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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Título: A TECNOLOGIA NAS AULAS DE GEOGRAFIA E SUA MEDIAÇÃO NA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Autor: Clarice Welzel Karnopp
Disciplina/Área: Geografia
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Antônio Maximiliano
Ceretta - Ensino Fundamental e Médio.
Município da escola: Marechal Cândido Rondon
Núcleo Regional de Educação: Toledo
Professor Orientador: Mateus Marchesan Pires
Instituição de Ensino Superior: Unioeste – Marechal Cândido Rondon
Relação Interdisciplinar:
Resumo:
Muito já tem se falado sobre a
importância do uso das tecnologias na
educação e é inegável a sua contribuição
para o aprendizado, oportunizando a
facilidade de entrarmos em contato com
dados que estão nos centros de pesquisa
mais distantes, além de agilizar e tornar
nossa vida mais prática, principalmente nas
questões relativas à comunicação, entre
outras vantagens.
Sabemos também, que a tecnologia
por si só não resulta em aprendizagem.
Propomos neste projeto investigar as novas
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tecnologias e as diferentes formas de usá-las
pedagogicamente em sala de aula.
Procuramos analisar se o seu uso, aliadas a
Mediação Pedagógica, contribui de fato para
que os alunos tenham maior envolvimento e
aprendizado na disciplina de Geografia.
Busca-se estimular o uso de novas
tecnologias de aprendizagem visando a
melhoria da qualidade de ensino de Geografia
nos conteúdos: Fontes de Energia e
Industrialização.
A metodologia que embasará as aulas
neste projeto de intervenção chama-se
Projeto de Aprendizagem Colaborativa de
autoria de Marilda Aparecida Behrens. Os
principais recursos tecnológicos utilizados
nestas aulas serão o Blog, a página e o grupo
no Facebook, o projetor multimídia, o
laboratório de informática e o celular.
Palavras-chave: Novas Tecnologias; Mediação Pedagógica;
Aprendizagem
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público:
Alunos do 2º ano – Turno: Matutino
Fonte: http://cultura.culturamix.com/curiosidades/a-tecnologia-e-a-educacao. Acesso em 25 nov.
2013.
Em nossa caminhada como professora há mais de vinte anos, preocupama-
nos com as mais variadas situações encontradas na escola. No momento, nossa
maior angústia tem sido em primeiro lugar, em relação a como conduzir o aluno para
aprender atualmente. Em segundo lugar, a preocupação em como fazer este
aprendizado acontecer de maneira motivadora e menos enfadonha para o aluno.
Os tempos são outros e o aluno não é o mesmo de vinte anos atrás, portanto,
ele não aprende do mesmo jeito, não tem os mesmos interesses. Diante disso, como
professores precisamos procurar entender este “novo” aluno e buscar maneiras de
poder auxiliá-lo, uma vez que, a insatisfação pelas aulas também ocorre de nossa
parte e não somente por parte dos alunos.
Assim, acreditamos que o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE)
oportuniza condições para entender as nossas necessidades educacionais, haja
vista que no dia a dia muitas vezes não é possível parar para refletir e por isso
mesmo, continuamos sem respostas para o que nos inquieta.
Muito já tem se falado sobre a importância do uso das tecnologias na
educação e é inegável a sua contribuição para o aprendizado, oportunizando a
facilidade de entrarmos em contato com dados que estão nos centros de pesquisa
mais distantes, além de agilizar e tornar nossa vida mais prática, principalmente nas
questões relativas à comunicação, entre outras vantagens.
2 Apresentação
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Sabemos também, que a tecnologia por si só não resulta em aprendizagem.
Propomos então, com este projeto investigar as novas tecnologias e as diferentes
formas de usá-las pedagogicamente em sala de aula.
Os professores são frequentemente lembrados para usar em suas aulas os
recursos disponíveis em suas escolas, o laboratório de informática, a TV pen drive,
projetor multimídia, entre outros. Compreendemos a importância de disponibilizar
variadas tecnologias para a aprendizagem, e muitas vezes fazemos uso delas, mas
muitas vezes a falta de tempo para pesquisas que nos orientem a preparar aulas
com esses recursos nos impedem de usá-los. Até sabemos que eles existem e
queremos usá-los, mas não sabemos como inseri-los em nossas aulas de maneira
que contribuam para a construção do conhecimento.
Existem ainda outros agravantes, como o caso da defasagem dos
equipamentos, equipamentos estragados, falta de funcionários no setor de
tecnologia, entre outros. Por tudo isso este contexto nos leva a indagar: a Mediação
efetivada com o uso das novas tecnologias resulta em construção do conhecimento?
