os desafios da escola pÚblica paranaense na … · professor orientador: fÁbio andrÉ hahn campo...
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ
UNESPAR
CÂMPUS DE CAMPO MOURÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
ÁREA: HISTÓRIA
PROFESSORA PDE: SHIRLEI DA COSTA JARDIM
PROFESSOR ORIENTADOR: FÁBIO ANDRÉ HAHN
CAMPO MOURÃO
2014/2015
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ
UNESPAR
CÂMPUS DE CAMPO MOURÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE
SHIRLEI DA COSTA JARDIM
MIGRAÇÃO E OCUPAÇÃO EM UMUARAMA/PR:
UMA PROPOSTA DE ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR
DA METODOLOGIA WEBQUEST
Produção didático pedagógica apresentado à
Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR,
câmpus de Campo Mourão e à Secretaria de
Estado de Educação do Paraná (SEED) para o
Programa de Formação Continuada intitulado
Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), sob orientação do Prof. Fábio André
Hahn.
CAMPO MOURÃO
2014/2015
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA 2014/2015
Título: Migração e ocupação em Umuarama/PR: uma proposta de ensino de História a partir da
metodologia WebQuest
Autor: Shirlei da Costa Jardim
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação
do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Hilda Trautwein Kamal
Município da escola: Umuarama
Núcleo Regional de
Educação:
Umuarama
Professor Orientador: Fábio André Hahn
Instituição de Ensino
Superior:
Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR
Relação Interdisciplinar: Geografia e Sociologia
Resumo: Ao pensar em alternativas para o ensino e aprendizagem de História
com alunos do 6º ano, propôs-se o desenvolvimento de material
didático pedagógico a partir do recurso das novas tecnologias,
procurando com isso motivar os alunos pelo estudo da história e fazer
com que compreendam aspectos da história da migração e ocupação
do município de Umuarama. A metodologia utilizada será a
WebQuest. Esta ferramenta é uma plataforma elaborada na internet,
na qual o aluno empreende investigação orientada de temáticas
definidas pelos docentes, em que a maior parte das informações com
as quais os jovens alunos interagem são originadas na internet. Neste
sentido, a presente proposta que integra as atividades desenvolvidas
no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), visa propor
uma alternativa metodológica aproximando as novas tecnologias da
prática escolar no ensino da Educação Básica. A pesquisa de base
mista, ou seja, qualitativa e quantitativa, tem por público alvo alunos
do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Hilda T. Kamal - Pr.
Espera-se, a partir da contribuição dessa tecnologia educacional, a
melhora no processo de aprendizagem histórica, formando alunos
críticos, capazes analisar fontes e realizando interpretações
explicativas mais seguras e de forma consciente.
Palavras-chave: Ensino de História. WebQuest. Tecnologia educacional. História do
Paraná.
Formato do Material
Didático:
Unidade Didática
Público: Alunos do 6º ano do Colégio Estadual Hilda Trautwein Kamal
1- IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Shirlei da Costa Jardim
Área PDE: História
NRE: Umuarama
Professor Orientador IES: Fábio André Hahn
IES Vinculada: Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR/Campo Mourão
Escola de intervenção: Colégio Estadual Hilda Trautwein Kamal
Público objeto da intervenção: 6º ano
Conteúdo Estruturante: Relações Culturais
Tema: “Fundamentos teórico-metodológicos para o Ensino de História”,
Conteúdo Específico: Migração e ocupação do município de Umuarama/PR
Material Didático: Unidade Didática
Título da Unidade Didática: Migração e ocupação do município de Umuarama/PR
APRESENTAÇÃO
A presente produção Didática Pedagógica é parte integrante do Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE, 2014/2015, pertencente à Secretaria de Estado da
Educação - SEED. Constituindo-se em uma Unidade Didática voltada a disciplina de História,
com estudo da temática intitulada: Migração e Ocupação do município de Umuarama/PR:
uma proposta de ensino de História a partir da metodologia WebQuest. A proposta é
construída com o objetivo de aprofundar o conhecimento referente aos conteúdos da história
local. Para com isso, proporcionar o acesso aos materiais produzidos acerca da historicidade
local, permitindo aos professores e educandos do município de Umuarama o acesso ao
conhecimento por meio de atividades diferenciadas que abordem o tema e oriente o estudante
a refletir e reconhecer-se enquanto sujeito ativo e parte da sua própria história. Entendendo
que isto permitirá com que o aluno se interesse pela investigação histórica e
consequentemente pela disciplina de modo geral. O material didático ora apresentado visa
desenvolver a percepção, o espírito crítico e promover a cidadania, por meio de experiências e
contato direto com as novas tecnologias e com as temáticas da migração e ocupação de
Umuarama. Para isso, utilizou-se de estratégias diferenciadas das tradicionais, possibilitando
ao educando agregar informações complementares na sua formação escolar a partir da
estratégia metodológica mais próxima da realidade do educando. Como resultado final deste
trabalho, propõe-se disponibilizar o material didático pedagógico no site intitulado Janela para
a Histórica (http://www.unespar.edu.br/janelaparaahistoria/) de modo que o material esteja
disponível aos demais professores da Educação Básica e demais interessados.
Shirlei da Costa Jardim
Professora PDE – Área de História
Orientador Professor Doutor Fábio André Hahn
Turma 2014/2015
INTRODUÇÃO
O efeito das novas tecnologias no mundo globalizado em que vivemos revolucionou
nossa forma de entender as coisas. As tecnologias digitais transformaram-se em um grande
condutor de informações de todos os tipos de valores. Na educação se faz necessário o
desenvolvimento de estratégias de ensino que envolvam estas novas mídias, pois a cada dia
percebemos que os alunos estão manuseando aparelhos digitais com mais frequência e, cabe a
nós pensarmos em como fazer com que essas tecnologias tenham um papel no processo de
aprendizagem nas escolas, de modo que ocorra um diálogo com o dia a dia em que vivem e a
escola, que não pode ficar alheia a essas mudanças. A comunicação tornou-se rápida, em
especial devido ao uso da internet, associada às ferramentas como tablets, celulares e
computadores, compartilhando informações em tempo real.
