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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
ÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIDADE DIDÁTICA
UNIDADE
DIDÁTICA
PROFESSOR PDE: GIOVANI BIANCARDI
ORIENTADORA: PROFª DRª SILVIA CHRISTINA MADRID
FINCK
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GIOVANI BIANCARDI
AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: ANÁLISE DO NÍVEL DE MOTIVAÇÃO E DESMOTIVAÇÃO DOS ALUNOS DO 3º ANO
Unidade didática a ser implementada no 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal, de acordo com o Projeto de Intervenção Pedagógica desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação – SEED/Pr em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.
Orientadora: Profª Drª. Silvia Christina Madrid Finck
PONTA GROSSA 2013
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FICHA CATÁLOGO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE/2013
Título As aulas de Educação Física no Ensino Médio: análise do nível de motivação e desmotivação dos alunos do 3º ano.
Autor Prof. Giovani Biancardi
Disciplina da Área Educação Física
Núcleo Regional de
Educação Telêmaco Borba
Escola de
Implementação Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Localização Avenida Brasil, nº 955 – Centro. CEP: 84350-000 Ortigueira – Paraná
Instituição de
Ensino Superior Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
Orientador Prof. Drª Silvia Christina Madrid Finck
Formato Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 3º ano do Ensino Médio
Resumo A Educação Física escolar tem um papel muito importante na formação dos alunos, pode contribuir para o desenvolvimento integral dos mesmos, nos aspectos cognitivo, físico, afetivo e social. No Ensino Médio a Educação Física pode contribuir para que os alunos obtenham conhecimentos relacionados à saúde, especificamente aqueles direcionados a hábitos para uma vida saudável. Diante dessas questões, como educador tem-se constatado que no decorrer dos anos a falta de interesse dos alunos do Ensino Médio em relação às aulas de Educação Física está cada vez mais perceptível, o que vem dificultando o trabalho do professor na escola. Este trabalho é objeto de estudo do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), e resulta de tais inquietações, tendo, portanto os seguintes objetivos: verificar os níveis de motivação e desmotivação dos alunos do Ensino Médio nas aulas de Educação Física; realizar intervenções pedagógicas para uma maior participação dos alunos do Ensino Médio nas aulas de Educação Física. O projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal, na cidade de Ortigueira/Pr. A pesquisa é qualitativa e a metodologia contempla a análise das respostas do questionário que será aplicado aos alunos do 3º ano do Ensino Médio, a fim de diagnosticar o nível de motivação e desmotivação dos mesmos em relação as aulas de Educação Física. Pretende-se por meio dos resultados da pesquisa identificar o nível de motivação e desmotivação dos alunos em relação às aulas de Educação Física, bem como os motivos elencados pelos escolares. Por meio do trabalho de intervenção pretende-se desenvolver atividades pedagógicas direcionadas para a importância da prática da atividade física para a promoção da saúde, contribuindo assim para o aumento da participação dos alunos, proporcionando-lhes conhecimentos significativos das diferentes manifestações da cultura corporal.
Palavras-chave: Educação Física. Ensino Médio. Motivação. Desmotivação.
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TEMA: A motivação para as aulas de Educação Física no Ensino Médio.
TÍTULO: As aulas de Educação Física no Ensino Médio: análise do nível de
motivação e desmotivação dos alunos do 3º ano.
ÁREA PDE: Educação Física.
LINHA DE PESQUISA: Projeto de Intervenção Pedagógica.
PROFESSOR PDE: Giovani Biancardi.
E-mail: [email protected] / [email protected]
NÚCLEO: Telêmaco Borba.
PROFESSOR ORIENTADOR IES: Profª. Drª. Silvia Christina Madrid Finck.
IES VINCULADA: Universidade Estadual de Ponta Grossa.
ESCOLA DE EMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino
fundamental, Médio e Normal.
PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: Alunos do 3º ano do Ensino Médio.
1 – IDENTIFICAÇÃO
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A prática educacional precisa ser constantemente refletida e revista, pois faz
parte de um processo cíclico, que envolve contextos e pessoas diferentes. Se o
educador não considerar tais aspectos, o trabalho pedagógico poderá ficar
comprometido e até mesmo enrijecido, sendo que os maiores prejudicados serão os
alunos.
