(organizador) abre a boca, calabar - rl.art.br · a imagem do bairro é construída todos os dias...
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Abre a Boca, Calabar
Valdeck Almeida de Jesus(Organizador)
Abre a Boca, Calabar
20122ª Edição
Salvador - BA
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Abre a Boca, CalabarEditora
Miriam de Sales
Revisão Alex Bruno Rodrigues de Jesus
Ilustração da CapaCarlos Conrado
Arte da CapaYgor Moretti Fiorante e Isadora Sabar
DiagramaçãoMariana de Paula
©2012 - Valdeck Almeida de JesusDireitos mundiais reservados, em língua portuguesa, por
Valdeck Almeida de Jesus. Nenhuma parte desta obra pode serreproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer
meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia egravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de
dados sem permissão impressa do escritor.
Este livro foi publicado conforme o Novo Acordo Ortográfico, instituído pelo Decreto 6.583/2008
Este projeto é apoiado através da 2ª Chamada do edital Calendário das Artes 2012, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de
Cultura do Estado (SecultBA).
Pimenta Malagueta EditoraRua Polydoro Birrencourt, nº31
Bairro BonfimSalvador - BahiaCep: 40414-340
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Abre a Boca, Calabar
O “I Concurso de poesia Abre a Boca Calabar” foi uma iniciativa do poeta baiano Valdeck Almeida de Jesus em parceria com a Biblioteca Comunitária do Calabar. A inscrição desta primeira edição teve
início no mês de outubro de 2009 e encerrou no final de novembro do mesmo ano. A seleção das poesias foi feita pelos educadores da Biblioteca Comunitária do Calabar. Para participar desta primeira edição, os poetas deveriam obedecer aos seguintes critérios: serem menores de 18 anos e inscrever um poema com o máximo de 25 versos.
Outras edições aconteceram, e a presente obra é uma compilação de todos os poemas publicados, incluindo-se aí alguns participantes maiores de 18 anos - todos ligados, de alguma forma, à comunidade do Calabar. A exemplo das edições anteriores, os poemas encontram-se na ordem em que foram inscritos, não tendo sido estabelecida qualquer distinção ou processos classificatórios, de forma a manter o grupo unido, sem competição interna.
O objetivo do concurso é incentivar a escrita e possibilitar aos moradores da comunidade, principalmente crianças e adolescentes, a oportunidade de terem seus textos publicados em um livro. É uma forma de fomentar a cultura e a valorização do bairro, retratadas sob o olhar poético de meninos e meninas que participaram da seleção.
Este é um trabalho que consideramos de extrema importância para a conquista de novos leitores, bem como para a valorização dos que estão iniciando ou daqueles que já escreviam, mas nunca tiveram a chance de ver seus
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Abre a Boca, Calabar
textos publicados. Enfim, um importantíssimo passo para multiplicar cada vez mais o número de jovens escritores do Calabar e adjacências, que são beneficiados por iniciativas desta natureza.
O “I Concurso de Poesia Abre a Boca Calabar” foi apenas a primeira de muitas edições de um evento que pretendemos realizar regularmente, ao longo do nosso percurso de conquistar novos leitores.
Não poderíamos deixar de mencionar aqui a preciosa ajuda do poeta Marcos Peralta na seleção dos escritores e no incentivo à leitura.
Por fim, agradecemos muitíssimo ao poeta Valdeck Almeida de Jesus pela contribuição que sempre deu à Biblioteca Comunitária do Calabar, desde o primeiro contato, e agora nos brinda com mais esta parceria maravilhosa para a realização dos Concursos.
Rodrigo Rocha Pita Coordenador da Biblioteca Comunitária do Calabarwww.rodrigocalabar.blogspot.comwww.bibliotecadocalabar.blogspot.com(71) 8723-8665
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Abre a Boca, Calabar
O livro “Abre a Boca Calabar – Ano 2” é o resultado de um concurso realizado em 2010 com crianças, jovens e adultos do bairro Calabar e outras comunidades de Salvador.
A Proposta foi feita por Valdeck Almeida de Jesus e apoiada por Rodrigo Rocha Pita, coordenador da Biblioteca Comunitária do Calabar e presidente da ONG Ideologia Calabar. Este trabalho é um incentivo à leitura e à escrita, como forma de promoção social dos participantes, inclusão literária e registro dos sonhos e ideais de uma parte da população que nem sempre encontra canais para fazer escoar seus sentimentos, expressar suas vozes.
Esta edição traz poemas dos escritores: Amanda Beirão, Ariana Santos Veloso de Jesus, Bruna Santos de Jesus, Caique Neri Brito, Caissa Pita Vasconcelos, Cauan Roque Almeida dos Santos, Crislanda Neves, Eberton de Jesus, Ester da Silva Moraes, Fabio Neves Conceição, Felipe Silva Beirão, Gilson Assis, Iradir Pereira da Silva, Isla Gabriele Santos de Oliveira, Janaina Bonfim dos Santos, Joyce Regia Dias da Silva, Julia Reis Bispo dos Santos, Jussara dos Santos, Kevin Carvalho dos Santos, Keyla Trigueiros Rodrigues dos Santos, Leonardo Conceição, Lucas Santos da Silva, Lucilene Lima Pires, Luís Henrique Beirão Santos, Luís Maurício dos Reis Soledade, Marcos Peralta, Joara Ledoux, Marcos Vinicius, Maria do Carmo Abade Bento, Maria Luiza Lacerda, Mel Oliveira, Milena Borges dos Santos, Nadson Almeida Beirão, Nicolas Dias da Silva, Nubia Trigueiros Rodrigues, Rafael Beirão Dantas, Rafaela Beirão Dantas, Raiane Beirão Dantas, Rayla Bispo Nascimento,
Escritores mirins e outros nem tanto...
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Abre a Boca, Calabar
Escritores mirins e outros nem tanto...Rebeca Trigueiros Rodrigues dos Santos, Robespierre Dantas, Rodrigo Rocha Pita, Samuel dos Santos Moraes, Tacila Cerqueira, Tainá Silva, Talita Trigueiros Rodrigues dos Santos, Tamires Araujo, Tarcisio Trigueiros Rodrigues, Tayná Trigueiros Rodrigues e Wesley dos Santos Lopes.
Cada texto aqui selecionado passou por uma comissão de professores, pedagogos, funcionários da Biblioteca Comunitária do Calabar, bem como pelo crivo da ONG Avante, que atua na comunidade. Indo mais além do senso estético ou artístico, o critério usado foi o da vontade dos escritores de fazerem parte de um trabalho simples, porém recheado de carinho, amor e paixão pela poesia, pela expressão dos sentimentos. Vale como registro, como recorte de um tempo e lugar que fazem parte da Bahia. Este mesmo tempo e lugar que não são divulgados como integrantes da Terra da Felicidade, tão propalada na publicidade oficial; que não têm voz nem vez, a não ser quando acontece algo negativo, matéria-prima dos jornais, rádios e TVs da cidade de Salvador. Este livro é mais que um protesto, é uma bandeira fincada, demarcando território geográfico, social e político, demonstrando, claramente, que o Calabar existe e é de paz!
Valdeck Almeida de JesusJornalista, escritor, poeta e ativista cultural.www.galinhapulando.com
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Desde que cursei Jornalismo na Faculdade Social e Faculdade da Cidade, meu compromisso sempre foi com o social, com a minoria. Na faculdade, aprendi que minoria não significa menor número de pessoas,
mas pessoas sem voz, sem oportunidade, esquecidas.
O jornalismo baiano é feito pela classe média e para a classe média. “Tiroteio no Calabar assusta Jardim Apipema” – manchetes como esta se traduzem quase sempre na mesma leitura.
