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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS DAINTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
COM O ENSINO MÉDIO E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
2014
Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz
Vice-Governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli
Secretário de Estado de Educação Marcelo Aguiar
Secretário-Adjunto de Estado de Educação Jacy Braga Rodrigues
Subsecretária de Educação Básica Edileuza Fernandes da Silva
Coordenadora da Educação Profissional Márcia Castilho de Sales
Coordenadora de Educação de Jovens e Adultos Leila Maria de Jesus Oliveira
Coordenadora do Ensino Médio Cristhian Spindola Ferreira
Sumário
INTRODUÇÃO .....................................................................
1. CONTEXTO HISTÓRICO ..................................................
2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL .............................................
3. OBJETIVOS DA INTEGRAÇÃO NAS MODALIDADES ........
4. NATUREZA E PERFIL DAS MODALIDADES .........................
4.1 Ensino Médio Integrado .............................................
4.2 A Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos ............................................................
5. DADOS DA OFERTA ........................................................
5.1 Educação Profissional ................................................
5.2 Educação de Jovens e Adultos .................................
5.3 Ensino Médio ...........................................................
6. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................
7. PROPOSTA PEDAGÓGICA ...............................................
7.1 Princípios Norteadores para Integração ........................
•Eixosestruturanteseintegradorescomoalternativaparaaconcretizaçãodeumcurrículoreflexivo...........
•Trabalhointerdisciplinar...........................................
•Trabalhoemrede.....................................................
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•Conhecimentotrabalhadodeformaintegral.............
•Criaçãodeprojetosintegradosparaintervenção.....
•Pesquisacomopromotoradeconhecimento............
•Trabalhocomoprincípioeducativo..............................
7.2 Estrutura Curricular para Integração da Educação Profissional no Ensino Médio ..........................................
7.3 Estrutura curricular para integração da Educação Profissional na EJA .........................................................
7.4Abordagensmetodológicas......................................
7.5 Orientações para a integração nos cursos integrados ouconcomitantes...........................................................
8. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS ...............................
REFERÊNCIAS .....................................................................
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INTRODUÇÃO
Segundo o marco normativo brasileiro, é princípio efinalidade da educação a formação de cidadãos. Tanto aConstituição Federal como a Lei de Diretrizes e Bases daEducaçãoLDB9.394/96estabelecemque“aeducação,deverdafamíliaedoEstado,inspiradanosprincípiosdeliberdadeenosideaisdesolidariedadehumana,temporfinalidadeoplenodesenvolvimentodoeducando,seupreparoparaoexercíciodacidadaniaesuaqualificaçãoparaotrabalho”.
Ocidadãoplenoéaquelequeconsegueexercer,deformaintegral, os direitos inerentes à sua condição. A cidadaniaplenapassaaser,dessemodo,umpontodereferênciaparaapermanentemobilizaçãodossujeitossociais.
Pensar sobre o papel que a educação cumpre naatualidade requer pensar sua função social, sua organizaçãoeoenvolvimentodossujeitos.Requer,sobretudo,pensarnasrealidadesquevivemeconvivemnoespaçoescolar,considerandoqueasdesigualdadeseinjustiçassociaisexpõemosequívocosdeummodelodedesenvolvimentoeconômicoesocialquevisaapenasaolucroimediatodeumaminoria(GADOTTI,2000)etransformaasrelaçõeshumanasemrelaçõesdemercado.
O grande desafio da educação contemporânea étransformar a sociedade, conduzindoo processo de transiçãopara uma humanidade sustentável. Essa construção só setornapossívelpormeiodeumapedagogiaquesepreenchadesentido,comoprojetoalternativoglobal,emqueapreocupaçãonãosejacentradanapreservaçãodanaturezaounoimpactodaintervençãohumanasobreosambientesnaturais,masemum novo modelo de civilização sustentável, implicando umamudançaradicalnasestruturaseconômicas,sociaiseculturaisvigentes. Essa mudança está ligada a um projeto utópico:mudar as relações humanas, sociais e ambientais que temoshoje(BENFICA,2011),emproldafelicidadereal,interna,que
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dependedoexercíciodaalteridadee,portanto,dasolidariedadecomo prática democrática. A construção de outra sociedadedeveserametaprimordialdaeducaçãoformal,poistranscendeosmurosdaescola.
Formalmente, a escola é o espaço determinante paraconcretizar a ação educativa. A escola serve tanto para reproduzir aordemsocialcomoparatransformá-la,sejaintencionalmenteou não. Além disso, a escola é o espaço de socialização decrianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos, bem comoespaço de difusão sociocultural; e também é um espaço noqualossujeitospodemseapropriardoconhecimentoproduzidohistoricamentee,pormeiodessaapropriaçãoedaanálisedomundoqueocerca,emumprocessodialéticodeaçãoereflexãosobreoconhecimento,manteroutransformarasuarealidade.
A escola é uma instituição social que pode ocasionarmudançasdiantedaslutasnelatravadas,pormeiodesuapráticanocampodoconhecimento,dasatitudesedosvalores,dearticularedesarticularinteresses(FRIGOTTO,1999).Poressarazão,nãose deve perder de vista a ideia de que as ações pedagógicasrefletemasconcepções,estejamelasexplícitasounão.
O papel da educação no espaço escolar requer aobservaçãosobreasdisputasideológicasalipresentes.Asações,democráticasouautoritárias,revelamaformaçãooferecida.Porisso,éprecisoquestionarsobreaescolaquetemoseaescolaquequeremosconstruireissoimplicaproblematizarasações,articularossegmentosquedesempenhamsuasfunçõese,comopropostopelaGestãoDemocrática,Lei4.751/2012,favorecerasinstânciascoletivasdeparticipação.
Dessa forma, proporcionar umaeducaçãoque contribuaparaodesenvolvimentodopensamentocrítico,queproblematizea realidade e a comunidade, que reconheça o território deinfluênciadaescolanodesempenhodesuafunçãodeformadorade sujeitos históricos é o caminho para fazer com que sejatransformadoradarealidade.
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ASEEDFentendequeaeducaçãodeveserreferenciadapelaformaçãointegraldoserhumano,ouseja,contemplarasdiversasdimensões que formam o humano, não apenas os aspectoscognitivos.Deve reconhecerque, como sujeitosdedireitosedeveres,éimprescindívelqueseoportunizeaosestudantesodespertardeoutrasdimensões,entreelas:aética,aartística,afísica,aestéticaesuasinter-relaçõescomaconstruçãosocial,mental,ambientaleintegraldodesenvolvimentohumano.
Por essa razão, o processo educativo deve se pautarna realidade, entendida como algo não acabado e sobre aqual podemos intervir. Essa intervenção deve caminhar pelaintegraçãoentreaescolaesuacomunidade,naperspectivadecompreensãodaáreadeabrangênciapróximacomoterritórioque intervémna formaçãodos sujeitos, proporcionandoumaeducação que extrapola a mera aprendizagem cognitiva eobservaaintegralidadehumana.
Na perspectiva do homem como ser multidimensional, aeducaçãodeveresponderaumamultiplicidadedeexigênciasdopróprioindivíduoedocontextoemquevive.Assim,aeducaçãodeveterobjetivosvoltadosàconstruçãoderelaçõesquefavoreçamoaperfeiçoamentohumano.[...]Aeducação,comoconstituintedoprocessodehumanização,queseexpressapormeiodemediações,assumepapelcentralnaorganizaçãodaconvivênciadohumanoemsuasrelaçõeseinterações,matériaprimadaconstituiçãodavidapessoalesocial(GUARÁ,2006,p.16).
A educação deve reconhecer, assim, a necessidade deumaarticulaçãointersetorialentreaEscola,acomunidade,osmovimentossociais,osistemaprodutivolocal,asassociações,os clubes e o poder público, pelo reconhecimento de queeducação acontece em diferentes esferas, tempos e espaçosparaconstruçãodeumprojetoquetenhaa justiçasocialeajustiçaambientalcomoreferências.
Nessesentido,osdesafiosparaoEnsinoMédiosãograndes.Olharparaquestõesinquietanteseinstigantescomo:aevasão;
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a repetência; o abandono; os desencantos; os indicadoresinternos;asavaliaçõesexternas;eadiversidadedeinteressesdosestudantesdessaEtapaprovoca-nosparaaconstruçãodenovaspropostas,considerandoassuasparticularidades.
O Ensino Médio edifica-se a partir de dois grandescompromissossociais:apreparaçãoparaomundodotrabalhoe a possibilidade de prosseguimento dos estudos. O EnsinoMédio integrado à Educação Profissional surge para oferecer ao estudante a possibilidade de cursar, de forma articulada,nonívelmédio, a formaçãopropedêutica e a educaçãoparao mundo do trabalho. O intuito é que o estudante possafazer, simultaneamente, o EnsinoMédio e um curso técnico,recebendo,aofinal,duashabilitações.
DevidoàdiversidadedosjovensquefrequentamaEscolapública, o EnsinoMédio Integrado não poderá seguir apenasum modelo. Terá que atender aos estudantes em situaçãode vulnerabilidade social, que precisam trabalhar, aomesmotempoemqueestãoregularmentematriculadosefrequentandooEnsinoMédio.Emgeral,nãopodemabrirmãodostrêsanosdecurso,poisprecisamdaformaçãotécnica,aocompletaremamaioridade.
O Ensino Médio Integrado deverá se fundamentar noprincípiodaformaçãopolitécnicaedaescolaunitária,ouseja,aarticulaçãodaformaçãogeraletécnicaeocompromissocomaqualidadedaformaçãodossereshumanosemsuasmúltiplasdimensões,visandoàemancipaçãosocialdosestudantes.
ALDBamparaessaconcepçãoquandoexplicitaque,emrelaçãoaosconhecimentosadquiridosnoEnsinoFundamental,sua consolidação e seu aprofundamento dar-se-ãono EnsinoMédio, que deve possibilitar ao estudante o prosseguimentode seus estudos; a preparação básica para o trabalho epara a cidadania; o aprimoramento como pessoa humana(formaçãoética, desenvolvimentodaautonomia intelectual edo pensamento crítico); e a compreensão dos fundamentos
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científico-tecnológicosdosprocessosprodutivos,paraquepossarelacionar a teoria à prática.
Dessa forma, é necessário desenvolver os atributosintelectuaisdosnossosestudantesparaquesaibamlidarcoma complexidade domundodo trabalho e, aomesmo tempo,prosseguir estudos.
NoDF, a configuração do EnsinoMédio deverá garantirum ensino verdadeiramente integrado, com um curso único,comumProjetoPolítico-PedagógicoeCurrículoúnicos comopossibilidadedeumaintegraçãoreal,emqueosconteúdoseaspráticassejamarticuladosrespeitadaaespecificidadedecadacurso técnico.
ParaqualificarcadavezmaisoEnsinoMédio,apesquisaseráumdoseixosquedeveráfazerpartedocotidianoescolar,tantonapráticadocente,ampliandooconceitofreireanodeprofessorpesquisador,quantonarotinadosestudantes,proporcionando-lhesumanovaformadeolharosacontecimentosàsuavolta,desenvolvendoacapacidadedeopinar,depensaredeusufruirnovosconhecimentos.
Oacessoàstecnologiasdigitaiseaformaçãodosestudantesem torno dessas tecnologias são fundamentais e devem serdesenvolvidos,deacordocomasDiretrizesCurricularesNacionaisdoEnsinoMédio (2012),apartirdasdimensõesda formaçãohumana:trabalho,ciência,tecnologiaecultura.
Os letramentos científicos assumem uma dimensãoextremamente importante na formação dos estudantes, poisfavorecemoempoderamentodessesadolescentesejovens,naperspectivadeumaparticipaçãoativa,consistenteeconsequentena“sociedadedoconhecimento”,caracterizadapelacirculaçãode um grande e diversificado volume de informações queproporcionammaiorgraudeautonomiaeampliamascondiçõespara o exercício da cidadania e, consequentemente, para odesenvolvimentodanação.
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Semelhantemente,naEducaçãodeJovenseAdultos(EJA),adimensãodotrabalhoadquireumaimportânciacentral,emvirtudedascondiçõessócio-econômicasdossujeitosatendidosporessamodalidade.Emgeral, trata-sede jovens,adultoseidososque,pormotivosvariados,nuncativeramacessoàescola,ou tiveram que interromper sua vida escolar para trabalharoucuidarda família,ouaindacarregamconsigoumpassadomarcado por sucessivos fracassos escolares, que culminaramnumaexacerbadadefasagemidade-série.
Alémdisso,éimportanteconsiderarquepartesignificativadessessujeitosestãoinseridosnomercadodetrabalho,formalou informal, ou encontram-se desempregados. No entanto,a empregabilidade e a busca pela inclusão sócio-profissionalsão traçosmarcantesdessessujeitos.Daía relevânciadeumprojeto educacional que assegure não somente o direito dojovem,adultoeidosoàeducaçãobásica,masquecontemple,namedidadopossível,adimensãodaqualificaçãoprofissional.
Nesse sentido, encontramos no Programa Nacional deIntegração da Educação Profissional com a Educação Básicana Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)uma oportunidade ímpar para a consecução de um projetoeducacionalcomgrandepotencialdecumprirtaisdesígnios.
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1 CONTEXTO HISTÓRICO
Historicamente,emfunçãodomodelodedesenvolvimentoeconômicoadotadonopaís,aEducaçãoBásicaeaEducaçãoProfissional são marcadas pela dualidade, separando otrabalhomanualdointelectual.Nessaperspectiva,aEducaçãoProfissionalfoiseajustandoàsnecessidadesdereorganizaçãoparaoatendimentoàlógicadomercadodetrabalho,bemcomoaossetoreseducacionaisvinculadosaoâmbitodossindicatosepesquisadoresdaesferadotrabalhoedaeducação.