O presente trabalho pretende disponibilizar ao aluno uma forma diferenciada de fazer
com que compreenda a histórica local de Umuarama/PR a partir de aspectos da migração e
sua consequente ocupação. Para tanto, ideia central é possibilitar o aprendizado de história a
partir da WebQuest como uma ferramenta metodológica de ensino de história, potencializando
a investigação de matérias coerentes e qualitativos disponíveis na internet, expandindo a
capacidade dos alunos na busca de informações e na transformação em conhecimento.
Vivemos em uma época em que os alunos adquirem conhecimentos e experiências
dentro e fora da escola. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História DCEs –
Paraná (2008, p. 7) destacam que “[...] para a maioria da população brasileira, a escola
constitui a alternativa concreta de acesso ao saber, entendido como conhecimento socializado
e sistematizado na instituição escolar”. É necessário que na escola professores e alunos
encontrem juntos espaços para a troca de suas experiências e de seus saberes. É nesse
encontro de gerações que a apresentação de estudos com a tecnologia em sala de aula se
apresenta como necessária e urgente.
Os alunos estão cada vez mais seguros no manuseio do aparelho digital, mas ainda
falta informação adequada quanto a forma como utilizá-lo com relação ao material científico,
cabendo ao professor mostrar, ensinar e investigar materiais que possam despertar interesse
nos estudantes. Portanto, optamos por desenvolver um estudo sobre o processo de migração e
ocupação do município de Umuarama entre o período de 1945 a 1955, buscando na formação
do conhecimento da história, a construção de atividades junto às tecnologias que tanto se
aproxima da realidade dos estudantes.
A justificativa aqui apontada será delineada a partir de três argumentos principais e
que fundamentam o nosso estudo.
O primeiro argumento para o desenvolvimento da produção é o trabalho com as novas
tecnologias, em especial com a metodologia WebQuest. A metodologia em si e o conceito
foram criados em 1995 pelo professor Bernie Dodge, da Universidade de San Diego State
Universit, com a participação de Tom March, que utilizaram a internet com a finalidade de
viabilizar possibilidades de aprendizagem. A proposta é o desenvolvimento de uma atividade
investigativa com o uso da internet. A WebQuest é elaborada e orientada pelo professor com
questões e tarefas a serem investigadas por grupos de alunos. Trata-se, portanto, de uma
atividade de aprendizagem colaborativa, podendo ser utilizada na pesquisa fontes originárias
de páginas da web, mas também outros recursos, como livros, vídeos e imagens.
A metodologia WebQuest conforme Dodge (1995), Bottentuit Junior e Coutinho
(2012), é desenvolvida em algumas etapas constitutivas, como: (i) introdução ao tema, com
objetivo de preparar a proposta e fornecer informações gerais; (ii) a tarefa com linguagem
simples, para estimular o aluno a desenvolvê-la; (iii) o processo no qual o aluno deverá se
orientar para a realização da tarefa; (iv) os recursos caracterizados como pistas disponíveis na
web para a produção do conhecimento; (v) a avaliação, que fornece ao aluno os indicadores
qualitativos e quantitativos referentes à atividade proposta; e (vi) a conclusão, que propõe um
desfecho da proposta sobre o que aprenderam, mas que também aponta para a continuidade da
investigação.
Desta maneira, o que se pretende com o material didático pedagógico é estimular os
alunos do 6º ano a desenvolverem o senso investigativo, neste caso através de trabalhos
elaborados com consultas em fontes históricas escritas, imagéticas e orais, possibilitando que
os alunos produzam o conhecimento histórico, a partir da metodologia WebQuest. A proposta
aqui desenvolvida se caracteriza como WebQuest longa, com tempo previsto para um mês de
execução, apoiada por atividades como realização de entrevistas, percebendo neste contexto
que as pessoas comuns fazem parte da construção da história.
Por outro lado, pensando a prática docente, a WebQuest é uma ferramenta que
permite ao professor construir roteiros de pesquisa na web e a produção de atividades através
de ferramentas integradas, como os blogs, modernizando os modos de fazer educação,
garantindo acesso a informações, ou seja, as WebQuests oferecem orientações concretas para
que o uso da internet se torne realmente efetivo (BOTTENTUIT JUNIOR; SANTOS, 2014).
O segundo argumento para o desenvolvimento desta produção é pesquisar um tema
da história local, ou seja, uma temática próxima da realidade dos alunos. Embora muito já se
tenha escrito sobre o processo de migração e ocupação do Paraná, as fontes para pesquisa
referente ao município de Umuarama ainda foram pouco exploradas. Diante dessas
considerações, cabe ressaltar a importância da utilização de pesquisa sobre as migrações entre
os anos 1945 a 1955, com textos, jornais, fotos, entrevistas, para reflexão do estudo em sala
de aula. Com isso, proporcionando a percepção do conhecimento dos alunos sobre sua
realidade histórica, aproximando passado e presente.
É justamente por considerar de extrema importância o estudo da migração e
ocupação local do município de Umuarama para o Ensino Fundamental, e a partir dessa
noção, o percurso proposto nessa produção, visa articular os estudos pesquisados às
experiências de vida das pessoas para esclarecer aspectos da história local.
Os estudos a partir da Lei 5692/71, no regime militar, colocavam a história como um
modelo linear, que se pautava em direção há uma visão direcionada para a busca de heróis,
retratados de forma à privilegiar o dominador, severamente plantada em livros didáticos.
Na década de 1970, as aulas de história eram inseridas no curso de Estudos Sociais, o
que limitou a compreensão do conhecimento histórico, ainda postado no livro didático.
Segundo SCHIMIDT (2008, p. 86):
A obrigatoriedade do ensino de Estudos Sociais percorreria todo o período
entre 1964 e 1984, momento em que os professores e profissionais da
História foram objetos de perseguições e censuras. A imposição dos Estudos
Sociais foi acompanhada de um grande movimento de resistência e luta pela
volta do ensino de História nas escolas brasileiras, configurando um novo
momento na construção do código disciplinar da História.