A imagem do bairro é construída todos os dias com reportagens que só mostram o lado negativo do lugar. A Pituba é o bairro mais violento de Salvador, segundo estatísticas da Polícia Militar. Mas os bairros populares é que aparecem como foco de bandidagem, de tráfico de drogas, de assassinatos, de desrespeito às leis.
AÇÃO EXTERNAPara quebrar este paradigma, para desconstruir esta visão estereotipada, mostrar o outro lado, divulgar a luta diária dos moradores por cidadania, o jornalista tem que conhecer, visitar, conviver no ambiente, para então tirar suas conclusões e não ser injusto. Afinal, o papel social do jornalista é intrínseco à profissão, cuja formação recebe primariamente o nome de Comunicação Social.
AÇÃO INTERNAApoio a ONGs ou pessoas que incentivem a politização dos moradores, promoção da cultura, cidadania, educação, reflexão e visão crítica, com vistas à melhoria da autoestima
Abre a Boca Calabar X Cala a Boca Calabar
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Abre a Boca, Calabar
e à autonomia.
“Cala a Boca Calabar”, livro de Fernando Conceição, nascido e criado no Calabar, fala sobre a luta política dos menos favorecidos. A obra serviu de inspiração para o lançamento do livro “Abre a Boca, Calabar”, com poesias das crianças do bairro. Esta publicação fala de alegria, de esperança, de valorização da comunidade e do orgulho de pertencer a este lugar.
Trata-se de uma pequena contribuição que foi abraçada pela Biblioteca Comunitária.
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Ser negro(Amanda Beirão)
Ser negro! Não é escravidãoSer negro! Não é separação
Quilombo?! Se esconder?!
Ser negro é ser Zumbi dos PalmaresLutar pela sua dignidadePela liberdadePela igualdadeZumbi dos Palmar
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Abre a Boca, Calabar
Onde eu moro, Calabar se chama(Amanda Beirão)
A comunidade em que eu moroSe chama CalabarTem muitas coisas boasQue eu quero comentar
Tem a padariaCujo pão é uma delíciaTem o ProvidaQue ajuda a melhorar
Não posso me esquecerDo puro encantoDa Biblioteca Comunitária do CalabarQue é muito exemplarAjuda a ler e escreverE também a recitar
Vivo em um mundo de fantasiasMergulho em um livro de poesiasE não quero mais pararPois me acho muito alegreE uma menina exemplar
Moro no Calabar E não tenho vergonha de falarEu, joia raraNegra linda Do Calabar
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Abre a Boca, Calabar
Sonhos(Amanda Beirão)
Quem nunca tem sonhos?Todos têm direitos de sonharEu sonho, você sonha, nós sonhamosÉ um sonho inacreditável De esperança e fulgorÉ um sonho que nos faz viver É amor
É um sonho que nos alertaUm sonho que nos despertaUm sonho que nos faz sonharMais e mais...
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Alguém(Amanda Beirão)
Esperança de ser alguém?Como?Eu sou um sonhoUma vida, uma esperançaUm alguém lutando por sua dignidadeDireitos humanos e respeitoSim!Um alguém sonhando em chegar ao topoE dizer: Eu sou eu!Um alguém cheio de esperançaSonhos no coraçãoE tendo a certeza de ser feliz.
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Abre a Boca, Calabar
PássarosPássaros que voamDestemidos pelo arCantam livrementeAssobiando sem parar
Pássaros que voamPelo imenso e livre céuFlutuam sobre a brisaE beijam a lua de mel
Pássaros que voamVoam, voam, sem cansarComo é linda esta liberdadePássaros felizes pelo ar
Amanda Beirão é estudante do ensino médio, tem 17 anos e mora no Calabar.
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Abre a Boca, Calabar
Negro ou negraNegro ou negra, eis a questãoPalavra sem rimaFrases sem vidaPra outros são
Pra mim... Não!Palavras engraçadasBem carismáticasDe muita valorização
Negro ou negra, eis a questão
Tenho muito orgulho da minha corPois sou negra com amorAmo minha corNegra linda com fervor
Ariana Santos Veloso de Jesus tem 14 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental: 8ª série.
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Abre a Boca, Calabar
Calabar é minha vida(Bruna Santos de Jesus)
Calabar, Calabar, Calabar, CalabarCalabar tem capoeiraCalabar tem BibliotecaNós temos que preservar o Calabar
Não jogue lixo no chãoNa Biblioteca tem livros de montãoPara todos leremSem qualquer preocupação
Tem gente e genteQue entra na Biblioteca E lê e lêE todo dia voltaE relê e relê
Calabar, CalabarÉ vida de todos nós!
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A janelaA minha avó olhou na janelaViu uma panela na cabeça do meu avôE disse: - Esse é o meu amor!
Sua netinha em outra janelaChorando pra se acabarGritou: - Socorro, meu avô!- Meu avô vem me buscar!
Bruna Santos de Jesus tem 13 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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Abre a Boca, Calabar
DançaA dança me encantaEu não me cansoNinguém se cansa
Dançar é uma maravilhaÉ uma das melhores coisas da vida
Caique Neri Brito tem 22 anos, concluiu o Ensino Médio.
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NormalPassar mal por cólicaNão conhecer a igreja católicaMe aborrecer por paixãoE desprezar a razão
Caissa Pita Vasconcelos tem 26 anos, é estudante e mora no Calabar.
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O livroO livro!O livro é bonito!E ensina as pessoas a ler!
Cauan Roque Almeida dos Santos tem 11 anos, é estudante do ensino fundamental e mora no Calabar.
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AmigosAmigo é tesouroOuro puro e valiosoAmigo é amorJoia rara de valor
Amigo é paixãoEstá dentro do coração
Crislanda Neves tem 15 anos, estudante do ensino fundamental e mora no Calabar.
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Da janela da minha casaPassa um casal felizPassa um casal brigadoPassa um bebumPassa um finadoPassa um crenteE um desesperado
Daqui eu vejo muita coisaLá vai o maluco figurãoVárias latinhas na mãoAtrás dele um monte de cãesCachorros vadios que nem o donoSorri o nobre vagabundoEspanta-me esse sorrisoÉ de dar inveja o figurão
Minha janela é uma aventuraDaqui não saio nãoQuem sabe não escrevo uma história belaDaqui da minha janela
Eberton de Jesus tem 25 anos, é estudante do ensino superior e mora no Calabar.
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Bailarina(Ester da Silva Moraes)
Me dá sua fantasiaChega logo, depressaPra me dar sua fantasiaSua fantasia amarelaAzul e branca
Eu quero a rosaE a minha vida toda colorida.
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O mar e a praiaO mar é o amorO carinho é a praiaQuando a gente entra nelesÉ a paixão, é o amor carinhoso!
Ester da Silva Moraes tem 11 anos, estudante do ensino médio.
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Tempestade sedutoraCaminha com seus traços sombriosArrepia-me a almaDestrava-me meus instintosEmociona o meu olhar
Dentes reluzentesBoca atraentePolui a minha menteCom esse jeito de andar
Musa sedutoraTempestade avassaladoraPassa na minha frenteDevasta o meu pensar
Nossa SenhoraFirma com toda forçaOs pilares dessa terraQuando o nosso desejo se cruzar
Fabio Neves Conceição tem 23 anos, concluiu o Ensino Médio e é morador do Calabar.
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O ratinhoEra uma vez um ratinhoQue gostava de comer pão bem quentinhoE não gostavam de gatinhosQue faziam miauzinhos.
Felipe Silva Beirão tem 12 anos, é estudante do ensino fundamental e morador do Calabar.