Por meio do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, os
profissionais da Educação do Estado do Paraná, tem a possibilidade de retornar aos
bancos universitários, com uma posição diferenciada da graduação, pois os
educadores tem a possibilidade de aliar e relacionar os conhecimentos teóricos
científicos com a prática pedagógica desenvolvida na escola, considerando assim o
dia a dia escolar. Os professores ainda tem a oportunidade de vivenciar a troca de
experiência com os demais profissionais da educação, o que certamente contribui de
forma surpreendente na melhoria da prática educacional.
Este trabalho é o resultado de um processo de pesquisa que visa contribuir
com uma metodologia diferenciada para o ensino da Educação Física no Ensino
Médio, com o intuito de desenvolver atividades pedagógicas para motivar os alunos
a participarem das aulas de Educação Física, bem como apontar a importância se
se buscar mudanças nos hábitos de vida numa perspectiva de uma melhor
qualidade de vida.
É possível constatar que os avanços tecnológicos tem influenciado as
pessoas tornando a vida de grande parte da população mundial mais cômoda e
sedentária, o que tem acarretado numa série de problemas de saúde em razão da
ausência ou diminuição da regularidade da prática de atividades físicas e,
consequentemente, o aumento do sedentarismo.
O setor educacional proporciona a consolidação das ações da promoção da
saúde, que estão voltadas para o fortalecimento da capacidade do indivíduo em
decidir por situações mais favoráveis a ele e à sua comunidade. Além disso, o
contexto escolar possibilita a solidificação de políticas públicas que são capazes de
gerar uma nova cultura de saúde (BRASIL, 2002, p. 533).
A escola, então, tem um papel imprescindível, uma vez que se constitui num
espaço propício para abordar conhecimentos e questões que envolvem os alunos,
não apenas nesse espaço, mas também junto à sua família e à sua comunidade, e,
2 – APRESENTAÇÃO
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também, por poder contribuir para o diagnóstico da qualidade de vida dos escolares
e de suas famílias em parceria com órgãos públicos ou privados (TAVARES;
ROCHA, 2006, p. 160).
Nesse sentido a Educação Física escolar tem um papel muito importante na
formação dos alunos, pode contribuir para o desenvolvimento integral dos mesmos,
nos aspectos cognitivo, físico, afetivo e social. No Ensino Médio a Educação Física
pode contribuir para que os alunos obtenham conhecimentos relacionados à saúde,
especificamente aqueles direcionados a hábitos para uma vida saudável.
Diante dessas questões, como educador tem-se constatado que no decorrer
dos anos a falta de interesse dos alunos do Ensino Médio em relação às aulas de
Educação Física está cada vez mais perceptível, o que vem dificultando o trabalho
do professor na escola.
Este trabalho é objeto de estudo do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), e resulta de tais inquietações, tendo, portanto os seguintes
objetivos: verificar os níveis de motivação e desmotivação dos alunos do Ensino
Médio nas aulas de Educação Física; realizar intervenções pedagógicas para uma
maior participação dos alunos do Ensino Médio nas aulas de Educação Física.
O projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino
Fundamental, Médio e Normal, na cidade de Ortigueira/Pr. A pesquisa é qualitativa e
a metodologia contempla a análise das respostas do questionário que será aplicado
aos alunos do 3º ano do Ensino Médio, a fim de diagnosticar o nível de motivação e
desmotivação dos mesmos em relação às aulas de Educação Física.
Pretende-se por meio dos resultados da pesquisa identificar o nível de
motivação e desmotivação dos alunos em relação às aulas de Educação Física, bem
como os motivos elencados pelos escolares. Por meio do trabalho de intervenção
pretende-se desenvolver atividades pedagógicas direcionadas para a importância da
prática da atividade física para a promoção da saúde, contribuindo assim para o
aumento da participação dos alunos, proporcionando-lhes conhecimentos
significativos das diferentes manifestações da cultura corporal.
Nessa perspectiva, este trabalho é o resultado da dedicação, aprendizagem e
troca de experiências oportunizadas através do PDE, voltado para a busca da
melhoria e aumento das reflexões do processo de ensino aprendizagem realizado na
escola pública do Estado do Paraná. Os conteúdos e pressupostos teóricos
metodológicos desta Unidade Didática foram organizados, com o intuito de oferecer
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uma contribuição para o trabalho pedagógico direcionado aos alunos do 3º ano do
Ensino Médio, nas aulas de Educação Física.
O material desta unidade didática está articulado com os pressupostos
metodológico das Diretrizes Curriculares que norteiam o ensino da disciplina no
Paraná, tendo como principal propósito, alterar hábitos nocivos à vida dos
estudantes e, além disso, estimular a formação de adolescentes mais ativos e
comprometidos com a sua saúde e a qualidade de vida atual e futura.
