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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Abordagens teóricas e práticas no ensino do relevo no estado do Paraná:
ênfase no Terceiro Planalto Paranaense
Autora: Ivana Nunes1
Orientadora: Profa Dr
a Marta Luzia de Souza
2
Resumo. O ensino da geografia, na Educação Básica, constrói possibilidades e permite aos educandos uma apreensão crítica da realidade, pois os mesmos devem se posicionar de forma propositiva diante dos reais problemas enfrentados. Neste sentido, o presente artigo descreve as práticas que foram realizadas para desenvolver nos alunos o prazer e o conhecimento sobre o estudo do relevo do estado do Paraná, especificamente com enfoque no Terceiro Planalto Paranaense. Tendo em vista a diversidade de paisagem e a multiplicidade de estudos que podem ser realizadas sobre o relevo do Paraná, observa-se que as diversas estratégias para o ensino geográfico de lugar, território, natureza, sociedade, região e paisagem podem ainda ser de forma mais clara, precisa, harmoniosa e interessante para a maioria dos alunos dependendo da maneira como ela é tratada na sala de aula. Neste sentido, o presente artigo analisou que é possível despertar no aluno o prazer e o gosto pelo estudo da Geografia, especificamente em relação ao tema abordado. Palavras-chave: Paraná; relevo; planalto; paisagem, natureza.
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1 Professora de Geografia da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná, atuante no
Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental e Médio. Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/Turma 2013, graduada em Geografia e especialista em Orientação Educacional e Arte Terapia. E-mail: <[email protected]>.
2 Professora Associada do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá.
Doutora em m Geociências pela UNESP – Rio Claro.
1. INTRODUÇÃO
O estudo da Geografia na escola pública brasileira intensificou-se a
partir da necessidade de discussões contínuas sobre o verdadeiro papel do
ensino básico no projeto de sociedade que se quer formar para a nação. A
educação forma o cidadão para tornar-se crítico e consciente, que o mesmo
desenvolva pesquisas sobre o conhecimento científico, reflexivo-filosófico e ela
incentiva à responsabilidade com a ciência da natureza, assim como a
Geografia Física.
Observa-se a emergência de métodos próprios para os estudos das
Ciências Naturais, tornando o educando objeto e sujeito desse conhecimento.
As questões ambientais e culturais estiveram inseridas nos temas geográficos
desde a institucionalização da Geografia e foram abordadas de várias
perspectivas teóricas, das descritivas às críticas, pois quando, somente
inserida no currículo, não acrescenta o aspecto cognitivo de aprendizagem.
É preciso ressaltar que, quando nos dirigimos à natureza, lembramo-nos
de sua conservação e esse dever é de todos os seres humanos. Consiste em
tentar salvar o que preserva da natureza original, isto é, restaurar os equilíbrios
comprometidos com as atividades industriais, agrícolas e urbanas. À medida
que a população cresce, aumenta-se a pouca informação de um aluno
consciente das relações socioespaciais de seu tempo. O ensino de Geografia
deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas, considerando-se a
diversidade de paisagens e a multiplicidade de estudos, ampliando seu saber
para seu futuro e, principalmente, valorizando e percebendo o quanto é útil e
prazeroso estudar os espaços geográficos.
Sendo a educação escolar, o meio mais correto de aquisição dos
conhecimentos da Geografia, o presente artigo demonstra que, juntamente
com os alunos/escola, pode possibilitar estudos profundos e pesquisas sobre
partes geográficas existentes no Estado do Paraná, viabilizando,
aprendizagens fundamentadas dentro de uma perspectiva crítica com a análise
do espaço geográfico, cuja divisão, foi apresentada um dia por um geólogo
alemão, Reinhard Maack, que veio ao Brasil, particularmente a Curitiba, para
desenvolver estudos, em 1953.
Ele elaborou um mapa geológico-geomorfológico para o Estado do
Paraná, no qual demonstrou a existência de cinco regiões compreendendo:
três planaltos, uma região serrana e uma região litorânea.
Portanto, ainda que o estudo sobre Planaltos do Paraná não seja
desconhecido pelos estudantes paranaenses, é imprescindível e significativo
que o professor trabalhe o conceito de região e propicie a compreensão do
fenômeno regional num processo histórico e social responsável. Enfim, é
importante que os alunos conheçam e compreendam a regionalização em sua
totalidade.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O espaço geográfico é entendido como interdependente do sujeito que o
constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do conhecimento
nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles,
entendendo-os como dois pólos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito
torna-se presente no discurso geográfico (SILVA, 1995, p. 51).
Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Básica (2008, p.31), a
escola deve formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e
que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
Ainda, segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Básica (2008, p.
51) a análise em relação ao ensino de Geografia começa pela compreensão do
seu objeto de estudo. Muitos foram os objetos da Geografia antes de se ter
algum consenso, sempre relativo, em torno da ideia de que o espaço
geográfico é o foco da análise. Entretanto, a expressão espaço geográfico,
bem como os conceitos básicos da Geografia – lugar, paisagem, região,
território, natureza, sociedade – não se autoexplicam. Ao contrário, são termos
que exigem esclarecimentos, pois, a depender do fundamento teórico a que se
vinculam, refletem posições filosóficas e políticas distintas.
No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos
básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de
diferentes correntes de pensamentos se especializaram, percorreram caminhos
e métodos de pesquisas diferentes, de modo que evidenciaram e, em alguns
momentos, aprofundaram a dicotomia Geografia Física e Geografia Humana.
Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários,
assim como em algumas práticas escolares. Diante disso, propõe-se um
trabalho conjunto que vise superar a dicotomia entre Geografia Física e
Humana, parte do construto histórico com o qual os professores de Geografia
convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.
O conceito de paisagem, na discussão da Geografia, começou a ser
sistematizado no final do século XIX, a partir do pensamento naturalista e foi
marcado pela dicotomia entre paisagem natural e paisagem humanizada ou
cultural.
A paisagem natural era definida pela composição orgânica dos
elementos naturais (clima, vegetação, relevo, solo, fauna, hidrografia, etc.) que
diferenciavam áreas de extensões variáveis. A paisagem cultural, por sua vez,
era vista como resultado de um relacionamento harmonioso entre os
objetos/elementos naturais e o homem, agente que se adaptava às condições
naturais (em termos biológicos) e, também, usava elementos do meio em seu
benefício, por meio de técnicas que era capaz de desenvolver.
Em termos teóricos, a identidade da paisagem cultural de um lugar se
fazia pela sua classificação em um estágio de civilização, ou seja, de acordo
com a evolução do gênero de vida que a produziu. Essa noção aproximava os
conceitos de paisagem e região, tornando-os similares, pois as paisagens
delimitariam regiões geográficas. À Geografia, caberia estudar exaustivamente
cada região-paisagem, descrevendo detalhadamente e comparando umas às
outras, até que todas as regiões-paisagens do planeta estivessem
identificadas. Assim, a compreensão do todo espacial do planeta dar-se-ia pelo
estudo de suas partes, de acordo com o método positivista.
Até meados do século XX, essa abordagem teórica e metodológica do
conceito de paisagem se manteve predominante. Porém, com o movimento de
renovação do pensamento geográfico, desencadeado depois da Segunda
Guerra Mundial, houve um abandono da concepção de região-paisagem,
considerada insuficiente para explicar o espaço geográfico na ordem mundial,
política e econômica que, então, se estabelecia (Diretrizes Curriculares de
Educação Básica, 2008, p. 54).
Para a geografia crítica, uma das correntes teóricas daquele movimento
de renovação, as paisagens não se autoexplicam, pois fazem parte de uma
totalidade socioespacial determinada por interesses econômicos e políticos,
definidos por relações internacionais. Ao definir paisagem tão somente pelo
aspecto empírico, tais correntes levavam a visões reducionistas do espaço
geográfico.
Há muito tempo, busca-se um ensino de Geografia voltado às ações
concretas de forma simples e clara para os alunos da escola pública brasileira.
Nas últimas décadas, aumentaram-se os estudantes, onde justifica a
necessidade de novas técnicas de ensino para a sociedade onde estão
inseridos.
O homem não é um objeto neutro no interior da região. Apreende desigualmente o espaço que o rodeia, emite juízos sobre os lugares, é retido ou atraído, conscientemente ou inconscientemente, engana-se ou enganaram-no... Do homem à região e da região ao homem, as transparências da racionalidade são perturbadas pela inércia dos hábitos, as pulsões da afetividade, os condicionamentos da cultura, os fantasmas do inconsciente. O “espaço vivido”, em toda a sua espessura e complexidade, aparece assim como o revelador das realidades regionais, estas têm certamente componentes administrativos, históricos, ecológicos, econômicos, mas também e mais profundamente, psicológicos. A região, se existe, é um espaço vivido (FREMONT, 1980, p. 16-17).
