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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICA
Título: Relevo do Estado do Paraná com enfoque no Terceiro Planalto
Paranaense
Autor: Ivana Nunes
Disciplina / Área: Geografia
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Marechal Costa e Silva –
Ensino Fundamental e Médio – Cidade
Gaúcha
Município da escola: Cidade Gaúcha
Núcleo Regional de
Educação:
Cianorte
Professora Orientadora: Professora Doutora Marta Luzia de Souza
Instituição de Ensino
Superior:
Universidade Estadual de Maringá - UEM
Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa, História, Arte
Resumo: Tendo em vista a diversidade de paisagens e
a multiplicidade de estudos que podem ser
realizados sobre o relevo do Paraná,
compreende-se que existe a necessidade de
várias metodologias, estudos e pesquisas a
serem utilizadas para esse fim. As diversas
estratégias para o ensino sobre relevo se
forma a partir de conceitos geográficos de
lugar, território, natureza, sociedade, região e
paisagem, mas a abordagem do relevo pode
ainda ser de forma mais clara, precisa,
harmoniosa e interessante para a maioria dos
alunos.
Palavras-chave: Relevo do Paraná; planalto; natureza;
paisagem; Terceiro Planalto Paranaense
Formato do Material Unidade Didática
Público Alvo: Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental
2. APRESENTAÇÃO
O estudo da Geografia na escola pública brasileira intensificou-se a
partir da necessidade de discussões contínuas sobre o verdadeiro papel do
ensino básico no projeto de sociedade que se quer formar para a nação. A
educação forma o cidadão para tornar-se crítico e consciente, e espera-se que
o mesmo desenvolva pesquisas sobre o conhecimento científico, reflexivo-
filosófico sempre indo na busca da responsabilidade com a ciência da
natureza, assim como a Geografia Física.
Observa-se a emergência de métodos próprios para os estudos das
Ciências Naturais, tornando o educando objeto e sujeito desse conhecimento.
As questões ambientais e culturais estiveram inseridas nos temas geográficos
desde a institucionalização da Geografia e foram abordadas de várias
perspectivas teóricas, das descritivas às críticas. Quando, somente inserida no
currículo, não acrescenta o aspecto cognitivo de aprendizagem.
O ensino da Geografia deve assumir o quadro conceitual das
abordagens críticas, considerando-se a diversidade de paisagens e a
multiplicidade de estudos, ampliando seu saber para seu futuro e,
principalmente, valorizando e percebendo o quanto é útil e prazeroso estudar
os espaços geográficos.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Básica (2008, p.31), a
escola deve formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e
que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
Entretanto, sendo a educação escolar, o meio mais correto de aquisição
dos conhecimentos da Geografia, agrega o presente projeto que compreende,
juntamente com os alunos/escola, a possibilidade do desenvolvimento de
estudos profundos teóricos e práticos sobre a dinâmica do relevo no Estado do
Paraná.
O roteiro da elaboração da Unidade Didática, ora apresentada,
viabilizará aprendizagens fundamentadas dentro de uma perspectiva crítica e
da análise do espaço geográfico enfocando o relevo do Estado do Paraná, cuja
divisão, foi apresentada por um geólogo alemão que veio ao Brasil,
particularmente a Curitiba, para desenvolver estudos e, em 1968, elaborou um
mapa geológico-geomorfológico para o Estado do Paraná, no qual demonstrou
a existência de cinco regiões compreendendo três planaltos, uma região
serrana e uma região litorânea (MAACK, 1968, p.20).
Portanto, é determinante que o processo de ensino-aprendizagem possa
construir e nortear uma ação contínua e reflexiva sobre o trabalho pedagógico.
Enfim, diante de tais questões, o educador pode encontrar uma forma simples
de mudança, mas considerável e adequada para promover o aluno uma maior
reflexão sobre o relevo do Estado do Paraná, especificamente o Terceiro
Planalto Paranaense, que pode ser apresentado e estudado com mais ênfase
por meio de suas características, por meio de debates, aulas diferenciadas e
teóricas facilitando a aprendizagem e o seu valor cognitivo dentro de um
ambiente escolar.