Já na década de 1990 o estudo da história pautou-se no conhecimento do aluno com o
seu cotidiano de vivencia, deu-se lugar a uma visão presentista da história. Assim, após o ano
de 2002, estudos sobre a diversidade cultural ganham espaço na Lei n. 10.639/03, que torna
obrigatório para o ensino de história e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e a Lei 11.645/08
que torna obrigatório o ensino de história e cultura dos povos indígenas do Brasil. Além
dessas leis, é importante ressaltar também a obrigatoriedade do estudo da história do Paraná
no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, elaborados conforme as DCEs no
cumprimento da Lei n. 13.381/01. No entanto, ainda persiste uma carência de materiais sobre
o ensino que tratam dos aspectos da história local de Umuarama/PR. Ao planejar o material
didático voltado a temática da migração e ocupação de Umuarama como parte da História do
Paraná, e, tendo em vista que grande parte dos alunos não têm clareza do tema, espera-se
gerar uma mudança de atitude e tomada de consciência a partir da investigação do tema
proposto.
O terceiro argumento para o desenvolvimento desta produção engloba dois
apontamentos anteriormente apresentados do uso das tecnologias e da temática da história
local, que é o ensino de história e a necessidade de investimento na formação de professores.
A escola necessita se adequar às mudanças contextuais, mas, para que isso ocorra, é preciso
de investimento maior em pesquisas sobre a Educação Básica, assim como sobre as
tecnologias educacionais, mas, acima de tudo, investimento na formação do professor
conforme podemos verificar em uma significativa produção historiográfica sobre o tema
(CAIMI, 2006; ZUIN, ZUIN, 2011).
Esta unidade didática foi produzida como tentativa de melhorar o processo de
aprendizagem dos alunos do ensino fundamental do Colégio Estadual Hilda T. Kamal, com o
apoio do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE) da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, procurando, conforme expos Flávia Caimi, “desestruturar a perspectiva
cronológico-linear, verbalista, memorística, de verdades prontas e acabadas que tem sido
característica central da história ensinada” (CAIMI, 2009, p. 67). Com isso, formar o aluno
“capaz de compreender, de ser crítico, de poder ler o que se passa no mundo, qualificando-o
para ser, dentro deste processo, um cidadão pleno, consciente e preparado (FERREIRA, 1999,
p. 146). Uma formação “pensada na forma de uma espiral crescente de aprendizagem, de
modo que possa tratar tanto das questões técnicas, quanto das questões pedagógicas”
(VALENTE, 2002; 2003). Entretanto, antes de aplicar o caso junto aos alunos, será aplicado
um questionário investigativo sobre a realidade socioeducacional do aluno, o uso que faz das
novas tecnologias e sua compreensão da história (ANEXO).
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO
MIGRAÇÃO E OCUPAÇÃO EM UMUARAMA/PR
INTRODUÇÃO
Você sabia que na década de 1950 a migração e colonização em Umuarama/PR estava
intimamente ligada à Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, levando a formando do
município em julho de 1960 a partir do desmembramento do município de Cruzeiro do Oeste.
Nesse período os migrantes vieram para a região atraídos pelas propagandas de terras férteis a
serem exploradas. Alojavam-se em pequenas povoações às margens dos rios, com costumes
próprios de suas regiões, se acomodavam em locais improvisados, sendo que a maioria vinha
inicialmente sem família para trabalhar na derrubada da mata. Aqueles que vinham com a
família, faziam a derrubada do mato para plantar café e cereais em geral. Os colonos que se
instalaram neste local eram predominantemente paulistas, catarinenses, gaúchos, nordestinos
e mineiros. Você já tem alguma ideia de onde vieram alguns migrantes, mas tem muita coisa
para conhecer sobre como foi a chegada dos migrantes na região; o dia a dia das pessoas; as
dificuldades e o isolamento, entre outras questões.
Imagine só vivendo nesse período sem todas as tecnologias com as quais vivemos
hoje. É hora de descobrir um pouco sobre essa história investigando a partir das pistas que
vamos lhe fornecer mais adiante.
TAREFA
Agora você é o investigador e sua tarefa é investigar o passado de Umuarama de modo
a elaborar uma carta documento sobre o processo de migração e colonização de Umuarama
para ser divulgada entre as pessoas que moram no município e não conhecem nada sobre esse
período.
Sua investigação começa lá no início da formação do município de Umuarama entre
os anos de 1945 a 1955. Agora você terá pesquisar e anotar fatos e acontecimentos dessa
época para poder contar aspectos da história de Umuarama. Faça leituras, análise textos e
coloque as ideias principais no seu caderno rascunho. Para a produção da carta documento,
além das leituras propostas, você deverá fazer consultas em sites previamente selecionados.
Você irá descobrir muita coisa nova e certamente será muito divertido. Siga as pistas
que seguem nessa sua aventura investigativa...
PROCESSO
RECURSOS
Para que você possa realizar a investigação sobre a migração e colonização da região
que compreende o atual município de Umuarama, monte uma equipe com no máximo três
pessoas. Desta forma, você não estará sozinho, formará uma equipe de investigação e análise
para realizar uma carta documento, lembre-se de colocar em seu relato o maior número de
dados. Mãos à obra!!!
Seguem algumas pistas para que você e sua equipe possam realizar a investigação...
ETAPA 1 – ELMENTOS INICIAIS SOBRE O CONTEXTO HISTÓRICO DE
UMUARAMA
Pista 1: A primeira pista refere-se a descrição histórica da chegada dos migrantes na
região de Umuarama na década de 1940. Durante os estudos sobre o histórico da
colonização da região de Umuarama, você entenderá como era a região antes e depois da
chegada de migrantes e qual era o contexto desta época.
Em 1924 uma missão econômica inglesa viera para o Brasil. O objetivo era estudar a
situação financeira e comercial do país.
Depois de muitos estudos e negociações, o grupo representado por Lord Lovart
resolveu adquirir terras em São Paulo e norte do Paraná, a fim de produzir algodão.
Em 1925 os ingleses compraram as terras no norte do Estado. Adquiriram a
Companhia de Terras Norte do Paraná, com incumbência de continuar vendendo pequenas
propriedades agrícolas de particulares e do Estado do Paraná.
Em 1943, em virtude das dificuldades ocasionadas com a Segunda Guerra Mundial, os
ingleses colocaram à venda a Companhia de Terras Norte do Paraná. Em 1944, nascia a
Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, adquirida por grupos capitalistas paulistas,
fazendo a região desenvolver, redistribuindo as terras, organizando fazendas de café e
engorda de gado, dando surgimento a várias cidades, entre elas nascia Umuarama. Em vista
de tantas melhorias a Companhia passou a se chamar Companhia Melhoramentos Norte do
Paraná, em 1951. A companhia abriu-se à agricultura, pecuária e ao desenvolvimento
industrial.