Em2004, a discussão da educação politécnica retorna,garantindo ao estudante a formação profissional a partir dos18 anos oumais de idade, com a oferta de uma educaçãouniversal e unitária, superando a dimensão dominante datécnica na formação. A partir dessas definições, ressurge oentendimentodanecessidadedeseoferecerumEnsinoMédiointegral,ouseja,capazdereunirosconhecimentosacumuladoshistoricamentepelaciênciaeaformaçãoprofissional.Assim,oDecretonº5.154/2004 temoméritodeoferecernovamentea integração no Ensino Médio com a formação profissional,sóqueagoraemumaperspectivadiferente,poisaeducaçãodeve ser vanguarda das inovações para atender aos desafios apresentadospelacontemporaneidade.
ProcurandoanalisarocontextoatualdoEnsinoMédio,observa-se que os números sobre o seu desempenho sãoalarmantes:
• Em 2008, dados do Instituto Nacional de Estudose Pesquisas Educacionais (INEP) indicavam quepoucomaisde51%dapopulaçãoentre15a17anosencontrava-sematriculadanoEnsinoMédio.
• Em2009,segundoaPNAD,nafaixade18anos,idadeem que já deveriam ter concluído o Ensino Médio,somente 37% dos estudantes conseguiu completaresta etapa.
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• De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas(FGV) “Os Determinantes do Fluxo Escolar entre oEnsinoFundamentaleoEnsinoMédionoBrasil”(2010),mostramque70%dosjovensmatriculadosnoEnsinoMédioprovêmdefamíliascomrendafamiliarpercapitaatéumsaláriomínimo.
Emtermosdeprogressão,oestudodaFGVindicaque:
• 83%dosjovensconcluintesdoEnsinoFundamentalsematriculamnoprimeiroanodoEnsinoMédionaidadeconsiderada“correta”ouadequada.
• 65%nosegundoano.
• 55%noterceiroano.Osdemaisofazemcomdistorçãoidade série.
Osnúmerosdo ÍndicedeDesenvolvimentodaEducaçãoBásica(IDEB)doEnsinoMédiosãoelucidativos:
Quadro1:IDEBdoEnsinoMédiodoBrasil
País IDEBObservado MetasProjetadas
Brasil 2005 2007 2009 2011 2007 2009 20113.4 3.5 3.6 3.7 3.4 3.5 3.7
Fonte:Inep,2011
No Distrito Federal o IDEB do Ensino Médio aponta para a necessidade de efetivação de políticas educacionais voltadas paraestaetapa,poisametade2011nãofoialcançadapelosistema,deacordocomoQuadroabaixo.
Quadro2:IDEBdoEnsinoMédiodoDF
Estado IDEBObservado MetasProjetadasDistrito Federal
2005 2007 2009 2011 2007 2009 20113.0 3.2 3.2 3.1 3.0 3.1 3.3
Fonte:Inep,2011
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A falta de sentido/identidade do Ensino Médio se encontra tantona sua concepçãoquantona ausência de investimentopúblico, repercutindo na qualidade e aumentando assim, onúmerodeadolescentesexcluídosnafaixaetáriadenominadadeprópriaouregular(dentrodafaixaetáriadoestudante).Essaformaçãoirregularnãocontribuiefetivamenteparaoingressodignonomundodotrabalhoenem,paraoprosseguimentodosestudos na educação superior.
AResoluçãoCNE/CEB2/2012,noArt.4º,consideracomoumadasfinalidadesdoEnsinoMédio“apreparaçãobásicaparaotrabalhoeacidadaniadoeducandoparacontinuaraprendendo,demodoasercapazdeseadaptaranovascondiçõesdeocupaçãoou aperfeiçoamento posteriores”. Assim, no Ensino Médio,a Educação Profissional pode ser articulada com a EducaçãoBásica, na forma integrada ou concomitante - numamesmainstituição-enaformasubsequente,atendendoacontingênciademilharesdejovensquetêmoacessoaotrabalhocomoumaperspectivamaisimediata.
A ideia é fomentar uma Educação Básica realizada emtempomaisprolongadoassociadaàpropostadeumaEducaçãoProfissionalmaisabrangentee,que,ultrapasseoadestramentonastécnicasdetrabalho,numapropostacurricular,emquepeseodesenvolvimentodecompetênciascientificaseprofissionais,queatendamaonovoperfilprodutivoetecnológico.
ALeideDiretrizeseBasesdaEducaçãoNacional,de1996,afirmaopropósitodeestenderaopoderpúblico,aobrigatoriedadedeofertadeEnsinoMédio,naqualidadedeumdireitodocidadão.Nosartigos39a42,aEducaçãoProfissionaléconcebidacomo“[...]integradaàsdiferentesformasdeeducação,aotrabalho,à ciência e à tecnologia [...]”, demodo a conduzir “[...] aopermanentedesenvolvimentoparaavidaprodutiva” (BRASIL,1996),ouseja,noqueserefereàorganizaçãocurricular,aLDBtraça diretrizes para que as ofertas educacionais estejamemconsonânciacomomundodotrabalho.
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A preparação do jovem para omundo do trabalho deformasimultâneacomaEducaçãoBásicaatendeaumpúblicoespecífico que almeja a profissionalização, seja para seuexercício,sejaparaconexãoverticalemestudosposterioresdenívelsuperior.OEnsinoMédioIntegrado(EMI)temcompromissocomosjovensqueprecisamobteremnívelmédioumaprofissãoqualificada.
A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil, comomodalidadedeensino:fundamentalemédiotemsidomarcadapela descontinuidade das políticas públicas, o que dificulta oatendimentoàdemandapotencialeocumprimentododireito,nostermosestabelecidospelaConstituiçãoFederalde1988.Noentanto,aspolíticasdeEJAnecessitamacompanharoavançodaspolíticaspúblicaseducacionaisquevêmalargandoaofertade matrículas para o Ensino Fundamental, universalizando oacessoaessaetapadeensinoou,ainda,ampliandoaofertanoEnsinoMédio,nohorizonteprescritopelaCartaMagna.
AslutassociaistêmimpulsionadooEstadoarealizar,naprática, as conquistas constitucionais do direito à educação,processualmente instaurando a dimensão de perenidadenas políticas, em lugar de ofertas efêmeras, traduzidas porprogramas e projetos. Essa dimensão de perenidade para odireito à educação implica sistematicidade de financiamento,previsãoorçamentáriacomprojeçãodecrescimentodaofertaem relação à demanda potencial, e continuidade das açõespolíticas,paraalémdaalternânciadosgovernos,entreoutrosaspectos.
Entretanto, a cada dia aumenta a demanda socialpor políticas públicas nessa esfera. Tais políticas devempautar o desenvolvimento de ações baseadas em princípiosepistemológicos, que resultem em um corpo teórico bemestabelecido,equerespeiteasdimensõessociais,econômicas,culturais,cognitivaseafetivasdojovemedoadultoemsituaçãodeaprendizagemescolar.
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UmagravantenasituaçãobrasileiradizrespeitoàpresençafortedejovensnaEJA,emgrandepartedevidoaproblemasdenãopermanênciaeinsucessonofluxonaturaldeescolarização.Alémdisso,asociedadebrasileiraaindanãoconseguiureduzirasdesigualdadessocioeconômicaseasfamíliassãoobrigadasa buscar no trabalho dos estudantes uma alternativa para acomposiçãoderendamínima,reduzindoseutemponaescola.Assim,maistardeessesjovensretornam,viaEJA,convictosdafaltaquefazaescolaridadeemsuasvidas,acreditandoqueanegativaempostosdetrabalhoelugaresdeempregoseassociaexclusivamente à baixa escolaridade, desobrigando o sistemacapitalistadaresponsabilidadequelhecabepelodesempregoestrutural.
ApesardeasquestõesdaEJAnãoestaremcompletamenteresolvidas no nível de Ensino Fundamental, entende-se serimpossível ficar imóvel diante de algumas constatações quevêmsendoapontadasnoâmbitodaRedeFederaldeEducaçãoProfissionaleTecnológicacomo,porexemplo,abaixaexpectativadeinclusãodejovensdeclassespopularesentreosatendidospelo sistema público de Educação Profissional. É, portanto,fundamental que uma política pública voltada para a EJAcontempleaelevaçãodaescolaridadecomprofissionalização,no sentido de contribuir para a integração sociolaboral dessegrande contingente de cidadãos cerceados do direito de concluir aEducaçãoBásicaedeteracessoaumaformaçãoprofissionaldequalidade.
Originário do Decreto nº. 5.478, de 24/06/2005, edenominado inicialmente como Programa de Integração daEducação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade Educação deJovenseAdultos,oPROEJAexpôsadecisãogovernamentalde atender à demanda de jovens e adultos pela oferta deEducaçãoProfissionalTécnicadenívelmédio,daqual,emgeral,são excluídos, bem como, em muitas situações, do próprioEnsino Médio.
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Oprogramateve,inicialmente,comobasedeaçãoaRedeFederaldeEducaçãoProfissionaleTecnológica.Anteriormenteao Decreto nº 5.478/2005, algumas instituições da Redejá desenvolviam experiências de Educação Profissional comjovens e adultos, de modo que, juntamente com outrosprofissionais, a própria Rede, instituições parceiras, gestoreseducacionaiseestudiososdostemasabrangidospeloDecretopassaramaquestionaroprograma,propondosuaampliaçãoemtermosde abrangência e aprofundamento em seus princípiosepistemológicos.
Assim,essasexperiências,emdiálogocomospressupostosreferenciais do programa, indicam a necessidade de ampliarseus limites, tendo como horizonte a universalização daEducaçãoBásica,aliadaàformaçãoparaomundodotrabalho,comacolhimentoespecíficoajovenseadultoscomtrajetóriasescolares descontínuas.
Emrespostaaalgunsdessesquestionamentos,arevogaçãodoDecreto nº 5.478/2005, pela promulgação doDecreto nº5.840, de 13 de julho de 2006, trouxe diversas mudançaspara oPrograma, entre elas a ampliaçãoda abrangência, noque concerne ao nível de ensino, pela inclusão do EnsinoFundamental,e,emrelaçãoàorigemdasinstituiçõesquepodemserproponentes,pelaadmissãodossistemasdeensinoestaduaisemunicipaiseentidadesprivadasnacionaisdeserviçosocial,aprendizagemeformaçãoprofissional,passandoadenominaçãoparaProgramaNacionaldeIntegraçãodaEducaçãoProfissionalcomaEducaçãoBásicanaModalidadedeEducaçãodeJovense Adultos.
No Art. 40 da LDB, a Educação Profissional deve serdesenvolvida em articulação com o ensino regular, tantooferecendoformaçãoaosjovensemidadeprópria,comodeveserorganizadoparaosjovenseadultos,oferecendoapreparaçãogeralparaotrabalho.AsDiretrizesCurricularesNacionais(2012)expressamessasaproximações.
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2 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
AconstituiçãoFederalde1988deuàeducaçãobrasileiraumcaráteruniversalistaaoestabeleceraEducaçãodoEstadoedasociedadecomodireitodetodos,enointuitodeatingirametapropostareforçanoartigo208docapituloIII:“OdeverdoEstadocomaEducaçãoseráefetivadomedianteagarantiade:[...]IV-Ofertadeensinonoturnoregularadequadaàscondiçõesdoeducando”.
A Emenda Constitucional 59/2009 tornou a “EducaçãoBásica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos, asseguradainclusivesuaofertagratuitaparatodososqueaelanãotiveramacessona idadeprópria”, exigindodoEstadoeda sociedadecompromisso com a universalização do EnsinoMédio, ultimaetapa da Educação Básica.
PorLei,aEducaçãoProfissionaltécnicadenívelmédioéumaalternativaaseroferecida,desdequesejaacompanhadadaformaçãogeraldoeducandoouposterioraela.DentreasformasdeofertadaEducaçãoProfissionaltécnica,AFormaçãoIntegrada é prevista como uma alternativa à formaçãoconcomitantedentrodoprópriocurrículoeàsubsequente(talcomooensinotécnico).Emseuúltimosentidoenasnormasestabelecidas pela legislação educacional, a Integração éformalmentecaracterizadaporumamatrículaúnicanoEnsinoMédioenahabilitaçãoprofissional.Paraalémdoformal,comoafirmaoParecerCNE/CEBnº39/2004,é “importantedeixarclaroque,naadoçãodaformaintegrada,oestabelecimentodeensinonãoestaráofertandodoiscursosàsuaclientela.Trata-sedeumúnicocurso,comprojetopedagógicoúnico,compropostacurricularúnicaecommatrículaúnica”.
Nesse contexto, a SEEDF que tem como centralidade aaprendizagemeaformaçãodepessoascomprometidasetratadascomosujeitosdasrelaçõesproduzidasnoespaçoinstitucional,adotou “políticaseprogramasquevisamà formação integral
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humana,articuladaaoambientesocialdetodososenvolvidosem educação e daqueles que se beneficiam dela (DiretrizesPedagógicas SEEDF 2009/2013)” e iniciou um processo dereestruturação curricular do Ensino Médio.
AResoluçãoCNE/CEB2/2012,noArt.4º,consideracomoumadasfinalidadesdoEnsinoMédio“apreparaçãobásicaparaotrabalhoeacidadaniadoeducandoparacontinuaraprendendo,de modo a ser capaz de se adaptar a novas condições deocupação ou aperfeiçoamento posteriores”. Assim, no EnsinoMédio,aprofissionalizaçãopodeserarticuladacomaEducaçãoBásica, na forma integrada ou concomitante - numamesmainstituição-enaformasubsequente,atendendoacontingênciade milhares de jovens que têm o acesso ao trabalho comoumaperspectivamaisimediata.ApreparaçãodojovemparaomundodotrabalhodeformasimultâneacomaEducaçãoBásicaatendeaumpúblicoespecíficoquedesejaaprofissionalização,sejaparaseuexercício,sejaparaconexãoverticalemestudosposterioresdenível superior.OEnsinoMédio Integrado (EMI)tem compromisso comos jovens trabalhadores queprecisamobteremnívelmédioumaprofissãoqualificada.
