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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ PROGRAMA DE DESEVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
TURMA – PDE/2014
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
Título
JOVENS: ENTRE A LAVOURA E OS LIVROS A HISTÓRIA DA CASA FAMILIAR RURAL DE CORONEL VIVIDA E A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA
Autor DIVONEI ANGELO CAVASSOLA Disciplina/Área HISTÓRIA Escola de Implementação do Projeto e sua localização
CASA FAMILIAR RURAL DE CORONEL VIVIDA, VINCULADA AO COLÉGIO ESTADUAL ARNALDO BUSATO E.F.M.N.P.
Município da escola
CORONEL VIVIDA
Núcleo Regional de Educação
PATO BRANCO
Professor Orientador
THIAGO REISTORFER
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO – Guarapuava/PR-Brasil
Público Alvo Alunos da terceira série do ensino médio do curso de técnicos em alimentos da Casa Familiar Rural
Relação interdisciplinar
O material didático-pedagógico relaciona-se com todas as disciplinas do currículo, pois pretende contribuir com os professores quanto à introdução de práticas pedagógicas.
Resumo O presente material didático tem como objetivo discutir as questões relacionadas aos jovens, a Casa Familiar Rural de Coronel Vivida, bem como a sua Pedagogia da Alternância. Neste contexto, o objetivo é discutir a importância sobre a viabilidade da Pedagogia da Alternância, usada nas Casas Familiares Rurais, se esta é capaz de atender aos jovens estudantes a permanecerem no campo diante da economia. Para isso, pretendemos realizar um conjunto de ações com uma turma de alunos do 3° Ano, do Ensino Médio da Casa Familiar Rural. Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCE(s), os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, onde a Casa Familiar Rural é vista e compreendida por grande parcela da sociedade como uma instituição cujos propósitos são educar e formar filhos de agricultores e como meta final pretende manter esses jovens em suas propriedades. Deste fato, a justificativa para realização
deste projeto inclui o interesse em conhecer o contexto da Casa Familiar Rural como instituição destinada a ensinar jovens em geral, sejam eles oriundos do campo ou da zona urbana: o enfoque fundamental de sua prática pedagógica é o ensino da agricultura através da Pedagogia da Alternância. A problematização do tema vem ao encontro da intenção dessa Pedagogia que é mostrar os dois lados, positivos e negativos, tanto da agricultura quando da cidade, oferecendo a estes jovens uma qualificação profissional em uma área em que o jovem possa se identificar e assim prosperar. Um dos principais objetivos da Casa Familiar Rural é melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais através da aplicação de conhecimentos técnico-científicos, organizados a partir dos conhecimentos familiares, e através da Pedagogia da Alternância. Entende-se que ao adquirir o conhecimento e a formação para a agricultura, jovens filhos de agricultores podem tender a manter-se no campo, nas suas propriedades, em razão de descobertas sobre as possibilidades de crescer como agricultores e na produção de alimentos. Quanto aos jovens urbanos, a possibilidade de conhecer e de aprender sobre a produção de alimentos pode significar uma oportunidade para escolher ou ingressar em uma profissão paralela, que pode incluir a Nutrição ou as áreas de Biologia ou Ciências, além da própria Agronomia e Desenvolvimento Regional, dentre outras.
Palavras-Chave Jovens, Casa Familiar Rural, agricultura, Pedagogia da Alternância, alimentos.
Formato do Material Didático
Caderno Pedagógico
APRESENTAÇÃO
A seguinte Produção Didático-pedagógica tem como objetivo demonstrar
que a viabilidade da Pedagogia da Alternância, usada nas Casas Familiares Rurais,
se esta é capaz de atender aos jovens estudantes a permanecerem no campo
diante da economia, visto que, nossos educandos possuem a teoria sobre essa
problemática mas, na maioria das vezes, não a prática. A produção será
desenvolvida no 3º ano do Ensino Médio da Casa Familiar Rural vinculada ao
Colégio Estadual Arnaldo Busato, E. F. M. N. P. do Município de Coronel Vivida-PR.
De acordo com Silva (apud CARVALHO et al., 2009, p.01) atualmente a
agricultura familiar vem sendo o centro das atenções por ser um meio alternativo de
desenvolvimento para a zona rural, a qual tem capacidade de diminuir a miséria, as
desigualdades sociais e econômicas e o mau uso dos recursos naturais disponíveis
à sociedade rural, bem como, torná-la mais resistente aos grandes mercados e
torná-la mais eficiente quanto a sua produtividade.
Conforme Beting (2001, p.1), com relação à necessidade de
desenvolvimento de opiniões, que ainda depreciativas, são mantidas:
A sociedade brasileira, infelizmente, enxerga sua agricultura com preconceito. Em decorrência, menospreza a importância da agropecuária na geração do emprego e da renda nacional. Pior, atribui ao setor rural uma pecha negativa: o moderno está na cidade, o atraso na roça.
De acordo com Graziano (2001) suas origens remontam ao sistema
latifundiário. Com a acelerada urbanização, o violento êxodo rural subverteu, em
uma geração, os valores sociais: quem restou no campo virou passado. As
distâncias geográficas do interior, a defesa ecológica, a confusão da reforma agrária,
o endividamento rural, todos esses fatores explicam a prevenção contra o ruralismo.
A modernização da agricultura no Brasil se deu com o fim da Segunda
Guerra Mundial e se consolidou nos anos de 1970, quando passou a ser
gradativamente modernizada a tecnologia e o acesso ao crédito subsidiado,
passando a ser mais um instrumento de crescimento da produção agrícola.
Referente ao desenvolvimento agrícola nacional, no século XX destacou-se
a denominada “modernização da agricultura no Brasil” (BASAN, 2006, p.128), em
suas características progressivas e pontuais, oportunizando a geração de diferenças
estruturais no espaço rural, com ênfase na produção.
Há gerações a juventude está se evadindo da agricultura; são vários os
motivos que a leva a sair do campo, talvez alguns jovens não a considere mais
atraente, por não oferecer tão boas oportunidades, com qualidade e estrutura de
vida em relação aos centros urbanos.
Será que um dos grandes problemas desse êxodo trata-se de uma falta de
políticas públicas voltadas especificamente ao grupo, com qualificação e condições
de garantia de renda que propiciem segurança financeira e social?
Estudos realizados pelo IBGE (2010) no Brasil têm identificado a
vulnerabilidade dos jovens em geral, destacando fatores que incluem a pobreza,
violência, mortes, baixo acesso à educação, desempenho. Contudo,
A vulnerabilidade que caracteriza o jovem, de modo geral, é ainda mais complexa, quando se observa o jovem rural. Este grupo, talvez por ser cada vez menor, no Brasil, recebe ainda pouca atenção como um problema relevante para políticas públicas específicas (INOVA - PERSPECTIVAS E ESTRATÉGIA, 2012, p.1).
As margens desse processo desenvolvimentista ficam os pequenos
agricultores, com áreas de proporção insuficiente para o sustento da família e
afastados dos círculos altamente produtivos da economia agrária.
Com esta visão da pequena propriedade rural é que as universidades,
governo federal, governo estadual não ficaram alheios a esse processo de
transformação dando início a várias parcerias com diversas instituições
governamentais e não governamentais para a implementação das Casas Familiares
Rurais.
Segundo Niskier (1996) o ensino agrícola nasceu em 1889 com a
Proclamação da República e a criação pelo governo da Pasta de Agricultura,
Comércio e Indústria. Porém, somente em 1909 foram criadas instituições de ensino
voltadas para estudos agronômicos.
A Casa Familiar Rural, “Instituição de parceira do Estado do Paraná,
prefeituras municipais e órgãos privados, procura articular a realidade das
comunidades agrícolas com o processo de ensino fundamental e médio” (VISBISKI;
WEIRICH NETO, 2004, p.106-7).
Segundo Trindade (2010) no sudoeste do Paraná existem atualmente 17
Casas Familiares Rurais vinculadas a Associação Regional das Casas Familiares
Rurais do Sul do Brasil (ARCAFAR/SUL), as quais são mantidas pelas associações
locais, que congregam pais, lideranças, representantes de instituições públicas e
privadas.
De acordo com a SEED/PR para conhecer melhor a história das Casas
Familiares Rurais implantadas no Brasil, elas tiveram origem na França em 1937,
por iniciativa de um grupo de famílias do meio rural, propondo a adoção de uma
formação profissional aliada à educação humana para seus filhos.
Inerente a essa criação, surgiu uma nova Pedagogia:
A pedagogia da alternância surgiu no Brasil em 1969 pormeio do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (MEPES), o qual fundou as então Escola Família Rural de Alfredo Chaves oferecendo uma formação profissional (TEIXEIRA; BERNARTT; TRINDADE, 2008, p. 229).
A história do surgimento da primeira Casa Familiar Rural vem ao encontro
com a Pedagogia da Alternância, uma alternativa metodológica de formação
profissional agrícola de nível técnico para jovens (TEIXEIRA; BERNARTT;
TRINDADE, 2008).
Em seu histórico é registrada a iniciativa de “um pequeno grupo de
agricultores franceses insatisfeitos com o sistema educacional de seu país, o qual
não atendia, a seu ver, as especificidades de uma Educação para o meio rural”. No
ano de 1935, este grupo de agricultores iniciou um movimento cujos resultados
trouxeram a Pedagogia da Alternância (TEIXEIRA; BERNARTT; TRINDADE, 2008,
p.229).
A Casa Familiar Rural do Município de Coronel Vivida propicia uma
indagação onde: seria ela uma divisora de águas entre a permanência dos jovens no
campo e ou a sua saída para os centros urbanos?
Uma resposta sobre decisões acerca desse divisor é mostrada neste
registro:
Para o jovem Hilton Luan, ter ingressado na Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves foi um divisor de águas em sua vida. ‘Tudo contribuía para que eu fosse um jovem fracassado, não sabia nada de campo, e tinha um relacionamento muito ruim com meu pai. Hoje, já tenho 11 hectares de projetos implantados e recentemente meu pai me convidou para ser parceiro dele em sua propriedade’ (TRIBUTO AO FUTURO, 2014, p.1).
Destacando-se a importância de Casas Familiares Rurais com respeito ao
seu objetivo principal, assim consta na Ata nº 01, de 1993 (CFR), a afirmação de
que: “A casa familiar rural não é uma concorrente de outros colégios agrícolas – é
um contexto da educação dos programas já existentes, mas fará com que o aluno
aprenda as técnicas e manejo da agricultura” (CRF, 1993, p.2).
Sua fundação é datada em 23 de agosto de 1993, onde a sede foi
construída às margens da rodovia PR-562 sentido Coronel Vivida ao município
vizinho de Honório Serpa, sendo a distância com a capital Curitiba de 404
quilômetros (CFR, 1993).
Embora tenha sido fundada em 1993, a Casa Familiar de Coronel Vivida,
passou a funcionar em 1994 em regime de alternância com jovens, onde atende a
1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio.
Estas Casas Familiares Rurais voltadas para o desenvolvimento do campo
dão conta de preparar jovens para enfrentar os atuais desafios do campo,
principalmente o de tornarem iniciativas que melhorem sua condição de vida e evite
o êxodo rural (PUNTEL; PAIVA, RAMOS, 2011).
A Pedagogia usada na Casa Familiar Rural é da Alternância, onde os alunos
permanecem uma semana estudando, e outras duas semanas na propriedade rural
aplicando seus aprendizados com visitas constantes pela Casa (ROLIM, 2013).
As Casas Familiares funcionam adotando o método da alternância. Este método consiste em os jovens passarem: Duas semanas na sua propriedade convivendo com a família e com a comunidade e aplicando na prática os conhecimentos adquiridos e uma semana na Casa Familiar adquirindo novos conhecimentos para a vida profissional e para a sua formação geral. O curso tem a duração mínima de 03 anos. Este método permite que os jovens discutam a realidade com a família e com os monitores. Esta discussão provoca reflexões e novas formas de pensar e agir na propriedade e na comunidade (ARCAFARSUL, 2014, p.1).