A partir da publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDB nº 9394/1996 (BRASIL,1996), a Educação Física deixou de ser tratada como
atividade e passou ao status de componente curricular. Porém, somente com a Lei
10.328, de 12 de dezembro de 2001, a palavra “obrigatória” é inserida após a
expressão “componente curricular”, Assim, na redação dada pela lei 10.793, de 1º
de dezembro de 2003, consta no artigo 26 da Lei 9.394/1996, que: “a Educação
Física, integrada à proposta da escola, é componente curricular obrigatório da
educação básica [....]”..
Por outro lado à Lei nº 10.793, de 1º de dezembro de 2003, estabelece que a
prática da Educação Física passa a ser facultativa para o aluno que trabalha mais de
seis horas por dia; tenha mais de 30 anos de idade; tenha filhos; for portador de
algum problema de saúde, crônico ou temporário; estiver prestando serviço militar
(BRASIL, 2003).
Darido et al. (1999) apontam que 70% dos estudantes do Ensino Médio
estudam no período noturno e, sendo as aulas de Educação Física facultativas, na
prática são raras as escolas que as oferecem, e caso as mesmas façam parte da
grade curricular da escola, as horas não são contabilizadas na carga horária total da
escola.
Com relação às propostas, não são muitas as que encontramos para a
Educação Física no Ensino Médio, porém alguns estudos têm tentado preencher
esta lacuna. Um exemplo é o documento citado por Darido et al (1999), elaborado
pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), de 1993, o qual
ressalta que o Ensino Médio não pode ser concebido como uma repetição um pouco
mais aprofundada do programa de Educação Física no Ensino Fundamental, mas
3 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
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sim deve apresentar características próprias, porém os autores não explicitam qual
seriam os conteúdos que deveriam ser desenvolvidos nesse nível escolar.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1999) colocam como
prioridade no Ensino Médio a formação geral específica; o desenvolvimento de
capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a
capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de
memorização.
Para Darido et al. (1999) a Educação Física no Ensino Médio deve
proporcionar ao aluno conhecimentos sobre a cultura corporal de movimento, que
implicam na compreensão, reflexão, análises críticas, etc. De acordo com os
referidos autores, a aquisição de tal corpo de conhecimentos deverá ocorrer em
relação às vivências das atividades corporais com objetivos vinculados ao lazer,
saúde/bem estar e expressão de sentimentos, permitindo aos alunos uma plena
autonomia no usufruto das formas culturais de movimento.
Darido et al. (1999) chegaram à conclusão que muitos dos problemas
enfrentados pelos professores de Educação Fíisca estão em suas práticas serem
baseadas na perspectiva esportivista ou mecanicista, ou seja, estes professores
aprenderam ao longo de sua história de vida, incluindo suas experiências enquanto
alunos, atletas e estudantes de graduação, a trabalhar com modelos prontos e a
considerarem muito pouco os alunos em relação as suas diferenças individuais.
Resultados encontrados por Darido et al. (1999) indicam que a maioria dos
alunos entrevistados (78%) acredita que a Educação Física na escola não cumpre o
seu papel porque transmite pouco ou nenhum conhecimento, o que estimula os
pedidos de dispensa. Além disso, 42% dos alunos afirmaram que se afastavam das
aulas porque elas eram sempre iguais, sem continuidade, e 50% dos alunos
reclamaram que seus professores privilegiavam os alunos mais habilidosos.
Outro resultado desta pesquisa chama atenção e indica que 93% dos alunos
dispensados afirmaram que retornariam as aulas de Educação Física caso elas
fossem realizadas no mesmo período dos demais componentes.
Darido et al. (1999) apontam os seguintes problemas em relação as aulas de
Educação Física no Ensino Médio: a desvalorização do componente curricular
Educação Física perante os demais, principalmente, em face ao vestibular e a
facilidade dos pedidos de dispensa; a colocação frequente da Educação Física em
período oposto ao dos demais componentes curriculares, dificultando a frequência
dos alunos às aulas; a insistência na repetição mecânica dos programas de
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Educação Física do Ensino Fundamental no âmbito do Ensino Médio, em geral não
apresentando características próprias e inovadoras, que considerem a nova fase
vivenciada pelos alunos.