OParecerdoCNE,emconsonânciacomaLDB,garanteaautonomiadaescolanadefiniçãodesuapropostacurriculareapossibilidadedeoutraorganizaçãoquenãoaorganizaçãodisciplinar do currículo, estimulando essa possibilidade comonosmostraacitaçãoaseguir:
Necessário romper, ainda, com a concepção dequeocurrículoécompostoapenaspordisciplinas,deixando de acolher ações, situações e temposdiversos,bemcomoespaçosintraeextraescolarespara realização, entre outras possibilidades, deestudos e atividades “não disciplinares”, inclusivedelivreopção;deformaçãodeagrupamentospornecessidades e ou interesses de alunos de classes e anos diversos; de realização de pesquisas eprojetos,eatividadesinteretransdisciplinaresquepossibilitem iniciativa,autonomia e protagonismosocial(CNE,2009).
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ODecreto5.840/2006(BRASIL,2006)estabeleceunoâmbitofederaloProgramaNacionaldeIntegraçãodaEducaçãoProfissionalà Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos –PROEJAesituanessemesmodecretoassuasdiretrizes.
O Programa Nacional de Integração da EducaçãoProfissionalcomaEducaçãoBásicanaModalidadede Educação de Jovens e Adultos (PROEJA),instituídopeloDecretonº5.840/2006, concretizaaaproximaçãoentreaEJA–EnsinoMédio–eaEducação Profissional. A proposta pedagógicado PROEJA alia direitos fundamentais de jovense adultos, educação e trabalho. É tambémfundamentadanoconceitodeeducaçãocontinuada,navalorizaçãodasexperiênciasdo indivíduoenaformaçãodequalidadepressupostanosmarcosdaeducaçãointegral(BRASIL,2013,p.159).
Esse Programa propõe a partir desse Decreto e dosDocumentos Base, a integração entre formação geral eprofissional na modalidade EJA e assume a forma integradacomoumadaspossibilidadesdearticulação.
A Resolução CNE/CEB nº 3/2010 instituem DiretrizesOperacionaisparaaEducaçãodeJovenseAdultos (EJA)nosaspectos relativosàduraçãodoscursose idademínimaparaingressonos cursosdeEJA; idademínimae certificaçãonosexamesdeEJA;eEducaçãodeJovenseAdultosdesenvolvidapor meio da Educação a Distancia. Ela legisla sobre osprocedimentos legais para os cursos implantados na EJA namodalidadeadistância.
A expansão da oferta de formação profissional procurase adequar aos diversos públicos atendidos e a educação adistânciaseapresentacomoalternativaparaofereceràquelesquenãopodemdesenvolverformaçãopresencial,aqualificaçãoprofissional,oferecidaatualmentenoProgramae-TecBrasil.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2012)apontamqueodesenvolvimentocurriculardasunidadesescolaresdeEnsinoMédiodeveintegraradimensãotrabalho,ciência,tecnologiaecultura.
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Sendootrabalhoumelementoprimordialnaorganizaçãode vida e de tempos do sujeito da EJA, essa dimensãoadquirecomnaturalidadeumlugarprivilegiadonaarticulaçãoda proposta pedagógica damodalidade. Além domais, essaperspectiva é sustentada pelo potencial de articulação do trabalhocomasdemaisdimensões,hajavistaocarátertécnico-científico-tecnológico e cultural do mesmo. Nesse sentido,vemosnotrabalhoumelementoorientadordaaçãopedagógicaenvolvendoosdocentesediscentesdaEJA.Essasdimensõesserãomaisbemexplicitadasnoitem7.2.
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3 OBJETIVOS DA INTEGRAÇÃO NAS MODALIDADES
O Currículo em Movimento da Secretaria de Educaçãodo DF está fundado na perspectiva da formação integral doestudante.Esteconsideraqueacontinuidadedeestudoseapreparaçãoparaavida,oexercíciodacidadaniaeotrabalhosãodemandasdosJovensefinalidadedoEnsinoMédio.
Assim,esteProjetotemcomoperspectivacomum,reduziradistânciaentreasatividadesescolares,otrabalhoedemaispráticas sociais. Tem também, uma base unitária sobre asquais se assentamdiversas possibilidades: no trabalho, comopreparação geral ou formação para profissões técnicas; naciênciaenatecnologia,comoiniciaçãocientíficaetecnológica;nacultura,comoampliaçãodaformaçãocultural.OsobjetivosdesteProjetosão:
• Preparar o estudante para o exercício das profissõestécnicas,visandoàsuaformaçãointegral.
• Ofertar a Educação Profissional Técnica Integrada ao EnsinoMédio namodalidade regular e de Jovense Adultos do Distrito Federal. Educação nas formasintegrada,concomitanteesubseqüente.
• Subsidiar a elaboração do Projeto Unificado para aofertaconcomitantedeEducaçãoProfissionalTécnicaeEnsinoMédio,namodalidaderegularedeJovenseAdultos do Distrito Federal.
• Integrar educação, trabalho, ciência, tecnologia eculturacomobasedapropostapolítico-pedagógicaedodesenvolvimentocurricular.
• Integrar conhecimentos gerais e profissionais, naperspectiva da articulação entre saberes específicos,tendo a pesquisa como eixo nuclear da práticapedagógica.
• Promover a autonomia da instituição educacional naconcepção,elaboração,execução,avaliaçãoe revisãodo seu projeto político-pedagógico, construído comoinstrumentodetrabalhodacomunidadeeducacional.
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• Respeitar os valores estéticos, políticos e éticos, naperspectiva do desenvolvimento para a vida social eprodutiva.
• Permitir a flexibilidade na construção de itineráriosformativos diversificados e atualizados, segundointeressesdossujeitosepossibilidadesdasinstituiçõeseducacionais, nos termos dos respectivos projetospolítico-pedagógicos.
• Promoveracontextualizaçãoqueassegureestratégiasfavoráveisàcompreensãodesignificadoseintegremateoriaàvivênciadapráticaprofissional.
• Verificar a identidade dos perfis profissionais de conclusão de curso, que contemplem competênciasprofissionais,paraodesempenhoeficiente,eficazederelevânciasocial,deatividadesrequeridaspelanaturezadotrabalho,pelodesenvolvimentotecnológicoepelasdemandas sócio-econômico-ambientais, conformandootécnicoaserformado.
• Fortalecer o regime de colaboração, incluindo osarranjos de desenvolvimento da educação, visandoalavancar os indicadores educacionais dos territóriosondeoscursoseprogramasforemrealizados.
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4 NATUREZA E PERFIL DAS MODALIDADES
A integração da Educação Profissional no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos exige uma ampliação ereorganizaçãodotrabalhopedagógicodainstituiçãoescolar.
4.1 Ensino Médio Integrado
UmadasformasdeconstruirumsentidonoEnsinoMédioéatravésdaintegraçãodaEducaçãoBásicacomaProfissional.Essa integraçãoéprevistacomoalternativaàconcomitanteesubsequente, se caracterizando por uma matrícula única noEnsinoMédioenahabilitaçãoprofissional.Trata-sedeumúnicocurso,comprojetopolítico-pedagógicoúnicoecompropostacurricular única, visto que segundo a legislação, mesmo aEducação Profissional, tem autonomia para organizar oscurrículosdesuasofertasdecursostécnicos,desdequetenhacomoreferencialasDiretrizesCurricularesNacionais(2012)eosrespectivosprojetospedagógicosdasescolaseaspeculiaridadesregionais.
Para tanto, as instituições deverão elaborar projetos epropostas pedagógicas criando a articulação entre o fazer, opensareo sentir,promovendoodespertardoolhar críticoedesenvolvendootalentoparasolucionarproblemasedilemasvividos em sociedade, favorecendo a configuração do sujeitosocialdepersonalidadetransformadora.
O trabalhocomoprincípioeducativoeapesquisacomoprincípio pedagógico, são eixos norteadores essenciais nocurrículo. Esses princípios devem estar presentes em toda aEducaçãoBásica e, demodo especial, na forma de oferta eorganizaçãodo(EMI)edaEducaçãoProfissionaleTécnica(EPT).
OParecerCNE/CEBnº5/2001,dasDiretrizesCurricularesdo Ensino Médio coloca esses princípios na sua adequadacompreensão:
• Aconcepçãodotrabalhocomoprincípioeducativoéa
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baseparaaorganizaçãoedesenvolvimentocurricularemseusobjetivos,conteúdosemétodos.Considerarotrabalhocomoprincípioeducativoequivaleadizerqueoserhumanoéprodutordesuarealidadee,poristo,delaseapropriaepodetransformá-la.Equivaleadizer,ainda,queésujeitodesuahistóriaedesuarealidade.Em síntese, o trabalho é a primeiramediação entreohomemea realidadematerialesocial.Otrabalhotambémseconstituicomopráticaeconômica,porquegaranteaexistência,produzindoriquezasesatisfazendonecessidades. Na base da construção de um projetodeformaçãoestáacompreensãodotrabalhonoseuduplosentido–ontológicoehistórico.
• Apesquisacomoprincípiopedagógicoéefetivadapormeiodeelementosdidáticosqueconcretizemonovoparadigmaeducacional,noqualosprofessoresdeixamde ser transmissores do conhecimento para seremmediadorese facilitadoresdaaquisiçãodosmesmos.Comointelectuaisquesão,todos(a)osprofissionaisdaeducação precisam comprometer-se como estudo ecomapesquisa,bemcomo,posicionar-sepoliticamente.Precisam,“sesituarfrenteaosproblemaseconômicos,sociopolíticos, culturais e ambientais que hoje nosdesafiam e que desconhecem as fronteiras entre asnações ou entre as classes sociais” [...] (MOREIRA,CANDAU, 2007, p. 31-43). A pesquisa estimula ojovemnosentidodeperceberomundoqueocercacom curiosidade, possibilitando a sua autonomia nabuscadeinformaçõesesaberesquesuperemosensocomum.
Machado (2010) afirma que a construção de currículosintegrados para ser exitosa precisa ocorrer num percursoformativo,desenvolvendoaEducaçãoBásicaeprofissionalemcomum, promovendo aproximações cada vez mais amplas equegeremumaorganizaçãodotrabalhopedagógicodinâmico
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e articulado.Comoareorganizaçãocurricularéumprocessodinâmico,
aberto e formativo, ela deve ser executada garantindo aparticipação do coletivo da escola, procurando assegurar oalcancedosobjetivosdeaprendizagemeefetivadapeloprojetopolítico-pedagógicodaunidadeescolar.
O currículo integrado comoconstrução social, possibilitao acesso do estudante aos diferentes referenciais de leitura do mundo,comvivênciasdiversificadaseaconstrução/reconstruçãode saberes específicos de cada ciclo/etapa/modalidade daEducaçãoBásica.Nele,osconteúdossãoorganizadosemtornodeumadeterminadaideiaoueixosintegradores,queindicamreferenciaisparaotrabalhopedagógicoaserdesenvolvidoporprofessoreseestudantes.Esseseixossãodefinidosconformeosinteresses e especificidades dos ciclos/etapas/modalidades daEducaçãoBásica,articuladosaoseixostransversais:educaçãoparaacidadania,educaçãoparaadiversidadeeeducaçãoparaeemdireitoshumanos.
Asdimensões trabalho, ciência, culturae tecnologia sãocategoriasarticuladorasdasatividadesdediagnóstico(pesquisa)e das atividades de transformação (trabalho). Segundo odocumentodaUNESCO1sobreoEMI,“nodiagnóstico,elassãoascategoriasqueorganizarãoquestões,problemasouvariáveisdeinvestigaçãoqueseoriginamdosobjetivosdasáreasetêmcomocontextooprojetoanualdonúcleodepreparaçãobásicapara o trabalho e demais práticas sociais. Nas atividades detransformação, darãoorigema grupos de trabalhoque serãoresponsáveisporelasdentrodosprojetosdonúcleo”.
Com base nesse processo formativo de construção, odesenhocurriculardoEnsinoMédiointegrado(EMI)noDistritoFederalapresentaosprincípiosnorteadoresafimdepossibilitarasunidadesdeensinoàdiscussãoedefiniçãosobreamelhor
1-OsprotótiposcurricularesparaoEnsinoMédioeoEnsinoMédiointegradoàEducaçãoProfissionalsãoumamatrizreferencial
produzidapelaUNESCO,comoapoiodoMinistériodaEducação,comoobjetivodequeocurrículodessaetapadaeducação
cumpracomoquedeterminaaLeideDiretrizeseBasesdaEducaçãoNacional.
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trajetória para o alcance eficiente das aprendizagens dosestudantes, atendendo os princípios da formação integral, apreparaçãoparaavida,oexercíciodacidadaniaeotrabalhocomodemandasdojovemefinalidadesdoEMI.
4.2 A Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos
OProgramaNacionaldeIntegraçãodaEducaçãoProfissionalcomaEducaçãoBásicanaModalidadedeEducaçãodeJovense Adultos (PROEJA), instituído pelo Decreto nº 5.840/2006,concretiza a aproximação entre a EJA – EnsinoMédio – e aEducaçãoProfissional.ApropostapedagógicadoPROEJAaliadireitosfundamentaisdejovenseadultos,educaçãoetrabalho.Étambémfundamentadanoconceitodeeducaçãocontinuada,navalorizaçãodasexperiênciasdoindivíduoenaformaçãodequalidadepressupostanosmarcosdaeducaçãointegral(BRASIL,2013,p.159).
Comopolítica inédita,as reflexõesediscussões sobreoquefoirealizadoatéagoranoBrasil,revelam-secomodesafioconstantenabuscadamaterializaçãodessaarticulação.Nessesentido,oPROEJApropõeapartirdoDecretonº5.840/2006edosDocumentosBase,aintegraçãoentreformaçãogeraleprofissional na modalidade EJA e assume a forma integradacomoumadaspossibilidadesdearticulação.
Assim,aarticulaçãoentreEducaçãoProfissionaleEducaçãodeJovenseAdultospodeserconcretizada,conformeoDecretonº5.840/2006:
1. Cursos técnicos integrados ao Ensino Médio: oferecido a jovenseadultos com idade igualou superiora 18anos,quetenhamoEnsinoFundamentalcompletoequenãotenhamconcluídooEnsinoMédio.
2. Cursos FIC integrados ao Ensino Médio: oferecido a jovenseadultoscomidadeigualousuperiora18anos,
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quetenhamoEnsinoFundamentalcompletoequenãotenhamconcluídooEnsinoMédio.