Segundo Andrade (2003), o cenário da educação do campo é composto por
variadas e ricas experiências educativas implementadas fora do âmbito
governamental, promovidas por associações civis e movimentos sociais que têm
assumido o papel de combater o processo de exclusão da população rural.
Esta Escola do Campo de Coronel Vivida oferece o curso de técnico em
alimentos, onde abrem-se as portas para alunos da cidade participarem e assim se
profissionalizarem, sendo que mais da metade dos alunos ainda pertencem à área
rural além de desenvolverem projetos de vida nas suas propriedades no final do
curso.
Segundo Puntel, Paiva e Ramos (2011) muitas comunidades rurais não
acessaram as grandes modernizações, seja com respeito à tecnologia de produção
agrícola, como de outras inúmeras tecnologias e serviços quanto a propiciarem
qualidade de vida e integração entre as pessoas.
“Neste cenário a população rural que ingressa na idade ativa, neste caso os
jovens rurais, enfrenta dificuldades para construir seu projeto de vida no campo e
cada vez mais busca melhores condições de vida nos centros urbanos” (PUNTEL;
PAIVA; RAMOS, 2011, p.3).
Conforme indicam as estatísticas (Censo Agropecuário) a agricultura familiar
constitui no Brasil o tipo dominante de unidade de produção no campo e é ainda
mais expressiva nos estados do sul. Os agricultores familiares representam 85,2%
do total de estabelecimentos no Brasil, mas apesar dessa proporção, ocupam
somente 30,5% da área total, dados estes que são questionados pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV).
Informações acerca destes questionamentos são registradas pela Fundação
de Amparo ao Ensino e Pesquisa (FAEP, 2010, p.7):
‘O IBGE fez, a partir dos microdados coletados na base, uma leitura equivocada e tendenciosa do ponto de vista ideológico. Queriam dizer ao Brasil que a agricultura familiar sustenta o País e que a agricultura comercial traz apenas o mal e está voltada para as exportações. Isso não é verdade. Temos, no Brasil, pequenos, médios e grandes produtores que abastecem a mesa do brasileiro e também geram alimentos que são vendidos para outros países’.
Embora seja expressiva a quantidade de propriedades da agricultura
familiar, Testa (1996 apud RENK, 2000) observa também que a atual crise em que
vivem os pequenos produtores camponeses deriva da modernização na agricultura
(que passa a urbanizar o campo).
Além de outros fatores como o esgotamento dos recursos naturais e a
desvalorização da agricultura familiar no cenário do capitalismo contemporâneo
gerando prejuízos aos pequenos produtores rurais, e assim “[...] desestimulando os
jovens a desenvolverem seu projeto de vida no campo, o que compromete a
sustentabilidade geracional” (PUNTEL; PAIVA; RAMOS, 2011, p.7).
Observa-se que o contexto da agricultura familiar e os processos
econômicos contemporâneos veem modificando o rural em um espaço mais
heterogêneo e com mudanças significativas no cenário rural. Ali, “A juventude rural
chama a atenção pela sua faixa demográfica que é afetada de maneira acentuada
pelo rompimento das cercas entre os espaços rurais e urbanos” (PUNTEL; PAIVA;
RAMOS, 2011, p.8).
Esse espaço possui diversas identidades, é neste campo de disputa e de
identidades distintas que se situa o jovem rural com suas buscas, esperanças e
desafios em sua jornada diária. O abismo que existia ente campo e cidade, hoje não
passa de uma frágil linha onde as existentes diferenças não podem mais serem
entendidas como algo atrasado (PUNTEL; PAIVA; RAMOS, 2011).
PLANO DE AULA
Para esta Unidade Didática o enfoque são as aulas a serem ministradas aos
alunos da 3ª série da Casa Familiar Rural de Coronel Vivida, para a aplicação do
Projeto de Implementação Pedagógica.
Inicialmente, elaborei o Plano de Aula, necessário à condução das aulas e
diretriz para as 32 (trinta e duas) aulas que farão parte da Proposta de
Implementação Pedagógica.
1 OBJETIVO
Refletir sobre a viabilidade da Pedagogia da Alternância, usada nas Casas
Familiares Rurais, se esta é capaz de atender aos jovens estudantes a
permanecerem no campo diante da economia.
2 METODOLOGIA
2.1 AULA 1: DURAÇÃO 4 HORAS
A metodologia de ensino define a abordagem teórica, em um primeiro
momento. Para entender a história da Casa Familiar Rural é necessário trabalhar a
realidade das famílias destes jovens, filhos de agricultores, seus caminhos
percorridos na agricultura, entendendo a formação das pequenas propriedades.
Trata-se de uma etapa na qual será estudado o desenvolvimento
da agricultura e, de acordo com o desenvolvimento da conversa, será feita uma
reflexão sobre a pequena propriedade ao longo da história.
Posteriormente será feita uma análise da história dos jovens, e sua
participação no trabalho e sociedade nesse contexto.
Na sequência, serão ministradas aulas sobre a formação das classes
agrárias, para que reflitam sobre a sua posição social.
Para os procedimentos metodológicos de ensino da agricultura serão
utilizados recursos da internet e virtuais, com apresentação e análise de vídeos
sobre o tema desta proposta.
Também serão utilizados mapas de regiões que detêm a agricultura, de
modo que os alunos aprendam a identificar a áreas de plantação, identifiquem as
características geográficas da análise e conheçam a capacidade da área plantada
em relação com a construção das vilas e as suas realidades.
Para esta pesquisa poderá ser utilizado o programa gratuito Google earth,
que pode ser baixado e instalado no computador a partir do endereço eletrônico:
https://earth.google.com/
Conteúdo : a ideia do desenvolvimento rural no Brasil
2.1.1 Fundamentação teórica da Aula 1
Afirmando que o Brasil é um país industrial, urbano e de forte dinâmica rural,
Araújo (2003) destaca a base agropecuária que tem se tornado bem desenvolvida e
competitiva. Essa constatação indica a necessidade em cuidar do desenvolvimento
rural e regional, a fim de evitar crises na atividade rural.
Quanto ao desenvolvimento rural no Brasil, assunto desta Aula 1, sua
compreensão requer a observação e expansão “para a histórica relação existente
entre o campo e a cidade, entre o rural e o urbano, entre o setor primário e os
demais setores da economia” (MIELITZ NETO, 2010, p.10).
É importante entender que um complexo rural está presente no Brasil,
caracterizado como uma unidade de economia autônoma face ao mercado nacional,
tido como a origem da questão agrária no país. Definido por Mielitz Neto (2010,
p.11) como:
Uma unidade de produção complexa em que as atividades produtivas e econômicas predominantes são as primárias, caracterizadas pela baixa produtividade de importar os seus produtos e pela ausência de mercado interno com capacidade de consumir produtos manufaturados.
Em seu histórico o desenvolvimento rural teve sua gênese ainda na década
de 1950 e se estendeu até o final dos anos de 1970, um período caracterizado pela
Guerra Fria, os opostos modelos de sociedade, e o crescimento econômico da
época. Tais condições contribuíram para a materialização de um padrão de
civilização dominante, que revolucionou o modo de vida e os comportamentos
sociais, momento em que:
A possibilidade de desenvolvimento alimentou esperanças e estimulou iniciativas diversas em todas as sociedades. Seria assim apenas inevitável que o desenvolvimento rural, como subtema imediatamente derivado, fosse igualmente um dos grandes motores das políticas governamentais e dos interesses sociais, igualmente inspirando um crescente conjunto de debates teóricos (NAVARRO, 2001, p.83).
Souza e Del Grossi (2013) destacam que na década de 1950 os esforços ao
desenvolvimento agrícola tiveram enfoque na transferência de tecnologia agrícola e
na promoção do modelo norte-americano de extensão agrícola.
Foi uma forma de pensar os agricultores tradicionais em uma versão
moderna, com respostas mais racionais às oportunidades técnicas daquela época, e
realocação eficiente de recursos (SOUZA; DEL GROSSI, 2013).
Isto porque a noção de desenvolvimento rural foi moldada pelo espírito da
época, com conotação modernizante, desde os seus significados e as suas
trajetórias incluindo orientação às ações realizadas em nome do desenvolvimento
rural (NAVARRO, 2001).
Atualmente, o desenvolvimento rural demonstra uma evolução conceitual,
saindo de uma visão economicista reducionista, centrada no crescimento da
produtividade agrícola, diminuição de custos e eficácia gerencial da unidade
produtiva, para uma visão abrangente e desenvolvimentista. Essa visão contempla a
associação entre questões tecnológicas, socioeconômicas, políticas, culturais e
ecológicas (CALZAVARA, 2013).
2.1.2 Avaliação
Para a avaliação do aluno terá como princípio a delegação de autonomia e
de responsabilidade para que apresente a forma como deseja aprender no contexto
da metodologia e dos recursos que lhe serão oferecidos, condicionando a sua
aprendizagem à dedicação, persistência, disciplina de organização e de estudo, e
criação de alternativas para interagir com todos os membros do grupo.
Com esta pretensão, serão oferecidas aos alunos diversas temáticas,
solicitando que formem grupos que, no decorrer das atividades terão os seus
participantes alterados, e convidados a problematizar e pesquisar sobre cada tema
proposto.
Na avaliação, cada grupo de alunos apresenta os resultados que conseguiu
encontrar sobre o tema, sendo registrada essa apresentação mediante alguns
critérios: desenvolvimento, criatividade, harmonia de grupo, interação e
conhecimento. Quando novas temáticas forem sendo apresentadas, também novos
grupos de alunos deverão ser compostos; o objetivo é fomentar o equilíbrio entre
todos os alunos, fazendo que com aceitem o novo e saibam lidar com as diferentes
percepções que cada indivíduo manifesta.
2.1.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam temas da agricultura.
A) Livros
ALMEIDA, Jalcione. Políticas públicas e desenvolvimento rural . Porto Alegre: UFRGS, 2009. BELLINGINI, Ruth. Pequenas histórias de plantar e de colher . Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), 2013. MAZOYER, Marcel. História das agriculturas no mundo : do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. SANTO, Benedito Rosa do Espírito. Os caminhos da agricultura brasileira . São Paulo: Evoluir, 2001. B) Artigos e publicações
BONFIM, Washington Luis de Sousa. Classes agrárias, trabalhadores e democracia. Estudos Sociedade e Agricultura , n.7, p.150-176, dez. 1996. DE MENDONÇA, Sonia Regina. Mundo rural, intelectuais e organização da cultura no Brasil: o caso da Sociedade Nacional de Agricultura. Mundo Agrícola , v.1, n.1, 2000. FELIPE, Rosafa Gavioli. Agricultura, história e desenvolvimento. Diálogos - Revista do Departamento de Historia e do Programa d e Pós-Graduação em História , v. 15, n.2, p. 483-487, maio-agosto, 2011. INVENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA . Esalq. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/svcex/scac/forms/Historia_da_Agricultura.pdf> Acesso em: 22 set. 2014.
INSTITUTO FEDERAL GOIANO. Conceito, histórico e divisões da agricultura . Iporá, GO, 2012. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no B rasil . Rio de Janeiro: IBGE, 2011. VEIGA, José Eli da. A agricultura no mundo moderno: diagnóstico e perspectivas. In: TRIGUEIRO, André (Org.) Meio ambiente no século 21 . São Paulo: Sextante, 2003, p. 198-213.
C) CD e DVD
CD e DVD infantil Proteger a Plantação. (ANDEF, 2013).