Pereira e Moreira (2005) em seu trabalho chegaram à conclusão que os
alunos até gostam da Educação Física, porém não a compreendem de forma mais
profunda. Talvez esse posicionamento seja reflexo da própria postura indecisa dos
professores, pois estes não vêem tal componente curricular com possibilidade de
mudanças de comportamento e possibilidades de crescimento pessoal e social dos
alunos.
Sendo assim, alunos e professores precisam se conscientizar de seus papéis
dentro da escola, com a finalidade de atingir focos mais importantes como criação,
criticidade, transformação e discussão, do que a simples transmissão e reprodução
de conhecimentos.
De acordo com o estudo realizado por Lorenz e Tibeau (2003) a Educação
Física mesmo fazendo parte do currículo escolar como componente curricular, ainda
é vista por muitos como atividade. De acordo com tais autores se faz também
importante o conteúdo teórico para que o conceito atual existente e classificado para
a aula de Educação Física como “atividade” deixe de existir para ceder espaço ao
real conceito de “disciplina”. Porém, os autores deixam claro que este aspecto
dependerá da experiência do professor na condução, execução e no planejamento
das aulas.
A sociedade em que vivemos tem passado por constantes transformações, o
que faz com que seja necessário que o ser humano busque a evolução, para que
possa se relacionar com este mundo transitório, buscando combater o sedentarismo,
a inatividade e a obesidade que tanto tem preocupado os órgãos de saúde.
Nessa perspectiva a Educação Física, enquanto área do conhecimento tem
papel fundamental no processo de desenvolvimento dos alunos, reconhecendo-se
na escola como disciplina capaz de influir direta e favoravelmente na formação
integral dos mesmos.
A Educação Física no Ensino Médio tem como um dos seus objetivos, a
conscientização dos alunos para a busca da melhoria da saúde e da qualidade de
vida, pois através da prática da Educação Física, o ser humano pode substituir o
trabalho corporal que antes era realizado para a própria sobrevivência.
Existem atualmente vários estudos que apontam que ao se adquirir hábitos
saudáveis de vida durante a infância e adolescência, possivelmente tais hábitos
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serão transferidos para a idade adulta, por outro lado adolescentes menos ativos
fisicamente poderão apresentar maior predisposição para se tornarem adultos
sedentários (GUEDES, 2001).
Nesse sentido é de suma importância que sejam propostos programas de
saúde pública, que se caracterizem como elemento essencial no estabelecimento de
uma situação ideal de saúde, visto que, os níveis de prática de atividade física
habitual pelos adolescentes estão bem abaixo dos padrões apontados como
desejáveis pelos órgãos de saúde do estado (NAHAS, 2003).
A motivação é tida como uma força propulsora (desejo), que está por trás de
todas as ações de um individuo, pode-se dizer que é destacada como o sentimento
de uma necessidade, ou seja, um conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou
inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e
determinam a conduta de um individuo, despertando sua vontade e interesse para
uma tarefa ou ação conjunta (FRANCHIN; BARRETO, 2006, p. 3).
A motivação surge de dentro das pessoas, não há como ser imposta.
Despertar o interesse para a qualidade é fundamental, uma vez que não se implanta
qualidade por exortação, decretos ou quaisquer mecanismos coercivos.
Para Maggil (1984), a motivação é importante para a compreensão da
aprendizagem e do desempenho de habilidades motoras, pois tem um papel
importante na iniciação, manutenção e intensidade do comportamento. Sem a
presença da motivação, os alunos em aulas de Educação Física, não exercerão as
atividades, ou então, farão o que for proposto apenas porque é obrigatório.
Vários são os fatores que motivam o ser humano em seu dia-a-dia, tanto de
forma interna como de forma externa. A motivação é energia para a aprendizagem,
o convívio social, os afetos, o exercício das capacidades gerais do cérebro, da
superação, da participação, da conquista, da defesa, entre outros, ou seja, a
motivação deve receber especial atenção e ser mais bem considerada pelas
pessoas que mantêm contato com crianças e adolescentes, realçando a importância
desta esfera em seu desenvolvimento (FRANCHIN; BARRETO, 2006, p. 3).
Oliveira (1978) afirma que motivar será provocar as fontes de energia interior
do educando para atividades ou aplicações. De acordo com o referido autor a
4 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
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motivação de aprendizagem é a vitalização do esforço através de estímulos e
incentivos adaptados à idade e às experiências do educando; é estabelecimento de
conexão entre o educando, sua carga efetiva intelectual, social e a atividade que vai
sendo realizada, compreendida, vivida.