3. Cursos FIC integrados aos anos iniciais do Ensino Fundamental:oferecidoajovenseadultoscomidadeigual ou superior a 15 anos, que tenham o EnsinoFundamental.
4. Cursos FIC integrados aos anos finais do Ensino Fundamental:oferecidoajovenseadultoscomidadeigualousuperiora15anos,quejáconcluíramosanosiniciais do Ensino Fundamental e que não tenhamconcluídoosanosfinaisdoEnsinoFundamental.
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5 DADOS DA OFERTA
Apresentamosaseguiroquadrogeraldeinformaçõespormodalidade.
5.1 Educação Profissional
No sistema de ensino do DF existem atualmente cinco(5)escolasqueoferecemEducaçãoProfissional.Amaisantigaé a Escola deMúsica de Brasília, com50 anos de fundaçãocompletadosnoanode2013.A seguir listamososdadosdecadaescola,noquesereferemamatrículas,cursosofertadosenúmerosdeprofessores.
QUADRO GERAL DAS ESCOLAS PROFISSIONAIS DO DF
ESCOLAS CURSOS TÉCNICOSMATRÍCULAS
NOVAS CURSO TÉCNICO
1-ESCOLATÉCNICADECEILÂNDIA(CEP-ETC)
InformáticaeAdministração(presencialeadistância)Pró-funcionário
2.752
2-ESCOLATÉCNICADESAÚDE DE PLANALTINA (CEP-ETSP)
Análises ClínicasSegurançadoTrabalhoSaúdeBucalEnfermagemNutrição e Dietética
252
3-ESCOLATÉCNICADEBRASÍLIA(CEP-ETB)
InformáticaTelecomunicaçõesEletrotécnicaEletrônica
2.551
4-ESCOLADEMÚSICADEBRASÍLIA(CEP-EMB)
InstrumentosMusicaisCanto popular e eruditoPercussão popular e erudita
341
5-CENTRODEENSINOMÉDIOINTEGRADODOGAMA(CEMI-GAMA)
Informática 140
Quadro1:Censo2014
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Estáprevistaaampliaçãoeconstruçãodemaisquatro(4)escolastécnicasnoDF,sendoqueaprimeiraescoladoGuaráestáemfasedelicitação,comprevisãodeconclusãodasobrasparaoiníciode2015.Asdemaisescolasiniciaramem2014seuprocessodelicitaçãoparaconstruçãonasCidadesdoParanoá,BrazlândiaeSantaMaria.
5.2 Educação de Jovens e Adultos
Atualmente,aEJAéofertadaem110(centoedez)escolasnaRedePúblicadeEnsinodoDF.
SegundodadosdoCensoEscolardaSEEDF,no1ºsemestrede2013,onúmerototaldematrículasnessamodalidadefoide50.346(cinquentamiltrezentosequarentaeseis)estudantes,distribuídosdaseguintemaneira:
Segmento Nº de matrículas
1ºsegmento 6.131
2ºsegmento 21.839
3ºsegmento 22.376
Total 50.346
Fonte:CensoEscolar,SEEDF,2013
Sendo que, nesse universo de matriculados, a EJAintegradaàEducaçãoProfissional,atendeu,naFormaçãoInicialeContinuada(PROEJA–FIC),2.448(duasmilquatrocentosequarentaeoito)estudantesmatriculadosnos2ºe3ºSegmentosdeEJA,segundodadosdoCensoEscolardaSEEDFreferentesao2ºsemestreletivode2013.
Onúmerodeprofessoresemexercícionessamodalidadeéde2.724(doismilsetecentosevinteequatro)profissionais.
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5.3 Ensino Médio
ASEEDFpossui86unidadesescolaresdeEnsinoMédio,distribuídas nas 14 Coordenações Regionais de Ensino. Noquadroaseguir,listamososdadosdequantitativodeescolas,matrículas,quantitativodeprofessoreseturmas.
Informações da Rede de Ensino Médio da SEEDF
Número de escolas
Número de matrículas
Número de professores
Número de Turmas
86 79.568 3.581 2.212
Fonte:CensoEscolar2013
Das86unidadesescolaresdeEnsinoMédio,43estãocomaorganizaçãodostemposescolaresemsemestres(Semestralidade),umanovaperspectivadeorganizaçãodestaEtapa.
ASEEDFem2009aderiuàpolíticadoMinistériodeEducação(MEC)denominadaProgramaEnsinoMédioInovador.Acadaanoobserva-seoaumentodaadesãodasunidadesescolaresnestePrograma.Paraoanode2014,53unidadesescolaresdeEnsinoMédio estão neste Programa que se caracteriza pelo fomentofinanceiroaoProjetoPolítico-Pedagógicodestasescolas.
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6 REFERENCIAL TEÓRICO
Discutiremos aqui o primeiro sentido do Ensino MédioIntegrado,denaturezafilosófica,queatribuímosàintegração.Eleexpressaumaconcepçãodeformaçãohumana,combasenaintegraçãodetodasasdimensõesdavidanoprocessoeducativo,visandoàformaçãoomnilateraldossujeitos.Essasdimensõessãootrabalho,aciênciaeacultura.Otrabalhocompreendidocomorealizaçãohumanainerenteaoser(sentidoontológico)ecomopráticaeconômica(sentidohistóricoassociadoaomododeprodução);aciênciacompreendidacomoosconhecimentosproduzidos pela humanidade que possibilita o contraditórioavançodasforçasprodutivas;eacultura,quecorrespondeaosvaloreséticoseestéticosqueorientamasnormasdecondutadeumasociedade.
Ciavatta (2005), ao refletir sobreoqueéouquepodeviraseraformação integradapergunta:oqueé integrar?Aautoraremeteotermo,então,aoseusentidodecompletude,decompreensãodaspartesnoseutodooudaunidadenodiverso,oque implica tratar aeducação comouma totalidade social,istoé,nasmúltiplasmediaçõeshistóricasqueconcretizamosprocessos educativos. No caso da formação integrada ou doEnsinoMédioIntegradoaoensinotécnico,oquesequercoma concepção de educação integrada é que a educação geralsetorneparte inseparáveldaEducaçãoProfissionalemtodososcamposondesedáapreparaçãoparaotrabalho:sejanosprocessos produtivos, seja nos processos educativos como aformaçãoinicial,comooensinotécnico,tecnológicoousuperior.Significa que buscamos enfocar o trabalho como princípioeducativo,nosentidodesuperaradicotomiatrabalhomanual/trabalhointelectual,deincorporaradimensãointelectualaotrabalhoprodutivo,de formar trabalhadores capazesdeatuarcomodirigentesecidadãos.
Aideiadeformaçãointegradasugereasuperaçãodoserhumano fragmentado historicamente pela divisão social do
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trabalhoentreaaçãodeexecutareaaçãodepensar,dirigirouplanejar.Trata-sedesuperarareduçãodapreparaçãoparaotrabalhoaoseuaspectooperacional,simplificado,escoimadodosconhecimentosqueestãonasuagênesecientífico-tecnológicaenasuaapropriaçãohistórico-social.Comoformaçãohumana,oquesebuscaégarantiraoadolescente,aojovemeaoadultotrabalhadorodireitoaumaformaçãocompletaparaaleituradomundoeparaaatuaçãocomocidadãopertencenteaumpaís,integradodignamenteàsuasociedadepolítica.
Formaçãoque,nessesentido,supõeacompreensãodasrelaçõessociaissubjacentesatodososfenômenos(CIAVATTA,2005). Para isso, é preciso partir de alguns pressupostos,nos termos descritos por Ramos (2005). O primeiro deles écompreender que homens e mulheres são seres histórico-sociaisqueatuamnomundoconcretoparasatisfazeremsuasnecessidades subjetivas e sociais e, nessa ação, produzemconhecimentos.Assim,ahistóriadahumanidadeéahistóriadaproduçãodaexistênciahumanaeahistóriadoconhecimentoéahistóriadoprocessodeapropriaçãosocialdospotenciaisdanatureza para o próprio homem,mediada pelo trabalho. Porisso,otrabalhoémediaçãoontológicaehistóricanaproduçãodeconhecimento.
Osegundopressupostoéquearealidadeconcretaéumatotalidade, síntese de múltiplas relações. Totalidade significaumtodoestruturadoedialético,doqualounoqualumfatoou conjunto de fatos pode ser racionalmente compreendidopela determinação das relações que os constituem (KOSIK,1978). Desses pressupostos decorre um princípio de ordemepistemológica,queconsisteemcompreenderoconhecimentocomoumaproduçãodopensamentopelaqualseapreendeeserepresentamasrelaçõesqueconstituemeestruturamarealidadeobjetiva.Apreenderedeterminaressasrelaçõesexigeummétodo,quepartedoconcretoempírico–formacomoarealidadesemanifesta–e,medianteumadeterminaçãomaisprecisaatravésda análise, chega a relações gerais que são determinantes
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da realidade concreta. O processo de conhecimento implica,apósaanálise,elaborara sínteseque representaoconcreto,agoracomoumareproduçãodopensamentoconduzidopelasdeterminações que o constituem. No trabalho pedagógico, ométododeexposiçãodeverestabelecerasrelaçõesdinâmicasedialéticasentreosconceitos,reconstituindoasrelaçõesqueconfiguram a totalidade concreta da qual se originaram, demodoqueoobjetoaserconhecidorevele-segradativamenteemsuaspeculiaridadespróprias.Ocurrículointegradoorganizaoconhecimentoedesenvolveoprocessodeensino-aprendizagemdeformaqueosconceitossejamapreendidoscomosistemaderelaçõesdeumatotalidadeconcretaquesepretendeexplicar/compreender.Dedicaremosumitemàconcepçãocurricularquecompreendemospodermediaraformaçãohumanaintegral.
A Educação e o trabalho na sua relação dual apontamasconvergênciasparaaformaçãoparaomundodotrabalho.Segundo Pistrak (2000) o trabalho tem duas concepções:a escola dos reformistas burgueses na Europa e na Américaforjadasna lógicatayloristae fordistaeaEscoladoTrabalhodefendidaporPistrak,organizadaporumanaturezadaeducação,papelculturaldaescolaedotrabalhoeasrelaçõesexistentesentreciênciaeo trabalho.TaisprerrogativasapontamparaaConcepção Histórico-Crítica, pois ao submeter um homem àeducaçãosocial,énecessáriooferecer-lhedadospararesolveraantítese”eueooutro”,“indivíduoesociedade”.NessesentidoéimportanteenfatizaraorganizaçãodotrabalhopedagógiconaEducação Profissional.
A construção das Diretrizes Curriculares Nacionais da EducaçãoBásica(DCNEB),alémderespaldarapráticaeducativa,pretendepropiciarsuaaproximaçãoaosnovosparadigmaseaosnovoseixostecnológicosnacionais,considerandoasexperiênciasinovadorasnoâmbitodaEducaçãoBásica,formaçãoprofissionalemundodotrabalho.Issoporque,atéoanode2010,aspolíticaspúblicasvoltadasàEducaçãoProfissionalnaredepúblicadoDFencontravam-sepoucoarticuladasàspolíticaspúblicasnacionais.
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O mundo contemporâneo, em constante processo detransformaçãoede inovação tecnológicae suas consequentesalterações no âmbito do mundo do trabalho, demanda aconstruçãodeumprojetodeEducaçãoProfissionalquesupereadualidadeentreoensinogeral,propedêutico,eoensinotécnico,de forma a deslocar o foco dos seus objetivos do mercadode trabalho para o do desenvolvimento humano, tendo comodimensõesindissociáveisaaprendizagem,acidadania,otrabalho,ascomunicações,aciênciaeatecnologia,dentreoutras.
Portanto, o indivíduo deve ser capaz de atuar prática eintelectualmente no trabalho, dominando ainda as tarefasespecíficas,asformasdeorganizaçãoeagestãodotrabalhoecompreendendoasrelaçõessociaismaisamplasqueconstituemasociedade,naqualexerceasfunçõesdeprodutoredecidadão.
Assim, para que se avance ainda mais na área derelevantepesonocenáriodesenvolvimentistaemqueoBrasilse encontra, é imprescindível a consolidação das DiretrizesCurriculares da Educação Profissional em consonância com oCurrículodaEducaçãoBásica,àluzdasDiretrizeseOrientaçõesdaSEEDF,sobaégidedasDCNEPTdeNívelMédio,instituídaspela Resolução nº 06/2012 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica – CNE/CEB e da Resolução nº01/2012 do Conselho de Educação do Distrito Federal – CEDF.
Nesse sentido, é necessário destacar que o PresenteDocumentonãotemcomoobjetivodelimitarumcurrículoúnicoparaaEducaçãoProfissional;masestabelecer,emlinhasgerais,diretrizes curriculares para o desenvolvimento da EducaçãoProfissional da rede pública de ensino do Distrito Federal,quedeve,emsuaessência,observaroseixostransversaisdoCurrículodaEducaçãoBásica,2014.
Comodocumentonorteador,asDiretrizesCurricularesdaEducaçãoProfissionaldaredepúblicadeensinodoDistritoFederaldeverãoefetivar-senoâmbitodasunidadesescolaresofertantesdeEducaçãoProfissional,levandoemconsideraçãoasdiversasespecificidadesdasáreasdeatuação/eixostecnológicosdessasinstituiçõeseducacionaiserespectivasregiõesdeabrangência.
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Para tanto, as DCEP devem subsidiar essas unidadesescolaresquantoà concepção,aos conceitoseaosprincípiosqueperpassamestamodalidadedeensino,paraqueconstruamprojetos político-pedagógicos personalizados e currículosdinâmicos, cujos eixos viabilizemo desenvolvimento humanovoltadoparaobemdasociedade,comvistasàculturadapazeaodesenvolvimentosustentáveldanação.
A intenção do Projeto é preparar gerações capazes derealizarapropriaçõesrelativasaváriosconhecimentosnecessáriosao exercício da cidadania crítica, criativa, ética, responsável,somados aos conhecimentos inerentes à base comum daEducaçãoBásicaeaosconhecimentoscientíficosetecnológicos.Esseselementosdevemconvergirparaacompreensãodomundosocialedomundodotrabalho,afimdepropiciaraosestudantesainternalização,defato,dacondiçãodeinterferirnoprocessodetransformaçãodomeioprodutivoedasociedade,medianteconfiguraçõesetendênciasgeraiseespecíficasacadaárea.