D) Páginas web
TUTORIAL CIÊNCIAS 5ª SÉRIE 6º ANO. Painel 17 – Agricultura primitiva e moderna . Disponível em: <http://cie6keditfundamental.jimdo.com/unidade-5-o-solo-e-a-agricultura-1/painel-17-agricultura-primitiva-e-moderna/
2.2 AULA 2: DURAÇÃO 4 HORAS
Para a abordagem teórica a ser realizada na Aula 2: Diversificação da
propriedade: policultura na agricultura familiar, conteúdo dessa aula, privilegiaremos
inicialmente a explicitação visual e imagética, com explanação de uma propriedade
rural que utiliza o sistema de produção de vários produtos.
O objetivo precípuo dessa Aula 2 é informar ao aluno que a agricultura
familiar tem grandes oportunidades de diversificação, alternativas que podem ser
confirmadas por meio de publicações em textos, vídeos, reportagens e em eventos
sobre a agricultura, bem como na prática cotidiana, com a escolha adequada de
novas produções.
Com esse objetivo entende-se que o aluno possa adquirir melhor
conhecimento sobre esse assunto, capacitando-se para a discussão de mudanças
na forma de gestão da propriedade e da produção de alimentos.
Será utilizado o vídeo disponibilizado pelo Mais Comunicação Programa
Agro Mais, Diversificação de Culturas na Agricultura Familiar : visita a
propriedade do produtor Dalmir Nilo da Silva, publicado em 28 de março de 2014,
que pode ser acessado e salvo gratuitamente no endereço eletrônico:
<https://www.youtube.com/watch?v=k7Vdmsnih6Q>.
Após assistirem ao vídeo, os alunos são convidados a pesquisar no
laboratório de informática, em livros e revistas, casos de agricultura familiar nos
quais a diversidade e a policultura foram decisivas tanto à sobrevivência, de início,
quanto ao crescimento da propriedade, posteriormente.
Realizada esta etapa, será solicitado aos alunos que elaborem um pequeno
projeto de diversificação de produção, com base no conhecimento adquirido e
valendo-se das publicações consultadas. Para isto devem seguir esse constructo
(Fig. 1), que possibilita pensar desde a etapa inicial quais são as possibilidades da
propriedade em termos de agricultura familiar diversificada.
Figura 1 - Planejando um futuro para a agricultura familiar diversificada
Elaborando respostas às atividades desse constructo, o aluno deverá
elaborar a estratégia de crescimento com a diversificação que melhor seja
compatível com o mercado consumidor e com os meios de produtos dos quais se
utiliza.
Conteúdo : Diversificação da propriedade, policultura e a participação do
jovem na agricultura familiar.
Atividade 1 Identificar opções
Aumentar o tamanho da área livre para o rebanho
Introduzir maior valor para culturas de rendimento. Por exemplo: analisar o que
rende mais na propriedade e investir
Criar um novo produto ou negócio, ampliar uma lagoa existente e criar um sistema de
pescaria
Melhoria da produtividade existente com gestão técnica eficiente
Atividade 2 Identificação do ambiente
Pontos fortes
Pontos fracos
Atividade 3 Avaliação dos recursos
Terra
Capital
Trabalho
2.2.1 Fundamentação teórica da Aula 2
A manutenção da agricultura familiar no mercado competitivo
contemporâneo requer que sejam criadas formas alternativas de trabalho e
sobrevivência, incluindo a diversificação. Com ela, é possível reduzir os riscos de
que a propriedade rural tenha apenas uma atividade como principal fonte de renda e
manutenção familiar (SILVA, 2010).
De acordo com Simonetti et al. (2011) com a diversificação da produção nas
propriedades rurais da agricultura familiar pode ocorrer aumento da estabilidade da
unidade de produção em relação ao mercado. Outro fator importante neste processo
de diversificação consiste na agregação de valor como uma maneira de melhoria da
renda rural, ainda que seja limitada no acesso aos recursos dos meios de vida.
Trata-se, efetivamente, de um ato coletivo que envolve um processo de
revitalização social, econômica e ambiental. A diversificação, neste contexto,
“constitui uma das opções estratégicas na política do desenvolvimento rural,
especialmente nos territórios rurais mais afetados pelo declínio de determinadas
atividades agrícolas” (SILVA, 2010, p.2).
Para Guanziroli et al. (2001, p.23), na propriedade rural do pequeno
agricultor da agricultura familiar a intensificação no uso da terra faz parte do
planejamento, em duas bases principais: de um lado, comporta o trabalho familiar
disponível; de outro lado, a diversificação do sistema produtivo, sendo este último
compreendido como uma alternativa na busca de segurança.
Battestin (2009) relaciona a importância da agricultura familiar, destacando-a
como uma forma de minimizar a migração do campo para a cidade, e de que uma
unidade produtiva familiar se caracteriza como espaço de trabalho e de vida,
encerrando pelo menos três elementos: terra, trabalho e família, que se combinam
entre si socialmente.
A agricultura familiar, apontada como um modelo de produção combinado
com um estilo de vida, que passa de pai para filhos e de mães para filhas tem ainda
mais:
[...] ela é um modo de viver que congrega a família reunida para as refeições ao final da ‘lida’, do bate-papo ao redor do fogão à linha nas noites mais frias (no centro-sul do país), da celebração conjunta da boa colheita ou comercialização e também no sofrimento pelas dificuldades físicas e financeiras, e das perdas produtivas (BATTESTIN, 2009, p.48).
Salienta Silva (2009), é na rotina familiar na agricultura, nas atividades de
lazer, nas festividades e na socialização, ou seja, em um conjunto de práticas da
família que esta se insere em uma sociedade mais ampla. E, com essa interação
social, são solicitadas as atitudes do indivíduo jovem, que passa a realizar uma
correlação com as especificidades do campo, em um espaço de particularidades que
se articulam com espaços mais amplos, incluindo o regional, nacional e maço, e com
as dinâmicas temporais que o influencia diretamente, nos seus ideais de ruptura ou
de continuidade do mundo rural.
Neste contexto da agricultura familiar, contudo, a problemática entre sair ou
em permanecer no meio rural é assunto de debates, quando se trata da
desvalorização do meio rural por parte de seus jovens implicando, dentre outras
ações, na saída desses jovens para as cidades, como uma constante, em busca de
novas alternativas de trabalho e de realizações profissionais e pessoais. Duas
diferentes condições, mas intrinsecamente associadas, são referidas como fatores
de influência a essa problemática:
Um deles é a tendência imigratória dos jovens, em grande parte justificada por uma visão relativamente negativa da atividade agrícola e dos benefícios que ela propicia e outra refere-se às características ou problemas existentes na transferência dos estabelecimentos agrícolas familiares à nova geração (DALCIN; TROIAN, 2009, p.3).
Diante das dificuldades históricas de sobrevivência, da resistência, e da
importância das pequenas unidades de produção familiar no Brasil, são buscadas
alternativas para manter com qualidade a vida dos agricultores familiares. Uma
dessas alternativas é o turismo rural, que se apresenta como uma das modalidades
turísticas alternativas com possibilidades de se tornar um turismo sustentável
(CANDIOTTO, 2013).
Com esta alternativa do turismo rural na agricultura o governo federal
promove apoio institucional por meio do Programa Nacional de Turismo Rural na
Agricultura Familiar (PNTRAF). No Estado do Paraná, a Lei nº 15.143 de 31 de maio
de 2006 define as atividades turísticas que especifica como atividades de turismo
rural na agricultura familiar, envolvendo atividades agrícolas, pára agrícolas e não
agrícolas (CANDIOTTO, 2013).
Estudo de Perondi e Schneider (2011) investigou 100 famílias rurais do
município de Itapejara D’Oeste, região Sudoeste do Estado do Paraná, no ano de
2005, com o objetivo de analisar a família de agricultores sobre os meios de vida
que são estabelecidos para garantir a reprodução social. Os resultados indicaram
que famílias que diversificam com produtos diferenciados possuem uma renda maior
que as famílias que diversificam apenas com commodities agrícolas; aquelas que
diversificam intersetorialmente, agregam valor e alcançam uma renda total maior que
as demais famílias, com maiores efeitos benéficos.
Com respeito à participação do jovem na agricultura familiar, verifica-se um
maior número de estudos sendo realizados, bem como iniciativas por parte do
Estado e de instituições vinculadas à agricultura.
Dentre as iniciativas que visam a promoção da participação do jovem no
campo, encontra-se o Seminário de Jovens da Agricultura Familiar da Região Sul do
RS, que foi realizado no município de São Lourenço do Sul, em 2011, pelo Sindicato
dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (SINTRAF-SUL), Centro de
Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) e a EMATER (PETER, 2011).
A preocupação com a continuidade da agricultura familiar brasileira em
razão do papel estratégico que desempenha na garantia na produção de alimentos,
dentre outras atividades, é sobre quem irá assumir essas responsabilidades, “[...] se
os jovens, sem oportunidades ou perspectivas, estão abandonando cada vez mais
cedo as propriedades indo em busca de uma ‘vida mais fácil’ nas cidades?” (PETER,
2011, p.1).
O mesmo assunto foi debatido em reuniões pelo Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com o Pronaf Jovem, com relação à
urbanização, o modelo educacional, as promessas e possibilidades de emprego nas
cidades e demais interesses individuais dos jovens, como a busca pela
independência financeira e o contexto da agricultura familiar.
A iniciativa do Pronaf vem por meio das Cooperativas Cresol que “Em
parceira com as casas familiares rurais, fomentam a permanência do jovem no
campo através de financiamentos do Pronaf Jovem” (CRESOL, 2014, p.1).
Lembra-se que os jovens vivenciam uma tensão quando o enfoque é a
permanência no campo e junto com a família, o sentimento de pertencimento ao
local de origem, no qual são cultuados os laços que o prendem à cultura de origem;
e, o desejo de realizar um projeto individual de construir sua vida de modo
independente, com melhoria do padrão de vida (BATTESTIN, 2009).
Relacionado à formação dos jovens do campo, salientam Mello et al. (2003,
p.2), de que:
Até o final dos anos 70, a continuidade da profissão de agricultor revestia-se do caráter de uma obrigação moral e o conhecimento que o jovem adquiria junto à família e à comunidade, era considerado suficiente para gerir o estabelecimento agrícola. Atualmente a agricultura é uma atividade que se transforma mais rapidamente e as novas oportunidades de renda que surgem no meio rural, como é o caso da produção de base agroecológica, dos produtos originados da agroindústria familiar e daqueles que apresentam qualidades artesanais, dentre outros, apontam para a necessidade dos agricultores possuírem um nível educacional mais elevado e terem uma formação profissional contínua.
Prevendo essa necessidade, em nível de Estado, destaca-se o Projeto de
Lei do Estado de São Paulo, de nº 1 de 2013, que institui nas escolas públicas
estaduais o Programa JA - Jovem Agricultor, como parte da grade curricular
(ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013).
Dos procedimentos, o Programa JÁ prevê a realização de aulas práticas e
teóricas, de campo e pesquisa, com o objetivo de desenvolver o espírito
empreendedor e incentivar o surgimento de negócios agrícolas inovadores
(ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013).
Em sua Justificativa o Projeto de Lei afirma que:
A agricultura é um setor antigo cuja mão-de-obra dificilmente se rejuvenesce. Com isso, esse setor tende a ser extinto. Com ideias novas e modernas e contando com o auxílio dos alunos da rede estadual de ensino para uma nova etapa na vida agrícola do Estado de São Paulo, cria-se uma maior renda a população e passa-se ainda a contar com a geração de novos empregos e com um futuro para o jovem que se destacar no ramo da agricultura (SÃO PAULO, 2013, p.2).
De um passado que via o abandono da escola por parte de crianças, jovens
e adolescentes das zonas rurais como uma expressão de não gostar de estudar,
mas que não via as dificuldades de distância e de acesso à escola após um dia de
trabalho e pela inércia do Estado quanto à realidade do campo, hoje vê-se uma nova
perspectiva na formação do estudando do campo.