Muitos psicólogos acreditam que as pessoas que tem complexo de
inferioridade se estimulam mais com os sucessos, e que os bem dotados e seguros
se estimulam mais com o possível fracasso ou desaprovação (OLIVEIRA, 1978).
Para Freire (1996), o educador não pode se negar ao dever de, na sua prática
docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua
insubmissão. Para o autor a tarefa do docente não é apenas a de ensinar os
conteúdos e sim ensinar o educando a pensar certo, só assim o educando será
capaz de conviver com situações de fracassos e sucessos sem se deixar abater
pelos acontecimentos.
Partindo dessa ideia, é fundamental por parte dos professores a constatação
de que suas aulas podem contribuir para o aprofundamento dos conhecimentos,
bem como o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia dos alunos.
Tais elementos balizadores merecem ser enfatizados no oferecimento de aulas que
contemplem a todos, independentemente das características físicas, cognitivas ou
afetivas e sociais.
Assim, o Ensino Médio, considerando-se que é a etapa final da Educação
Básica, a Educação Física, por sua vez, como componente curricular obrigatório
deverá contribuir para a formação global dos alunos, ou seja, segundo a LDB
(BRASIL, 1996) “A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às
condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”.
Portanto, defende-se aqui que é papel do professor de Educação Física
desenvolver conteúdos diversificados e motivantes a fim de aproximar os alunos do
universo da cultura corporal, ou seja, dos jogos, das danças, das lutas, das
ginásticas, dos esportes de forma mais significativa, visando à socialização, inclusão
e formação humana.
Entretanto, não se está pontuando aqui que a motivação dependa
exclusivamente da diversificação dos conteúdos, mas, certamente este é um
aspecto importante a ser considerado no processo de ensino e aprendizagem.
Os alunos precisam saber que a Educação Física não está restrita a repetição
de movimentos, ou mesmo o fazer por fazer, como afirma Santin (apud PICCOLO,
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1995). O movimento humano não pode ser reduzido a deslocamentos físicos
padronizados, a gesticulações produtivas, pois uma visão mecanicista é capaz de
reduzí-lo a meras atividades desprovidas de sentido e significado. E o movimento
pelo movimento não é motivante para os alunos. Seria fundamental que atrelado à
vivência, estivessem presentes também as atividades de pesquisa, de criação, de
aprofundamento sobre as diferentes manifestações da cultura corporal (MOREIRA,
1995, p. 171).
Portanto, do ponto de vista pedagógico, motivação significa fornecer um
motivo, ou seja, estimular o aluno a ter vontade de aprender. E uma das condições
indispensáveis para o aluno aprender é o seu nível motivacional, que pode depender
muito do professor. Pois, como afirma Freire (1996, p. 25), “ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua
construção”.
Para a efetivação da proposta que foi contemplada no projeto de intervenção
pedagógica, será desenvolvida uma Unidade Didática, que possa atender de forma
satisfatória, bem como assegurar aos alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio
Estadual Altair Mongruel de Ortigueira, o conhecimento sobre a importância da
prática das atividades físicas, com o propósito de mudanças nos hábitos de vida,
bem como analisar os níveis de motivação dos alunos para participarem das aulas
de Educação Física.
Esta Unidade Didática busca através de atividades diferenciadas, atingir o
objetivo da Educação Física escolar, que é a formação integral dos alunos, através
do desenvolvimento da cultura das capacidades motoras, cognitivas, afetivas e
sociais, que visam à aquisição do hábito da prática regular de atividade física como
componente fundamental da educação para uma vida saudável (CONFEF, 2009).
Assim, a Educação Física, deve deixar de ser uma disciplina para
“descarregar a energia”, ou seja, uma disciplina na qual os alunos apenas realizam
movimentos, sem que o professor tenha a preocupação em ensinar um determinado
conteúdo, ao contrário deve-se propiciar o desenvolvimento de seus conteúdos de
forma sistematizada e organizada, para que assim possa ser atingidos os objetivos
direcionados ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
5 – MATERIAL DIDÁTICO
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Dessa forma, ao inserir o aluno no processo de ensino e aprendizagem, o
professor deve refletir sobre o que está ensinando, e para quem está ensinando, se
aquele conhecimento é relevante para despertar o interesse do aluno em querer
conhecer e compreender a realidade onde está inserido. Nesse sentido, é
necessário considerar que os conhecimentos científicos tecnológicos produzidos
pela humanidade, permeiam o mundo contemporâneo, gerando um grande volume
de informações, visto que, a construção do conhecimento é um processo inacabado.