AsMatrizesCurricularesdoscursosdeEducaçãoProfissional,independentemente do seu eixo tecnológico, devem pautar-se,portanto,pelaformaçãointegraldosestudantes,deformaa promover-lhes condições de apropriação dos fundamentossociais, científicos e tecnológicos necessários ao exercícioprofissional. A partir disso, a consubstanciação do currículoemsaladeauladeverácontribuirparaaformaçãodecidadãoscapazes de compreender o sentido do que produz de formareflexiva, autônoma, crítica, criativa e comprometida com ainduçãodenovasdemandasorientadasàmelhoriadaqualidadedevidadaspopulaçõeslocaiseregionais,semperderdevistaocontextoglobaldodesenvolvimento.
Corroboraessavisão,a tendênciaapontadaemestudosrecentes de que atualmente, no Brasil, a relação educação,empregoecidadaniaeasinovaçõestecnológicaspossibilitamaviabilidadedeumpactoentreatoressociaisbrasileirosrumoaumaeducaçãoquedesenvolvanãosóoserhumanoprodutivo,mas o ser humano integral, coletivo, inteligente, flexível,
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solidário,ouseja,umserhumanoconscienteecapazdeexercersuacidadaniacomresponsabilidadeecompetência.
Dessa forma, as DCEPT, nos contextos da EducaçãoBásicaedeformaçãoprofissionalofertadanaredepúblicadeensino do Distrito Federal, apresentam como foco principalo desenvolvimento das aprendizagens, com o pressupostode que a sociedade brasileira contemporânea e omundo dotrabalho devem caminhar, de forma conjunta, sob princípiosconstitucionais democráticos, humanísticos, e em busca detecnologiaseporumsistemadeensinoalicerçadonaconcepçãodequeaEducaçãoIntegral,comfoconasmúltiplasdimensõesdoserhumano,deveconstituirabasedoprocessodeensinoeaprendizagem.
Baseadonoentendimentodequeaaprendizagemaconteceao longo da vida, num lócus social em contínua e rápidamutação,ossistemasdeeducaçãodefrontam-secomnovosecomplexosproblemas.Poressarazão,deve-sepromoverumaeducação permanente e, como tal, destinada a acompanharo indivíduodurantetodaavida.Por isso,aaprendizagemaolongodavidaéumconceitodecaráterevolutivoqueseestendeaos meios de ensino formais e não formais. Essa situação,consequentemente, implica novas atitudes dos participantesdo processo de ensino-aprendizagem, e a necessidade de seredefinirpapeis,responsabilidadesdosatoresedecriaratitudespositivastantonosindivíduos,comonasociedadeemgeral.
Alémdisso,apromoçãodaaprendizagempreconizadaparaacontecernoâmbitodasunidadesescolaresdaredepúblicadeensinodoDistritoFederal,ofertantesdeEducaçãoProfissionaldeve trabalhar com aspectos tecnológicos como fenômenosassociadosàsvariáveissociais,comoumconjuntoousistemadeforçasinteragindoreciprocamentenoespaçodasescolasapartirdesubsídiosafirmativosdeumcurrículoentendido,nãocomoalgofeito,mascomoalgoquesefazativamenteemsaladeaulaeaolongodotempo.
A aprendizagem deve ser vista como um processo
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socialmente construído por meio da participação intensa dacomunidade escolar, do diálogo, da troca de experiências esignificados e da colaboração entre as pessoas e que deveresultaremenvolvimentoativoemultidirecionaldoestudante.Isso porque, o estudante deve ser percebido não apenascomosimplessujeitodoprocessoensino/aprendizagem;vistoque passa a agir sobre asmensagens/informações recebidas,transformando-as ativamente para integrá-las, na medidado possível, aos próprios conhecimentos adquiridos em suaexperiênciadevidaequetrazconsigoparaasaladeaulae,portanto,necessitamservalorizados.
Estas Diretrizes Curriculares, concebidas com o objetivodepromoverasaprendizagens,sinalizamqueoCurrículoasertrabalhado nas unidades escolares que ofertam a EducaçãoProfissional deve enfatizar o processo que envolve escolhas,conflitoseacordosquesedãonocontextodosórgãoscentrais,intermediárioselocaisdeeducaçãoedacomunidadeescolar.
OresultadodesteprocessoéoCurrículoformalque,naescola/saladeaula, transforma-seemcurrículo real,ouseja,aquiloquedefatoéensinado/aprendido,medianteasinteraçõescomprofessoresecolegaseodiálogocomocurrículoinformal–correspondenteàsexperiênciaspessoaiseaosconhecimentosdo cotidiano de todos os atores envolvidos. Além disso, ocurrículo real, que se concretizano cotidianodaescola e aolongodotempo,podesofrerinterferênciadocurrículooculto–aqueleensinadoeaprendido,semserexplicitadoouplanejado,aovivenciaraculturadaescola–edocurrículooculto–aquelecalado,omitido,intencionalmenteounão,noprocessodeensinoaprendizagem.
TodosesseselementospodeminfluirnoCurrículoformale,emparticular,noreal,compossibilidadesdeseremgeradospreconceitos e discriminações que devem ser explicitados esuperados,tendoemvistaqueapresentepropostaenfatizaosfundamentosteóricosconcernentesaosdiferentesaspectosdoserhumanoemsuainteraçãocomacultura,eadiversidadedasociedadecontemporânea.
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Nesse contexto, faz-se mister situar as concepçõesnorteadorasdaEducaçãoProfissional,paraquecadainstituiçãoeducacionalofertantedestamodalidadedeensinonaSecretariade Estado de Educação do Distrito Federal possa estruturar e desenvolver as propostas curriculares de cada curso de Educação Profissional,pautadaspelacompreensãodesuaspeculiaridades,semperderdevistaascaracterísticasde“rede”quepossuiestaunidade federativa.
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7. PROPOSTA PEDAGÓGICA
As ofertas de cursos podem ser ofertadas pelas escolasde Educação Profissional do Distrito Federal e/ou polos ou unidadesremotas,conformeosarranjosprodutivoslocaiseasespecificidadesdodesenvolvimentoeconômicolocal.Aseguir,apresentamos o quadro de oferta de cursos que podem serofertadosnoEnsinoMédioenaEJA,integrandocomaEducaçãoProfissional.
Tabela 1: Formas de Oferta da Educação Profissional
integrada à EJA e ao Ensino Médio
FORMA OFERTA HORAS2
ARTICULADA INTEGRADA
Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médionamesmainstituição de ensino.
Mínimosde3.000ou3.100ou3.200horas,paraasescolaseparaoestudante,conformehabilitaçãoprofissional ofertada.
Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médionamesmainstituição de ensino.
Mínimosde2.400horas,paraasescolaseparaoestudante,oferecendodisciplinaseprojetosquepreparamoalunoparaomundodotrabalho.
Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médionamodalidadede Educação de Jovens e Adultos (EJA),namesmainstituição de ensino.
Mínimosde800ou1.000ou1.200horas,conformeahabilitaçãoprofissionalofertada,acrescidademais1.200 horas destinadas à parte da formaçãogeral,totalizandomínimosde2.000 ou 2.200 ou 2.400 horas para a escolaeparaoestudante.Éoferecidaaosjovenseadultosmaioresde18anosequenãotenhamconcluídooEnsino Médio.
2-DeacordocomoCatálogoNacionaldeCursosTécnicosdeNívelMédio,instituídopeloMEC
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AexpansãodaofertadaEducaçãoProfissionaleTécnicasurgedanecessidadedeflexibilizartemposeespaçosparaosjovenseadultosquenãotêmacessoàqualificaçãoprofissionalnasuacidadeouregiãoadministrativa.
A escola organizada na perspectiva da integração será coordenada pela Coordenação de Educação de Jovens
ARTICULADA INTEGRADA
Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médionamodalidadede Educação de Jovens e Adultos (EJA),eminstituiçõesdeensinodiferentes,mascomumaPropostaPedagógicaunificada.
Mínimosde1.200horas,conformeahabilitaçãoprofissionalofertada,acrescidasdemais1.200horasparaaformaçãogeral,devendosempretotalizar 2.400 horas para a escola eparaoestudante.Éoferecidaaosjovenseadultosmaioresde18anosequenãotenhamconcluídooEnsinoMédio.
CursosdeFormaçãoInicial e Continuada (FIC),Integradosao Ensino Médio noâmbitodoPROEJA.(Decretonº5.840/2006).
Cursosdetempovariável,sendoqueacargahoráriamínimaéde160heamáxima,de400h.Éoferecidaaosjovenseadultosmaioresde18anosequenãotenhamconcluídooEnsinoMédio.
Cursos FIC Integrados aos Anos Finais do EnsinoFundamentalnoâmbitodoPROEJA.
(Decretonº5.840/2006).
Cursosdetempovariável,sendoqueacargahoráriamínimaéde160heamáxima,de400h.Éoferecidaaosjovenseadultosmaioresde15anosequetenhamconcluídooEnsinoFundamental.
Cursos FIC Integrados aos Anos Iniciais do EnsinoFundamentalnoâmbitodoPROEJA.
(Decretonº5.840/2006).
Cursosdetempovariável,sendoqueacargahoráriamínimaéde160heamáxima,de400h.Oitinerárioformativodocursodevepreveroaproveitamentodeestudosparaaformaçãotécnica.Éoferecidaaosjovenseadultosmaioresde15anosequenãotenhamconcluídooEnsinoFundamental.
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e Adultos, no caso de atendimento às escolas da EJA, pelaCoordenação do Ensino Médio, no caso de atendimento dasescolasdoEnsinoMédio,comaparticipaçãodaCoordenaçãode Educação Profissional, no sentido de orientações paradefiniçõessobreaofertadequalificaçãoprofissionaladequadaà comunidade,as condiçõesde infraestruturadaescolaedeacordocomumitinerárioformativoquepromovaaosestudantesoaproveitamentosucessivoearticuladodeestudosnaárea.
A partir do mapeamento das ofertas na rede públicade ensino do Distrito Federal e a identificação das condições primordiais para se garantir essa oferta com qualidade,poderão ser desenvolvidos cursos técnicos ou FICs integrados àEJAeaimplantaçãodoEnsinoMédioIntegrado,garantindoo envolvimento da comunidade escolar na construção eplanejamento coletivo da proposta de implantação. Esseplanejamentodeveoportunizaroprincípiodapreparaçãogeralparaotrabalhoarticuladaaformaçãobásica.
7.1 Princípios Norteadores para integração
Conforme o Parecer CNE/CEB nº5/2001, as DiretrizesCurricularesparaoEnsinoMédiosefundamentamnoTrabalhocomo princípio educativo e na Pesquisa como princípiopedagógico.Issoquerdizerquetodaaaprendizagemteráorigemoufundamentoematividadesdesenvolvidaspelosestudantes,comoobjetivodepromoverumaintervençãotransformadoranasuarealidade.Odesenvolvimentodeumaposturaprotagonistaem relação à cultura do trabalho e às práticas sociais podepropiciaraosjovensoexercíciodasuaautonomia,aformulaçãoeconcretizaçãodeprojetosdevidaedesociedade.Paraisso,odesenhocurriculardoEMItemcomomecanismosdeintegraçãoonúcleoarticuladordosprincípios,asáreasdeconhecimento,as dimensões articuladoras, a estruturação e organização docurrículo,ametodologiaeaavaliação.Aseguir,osprincípiosestruturantes desse desenho curricular.
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•Eixos estruturantes e integradores como alternativaparaaconcretizaçãodeumcurrículoreflexivo
Os eixos do Currículo devem ser atendidos nodesenvolvimento do trabalho pedagógico, perpassando pelasdiversas disciplinas e sendo contemplados nos objetivosexpressos das atividades integradoras, como feiras culturais,circuitos, exposições, projetos, construção de produtos, entreoutros. O texto das Diretrizes Curriculares Nacionais para oEnsinoMédioafirmaque:
É importante enfatizar que a interdisciplinaridadesupõeumeixo integrador, quepode seroobjetodeconhecimento,umprojetodeinvestigação,umplano de intervenção. Nesse sentido ela deve partir danecessidadesentidapelasescolas,professoresealunos de explicar, compreender, intervir, mudar,prever, algo que desafia uma disciplina isolada eatraiaatençãodemaisdeumolhar,talvezvários.Explicação,compreensão,intervençãosãoprocessosque requeremumconhecimentoquevaialémdadescrição da realidade e mobiliza competênciascognitivas para deduzir, tirar inferências ou fazerprevisõesapartirdofatoobservado(DCNEB,p.234).
•Trabalhointerdisciplinar
A interligação e superação da fragmentação doconhecimento das disciplinas no desenho curricular proposto,podeseconcretizarpormeiodeumplanejamentodeexecuçãocurricular integrado,noqual sãoobservadasas afinidadesdecontatoentreoscomponentescurriculares,etaiscontatossãoconcretizados em eventos integradores como realizações deestudos e pesquisas compartilhadas, entrevistas, exposições,feiras, seminários e/ou projetos integradores. A buscapermanentepordesenvolveressesmecanismosdeintegração,passapelaformalizaçãoderotinaseregrascapazesdegarantirasistematizaçãodosconteúdosmediantesoluçãodeproblemas
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e de processos de investigação.
Emgeral,adivisãodisciplinardocurrículoéopontodepartida para a discussão de formas de integração curricular.Conformealiteraturaespecializada,amaneiramaiscomumaessa integraçãoéa interdisciplinaridade,queaceitaadivisãodisciplinarcomoprincípioválidoetalvezatédesejável.Nabaseparatodaintervençãointerdisciplinar,Santomé,1998,constataqueexistemosseguintespassos:
A. Definiroproblema(interrogação,tópico,questão).
B. Determinar os conhecimentos necessários, inclusiveas disciplinas representativas e com necessidade deconsulta,bemcomomodelosmaisrelevantes,tradiçõesebibliografia.