No Paraná entre as cidades fundadas pela Companhia temos como destaque: Londrina,
Arapongas, Apucarana, Maringá, Cianorte e Umuarama e ainda entre estas e outras, a cidade
de Jussara, onde deu início a uma nova atividade.
Núcleos básicos da colonização estabelecidos progressivamente, distanciados cerca de
100 quilômetros uns dos outros, na seguinte ordem: Londrina, Maringá, Cianorte e
Umuarama.
Figura 1: Mapa da Área colonizada pela Companhia de Terras Norte do Paraná / Companhia
Melhoramentos Norte do Paraná.
Fonte: CHIES, Cláudia; YOKOO, Sandra Carbonera. Colonização do norte paranaense: avanço da cafeicultura e
problemas decorrentes deste processo. Revista GEOMAE - Geografia, Meio Ambiente e Ensino. Vol. 03, Nº 01,
1º SEM/2012, p. 37. Disponível em: http://www.fecilcam.br/revista/index.php/geomae/article/viewFile/204/196
Acesso em janeiro de 2015.
Pista 2: Com objetivo de lhe ajudar na investigação, selecionamos um site com
informações complementares sobre esse período e que podem lhe ajudar. Acesse as
informações e bons estudos!
http://site996.provisorio.ws/melhoramentos/historia/
Pista 3: Algumas informações sobre o contexto e acessibilidade na região que
compreende o atual município de Umuarama.
“Na década de 1950, ainda estávamos quase que praticamente vivendo numa ilha
solitária rodeada por mata virgem por todos os lados. A primeira porta de entrada (ou vice
versa) era a trilha principal, único acesso entre Maringá, passando por outros vilarejos que
iam surgindo, e Umuarama, com condições sofríveis de tráfego de montarias, carroças e os
primeiros carros, “jardineiras” e “paus-de-arara”. As outras picadas, mais estreitas, eram mais
habituais aos índios e depois aos caçadores e mateiros. Anos depois, mesmo quando a CMNP
alargou o picadão e transformou-o numa estrada mestre, esse cenário narrado nesta crônica
continuou por muito tempo, enquanto não acabaram totalmente com as matas que margeavam
o percurso entre Maringá e Umuarama. Portanto, muita história continuou a percorrer aquele
longo, perigoso e fantástico caminho que serviu de entrada para os antepassados das gerações
de hoje e de amanhã”.
Disponível em: http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=8108 Acesso em
janeiro de 2015.
Pista 4: Aqui você vai encontrar detalhes sobre a leitura das trilhas da história. Está
curioso? Então clique no site:
http://goo.gl/0aegKp
Pista 5: É falsa a ideia de que a região era totalmente desabitada como muitos diziam.
As informações abaixo mostram a presença de índios na região antes da colonização oficial.
Veja mais...
Figura 2: Expedição Serra dos Dourados - Índios Xetás e os caçadores
Fonte: Acervo Cultural de Umuarama, (2010), sem identificação do fotógrafo, 1955.
“Em 1949, constatou-se na região da Serra dos Dourados, atualmente distrito de
Umuarama, a presença de índios desconhecidos, provenientes de Mato Grosso, que
supostamente estavam em expedição de reconhecimento. A primeira expedição para
estabelecer contato com os índios foi organizada graças à colaboração da Universidade do
Paraná e do Serviço de Proteção aos índios em outubro de 1955. Mas os índios fugiram em
direção à floresta, à medida que a expedição avançava pela mata. A partir desta visita, foi
decidida a criação de um posto de socorro na Fazenda Santa Rosa. Os Xetás descobertos ou
redescobertos, compreendiam um grupo de cerca de 200 a 300 indivíduos. Segundo
depoimentos, os Xetás desapareceram da Serra dos Dourados por causa do desmatamento.
“Muitos morreram ou retornaram para Mato Grosso.”
Disponível em:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=664286. Acesso em 27/01/2015.
Pista 6: O mapa a seguir mostra a trajetória da volta dos índios para Mato Grosso.
Fique atento a esse documento.
Figura 3: Mapa político do Paraná - Xetás retornam para Mato Grosso
Disponível em: http://img135.imageshack.us/img135/6829/localizao02if5.jpg Acesso em setembro de 2014.
Paula da Cruz e Nabor Silva (2003), em seus estudos, destacam o depoimento de José
do Nascimento Martins Tropa, residente no município de Umuarama desde 1957, Umuarama
antigo patrimônio de Cruzeiro do Oeste, “era um povoado de 5.829 habitantes. Com a
concentração de migrantes e imigrantes em vários pontos a cidade de Umuarama foi surgindo
e crescendo em larga escala. Desbravadores paulistas, mineiros, catarinenses e nordestinos
chegavam visando explorar as riquezas naturais, cultivar a terra e desfrutar do clima adequado
para o plantio do café. O comércio tinha uma divisão bem clara: portugueses trabalhavam no
comércio alimentício, os libaneses no comércio têxtil, japoneses no cultivo de grãos, cereais,
hortaliças e frutas e os nordestinos na mão de obra bruta, na construção civil e na zona rural”.
Referência:
CRUZ, Paula Andréia Gomes da Cruz; SILVA, Nabor Valério Naufel. Análise do Fluxo Migratório da Cidade de
Umuarama. AKRÓPOLIS - Revista de Ciências Humanas da UNIPAR, 2003, p. 188.
Foi muito bom conhecer um pouco mais sobre a história migratória do município.
Continue seus estudos.
Agora você quer saber mais sobre a infraestrutura, crescimento urbano, extração
vegetal e agricultura de Umuarama? Acesse essas informações no site abaixo, além de
encontrar informações sobre a década de 1950, outras décadas, também mostram sobre a
migração na formação de Umuarama. Vai ser muito importante para sua compreensão e
ajudará nos registros de sua carta documento. Boa leitura.
http://revistas.unipar.br/akropolis/article/viewFile/373/339
ETAPA 2 – DEPOIMENTOS DE MORADORES SOBRE O PERÍODO INVESTIGADO
Pista 1: Depoimentos de moradores da região de Umuarama.