E consequentemente uma maior participação e interesse dos alunos nas aulas de
Geografia?
Diante desses questionamentos, procuramos analisar se o uso das novas
tecnologias, aliadas a Mediação Pedagógica, contribui de fato para que os alunos
tenham maior envolvimento e aprendizado na disciplina de Geografia. Com o
desenvolvimento desse projeto busca-se estimular o uso de novas tecnologias de
aprendizagem visando a melhoria da qualidade de ensino de Geografia nos
conteúdos: Fontes de Energia e Industrialização. Proporcionando o uso das
tecnologias visando sempre a efetivação da nossa ação pedagógica, promovendo
aulas de Geografia usando a tecnologia para avaliar a sua Mediação Pedagógica na
construção do conhecimento.
2.1 PENSANDO AS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO
Por novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs) se entende
aquelas que foram criadas a partir da Revolução Informacional nos anos de 1970 a
1990 e que deram suporte para a formação da chamada sociedade da informação
em que vivemos. Entre elas, podemos citar: computador, disquete, vídeo cassete,
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câmera de vídeo, webcam, CD-Room, DVD, pen
drive, cartões de memória, telefone móvel, TV
digital, internet, entre outros.
A geração atual de alunos nas escolas
tem grande afinidade com o uso de variados
tipos de tecnologias, o uso de tablet,
videogames, celulares, computadores com
acesso a internet com seus mais variados
recursos e redes sociais, porque fazem parte de
seu dia a dia. Diferentemente de muitos
professores, os alunos fazem parte da geração
que desde muito cedo utilizam a tecnologia, isto é, o bebê já é estimulado e logo
descobre que se apertar botões, determinados ruídos e cores diferentes são
produzidos pelos brinquedos que lhe é ofertado, por exemplo.
O ambiente doméstico também é cercado por tecnologias. A televisão com
suas imagens, cores e sons e até o micro-ondas onde a mamadeira passou nas
últimas décadas a ser preparada.
Assim, a tecnologia é extremamente familiar às crianças e atrativa, pois o seu
uso torna nossa vida mais prática além de oferecer entretenimento. Sobre as
tecnologias Braga (2004) afirma que eram atuais no momento de sua tese de
mestrado defendida no mesmo ano (2004), e que agora já são ultrapassadas até em
muitas escolas, o que evidencia a rapidez com que novas ferramentas têm sido
criadas.
A televisão, o videocassete, a filmadora, o radiogravador e o retroprojetor são alguns exemplos de que esta „tal‟ Nova Tecnologia não está tão distante da vida das pessoas e do seu uso cotidiano. Alguns são equipamentos que existem nas residências e são utilizados diariamente sem sofrer qualquer conflito ideológico pelo seu uso. Isto demonstra o quanto as pessoas estão envolvidas e acostumadas com as Novas Tecnologias, e que o seu uso precisa ser ampliado, compreendido e integrado em atitudes de educador (BRAGA, 2004, p. 34).
Um grande desafio para os professores tem sido despertar o interesse dos
alunos pelos conteúdos que são trabalhados, afinal de contas, os alunos estão
inseridos em uma sociedade do século XXI enquanto que a escola parece continuar
ainda no século XIX.
Fonte: http://www5.usp.br/5290/especializada -em-tecnologia-na-educacao-escola-do-futuro-amplia-leque/. Acesso em 25 nov, 2013.
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O modelo educacional do século XIX estava centrado na figura do professor
que se considerava como transmissor do conhecimento, com ênfase para aulas
expositivas, priorizando a teoria e não a prática, adotando a repetição de exercícios
e a memorização do conteúdo.
O papel do aluno nessa escola chamada tradicional é de receptor passivo do
conhecimento e, esperava-se que ele reproduzisse fielmente o modelo posto. O
currículo era rígido e fragmentado e o conservadorismo dificultava a inovação sendo
que não há estímulo a pesquisa e até mesmo a produção do conhecimento por parte
do aluno.
[...] A escola se organiza, pois, como uma agência centrada no professor, o qual transmite, segundo uma gradação lógica, o acervo cultural aos alunos. A estes cabe assimilar os conhecimentos que lhes são submetidos. [...] Assim, as escolas eram organizadas na forma de classes, cada uma contando com um professor que expunha as lições que os alunos seguiam atentamente e aplicava os exercícios que os alunos deveriam realizar disciplinadamente (SAVIANI, 1988, p. 10).