3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
A implementação da Unidade Didática será realizada através de
algumas atividades por meio da aplicação de estudos e pesquisas sobre os
tipos de relevos do Estado do Paraná, bem como suas divisões, recursos
naturais, altitudes, planícies e planaltos, destacando o Terceiro Planalto
Paranaense. Os alunos sob a orientação do professor procurarão sintetizar os
diferentes tipos de regiões do relevo que compõem o Estado do Paraná,
mostrando para cada uma dessas divisões, suas efetivas características,
observando-se os blocos planálticos de Apucarana, o bloco do planalto de
Campo Mourão, o bloco do planalto de Guarapuava e o declive do planalto de
Palmas, conforme descrito por Maack (1968, p. 20).
Serão organizados grupos de alunos para a divisão dos trabalhos de
pesquisas, assuntos estes, direcionados e orientados pelo professor mediador
do projeto. Após o levantamento sobre o assunto serão elaboradas maquetes
digitais sobre o relevo do Paraná, assim como uma visita em um local que
mostre as características do Terceiro Planalto Paranaense.
4. UNIDADE DIDÁTICA
ATIVIDADE 1
Apresentação do projeto:
Relevo do Estado do Paraná com enfoque no Terceiro Planalto
Paranaense
Os alunos irão acessar o sítio http://www.youtube.com/watch?v=N2Yms9rwK2M para melhor compreenderem o conceito de algumas formas de relevo, aplicando-as no Estado do Paraná.
O Estado do Paraná
O Estado do Paraná apresenta uma grande variedade nas formas de
relevo. No conjunto, há uma sucessão mais ou menos harmoniosa de
planaltos, cada qual com características bem típicas. De leste para oeste, logo
após a Planície Litorânea, há a Serra do Mar, onde há a área ambiental mais
preservada do território estadual, com a exuberante flora subtropical,
dominante nos estados sulinos. O ponto mais elevado não só do estado, mas
de toda a porção meridional do Brasil, é o pico Paraná com 1.962 metros de
altitude (MARQUES, 2005, p. 12).
A partir das encostas ocidentais da Serra do Mar, começa o Primeiro
Planalto ou Planalto de Curitiba, cuja altitude varia entre 850 e 950 metros,
estende-se até a Serra de São Luís do Purunã. Surge aí o Segundo Planalto ou
Planalto de Ponta Grossa, formando a região dos Campos Gerais. Em sua
porção oriental, vento e chuva esculpiram por milhões de anos as famosas
formações de arenito de Vila Velha. A altitude média deste planalto, 1.188
metros, baixa em seu extremo, às margens do Rio lvaí, para 484 metros
(MARQUES, 2005, p. 12).
Na faixa mais oeste do Estado, aproximadamente dois terços do
território, situa-se o Terceiro Planalto Paranaense, ou de Guarapuava, que vai
terminar nas margens do Rio Paraná, onde sua altitude média se reduz a 170
metros. Todo ele é percorrido por extensos rios, o Ivaí, o Piquiri, o Iguaçu,
constituídos por diversas cachoeiras, destacando-se as famosas Cataratas do
Iguaçu (MARQUES, 2005, p. 18).
Vamos conhecer o mapa político do Brasil (Figura1)
Figura 1: Mapa político do Brasil Disponível em http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/5/122brasilpolitico.jpg (Acessado em 29/10/13)
Agora, vamos conhecer o mapa do Brasil na forma de relevo (Figura 2)
Figura 2: Mapa do Brasil na forma de relevo Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/5/114brasil_relevo.jpg (Acessado em 29/10/13) Atividade: montagem de um quebra-cabeça com 300 peças que será retirado do mapa do relevo do Paraná. O mapa encontra-se disponível através do link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Maparelevopr.gif
ATIVIDADE 2
Como classificar a superfície do Estado do Paraná?
Atividade: Os alunos irão acessar o link: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/mapas/localizacao_parana.php?PHPSESSID=2010111711410934 para saberem localizar o estado do Paraná dentro do continente americano.