Nesta pista, alguns moradores da região descreveram como ocorreu o período da
colonização, quais eram as conquistas, as dificuldades e desafios do cotidiano de uma época
em que ainda não havia um espaço tão modificado pela ação humana, o natural começava a
dar espaço para o planificado. Os depoimentos a seguir são importantes para a elaboração
da carta documento. Leia e coloque-se como sujeito histórico deste período.
Depoimento de Doracil Jardim, que nasceu em Tabatinga, estado de São Paulo no
dia 18 de julho de 1931, filho de José Fernandes Jardim, português, natural da Ilha da Madeira
e Aparecia Spina Jardim, natural de Dourados, estado de São Paulo.
“Meu pai era de família riquíssima de Portugal comenta o Senhor Doracil Jardim,
perderam tudo o que tinham em maus negócios, e por isso embarcaram para o Brasil,
escondido no porão do navio, porque não tinham dinheiro para pagar a passagem. Aqui
chegando, primeiramente fixou residência em Cornélio Procópio estado do Paraná e começou
a refazer sua vida e adquirir bens. Quando chegou na Região de Umuarama em 1952, relatou
que era só mato, usavam foice e machado para abrir os caminhos, e quando começou a
adentrar para o desbravamento, sua caminhonete, caiu em um buraco enorme, ficou uma
semana esperando ajuda até que apareceu um caminhão de tora para puxar. Nessa época só
tinha o Departamento de Terras Cruzeiro do Oeste, a Companhia Bygton, divisa com as terras
do estado do Paraná. Comprou terras da Companhia, alguns anos depois distribuiu suas terras
entre seus filhos para o desbravamento. Assim tem início a história colonizadora do Senhor
Doracil Jardim, que veio para Umuarama em 1953, conta que se casou com Jamili Buissa
Jardim, natural de Macaubal estado de São Paulo, nascida em 06 de novembro e 1932, para
derrubar mato e plantar café. Na Região de Serra Dourada, que só tinha índio, os Xetás.
Relata que seu pai teve contato com essa tribo quando ia caçar, pois os mesmos para chamar a
atenção dos caçadores como alerta para ficarem afastados, batiam nas árvores para fazer
barulho e afugentar os invasores. Comenta que os Xetás não usavam roupas. No decorrer do
tempo os índios começaram a chegar próximo ao acampamento a procura de comida. O
Senhor José pediu ao Governo verba para alimentar os índios Xetás e conseguiu essa ajuda”.
O Senhor Doracil Jadim termina esse depoimento declarando que se tornou agricultor e
depois trabalhou muitos anos como taxista e continua morando em Umuarama.
Entrevista realizada dia 05 10 2014.
Depoimento de Doracil Jardim Filho, filho de Doracil Jardim, e Jamili Buissa
Jardim, nasceu em Cornélio Procópio, estado do Paraná no dia 13 de fevereiro do ano de
1954.
“Relata que seu avô Elias Buissa, natural da Síria, casado com Faride Maluf Buissa,
veio para o Brasil na cidade de Macaubal estado de São Paulo. Comentava ao seu neto, que o
motivo da vinda para o Brasil, era de refúgio de guerra, ou seja veio fugido da guerra, porque
não suportava mais tanta matança, sendo que foi obrigado a matar, recebendo ordens como
soldado e tinha que cumprir ordens de superiores. Veio escondido no porão do navio, aportou
em São Paulo e fixou residência em Macaubal. Após alguns anos mudou-se para Cornélio
Procópio e depois veio para Xambrê em 1952, montou um Hotel e também investiu na
agricultura. Depois de dar início a carreira política, mudou-se para Umuarama em 1954.
Comentou que só tinha mato, havia pouca moradia, e teve contato com os índios Xetás, foi
desbravador de terras, e num futuro investiu em propriedades. Quando vivo, sempre que
encontrava uma oportunidade, contava sua história de imigrante para seus netos, e percebia-se
que ele mostrava orgulho em fazer parte deste contexto histórico”.
Entrevista realizada em 05/10/2014.
ETAPA 3 – ALGUMAS IMAGENS SOBRE A COLONIZAÇÃO DA REGIÃO
Pista 1: Você agora vai conhecer mais um pouco sobre a colonização de Umuarama
com visualização de algumas imagens.
Até esse momento você adquiriu um pouco mais de conhecimento sobre a história da
ocupação e vivência dos migrantes, para complementar seu aprendizado, visualize as fotos a
seguir. Transporte-se para essa época, e sinta-se como se fizesse parte dos cenários
apresentados na sequência.
Figura 4: Umuarama no início da colonização 1949
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 5: Início das construções em Umuarama 1951
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 6: Avenida Paraná, década de 1950
Disponível em: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=664286.
Figura 7: Primeira Missa, década de 1950. A primeira missa foi realizada em 16 de agosto de 1955,
pelo Frei Estevão Maria, em frente ao cruzeiro Marco de Fé, onde está situada a Igreja Matriz
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 8: Primeiro casamento realizado em Umuarama, década de 1950
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 9: Igreja São Francisco de Assis. Construída em madeira, na década de 1950, a antiga Igreja São
Francisco de Assis, era tão pequena que muitos fiéis ficavam fora no momento da missa, pois a igreja não
comportava todos e lembrando que eram pouquíssimos moradores
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 10: Hospital Umuarama década de 1950
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 11 Escola Isa Mesquita década de 1950
Fonte: Arquivo pessoal.
Falando em educação, as escolas eram muito simples, funcionando apenas duas ou três
salas de aula, onde os professores tinham que se esforçar para dar conta de educar alunos de
séries diferentes no mesmo espaço, era uma loucura, mas que deu certo, haja vista, tantos
profissionais que residem em Umuarama e que conseguiram sua formação dessa forma. Em
1958, foi ateado fogo na Escola Isa Mesquita queimando praticamente inteira, ficando apenas
seu alicerce. Quer saber mais? Acesse o site a seguir:
http://goo.gl/25zplG
Figura 12: Igreja São Francisco de Assis, reconstruída
Disponível em: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=664286
Você conheceu alguns aspectos históricos sobre a chegada e colonização dos migrantes
na região de Umuarama na década de 1940 E 1950. Ficou sabendo sobre o cotidiano das
pessoas que habitaram a região, através de depoimentos e fotos retratando o cenário da época
em estudo. Agora é sua vez de tornar-se um ator do período histórico.