Nesse sentido, é preciso lembrar que muitas pessoas não conhecem a
parte geográfica do Estado onde vive. No caso, o estudo concreto dos relevos
do Estado do Paraná ainda é algo distante da nossa realidade, principalmente
para a compreensão e o entendimento da reorganização de espaço com
aprendizagem. É uma disciplina rica em detalhes, por isso deve ser avaliada de
forma única. “O processo de trabalho exige um aprendizado prévio, o homem
necessita aprender a natureza a fim de poder apreendê-la” (SANTOS, 1998, p.
88).
Dessa forma, a escola torna-se essencial e propícia para um estudo
voltado aos relevos do Paraná, desde a ocupação e paisagem do Primeiro, do
Segundo e do Terceiro Planalto, ou seja, um pouco da história, desde a cobiça
pelas terras dos planaltos (pelo ouro existente), grupos de nomes de origem
indígenas e seus costumes.
É imprescindível lembrar que muitos desconhecem a formação do
relevo, e sua forma de ocupação desde os caminhos, os transportes atuais, as
plantas nativas exploradas, a ocupação dos mineradores e comerciantes. Os
portugueses se fixaram no Paraná com interesses na região pelo ouro e ali
encontraram áreas de metais, como o ferro, chumbo e o cobre, ouro e a prata,
calcário, talco, mármore, bem como os municípios onde foram encontrados.
A noção de região geográfica não é definida por um caráter único, agrícola, industrial, demográfico etc., mas por um conjunto de dados criando, por suas combinações, a fisionomia particular de uma região (...). Os critérios de regiões naturais e de regiões
administrativas foram substituídos pelo de regiões geográficas, que se esforçam em fazer síntese entre a geografia natural, no sentido estreito da palavra, e a geografia humana (COLSON, 1947, p. 12).
O Estado do Paraná apresenta uma grande variedade nas formas de
relevo. No conjunto, apresenta uma sucessão mais ou menos harmoniosa de
planaltos, cada qual com características bem típicas. Tais diferenciações são
de ordem topográfica, climática e geológica. De leste para oeste, logo após a
Planície Litorânea, há a Serra do Mar, onde há a área ambiental mais
preservada do território estadual, com a exuberante flora subtropical,
dominante nos estados sulinos. O ponto mais elevado não só do estado, mas
de toda a porção meridional do Brasil, é o pico Paraná com 1.962 metros de
altitude.
A partir das encostas ocidentais da Serra do Mar, começa o Primeiro
Planalto ou Planalto de Curitiba, cuja altitude varia entre 850 e 950 metros,
estende-se até a Serra de São Luís do Purunã. Surge aí o Segundo Planalto ou
Planalto de Ponta Grossa, formando a região dos Campos Gerais. Em sua
porção oriental, vento e chuva esculpiram por milhões de anos as famosas
formações de arenito de Vila Velha. A altitude média deste planalto, 1.188
metros, baixa em seu extremo, às margens do Rio lvaí, para 484 metros
(MARQUES, 2005, p. 12).
Na faixa mais oeste do Estado, aproximadamente dois terços do
território, situa-se o Terceiro Planalto Paranaense, ou de Guarapuava, que vai
terminar nas margens do Rio Paraná, onde sua altitude média se reduz a 170
metros. Todo ele é percorrido por extensos rios, o Ivaí, o Piquiri, o Iguaçu,
constituídos por diversas cachoeiras, destacando-se as famosas Cataratas do
Iguaçu (MARQUES, 2005, p. 18).
O Terceiro Planalto Paranaense está compartimentado na área que vai
desde a Serra Geral até as margens do rio Paraná. Lembre-se de que a Serra
Geral compreende o degrau de transição entre o Segundo Planalto
Paranaense e o Terceiro Planalto Paranaense, conforme a classificação feita
por Maack (1953) e que foi aqui adotada.