Diversas divisões foram propostas para a superfície do Estado do
Paraná. Elas direcionam-se tanto às pesquisas estatísticas e geográficas
quanto podem ter seu objetivo no planejamento ou na gestão. De um modo
geral, apresentam algumas características positivas, mas outras controvertidas,
o que faz com que cada tipo de regionalização do Estado tenha uma finalidade
específica. Dentre as divisões propostas, uma se sobressaiu, pois envolve
regiões naturais onde aspectos morfoestruturais dividem a superfície
paranaense em blocos definidos e delimitados, geológica e
geomorfologicamente, o que facilita o estudo e a compreensão daquilo que
denomina-se Geografia Estadual. Essa divisão foi apresentada por Reinhard
Maack, ilustre geólogo alemão que veio ao Brasil, particularmente a Curitiba,
para desenvolver estudos e, em 1968, elaborou um mapa geológico-
geomorfológico para o Estado do Paraná, no qual demonstrou a existência de
cinco regiões compreendendo três planaltos, uma região serrana e uma região
litorânea.
O roteiro da elaboração da Unidade Didática, ora apresentada,
viabilizará aprendizagens fundamentadas dentro de uma perspectiva crítica e
da análise do espaço geográfico enfocando o relevo do Estado do Paraná, cuja
divisão, foi apresentada por um geólogo alemão que veio ao Brasil,
particularmente a Curitiba, para desenvolver estudos e, em 1968, elaborou um
mapa geológico-geomorfológico para o Estado do Paraná, no qual demonstrou
a existência de cinco regiões compreendendo três planaltos, uma região
serrana e uma região litorânea (MAACK, 1968, p.20).
Vamos conhecer o mapa que mostra o relevo do estado do Paraná (Figura 3).
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Maparelevopr.gif (Acessado em 29/10/13)
Alguns fatores de ordem natural, evidenciados na superfície,
demonstram a presença de subunidades que foram assim designadas segundo
Marques (2005, p. 19):
• No Primeiro Planalto Paranaense, pode-se distinguir o Planalto de
Curitiba, a região montanhosa de Açungui e o Planalto de Maracanã.
• No Segundo Planalto Paranaense é visível a região ondulada constituída
pelas rochas de idade paleozóica e as mesetas nas proximidades da
escarpa para o Terceiro Planalto Paranaense.
• No Terceiro Planalto Paranaense, e observam-se os blocos planálticos
de Apucarana, o bloco do planalto de Campo Mourão, o bloco do
planalto de Guarapuava e o declive do planalto de Palmas.
É uma divisão simples, fácil de ser constatada em superfície. É
importante enfatizar que cada uma dessas regiões apresenta características
geográficas próprias, o que permite individualizá-las sob qualquer aspecto.
A região litorânea
A região litorânea compreende a faixa que apresenta largura variando
de 10 a 20km e vai do contato com o Oceano Atlântico até o início dos
contrafortes da Serra do Mar, determinada por altitudes inferiores a 300 metros.
Sua extensão é de aproximadamente 100km, indo desde a vila de Ararapira ao
norte, no limite com o estado de São Paulo, até a barra do rio Saí-Guaçu, ao
sul na fronteira com o estado de Santa Catarina, possuindo uma superfície de
9.117km2.
Com uma boa definição de recortes superficiais, a região litorânea foi
dividida em três partes:
• Sul: entre a divisa com o estado de Santa Catarina e a baía de
Guaratuba.
• Centro: localizada entre a baía de Guaratuba e a baía de Paranaguá.
• Norte: entre a baía de Paranaguá e a fronteira com o estado de São
Paulo.
O litoral paranaense é muito acidentado, apresentando inúmeras baías,
donde se destacam a baía de Guaratuba, a baía de Paranaguá, a baía de
Antonina e a baía das Laranjeiras.
A partir da cota acima de 300 metros de altitude começam os terrenos
pertencentes à Serra do Mar, que se estendem até o início da descida da
escarpa em direção a Curitiba, determinando o que foi designado Primeiro
Planalto Paranaense (MARQUES, 2005, p.21).
A Serra do Mar
No lado oriental do estado do Paraná evidencia-se a Serra do Mar,
importante transformação montanhosa que compõe um relevo escarpado
separando duas unidades geomorfológicas definidas no território paranaense:
de um lado a Planície Litorânea, e de outro, o Primeiro Planalto.