Apesar dessas características pertencerem ao modelo de educação do século
XIX, sabemos que estão presentes ainda hoje nas instituições. Em muitas escolas,
os professores continuam a centrar suas aulas somente na exposição oral, seguido
de exercícios repetitivos, na memorização e na avaliação através de provas,
tornando os conteúdos pouco significativos para os alunos.
Atualmente o uso de computadores e da internet podem contribuir para tornar
as aulas mais produtivas e atraentes, melhorando as relações entre professores e
alunos.
Cada vez mais poderoso em recurso, velocidade, programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, ideias. Produzir novos textos, avaliações, experiências. As possibilidades vão desde seguir algo pronto (tutorial), apoiar-se em algo semidesenhado para complementá-lo até criar algo diferente, sozinho ou com outros. Especificamente em rede, o computador se converte em um meio de comunicação, a última grande mídia, ainda em estágio inicial, mas extremamente poderosa para o ensino e a aprendizagem (MORAN, 2012, p. 44).
A maioria dos alunos usa o computador com acesso à internet diariamente,
porém muitas vezes esse acesso está voltado para seus interesses, isso é
relacionamento, bate-papo, redes sociais, games entre outros, mas não estão
acostumados a usar esses recursos para o aprendizado dos conteúdos escolares.
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Compreender o computador como um recurso que pode ser usado para
aprender conteúdos escolares, colocá-lo a serviço da ação pedagógica com a
finalidade de auxiliar o aluno na tarefa de buscar conhecimentos, é um grande
desafio.
[...] as novas modalidades de uso do computador na educação apontam para uma nova direção: o uso desta tecnologia não como „máquina de ensinar‟, mas, como uma nova mídia educacional, uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade de ensino (BRAGA, 2004, p. 32).
Para Moran (2012) e Valente (1999), não se trata de usar o computador e a
tecnologia apenas a serviço de ensinar a usá-la e muito menos com a finalidade de
reproduzir conhecimento como é feito até então nas escolas. Não se trata de
substituir o quadro negro e o giz pelo computador para fazer a mesma coisa, mas a
tecnologia deve servir para produzir conhecimento e o aluno deve usá-la para
buscá-lo.
[...] o papel do computador é de provocar mudanças pedagógicas profundas, em vez de „automatizar o ensino‟ ou preparar o aluno para ser capaz de trabalhar com a informática. [...] o computador como recurso facilitador do processo de aprendizagem. O grande desafio era a mudança da abordagem: transformar a educação centrada no ensino, na transmissão da informação, para uma Educação em que o aluno pudesse realizar atividades por intermédio do computador e, assim, aprender (VALENTE, 1999 p. 21).
Não há como negar a contribuição que a internet e as tecnologias de um
modo geral trazem à educação, mas temos de entendê-las como sendo uma
ferramenta a mais, disponível para ensinar. Também não significa abandonar as
técnicas tradicionais e já conhecidas ferramentas pedagógicas que os professores
usam em suas aulas e que muitas vezes nos conduzem a resultados satisfatórios no
processo de ensino-aprendizagem.
O reconhecimento da era digital como uma nova forma de categorizar o conhecimento não implica descartar todo o caminho trilhado pela linguagem oral e escrita, nem mistificar o uso indiscriminado de computadores no ensino, mas enfrentar com critérios os recursos eletrônicos como ferramentas para construir processos metodológicos mais significativos para aprender (BEHRENS, 2012, p. 74).
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Parece-nos que o melhor caminho então é variar as ferramentas e a forma de
dar nossas aulas para que se tornem mais dinâmicas, atraentes e proporcionem o
desenvolvimento de várias habilidades que resultem em um aprendizado efetivo.
É importante, neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto sequencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual (MORAN, 2012, p. 50).
Para Valente (1999) a mudança pedagógica que todos almejam é a
passagem de uma educação que apenas transmite informações que só instrui, para
uma educação com ambientes onde o aluno realiza as atividades, constrói seu
conhecimento. Segundo o autor, para se chegar a isso, é necessário que haja
mudanças não só de espaço físico e de uso de novas tecnologias, mas, também, na
postura do professor, do gestor, da equipe pedagógica, dos pais, dos alunos e da
comunidade.
Isso significa que a mudança pedagógica que pretendemos não é passível de ser resolvida com uma solução mágica, com a compra de equipamentos sofisticados. Essa mudança é muito mais complicada e os desafios são enormes. Porém, se eles não forem atacados com todos os recursos e energia que nós, educadores, dispomos, corremos o risco de ter que nos contentar em trabalhar em um ambiente obsoleto e em descompasso com a sociedade atual. A Educação enxuta será realizada em ambientes alternativos, e a escola, como é hoje, será fossilizada definitivamente (VALENTE, 1999, p. 42).