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No enrolar/ desenrolar da história/ nasce/ um corpo todo formado/ de barro molhado. Um corpo/ que não tem mão/ pé e nem coração. Mas ele anda/ voa e até tem emoção. Num inusitado movimento/ uma ideia passa/ e o corpo que/ era de barro molhado/ dá vida a uma/ carroça/ ‘retada’ a andar/ levando um casal de fósforos a namorar. De repente uma voz: filhos, o lanche está pronto! Os meninos entram/ lavam as mãos/ lancham e voltam a brincar.
Gilson Assis tem curso superior de Pedagogia e mora no Calabar.
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RevelaçãoA poesia não pode formar doutorMas ameniza a dor, de toda essa genteNão dá luxo, nem confortoMas pode expressar no rostoMuita satisfaçãoA poesia não pune ladrãoApenas explica sua condiçãoA poesia não mata fomeMas dá ao homemUm pouco do que faltouPoesia não dá dinheiroPorém, mostra o lado rico da vidaPoesia revela da forma mais belaToda miséria existenteBusca sobreviventesNuma sociedade de emergentesPoesia não muda o mundoMas pode tocar o fundoDa humanidade que tem sensibilidadePoesia não paga o pãoMas dá a sensaçãoDe profunda paz no coração.
Iradir Pereira da Silva tem 45 anos, estuda Ciências Sociais na Universidade Federal da Bahia.
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MedoTenho medo de tudoTenho medo do mundoTenho medo da régua Tenho medo da passarela
Tenho medo de uma meninaChamada GabrielaEla não tem medo de nadaMas eu tenho medo dela
O medo é uma fantasiaQue bate em todos nósSe não existisse medoFeliz seríamos todos nós.
Isla Gabriele Santos de Oliveira tem 15 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino médio.
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Quem sou eu?(Janaina Bonfim dos Santos)
Da luta nasce a vitóriaDa resistência nasce o morarDe um lugar que tem raízes na históriaQue é uma comunidade antes de ser Calabar
Eu sou mais do que falamSou além do que pensamSou mais euSou mais quilomboSou luta, sou coragem, sou dignidade.
Meu povo é porretaÉ povo afro e brasileiroSou CalabarSou guerreira!
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ChegaCada vez que penso no que fezMeu coração encolhe Fica assim pequenininhoQuase some
Tudo me faz lembrar vocêTudo me diz que preciso te esquecerMas tudo que sei é te quererTudo que te peço éVai embora de uma vez
Só assim desisto dessa barca furadaSó assim eu entendo que acabouChega de me iludir por nadaCansei de acreditar no amor
Janaina Bonfim tem 20 anos, concluiu o Ensino Médio, é Agente Social da Coelba e mora no Calabar.
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PoesiaAtenção! Atenção!Calabateca, escute o que vou lhe dizerUse o nosso CalabarQue é melhor para você
Ande por onde você quiserNão tenha medo nãoO Calabar tem lugares de montão
Tem a cooperativa Onde você pode costurarTem a Creche do CalabarOnde você pode estudar
Tem também a BibliotecaQue tem livro de montãoFadas, bichos, criançasMuitas coisas, meu irmão!
O Calabar tem seus defeitosQue prefiro não comentarMas também tem lugares perfeitosOnde muita gente quer morar
Agora atenção no que eu vou dizerO Calabar tem muita criança felizQue sonha com um mundo melhorVamos construir esse sonhoVamos fazer um mundo melhorCalabar, eu te amo!
Joyce Regia Dias da Silva tem 13 anos e é estudante do ensino fundamental.
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A flor LorenaMinha flor é bonita e brilha muitoEla é amarelaE o nome dela é Lorena
Minha flor não tem espinhosE o nome dela é LorenaÉ cheirosa e feliz!
Julia Reis Bispo dos Santos tem 10 anos, está na 5ª série do ensino fundamental e mora no Calabar.
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Gente do Calabar(Jussara dos Santos)
Olha aí, minha genteComo o Calabar estáMudando muitas coisasPra você gostar
Tem tanta coisa boaAqui no CalabarAproveite bastantePra isso nunca mudar
Tudo o que você pensaSó pode ser coisa boaPorque aqui no CalabarNada é à toa
Acho que já entendeuO que eu quis dizerPois tudo que existe aquiFoi feito para você
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Palavras-chaveNeste mundo tem uma palavraQue se chama educaçãoNela existe alegriaAmor e união
A união é o começoPara uma amizadeÉ nela que se encontraA palavra felicidade
RespeitoÉ a palavra-chaveQue todos nós devemos terPorque sem o respeitoNada pode acontecer
Amor é um sentimentoQue todos nós sentimosVem na inspiraçãoE bate fundo no Coração
Jussara dos Santos tem 16 anos, é estudante do ensino médio e mora no Calabar.
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O sapato do sapo(Kevin Carvalho dos Santos)
O sapo encontrou um sapatoO sapato é a casa deleO sapo não deixaNinguém tocar na casa deleA espécie do sapo é sapo-boi.
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Uma só mãe(Kevin Carvalho dos Santos)
Ela cuida do seu filhoQue está doente de caxumbaQue é transmitida pelo cachorroO cachorro é rottweilerO menino teve curaMas a mãe dele morreu
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Oh! Leão!(Kevin Carvalho dos Santos)
O leão é o rei da selvaEle pediu a leoa em casamentoEles tiveram uma filhaE um filho
O filho era doente mentalEle conseguiu se recuperarMas morreu assim mesmo
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Amor e paixãoO amor é tão lindo que parece um trovãoTrovão, trovão.Quando vem rápido é a paixãoQue fura o meu coração!
Kevin Carvalho dos Santos tem 8 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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A vidaA vidaCoisa gostosa de viverTem vezes que faz a gente sofrerMas o que seria da vida sem sentimentosTristes e alegres?
Viver a vida não é apenas sonharMas, sim, cada sonho realizarVida é coisa sem explicaçãoMas sei que está dentro do meu coração!
Keyla Trigueiros Rodrigues dos Santos tem 16 anos e é estudante do ensino médio.
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Minha violaMinha viola queridaMeu dom, minha vidaToca, toca sem pararE acompanha a voz a cantar
Viola instrumento gostosoQue dá o ritmo para o povoViola que transforma a cançãoQue agita a multidão
Minha viola queridaUm bem na minha vidaDeslizo o meu dedo sem pararE a canção não vai continuar
Viola querida O amor da minha vida
Leonardo Conceição tem 20 anos, concluiu o Ensino Médio e mora no Calabar.
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O passarinho bonitoO passarinho é bonitoEle é amareloEle gosta de ficar soltoO homem soltou o passarinho da gaiolaPorque o passarinho Não pode ficar presoEle pode morrer!
O passarinho tem que ficar soltoNa árvore e com outros pássarosVoando, voandoAté na beira do mar.
Lucas Santos da Silva mora no Calabar, tem 9 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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Amor que dóiSentimento arrasadorPreenche vazioAquece o frioMas causa dor
Detentor do meu coraçãoDespreza minha razãoFaz suar frio Minhas mãosMe lança ao fundo da solidão
De onde vem a sua força, amor?Eu preciso do teu calorMas de ti colho mais espinhosDo que cheiro de flor
Amor que dóiConstrói e destróiDestrói mais que constróiMas sem ti não sem viver.
Lucilene Lima Pires tem 28 anos, concluiu o Ensino Médio, trabalha como Caixa de loja e mora no Alto das Pombas.
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Troca de presentesO meu aniversário É no mesmo dia do da minha avóSó que na confusãoHouve troca de presentesEu ganhei uma dentaduraE minha avóUm carro e um xodó.
Luís Henrique Beirão Santos tem 13 anos, mora no Calabar, faz parte do Grupo de Poesia Calabar Força Total e é estudante do ensino médio.