As facilidades de transporte e a melhoria da infra-estrutura que vem ocorrendo no meio rural, ainda que lentamente, somado à credibilidade, tanto dos pais quanto dos filhos, de que o estudo é necessário para um futuro melhor, seja no rural, seja no urbano, estão melhorando os índices de escolaridade no rural (BATTESTIN, 2009, p.105).
De modo mais amplo, o jovem e as suas habilidades são vistas pela
Organização das Nações Unidas (ONU) como soluções para alguns problemas
enfrentados pelo mundo, em especial quanto à sustentabilidade. A argumentação é
de que “As pessoas mais novas têm capacidade de reivindicação, criatividade
aguçada, espírito crítico na identificação de soluções inovadoras e vontade de
mudança” (ECO D, 2013, p.1).
Acreditando que um jovem pode ter respostas para o futuro, a ONU tem
investido na promoção de eventos e cursos que incentivam a participação dos
jovens, com estratégias planejadas para até o ano de 2021, de capacitação e
estímulo (ECO D, 2014).
Finalizando este subitem entende-se que a diversificação na agricultura
familiar é relevante e que são necessárias políticas públicas que incluam o jovem em
novas propostas alternativas, diferenciando e verticalizando a produção agrícola.
2.2.2 Avaliação
Para a avaliação dessas atividades valemos-nos das indicações das
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História: “A avaliação assume uma
dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a
verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da
prática pedagógica” (PARANÁ, 2008, p.31).
Assim, acreditando que o aluno poderá adquirir melhor conhecimento tendo
como base o vídeo sobre a diversificação na agricultura familiar e, estudando sobre
o assunto em literatura pertinente, a avaliação de sua produção de texto será mais
uma mostra de aprendizagem.
2.2.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam a diversificação da propriedade:
policultura na agricultura familiar.
A) Livros
BUAINAIN, Antônio Márcio; SOUZA FILHO, Hildo Meirelles de (Col.). Agricultura familiar, agroecologia e desenvolviment o sustentável : questões para debate. Brasília: IICA, 2006.
A obra pode ser acessada e baixada gratuitamente pelo endereço eletrônico: <http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Serie-DRS-vol-5-Agricultura-familiar-agroecologica-e-desenvol-sustentavel.pdf>
O professor disponibilizará uma cópia em PDF para cada aluno.
GUANZIROLI, Carlos E. et al. Agricultura familiar e reforma agrária no século XXI . Rio de Janeiro: Garamond, 2001. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=fzCJFVodiN0C&printsec=copyright&hl=pt-BR&source=gbs_pub_info_r#v=onepage&q&f=false
BARBOSA, Davi. Agricultura familiar e o serviço social . Editora Zoé, 2014. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?>
B) Artigos e publicações
SPAGNOLI, Marcos Vinícius et al. Importância da agricultura familiar na organização do espaço agrário em Corumbataí – SP. Anais ... XVI Encontro Nacional dos Geógrafos: crise, práxis e autonomia: espaços de resistência e de esperanças. Porto Alegre, 25 a 31 jul. 2010.
BRASIL. Ministério do Planejamento. Agricultura familiar . Disponível em: <https://i3gov.planejamento.gov.br/textos/livro2/2.2_Agricultura_familiar.pdf>
PEREIRA, Valeria Villa Verde Reveles; BAZOTTI, Angelita. Ruralidade, agricultura familiar e desenvolvimento . Curitiba: IPARDES: Nota Técnica nº 16, 2010. Disponível em: <http://www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs/NT_16_ruralidade _agric_familiar_desenv.pdf>
O professor disponibilizará uma cópia em PDF para cada aluno.
C) CD e DVD
Acompanhe o vídeo produzido no Oeste do Paraná sobre a Agricultura, resultado de uma caminhada por algumas cidades do Oeste do Paraná. Poucos quilômetros separam realidades muito distintas da vida no campo.
A reportagem está disponível na página web da Cresol Seguros, endereço eletrônico: <http://www.cresolseguros.com.br/notindividual.php?id=OTg3#.VFPif_nF _Lw>
O vídeo está disponível para acessar e baixar gratuitamente no endereço eletrônico: <http://www.youtube.com/watch?v=o44hWiA1sSU&spfreload=10>
D) Páginas web
PROJETO TERRA7A. Policultura . Disponível em: <http://projetoterra7a. blogspot.com.br/2010/09/policultura.html> Acesso em: 31 out. 2014. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Governo abre edital de R$ 22,5 mi para projetos de capacitação e extensão voltados à juventude rural. Blog do Planalto , 22 out 2014. Disponível em: <http://blog.planalto.gov.br/assunto/agricultura-familiar/> Acesso em: 31 out. 2014. 2.3 AULA 3: DURAÇÃO 4 HORAS
Esta aula tem como temática a agricultura familiar e o cooperativismo, e o
enfoque de estudo tem a história do cooperativismo como uma opção de juntar
forças para um objetivo comum de produção e vendas e transita para as modernas
cooperativas que têm a agricultura familiar como um de seus objetivos de promoção.
Inicialmente serão ministrados conteúdos didáticos sobre a história do
cooperativismo, desde as iniciativas dos pioneiros de Rochdale, como cooperativas
de consumo; na França, como cooperativas de trabalho; na Dinamarca e Alemanha,
como cooperativas agrícolas; e, em diversas partes da Europa industrial, as
cooperativas de serviço, a exemplo das cooperativas habitacionais e de saúde
(FIGUEIREDO, 2007).
Para esta aula o objetivo é trazer aos alunos a motivações para a formação
de cooperativas, a sua evolução ao longo do tempo, a fim de que se dê a
compreensão das cooperativas contemporâneas da agricultura familiar.
A metodologia para esta aula inclui a leitura de dois textos curtos:
- o primeiro deles é sobre Federação de Cooperativas da Agricultura Familiar
e Economia Solidária do Estado do Paraná, disponível gratuitamente no endereço
eletrônico: <http://www.unicafesparana.org.br/uploads/publicacoes/66/REVISTA_FE
DERA %C3%87%C3%83O_-_Parte_01.pdf>;
- o segundo é um relatório elaborado pelo Banco Central do Brasil do 5º
Seminário sobre microfinanças, realizado em 2006. Ainda que não seja um
documento atual, as informações sobre a história da cooperativa são relevantes.
O arquivo da História e evolução do cooperativismo Brasileiro pode ser
acessado e baixado gratuitamente no endereço eletrônico:
<http://www.bcb.gov.br/pre/SeMicro5/Palestras/08_1_Evandro.pdf>
O professor disponibilizará uma cópia em PDF para cada aluno.
Ainda compondo a metodologia, será exibido um filme sobre cooperativas na
agricultura familiar, produzido pela TV USP Piracicaba, e publicado em 16 de agosto
de 2014, o vídeo sobre Agricultura Familiar 3 - O cooperativismo na agricu ltura
familiar .
O vídeo pode ser acessado e baixado gratuitamente no endereço eletrônico:
<http://www.youtube.com/watch?v=V2oIQBZlzas>
Após esses procedimentos pedagógicos, os alunos lerão a obra produzida
pela (Food and Agriculture Organization of the United Nations) (FAO), Organização
para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas em 2012, sobre a participação
da agricultura familiar na produção de alimentos para o mundo.
Da leitura deste documento, será solicitado aos alunos que se reúnam em
grupos de 4, escolham um dos títulos apresentados, e elaborem uma discussão
sobre ele, com registro de opiniões convergentes e divergentes, que serão lidas ao
final da aula. Com isso, entende-se que o aluno entende o mundo no qual atua e ao
manifestar-se exercita a cidadania e a formação.
Este documento pode ser acessado e baixado gratuitamente pelo endereço
eletrônico: <https://www.fao.org.br/download/WFD2012.pdf>
O professor disponibilizará uma cópia em PDF para cada aluno.
Conteúdo : agricultura familiar e cooperativismo
2.3.1 Fundamentação teórica da Aula 3
Em sua origem, o movimento cooperativista surgiu na cidade de Manchester
(Inglaterra), no bairro de Rochdale, por iniciativa de um grupo de 28 tecelões que,
em 1844, decidiu fundar a primeira cooperativa do mundo. Após se reuniram,
discutirem suas idéias, estabeleceram condutas, definiram seus objetivos, e
traçaram metas pela organização social do grupo (BRASIL, 2012).
Segundo dispõe Ribeiro, Nascimento e Silva (2013, p.79), acerca do
surgimento do cooperativismo:
O cooperativismo é considerado uma prática que surgiu com o intuito de defender os trabalhadores face à precarização das relações de trabalho oriunda do modo de produção capitalista. Portanto, o movimento cooperativista deve ser visto como um movimento social que surgiu com o despertar do sistema capitalista, no final do século XVIII e início do século XIX.
Atualmente, o cooperativismo é compreendido em um “conceito de
correlação entre as definições dos capitais humano, social e empresarial, fatores
fundamentais para a promoção do desenvolvimento local”, confirmando o
associativismo como uma alternativa para a melhoria da qualidade de vida do
agricultor e para o desenvolvimento local (RIBEIRO; NASCIMENTO; SILVA, 2013,
p.79).
No Brasil, de acordo com a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, artigo
4º, o conceito de cooperativa é assim registrado:
Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características [...] (BRASIL, 1971, p.1).
Segundo o artigo 5º desta Lei em epígrafe, as sociedades cooperativas
podem adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade. É
assegurado o direito exclusivo e exigida a obrigação do uso da expressão
cooperativa em sua denominação (BRASIL, 1971).
Em outra definição consta como “uma associação autônoma de no mínimo
vinte pessoas, unidas voluntariamente para atender necessidades econômicas,
sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e de
controle democrático dos associados” (BRASIL, 2012, p.12).
Uma cooperativa tem princípios definidos, que constituem um conjunto de
normas que norteiam a constituição e o funcionamento de cooperativas. São eles:
adesão voluntária e livre; gestão democrática pelos membros; participação
econômica dos sócios; autonomia e independência; interesse pela comunidade;
educação, formação e informação; intercooperação; e, interesse pela comunidade
(BRASIL, 2012).
Koopmans (2006, p.27) salienta que “A criação de uma empresa cooperativa
é, frequentemente, um processo moroso e complicado. A estrutura e a gestão da
organização devem corresponder às capacidades e recursos dos membros”.
Quanto ao cooperativismo na agricultura familiar, Cremonese e
Schallenberger (2005, p.54) salientam as associações cooperativas na região Oeste
do Estado do Paraná:
A pequena propriedade familiar e a organização comunitária representaram os esteios da construção social do oeste do Paraná e engendraram, ao longo da produção social do espaço, a emergência do fenômeno do associativismo. A solidariedade entre os colonos era uma prática do cotidiano, cultuada, sobretudo, para fazer frente aos obstáculos naturais e às deficitárias condições de suprimento dos indivíduos e da coletividade.
De fato, a constituição de uma cooperativa incide de modo direito na
delimitação de um ambiente que forma uma rede marcada pela afinidade entre os
cooperados. Essa conexão entre um cooperado e a agroindústria torna-o um agente
participante do desenvolvimento local. Neste sentido, “O cooperativismo tem muito a
contribuir para o êxito e a criação de polos microrregionais e locais de crescimento
integral, humano e sustentável” (RIBEIRO; NASCIMENTO; SILVA, 2013, p.81).
2.3.2 Avaliação
A avaliação do aluno nesta Aula 2 será dinâmica e em tempo real,
observando-se a participação de cada um na leitura dos textos, ao assistir o filme e,
especialmente, quanto à produção de registros em grupo sobre o texto da FAO
acerca do Dia Mundial da Alimentação.
2.3.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam a agricultura familiar e
cooperativismo.