A Serra do Mar estende-se desde a fronteira norte com o estado de São
Paulo até os limites com Santa Catarina, na porção sul. Trata-se de uma
escarpa bem definida, abrupta no lado leste, com blocos marginais ora
paralelos ora perpendiculares, determinando a presença de serras. Na porção
oeste, possui um desnível suave, ligando-a ao Planalto de Curitiba ou Primeiro
Planalto Paranaense.
O PRIMEIRO PLANALTO PARANAENSE
Também conhecido por Planalto de Curitiba, ocupa uma superfície
limitada a leste pela escarpa da Serra do Mar e a oeste pela Serrinha, com
uma latitude variando entre 850 e 950 metros. Na porção sul, sua largura
chega aproximadamente a 50 quilômetros, penetrando no estado de Santa
Catarina, onde ocupa todo o município de Campo Alegre e uma pequena parte
do município de São Bento do Sul, enquanto que na parte oeste, na fronteira
com São Paulo, possui uma largura próxima de 150 quilômetros.
É interessante observar que o relevo do Primeiro Planalto Paranaense
acha-se intimamente ligado a sua formação geológica, isto é, na parte sul e
leste, constituídas por gnaisses e rochas cristalinas o relevo é ondulado, em
forma de meias laranjas. Ao norte, na região do alto Ribeira do Iguape, a
diversidade litológica, determinada pela presença de filitos, quartzitos,
dolomitos, micaxistos, calcários, talco, granitos, etc., é identificada por um
relevo movimentado, abrupto, com cristas orientadas no sentido N/E e S/O. Por
aí, apesar das altitudes serem superiores a 1.100 metros, existem largas
planícies aluviais onde correm os altos cursos de rios como o Iapó, Pitangui,
Jaguariaiva e aqueles pertencentes a essas bacias hidrográficas.
O SEGUNDO PLANALTO PARANAENSE
Na parte central do estado do Paraná, estende-se, de norte a sul, um
planalto com cerca de 150 quilômetros de largura. Possui uma forma côncava,
com uma proeminência (vértice) na região de Faxinal. Esse planalto tem uma
declividade suave orientada para oeste. Na sua borda oriental, no limite com a
Serrinha (degrau para o Primeiro Planalto) as altitudes variam de 1.100 a 1.200
metros, enquanto que na extremidade oeste, bacia da escarpa do Terceiro
Planalto Paranaense, fica entre 500 a 750 metros.
Excetuando-se as regiões serranas, de um modo geral, toda a área do
Segundo Planalto Paranaense é agricultável, porém, em razão do clima que
determina a predominância do intemperismo químico, os solos não apresentam
grande fertilidade. Na área de ocorrência de rochas sedimentares pertencentes
à Bacia Sedimentar do Paraná, os solos são menos férteis, ácidos e com
espessuras variadas, predominando os Cambissolos associados com litólicos
nos locais de maior declividade, e em outras áreas, algumas associações de
Argissolos e Latossolos.
O TERCEIRO PLANALTO PARANAENSE
Está compartimentado na área que vai desde a Serra Geral até as
margens do rio Paraná. Lembre-se de que a Serra Geral compreende o degrau
de transição entre o Segundo Planalto Paranaense e o Terceiro Planalto
Paranaense, conforme a classificação feita por Maack (1953) e que foi aqui
adotada.
A Serra Geral é a denominação que envolve os derrames de lava
basáltica que tiveram seu início em meados do Período Jurássico, se
estendendo até o meio do Período Cretáceo. Além dessa litologia, esse
contraforte da escarpa mesozóica também compreende os arenitos Pirambóia,
na base, e os arenitos Botucatu, intermediariamente. Deve-se notar que esse
arenito compreende o chamado Aqüífero Guarani. Na porção noroeste do
estado do Paraná, os basaltos que foram a Formação Serra Geral são
recobertos por arenitos de origem eólica e/ou fluvial, denominados Formação
Caiuá.
O Terceiro Planalto Paranaense possui uma inclinação leste/oeste, indo
de aproximadamente 1.250m na região central (Serra da Esperança) até
altitudes menores do que 250m, na margem com o rio Paraná.