Sendo assim é preciso refletir seriamente, pois como se refere o autor, a
escola corre o risco de se tornar obsoleta, e a partir do momento que ela passará a
ser “fossilizada”, qual será sua função na sociedade? Qual será a razão de existir
escolas, professores e alunos?
Na maioria das vezes, a culpa pelos problemas da educação recai sobre o
professor, como se ele fosse capaz de sozinho dar conta da formação dos
indivíduos, e ainda estar capacitado para trabalhar com todas as inovações
tecnológicas produzidas pela sociedade.
Sabemos que várias mudanças são necessárias no campo da educação, Mas
quais mudanças são essas?
Inicialmente realizar por todos os envolvidos no processo, a reflexão da
função de ser professor. Buscando uma educação que não esteja preocupada
apenas em ensinar (repassar conhecimentos específicos), mas sim, que além de
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ensinar ajude a refletir sobre a sociedade em que vivemos e queremos, e que, esta
reflexão tenha ética e possa ser seguida de ações. Como afirma Moran “educar é
ajudar a integrar todas as dimensões da vida, a encontrar nosso caminho intelectual,
emocional, profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade”
(MORAN, 2012, p.12).
Mas já sabemos, por todo o processo histórico vivenciado, que essa
educação almejada não se faz apenas com o professor, ou só com a introdução de
novas tecnologias no âmbito escolar, mas especialmente com a reflexão das ações
pedagógicas e consequentemente profundas mudanças em toda a comunidade
escolar.
2.2 PROFESSORES, ALUNOS E A TECNOLOGIA, QUE RELAÇÃO É ESTA?
Para fazer uma educação que não esteja baseada apenas no ensino, mas
que esteja vinculada com a produção do conhecimento pelo aluno é preciso como
salientamos anteriormente, que se pense em mudanças em toda a comunidade
escolar.
Então pensando na contemporaneidade, na relação entre tecnologias e o
professor, nos questionamos: numa educação da era digital o professor seria
necessário? Ou também já estaria “obsoleto e ultrapassado” e poderia ser
substituído?
Para Libâneo (2011), o professor é indispensável, pois tem o papel de criar as
condições cognitivas e afetivas que ajudarão os alunos a ressignificar os
conhecimentos recebidos na escola, pelas mídias e multimídias, portanto “o valor da
aprendizagem escolar está justamente na sua capacidade de introduzir os alunos
nos significados da cultura e da ciência por meio de mediações cognitivas e
interacionais providas pelo professor” (LIBÂNEO, 2011, p. 29).
Isso não quer dizer que simplesmente o professor pode continuar a executar
suas aulas como a vinte anos atrás, ou seja, o professor deve adaptar-se a nova
realidade da sociedade, do conhecimento, do aluno e dos meios de comunicação.
O novo professor precisaria, no mínimo, de adquirir sólida cultura geral, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional e
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dos meios de informação, habilidade de articular as aulas com as mídias e multimídias (LIBÂNEO, 2011, p. 30).
É preciso que o professor possua uma série de capacidades que o tornem um
profissional habilitado para o trabalho na escola do século XXI, entre elas o domínio
da linguagem informacional e das mídias.
Segundo Valente (1999), para que o professor trabalhe com os computadores
numa visão pedagógica, precisará de uma ampla formação, pois exigirá não só
conhecimentos técnicos sobre o funcionamento das máquinas e recursos, mas
também, conhecimento pedagógico para desenvolver o trabalho com seus alunos.
Para ele, o professor deverá ser profundo conhecedor da tecnologia que pode
facilitar o processo de aprendizagem.
Assim o professor deixará de ser meramente um “transmissor” de
informações para ser um mediador, proporcionando aos alunos situações de busca
de informações e de pesquisa, que, através de sua orientação, poderão ser
apropriadas e transformadas em conhecimento.
Em relação ao conteúdo das pesquisas, Valente (1999) ressalta que devem
ser aplicadas em situações problemas reais do aluno e, que o professor deve
proporcionar ao aluno a reflexão sobre os resultados obtidos. Para ele, o professor
deve servir ao aluno como modelo de aprendiz, ou seja, deve ser também um
pesquisador.