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VagalumesA noite está estreladaAs estrelas estão brilhandoNo céu tem uma linda luaDurante a noiteOs vagalumes acendem as luzes piscando
Eu gosto de vagalumesQuando eles caem no chãoE quando as lâmpadas se quebramVão nas casas das pessoasE colocam outras no lugar.
Luís Maurício dos Reis Soledade tem 9 anos e é estudante do ensino fundamental.
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Marcos Peralta e Joara Ledoux são poetas e ativistas culturais que sempre estão presentes nos movimentos e encontros no Calabar. Fazem parte do coletivo Poesia Além das Sete Praças.
Conversa com a Biblioteca Comunitária do Calabar a partir da prosa poética do menino Samuel A inspiração é: “A praça é linda como uma porta e os olhos das pessoas são dos livros” A resposta-respiração é: - Através da porta, você encontra o mundo. E os livros que você olha são folhas para todo fruto.
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CalabarAh! Que saudades, Calabar!Fico tão emocionadoSó de te recordarNão calaria jamaisFalaria até o sol raiar
Foi muito marcanteFoi porco te torturarMas dissoNão quero mais lembrarTerra de gente bacanaLugar de gente importante
Foi palco de muitas E muitas lutasE trabalho de gente valenteDesde os meus ascendentesSua cultura gerou sementes
Em um cantinho do BrasilO mundo inteiro ouviu falarNasci, cresci neste lugarAprendi muitas coisas boasE muitas vou guardar
Eta! Calabar!A sua fama de bravurasAinda vai dar o que falarO meu obrigado aqui eu deixoPara um grande cortejar.
Marcos Vinicius mora no Calabar.
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Abre a Boca, Calabar
O CalabarO Calabar é um lugar muito coloridoTodo mundo brinca neleTodos andam sorrindo
O Calabar é um bairro Lindo de se morarTodo mundo mora neleE não mora em outro lugar
O Calabar é um bairroQue fica em SalvadorTodo mundo mora neleMas não o tratam com amor.
Maria do Carmo Abade Bento tem 17 anos, mora no Calabar e fez parte do Grupo de Poesia 100% Calabar, estudante do ensino médio.
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Anjo (Maria Luiza Lacerda)
Anjo não tem racismoAnjo não tem racismoFalar de negro ou brancoAnjo não tem racismo
Falar de ser branquinhoAmarelo PretoOu qualquer cor
Porque anjo é de DeusSeja um anjo também.
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Abre a Boca, Calabar
Gosto dos animaisEu gosto dos animaisPorque eles são companheirosSão arteiros!Dão muita força pra gente!
Tem vezes que eles são traquinosTem vezes que eles gostam de brincarE também adoram pular
Eu gosto muito dos cachorrosPorque são brincalhões e inteligentes!
Maria Luiza Lacerda tem 10 anos e é estudante do ensino fundamental.
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Abre a Boca, Calabar
Reflexão para a vida Sempre foi nos ensinado a Felicidade buscar Mas esqueceram de falar Que dentro de nós ela já está.
Sentimentos se misturam Emoções são afloradas Porém o que o ser humano quer É amar e ser amado.
Compreensão é necessário Para a vida caminhar Vamos juntos meus amigos O tempo não pode esperar.
Rir é o melhor remédio Se este é a nossa cura Para que se torturar Ria, gargalhe e tudo, tudo passará.
Para concluir o pensamento Solicito atenção Quem quiser viver plenamente Abra a mente e o coração.
Mel Oliveira é moradora do Calabar.
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Calabar sou euEu tenho uma coisa Que quero te contarSe não fosse nosso povoNão existiria Calabar Eu tenho um segredoQue quero te contarSe não fosse o CalabarOnde eu iria morar? Eu tenho um sorrisoUm sorriso ‘colgate’Eu tenho o CalabarQue mora na minha felicidade A Biblioteca do CalabarTem vários livros pra gente lerQuanto mais nós lemosMais iremos aprender Eu gosto de lerEu gosto de aprenderSe não fosse a Biblioteca do CalabarOnde eu iria ler?
Milena Borges dos Santos tem 16 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino médio.
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Amor de mãe(Nadson Almeida Beirão)
Sei que você me dá minha vidaÉ você que me dá amorÉ você que me dá paixãoÉ você que me dá carinhoQue alegra meu coração
Você é a chave do meu futuroQue me leva a ser feliz.
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AmorAmor é dado de graçaInvento as noites mais friasTudo que eu queria Era incorporar o amor à poesia
Você é tão pequena Para te encontrar no meio dessa imensidãoTudo o que eu queriaEra falar bem alto que amo teu coração
Nadson Almeida Beirão tem 15 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino médio.
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O griloO grilo casou com a ‘grila’Aí depois descasouCoitado do griloQue se esborrachou
A ‘grila’ se arrependeuDepois se casou de novoTeve dois filhosQue queriam ser poetasAí o pai disse ao poeta ‘poetista’:- Você é meu irmãoSe liga, meu irmãoVocê gosta de ser poeta!
Nicolas Dias da Silva tem 11 anos e é estudante do ensino fundamental.
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Menina toda especialEra uma meninaMuito “pintona!” e dançarinaRia muito e só falava NÃO!Ela era muito especialMesmo sendo traquinaE como gosta de dizer NÃO!- NÃO! NÃO! NÃO!Quer conhecer esta menina?Um dia!
Nubia Trigueiros Rodrigues tem 37 anos, tem ensino médio completo.
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Calabar pra recitar(Rafael Beirão Dantas)
Vamos, minha genteSe aproxime do CalabarPorque vai ter muitas brincadeirasPra você brincar.
Vamos, minha genteSe aproxime pra recitarPorque muitas poesiasA gente vai declamar.
Vai, vai, LucianaVai logo recitarPorque muitas poesiasA gente pode conquistar.
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Poeta(Rafael Beirão Dantas)
Eu sou poetaPara ser poetaGeralmente é preciso saber lerE também saber escrever
Mas vou te dizerQue é preciso saber tambémRimar poesiaEu rimoMas não vou te dizer por quêEssa poesia é para vocêMe diga se você que ler.
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O menino de ouroO menino de ouroEstá brincando com seus colegasDe repente o sol se abriuE ele começou a virar ouro
Quando ele vira ouroOs meninos gostam ainda mais de ficar com eleOs meninos pensam que ele é uma barra de ouro
Quando não tem solEle só fica em casa estudandoEsperando o sol aparecerPara se transformar em ouroMas só que ele não sabeQue realmente ele é um menino de ouro.
Rafael Beirão Dantas tem 15 anos, está na 8ª série e mora no Calabar.
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O alfabeto até o “s”Com (A) escrevo amorCom (B) escrevo baixinhoCom (C) escrevo carinhoCom (D) escrevo dedinho
Com (E) escrevo esperançaCom (F) escrevo fofinhoCom (G) escrevo gatinhoCom (H) escrevo homenzinho
Com (I) escrevo igualdadeCom (J) escrevo juventudeCom (L) escrevo leitinhoCom (M) escrevo menininho
Com (N) escrevo narizinhoCom (O) escrevo orgulhoCom (P) escrevo pintinhoCom (Q) escrevo queijinho
Com (R) escrevo rainhaCom você não me Sinto Sozinha
Rafaela Beirão Dantas tem 13 anos, está na 7ª série e mora no Calabar.
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Calabar(Raiane Beirão Dantas)
Calabar, CalabarEntre nesse CalabarPara poder entrar na poesia
Calabar tem muitas coisasEntre na BibliotecaE leia uma poesiaEu vou para bibliotecaPara recitar poesia.
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Bonecos e bonecasUm dia eu vi um bonecoEncontrei na rua e pegueiMinha mãe gostou E eu me alegrei!
Eu levei o boneco para a praiaE achei uma bonecaMinha mãe também gostouE eu me alegreiLevei os dois para a praiaE comecei a achar bonecos e bonecas!