Há uma homogeneidade do ponto de vista geomorfológico em quase
toda a extensão desse planalto, pois somente naqueles quatro
subcompartimentos descritos por Maack (1968) é que se observa a existência
de movimentação no terreno, caracterizada pela presença de blocos
soerguidos que quebram a homogeneidade aparente dessa unidade.
Na região de Apucarana, alguns pontos se elevam em altitudes de 850 a
900m em uma sucessão de altos e baixos que se estendem por uma área que
acompanha, paralelamente, a escarpa mesozóica, originando um relevo de
serra. O bloco planáltico de Campo Mourão, situado entre os rios Piquiri e Ivaí,
determina uma área movimentada na borda do Terceiro Planalto Paranaense,
com altitudes que podem chegar a 1.150 metros, decrescendo em direção às
margens do rio Paraná (+230 metros).
Na parte noroeste, o relevo torna-se bastante suave, com colinas
levemente onduladas funcionando como divisores de água. O bloco planáltico
de Guarapuava, como uma faixa situada entre os rios Iguaçu e Piquiri,
apresenta um relevo também ondulado, com colinas que separam largos vales.
Ao sul do ri Iguaçu, na região de Palmas, temos o divisor de águas Iguaçu-
Uruguai, com a altitude diminuindo de 1.150 metros para 300 metros no vale do
rio Iguaçu.
Atividade de campo: os alunos farão uma viagem para Campo Mourão com o intuito de visualizarem o relevo desta região.
ATIVIDADE 3
O Terceiro Planalto Paranaense e seus aspectos hidr ológicos
Atividade: caça-palavras a partir do texto onde os alunos deverão observar as
palavras que estão em negrito para realizarem o exercício proposto. O texto
está disponível no link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_planalto_paranaense
O Planalto de Guarapuava , também conhecido como Terceiro Planalto do
Paraná é um planalto do Brasil e vai desde a Serra do Cadeado até ao rio
Paraná, no sentido Leste-Oeste.
O terceiro planalto é caracterizado em sua hipsométrica por áreas que vão
desde aproximadamente 800 até 200metros, as margens do rio Paraná. A
principal formação deste planalto, é a Formação Serra Geral, uma formação
basáltica que data do Cretáceo juntamente com outra formação de grande
relevância, a Formação Caiuá , sendo esta um arenito . As principais cidades
situadas sobre o Terceiro Planalto são:Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu,
Cascavel, Cianorte, Campo Mourão, Pato Branco, Paranavaí, União da
Vitória,Guarapuava e Umuarama.
Os principais rios que cortam o Terceiro Planalto, são: rio Iguaçu , que tem sua
montante na depressão de Curitiba e sua jusante no rio Paraná; rio Ivai, que
nasce junto a Serra do Cadeado, e correndo a oeste que vem a desaguar
também no rio Paraná e o rio Tibagi que tem seu ponto de desague no rio
Paranapanema.
Caça-palavra
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M T S D F E R T G V D E R T Y J F R E R T H V D E R T
K Y S D F E R G H J T Y U I O P U T E F F F R R T Y F
O Terceiro Planalto Paranaense e seus aspectos hidr ológicos
Apesar de nascer na região de Curitiba, o rio Iguaçu é bem marcante na
superfície desse planalto, correndo em um vale encaixado situado no basalto e
se comportando como nível de base para uma densa bacia hidrográfica.
Em sua margem direita, recebe importantes afluentes como o rio
D´Areia, o rio Jordão, o rio Cavernoso. Na margem esquerda, seus principais
afluentes são o rio Iratim, o rio Chopim e o rio Capanema. Muitos saltos
ocorrem ao longo do curso do rio Iguaçu, alguns com importância estratégica.
O rio Piquiri nasce no Terceiro Planalto Paranaense, onde recebe um
importante afluente, que é o rio Cantú. Outro rio com características diferentes
é o rio Ivaí, que nasce no Segundo Planalto Paranaense, atravessa a escarpa
mesozóica em boqueirões com altitudes em torno de 450 metros e já no
Terceiro Planalto recebe as águas do rio Alonzo que, por sua vez, também tem
suas nascentes localizadas no Segundo Planalto Paranaense.