A) Livros
FIGUEIREDO, Ronise de Magalhães. Sociedades cooperativas. In: BERALDO, Leonardo de Faria (Org.) Direito societário na atualidade : aspectos polêmicos. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.p.427-454. MIELITZ NETO, Carlos Guilherme Adalberto. Políticas públicas e desenvolvimento rural no Brasil . Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010. KOOPMANS, Reitse. AD38P Iniciar uma cooperativa . Agromisa Foundation, 2006. Disponível em: <http://books.google.com.br/books> Acesso em: 01 nov. 2014.
B) Artigos e publicações
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAO). Dia mundial da alimentação : cooperativas agrícolas alimentam o mundo. Out. 2012. Disponível em: <https://www.fao.org.br/download/WFD2012.pdf> UNIÃO DE COOPERATIVAS DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ. Cooperativismo feito com solidariedade e inclusão social . Mar. 2013. Disponível em: <http://www.unicafesparana.org.br/ uploads/publicacoes/66/REVISTA_FEDERA%C3%87%C3%83O_-_Parte_01.pdf> BANCO CENTRAL DO BRASIL. História e evolução do cooperativismo Brasileiro. 5º Seminário de Microfinanças , 2006. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/pre/SeMicro5/Palestras/08_1_Evandro.pdf>
C) CD e DVD
Agricultura Familiar e Cooperativismo em Manoel Via na. Publicado em 25 de julho de 2013. Os agricultores que participam desta organização cooperativa pertencem ao Assentamento Santa Maria do Ibicuí, implantado no Município de Manoel Viana, RS (Região da Campanha Gaucha), no ano de 1999, contando com 226 famílias
assentadas, que buscam no cooperativismo, uma forma de transpor barreiras e obstáculos que a elas se apresentam.
O vídeo pode ser acessado e baixado gratuitamente no endereço eletrônico: <http://www.youtube.com/watch?v=-vJ1_aGKSQ4> TVNBR. Cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil vê m da agricultura familiar . Publicado em 20 de novembro de 2012.
Grande parte das frutas, legumes e carnes consumidos pelos brasileiros vem da agricultura familiar, o que corresponde a cerca de 70 % dos alimentos produzidos no Brasil.
O vídeo pode ser acessado e baixado gratuitamente no endereço eletrônico: <http://www.youtube.com/watch?v=ics_GQ6_a-k>
D) Páginas web
PORTAL BRASIL. Cooperativas se unem para fortalecer agricultura familiar . 30 jan. 2014. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/01/cooperativas-se-unem-para-fortalecer-agricultura-familiar> UNICAFES. Unicafes dialoga com FAO sobre o cooperativismo na Agricultura Familiar . 29 out. 2014. Disponível em: <http://unicafes.org.br/unicafes/unicafes-dialoga-com-fao-sobre-o-cooperativismo-na-agricultura-familiar>
2.4 AULA 4: DURAÇÃO 4 HORAS
Para esta Aula 4 o assunto de ensino e aprendizagem é o meio ambiente
pensando-o em suas mudanças de conceito ao longo do tempo, ou seja, saindo de
uma visão que via o meio ambiente em seus aspectos biológicos e físicos e
passando a uma concepção ampla, para incluir aspectos econômicos e culturais em
sua significância e interações plurais.
Destacando que o Projeto de Intervenção Pedagógica são os jovens e a
agricultura familiar, sua associação com o meio ambiente diz respeito às
particularidades dessa modalidade de produção que busca contornar e aproveitar os
determinantes derivados das condições ambientais (GUANZIROLI et al., 2001).
O objetivo é esclarecer ao aluno o contexto de sua vivência e de todos os
seres vivos, a fim de que assimile a responsabilidade de sua atuação como sujeito
do mundo.
Com este enfoque, planejamos para esta aula sobre o meio ambiente a
importância da reciclagem a apresentação de dois vídeos sobre a agricultura familiar
e a reciclagem, com dois assuntos diferentes.
O primeiro deles é a utilização de material reciclado para o plantio de
estufas. A produção é da Vale 2010, sob o título Agricultura Familiar – Vale 2010 ,
publicado em 09 de agosto de 2012, uma técnica de plantio em estufas plásticas
feitas com material reciclado, feita em Barcarena, no Pará.
O vídeo pode ser acessado e baixado gratuitamente na página do YouTube,
no endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=g5S8eLjLQdk
Para uma segunda abordagem o assunto é a reciclagem de produtos
orgânicos disponíveis na propriedade rural que são utilizados como matéria-prima
para a produção de resíduos orgânicos.
Produzido pela Embrapa, Dia de Campo na TV, o vídeo Reciclagem de
resíduos orgânicos domésticos: parte 1 - Dia de Campo na TV foi publicado em 22 de
julho de 2009 e destaca que a produção de adubo orgânico por meio de resíduos
urbanos como lixo doméstico, estercos animais ou similares, bem como o
aproveitamento de resíduos que incluem recipientes plásticos constituem-se em um
dos aspectos da agricultura que contribui para a melhoria da qualidade de vida das
pessoas.
O vídeo pode ser acessado e baixado gratuitamente na página do YouTube,
no endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=9Tprq5C5Tcc
Conteúdo : o meio ambiente: a reciclagem e aspectos regionais
2.4.1 Fundamentação teórica da Aula 4
No Brasil, o meio ambiente é definido no artigo 3º da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981. É esta mesma Lei, em seus diversos artigos, que busca determinar
a Política Nacional do Meio Ambiente.
Em relação à agricultura familiar, o ano de 2014 foi decretado oficialmente
pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional da
Agricultura Familiar, como iniciativa de reposicionamento do sistema no centro das
políticas agrícola, ambiental e social (BERTÉ, 2014).
Sobre ela, Guanziroli et al. (2001, p.116) salientam quanto à sensibilidade
que possuem os agricultores face às condições do meio ambiente, porquanto dispõe
de poucos recursos que viabilizem a “transformação ‘radical’ do meio ambiente e à
sua adaptação às exigências do mercado”, direcionando-os a uma forma mais
intensa de convivência às restrições associadas ao meio ambiente.
Considerando o meio ambiente e a agricultura familiar, outro elemento é
agregado: a reciclagem. O termo reciclagem foi introduzido no vocabulário
internacional no final da década de 1980 quando ficou evidente que as fontes de
petróleo e demais matérias-primas não renováveis se esgotariam. Reciclar, portanto,
significa “Economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo
produtivo o que é jogado fora” (MARCONDES, 2005, p.201).
Mesmo que o número global de pessoas ocupadas em atividades agrícolas
se reduza gradativamente, é ainda significativo. Os pequenos agricultores atuantes
na agricultura familiar, porém, têm sofrido limitações de diferentes versões e a
necessidade de políticas públicas e de práticas que incentivem esse ramo de
atividade e a geração de postos de trabalho é premente (ALMEIDA, 2009).
Isto porque se pretende chegar a um consenso desejado, que vincula o meio
ambiente e a economia implicando diretamente na economia dos recursos naturais,
definida como “A aplicação de princípios econômicos ao estudo dessas atividades”
(FIELD; FIELD, 2014, p.23).
Programas vêem sendo realizados por Cooperativas de Agricultores; alunos
e professores são conscientizados acerca da importância vital para a agricultura e o
meio ambiente em seus elementos: água, clima, reciclagem reflorestamento,
conservação de matas. São ensinadas técnicas de identificação, mapeamento dos
locais afetados, listagem de soluções para o manejo florestal e para a
implementação da melhoria (ALMEIDA, 2009).
Com base nessa fundamentação, entendemos que a aula sobre o meio
ambiente a reciclagem têm muita importância para a agricultura familiar,
especialmente quanto o público de educandos são jovens agricultores.
2.4.2 Avaliação
Para a avaliação será solicitado aos alunos que desenvolvam,
individualmente ou em dupla, um projeto de reciclagem para a agricultura familiar,
considerando os materiais dos quais disponham em sua propriedade rural e
observando os aspectos regionais na qual essa propriedade se localiza.
A avaliação seguirá critérios para análise dos projetos: ordenação do tema;
metodologia para a execução do projeto; consonância com o objetivo; importância
da reciclagem para o meio ambiente.
O Modelo para a construção desse projeto é apresentado no Apêndice A.
2.4.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam o meio ambiente: a reciclagem e
aspectos regionais.
A) Livros
PELIZZOLI, Marcelo Luiz. Ética e meio ambiente para uma sociedade sustentável . Petrópolis: Vozes, 2013.
FIELD, Barry C.; FIELD, Martha K. Introdução à economia do meio ambiente . 6.ed. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2014.
B) Artigos e publicações
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Boas práticas em educação ambiental na agricultura familiar : exemplos de ações educativas e práticas sustentáveis no campo. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2012. 244p. (Série EducAtiva; v, 1). Disponível em: <http://www.centroflora.com.br/wp-content/ downloads/livro_boas praticas_br.pdf> BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar – PEAAF . Disponível em: <http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/formacao-de-educadores/programa-de-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental-e-agricultura-familiar-peaaf>
C) CD e DVD
DVD Consumo: Qual o Limite? / Ciclus. Este DVD pode ser adquirido via internet, conforme instruções no endereço eletrônico: http://www.nittasvideo.com.br/lojaV/home.asp?secao=5&categoria =11&subcategoria=0&id=2141406652 DVD-DCTV: Reciclagem de resíduos orgânicos domésticos . 2007. Embrapa Informação Tecnológica. Produto com 60 minutos de duração, disponível para aquisição na Embrapa Livaria, conforme endereço eletrônico: <http://vendasliv.sct.embrapa.br/liv4/consultaProduto.do?metodo=detalhar&codigo Produto=00080940>
D) Páginas web
PARANÁ COOPERATIVO. Coonagro : Cooperativas querem estreitar parceria com os portos no setor de fertilizantes. Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3114, 14 jun. 2013. Disponível em: <http://www.paranacooperativo.coop.br /ppc/index.php/sistema-ocepar/comunicacao/2011-12-07-11-06-29/informe-parana-cooperativo-arquivo/archive/view/listid-3-informe-parana-cooperativo-arquivo/mailid-857-informe-parana-cooperativo-online-edicao-n-issuenb/tmpl-component>
PROJETO SALA VERDE. Casa familiar rural inaugura sala verde . 28 ago 2007. Disponível em: <http://salasverdes.blogspot.com.br/2007/09/casa-familiar-rural-inaugura-sala-verde.html>
2.5 AULA 5: DURAÇÃO 4 HORAS
Para esta Aula 5 o assunto de dissertação consiste no Código Florestal, o
anterior e o atual, e os aspectos do Cadastramento Ambiental Rural (C.A.R.).
Nesta aula será apresentada ao aluno a Lei nº 4.771 de 15 de setembro de
1965 (BRASIL, 1965). A definição de pequena propriedade rural ou propriedade
familiar, que constava no artigo 1º, § 2º, I, e, na Lei nº 12.651, de 25 de maio de
2012 foi vetado, com nova redação no artigo 3º, V, desse instrumento legal (BRASIL,
2012).
Em seguida, será analisado o Cadastramento Ambiental Rural, constante no
Artigo 29 da Lei nº 12.651/2-12, como uma das mudanças trazidas no novo Código
Florestal para o agricultor familiar.
Também será realizada uma pesquisa no laboratório de informática, de
modo a identificar os aspectos do CAR e de imagens de satélites que indicam a
características de uma propriedade rural com o CAR.
Para obtenção de informações sobre o Cadastramento Ambiental Rural pode
ser lida a reportagem publicada no Portal de Ponta Grossa: 90% das propriedades
não estão no cadastro rural , em 16 de setembro de 2014.
A página web pode ser acessada no endereço eletrônico:
<http://www.pontagrossa.com.br/96536/noticias-de-ponta-grossa-pr/90-das-
propriedades-nao-estao-cadastro-rural/>
Conteúdo : Código Florestal: Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965; Novo
Código Florestal: Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012; Cadastramento Ambiental
Rural.