Raiane Beirão Dantas tem 10 anos, está na 5ª série, estuda na Escola Municipal Allan Kardeck.
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Raí, negra do Calabar(Rayla Bispo Nascimento)
O Calabar é felizE cheio de brincadeirasO Calabar é um lugarCheio de criançasCheio de animaçõesPrincipalmente de esperança
O Calabar também tem violênciaTem mortes, tráfico e brigasE quando acaba a sorteTudo acaba em morte
Conhecendo o CalabarNão sei se ele é bravoMas sei que é bonitoMoro no CalabarSou uma linda negra do CalabarO Calabar pode ser bravoMas isso não vai me intimidarPois nada vai me tirar do Calabar
Verde é verdeRosa é rosaO Calabar é a flor Mais cheirosa
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A Gatinha MimiA gatinha Mimi é muito fofinhaBranquinha, gatinha e lindinha
A gatinha Mimi é muito espertaÉ corajosa e também orgulhosaA gatinha Mimi não tem experiênciaMas tem inteligênciaEssa gatinha É a mais problemática que já vi
Rayla Bispo Nascimento tem 15 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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O gatinho(Rebeca Trigueiros Rodrigues dos Santos)
Era um gatinhoMuito fofinhoQue tomava leite no copinho
Que gatinho guloso e preguiçosoQuer beber mais leiteE acaba acordando de noite
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Meu gatinhoTenho um gatinhoDe pelo preto e brancoDe olhos azuis, bigodesE pés bem escondidinhos
Rebeca Trigueiros Rodrigues dos Santos tem 12 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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Doce meninaDoce SingelaLeve, suave, Cinderela
Qual a razão da existência delaSe não o meu viver
DoceSutil,Amável, carinhosa, amorosaQual a razão da sua existênciaSe não a de deixar minha vida saborosa
DoceGuria, menina, me incentivouQual a razão da sua existênciaSenão a de ser o meu amorOxe, se não fosse vocêMeu doce, como iria viver?
Robespierre Dantas tem 25 anos, faz pós-graduação em Análise de Sistema e é professor universitário.
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Querer e não querer(Rodrigo Rocha Pita)
Não quero mais...A rotina fatigadaQue a mente esmagaE amplia a solidãoQuero o tropeço do cegoA andar no mundo incertoDestemido na imensidão
Não quero mais...Sofrer em silêncio sozinhoMascarar a dor que destróiChorar no vazio sóQuero...Falar que estou sentindo dorDizer que preciso de amorEternizar o pôr do sol
Não quero mais...A força ilusória que sempre me guiouA soberba egocêntrica que disfarça a minha dorA segurança insegura do calar
Quero...A vida repleta de incertezaA loucura cheia de nobreza
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A coragem incerta do falar
Quero...Amar e dizer que amoPoder chorar em algum ombroViver sem medo de errar
Não quero mais...A hombridade que me mataNem a obrigatoriedade que me devastaE a solidão que escolhi pra nada
Quero sim o fortuito que libertaQuero contar com a sorteQuero destemer a morteQuero ser útil na vida incerta!Quero esquecer o não quererQuero o querer sem temer.
E quando o medo chegarIrá se incorporar em mimNelson Mandela, Zumbi, Martin Luther KingE terei força para lutar
Talvez eu não seja tão forteMas, enfrentarei a morteBuscarei... sim! Eu buscarei!Um mundo melhor
E se os mesmos perseguidoresUsarem contra nós os traidoresA dura pena nos venceráPois o sofrimento do nosso povoMe motivará
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E quando o medo chegarIrá se incorporar em mimNelson Mandela, Zumbi, Martin Luther KingE terei força para lutar
Não posso mais ver os traidoresQue migalham um poder ilusórioDespejar sobre nós o ódio da cúpulaQue não quer nos ceder dignidadeNão posso mais ver um cidadão de bem
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Pela libertação do medoO que fazer diante de tanta injustiça e humilhação?Infelizmente não sou super-homem.Sou um homem comum como todos os outros.E o inimigo é forte e tem sede de sangue.
Não tenho peito de aço e nem arma mortalNão fico invisível nem sou imortal...
Minha força vem do passadoPois não tiveram medoNem ficaram caladosOs simples soldados que um dia acreditaram
Então, não tentem me calarNem me comprarNem me amedrontarNão! Não! Não!
Jamais aceitarei a injustiçaMuito menos a humilhaçãoA morte será mais honrosaSe esgotar a opção
Levar bofetada na cara sem ao menos se explicarNão somos suspeitos desde que provemos o contrárioSomos vítimas por sermos estereotipadosE falarei bem alto para todos:- “Não esqueçam do legado que deixaram nossos antepassados!Pois se não fossem por eles ainda estaríamos colonizadosAcorrentados, chicoteados, calados, sujos e
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maltratados” !- “Não esqueçam! Libertamo-nos das correntes,Mas, ainda somos escravos do medo!”
E quando esse medo chegarIrá se incorporar em mimNelson Mandela, Zumbi, Martin Luther KingE terei forças para lutar
Rodrigo Rocha Pita, graduado em Administração de empresas, presidente da Associação Ideologia Calabar e coordenador da Biblioteca Comunitária do Calabar.
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A praça(Samuel dos Santos Moraes)
A praça é linda como uma portaE os olhos das pessoas são dos livros
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O acidenteUm homem estava atravessando a ruaDe repente, um ônibus grande atropelou o homemEssa queda foi feia!Atropelou e bateu de vezA SAMU apareceu e levou o homem para o hospitalO coração dele bateuBateu, bateu, e ele viveu.
Samuel dos Santos Moraes tem 9 anos e é estudante do ensino fundamental.
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Rap do Calabar(Tacila Cerqueira)
O Calabar é o que éO Calabar é o que é
Ele é um bairro muito admirávelÉ meio ‘pobrinho’ e também tem espinhosO inferno é na TerraMas não é no CalabarCom certeza é em outro lugar
Não se esqueça, meu irmãoO Calabar é um bairroFique ligado! Fique ligado!
O Calabar é um bairro engraçadoFique Ligado! Fique ligado!Preste atenção, não desligue a televisãoO Calabar vai passarMuito limpinho sem lama e espinho.
Meu irmão, eu fiz essa cançãoPara homenagear o bairro do CalabarQue está dentro do meu coraçãoE para sempre vai estar.Calabar! Calabar!
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Brasil(Tacila Cerqueira)
Brasil de coresDiversos saboresCom muitos amores
Esse é nosso BrasilQue um dia foi exploradoQue um dia foi massacrado
Esse é o nosso BrasilDe crenças, dançasMúsicas e alianças
Esse é o meu BrasilQue um dia lutouQue um dia batalhouEsse é o nosso Brasil!
Um Brasil de todosOnde todos fazem sua parteCriando históriasE mostrando sua arte
Esse é o nosso BrasilDe cultura, de amor e de esperançaE vem acompanhado pela dançaPagode, axé, hip hop, reggae, sambaVários ritmosSituados em um só BrasilBrasil... Um país de todos!
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Tacila dos Santos Cerqueira tem 16 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino médio.
Negro do passadoNegro maltratadoNegro humilhadoNegro desprezadoNegro muito cansado
Nos barcos sem sinal de mediaçãoEram como animaisQue só comiam raçãoE a febre amarela surgiaE todos morriam
Mulheres maltratadasMulheres abusadasMulheres como lixoMulheres como sucata
Mas um dia vai acabarE todos vão falarRacismo não!Não existe mais escravidão
Negro maltratadoNegro humilhadoNegro desprezado Só no passado
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CalabarO Calabar é um lugarQue merece respeitoPor toda sua genteNão importa se é brancoOu se é negro
Deus criou o mundoE também o CalabarO Calabar é abençoadoPor Cristo, Jeová.