C. Desenvolver um marco integrador e as questões aserempesquisadas.
D. Especificar os estudos ou pesquisas concretas quedevemserempreendidos.
E. Reunir todosos conhecimentos atuais ebuscarnovainformação.
F. Resolver os conflitos entre as diferentes disciplinas implicadas,tratandodetrabalharcomumvocabuláriocomumeemequipe.
G. Construiremanteracomunicaçãoatravésdetécnicasintegradoras (encontros e intercâmbios, interaçõesfrequentesetc.).
H. Comparar todas as contribuições e avaliar suaadequação,relevânciaeadaptabilidade.
I. Integrar os dados obtidos individualmente paradeterminarummodelocoerenteerelevante.
J. Ratificar ou não a solução ou resposta oferecida.
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K.Decidir sobre o futuro da tarefa, bem como sobre aequipedetrabalho.
•Trabalhoemrede
A lógica da integração exige umamudança de posturapedagógicadosdocentesedosestudantes, rompendocomahierarquizaçãodosconteúdoseresponsabilizandooestudantepela sua aprendizagem. No caso dos docentes, é precisodisposição verdadeira para se contrapor à fragmentaçãode conteúdos e, no caso dos estudantes, de se perceberemprotagonistas de sua aprendizagem.A gestão cooperativa naescolabuscadesenvolverasaçõespedagógicasemparcerias,construindo grupos de trabalho que se desdobram em açõespermanentese temporárias, conformecronogramaconstruídopor todos. Assim, todos são responsáveis pela condução dasestratégias construídas pelo grupo da escola, promovendoavaliação permanente no sentido de resignificar práticas equalificardiretrizes.
•Conhecimentotrabalhadodeformaintegral
A Educação Básica exerce um papel fundamental naconcepção científica da vida e contribui para desenvolverfaculdades cognitivas e capacidades do indivíduo. A Educação Profissional tem seu foco nos conhecimentos tecnológicos,seu ensino é orientado predominantemente para a atividadede trabalho. No processo de ensino-aprendizagem devem-seconsiderarasdiversasdimensõesdavidadosestudantesesuaspráticassociais,promovendotransformaçãodosujeitocrítico.Ahabilidadedeintegrar,dizrespeitoaumconjuntodeaçõesenãoaumadisciplinaúnicaenemumconteúdodeterminado.Por isso é fundamental que selecionemos conteúdos queviabilizemoconhecimentodarealidadevividaedasexperiênciasdossujeitos,reafirmandosuashistóriascomoprotagonistasdacultura.
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•Criaçãodeprojetosintegradosparaintervenção
O Projeto Integrador se origina dos eixos integradoresdo curso e obedece a uma sequencia ou etapas definidaspelo corpo docente. O Projeto Integrador parte de umasituação potencialmente factível de ser vivenciada de formacontextualizadapara a simulação/ressignificaçãoe construçãonosambientesdainstituiçãoe,semprequepossívelarticuladaaomundodotrabalho.AsetapasbásicasparaodesenvolvimentodoProjetosão:planejamento,execuçãoeavaliação.ObservemosoquepreconizaoParecerdoConselhoNacionaldeEducação:
A partir do problema gerador do projeto, que pode serumexperimento,umplanodeaçãoparaintervirnarealidadeou uma atividade, são identificados os conceitos de cadadisciplina que podem contribuir para descrevê-lo, explicá-loepreversoluções.Dessaformaoprojetoé interdisciplinarnasuaconcepção,execuçãoeavaliação,eosconceitosutilizadospodemserformalizados,sistematizadoseregistradosnoâmbitodas disciplinas que contribuem para o seu desenvolvimento(CNE,2010c).
•Apesquisacomopromotoradeconhecimento
O processo investigativo nasce de forma organizada eestruturada,estabelecendoconexõesentreinformaçõescomapráticavivenciadaecomosconhecimentoscientíficos.Portanto,nasce da investigação sistematizada, do desenvolvimento dacriticidadeedaampliaçãodocampodeatuação.
Umprocessodeaprendizagempautadona consolidaçãodo conhecimento pormeio de produções científicas, no qualo estudante é desafiado a apresentar e elaborar produtos(equipamentos, rotinas tecnológicas,aplicativos,entreoutros)paradesenvolveraçõesdebaseproativaatendendoa funçãosocialdaescola.Deve-seprocurararticularateoriaeprática,vinculando o trabalho intelectual com atividades práticasexperimentais.
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•Trabalhocomoprincípioeducativo
Oconceitodetrabalhocomoprincípioeducativonãopodeserconfundidacomalógicadoaprenderfazendoouaprenderaaprender,masassume-seaperspectivaapontadaporFrigotto(1980,p.2)deque“otrabalhoéumaformahistóricadohomememsociedade,poiselesehumaniza,secria,seexpandeeseaperfeiçoa na ação sobre a natureza”. O trabalho é a baseestruturantedeumnovotipodeser,deumanovaconcepçãodehistória.
SegundoSaviani(2003,p.3),“otrabalhocomoprincípioeducativo tem três sentidos:a)determinaomododeserdaeducaçãoem seu conjunto, conformeaevoluçãodosmodosde produção da sociedade; b) define exigências específicasconformeasespecificidades laboraisvigentes;c)determinaaeducaçãocomoumamodalidadeespecíficaediferenciadadetrabalho:otrabalhopedagógico”.
Ocontextocontemporâneodasociedadetemaumentadosignificativamenteosdesafiosqueimplicamnessarelaçãoentrecomomundodotrabalho.Areorganizaçãoprodutivaprovocouuma série demudanças significativasnomundodo trabalho,taiscomoperdasdosdireitossociais,ameaçaaostrabalhadorescom o desemprego, automação da produção e dos serviçose novos paradigmas de gestão, configurados pelo trabalhoprecário,detempoparcial,autônomo,desregulamentadoetc.– contribuindo com a necessidade da educação continuadadurante toda a vida. Portanto, o projeto de educação dejovens e adultos deve atender os sujeitos sociais e cidadãostrabalhadoresereconhecerotrabalhocomoprincípioeducativo,primeiroporsuacaracterísticaontológicae,apartirdisto,nasuaespecificidadehistórica,oqueincluioenfrentamentodasinstabilidadesdomundocontemporâneo(RAMOS,2011).
Propõe-se,assim,umaescoladeEnsinoMédioqueatuecomo uma comunidade de aprendizagem, em que os jovensdesenvolvam uma cultura para o trabalho e demais práticas
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sociaispormeiodoprotagonismoematividadestransformadoras.Ao realizar essas atividades, eles poderão explorar interessesvocacionais, além de perspectivas pessoais e de organizaçãosocial.Aomesmotempo,estarãoconstruindosuaautonomia,aoformulareensaiaraconcretizaçãodeprojetosdevidaedesociedade.
7.2 Estrutura Curricular para integração da Educação Profissional no Ensino Médio
OsprotótipospropostospelaUNESCO(2013)sugeremmaisdoismodelosdeEnsinoMédioqueofereçamaos jovensumaampliaçãonaspossibilidadesdeadequaçãoàsuasnecessidades.EssesmodelossãopautadosnaPedagogiadeProjetosevisamatender a demanda de jovens trabalhadores que precisamingressarnomercadodetrabalho,enãoqueremabrirmãodacontinuidadedeseusestudos.Noprimeiromodelo,HabilitaçãoProfissional, a Carga horária do Ensino Médio é ampliadaem um ano visando à profissionalização desse estudantesimultaneamente à conclusão do Ensino Médio regular comvistas ao ingresso na universidade.
IssosefazpossívelapartirdaPedagogiadeProjetosquearticulaoaprendizadodasdisciplinasdonúcleobásicocomasdisciplinas especificas do curso técnico escolhido, garantindoassimonúmerodehorasnecessáriasparaaconclusãoexitosadosobjetivospropostos.
CentralizadanaPedagogiadeProjetos,encontranaideiadefomento,aschamadasincubadorasdetalentos,oestímuloàpesquisa,àaçãosocialeàautonomiaintelectual.Valeenfatizaraimportânciadotrabalhocomoprincípioeducativo.AsDCNEB(2013) definem como “currículo integrado”, a organização doconhecimento e o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagemdetalmaneiraqueosconceitossejamaprendidoscomosistemaderelaçõesdeumatotalidadeconcretaquesepretende explicar e compreender, de sorte que o estudantedesenvolva um crescente processo de autonomia em relação
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aosobjetosdosaber.
Nos textos normativos mais recentes, e na literaturasobre integração curricular, há uma sugestão recorrente paraseorganizarocurrículopormeiodasdimensõesarticuladorasdo trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia. Emdeterminadas propostas, as citadas dimensões constituiriamcaminhos opcionais para a articulação e aprofundamento deestudos.Existecertoconsensonadefiniçãodessasdimensões:
A. Trabalho“ocompreendemoscomoumamediaçãodeprimeiraordemnoprocessodeproduçãodaexistênciaeobjetivaçãodavidahumana.Adimensãoontológicadotrabalhoé,assim,opontodepartidaparaaproduçãodeconhecimentosedeculturapelosgrupossociais”.
B. Ciência“aciênciaéapartedoconhecimentomelhorsistematizadoedeliberadamenteexpressonaformadeconceitosrepresentativosdasrelaçõesdeterminadaseapreendidasdarealidadeconsiderada”.Oconhecimentode um recorte da realidade concreta ou a realidadeconcretatematizadaconstituioscamposdaciência,asdisciplinas científicas.
C. Tecnologia“atecnologia,então,comomediaçãoentreciência(apreensãoedesvelamentodoreal)eprodução(intervençãonoreal)”.
D. Cultura ‘deve ser compreendida no seu sentidomaisampliadopossível,ouseja,comoaarticulaçãoentreoconjuntoderepresentaçõesedevidadeumapopulaçãodeterminada’(KUENZER;GARCIA,2008,p.54).
ONúcleodeveenvolvero trabalhocoletivodetodososprofessoresetodososestudantesdeumperíodo.EleorganizaoCurrículodemaneiraapossibilitarumaampliaçãogradativadoespaçoedacomplexidadedasalternativasdediagnóstico(pesquisa)ede intervençõestransformadoras (trabalho).Paratanto,propõeumcontextodepesquisaedeintervenção–que
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seinicianaescolaenamoradia,eseexpandeparaacomunidadeeasociedademaisampla–,eumprojetoarticuladorparacadaano letivo do Ensino Médio.
Éimportante,pormeiodeumaaçãoplanejada,oferecerumaEducaçãoProfissionaleTécnicacomoobjetivodeformartrabalhadores capazes de atuar profissionalmente numaperspectivacidadã.Aseguir,detalhamoscadaprincípiobásicoparaaorganizaçãodaintegraçãonoplanodecursodaescola:
1. Mecanismosdeintegração:atuamdemodosinérgiconaintegraçãodosdiferentescomponentesdoCurrículo:núcleoarticulador;áreasdeconhecimento;dimensõesarticuladoras (trabalho, cultura, ciênciae tecnologia);formaespecíficadeestruturareorganizaroCurrículo;metodologia de ensino e aprendizagem; e avaliaçãodosresultadosdeaprendizagem.
2. Dimensõesarticuladoras:asdimensõessãoascolunasverticaisdaredecurricular,emqueasáreasrepresentamaslinhashorizontais.Sãoelas:otrabalho,acultura,aciênciaeatecnologia.
3. Áreas:reuniãodasdisciplinasporáreasdeconhecimento.
4. Eixos integradores: dimensões, temas geradores ouprojetos servem como articuladores do Currículo.Essa definição prévia permite que os objetivos deaprendizagem comuns aos diferentes componentescurricularessejamdefinidoseorganizadosconformeoseixosintegradores.
5. Atividadesinterdisciplinares:instrumentosfundamentaisde integração e de atribuição de significados aosconteúdos curriculares que buscam procedimentosinterdisciplinares capazes de incentivar o diálogo entre diferentes sujeitos, ciências, saberes e temas.Exemplos: portafólios, avaliação integrada, pesquisasdecampoetc.
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6. Eventos integradores: são eventos que objetivamproporcionaraculminânciadapesquisaeprodutosdoperíodoletivo.Exemplos:feiras,circuitos,semanadeintegração etc.
7. Núcleo de Pesquisa e Trabalho - Projeto integrador:seefetivadiretamenteapreparaçãobásicaparaepelotrabalho.Comoseverámaisadiante,nodetalhamentodeseusobjetivos,essapreparaçãoéentendidacomoodesenvolvimentodosconhecimentos,atitudes,valorese capacidades necessários a todo tipo de trabalho,comdestaquepara:elaboraçãodeplanoseprojetos;capacidadedetrabalharemequipe;críticaeescolhadealternativasdedivisãoedeorganizaçãodotrabalho;utilizaçãodemecanismosdeacessoeaperfeiçoamentodalegislaçãotrabalhistaededefesadedireitos.
8. Conteúdossignificativos:sãodefinidoseorganizadosapartirdoseixoseoProjetoIntegrador.
Apresentamosaseguiraformadeorganizaçãodotrabalhopedagógico conforme os princípios básicos que devem sergarantidosnaconstruçãodoplanejamentodocurso,definindooseventosintegradoreseosmecanismosdeintegração.
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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
53
Na Tabela 3, a proposta se baseia na implantação doEnsino Médio Integrado para preparação para o trabalho. Jánosegundomodelo,habilitaçãoparao trabalho,oobjetivoéatender a necessidade do estudante que devido a condiçõesheterogêneas,nãoseadéquaàampliaçãodecargahorária.Aestratégiaéforneceraesseestudante,alémdonúcleobásicopara o ingresso na universidade, conhecimentos referentes àentradaeàpermanêncianomercadodetrabalho,partindodacontextualizaçãoeconceituaçãosocial,econômicaeindividualdotrabalhadordonovomilênio.
EssesdesenhospodemserconfiguradostantoparaoEMInotemporegular,comonotempointegral.Ototaldascargashoráriaspropostaséo tempomínimodo curso,podendo serampliado,conformejustificativadainstituição.