Finalmente, o rio Tibagi, que nasce no Segundo Planalto, nas
proximidades da passagem para o Primeiro Planalto Paranaense, entra na
escarpa da Serra Geral, em vales, e desemboca no rio Paranapanema,
definindo a fronteira entre os estados do Paraná e São Paulo.
Inúmeras bacias de ordens inferiores cobrem toda a região
compreendida pelo Terceiro Planalto Paranaense, integrando-se à bacia do rio
Paraná (MARQUES, 2005, p.53)
ATIVIDADE 4
O clima e o solo
Atividade: compreensão e análise do texto a respeito do clima e do solo.
O clima e o solo
A área desse planalto encontra-se nas faixas correspondentes aos tipos
Cfb na região, junto à escarpa mesozóica, Cfa(h), na porção noroeste,
coincidindo com a presença do arenito Caiuá e na faixa central restante o clima
é do tipo Cfa motivadas por invasões de massas polares ou massas tropicais.
Na porção a leste, ou seja, nas proximidades do Terceiro Planalto Paranaense,
ocorre uma precipitação pluvial em torno de 2.000mm, que decresce para
1.000mm na parte central, havendo um aumento para 1.500mm nas
imediações da calha do rio Paraná. As temperaturas variam de 30º C a 32º C
nos meses mais quentes e 10º C a 12º C nos meses mais frios. O valor mínimo
já registrado foi de -2º C e 40º C e foi a temperatura mais elevada alcançada na
região (MARQUES, 2005, p. 53).
Em 1975, a região Norte do Paraná sofreu uma das maiores geadas de
todos os tempos, a qual provocou grandes transformações regionais,
arrasando o parque cafeeiro paranaense, fazendo com que os agricultores
optassem por novas formas de cultivo. A introdução dessas novas lavouras
modificou não só a paisagem, mas também, o quadro rural, pois deu-se início
ao desenvolvimento da mecanização e de técnicas inovadoras no uso e
manejo do solo (MARQUES, 2005, p. 53).
Os solos não apresentam grande variedade em virtude da litologia
também não ser variável. Basicamente predominam os basaltos da Formação
Serra Geral e os arenitos da Formação Caiuá como integrante do substrato
rochoso. Essas litologias, submetidas às condições climáticas atuantes,
propiciaram a ocorrência das seguintes unidades pedológicas, distribuídas para
o sul, segundo Marques (2005, p. 54):
• na porção norte, centro, oeste e sudoeste predominam os solos do tipo
Latossolo Vermelho e Eutroférrico e Nitossolo Vermelho argilosos;
• na porção centro-sul há a ocorrência de latossolos Brunos, argilosos e
Cambissolos;
• na área noroeste, sobre o arenito Caiuá, surgem os Latossolos
Vermelhos e Argissolos Vermelhos, ambos com textura arenosa
Atividades complementares:
Responda:
a) No estado do Paraná qual foi a temperatura mais alta registrada neste
ano? E a mais baixa do ano passado?
b) O que ocorreu em 1975 na região norte do estado do Paraná? Comente
com seus familiares a respeito do ocorrido para saber se eles se
recordam.
ATIVIDADE 5
A vegetação, como se apresenta?
Atividade: compreensão e análise do texto a respeito da vegetação do Terceiro
Planalto Paranaense.
O Terceiro Planalto Paranaense pode ser dividido em função de sua
cobertura vegetal: a área norte é dominada pela presença de culturas
vinculadas a industrialização. Tal é o caso do café, do algodão, do trigo, com
destaque para a soja. Algumas pequenas manchas esparsas ainda preservam
os representantes da mata nativa. Na região de domínio do arenito,
intensificou-se a citricultura. Na faixa central e sul do estado, local onde
predominam os pequenos agricultores, estes se dedicam ao cultivo de produtos
alimentares. Poucos agricultores dedicam-se às culturas para fins
agroindustriais (trigo e soja) como sua fonte de renda (MARQUES, 2005, p.
54).