2.5.1 Fundamentação teórica da Aula 5
Segundo Araújo e Valle (2013), a relação entre a política agrícola e a
ambiental no Brasil sempre foi marcada por antagonismos e incoerências, incluindo
o enfoque nos aspectos econômicos e técnicos da produção agropecuária, de um
lado, e as tentativas de limitação, de outro lado.
Ao longo do tempo a redução no desmatamento é assim explicada:
A diminuição no desmatamento se deveu, sobretudo, à criação de uma grande quantidade de áreas protegidas, que inibiu a grilagem de terras públicas, e a um aumento de eficiência na fiscalização e punição de desmatamentos feitos em desrespeito à lei florestal no interior de imóveis particulares. São medidas importantes, e que, inclusive, deram resultado. Mas são todas voltadas ao aumento do controle e à punição de condutas ilegais. Nenhuma das medidas de sucesso teve como escopo induzir condutas desejáveis, como a geração de empregos a partir de uma economia florestal, a produção de conhecimento que valorizasse nossos ativos florestais (ARAÚJO; VALLE, 2013, p.5).
Avanços nas políticas ambientais brasileiras têm sido realizados mediante
criação de instrumentos voltados à participação, informação e justiça nas questões
ambientais:
A existência de conselhos de meio ambiente, a aprovação da lei de acesso à informação e a criação de promotorias especializadas são alguns dos exemplos de avanços legais, políticos e institucionais, que buscam a efetivação da democracia ambiental (MORGADO, 2014, p.1).
Também as leis ambientais são promulgadas com a finalidade de combinar
os interesses e os direitos comuns de todos, da sociedade e dos proprietários, tendo
à frente o Código Florestal, que regula o uso das florestas e demais tipos de
vegetação nativa. No Brasil, é vigente a Lei Florestal de 2012, a terceira lei com o
objetivo de preservar o meio ambiente: o primeiro Código Florestal Brasileiro é do
ano de 1934, seguido pela Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 (RESENDE,
2013).
“Em todas essas leis, as florestas são definidas como bens de interesse
comum de todo o país. Ou seja, o direito de propriedade sofre limitações mesmo que
estejam em locais particulares” (RESENDE, 2013, p.12).
Mesmo assim, verifica-se a frequência de processos decisórios acerca de
projetos, políticas e obras de infraestrutura sem transparência e participação da
sociedade e sem o apoio do acesso à justiça, bem como o cumprimento da
legislação ambiental (MORGADO, 2014).
Neste contexto, algumas propostas ambientais legais podem ter maior
incidência para a preservação ambiental, a exemplo das determinações do Novo
Código Florestal quanto ao “Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta de
monitoramento remoto da situação de regularidade ambiental dos imóveis rurais”
(ARAÚJO; VALLE, 2013, p.7).
Sua implementação permitirá um diagnóstico mais preciso do tamanho do
passivo ambiental em imóveis rurais de todos os tamanhos e diferenciar, em escala,
os produtores que conservam a área se preservação permanente.
2.5.2 Avaliação
Para a avaliação dessa Aula 5, será aplicado um teste de conhecimento
sobre os assuntos relacionados nos conteúdos.
As respostas obtidas serão analisadas e receberão nota quantitativa de
conhecimento.
2.5.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam o Código Florestal: Lei nº 4.771 de 15
de setembro de 1965; o Novo Código Florestal: Lei nº 12.651, de 25 de maio de
2012; e o Cadastramento Ambiental Rural.
A) Livros
MAZOYER, Marcel. História das agriculturas no mundo : do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. Esta obra se encontra disponível para acessar e salvar gratuitamente no endereço eletrônico: <http://www.ufrgs.br/pgdr/arquivos/790.pdf> REIFSCHNEIDER, Francisco José Becker. Novos ângulos da história da agricultura no Brasil . Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. 112p. B) Artigos e publicações BRASIL. Presidência da República. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 . Brasília, DF, 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166- 67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 . Brasília, DF, 1965. Institui o novo Código Florestal.
C) CD e DVD
Novo Código Florestal . Vídeo publicado por Vídeo Sicone Brasil em 13 de março de 2012. Pode ser acessado gratuitamente pelo endereço eletrônico: <https://www.youtube.com/watch?v=79nJpm4BK8Q>
D) Páginas web
SANTIAGO, Emerson. Novo código florestal. In: InfoEscola , 2014. Disponível em: <http://www.infoescola.com/direito/novo-codigo-florestal/> MENEGUETTE, Ágide. Informações sobre o CAR. In: Sistema Faep , jul. 2014. Disponível em: <http://codigoflorestal.sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/ 2014/07/CADASTRO-AMBIENTAL-RURAL..pdf> BLOGSRURAL.BR. Agricultores desconhecem norma do Banco Central que beneficia inscritos no CAR , 29 de janeiro de 2014. Disponível em: <http://blogs.ruralbr.com.br/entendaocodigoflorestal/tag/car/>
2.6 AULA 6: DURAÇÃO 4 HORAS
A Aula 6 tem como assuntos a agroecologia e desenvolvimento sustentável,
sobre o quais é possível dissertar a definição.
A agroecologia é “Uma ciência que resgata o conhecimento agrícola
tradicional desprezado pela agricultura moderna, e procura fazer sua sistematização
e validação de forma que este possa ser (re)aplicado em novas bases (científicas)”
(ASSIS; ROMEIRO, 2005, p.156-7).
Referente ao conceito de desenvolvimento sustentável foi firmado na
Agenda 21, um documento desenvolvido na Conferência Rio 92, e incorporado em
demais agendas mundiais de desenvolvimento e de direitos humanos.
Consagrado no relatório O Nosso Futuro Comum, publicado em 1987 pela
World Commission on Environment and Development, o Relatório Brundtland (1987),
como ficou a ser conhecido o documento, definiu desenvolvimento sustentável
como: "[...] desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem
comprometer a capacidade das gerações vindouras satisfazerem as suas próprias
necessidades". Sobre esses assuntos esta aula objetiva fazer o aluno conhecer os
instrumentos legais nacionais e internacionais adotados pelo Brasil para a produção
sustentável.
Aos alunos, serão disponibilizados materiais didáticos que tragam a história
sobre a origem do desenvolvimento sustentável, com as suas primeiras iniciativas, a
fim de que possam compreender as necessidades pelas quais a agricultura familiar
tende a produção agroecológica como uma alternativa de sobrevivência de todos.
Na explanação, o professor promoverá um debate sobre os dois assuntos,
especificamente quanto a forma como se coadunam e se associam na agricultura
familiar.
Em seguida, solicitará aos alunos que produzam um texto reflexivo sobre as
determinações ditadas pela Agenda 21 e em consonância com o disposto no
Relatório Brundtland, e os avanços dessa modalidade de produção agrícola na
atualidade.
Conteúdo : agroecologia e desenvolvimento sustentável
2.6.1 Fundamentação teórica da Aula 6
Tendo como base para esta fundamentação o conceito de agroecologia
citado na apresentação da Aula 6, destaca-se que a sua compreensão como:
Uma ciência que busca o entendimento do funcionamento de agroecossistemas complexos, bem como das diferentes interações presentes nestes, tendo como princípio a conservação e a ampliação da biodiversidade dos sistemas agrícolas como base para produzir auto-regulação e, consequentemente, sustentabilidade (ASSIS, 2006, p.77).
Em sua ação, a agroecologia oferece alternativas que possam minimizar a
artificialização do ambiente natural pela agricultura. Nessas alternativas estão
presentes princípios e metodologias que buscam estudar, analisar, dirigir, desenhar
e avaliar agroecossistemas. Para a execução de suas propostas, a agroecologia
“Utiliza-se de um enfoque científico, que tem suas próprias ferramentas, teorias e
hipóteses, o que lhe permite trabalhar no âmbito dos agroecossistemas e no
desenvolvimento de sistemas agrícolas complexos e diversificados” (ASSIS, 2006,
p.77).
Em sua proposta a agroecologia busca “que os processos de transição da
agricultura convencional para a agricultura ecológica, na unidade de produção
agrícola, se desenvolvam nesse contexto sociocultural e político”. O ideal é que
esses processos elaborem propostas coletivas de transformação das relações de
dependência presentes no contexto das políticas públicas de desenvolvimento da
agricultura e da agropecuária (GUZMÁN, 2005, p.104).
Na proposta da agroecologia, até mesmo em razão de sua natureza
ecológica, está a intenção de evitar a deterioração dos recursos naturais e de
introduzir-se nos processos de circulação, mediante a transformação dos
mecanismos de exploração social: “A agroecologia aparece assim como
desenvolvimento sustentável, ou seja, a utilização de experiências produtivas em
agricultura ecológica na elaboração de propostas para ações sociais coletivas
(GUZMÁN, 2005, p.104).
Intrinsecamente vinculado à agroecologia se encontra o desenvolvimento
sustentável, disposto em seu conceito no Relatório Brundtland (1987), já
apresentado nesta Aula 6, e que entende a pobreza da seguinte forma:
O relatório Brundland considera que a pobreza generalizada não é mais inevitável e que o desenvolvimento de uma cidade deve privilegiar o atendimento das necessidades básicas de todos e oferecer oportunidades de melhora de qualidade de vida para a população. Um dos principais conceitos debatidos pelo relatório foi o de ‘equidade’ como condição para que haja a participação efetiva da sociedade na tomada de decisões, através de processos democráticos, para o desenvolvimento urbano (BARBOSA, 2008, p.2).
Assim, conforme dispuseram Caporal e Costabeber (2000), há um novo
marco teórico para uma nova extensão rural cuja orientação será dada pela busca
contínua de estratégias direcionadas ao impulso de padrões sociculturais desejados,
apoiados na evolução histórica dos grupos sociais em sua co-evolução com o
ecossistema no qual se insere. Trata-se da construção de contextos de
sustentabilidade e de resistência etnoecológica que se coaduna com a realidade do
campo.
2.6.2 Avaliação
Os alunos serão avaliados em tempo contínuo, pela observação quanto à
participação em cada etapa do estudo dos conteúdos, bem como com a análise da
produção de texto que executarem.
2.6.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam a agroecologia e o desenvolvimento
sustentável.
A) Livros
MENASCHE, Renata (Org.). A agricultura familiar à mesa : saberes e práticas da alimentação no Vale do Taquari. Porto Alegre: UFRGS, 2007. Esta obra se encontra disponível para acessar e baixar gratuitamente no endereço eletrônico: <http://www.ufrgs.br/pgdr/gepac/arquivos/livros/agricultura %20familiar%20a% 20mesal.pdf> Sustentabilidade e agricultura familiar . Obra publicada em 2011, é o resultado uma reunião realizada em Brasília, entre os dias 23 e 24 de Setembro de 2009, para o lançamento da Rede Centro-Oeste de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar (RECAF). Pode ser adquirido conforme informações constantes no endereço eletrônico: <http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3255>
B) Artigos e publicações
KESSELER, Nilmar Sandro et al. Práticas sustentáveis nas pequenas propriedades de agricultura familiar: um estudo de caso. Revista do Centro de Ciências Naturais e Exatas - UFSM, Santa Maria ; Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – REGET , v. 17n. 17, p. 3367-3375, Dez 2013. CARMO, Maristela Simões do. Agroecologia: novos caminhos para a agricultura familiar. Revista Tecnologia & Inovação Agropecuária , p.28-40, dez. 2008. MAGNO, Lucas; DOULA, Sheila Maria; PINTO, Neide Maria de Almeida. “Todo mundo conhece a gente agora”: cultura e identidade de jovens rurais em Minas Gerais (Brasil). Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud , v.9, n.1, p. 305-319, 2011. PAIS - PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA INTEGRADA E SUSTENTÁVEL. Mais alimento, trabalho e renda no campo : saiba como produzir alimentos saudáveis e preservar o meio ambiente. Cartilha Passo-a-Passo, 3. ed. Brasília: Fundação Banco do Brasil, 2009.