Por issoEu digo a vocêsRespeitem o nosso bairroPois ele merece Muito amor e cuidado
Tainá Silva é moradora no Calabar.
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Sentimento(Talita Trigueiros Rodrigues)
Quando eu falo poesiaA minha alma pula de alegriaEu me emocionoAo saber que estou recitandoAlgo que vem de dentroCom sentimentoNão sei como dizerNem como explicarSó sei que estou aqui Para recitar
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O Calabar (Talita Trigueiros Rodrigues) Em Salvador existe um bairro que se chama Calabar Nele vive muita gente Alegre a cantar O Calabar é um exemplo de bairro Mesmo tendo violência Não veja como problema Veja como experiência O Calabar procura sempre ajudar As pessoas que querem trabalhar O Calabar pode ser ponto turístico Onde todos possam olhar E não somente apontar O Calabar tem muita gente trabalhadora Seja de qualquer religião Seja de qualquer bandeira
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Negra do Calabar(Talita Trigueiros Rodrigues)
Negra que mora no CalabarNegra que vive alegre a cantarNegra que gosta de estudarNegra que gosta de trabalhar
Se há algum problemaEssa negra vai resolverNão se mete em confusãoEstá sempre com você
Essa negra quer vencer na vidaCom amor e uniãoCom sinceridade e dedicação
Sou uma negraMoradora do CalabarE tenho orgulho da minha corNegra! Negra!
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EspelhoQuando me olho no espelhoVejo um rosto alegreE às vezes tristeÀs vezes chorando
Olhos castanhosBem escuros tenhoBoca que fala; que fala a verdadeCabelos escuros, encaracoladosVejo o meu nariz afinado, respirandoProfundamente o ar da natureza
Vejo minha orelha que escutaO som do passarinhoQue canta pela manhã
Os dentes tão brancosQue mostram um sorriso alegreMãos que só pegam aquilo que é bomPés que só andam no caminho do bem
Vejo-me assim no espelho
Talita Trigueiros Rodrigues dos Santos tem 14 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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Tamires Araujo tem 17 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino médio.
Negra eu souNegra eu souE tenho orgulho de falarNão importa o racismoQue os outros vivem a alimentar
Negra eu souE não tenho vergonha de falarMoro no CalabarQue é um bairro bom de morar
Negra eu souE vim para falarQue negra eu souE negra vou morrerE ninguém vai tirar de mimO orgulho de ser uma pérola negraMuito feliz!
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Menino pequenino(Tarcisio Trigueiros Rodrigues)
Um dia vi um menino pequeninoJogando bola com os outros meninosA bola era grande E ele pequenino
Quando ele chutou a bolaFoi diminuindo, diminuindoE ficou ainda mais pequenino
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Tarcísio Trigueiros Rodrigues dos Santos tem 14 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
O menino altoEra uma vez um menino altoQue quando corriaSua cabeça batia nos fios de energia,Que quando corriaSuas pernas encostavam bem na sua testaEle não podia pegar ônibusNem podia pegar táxiPois não cabia nelesCoitado do menino alto!Nada cabia nele e ele não cabia em nada.
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Essa negra(Tayná Trigueiros Rodrigues)
Ah, essa negra que vemSapateando pela ruaCom tanta belezaEla entra no CalabarComeça a sambarE os negros começam a olharE vão batendo palmas dizendo:
Negrinha! Negrinha!Negrinha de mega-hairVem cá, vem cáQue eu quero te abraçarNegrinha linda do Calabar.
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A parede pintada(Tayná Trigueiros Rodrigues)
A parede pintadaCom formato de pãoA parede pintadaCom formato de pão
Com livros de leituraE poesiaEu viajo com a minha imaginação
A parede pintada Com formato de pãoA parede pintada Com formato de pão.
No pão Eu passo manteigaE o como com café quentinhoOh, que delícia o pedaço de pão!
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A caneta azulQue saudade da caneta azulQuanto mais eu escreviaCom aquela caneta azulMais tinta eu tinha
Ah! Caneta azul!Que caneta azul!
De tanto escrever Pensei que a tinta acabouNão era verdadeTinta tinha naquela caneta azulParecia magiaAquela caneta azul
Tayná Trigueiros Rodrigues tem 17 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino médio.
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A flor(Wesley dos Santos Lopes)
Eu sou uma florzinhaLinda como o marMeu coração é cheio de amorAmor! Amor! Amor!Amo como uma flor
O amor é muito espertoComo o beija-florEu amo tanto o beija-florCom muito amor!
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Meu aniversárioNo meu aniversário tem:Bolo, guaraná, beijinho,Pizza, casadinho e salgadinho.
Meu aniversário é muito bom!Todo mundo gosta Todo mundo se diverte!
Tem danças, brincadeiras!Palhaços, pula-pula.Ganho muitos presentes.Neste anoNo dia meu aniversárioGanhei um celular que minha mãe me deuEu adoooorei!
Wesley dos Santos Lopes tem 12 anos, mora no Calabar e é estudante do ensino fundamental.
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CURRÍCULO DO ORGANIZADOR
VALDECK ALMEIDA DE JESUS é jornalista, escritor, poeta e funcionário público federal. Nasceu em 15 de fevereiro de 1966, na cidade de Jequié-BA, onde viveu até os seis anos de idade. Nessa época, foi residir na Fazenda Turmalina (região de Itagibá-BA), onde continuou a estudar em escola pública até os 12 anos. Aluno exemplar, retornou a Jequié-BA para se matricular na 5ª série do primeiro grau, também em escola pública. Ingressou nas Faculdades de Enfermagem e de Letras, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em 1990, e na Faculdade de Turismo, na Faculdade São Salvador, não tendo concluído os respectivos cursos. Formou-se em Jornalismo pela Faculdade Social da Bahia. Reside em Salvador, desde fevereiro de 1993. Na capital, fez cursos de Informática, Teatro, Relações Humanas e Fotografia. Estudou, ainda, Espanhol em Madri (Espanha), Santa Elena de Uairen (Venezuela), Puerto Iguazu (Argentina), Ciudad del Este (Paraguay) e La Habana (Cuba), e Inglês, em Salvador, complementado por curso intensivo em Nova York, Estados Unidos. Prêmios Literários: a) 1° Lugar no concurso sobre Paralisia Infantil, promovido pela Diretoria Regional de Saúde de Jequié-BA, em conjunto com o programa Mendes Show Dez, da Rádio Baiana de Jequié. Junho de 1982;
b) 2º Lugar no concurso de redação em homenagem ao segundo aniversário do jornal Sudoeste, de Jequié-BA, em julho de 1989;
c) menção Honrosa em 1989 no 1° Concurso Nacional de Poesia, promovido pelo Instituto Internacional da Poesia, de Porto Alegre-RS;
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d) menção Honrosa no Concurso Literário Oswald de Andrade, promovido pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em 1990, na cidade de Jequié-BA; e) classificação no concurso literário Bahia de Todas as Letras, promovido pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus-Ba, no ano de 2007, com o conto “Eu e o Word”, com nota 7 (sete);
f) classificação no concurso literário realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal da Bahia, com a crônica “Alice”, no ano de 2007, em Salvador-BA;
g) destaque no XII Concurso de Poesias, Contos e Crônicas realizado em 2007 pela ALPAS XXI, em Cruz Alta-RS com o texto “Minha paixão por livros”;
h) Prêmio Luiz Mott de Cidadania 2008, pelo conjunto da obra, na defesa dos direitos humanos e dos homossexuais, em indicação feita pelo Glich – Grupo Liberdade, Igualdade e Cidadania Homossexual, de Feira de Santana-BA;
i) medalha de agradecimento e homenagem por incentivar a leitura. Outorgante: Biblioteca Comunitária do Calabar e Avante – Educação e Mobilização Social. Premiação: agosto de 2009;
j) medalha Hermano Gouveia Neto, por incentivo à leitura, no projeto Resgatando a Seliba 2009. Outorgante: Colégio Cecília, de Simões Filho-BA;
k) nomeado Embaixador Universal da Paz, pelo Círculo dos Embaixadores da Paz da Suíça e França, em 20 de janeiro de 2010, em Genebra, Suíça.
l) classificado no concurso “Água – Recurso Durável”, realizado pelo Teatro Vila Velha, com o poema “Rio das Contas”, publicado em cartão-postal e distribuído em Salvador-BA, em
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janeiro de 2010.
m) homenageado pelo projeto Alma Brasileira, com diploma e medalha de honra ao mérito literário, por incentivar a literatura brasileira através de concursos, durante o Fórum Social Mundial Temático - Bahia, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em janeiro de 2010.