Nada mais resta da mata que, em sua plenitude, era rica em palmeiras
representadas pelo Euterpe edulis, as históricas perobas (Aspidosperma sp),
os cedros (Cedrela sp), as canelas (Nectandra sp), os ipês (Tabebuia sp), a
cabreúva (Myrocarpus sp) e outras espécies que compunham a associação
vegetal presente na região (MARQUES, 2005, p. 54).
As matas ciliares, apesar de terem sido em parte substituídas por
plantações que demandam até a margem dos cursos de água, começam a ser
refeitas, tendo em vista as campanhas de conscientização para o respeito ao
ambiente atualmente muito difundida (MARQUES, 2005, p. 54).
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, o estado do
Paraná é o quarto produtor de cana-de-açúcar no Brasil. São cerca de 610
hectares de área plantada, com 27 indústrias em atividade sendo 21 usinas e
seis destilarias. O estado do Paraná é o 3º produtor nacional de açúcar
responsável por 8% da produção nacional (SENAR, 2013, p.12).
Em relação ao etanol, o estado do Paraná responde por 5,5% da
produção brasileira ocupando o 4º lugar no ranking nacional. No Paraná são
produzidas três milhões de toneladas de açúcar e 1,3 bilhão de litros de etanol
por ano. A colheita de cana no Estado é feita 65% manualmente em 35%
mecanizada. De acordo com a Alcopar, o setor gera no Paraná 50 mil
empregos diretos (12 mil no campo e 38 mil na indústria) (SENAR, 2013, p.12).
Responda:
a) O Terceiro Planalto Paranaense pode ser dividido em função de sua
cobertura vegetal. Como pode ser feita essa divisão?
b) Faça um breve comentário a respeito das matas ciliares.
ATIVIDADE 6
A ocupação do território paranaense
Atividade: compreensão e análise do texto a respeito da ocupação do território
do Terceiro Planalto Paranaense.
Nas primeiras décadas do século XVIII, com o declínio das atividades
econômicas ligadas à pecuária, há o avanço da frente pioneira para a faixa
contígua aos campos gerais, ocupando a borda do planalto onde a extração e o
beneficiamento da madeira está em ascensão. Todavia, a ocupação da região
sudoeste, compreendendo os campos de Guarapuava e Palmas, era esparsa e
feita por caboclos que tinham na criação de porcos sua fonte de subsistência.
Bem mais tarde, já no início do século XX, é que o povoamento dessa área vai
se dando de forma lenta, porém continuada, e sendo feita por gaúchos e
catarinenses que vão preparando a chegada de grandes contingentes, o que
se verifica a partir da década de 1950. Nessa época, ocorreram confrontos
entre os colonos e algumas companhias mais interessadas na extração da
madeira, do que com a ocupação da área, fato que só foi resolvido por
iniciativa dos próprios habitantes no decorrer dos anos de 1960. A construção
da usina de Itaipu fez com que uma grande leva de pessoas se dirigissem para
Foz do Iguaçu, propiciando um sensível aumento da população nesse extremo
do estado do Paraná (MARQUES, 2005, p. 54 a 55).
Outra porção do Terceiro Planalto Paranaense que tem uma ocupação
dirigida é a Norte, onde, a partir da margem esquerda do rio Tibagi, imigrantes
japoneses formam as vilas de Uraí e Assai. A presença da Companhia de
Terras Norte do Paraná (CTNP) possibilitou a venda de lotes rurais e urbanos,
dando origem a localidades como Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas e
Apucarana. Em 1944, essa loteadora foi vendida e surgiu a Companhia
Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), que prosseguiu na política de atrair
pessoas para o povoamento dessa área que corresponde ao Norte/Noroeste
do estado. Se o povoamento do sudoeste é feito principalmente por gaúchos e
catarinenses, a ocupação do norte se dá com a vinda de paulistas e mineiros.
Dessas ocupações, cidades importantes foram sendo fundadas, como
Cascavel, Toledo, Pato Branco, Palotina, Marechal Cândido Rondon no
Sudoeste, enquanto ao Norte tem-se Maringá, Cianorte, Umuarama,
Paranavaí. Essas cidades têm papel importante no Terceiro Planalto
Paranaense, visto que tornaram-se polarizadoras de grandes áreas, agregando
municípios menores (MARQUES, 2005, p. 55).
