolvido, que a partir de 2007 apresentou 70% dos resultados acimade 7 mg/L (Fonte: Cetesb, 2012a).Melhorias no saneamento em Cubato: substituio das lagoas Litoral Sul de facultativas por lagoas aeradas, implantao de nova ETE em 2009 e Rio Cubato CubatoSP CUBA03900Cetesb 4955 58 SP aumento de 30 para 55% das ligaes de esgoto coletado e tratado(fonte: Cetesb, 2011).Crrego das TocasIlhabela SP TOCA02900CetesbND 75 78Obras de saneamento em Ilhabela (Fonte: Cetesb, 2012a). Atlntico SudesteRio Grande UbatubaSP GRAN02400Cetesb 6975 80Motivo no identificado.Litoral Nortede SP O lixo a montante do ponto de monitoramento foi desativadoRio Grande UbatubaSP GRAN02800CetesbND 72 74(Fonte: Cetesb, 2010).Motivo no identificado. Houve reduo dos Coliformes Termotoleran- SoRio So Francisco SP SAFO00300Cetesb 6683 80tes que, a partir de 2005, apresentaram cerca de 85% dos resultados Sebastioabaixo de 500 UFC/100mL (Fonte: Cetesb, 2012a). Continua... 43. Continuao Quadro 2 Pontos de monitoramento com tendncia de aumento dos valores do IQA no perodo 2001-2010 CorpoCdigo IQA RH BaciaMunicpio Estado Entidade Motivo provvel da tendncia dguado Ponto 2001 2005 2010 Visconde doRio XopotMG BS077 Igam22 34 38Motivo no identificado. Rio BrancoRibeiro UbBarbacena MG BS071 Igam21 30 41Motivo no identificado. Alterao do manejo das vazes aumentou o volume do reservatrioReservatrio do JaguariSanta IsabelSP JAGJ00200 Cetesb 57 64 80a partir de 2002. Transposio de parte dos esgotos de Aruj para a bacia do Tiet (Cetesb, 2010). Motivo no identificado. Houve reduo de Coliformes TermotolerantesRio Paratei JacareSP PTEI02900 Cetesb 51 58 58que, a partir de 2007 apresentaram cerca de 85% dos resultados abaixo, de 5000 UFC/100mL (Fonte: Cetesb, 2012a).Rio Paraba do SulJacareSP PARB02050 Cetesb ND 72 76 Paraba do SulAumento das vazes efluentes do Reservatrio de Santa Branca (Fonte: Cetesb, 2010; Cetesb, 2011).SantaRio Paraba do Sul SPPARB02100Cetesb 65 72 75 AtlnticoBranca Sudeste Implementao da ETE em Guararema. Aumento das vazes efluen-Rio Paraba do SulJacareSP PARB02200 Cetesb 56 69 66 tes do Reservatrio de Santa Branca (Fonte: Cetesb, 2012a).So JosRio Paraba do Sul SP PARB02300 Cetesb 44 51 61 dos CamposImplementao de ETEs em Guararema, Jacare e So Jos dos Campos. Aumento das vazes efluentes do Reservatrio de Santa Branca (Fonte: Cetesb, 2010; Cetesb, 2011).So JosRio Paraba do Sul SPPARB02310Cetesb 50 57 65 dos Campos Melhoria do saneamento das cidades a montante e aumento das vazesRio Paraba do SulLorena SP PARB02700 Cetesb 50 54 60 efluentes do Reservatrio de Santa Branca (Fonte: Cetesb, 2012a).Rio do Carmo MarianaMG RD009 Igam54 61 72Obras de saneamento em Mariana (MG). (Fonte: Igam, 2012). Doce CoronelRio PiracicabaMG RD034 Igam55 58 71Motivo no identificado.Fabriciano ND: dado no disponvel Fontes: guas Paran, 2012. Comunicao do Instituto guas Paran. Cetesb. 2009. Relatrio de Qualidade das guas Interiores do Estado de So Paulo - 2008. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Secretaria do Meio Ambiente. Srie Relatrios. So Paulo. Cetesb. 2010. Relatrio de Qualidade das guas Superficiais no Estado de So Paulo - 2009. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Srie Relatrios. So Paulo. Cetesb. 2011. Relatrio de Qualidade das guas Superficiais no Estado de So Paulo - 2010. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Srie Relatrios. So Paulo. Cetesb, 2012a. Comunicao da Companhia Ambiental do Estado de So Paulo Cetesb. 2012b. Relatrio de Qualidade das guas Superficiais no Estado de So Paulo - 2011. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Srie Relatrios. So Paulo. Igam , 2012. Comunicao do Instituto Mineiro de Gesto das guas. Classificao dos valores do IQA:Pssima (0 a 19) Ruim (20 a 36)Regular (37 a 51)Boa (52 a 79)tima (80 a 100)CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 201243 44. 44CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 Quadro 3 Pontos de monitoramento com tendncia de piora dos valores do IQA no perodo 2001-2010Corpo CdigoIQA RH Bacia Municpio EstadoEntidade Motivo provvel da tendnciadgua do Ponto 20012005 2010Adensamento populacional acentuado na regio. (Fonte:Rio Tumiri PinhaisPR65006020 guas Paran7261 60Aguas Paran, 2012).Alto So Jos dos Instalao de captao de gua a montante do ponto e con- Rio Ira PR65006075 guas Paran5539 34Iguau Pinhaissequente reduo da vazo. (Fonte: Aguas Paran, 2012).Comprometimento da qualidade da gua se d principal- Rio Iraizinho PiraquaraPRAI43 IAP 6556 58mente pelo despejo de esgotos. (Fonte: IAP, 2009). Reservatrio BillingsInfluncia da operao de controle de cheias da Bacia do So PauloSP BILL02100 Cetesb6669 56 Brao Boror Alto Tiet. (Fonte: Cetesb, 2012a).Motivo no identificado. Houve aumento dos ColiformesTermotolerantes (55% dos resultados acima de 2000 Divisa Paulnia/ Rio JaguariSP JAGR02500 Cetesb6355 54UFC/100mL a partir de 2005), e do Fsforo (em 2001Cosmpolisapresentou mdia de 0,15 mg/L e em 2010 mdia de 0,45mg/L). (Fonte: Cetesb, 2012a).Aumento da carga de esgotos urbanos de Artur Nogueira e Rio Jaguari LimeiraSP JAGR02800Cetesb 6756 52Cosmpolis. (Fonte : Cetesb, 2012a). Divisa America-Aumento das cargas de esgotos da bacia do rio Jaguari.Rio PiracicabaSP PCAB02100 Cetesb6555 54 na/Limeira (Fonte: Cetesb, 2012a). Tiet ParanReservatrio deMotivo no identificado. Piora relacionada s variveis Oxi- Barra Bonita - Brao Anhembi SP PCBP02500 Cetesb8180 67gnio Dissolvido e Fsforo Total. (Fonte: Cetesb, 2011).do Rio PiracicabaMotivo no identificado. Houve diminuio de Oxignio Dissol- Reservatrio devido, que apresentou cerca de 40 % dos resultados, a partir de Barra Bonita CorpoDois CrregosSP TIBB02100 Cetesb7782 692008, menores que 5 mg/L. Houve aumento da demanda bioqu-Central mica de oxignio (DBO), a partir de 2009, com cerca de metadedos resultados acima de 10mg/L. (Fonte: Cetesb, 2012a). Rio TietBarra BonitaSP TIET02500 Cetesb7874 71Motivo no identificado. Rio CapivariCampinas SP CPIV02130 Cetesb5250 44Intensa expanso urbana. (Fonte: Cetesb, 2010). Rio Mogi-Guau LemeSP MOGU02260 Cetesb ND 64 55Municpios que tratavam uma parte do esgoto domstico gerado, Rio Mogi-GuauPirassununga SP MOGU02300 Cetesb6865 61como Mogi-Guau e Araras, no acompanharam o crescimentoda populao. Municpios importantes ainda no tratam esgotodomstico, como Leme, Mogi-Mirim, Pirassununga e PortoGrande Rio Mogi-GuauPorto Ferreira SP MOGU02450 Cetesb ND 59 53Ferreira. (fonte: Cetesb, 2010; Cetesb, 2012a). Rio das ArarasAraras SP ARAS03400 Cetesb ND 48 40Carga difusa oriunda de atividades rurais.Ribeiro do RoquePirassununga SP OQUE02900 Cetesb ND 71 63(Fonte: Cetesb, 2012b). Continua... 45. Continuao Quadro 3 Pontos de monitoramento com tendncia de piora dos valores do IQA no perodo 2001-2010 CorpoCdigoIQARH Bacia Municpio EstadoEntidadeMotivo provvel da tendncia dguado Ponto 20012005 2010Divisa Andreln- GrandeRio Aiuruoca dia/ So VicenteMG BG005 Igam6563 57Carga difusa oriunda de atividades rurais. (fonte: Cetesb, 2010).de MinasDivisa Sidroln- 00MS-No perodo 2000-2010 a populao de Sidrolndia apresen- Rio BrilhanteMSImasul 7473 69 dia/Maracaju13BR2267 tou um aumento de 82%. (Fonte: Imasul, 2012).Aumento da carga de esgoto de Dourados. Distrito Industrial. 00MS- Rio DouradosDourados MSImasul 6669 62Avicultura (atravs do afluente Crrego gua Boa), Suinocul- 13DR2150tura e Usinas de acar e lcool. (Fonte: Imasul, 2012). 00MS-Agricultura (milho e soja), Suinocultura e Usinas de acar e Rio DouradosDourados MSImasul 7371 64 13DR2153 lcool. (Fonte: Imasul, 2012).ParanPlantao de cana, agricultura e decomposio de matria Ivinhema Rio Ivinhema Navira MS00MS13IV2000Imasul 8075 67orgnica (influncia de ecossistemas lnticos).