Os PCN (BRASIL, 1999) são taxativos ao considerar a educação para a
saúde um desafio a ser assumida em todos os níveis da educação no Brasil, da
Educação Infantil ao final do Ensino Médio. Dessa forma, faz-se necessário
desenvolver nas aulas de Educação Física atividades diferenciadas, as quais devem
estar acompanhadas de situações problematizadoras, questionadoras e de diálogo,
envolvendo a resolução de problemas, levando a introdução de conceitos para que
os alunos possam construir conhecimentos.
Dentro dessa perspectiva, as estratégias de ações diferenciadas permitirão o
alcance dos objetivos supracitados, através da construção de conceitos, onde os
alunos estarão envolvidos tornando-se sujeitos do processo de ensino e
aprendizagem.
As atividades que serão aplicadas para os alunos do Ensino Médio no
decorrer da implementação desta Unidade Didática, contempla os objetivos
propostos no Projeto de Intervenção Pedagógica, os quais estão relacionados com
as seguintes ações:
Apresentação para os alunos do 3º ano do Ensino Médio do projeto de
pesquisa a ser realizada durante os estudos do Programa de
Desenvolvimento da Educação – PDE. O objetivo é fazer os alunos
compreender os conceitos e procedimentos básicos sobre a atividade física,
exercício, saúde e qualidade de vida e como os mesmos se relacionam.
Realizar uma avaliação física diagnóstica dos alunos do 3º ano do Ensino
Médio, por meio de testes e exercícios físicos, para a obtenção de dados de
referência sobre as capacidades motoras e o desenvolvimento corporal dos
escolares.
6 – ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
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Desenvolver jogos e brincadeiras, para incentivar a participação dos alunos
do 3º ano do Ensino Médio, no sentido de combater a desmotivação e a falta
de participação dos mesmos nas aulas.
Possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas nas aulas de Educação
Física, direcionadas para aos alunos do 3º ano Ensino Médio, para a vivencia
de movimentos, exercícios e jogos motores, com base nas Diretrizes
Curriculares de Educação Física para a Educação Básica.
Utilizar o material teórico da disciplina de Educação Física, desenvolvido
especificamente para esta Unidade Didática, contemplando os conteúdos
básicos da Educação Física pertinentes nas Diretrizes Curriculares de
Educação Física para a Educação Básica.
Desenvolver com os alunos do 3º ano do Ensino Médio um blog com
orientações sobre atividades físicas e alimentação direcionadas para melhoria
da saúde e da qualidade de vida.
No início do ano letivo de 2014 serão realizados testes de avaliação
diagnóstica junto aos alunos, para se verificar a condição física de cada um, bem
como, os resultados obtidos serão utilizados como base para o inicio do trabalho
prático com os alunos, e ainda para demonstrar aos alunos a importância da prática
de atividade física para melhoria da saúde e qualidade de vida.
Ao mesmo tempo, buscar-se-á conhecer os hábitos dos alunos em relação a
prática da atividade física, aos hábitos alimentares, bem como seu desenvolvimento
corporal e motor com relação à sua idade biológica e escolar.
Após os testes realizados, serão desenvolvidas as oficinas e aulas teóricas
objetivando a compreensão do conteúdo da Educação Física e a necessidade da
prática cotidiana da atividade física para a melhoria da saúde e da qualidade de
vida.
7 – METODOLOGIA
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No início das aulas práticas, será realizado aquecimento e alongamento, pois
os mesmos são importantes para as aulas práticas de Educação Física, pois
preparam o corpo para as atividades que serão propostas.
O aquecimento pode ser entendido como um conjunto de exercícios que
habilitam o corpo para a atividade física, elevando a temperatura corporal, facilitando
a flexibilidade dos movimentos e prevenindo contra possíveis lesões. Por
alongamento entende-se como sendo um conjunto de exercícios voltados à
manutenção ou aumento da flexibilidade muscular, o mesmo pode ainda melhorar a
postura, aliviar possíveis dores musculares, relaxar os músculos, reduzir o estresse
e produzir um efeito equilibrador no corpo em geral. .
Na sequencia serão descritos algumas das atividades didáticas
pedagógicas que serão desenvolvidos nas aulas de Educação Física do 3º ano do
Ensino Médio da escola participante do projeto.