Participa das antologias: “Poetas Brasileiros de Hoje –1984”, Shogun Arte, Rio de Janeiro-RJ, 1984; “Transcendental”, publicado em Salvador em 1996, pela Editora Gráfica da Bahia; “II Antologia Cultural: 500 Anos de Língua Portuguesa no Brasil”, Clube de Letras, Barra Bonita-SP, 2005; “Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 14º volume”, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro-RJ, 2005; “Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 15º volume”, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro-RJ, 2005; “Letras Libertas - Contos, Crônicas e Poesias - Vol 2”, Ilha das Letras, Santa Catarina, 2005; “XV Concurso Internacional Literário de Verão”, Agiraldo, São Paulo-SP, 2005; “Palavras que Falam”, Scortecci, São Paulo-SP, 2005; “Todas as Formas de Amar”, Casa do Novo Autor, São Paulo-SP, 2005;
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“O Amor na Literatura”, São Paulo-SP, Casa do Novo Autor, 2005; “Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea”, Câmara Brasileira do Jovem Escritor, Rio de Janeiro-RJ, 2005; “VII Antologia Nau Literária”, Komedi, São Paulo-SP, 2005; “Ensaios Poéticos”, Academia Virtual Brasileira de Letras, 2005; “Poetry Vibes”, Poetry Vibes, Ohio, USA, 2005;
“Ação e Reação. Pequenos Contos”, AVBL, São Paulo-SP, 2005 (livro eletrônico);
“Ensaio Poético. Natureza. Vida”, AVBL, São Paulo-SP, 2005 (livro eletrônico);
“Meu País é Este”, AVBL, São Paulo-SP, 2005 (livro eletrônico); “20 Anos de Poesia – Caderno 32”, Oficina, Rio de Janeiro-RJ, 2005; “Pérgula Literária – VII”, EVSA, Rio de Janeiro-RJ, 2005; “Sangue, Suor e Lágrimas”, Arnaldo Giraldo, São Paulo-SP, 2006; “Palavras Libertas”, Roma, Uberlândia-MG, 2007; “Amor, Sublime Amor”, Litteris, Rio de Janeiro-RJ, 2006;
“XI Coletânea Komedi”, Komedi, Campinas-SP, 2007;
“Letras Intimistas”, aBrace, Montevidéu (Uruguay), 2007;
“Primavera de 2006 – Inverno de 2007”, Via Litterarum e
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Editus (UESC), Itabuna-Ilhéus-BA, 2007;
“Retratos Urbanos”, Andross, São Paulo-SP, 2008.
“Poemas e Outros Encantos: nova coletânea”, Edir Barbosa Editor, Teixeiras-MG, 2008.
“Elo de Palavras”, Scortecci, São Paulo-SP, 2008.
“Poesia do Brasil – volume 8”, Proyecto Cultural Sur – Brasil. Grafite, Porto Alegre-RS, 2008.
“Coletânea dos 44 melhores poemas de 2008”, 2º Concurso de poesia ABRACI. IMOS, Rio de Janeiro-RJ, 2008.
“Antologia Del Secchi – volume XVIII”. Org. Roberto de Castro Del’Secchi. DELSECCHI Editora, Rio de Janeiro-RJ, 2008.
“Livro de Todos: o mistério do texto roubado”, coordenação Imprensa Oficial, São Paulo-SP, 2008.
“Salvador: 460 anos de poesia”. Organizador Roberto Leal – Omnira, Salvador-BA, 2008.
“Poetas Del Mundo em Poesias”, Volume I, Gibim, Campo Grande-MS, 2008.
“Universo Paulistano. Contos, Crônicas e Poemas de Uma Cidade que Nunca Dorme”, Organizadores Edson Rossato e Carlos Francisco de Morais, Andross, São Paulo-SP, 2009.
“XIII Coletânea Komedi”. Komedi, Campinas-SP, 2009.
“Contos e Crônicas para Viagem”, Bruno Resende e Edir Barbosa (orgs.), Viçosa, Edir Barbosa Editor, Viçosa-MG, 2009.
“O que é que a Bahia tem”, Litteris, Rio de Janeiro-RJ, 2009.
“Comendadores da Ordem do Dragão Dourado – Antologia Poética”, Real Academia de Letras, Porto Alegre-RS, 2009.
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“Ecos Machadianos”, Bureau Gráfica e Editora, Salvador-BA, 2009.
“Latinidade poética”, All Print Editora, São Paulo-SP, 2009.
“IV Coletânea – Poesia, Crônica e Conto 2009”, Tecnicópias, Canoas-RS, 2009.
“Vozes de Aço – IV Antologia Poética de Diversos Autores”, Volta Redonda-RJ, PoeArt Editora, 2009.
“Antologia Alma Brasileira”, Folha da Baixada, Praia Grande-SP, 2009.
“Contos, Crônicas e Artigos”, Fundação Omnira, Salvador-BA, 2009.
“Antologia Cidade Literária”, L&A Editores, Belém-PA, 2009.
“Projeto Literário Delicata IV – Poesias, Contos, Crônicas”, Scortecci, São Paulo-SP, 2009.
“Livre Pensar Literário – Coletânea de escritores contemporâneos”, Edir Barbosa Editor, Viçosa-MG, 2010.
“Ecos Castroalvinos – Coletânea de Verso e Prosa”, ArtPoesia, Salvador-BA, 2010.
Antologia “Fala Escritor em Prosa e Verso”, Virtual Books, Pará de Minas-MG, 2010.
Antologia “Alma Brasileira – Edição Especial Dia das Mães”, Virtual Books, Pará de Minas-MG, 2010;
“Caderno Literário Pragmatha 3 – Meio Ambiente”, Porto Alegre: Pragmatha, 2010;
“Carta ao Presidente - o que pensa o brasileiro no século XXI”, São Paulo: Scortecci, 2010;
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“Poesia & Conto para todos os Cantos”, Salvador: Omnira, 2010;
“IV Antologia Beco dos Poetas”, São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas, 2010;
“Antologia Del’Secchi – Volume XX”, Rio de Janeiro: Del’Secchi, 2010;
“Aprendi com meu pai”, São Paulo: Versar, 2006/2010. Livros publicados de forma independente: - “Heartache Poems. A Brazilian Gay Man Coming Out from the Closet”, iUniverse, New York, USA, 2004. Este livro reúne poesias de desabafo, muitas delas dedicadas a mulheres, quando na verdade o escritor falava de seus amores secretos, namorados homens. - “Feitiço Contra o Feiticeiro”, Scortecci, São Paulo-SP, 2005; Livro de poesias. - “Memorial do Inferno. A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, Scortecci, São Paulo-SP, 2005. A obra conta a história da família do escritor Valdeck Almeida de Jesus, que enfrentou a fome e a miséria por mais de vinte anos e venceu. A renda integral obtida com a venda do livro foi doada às Obras Sociais Irmã Dulce.