Mesa Redonda: os alunos deverão explanar a respeito da economia presente
no nosso estado nos dias atuais.
ATIVIDADE 7
Turismo
Atividade: compreensão e análise do texto a respeito dos recursos
econômicos e turísticos do Terceiro Planalto Paranaense.
Fundamentado na existência de fontes naturais, muitas estâncias
mostram condições para o desenvolvimento do turismo dirigido. Alguns saltos
estão presentes no leito da intensa malha hidrográfica que existe nesse
planalto.
O rio Iguaçu, em toda a sua extensão sobre essa unidade
geomorfológica, possui grandes represas, o que significa atrativos para a
população em geral. No entanto, a mais importante manifestação turística são
as Cataratas do rio Iguaçu, situadas no município de Foz do Iguaçu, o que
torna essa cidade o segundo ponto de atração turística do país.
Parque Nacional do Iguaçu
Com uma área de 185.262.5 hectares no lado brasileiro, esse parque foi
criado pelo Decreto Federal nº 1035, de 10 de janeiro de 1939. Seu
tombamento como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade deu-se em 17
de novembro de 1986. O parque localiza-se no extremo oeste do estado do
Paraná, na bacia hidrográfica do rio Iguaçu, que nasce nas imediações de
Curitiba, e após percorrer todo o estado em uma extensão de 1.300km, a 18km
das cataratas, deságua no rio Paraná (MARQUES, 2005, p. 56).
Cataratas do Iguaçu
Essas cataratas são formadas pelo rio Iguaçu que, encontrando degraus
do derrame basáltico, lança suas águas em uma impressionantes sequência de
quedas com 65 metros de altura, em média, com uma largura de 150 a 300 e a
altura das quedas varia de 40 a 82 metros, com um formato semicircular. A
vazão média do rio é de 1.500 metros cúbicos por segundo. No lado do Brasil,
existem três grandes saltos, a saber: Floriano, Deodoro e Benjamim Constant
(MARQUES, 2005, p. 57).
Barracão
Com acesso pela BR-163 ou pela BR-280, uma cidade chama a
atenção. É Barracão, no extremo sudoeste do Estado do Paraná. Com uma
população total de 9.271 habitantes, é interessante andar por suas ruas. O que
chama a atenção à primeira vista, é a pintura dos postes, pois os mesmos
possuem, em sua base, duas faixas: uma verde e outra branca. Isto significa
que a pessoa está no Estado do Paraná, pois se atravessar a rua os postes
apresentarão faixas nas cores amarelo e vermelho, ou seja, essa mesma
pessoa estará em Santa Catarina. Da mesma forma, em outras ruas, ou a
pessoa estará no Brasil ou estará na Argentina. Barracão (Paraná), Dionísio
Cerqueira (Santa Catarina) e Bernardo Irigoyen (Argentina) são as três
localidades que acham-se unidas. Essa é uma situação realmente curiosa
(MARQUES, 2005, p. 57).
Atividade: exposição de fotos do Parque Nacional do Iguaçu e pesquisa
realizada pelos alunos com o intuito de conhecer mais o turismo presente no
Terceiro Planalto Paranaense. Atividade lúdica: pintura do mapa onde há a
localização do município de Cidade Gaúcha através do link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Parana_Municip_CidadeGaucha.svg
Atividade Final: elaboração da maquete digital no Laboratório Proinfo
localizado no Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental
e Médio em Cidade Gaúcha – Paraná. Após a elaboração da maquete, os
alunos envolvidos irão apresentar na FECICO (Feira de Ciências e do
Conhecimento de Cidade Gaúcha) todos os conteúdos e atividades levantadas
na unidade didática.
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA GEOGRAFIA.
Governo do Estado do Paraná, Departamento da Educação Básica. Paraná,
2008. 92p.
MAACK, R. Geografia física do Estado do Paraná . Curitiba: Universidade
Federal do Paraná, 1968. 450p.
MARQUES, Américo José. Geografia do Paraná. Maringá: EDUEM, 2005.
59p.
SENAR. Boletim Informativo do Sistema FAEP n o 1234. Semana de 23 a 29
de setembro de 2013. 32p.