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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
56
7.3 Estrutura curricular para integração da Educação Profissional na EJA
AestruturacurricularparaaintegraçãodaEPcomaEJApode ser observada pela matriz curricular em cada situaçãoofertada. No 1º Segmento, o curso de Formação Inicial eContinuadaseriaoferecidoarticuladoeintegradocomamatrizcurricularemcurso,adequandoaofertanaformaqueainstituiçãoe comunidade definirem. É importante que a formação sejaintegradanasaçõesdaescolaenasuaorganizaçãodotrabalhopedagógico.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
COMPONENTES CURRICULARES
CARGA HORÁRIA
1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa
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Ciências Naturais X X X X
Ciências Humanas
História X X X X
X X X XPARTE
DIVERSIFICADA Ensino Religioso X X X X
CURSO FIC INTEGRADO X X X X
TOTAL DO MÓDULO (horas-relógio) 400 400 400 400
TOTAL DO SEGMENTO (horas-relógio) 1.600
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERALInstituição Educacional:______________________________________ Modalidade: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS INTEGRADA COM A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – 1º Segmento
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
57
No2º Segmento, a oferta de curso FIC seria articuladae integradacomseuCurrículo,possibilitandoquea formaçãoprofissional aconteça ao mesmo tempo da formaçãopropedêutica.Observeamatrizcurricularaseguir:
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Instituição Educacional:______________________________________
Modalidade: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS INTEGRADA COM A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - 2º Segmento
ÁREAS DO CONHECIMENTO
COMPONENTES CURRICULARES
CARGA HORÁRIA
Módulo I Módulo II Módulo III Módulo IVEIXO
INTEGRADOREIXO
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INTEGRADOREIXO
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Arte X X X X
Educação Física X X X X
Ciências da Natureza e Matemática
Matemática Matemática X X X X
Ciências Naturais X X X X
Ciências Humanas
História X X X X
X X X X
PARTE DIVERSIFICADA
Língua Estrangeira – Inglês X X X X
Ensino Religioso X X X X
CURSO FIC INTEGRADO X X X X
TOTAL DO MÓDULO (horas-relógio) 400 400 400 400
TOTAL DO SEGMENTO (horas-relógio) 1.600
OBSERVAÇÃO:(*) Módulos I, II, III e IV equivalem respectivamente ao primeiro, segundo, terceiro e quarto semestres de EJA –
No3ºSegmento,aintegraçãodeveserconcebidadesdeamatrizcurriculardocurso.NesseSegmentoaintegraçãopodeacontecercomaofertadeumcursoFICintegradocomduraçãomínima de 160h. A cada semestre pode ser ofertado umnovocursoaosestudantes,permitindoqueosmesmossejamaproveitadoscomoumitinerárioformativoparaaobtençãodacertificaçãoemníveltécnico.Observeamatrizaseguir:
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
58
No Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio o desenho curricular poderá concretizar a integração entre essas modalidades,favorecendoaarticulaçãoepromovendoodiálogoentre todos os envolvidos.
Para uma organização curricular em diferentes sistemastemporaisdos cursos,aequipepedagógicadeveráorganizar-separaatenderoperfilprofissionalquesepretendealcançare a terminalidade3 profissional no curso (formação vertical),os eixos integradores e as áreas do conhecimento (formação
3-Aetapacomterminalidadeéasaídaintermediáriadecursostécnicosdenívelmédiooudecursosdegraduaçãotecnológicaquecaracterizaumaqualificaçãoparaotrabalho,claramentedefinidaecomidentidadeprópria,integrantedecorrespondenteitinerárioformativo.Asetapaspodemserinstituídasnoregimemodular,desdequenãopromovamafragmentaçãodocurrículoeatendam,paraaquelecontextolocaleperfilsocialdoestudantedoPROEJA,aumanecessidademaisflexíveldecertificação.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERALInstituição Educacional: __________________________________Modalidade: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS INTEGRADA COM A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – 3º Segmento PROEJA FIC
ÁREAS DO CONHECIMENTO
COMPONENTES CURRICULARES
CARGA HORÁRIA
Módulo I Módulo II Módulo III
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M LinguagensLíngua Portuguesa X X XArte X X XEducação Física X X X
Matemática Matemática X X X
Ciências da Natureza
Química X X XFísica X X XBiologia X X X
Ciências Humanas
História X X XGeografia X X XFilosofia X X XSociologia X X X
PARTE DIVERSIFICADALíngua Estrangeira – Inglês X X XLíngua Estrangeira – Espanhol X X XEnsino Religioso X X X
CURSO FIC INTEGRADO – 160h X X XTOTAL DO MÓDULO (horas-relógio) 400 400 400
TOTAL DO SEGMENTO (horas-relógio) 1.200OBSERVAÇÃO:(*) Módulos I, II e III equivalem respectivamente ao primeiro, segundo e terceiro semestres de EJA – Terceiro Segmento – Ensino Médio.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
59
horizontal)e,apartirdeles, identificar/integraroscamposdoconhecimento relevantes nos componentes curriculares paracontribuirnaexecuçãodeumaformaçãointegrada.
Nosdiferentessistemasdeorganizaçãode tempodeve-se definir uma disciplina que possa promover emonitorar aconcretização da integração. Podemos encontrá-las naspráticaspedagógicascomváriosnomes:ProjetoIntegrador,deIntervenção, Vivencial etc. O importante é possibilitar que oconhecimento seja trabalhado em suas múltiplas dimensões,garantindoaoestudanteumaformaçãointegral.Dessemodo,os Projetos Integrados de Intervenção são compreendidoscomo uma estratégia pedagógica, de caráter interdisciplinar,constituídadeetapase fasesecomoumeixoarticuladordocurrículo (disciplinas ou temas), no percurso formativo doestudante(SANTOSEBARRA,2012).
A noção de integração e intervenção traz a ideia de que ao olhar o real das relações da vida e do mundo dotrabalho,oqueimportarealmentenãoéacríticapelacríticaou o conhecimento pelo conhecimento, mas a crítica e oconhecimentocríticoparaumapráticaquealtere,modifiquearealidade(FRIGOTO,1989).Esseautoraindasustentaaideiadequeo conhecimentoacontece verdadeiramentena junçãodateoriaedaação.Aessemovimentooautordenominapráxis,a unidade indissolúvel de duas dimensões distintas diversasno processo de conhecimento, a teoria e a ação e reflexãoteóricaparaatransformação(FRIGOTO,1989).NessedesenhocurricularosProjetos Integradosde Intervençãopassamaserumaferramentadearticulaçãoquepodecontribuirnaintegraçãocurricularenamelhorcompreensãodosconteúdosvivenciadospelo educando.
São objetivos dos Projetos Integrados segundo Santos eBarra(2012)odesenvolvimentodascapacidadesdepesquisa,quersejaindividualoucoletiva(relaçãointerpessoal),tomadade decisão e planejamento, estímulo à oralidade, administrar
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
60
conflitos e tempo, desenvolver o senso crítico, todas essascapacidades aliadas à teoria e prática.
O Projeto Integrador nasce dos eixos integradores docurso e obedece a uma sequencia ou etapas, definidas pelocorpo docente. O Projeto Integrador parte de uma situaçãopotencialmente factível de ser vivenciada no ambiente detrabalho para a simulação/ressignificação e construção nosambientesdainstituiçãoe,semprequepossívelarticuladacomoomundodotrabalho.Asetapasbásicasparaodesenvolvimentodoprojetosão:planejamento,execuçãoeavaliação.
Por fim, o Parecer nº 15/98 acentua que, a partir doproblemagerador doprojeto, quepode serumexperimento,umplanodeaçãoparaintervirnarealidade,ouumaatividade,se identificam os conceitos de cada disciplina, que podemcontribuirparadescrever,explicarepreversoluções.Nocasode um projeto, a interdisciplinaridade não deve banalizar asdisciplinas; ao contrário, deve manter suas individualidades.Integrá-las,porém,combasenacompreensãodascausasoufatoresqueintervêmsobrearealidadeetrabalhaaslinguagensnecessárias para a construção de conhecimentos, para acomunicaçãoeanegociaçãodesignificados,assimcomoparaoregistrosistemáticoderesultados(CNE2010b).
AseguirapresentamosomodelodematrizcurricularqueatendeaqualquerhabilitaçãoprofissionalintegradaàEJA.Elaseráreferênciatantoparaconfiguraroa integraçãonaformapresencialcomoadistância.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
61
Tabela 3: Proposta de organização de matriz curricular para o Ensino Médio integrado com a Educação Profissional na modalidade EJA – PROEJA Médio
PROEJA - Técnico em _____________________Eixo transversal que deve articular a organização curricular: _____________________ (formação específica)
BASES CONCEITUAIS E TECNOLÓGICAS
EIXOS INTEGRADORESpara a proposição de temáticas, eixos
conceituais, módulos e ou problemas que viabilizem a
integração horizontal
Áreas do conhecimento integradas ao eixo específico integrador que viabilizam a integração vertical
1. Temáticas, projetos, eixos conceituais e ou problemas que
viabilizem a integração horizontal
Língua Portuguesa
Matemática
Projetos Integrados de Intervenção
na área profissional
Componentes curriculares afins e suas respectivas
cargas horárias
2. Temáticas, projetos, eixos conceituais e ou problemas que
viabilizem a integração horizontal
Componentes curriculares afins e suas respectivas
cargas horárias
3.Temáticas, projetos, eixos conceituais e ou problemas que
viabilizem a integração horizontal
Componentes curriculares afins e suas respectivas
cargas horárias
4.Temáticas, projetos, eixos conceituais e ou problemas que
viabilizem a integração horizontal
Componentes curriculares afins e suas respectivas
cargas horárias
Fonte:RelatóriodePesquisadesenvolvidopeloSubgrupodePesquisaPROEJA-UFSC,2013.
EIXO TRANSVERSAL DO CURSO
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
62
O Currículo de cada curso e instituição deve apresentar temas/assuntos inter-relacionados, vinculados à realidade,construídos na relação participativa de pesquisas, reflexões,debateseproduçõestecnológicas(relaçãoteoriaeprática).
Cada módulo, trimestre, semestre ou ano reúne osconhecimentos inerentes à etapa de saída e às dimensõesformativasarticuladaspeloeixointegrador.Essesconhecimentose dimensões são agrupados/integrados por temas, questõesconceituais e da realidade e assuntos relevantes obedecendoàformaçãovertical(dimensõesformativas)ehorizontal(eixosintegradoreseetapas)docurso.
RessaltamosqueoprocessodecomposiçãodasUnidadesDidáticas ou de Eixos Conceituais e/ou problemas, parte dadefinição dos saberes, temas e assuntos inter-relacionados eintegradoscomasdimensõesformativas,oseixoseasetapasdeterminalidade.Aetapacomterminalidadeéopcionalnoperíodoescolar.Taiselementosprecisamserconsideradosnaelaboraçãodoprojetopolítico-pedagógicodainstituição,conformeocursotécnicodefinidoeoperfilprofissionaldesejado.
ApresentamosaseguiramatrizcurriculardoTécnicoemAdministração, conforme os princípios básicos já elencadosanteriormente.
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Fonte:RelatóriodePe
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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O ENSINO MÉDIO E A MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS
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Resumindo, a partir desses elementos situa-se umaorganizaçãodecursoconsiderando:
• EixoTransversal;
• Eixosintegradoresdecurso;
• Eixosintegradoresnaproposiçãodesaberes,quersejamorganizados por temáticas, eixos conceituais, e/ouproblemas,osquaisviabilizemaintegraçãohorizontal.
• Áreasdoconhecimentointegradasemrelaçãoaoeixotransversal;
• Áreasdoconhecimentointegradasnosdiferenteseixosintegradores.
Comesseolharsãocontempladososdiferenteselementoscurricularesdaseguinteforma:
A. Língua Portuguesa, Matemática e o Projeto Integrador de Intervenção na área profissional, apresentam-secomoumblococomumaserdesenvolvidoemtodosos períodos letivos.
B. Eixos integradores na proposição de saberes, comoporexemplo:nocursodeAdministraçãodesenhamoscomoseusintegradoresosseguinteseixosconceituais:Inclusão Social e no mundo do trabalho, Geraçãode renda, economia solidária e inserção do mundodo trabalho; As novas TICs no mundo do trabalhoe Responsabilidade Social, ambiental e iniciativaempreendedora (Identificados na primeira coluna dodiagramadapágina39).
C. Os componentes curriculares das áreas de conhecimentos da formação básica e profissionalsituadosparacadaumdesseseixosintegradores.
A proposta desenhada baseia-se no princípio de queesses componentes funcionam como instrumento essencial
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de articulação entre a construção de conhecimentos e apossibilidadederesoluçãodeproblemasdavidacotidiana,tendomuitasaplicaçõesnomundodotrabalhoeàsáreascurriculares.
7.4 Abordagens metodológicas
A organização curricular e metodológica possibilitadiferentes abordagens e perspectivas para a proposição eobjetivaçãode integraçãocurricular,umavezqueoCurrículoformalnecessitadeumtratamentometodológicoedidáticonasuaseleçãoeorganizaçãodoscomponentescurriculares.Essaorganizaçãopodeserexpressapormeiodedisciplinas,módulos,projetoseoutrasconfiguraçõessemferiranaturezadasáreasdoconhecimento.Parapromoverumamaioraproximaçãodarealidade,aintegraçãoéumapossibilidadeorientadaeplanejadado Currículo.
Os conhecimentos escolares precisam ser tratados deformaplanejada e articulados comumprojeto de sociedade.Os saberes implicam inventar, construir, buscar, descobrir,reinventar,difundir,pensareagir.Eessadinâmicaéconstruídaporcaminhosmetodológicos.Ométododialogacomosconteúdos,disciplinas e ou módulos. E esse diálogo é necessário paraidentificaramelhorformadecontemplarumCurrículoaserviçodocontextohistóricoedaformaçãohumanaeprofissional.
Ocaráterdocurso,disciplinaoumódulonasuaorganizaçãocurricularemetodológicaéelementodeanáliseconstantedeoutrosparadigmasorganizacionais,poisadinâmicadocurrículoprecisaacompanharadinâmicadomundodotrabalho.Eporisso,outrosparadigmasorganizacionaisnoespaçodaEducaçãoProfissionalsãoimportantesparaaformaçãotécnico-científicados professores e estudantes. Os reflexos desta formaçãono cotidiano da sala de aula e da escola visam à formaçãoprofissionaldequalidade.