A Serra Geral é a denominação que envolve os derrames de lava
basáltica que tiveram seu início em meados do Período Jurássico, se
estendendo até o meio do Período Cretáceo. Além dessa litologia, esse
contraforte da escarpa mesozóica também compreende os arenitos Pirambóia,
na base, e os arenitos Botucatu, intermediariamente. Deve-se notar que esse
arenito compreende o chamado Aqüífero Guarani. Na porção noroeste do
estado do Paraná, os basaltos que foram a Formação Serra Geral são
recobertos por arenitos de origem eólica e/ou fluvial, denominados Formação
Caiuá.
O Terceiro Planalto Paranaense possui uma inclinação leste/oeste, indo
de aproximadamente 1.250m na região central (Serra da Esperança) até
altitudes menores do que 250m, na margem com o rio Paraná.
Há uma homogeneidade do ponto de vista geomorfológico em quase
toda a extensão desse planalto, pois somente naqueles quatro
subcompartimentos descritos por Maack (1968) é que se observa a existência
de movimentação no terreno, caracterizada pela presença de blocos
soerguidos que quebram a homogeneidade aparente dessa unidade.
Na região de Apucarana, alguns pontos se elevam em altitudes de 850 a
900m em uma sucessão de altos e baixos que se estendem por uma área que
acompanha, paralelamente, a escarpa mesozóica, originando um relevo de
serra. O bloco planáltico de Campo Mourão, situado entre os rios Piquiri e Ivaí,
determina uma área movimentada na borda do Terceiro Planalto Paranaense,
com altitudes que podem chegar a 1.150 metros, decrescendo em direção às
margens do rio Paraná (+230 metros).
Na parte noroeste, o relevo torna-se bastante suave, com colinas
levemente onduladas funcionando como divisores de água. O bloco planáltico
de Guarapuava, como uma faixa situada entre os rios Iguaçu e Piquiri,
apresenta um relevo também ondulado, com colinas que separam largos vales.
Ao sul do ri Iguaçu, na região de Palmas, temos o divisor de águas Iguaçu-
Uruguai, com a altitude diminuindo de 1.150 metros para 300 metros no vale do
rio Iguaçu.
A relação de conceitos em Geografia é ampla e, a perspectiva da
função formativa da disciplina é vincular a noção ampla de território, assim
como a localização, distribuição, diferenciação, difusão, entre outros. Os
diversos conteúdos e métodos, assim como os distintos conceitos básicos de
referência, terão enfoque especial, considerando o estudo como objeto de
estudo e análise, onde possa permitir detectar, descrever e explicar fatos
distintos (EAD, 25, p.158, 159).
3. MÉTODO DE INTERVENÇÃO REALIZADO
A pesquisa foi realizada com a participação de alunos do 9º ano do
Ensino Fundamental, período matutino, do Colégio Estadual Marechal Costa e
Silva – Ensino Fundamental e Médio, município de Cidade Gaúcha,
pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Cianorte, estado do Paraná.
No decorrer das atividades – período de março a junho de 2014 – a
intenção foi despertar no aluno o prazer e o gosto pelo estudo da Geografia,
como também promover estudos sobre a localização do território paranaense,
bem como seus aspectos gerais e verificar a importância dos três planaltos e o
desenvolvimento de serras existentes.
A pesquisa foi pautada e desenvolvida por meio de estudos e pesquisas
sobre os tipos de relevos do Estado do Paraná, bem como suas divisões,
recursos naturais, altitudes, planícies e planaltos, destacando o terceiro
Planalto Paranaense e seu relevo dominante. Os alunos e professor
procuraram sintetizar os diferentes tipos de regiões do relevo que compõem o
Estado do Paraná, mostrando para cada uma dessas divisões, suas efetivas
características, com destaque no Terceiro Planalto Paranaense, observando-se
os blocos planálticos de Apucarana, o bloco do planalto de Campo Mourão, o
bloco do planalto de Guarapuava e o declive do planalto de Palmas, conforme
descrito por MAACK (1968, p. 20).
Para a implementação da proposta foi distribuída aos alunos apostilas
com informações teóricas sobre o tema. Todos os alunos foram informados
sobre a proposta de estudo e a intenção de trabalhar com os mapas
A primeira etapa teve início por meio de exposição oral e um breve
comentário a respeito do relevo paranaense de maneira teórica. Dando
continuidade à implementação, os alunos acessaram sites educacionais para
melhor conhecerem o relevo paranaense e foram convidados a responderem
questionamentos direcionados, na qual, o objetivo principal, estava nas
respostas, sendo algumas de cunho objetivo e algumas de cunho subjetivo a
respeito do relevo do Estado do Paraná.