Na sua carta documento, relate o que aprendeu com o uso da WebQuest sobre o
processo de ocupação de Umuarama, com a vinda da Companhia Melhoramentos Norte do
Paraná. Você tem como apoio, textos históricos, mapas, depoimentos e pesquisas próprias.
Saiba que você é parte da história antiga e atual.
Deixe registrado os motivos que os migrantes vieram para a região de Umuarama
entre as décadas de 1945 a 1955. Relate como era o espaço inicial, quais moradores viviam e
desfrutavam dessa paisagem inicial e porque alguns povos foram dizimados.
Desfrute dos materiais, inclusive depoimentos de moradores da região, e a partir das
entrevistas, faça perguntas a seus pais e avós sobre suas histórias de vivência, com certeza te
ajudará a enriquecer os detalhes para a elaboração do seu documento em forma de carta, sobre
a migração e colonização de Umuarama.
Sei que você está ansioso para dar continuidade ao seu trabalho, então siga em frente
com toda força e dedicação. Fica um site como sugestão, com texto e fotos que fazem parte do
cotidiano umuaramense, lá você vai ficar sabendo como ficou Umuarama após a chegada dos
migrantes depois da década de 1960. É muito interessante!
Visualize o site a seguir:
http://www.aciupr.com.br/historia-de-umuarama.php
AVALIAÇÃO
Este é o momento de avaliamos o seu desempenho e de sua equipe de investigação e o
resultado de trabalho com base nos seguintes itens:
Entrega da carta documento 15%
Interação com a história local 15%
Principais informações sobre a migração e colonização da região de
Umuarama no Paraná
20%
Organização das informações, clareza, objetividade e escrita correta 15%
Trabalho em grupo, empenho e cooperação no desenvolvimento da pesquisa 20%
Apresentação oral, facilidade de comunicação e interação com o grupo 15%
CONCLUSÃO
Que bom, você conseguiu realizar as tarefas e como investigador está de parabéns! Por meio
da WebQuest viajou pela história da migração e ocupação de Umuarama entre os anos de
1945 e 1955, passando por diversos caminhos e conhecendo uma nova e diferente maneira de
aprender. Que bom que conseguiu terminar a sua carta documento. Espero que continue a
investigar e a escrever, porque ainda tem muito a descobrir sobre a história local, como ficou
o município após a vinda dos migrantes em dias atuais, entre outras questões... Isso é apenas o
começo.
Vamos viajar no passado para entender e escrever a nova aventura. Espero você em um novo
encontro de volta ao passado através da história com tecnologia. Clique para saber mais. Boa
leitura.
http://www.umuarama.pr.gov.br/noticias/ler/2439/umuarama-completa-hoje-54-anos-de-
emancipacao.html
REFERÊNCIAS
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BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista; COUTINHO, Clara Pereira. Recomendações de
qualidade para o processo de avaliação de WebQuests. Ciências & Cognição, v. 17, nº 1, p.
73-82, 2012.
BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista; SANTOS, Camila Gonçalves. Revisão Sistemática da
Literatura de Dissertações Sobre a Metodologia WebQuest. Revista EducaOnline, v. 8, n. 2,
p. 1-41, 2014.
CAIMI, Flávia Eloisa. Por que os alunos (não) aprendem História? Reflexões sobre ensino,
aprendizagem e formação de professores de História. Tempo. Rio de Janeiro, v. 11, n° 21, 17-
32, 2006.
CAIMI, Flávia Eloísa. História escolar e memória coletiva: Como se ensina? Como se
aprende? In: MAGALHÃES, Marcelo; ROCHA, Helenice; GONTIJO, Rebeca (Org.). A
escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. p.
65-79.
CHIES, Cláudia; YOKOO, Sandra Carbonera. Colonização do norte paranaense: avanço da
cafeicultura e problemas decorrentes deste processo. Revista GEOMAE - Geografia, Meio
Ambiente e Ensino. Vol. 03, Nº 01, 1º SEM/2012.
CRUZ, Paula Andréia Gomes da Cruz; SILVA, Nabor Valério Naufel. Análise do Fluxo
Migratório da Cidade de Umuarama. AKRÓPOLIS - Revista de Ciências Humanas da
UNIPAR, 2003.
DODGE, Bernie. Webquest: uma técnica para aprendizagem na rede internet. Traduzido por
BARATO, Jarbas Novelino. WebQuests: A Technique for Internet – Based Learning,
publicado em The Distance Educator, v.1, n 2, 1995. Disponível em
<http://www.dm.ufscar.br/~jpiton/downloads/artigo_webquest_original_1996_ptbr.pdf>
Acesso em 15 de junho de 2014.
FERREIRA, Carlos Augusto Lima. Ensino de história e a incorporação das novas tecnologias
da informação e comunicação: uma reflexão. Revista de História Regional 4(2):139-157,
Inverno 1999.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo.
Papirus, 2012.
MARTINS, Hugo Manuel Oliveira. A WebQuest como recurso para aprender História:
estudo sobre significância histórica com alunos do 5º ano. Dissertação de mestrado em
Educação, Braga – Portugal: Universidade do Minho, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
de História. Curitiba: SEED, 2008.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. O Aprender da História no Brasil: Trajetórias e
Perspectivas 1 . Coleção Ensino de História. São Paulo: Editora UFRN, 2008.
VALENTE, José Armando. A espiral da aprendizagem e as tecnologias da informação e
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VALENTE, José Armando. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador. In:
Gestão escolar e tecnologias: formação de gestores escolares para o uso das Tecnologias da
Informação e Comunicação. Série “Pedagogia de Projetos e Integração de Mídias” - Programa
Salto para o Futuro, setembro, 2003. Disponível em: <http://www.tvebrasil.com.br/salto>.
ZUIN, Vânia Gomes; ZUIN, Antônio Álvaro Soares. Professores, tecnologias digitais e a
distração concentrada. Educar em Revista, Curitiba, n. 42, p. 213-228, out./dez. 2011.
ANEXO
Questionário
Investigação da realidade sócio educacional dos estudantes
BLOCO I – QUESTÕES SOCIOECONÔMICAS
1) Sexo
() F
() M
2) Qual é a sua idade?
( ) 11
( ) 12
( ) 13
( ) 14
( ) Outra. Qual? [___]
3) Qual a cidade onde nasceu?