1ª ATIVIDADE:-
Na primeira atividade será proposta uma discussão com os alunos, sobre
exercícios e atividades físicas para a promoção da saúde, indagando-os sobre as
diferenças entre eles, bem como outras questões relacionadas a seguir:
O que é aptidão física e como desenvolvê-la?
Saúde e qualidade de vida é a mesma coisa? Quais as semelhanças e
diferenças?
Quais são as atividades físicas e os exercícios praticados por você dentro e fora
da escola?
Com qual periodicidade você pratica atividade física?
Quais são os benefícios para a saúde decorrentes da prática da atividade física
de forma regular?
Quais as práticas mais indicadas para o desenvolvimento da aptidão física?
Quais as melhores atividades para desenvolver a força muscular, a resistência
cardiovascular, a flexibilidade e a manutenção de um peso adequado?
8 – SUGESTÕES DE ATIVIDADES
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2ª ATIVIDADE
Os alunos serão levados até ao Campus da Universidade de Ponta Grossa,
onde com o apoio dos acadêmicos do Curso de Educação Física, serão realizadas
as medidas e avaliações físicas para detectar a condição física de cada aluno.
3ª ATIVIDADE
Após a realização das medidas e avaliações, e de posse dos resultados, será
proposta aos alunos uma discussão sobre os resultados e como as aulas podem
ajudar na melhoria da condição física dos escolares. Após a discussão, os alunos
participarão do jogo do “basquetebalde”.
Material: Bola e dois baldes.
Disposição: Duas equipes com seis ou mais integrantes, cada equipe tem um
representante segurando um balde, que pode correr pela linha lateral (direita
e esquerda), sem entrar na quadra.
Desenvolvimento: Os integrantes da equipe devem passar a bola entre si,
tentando jogar a bola dentro do balde. O jogador, de posse da bola, pode
passá-la ou tentar acertar o balde, porém não pode andar segurando a bola.
A outra equipe procura interceptar a bola (sem contato pessoal) e tenta
acertar o seu balde. Cada vez que um jogador acerta o balde, converte ponto
e deverá jogar um dado. Se cair número ímpar, o ponto vale 1, 3 e 5 pontos a
favor...se tirar números pares, o ponto vale 2, 4 e 6 pontos contra a sua
equipe.
Objetivos: Estimular a cooperação; Reforçar o trabalho em equipe e
desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, passar, rebater, lançar,
etc. (SOLER, 2003, p. 111).
4ª ATIVIDADE
Os alunos de posse do seu peso e altura, farão o calculo do IMC, cujo índices
serão analisados, de acordo com a tabela. Após os cálculos os alunos participarão
do jogo “Cada Apito um Grupo”.
Material: Nenhum.
Disposição: Todos à vontade, pelo espaço destinado para o grupo.
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Desenvolvimento: O professor escolhe um participante que será o pegador. O
jogo se inicia e as pessoas correm livremente pelo espaço destinado para o
jogo. O professor apita três vezes, e todos devem formar grupos de três. O
pegador neste momento tenta pegar quem ainda não formou grupos. De
acordo com o número de apitos é que serão formados os grupos.
Objetivos: Formar grupos; Estimular a cooperação; aprimorar a relação
interpessoal (SOLER, 2003, p. 112).
5ª ATIVIDADE
Os alunos em sala de aula serão colocados sentados e em repouso, para que
possam medir a sua frequência cardíaca em repouso. Logo após a realização desse
trabalho, os alunos irão para a quadra onde farão exercícios de média duração para
que se possa medir a frequência cardíaca em movimento. As atividades que serão
realizadas são as seguintes:
o Corridas variadas – frente, costas, lateral, zigue-zague;
o Corrida tocando linhas da quadra com as mãos, deslocando-se para a
lateral, para frente e para trás;
o Corrida tocando linhas da quadra em sua largura, deslocando frente e
costa e diagonal;
o Mãe cola – dois alunos sãos os pegadores e os demais fogem, quando
colados devem agachar até serem descolados pelos colegas que ainda
não foram pegos.
o Bull Dog – os alunos perfilados na linha de fundo da quadra, ao som do
apito, deverão atravessar a quadra sem serem pegos pelo aluno que está
no meio da quadra. Os que forem pegos ficaram agachados até todos
serem pegos.