Os alunos, de maneira lúdica, montaram um quebra-cabeça
visualizando a imagem no site http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Maparelevopr.gif.
(Figura 1).
Figura1 – Relevo do Estado do Paraná
E, aproveitando esse lado lúdico, a outra atividade que fez grande
sucesso foi o caça palavras. Os alunos, mesmo sendo alunos do 9º ano
gostaram demasiadamente destas atividades porque acabaram saindo da
rotina educacional a qual eles estão acostumados (Quadro 1).
Dando continuidade à implementação os alunos foram direcionados,
sempre sendo levados à sala de informática, como também tendo como apoio
a apostila contendo os conteúdos abordados, a conhecerem mais
profundamente o Terceiro Planalto Paranaense.
Os alunos também viajaram para Campo Mourão com o intuito de
visualizarem o relevo desta região. A viagem foi extremamente educacional e
abrilhantou o processo ensino-aprendizagem. Os alunos fizeram várias
perguntadas pautadas com a teoria na qual eles estavam sendo direcionados
Quadro 1: Exercício lúdico: caça palavras.
Atividade: caça-palavras a partir do texto e os alunos deverão observar as palavras que estão em negrito para realizarem o exercício proposto, disponível no link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_planalto_paranaense O Planalto de Guarapuava, também conhecido como Terceiro Planalto do Paraná é um planalto do Brasil e vai desde a Serra do Cadeado até ao rio Paraná, no sentido Leste-Oeste. O Terceiro Planalto Paranaense é caracterizado em sua hipsométrica por áreas que vão desde aproximadamente 800 até 200 metros, as margens do rio Paraná. A principal formação deste planalto, é a Formação Serra Geral, uma formação basáltica que data do Cretáceo ,juntamente com outra formação de grande relevância, a Formação Caiuá, sendo esta constituída de arenitos. As principais cidades situadas sobre o Terceiro Planalto Paranaense são: Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Cianorte, Campo Mourão, Pato Branco, Paranavaí, União da Vitória, Guarapuava e Umuarama. Os principais rios que cortam o Terceiro Planalto, são: rio Iguaçu, que tem sua montante na depressão de Curitiba e sua jusante no rio Paraná; rio Ivai, que nasce junto a Serra do Cadeado, e correndo a oeste que vem a desaguar também no rio Paraná e o rio Tibagi que tem seu ponto de desague no rio Paranapanema.
Caça-palavra
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Para avaliar os alunos, foi proposto que eles fizessem uma mesa
redonda, na qual os alunos explanaram a respeito da economia do Estado do
Paraná em relação aos dias atuais de maneira crítica sempre pautados na
teoria que eles aprimoraram com o decorrer da implementação.
Todas as atividades confeccionadas pelos alunos foram expostas para
que toda a comunidade escolar tivesse o acesso ao conhecimento na qual os
alunos desta turma estiveram envolvidos com o conhecimento a respeito do
relevo do nosso Estado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As estratégias de ensino aqui apresentadas utilizando-se as várias
atividades práticas oportunizaram aos alunos conhecer o relevo do Estado do
Paraná, em especial o Terceiro Planalto Paranaense,pois o projeto propiciou o
diálogo, a discussão, o senso crítico e o debate em relação a assuntos
considerados relevantes no âmbito escolar. As práticas aqui sugeridas
resgataram novas formas de abordagens viabilizando instrumentos menos
convencionais no cotidiano escolar que enriqueceram o processo ensino-
aprendizagem.
Considerando que o ensino de Geografia no ensino fundamental deve
estar comprometido com o desenvolvimento crítico do aluno, a fim de
transformá-lo num leitor competente, capaz de exercitar sua cidadania e atuar
no meio em que vive, a proposta desta pesquisa alcançou o seu objetivo.
REFERÊNCIAS
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MARQUES, Américo José. Geografia do Paraná. Maringá: EDUEM, 2005.
59p.
SANTOS, Por uma globalização. 16 ed. Rio de Janeiro – São Paulo: Editora
Record, 2008, p. 88.
SILVA, M. C. T. O método e a abordagem dialética em Geografia. Revista
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