4) Qual a cidade onde mora?
5) Sua residência está localizada na:
( ) Zona rural
( ) Zona urbana
6) Quantas pessoas moram na sua casa? (Contando com você)
( ) 2
( ) 3
( ) 4
( ) 5
( ) 6
( ) 7
( ) 8 ou mais pessoas
7) Com quem você mora?
( ) Pais
( ) Avós
( ) Outros parentes (tios, primos)
( ) Amigos
( ) Sozinho (a)
8) Qual a renda familiar?
( ) Até 1 salário (724,00)
( ) Entre 1 e 2 salários
( ) Entre 2 e 5 salários
( ) Entre 5 e 10 salários
( ) Entre 10 e 20 salários
( ) Mais de 20 salários
9) Recebe algum benefício social? (Bolsa Família, Bolsa Escola, PETI, ProJovem)
( ) Sim
( ) Não
BLOCO II – RELAÇÕES COM O ENSINO
10) Alguma das pessoas da sua família (pai, mãe ou irmãos) já fez faculdade ou está
fazendo?
( ) Sim
( ) Não
11) Você pretende fazer faculdade após a conclusão do Ensino Médio?
( ) Sim
( ) Não
12) Você já teve alguma atividade remunerada durante seus estudos?
( ) Sim
( ) Não
13) Ficou algum ano sem estudar ou repetiu de série?
( ) Sim
( ) Não
14) Sempre foi aluno de escola pública?
( ) Sim
( ) Não
BLOCO III – RELAÇÕES COM INFORMÁTICA E INTERNET
15) Na escola você utiliza o laboratório de informática com frequência?
( ) Sim
( ) Não
16 - Você já utilizou a internet?
() Sim
() Não
17 - Possui computador em casa?
( ) Sim
( ) Não
18 - Possui internet em casa?
( ) Sim
( ) Não
19 - Você gostaria de utilizar a internet para aprender História?
() Sim
() Não
20 - Gosta das aulas em que são utilizados os computadores?
() Sim
() Não
21 - Você acha que é possível aprender História recorrendo ao computador e à
informações disponíveis na internet?
() Sim
() Não
22 - Qual o tipo de computador que você possui em casa?
() De mesa
() Portátil (Note, Net)
() Tablet
() Não sabe
() Não possuo nenhum tipo de computador
23 - Você leva computador portátil para escola?
() Sim
() Não
() Não possuo computador portátil
24 - Você leva tablet para a escola?
() Sim
() Não
() Não possuo tablet
25 - Com que frequência você utiliza a internet?
() Todos os dias ou quase todos os dias
() Pelo menos uma vez por semana
() Pelo menos uma vez por mês
() Menos de uma vez por mês
() Não acesso internet
26 - Em qual local você acessa a internet?
() Em casa
() Na casa de outro pessoa
() Na escola
() Local de acesso pago
() Em algum outro estabelecimento de ensino
() Local público de acesso gratuito
() Outro local
() Não tenho acesso à internet
27 - Você acessa a internet utilizando o celular?
() Sim
() Não
28 - Caso tenha utilizado a internet via celular, em qual local acessou?
() Fora da escola
() Na escola
() Não acesso internet via celular
29 - Qual a sua percepção de habilidade no uso da INTERNET nos seguintes itens:
ENVIAR E-MAILS
() Muita dificuldade
() Pouca dificuldade
() Nenhuma dificuldade
() Não costumo realizar essa atividade
() Nunca realizei essa atividade
() Não utilizo internet
FAZER BUSCA DE INFORMAÇÕES UTILIZANDO UM BUSCADOR (Ex: Google,
Yahoo, etc).
() Muita dificuldade
() Pouca dificuldade
() Nenhuma dificuldade
() Não costumo realizar essa atividade
() Nunca realizei essa atividade
() Não utilizo internet
ENVIAR MENSAGENS INSTANTÂNEAS (Bate-papo)
() Muita dificuldade
() Pouca dificuldade
() Nenhuma dificuldade
() Não costumo realizar essa atividade
() Nunca realizei essa atividade
() Não utilizo internet
PARTICIPAR DE SITES DE RELACIONAMENTO (Ex: Facebook, Foursquare, Google+,
etc.).
() Muita dificuldade
() Pouca dificuldade
() Nenhuma dificuldade
() Não costumo realizar essa atividade
() Nunca realizei essa atividade
() Não utilizo internet
POSTAR FILMES OU VÍDEOS NA INTERNET
() Muita dificuldade
() Pouca dificuldade
() Nenhuma dificuldade
() Não costumo realizar essa atividade
() Nunca realizei essa atividade
() Não utilizo internet
30 - Como você aprendeu a usar o computador e a internet?
() sozinho
() Com outras pessoas
() Fez um curso específico
() Com o professor na escola
() Com outros alunos
() Não aprendi a usar nem o computador nem a internet
31 - Qual é o local de uso do computador e internet para realização de atividades como:
FALAR COM O PROFESSOR PELA INTERNET
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não converso com o professor pela internet
FAZER LIÇÕES E EXERCÍCIOS QUE O PROFESSOR PASSA
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não utilizo computador e internet para fazer as tarefas
FAZER PROJETOS OU TRABALHOS SOBRE UM TEMA
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não utilizo computador e internet para fazer trabalhos
FAZER PESQUISA PARA A ESCOLA
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não utilizo computador e internet para fazer pesquisas
JOGAR JOGOS EDUCATIVOS
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não utilizo computador e internet para jogos educativos
TRABALHO EM GRUPO
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não utilizo computador e internet para fazer trabalhos em grupo
FAZER APRESENTAÇÕES PARA SEUS COLEGAS DE CLASSE
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não utilizo computador e internet para fazer apresentações
APRENDER COM O PROFESSOR A USAR O COMPUTADOR E A INTERNET
() Na escola
() Em casa
() Em outro local
() Não mantenho contato com o professor para aprender utilizar computador e internet
32 - No caso de ter utilizado o computador e internet para a realização de atividades na
escola, nos indique em qual ambiente:
() No laboratório de informática/sala de computadores
() Na biblioteca
() Na sala de aula
() Na sala dos professores
() Na secretaria ou diretoria
() Em outros espaços da escola
BLOCO IV – RELAÇÕES COM O ENSINO DE HISTÓRIA
33 - Fale com suas palavras o que significa a História para você:
34 - Qual a disciplina que você mais gosta? Por quê?