6ª ATIVIDADE
O professor fará uma caminhada com os alunos até o lago municipal, onde ao
chegar será medida a frequência cardíaca em movimento e logo após serão feitos
alguns alongamentos e serão executadas voltas no entorno do lago, sempre
alternando a caminhada e a corrida. Os alunos participarão do jogo “Passando pelo
Túnel”.
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Material: Nenhum.
Disposição:- à vontade pelo espaço destinado para o grupo.
Desenvolvimento: Este é um jogo de pega-pega, em que todas as pessoas
devem fugir de um pegador. O facilitador escolherá um pegador e o jogo
começa. Aqueles que forem apanhados têm que ficar imóveis, e com as
pernas abertas. Os que ainda não foram apanhados podem passar por baixo
das pernas de quem está imóvel, e este estará salvo. Cada participante tem
dupla missão, fugir e salvar seus parceiros de jogo.
Objetivos: Aprimorar a relação interpessoal; Reforçar o trabalho em equipe;
Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr, desviar, flexionar,
etc. (SOLER, 2003, p. 91).
7ª ATIVIDADE
Os alunos formarão grupos e pesquisarão sobre os exercícios mais indicados
para proporcionar um bom desenvolvimento da aptidão física e que possam ser
realizados na escola. A partir disso, será elaborada uma rotina para que estes
exercícios sejam praticados. Em todas as aulas serão verificadas e monitoradas a
qualidade da prática de todos e tudo será registrado nas fichas de avaliação. Será
sugerido pelo professor que os alunos registrem no seu caderno os resultados dos
testes, tais como o IMC, a frequência cardíaca e demais medidas. Na aula prática
será desenvolvido o seguinte jogo:
Futpar
Material: Bola de futsal.
Disposição: Duplas de mãos dadas.
Desenvolvimento: É um jogo de futebol normal. Porém, cada equipe é
formada por duplas (ou trios) que devem permanecer de mãos dadas.
Jogamos sem goleiros e ampliamos ao máximo as dimensões do campo (ou
quadra). Dependendo do número de participantes usamos mais de uma bola,
simultaneamente. A cada gol estimulamos novas parcerias, o que propicia um
constante desafio de “boa convivência”.
Objetivos: Estimular a cooperação; Propiciar parcerias; Desenvolver
habilidades motoras, tais como: correr, driblar, saltar, desvencilhar-se
(BROTTO, 2003, p. 121).
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8ª ATIVIDADE
Os alunos serão convidados a analisar se os seus pais, praticam atividade
física constantemente e se antigamente as pessoas praticavam mais exercícios e o
que se deve a essa diminuição na prática de atividade física, bem como se isto está
influenciando o aparecimento de doenças.
ALMEIDA, P. C. O Desinteresse pela Educação Física no Ensino
Médio. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, ano 11, n. 106, mar. 2007.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DARIDO, C. D. et al. Educação Física no Ensino Médio: reflexões e ações. Motriz, v.
5, n. 2, dez. 1999.
FRANCHIN, Fabiana; BARRETO, Selva M. G. Motivação nas aulas de educação
física: um enfoque no ensino médio. In: I Seminário de Estudos em Educação Física
Escolar, 2006, São Carlos. Anais... São Carlos: CEEFE/UFSCar, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
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SEED/PR, 2008.
GUEDES, D. P. Exercício Físico na promoção da saúde. Dartagnan Pinto
Guedes, Joana Elisabete Ribeiro Pinto Guedes. Londrina: Midiograf, 1995.
9 - REFERÊNCIAS
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GOMES, J. P. As escolas promotoras de saúde: uma via para promover a saúde e a
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MAGGIL, R. A. A aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo:
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MAZZEI, J.; TEIXEIRA, M. Coleção C. E. R. 05 volumes. 1. ed. São Paulo: Fulgor,
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. (Brasil). Secretaria de Políticas de Saúde. Programa
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contribuição para uma qualidade de vida. Rev. Saúde Pública, v. 36, n. 2, p. 533,
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MOREIRA, Wagner WEY. Educação Física Escolar, uma abordagem
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NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões
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OLIVEIRA, A. L. Nova Didática. 4. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: FENAME,
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PRESIDENCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 9394/1996: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação - LDB. Brasília: 1996.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 10.328, de 12 de dezembro de 2001.
Introduz a palavra obrigatório após a expressão curricular, constante do parágrafo 3º
artigo 26 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
SABA, F. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. São Paulo: Takano, 2003.
SOLER, R. Jogos Cooperativos. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.