- “Memorial do Inferno. A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, Giz Editorial, São Paulo-SP, 2007. Vinte por cento da renda obtida com a venda do livro foi doado às Obras Sociais Irmã Dulce.
- “1ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus” (editor), Casa do Novo Autor, São Paulo-SP, 2006.
- “Jamais Esquecerei do Brother Jean Wyllys”, Casa do Novo Autor, São Paulo-SP, 2005.
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- “Poemas Que Falam”, Casa no Novo Autor, São Paulo-SP, 2007.
- “Valdeck é Prosa, Vanise é Poesia”, Câmara Brasileira do Jovem Escritor, Rio de Janeiro-RJ, 2007.
- “2ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus” (editor), Casa do Novo Autor, São Paulo-SP, 2007.
- “30 Anos de Poesia”, Câmara Brasileira do Jovem Escritor, Rio de Janeiro-RJ, 2008.
- “3ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus” (editor), Giz Editorial, São Paulo-SP, 2008.
- “Memories from Brazilian Hell: The Saga of Almeida Family in the Garden of Éden”, iUniverse, Nova York (USA), 2008.
“Poemas de amor e outros temas”, Blurb, Nova York (USA), 2009.
“Poemas Di-Versos”, Corpos, Lisboa, Portugal, 2009.
“Armadilha – a verdadeira poesia brasileira”, Clube de Autores, São Paulo-SP, 2009.
“30 Anos de Poesia”, Virtual Books, Pará de Minas-MG, 2009.
“Minha alma nua” (série Notáveis Poetas Brasileiros), Real Academia de Letras, Porto Alegre-RS, 2009.
- “4ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus” (editor), Giz Editorial, São Paulo-SP, 2009.
- “Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesias 2009 – segunda seleção” (editor), Virtual Books, Pará de Minas-MG, 2010.
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- “Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Contos LGBTs” (editor), em 2010.
- “Abre a Boca Calabar” (editor), resultado de um concurso de poesias com crianças da comunidade Calabar, ex-quilombo, em Salvador-BA, em janeiro de 2010.
- “Antologia do Amor” (editor), obra que reúne poetas do Brasil, Estados Unidos e China, em janeiro de 2010.
- “Recortes de uma vida: Reflexões e pensamentos”, Clube de Autores, São Paulo, 2010.
- “Amor e Paixão”, Coleção Scrivere, São Paulo: Madio Editorial, 2010.
- “A Kombi de prosa e poesia”, Pará de Minas-MG: Virtual Books, 2010.
- “Yes, I am gay. So, what? – Alice in Wonderland”, New York: iUniverse, 2010.
Trabalhos Diversos - Expositor, como escritor independente, na Bienal do Livro da Bahia, em 2005, 2007 e 2009. - Expositor no III Corredor Literário da Paulista, de 09 a 14 de outubro de 2007, em São Paulo-SP. - Participação no V Fórum Social Mundial, em Porto Alegre-RS, de 26 a 31 de janeiro de 2005; palestrante, expositor e promotor de mesas de debate sobre literatura baiana, leitura e mercado editorial durante o Forum Social Mundial Temático da Bahia, de 28 a 31 de janeiro de 2010.
- Participação, como organizador da Mostra de Arte e Cultura, no II Congresso Estadual do Sindjufe-BA, de 01 a 03.06.2007,
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no Hotel Sol Bahia Atlântico, em Salvador-BA.
- Poemas publicados em jornais de grande circulação, na capital e interior do estado da Bahia, e em Brasília-DF; colaborador, desde 1985, do jornal A PROSA, de Brasília-DF.
- Colaborador da revista cultural Art’Poesia, de Salvador-BA, editada por Carlos Alberto Barreto, que publica poemas de autores do mundo inteiro. - Palestra na ONG Vento em Popa, no bairro Jardim Gaivotas, em São Paulo-SP, em 2007, com o tema “Motivação através da leitura”. - Colunista dos sites www.zonamix.com.br, www.radarmix.com e www.portalvilas.com.br, desde março de 2006. Nestes e em outros sites, o escritor colabora com matérias ligadas a cultura, literatura, arte, preconceito, discriminação e assuntos relacionados aos LGBT’s.
- Verbete do “Dicionário de Escritores Baianos”, Secretaria de Cultura e Turismo, Salvador, 2006. - Membro da Federação Canadense de Poetas, desde 2004.
- Membro da Associação Artes e Letras (França). desde 2005.
- Membro da União Brasileira de Escritores – UBE, desde março de 2006.
- Membro da Câmara Bahiana do Livro – CBaL, desde março de 2005. - Em 1987, participou da Diretoria Regional do Partido Comunista do Brasil e da União da Juventude Socialista - UJS, em Jequié-BA. Eleito o primeiro diretor de imprensa do Grêmio Estudantil Dinaelza Coqueiro, do Instituto de Educação Régis Pacheco, fundou o jornal Jornada Estudantil.
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- Fundador do fã-clube de Jean Wyllys (www.jeanwyllys.com). Site profissional de Valdeck Almeida: www.galinhapulando.com O site Galinha Pulando apoia todos os eventos e movimentos de afirmação da cidadania, contra o racismo e, principalmente, contra a homofobia.
- Colaborador do Café Literário de Camaçari-BA, evento realizado pela coordenação do PROLER – vários anos.
- Participação na Feira do Livro Internacional de Paraty (FLIP), 2008.
- Lançamento de três livros na Bienal Internacional de São Paulo, 2008.
- Verbete no “Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros”, Casa do Novo Autor, São Paulo-SP, 2009.
- Membro Correspondente da Academia de Letras de Jequié.
- Membro da Academia de Cultura da Bahia.
- Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni-MG.
- Participante da Mostra Poética “Cores das Letras no Brasil”, realizado como atividade paralela do 4° Encontro Açoriano da Lusofonia, um dos mais expressivos eventos internacionais de fortalecimento da língua portuguesa no mundo, promovido pela Sociedade dos Poetas Advogados de Santa Catarina - SPA-SC, de 31 de março a 4 de abril de 2009, na Biblioteca da Escola Secundária de Lagoa, Açores, Portugal.
- Palestra e oficina de poesias na Biblioteca Comunitária do Calabar, bairro remanescente de quilombo, em Salvador-BA.
- Cônsul Honorífico da Real Academia de Letras, Ordem da Confraria dos Poetas.
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- Prefaciador dos livros “Eu sou todo poema”, de Leandro de Assis; “Sonhos”, de Antonio Fagundes; “O homem que virou cerveja”, de Silas Correa; “Diário de Rafinha: as duas faces de um amor”, de Léo Dragone; apresentou o livro “Brincando de poesia”, de Adalberto Caldas Marques; “Uma viagem fascinante”, de Eulália Cristina Costa e Costa.- Membro do projeto “Fala Escritor”, idealizado pelo poeta Leandro de Assis, apresentado todo segundo sábado de cada mês no espaço Castro Alves, em um shopping de Salvador.
- Participação no Fórum Social Mundial Temático – Bahia 2010, com exposição e lançamento de livros, recitais e palestras.
- Participação no 1º Encontro de Escritores Independentes da Bahia, promovido pela Fundação Omnira, em setembro de 2010.
- Verbete na Enciclopédia virtual da poesia lusófona contemporânea, organizada pelo Russo, naturalizado brasileiro Oleg Almeida (2009).
- Correspondente da revista Cotoxó, de Jequié-BA.
- Membro do movimento cultural Poetas del Mundo.
MAIS INFORMAÇÕES:Valdeck Almeida de Jesus (71) 9345-5255E-mail: [email protected] do organizador: www.galinhapulando.com
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