(Fonte: Imasul, 2012).Nova Alvorada Usina de acar e lcool e agricultura (milho e soja). Rio Ivinhema MS00MS13IV2237Imasul 7673 68 do Sul (Fonte: Imasul, 2012).00MS- Aumento de 82% da populao Sidrolndia. Suinocultura,Rio Vacaria Sidrolndia MSImasul 6155 5613VA2234frigorfico e agricultura (milho e soja). (Fonte: Imasul, 2012). 00MS-Usina de acar e lcool e agricultura (milho e soja.).Rio Santa MariaMaracaju MSImasul 7069 64 13SM2000 (Fonte: Imasul, 2012). Parana-Aumento de 57% da carga de esgotos da bacia do Araguari Rio Araguari Tupaciguara MG PB021 Igam7974 66 baentre 2000 e 2008. (Fonte: Igam, 2012). 00MS-Esgoto domstico, proveniente do crescimento do nmero deCrrego BonitoBonitoMSImasul 6563 50 23BO2000 turistas. (Fonte: Imasul, 2012). 00MS-Provvel aumento da poluio de origem difusa e urbanizaoParaguai MirandaCrrego BonitoBonitoMSImasul 7264 60 23BO2014 prxima nascente. (Fonte: Imasul, 2012). 00MS- Rio FormosoBonitoMSImasul 7274 60Poluio de origem difusa (rural). (Fonte: Imasul, 2012). 23FO0073Santana doRio CgadoMG BS031 Igam7063 62Motivo no identificado. DesertoAtlnticoParaibaSudestedo SulRio MuriaMuriaMG BS059 Igam7264 60Motivo no identificado.Continua...CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 201245 46. 46 CONJUNTURA dos RECURSOS HDRICOS no BRASIL INFORME 2012 ContinuaoQuadro 3 Pontos de monitoramento com tendncia de piora dos valores do IQA no perodo 2001-2010CorpoCdigo IQA RH Bacia MunicpioEstado Entidade Motivo provvel da tendnciadguado Ponto 2001 2005 2010 Aumento das cargas de slidos suspensos provenientes deVelhas Rio BicudoCorinto MGBV147 Igam 71 76 55 atividades minerrias nas cabeceiras, alm de cargas difusas de reas agrcolas. (Fonte: Igam, 2012). Aumento dos valores de coliformes termotolerantes, provavel-Vrzea damente provenientes de Vrzea da Palma e distritos ribeiri-Velhas Rio das VelhasMGBV149 Igam 69 67 57 Palma nhos, alm de cargas difusas de reas agrcolas (regio de fruticultura). (Fonte: Igam, 2012)Rio ParPassa tempoMGPA001 Igam 69 67 59 Crescimento de lacticnios. (Fonte: Igam, 2012).Rio Par Cladio MGPA003 Igam 65 60 55Divisa Divinopolis/ Par Rio Par MGPA005 Igam 70 68 59Carmos do Cajuru Crescimento de atividades agropecurias. (Fonte: Igam, 2012).Rio ParMartinho CamposMGPA019 Igam 76 69 67 Extrao de argila e cermica. Explorao em pedreira. AgriculturaRio Lambari Martinho CamposMGPA015 Igam 76 65 66 e pecuria desenvolvidas. (Fonte: Igam, 2012). So Francisco Agricultura. Extrao de areia. Galvanoplastia. Indstria deRibeiro SarzedoMrio Campos MGBP086 Igam 60 63 50 borrachas e plsticos. Metalurgia (Fonte: Igam, 2012). Paraopeba Agropecuria. Mau uso do solo com extrao de argila e Ribeiro So JooInhamaMGBP076 Igam 71 54 54 cermica. Atividades industriais (galvanoplastia e siderurgia). (Fonte: Igam, 2012). Martinho Cam- Rio So Francisco MGSF005 Igam 71 64 62 Agricultura e carga difusa. (Fonte: Igam, 2012).pos/AbaetSoCarga difusa e atividades minerrias (extrao de areia). Francisco Rio So Francisco Ibia MGSF023 Igam 77 67 63 (Fonte: Igam, 2012). So Gonalo doAtividades minerrias (garimpo) e carga difusa. Rio AbaetMGSF017 Igam 69 76 57 Abaet(Fonte: Igam, 2012).Rio GorutubaJabaMGVG009 Igam 76 48 52 Reduo de vazo. (Fonte: Igam, 2012).VerdeGrande Influncia da reduo do IQA no rio Gorutuba, afluente do rioRio Verde Grande GameleirasMGVG011 Igam 80 79 63 Verde Grande. (Fonte: Igam, 2012).Brasilndia de Aumento de 22% na carga de esgotos de Brasilndia de PretoRio Paracatu MGPT009 Igam 78 63 61MinasMinas entre 2000-2008. (Fonte: Igam, 2012). ND: dado no disponvel. Fontes: guas Paran, 2012. Comunicao do Instituto guas Paran. Cetesb. 2010. Relatrio de Qualidade das guas Superficiais no Estado de So Paulo 2009. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Srie Relatrios. So Paulo. Cetesb. 2011. Relatrio de Qualidade das guas Superficiais no Estado de So Paulo 2010. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. Srie Relatrios. So Paulo. Cetesb, 2012a. Comunicao da Companhia Ambiental do Estado de So Paulo Cetesb. 2012b. Relatrio de Qualidade d