C) CD e DVD
REZENDE, C. L.; FARINA, E. M. M. Q. Assimetria informacional no mercado de alimentos orgânicos. In: II Seminário Brasileiro da Nova Economia Institucional , 2. 2001. Campinas, 2001. CD-Room. Disponível em: <http://www.fundacaofia.com.br/pensa/anexos/biblioteca/14320071595_.pdf>.
FIOCRUZ. A saúde está entre nós . DVD. Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz. [email protected] BRASIL. Ministério da Educação. Guardiões da biosfera . (Parte I). Categoria Educação Ambiental. Vídeo. Pode ser acessado e baixado gratuitamente
no endereço eletrônico da página Domínio Público: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=39026
D) Páginas web
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Governo Federal investe em Assistência Técnica para promoção da agroecologi a e do desenvolvimento rural sustentável . 2014. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/ governo-federal-investe-em-assist%C3%AAncia-t%C3%A9cnica-para-promo%C3% A7%C3%A3o-da-agroecologia-e-do> BRASIL. Portal Brasil. Editais fomentam agroecologia com foco na agricultura familiar . 7 out. 2014. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/ infraestrutura/2014/10/editais-fomentam-agroecologia-com-foco-na-agricultura-familiar>
2.7 AULA 7: DURAÇÃO 4 HORAS
Para esta Aula 7 o enfoque é o jovem, caracterizado no próprio aluno que
vivencia as aulas e o trabalho na agricultura familiar.
O objetivo desta Aula 7 é apresentar cenários nos quais o jovem da
agricultura familiar atua, possibilidades e oportunidades, responsabilidades e
direitos.
Inicialmente, apresentaremos um vídeo produzido pelo Canal Futura,
denominado Agricultura familiar e a fome - Helder Mutéia - En trevista - Canal Futura ,
publicado em 30 de abril de 2013.
O vídeo está disponível para acessar e salvar gratuitamente no endereço
eletrônico: <https://www.youtube.com/watch?v=8S2kZ9L04Kw>
Após essa sessão, serão ministrados conteúdos sobre a história da
agricultura, com noções sobre as sucessões familiares nas pequenas propriedades
e a fixação dos membros da família no campo.
A fonte didática é o livro História : vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.
Com base nos dados apresentados, solicitaremos aos alunos que elaborem
uma discussão grupal sobre a sua opinião acerca da permanência e do exercício da
atividade agrícola no campo, relacionando vantagens e desvantagens segundo a
percepção de cada um, e formando um conjunto com esses.
Ao término da discussão, esses conjuntos serão apresentados a todos os
alunos, admitindo-se concordâncias e discordâncias sobre as percepções. Com
essa metodologia, acreditamos oportunizar ao aluno a possibilidade do exercício da
cidadania, do posicionamento no mundo no qual atua e na aquisição de autonomia e
domínio de si.
Sobre o conteúdo didático será aplicado um teste de conhecimento, com
avaliação quantitativa de respostas certas.
Conteúdo : o papel do jovem na agricultura familiar
2.7.1 Fundamentação teórica da Aula 7
A temática sobre o jovem tem sido discutida nas ciências sociais a partir do
final do século XX, especialmente quando se refere ao contexto urbano:
No Brasil, especificamente, esse campo temático se tornou mais evidente a partir dos anos 90, quando inúmeras organizações da sociedade civil como ONGs, movimentos sociais e igrejas aproximaram-se do universo juvenil, buscando compreendê-lo e interagir com ele, ao mesmo tempo em que os governos colocaram em suas agendas a necessidade de formular políticas destinadas a atender as demandas específicas desta população (MAGNO, DOULA; PINTO, 2011, p.307).
Referente ao jovem do meio rural, Silva (2011) afirma que o campo está se
esvaziando, principalmente da presença de jovens, fato que implica diretamente no
declínio das atividades, com envelhecimento da população rural e propensão a tem
dificuldades em assumir as tarefas pesadas do campo.
Silva e Jesus (2011) referem quatro hipóteses que indicam a falta de
interesse dos jovens em permanecer no campo; são elas, a segurança alimentar, a
saúde, a educação e o lazer.
Considerando como um grande desafio a formação de uma nova geração de
agricultores, Silva e Jesus (2011, p.2) salientam a necessidade de “um esforço
permanente e articulado entre os diversos agentes e instituições que atuam nesse
meio”.
Neste sentido, sugerem a associação das políticas agrícolas, fundiárias e de
habitação com outras direcionadas à recuperação e melhoria do nível educacional e
da formação profissional dos futuros agricultores, especialmente os jovens.
Importante observar que, sendo as políticas públicas voltadas à agricultura,
o governo federal concentra os programas no Ministério do Desenvolvimento
Agrário, subsidiando a produção agrícola de base familiar, e não especificamente
para o jovem do meio rural: “Além disso, a juventude rural brasileira é
constantemente associada ao problema da migração do campo para a cidade”
(MAGNO; DOULA; PINTO, 2011, p.307).
Confirmam Silva e Jesus (2011, p.3) que:
Percebe-se que a juventude rural, não tem recebido a atenção merecida. [...]. As políticas públicas direcionadas ao campo, parecem não atender os anseios e necessidades desses jovens, contribuindo para a inviabilidade de sua permanência no meio rural.
Com o programa Pronaf Jovem, do Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES), o incentivo financeiro está sendo concedido aos agricultores de 16 a 29
anos, que apresentem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa, e atendam a
uma ou mais das seguintes condições:
Tenham concluído ou estejam cursando o último ano em centros familiares rurais de formação por alternância, que atendam à legislação em vigor para instituições de ensino; tenham concluído ou estejam cursando o último ano em escolas técnicas agrícolas de nível médio ou, ainda, há mais de um ano, curso de ciências agrárias ou veterinária em instituição de ensino superior, que atendam à legislação em vigor para instituições de ensino; tenham participado de curso ou estágio de formação profissional que preencham os requisitos definidos pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); tenham orientação e acompanhamento de empresa de assistência técnica e extensão rural reconhecida pela SAF/MDA e pela instituição financeira; e tenham participado de cursos de formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) ou do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). (BRASIL, 2014, p.1).
Trata-se de inovações que irão contribuir de forma direta para o
desenvolvimento da agricultura familiar, em razão de que o agricultor mais jovem
poderá acessar os financiamentos e um maior número de operações poderá ser
efetuado pelo mesmo jovem (BRASIL, 2014).
Assim, sendo conferidas ao jovem agricultor as possibilidades para que
permaneça no campo, por certo seu papel será o de continuar o legado de sua
família na produção de alimentos, contribuindo para o seu próprio crescimento como
gestor da propriedade rural e aberto às inovações disponíveis para a produção
agrícola.
2.7.2 Avaliação
Pensamos em uma avaliação que tenha conotação dinâmica e sistemática;
assim, ao aluno é concedida a oportunidade de reflexão sobre o seu aprendizado,
no sentido de procurar melhorar o seu desempenho, de interagir com os materiais e
as informações, tendo no professor um mediador do conhecimento que o auxilia em
todos os momentos.
2.7.3 Referencial
Nesta seção são relacionadas algumas obras que comporão o ensino
teórico, além dos livros didáticos que abordam o papel do jovem na agricultura
familiar.
A) Livros
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO Estudos Sociedade e Agricultura , v.1, n. 2, julho de 2004. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 2004. CARNEIRO, Maria José; CASTRO, Elisa Guaraná de. Juventude rural em perspectiva . Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.
B) Artigos e publicações
SILVA, José Ribeiro da; JESUS, Paulo de. Juventude rural e agricultura familiar: os determinantes dos processos migratórios e os desafios para a preservação da agricultura familiar. VIII Congresso Latinoamericano de Sociologia Rural , Porto de Galinhas, 2010. DALCIN, Dionéia; TROIAN, Alessandra. Jovem no meio rural a dicotomia entre sair e permanecer: um estudo de caso. I Seminário Nacional Sociologia & Política UFPR , 2009. WEISHEIMER, Nilson. Juventudes rurais : mapa de estudos recentes. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2005. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/md000008.pdf>
C) CD e DVD
BRASIL. Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento. CDs da série Brasil Visto do Espaço . Disponível para aquisição conforme instruções no endereço eletrônico da Livraria Virtual da Embrapa: <http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/obtercd.htm>
D) Páginas web
MUNDO JOVEM. Agricultura familiar, é possível ser feliz no campo . Edição 348, jul. 2004. Disponível em: <http://www.mundojovem.com.br/entrevistas/ edicao-348-entrevista-agricultura-familiar-e-possivel-ser-feliz-no-campo AS-PTA. Encontros Municipais no Território da Borborema dis cutem o papel da Juventude na Agricultura familiar . 18 de setembro de 2014. Disponível em: <http://aspta.org.br/2014/09/encontros-municipais-no-territorio-da-borborema-discutem-o-papel-da-juventude-na-agricultura-familiar/>
REDE JOVEM RURAL. Agricultura familiar ganha incentivo de R$ 15 milhões do BNDES . 27 de janeiro de 2014. Disponível em: <http://www.jovemrural.com.br/index.php/agricultura-familiar-ganha-incentivo-de-r-15-milhoes-do-bndes/#sthash.dPsBzvQ2.dpuf>
2.8 AULA 8: DURAÇÃO 4 HORAS
Para esta Aula 8 o assunto de dissertação tem referência com sentimentos,
sensações e descobertas, que concorrem no meio agrícola com os jovens rurais.
O objetivo da Aula 8 é fazer com que o aluno compreenda as dimensões da
violência e as dificuldades que os jovens da contemporaneidade estão vivenciando
em seu cotidiano, para que assumam como valores a ética, a moral, respeitando a
dignidade da pessoa humana e a liberdade individual.
Será utilizado como recurso pedagógico inicial uma produção de Michele
Pacheco e Robson Rocha Juiz de Fora, denominado de A violência entre jovens -
Série jovens na contramão , publicado em 31 de novembro de 2011.
O vídeo pode ser acessado e salvo gratuitamente no endereço eletrônico:
<http://www.youtube.com/watch?v=w_joVMKQLNM>
Em seguida, será analisado o Mapa da Violência 2014, na obra Os jovens
do Brasil , produzido por Julio Jacobo Waiselfisz e publicado com o apoio da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria Nacional de Juventude e
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal.
Tendo como parâmetro de análise esses dois documentos, visual e de texto,
os alunos deverão realizar uma produção reflexiva sobre condições reais e
condições ideais do jovem no campo.
Essa produção pode ser em formato de vídeo, individual ou em grupo, em
forma de texto, banner, cartolina ou em outros materiais, com destaque para a
temática sobre a violência sobre os jovens. As produções serão colocadas em
exposição na sala de aula, abrindo-a para demais turmas de alunos que serão
convidados a conhecê-la.
Conteúdo : enigmas do medo, juventude, afetos e violência
2.8.1 Fundamentação teórica da Aula 8
Abordar o assunto que envolve o jovem, enigmas, medo e violência,
entende-se a posição de Diógenes (2011), acerca das discussões nacionais e
internacionais que envolvem a violência, em ampla dimensão e crescendo, exigindo
políticas públicas que renovem a segurança pública e permitam a melhora nas
relações sociais.
Resultados de pesquisa realizada sobre violência contra a mulher mostram
que “[...] apenas 8% das mulheres entrevistadas em todo país se sentem
respeitadas”. Das 92% de mulheres que responderam a pesquisa, cerca de 42%
delas apontou o desrespeito público e privado contra as mulheres como forma de
violência mais incidente (STADTLER., 2008, p.2).