Retomamosentão,algumasquestõesmetodológicasparaapropostadeimplantaçãodaintegraçãodaEducaçãoProfissional
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comoEnsinoMédioeaEJA:
• Desenvolver a proposta de Currículo compreendidocomo constructo social efetivada no caminho e nocaminhar.Elaéumaapostadocoletivodedocenteseestudantes.
• PossibilitaraimplantaçãodoCurrículocomoconjuntointegradoearticuladodeproposições,pedagogicamenteconcebidaseorganizadasparapromoveraprendizagensprofissionais significativas.
• Organizarotrabalhopedagógicodemodoqueaescolareflita e desencadeie estratégias de ruptura com alógicaconteudistadasdisciplinas.
• Articular,naorganizaçãocurricular,osconhecimentosgeraisdaformaçãoesuasdimensões, integradosaossaberesprofissionaisespecíficos,considerandooperfilformativodocurso,asdemandasindividuais,sociais,domundodotrabalho,aspeculiaridadeslocaiseregionais,a vocação e a capacidade institucional da escola.
• Promover a interdisciplinaridade que rompe com afragmentação dos saberes no desenvolvimento docurrículoescolar,buscandoaconfrontaçãodeolharespluraisnaobservaçãodasituaçãodeaprendizagem.
• Prever,naelaboraçãodoProjetoPedagógicodeCurso,aconstruçãodeprojetosintegradoresqueobjetivamainterdisciplinaridade,ouseja,promoveraaprendizagemde um tema ou assunto de forma integral, vendo omesmosobreváriosângulose/ousituações.
7.5 Orientações para a integração nos cursos integrados ou concomitantes
NaorganizaçãodosCursosdeFormaçãoInicialContinuada–FIC integradosaoEnsinoMédioeàEJAdeve-segarantiroatendimentoaosseguintesprincípios:
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• Planejamentocoletivodemecanismosdeintegraçãoacurto,médioe longoprazo, envolvendoosdocentesdaformaçãogeralcomosdaformaçãoprofissional,eestudantes.
• Oferta de cursos em turnos e dias compatíveis como sujeito da EJA, considerando as especificidades detemposeespaçosdojovemeadultotrabalhador.
• OscursostécnicosnaformaintegradanamodalidadeEJA e que são oferecidos na mesma instituição deensino,devemterumaúnicamatrículaeaformaçãoprofissionaldeveatenderoitinerárioformativoprevistono curso.
• OscursostécnicosnaformaconcomitantenamodalidadeEJA, oferecidos em instituições distintas, devem termatriculasdesiguaiseaformaçãoprofissionalatenderoitinerárioformativoprevistonocurso.
• OscursosFICsarticuladoscomaEJApodemserfeitosemumaúnicainstituiçãooueminstituiçõesdistintas,respeitandoomínimode200hdecarga-horária.
• A oferta do curso FIC deve atender ao perfil do estudanteaquesedestinaaofertaeproporcionara(re)inserçãonomundodotrabalhoeaspossibilidadesde continuidade de estudos.
Éessencialqueaseleçãodessescursostenhacomofocoa formação integral do estudante, numa educação articuladacom procedimentos, instrumentos específicos, facilitadorado processo de construção de aprendizagens que realmentepromovamaparticipaçãoativaeconstrutivadasociedade.
A seguir, apresentamos as ações que determinam umamelhor implantação da proposta de integrar a EducaçãoProfissionaltantonoEnsinoMédiocomonaEducaçãodeJovenseAdultos:
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1ª Etapa:Apósaopçãodaescolaemofereceraintegração,a Coordenação vinculada (CEPROF, CEJAD e COEMED) àunidadeescolariráapoiarnaelaboraçãodoPlanodeCursoenascondiçõesnecessáriasparaseudesenvolvimento.
2ª Etapa:ÉimprescindívelqueoPlanodoCursoexpresseas concepções das diretrizes curriculares da SEDF e reflita o ProjetoPolítico-PedagógicodaInstituiçãodeEnsino.
3ª Etapa: A partir definição do perfil Sócio Laboral deconclusão e do Itinerário Formativo, nos respectivos eixosprofissionais,segundooCatálogoNacionaldeCursosTécnicos,deve-seconciliarasdemandasidentificadascomavocaçãodainstituiçãodeensino,assuasreaiscondiçõesdeviabilizaçãoeasnecessidadesdaregião.Define-setambémacarga-horáriadocurso,operíodoprevisto(semestre,ano)easetapascomterminalidade (opcional), definidas ao final dos diferentessistemasdeorganizaçãotemporal.
4ª Etapa:Definiçãodoeixotransversaldocurso(baseadonamissãodainstituição)edoseixos integradores(interseçãohorizontal entre as diversas áreas de conhecimento que serelacionamnummesmosemestreouperíodo letivo)que irãopromoveraarticulaçãonomóduloouperíodoescolar.
5ª Etapa:DefiniçãodoProjetoIntegradordeIntervenção.O Projeto Integrador é uma disciplina que visa problematizartemas de fundamental importância na área do curso, comoformadecontextualizaroambienterealdetrabalho,articulandoa interdisciplinaridade rumo à transdisciplinaridade. Ele deveser construído pelos docentes, privilegiando as etapas dediagnóstico,planejamentoeavaliação, sendoacompanhadoeavaliado durante todo o período escolar.
6ª Etapa: Definição dos eventos de integração queobjetivampropiciar ao estudante a visualização e valorizaçãodo resultado do seu trabalho pedagógico pelos docentes ecomunidade, como encontros temáticos, feiras, seminários,
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paineis,jornadasentreoutros,aofinaldoperíodoescolar.
7ª Etapa:Identificaçãodosconhecimentos,dasdimensõeséticas, conceituais, teórico-práticas e suas bases tecnológicasa serem trabalhadas pelas escolas/cursos, de acordo com asdimensões formativas para desenvolver formação profissionale integraldoeducando.Essesconhecimentosdevemarticularsaberes, pedagogicamente organizados, que promovamaprendizagensprofissionaissignificativas,pormeiodeestratégiasquerompamcomalógicaconteudistadasdisciplinas.Devem-se selecionar conteúdos significativos e relevantes ao perfilprofissionalemformaçãodeformaçãohumana.
8ª Etapa:Definiçãodaorganizaçãodotrabalhopedagógico,das abordagens metodológicas/curriculares (de complexostemáticos;esquemas conceituais; centradaem resoluçõesdeproblemas;mediadapordilemasreaisvividospelasociedade;Projetos de Trabalho e áreas do conhecimento); e tempos,espaços e avaliação do estudante. Definição de critérios e procedimentosdeavaliaçãodaaprendizagemedaconstituiçãodecompetênciasprofissionais.
9ª Etapa: Definição do processo de avaliação institucional. Identificaroperfil doestudantenomomentodo ingressonocurso,aolongodorespectivocursoenacondiçãodeegressoparareferendarmelhoriasdapropostapedagógicaeeducacional.
10ª Etapa: Identificação das reais condições técnicas,tecnológicas, físicas e financeiras para implantar o cursoproposto.
11ª Passo: Elaboração do Plano doCurso, apoiado pelaCoordenaçãovinculada,paraapreciaçãodosórgãoseducacionaiscompetentes.
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8. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS
Aavaliaçãoformativaéaqueenglobatodasasatividadesdesenvolvidas pelos professores e seus estudantes, com ointuitodefornecerinformaçõesaseremusadascomofeedbackparareorganizarotrabalhopedagógico(BLACK;DYLAN,1998,p. 7). Para esses autores, o feedback é umelemento chavedaavaliação formativa,poispossibilita informaraoestudanteo seu desempenho no processo formativo, proporcionando areflexão sobreque recursoselepoderáutilizar paramelhorarsua atuação.
Segundo Vilas Boas (2006), feedback é a informaçãoentreonívelatualaoníveldereferência,ouseja,oprofessordeverá informar ao estudante que recursos e situações eleprecisarálançarmãoparaalcançarosobjetivos,promovendoadiminuiçãodessadistância.Portanto,ofeedbacktemafunçãodepromoveroavançoenãodemelhoraranotaoumenção.Énecessárioqueoestudante:a)conheçaoqueseesperadele(objetivosdaaprendizagem);b)sejacapazdecompararoseunívelatualdedesempenhocomoesperado;c)seengajenaaçãoapropriadaqueleveaofechamentodadistânciaentreosníveis(idem,p.81).
Outro aspecto importante que devemos considerar naavaliação da forma integrada é o automonitoramento. Ele éoresultadodoexercíciocontínuodofeedbackpeloprofessor,fazendo com que o estudante gere informações necessáriasao prosseguimento de sua aprendizagem, promovendo suaautonomiaintelectual.
SegundoVilasBoas,A transição do feedback professor-aluno parao automonitoramento pelo aluno não aconteceautomaticamente. O desenvolvimento dacapacidade de avaliação do próprio trabalho fazparte das aprendizagens a serem adquiridas. Avivência de práticas avaliativas assim concebidas
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é condiçãonecessária para o desenvolvimentodacapacidadeavaliativae,consequentemente,paraoautomonitoramentointeligente.É insuficienteparao aluno restringir-se ao julgamento do professor(2006,p.8).
Portanto, é a partir dessa interação entre professor eestudante, desta troca de informações e do reconhecimentode aspectos relevantes à aprendizagemque ocorrerá de fatoocrescimentodentrodeumaposturaéticaecidadã,fazendocomissoqueambos,professoreestudante,possampercebertodo o processo de ensino e aprendizagem de umamaneiraabrangenteesignificativa.
Aseguir,apresentamososprocedimento/instrumentosdeavaliaçãoformativaquepodemserutilizadosnaformaintegrada.
AUTOAVALIAÇÃO AVALIAÇÃO POR PARES REGISTROS REFLEXIVOS
Deve ser usada em todas as etapas do processo de aprendizagem. Proporciona a responsabilização por parte do estudante sobre sua aprendizagem.
Deve possibilitar a apreciação por parte do estudante de sua efetiva aprendizagem. O par facilita a apreciação e a ressignificação do erro para a aprendizagem duradoura.
Também conhecidos como diário de aula, proporcionam ao estudante a reflexão sobre seu processo de construção de conhecimentos.
Evidencia ao estudante os fatores que promoveram ou não sua aprendizagem.
A definição de um roteiro estabelecido pode facilitar o alcance de critérios claros.
Consiste na produção de sínteses reflexivas pelo estudante, com base em cada aula ou encontro.
Auxilia no desempenho da autonomia discente.
Desenvolve a cidadania responsável.
Requer devolutiva comentada do docente.
O estudante apontará suas fragilidades e potencialidades acadêmicas.
Ajuda a compreender sua própria aprendizagem.
Excelente para desenvolver a autoavaliação.
Podem ser utilizados roteiros prévios.
Constrói capacidades de automonitoramento.
Pode compor outro instrumento: o portfólio.
Noprocessodaavaliaçãooconselhodeclassetempapelimportante.Eledeveocorrerdeformaparticipativa,possibilitandoao estudante o papel de protagonista do seu crescimentopessoal.Dessemodo,aavaliaçãopoderáseconstituiemespaço
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noqualaquelessujeitosquenãotiveramsuavozevez,tornem-secidadãosconscientesdequepodemedevemfazerpartedahistória,intervindoemodificandooquenãoestádeacordocomoqueelesacreditam.Osestudantestornam-sesujeitosnãosódoensinoedaaprendizagem,mastambémsujeitosdesuavida,desuaprópriahistória,poispassamaacreditaremsiprópriosenassuascondiçõesenquantocidadãos.EstaavaliaçãoestáfocadaepretendeatingirasfunçõesdaEJA,equalizadoraquepermiteaequidadenomundodotrabalho,navidasocialenoscanaisdeparticipação,assimcomoafunçãoreparadoraquetraznoseubojooreconhecimentodaigualdadeontológicadetodoequalquerserhumanoequalificadora,comoaquelaquepermitequeosujeitopossaterumavidacomqualidadesocialqueéinerenteaoserhumano.
Opapeldaavaliaçãonaintegraçãocurricularnãoétratada,especificamente,ouquaseinexistente.Nocasodeumcurrículointegrado por objetivos, a avaliação para as aprendizagensrealizadaemtornodessesobjetivosconstituiumapossibilidadena integração curricular podendo ser ummecanismo auxiliarnaintegraçãocurricular.Taispossibilidadessãopotencializadasquando são usados procedimentos e instrumentos comunsde avaliação como os portafólios, por exemplo. O uso deinstrumentoscomunsexigeumconsensomínimonasdecisõesde atribuições de valor (nota) ou para aprovação (passar deano).Nãoépossívelqueumprofessorfaçaumaavaliaçãomuitodiferentedooutroquandoosprocedimentoseosinstrumentossãocomunsatodos.
Em uma proposta de Currículo integrado, a avaliaçãoqueacompanheoprocessodeaprendizagemteráumcarátercoletivo.Alémdisso,devesercolegiada,comoéoprocessodeplanejamentoeexecuçãodoCurrículo.Terátambémumcaráterformativo,tantoquantoasatividadesdeaprendizagemquesãoacompanhadasporela,aavaliaçãotemumpapeleducativo.Elapermiteconstatarosavançosnadireçãodosobjetivos,mostra
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ascarênciasasuprireindicadireçõesparaoensinoeparaeas evidências de aprendizagem. Tudo isso deve ser feito nointerior de um processo de desenvolvimento humano, assimcomodeformaçãocidadãeprofissional,queenglobaotrabalhocoletivodegestores,professores,estudantes,conselhoescolaredemaisprofissionaisatuantesnaescola.Principalestratégiadeintegraçãodocurrículo,oNúcleodevecontarcomformasde avaliação que reforcem esse papel integrador. De início,é preciso propor que essa avaliação seja fundamentalmenteformativaefeitaportodososenvolvidos.Éfundamentalquedelaparticipem,emcolegiado,todososestudanteseprofessoresenvolvidos.
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REFERÊNCIAS
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CURRICULARES,ProtótiposdeEnsinoMédioIntegrado:Resumo
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