35 - Qual a disciplina que você menos gosta? Por quê?
36 - Assinale a (as) alternativa(s) que você considera fonte para escrever a História.
( ) Achados arqueológicos (vasos, ferramentas, etc)
( ) Jornais, revistas
( ) Documentos oficiais
( ) Cartas, diários, relatos de viagem
( ) Fontes audiovisuais ( filme, desenho, foto, música)
( ) Fontes orais (depoimentos, entrevistas)
( ) Obras de arte ( pinturas, esculturas)
37 - O que você mais gosta nas aulas de História? Por quê?
38 - O que você menos gosta nas aulas de História? Por quê?
39 - Você considera a História importante para a sua vida? Por quê?
40 - O que significa a História para você?
Discordo totalmente/ Discordo/ Mais ou menos/ Concordo/ Concordo totalmente
a. Uma matéria da escola e nada mais
b. Uma fonte de coisas interessantes que estimula minha imaginação
c. Uma possibilidade para aprender com os erros e acertos dos outros, ensinando assim o que
é bom e o que é mau.
d. Algo que já morreu e passou e que não tem nada a ver com a minha vida. É uma
amontoado de crueldades e desgraças.
e. Mostra o que está por trás da maneira de viver no presente e explica os problemas atuais
f. Uma forma de entender a minha vida como parte das mudanças na história
41 - Em sua opinião, qual a importância de cada um dos seguintes objetivos ao se
estudar a história:
Muito pouca importância/ Pouca importância/ Alguma importância/ Importante / Muito
importante a. Conhecer o passado
b. Compreender o presente
c. Buscar orientação para o futuro
42 - Quais as formas em que a História aparece que mais te agrada?
Muito pouco/ Pouco/ Mais ou menos/ Gosto/ Gosto muito a. Livros escolares
b. Documentos e outros vestígios
c. Romances históricos
d. Filmes
e. Novelas e minisséries
f. Documentários na televisão
g. Falas dos professores
h. Falas de outros adultos (pais, avós)
i. Museus e lugares históricos
j. Sites na internet
43 - O que normalmente acontece durante as aulas de História?
Nunca/ Quase nunca/ Às vezes/ Frequentemente/ Quase sempre a. Ouvimos as falas dos professores sobre o passado
b. Somos informados do que foi bom ou mau, certo ou errado na História
c. Discutimos diferentes explicações sobre o que aconteceu no passado
d. Pesquisamos diversas fontes históricas: documentos, fotografias, figuras, mapas
e. Nós mesmos recordamos e damos as nossas opiniões sobre a História
f. Ouvimos CDs ou vemos filmes e vídeos sobre História
g. Usamos livros didáticos, apostilas ou algum outro material (xerox)
h. Fazemos trabalhos de grupo, teatro, visitas a museus, projetos com a comunidade
44 - Qual seu interesse sobre a história dos seguintes lugares:
Nenhum/ Pouco/ Médio/ Grande interesse/ Interesse total
a. A história do lugar onde vivo
b. A história da minha região
c. A história do Brasil
d. A história de países vizinhos do Brasil
e. A história do mundo
45 - Que influência você acha que terão os seguintes fatores na mudança da vida das
pessoas de agora até 2.050?
Muito pouca/ Pouca/ Média/ Grande/ Muito grande a. Invenções técnicas e mecanização
b. Movimentos e conflitos sociais
c. Reis, presidentes e personagens politicamente importantes no poder
d. Religiões e chefes religiosos
e. Desenvolvimento da ciência e do conhecimento
f. Guerras e conflitos
g. Avanços tecnológicos
h. Interesses econômicos e concorrência econômica
i. Filósofos, pensadores e pessoas instruídas
j. Revoluções políticas
k. Problemas ambientais
l. Migrações
m. Organização dos trabalhadores
n. Esforço pessoal
o. Cientistas e engenheiros
46 - Como você pensa que era a vida na região em que vive há 40 anos?
a. Pacífica
b. Explorada por um país estrangeiro
c. Próspera e rica
d. Democrática
e. Poluída
f. Agitada por problemas entre ricos e pobres
g. Agitada por conflitos políticos
h. Habitada por mais pessoas que hoje
i. A população era bem menor que a de hoje
47 - Como você pensa que estará a região em que vive daqui 40 anos?
a. Na minha opinião não mudará em nada.
b. Acredito que será mais próspera e rica
c. Vai ser um lugar tranquilo para se viver.
d. Terá maior desigualdade social.
e. Na minha opinião terá muita violência, drogas e insegurança.
f. Penso que a população diminuirá buscando centros maiores para viver.
g. Penso que a população aumentará, pois pessoas dos grandes centros tendem a buscar
lugares menores para viver.
48 - Como são os jovens de nosso país? Marque apenas uma alternativa, a que você
considerar mais importante.
( ) a. Irresponsáveis
( ) b. Trabalhadores
( ) c. Participativos
( ) d. Violentos
( ) e. Criativos
( ) f. Comprometidos
( ) g. Individualistas
( ) h. Solidários
( ) i. Indecisos
49 - Pensando na sua vida, nos diga como você a vê daqui 40 anos:
a. Terei um trabalho prazeroso
b. Terei uma família feliz e harmoniosa
c. Terei bons amigos
d. Terei um salário muito alto
e. Estarei morando aqui na minha cidade mesmo sem mudanças.
f. Terei liberdade política e individual (vou poder fazer minhas escolhas sem problemas)
g. Vou estar no auge da minha maturidade, ainda curtindo a vida.
h. Participarei da vida política ativamente
i. Terei tempo livre para participar de atividades interessantes de lazer
j. Estarei trabalhando muito, sem tempo para realizar outras atividades.
50 - Marque apenas uma alternativa, a que você considerar mais importante.
Em sua opinião, a juventude deve:
( ) a. Lutar por suas ideias e ideais
( ) b. Divertir‐se e curtir a vida
( ) c. Preocupar-se e se preparar para o futuro
( ) d. Assumir responsabilidades trabalhando
( ) e. Definir objetivos de vida para si
( ) f. Não deve se preocupar com nada, apenas viver o momento.