Segundo Taquette et al. (2007, p.15) ainda sobre a violência contra a
mulher:
A violência perpetrada contra a mulher na sociedade brasileira é de alta incidência e as adolescentes/jovens são mais frequentemente vitimadas do que as mulheres mais velhas pois, ao fato de serem mulheres soma-se abaixa idade, o que representa um fator de vulnerabilidade.
Iulianelli (2005, p.141) abordando o caso de violência contra crianças,
adolescentes e jovens do meio rural, acrescenta que se trata de uma questão
subdimensionada. “A violência sofrida pelas crianças e adolescentes nas áreas
rurais do Brasil é a mesma que nas áreas urbanas. Não temos uma violência social
e criminal rural e outra urbana, mas, sim, expressões rurais e urbanas da violência”.
Dos registros sobre a violência e o seu aumento gradativo Diógenes (2011)
indica a década de 1990 na qual a violência estava associada a fenômenos sociais,
abordada em nível de análises de conjuntura. As reflexões sociológicas tinham como
elementos de motivação a pobreza e violência, poder e violência, segurança e
violência, drogas e violência, dentre outras.
Contemporaneamente, contudo, Waiselfisz (2014) mostra que a evolução da
violência contra os jovens no Brasil é contínua, sendo os homicídios a principal
causa de morte de jovens de 15 a 29 anos. Dados do SIM/Datasus do Ministério da
Saúde mostram 56.337 mortos por homicídios, em 2012:
Os homicídios de jovens representam uma questão nacional de saúde pública, além de grave violação aos direitos humanos, refletindo-se no sofrimento silencioso e insuperável de milhares de mães, pais, irmãos e comunidades. A violência impede que parte significativa dos jovens
brasileiros usufrua dos avanços sociais e econômicos alcançados na última década, e revela um inesgotável potencial de talentos perdidos para o desenvolvimento do país (WAISELFISZ, 2014).
Em outra forma de violência aos jovens do meio rural Iulianelli (2005) aponta
a deficiência no atendimento aos direitos básicos: saúde, educação e moradia de
crianças e jovens nas zonas rurais.
2.8.2 Avaliação
Considerando que a proposta de uma educação contemporânea privilegie a
condução de um aprendizado no qual o professor seja o mediador e o aluno o
próprio agente investigador e questionador, entendemos que a avaliação deve
seguir por este mesmo percurso e que avaliar o aluno como um todo implica em
analisar todo o seu processo de crescimento.
Nesta Aula 8, em específico, em razão da abordagem a uma temática de
impacto e muito real no ambiente nacional, a avaliação da aprendizagem do aluno
será na produção reflexiva que realizar sobre o que aprendeu na sala de aula.
Compreendemos que a forma de expressão que praticar será a resposta de sua
percepção sobre o conteúdo aplicado.
2.8.3 Referencial
A) Livros
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência : os jovens do Brasil. Brasília: Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria Nacional de Juventude e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal, 2014. SEGAL, Robert. Violência escolar : perspectivas contemporâneas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2014. CANUTO, Antonio; LUZ, Cássia Regina da Silva (Coords.) Conflitos no campo . Brasil: CTP Nacional, 2002. TAQUETTE, Stella et al. Mulher adolescente/jovem em situação de violência : propostas de intervenção para o setor saúde módulo de auto-aprendizagem. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2007. Disponível na página do Domínio Público no endereço eletrônico: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/br000020.pdf>
B) Artigos e publicações
STADTLER, Hulda. Relações sociais de gênero e violência no campo e na agricultura familiar. Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder , Florianópolis, de 25 a 28 ago 2008. Disponível em: <http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST3/ Hulda_Stadtler_03.pdf> IULIANELLI, Jorge Atílio. Crianças e jovens : as principais vítimas. Unicef Brasil, Cap. 7, 2005. Disponível em: <http://www.unicef.org/brazil/pt/Cap_07.pdf>
C) CD e DVD
Padre Marcelo Rossi. Paz sim, violência não . Vol.1 – DVD. Pode ser adquirido conforme instruções no endereço eletrônico: <http://www.saraiva.com.br/paz-sim-violencia-nao-vol1-dvd-2593325.html>
D) Páginas web
NOVAES, Regina. Mal-estar, medo e mortes entre jovens das favelas e periferias. In: Observatório da Juventude , 28 de outubro de 2014. Disponível em: <http://observatoriodajuventude.ufmg.br/mal-estar-medo-e-mortes-entre-jovens-das-favelas-e-periferias-por-regina-novaes/> PORTAL FORUM. Violência no campo: “ A maioria dos crimes segue impune”, diz ativista do Mato Grosso. 21 ago 2014. Disponível em: <http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/08/a-maioria-dos-crimes-seguem-impunes-diz-ativista-mato-grosso/> BIGHETTI, Henrique. Furtos em propriedades preocupam produtores no Triângulo Mineiro: principais alvos dos bandidos são os equipamentos de irrigação. In: RuralBrAgricultura , 22 out. 2014. Disponível em: <http://agricultura.ruralbr. com.br/noticia/2014/10/furtos-em-propriedades-preocupam-produtores-no-triangulo-mineiro-4626430.html>
2.9 AULA 9: DURAÇÃO 4 HORAS
A base desta Aula 9 consiste em materiais específicos sobre as Casas
Familiares Rurais, em seu histórico.
Tratando-se do surgimento das casas familiares no sudoeste do Paraná,
será exibido o vídeo Instituto Prosdócimo Guerra entrega certificados na Casa
Familiar Rural de Pato Branco produzido pela Tevê Itapuã, publicado 22 de
dezembro de 2009.
O vídeo está disponível para acessar e salvar gratuitamente no endereço
eletrônico: <https://www.youtube.com/watch?v=rd2e9mW9X4Y>
Esta Aula 9 tem como objetivo trazer aos alunos o conhecimento sobre
essas instituições e informações sobre o desenvolvimento, conquistas, projetos,
parcerias e resultados que têm marcado os avanços das Casas Familiares Rurais da
região Sudoeste do Paraná. Ao trazer informações aos alunos sobre a instituição,
que eles possam atribuir considerações e pontuações sobre os benefícios e as
dificuldades que encontram.
Após a apropriação das informações trazidas pelos conteúdos os alunos
serão convidados a percorrer as dependências da Casa Familiar Rural, a fim de
identificar as ofertas de cursos de formação e técnicos.
Como complemento da aprendizagem será solicitado ao aluno que elabore
uma relação de cursos os quais gostaria que fossem oferecidos pela instituição.
Conteúdo : o surgimento das casas familiares no sudoeste do Paraná.
2.9.1 Fundamentação teórica da Aula 9
Com a constante preocupação em relação aos jovens agricultores e do meio
rural, é que se iniciou uma corrida entre as diferentes esferas políticas para
amenizar esse problema que estava sendo inevitável (BORGES, 2012).
Na verdade, as questões atinentes aos jovens agricultores implicaram na
“Criação de instituições, políticas e programas com referência específica aos jovens
situados no meio urbano e rural prospectam um marco institucional diferenciado no
âmbito das relações de acordo e disputa política no âmbito do Estado no Brasil”. É
por isso que o debate da juventude passou a ser observado como um tema de
interesse por parte do Estado, das organizações e dos movimentos sociais
(BARCELLOS, 2011, p.872).
Diante da debilidade do capital sociocultural da população do campo, decorrente do desamparo histórico a que vem sendo submetida, e que se reflete nos altos índices de analfabetismo, a oferta de um ensino de qualidade se transforma numa das ações prioritárias para o resgate social dessa população. A educação, isoladamente, pode não resolver os problemas do campo e da sociedade, mas é um dos caminhos para a promoção da inclusão social e do desenvolvimento sustentável (INEP/MEC, 2007, p.19).
Diante destas constatações, subsídios são buscados pelas instituições de
ensino superior junto a Casa Familiar Rural (CFR) que, em parceria com o Estado e
órgãos privados, vem articulando a realidade das comunidades rurais com o
processo de ensino (VISBISKI; WEIRICH NETO, 2004).
Esta Casa Familiar Rural utiliza a Pedagogia da Alternância, na qual os
jovens permanecem uma semana na sede e duas na propriedade agrícola
desenvolvendo na prática aquilo que aprenderam na teoria (ROLIM, 2013).
A Casa Familiar Rural visa promover a consciência crítica nos jovens, e
assim viabilizar seus projetos de vida, associados e integrados ao grupo, à família e
à comunidade em geral. O objetivo é praticar uma educação libertadora fundada “no
desenvolvimento socialmente justo e tendo como ponto de partida a família do jovem
e seu meio de vida” (FLORES; PRESTES, 2010, p.75).
A Casa Familiar Rural oferece educação de qualidade aos filhos e filhas dos
agricultores ao trabalhar a proposta da Pedagogia da Alternância e também da área
urbana, “[...] de modo que eles desenvolvam projetos experimentais em suas
propriedades, aprendendo a trabalhar com saúde, segurança, obtendo melhoria para
toda a família” (PACHECO, 2010, p.96).
Dentre seus objetivos, a Casa Familiar Rural busca possibilitar o
desenvolvimento de um trabalho de aproximação com todas as comunidades,
formando laços de companheirismo sólidos e concretos com o próximo, a fim de
obterem, juntos, melhorias para todos os envolvidos (PACHECO, 2010).
Neste processo, a Casa Familiar Rural tem destacado o conhecimento
trazido pelo jovem, como fase inicial de seu aprendizado e para que ele comece a
modificar as condições de vida, mantendo o respeito aos princípios e valores
culturais que a instituição possui e mostrando as diversas realidades que estão
presentes na aprendizagem do aluno. Isto tudo com o propósito de “Instrumentalizar
os jovens agricultores com conhecimentos mais amplos sobre as diversas ciências e
dando ênfase às ciências agrárias” (PACHECO, 2010, p.96).
2.9.2 Avaliação
Para a avaliação dessa Aula 9, final do Projeto de Intervenção Pedagógica,
os alunos serão convidados pelo professor para uma conversa informal sobre as
Casas Familiares Rurais, destacando-se relatos de experiências, opiniões,
controvérsias, expectativas e demais manifestações orais.
Com este propósito, a avaliação concorre com a oportunidade de visualizar
um aluno participante e autônomo, sobre a qual a nota de avaliação tem como
critério a sua própria presença como aprendiz interativo e disseminador do
conhecimento adquirido.
2.9.3 Referencial
A) Livros
ESTEVAM, Dimas de Oliveira. Casa familiar rural : a formação com base na pedagogia da alternância. 2.ed. Florianópolis: Insular, 2012.
B) Artigos e publicações
TEIXEIRA, Edival Sebastião; CORONA, Hieda Maria Pagliosa; BERNARTT, Maria de Lourdes. Casas familiares rurais e desenvolvimento sustentável da agricultura familiar na região Sudoeste do Paraná. Revista Pedagógica – UNOCHAPECÓ, Ano 13, v.2, n. 25, p.286-310, jul/dez 2010. BORGES, Graziela Scopel et al. Casas familiares rurais: histórico de implantação no Sudoeste do Paraná. Synergismus Scyentifica , v.6, n.1, p.1-7, 2011. PALARO, Ricardo. Análise sobre a formação para o trabalho na pedagogia da alternância na casa familiar rural de Manfrinópolis - PR : possibilidades e limites. 2012. 148f. Dissertação [Mestrado em Desenvolvimento Regional] – Pato Branco: UTFPR, 2012.
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WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2014 . Brasília: Secretaria-Geral da Presidência da República: Secretaria Nacional de Juventude - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2014.
APÊNDICE A
1. Título do Projeto
2. Identificação Técnica
Coordenador
Parcerias
Responsável pela elaboração do Projeto
Local de Execução
Mão-de-obra
3. Justificativa
4. Objetivos
5. Procedimentos metodológicos
6. Cronograma
7. Orçamento inicial para implantação do projeto
8. Previsão orçamento de materiais e equipamentos necessários para a execução
do projeto
9. Fontes consultadas