O professor deve explorar os mais variados recursos que puder, desde os
tradicionais aos mais modernos, intercalando-os de maneira a escolher o que é
melhor a cada situação de aprendizagem, em cada aula, em cada conteúdo
especifico da ciência que desenvolve.
Acreditamos que o professor necessita ser humilde, com relação ao seu saber
e também com o que não sabe, sempre pronto para aprender junto com os alunos.
Deve estar entusiasmado e estimular seus alunos, pois, aprende-se mais quando se
está em um processo afetuoso, quando demonstra carinho e compreensão.
É fundamental procurar estabelecer, desde o início, uma relação empática com os alunos, procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e perspectivas futuras. A preocupação com os alunos – a forma de nos relacionarmos com eles – é imprescindível para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender (MORAN, 2012. p.45).
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O professor, em sua rotina diária, quase sempre sobrecarregada, tende a
centralizar suas preocupações com o conteúdo, com os prazos a serem vencidos, as
provas, as notas, os projetos e infinidades de outras questões que perpassam o dia
a dia da escola. Isso é um dos problemas que faz com que as práticas muitas vezes
permaneçam as mesmas.
Para Valente (1999), o aluno, por sua vez, deve assumir um novo papel, o de
ser ativo, sair da passividade de quem só recebe e ir em busca do conhecimento
através da pesquisa. Só assim poderá, além de informação, ter compreensão do que
está fazendo, condições fundamentais para o desenvolvimento da reflexão crítica,
da produção do conhecimento que resultem não só em ideias, mas em ações.
Construir uma educação nestes moldes exigirá que os gestores sejam mais
flexíveis e que os controles centralizados sejam substituídos, dando maior
autonomia principalmente ao professor. Os gestores devem desempenhar o papel
de facilitar o processo de aprendizagem. Os conteúdos escolares não devem ser
fragmentados ou descontextualizados do problema vivenciado pelo aluno. Segundo
Libâneo (2011), a escola é apenas uma das esferas responsáveis pelas
transformações sociais, não é sozinha, mas tem a tarefa insubstituível de preparar
as novas gerações para enfrentar as exigências da sociedade moderna.
A escola tem, pois, o compromisso de reduzir a distância entre a ciência cada vez mais complexa e a cultura de base produzida no cotidiano, e a provida pela escolarização. Junto a isso tem, também, o compromisso de ajudar os alunos a tornarem-se sujeitos pensante, capazes de construir elementos categoriais de compreensão e apropriação crítica da realidade (LIBÂNEO, 2011, p. 11).
Deste modo, a escola, para Libâneo, é um espaço que deve ajudar o aluno a
ser crítico para que possa dar significado as informações que recebe. Deve prover
as condições cognitivas e afetivas para o aluno reordenar, reestruturar e produzir o
conhecimento.
Como Salienta também Freire (2004) a prática educativa é tudo isso:
afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou,
lamentavelmente, da permanência do hoje, por isso, é fundamental dois aspectos: o
preparo científico do professor coincidindo com sua retidão ética, sendo uma
lastima qualquer descompasso entre os dois.
As tecnologias trazem novas possibilidades, sem dúvida, mas precisam ser
usadas de maneira a contribuir com o fazer pedagógico respondendo os anseios dos
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alunos, professores e comunidade local . Para que isto aconteça, não basta equipar
as escolas com modernas tecnologias e continuar com as mesmas metodologias
tradicionais de ensino.
Portanto, as tecnologias estão presentes na vida de professores, alunos e
também nas escolas e podem ser usadas para melhorar a relação ensino-
aprendizagem num esforço coletivo de ações que envolvam todos os agentes
inseridos neste processo.
2.3 MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA: TECNOLOGIA E A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO
No exercício da profissão, muitas vezes, o professor acredita que ter o
domínio do conteúdo é o bastante para que o aprendizado aconteça. Muitos
professores são levados a pensar assim, pois, em suas licenciaturas, a ênfase é
para os conteúdos, sendo que os mesmos pouco variam suas metodologias, e
consequentemente voltam-se, a uma reprodução de modelos em todos os níveis
educacionais. Ter domínio do conteúdo específico de sua disciplina é importante,
mas, por si só, não garante a aprendizagem, bem como dominar apenas as
metodologias sem o conteúdo não irá garantir êxito.
Com as novas tecnologias de comunicação (NTICs), que começam a ser
utilizadas, poderá acontecer o mesmo. O professor pode achar que usá-las é o
suficiente para que ocorra a aprendizagem, mas, não é verdade. Masetto (2012)
discute a questão educação – tecnologias – mediação pedagógica – e traz
contribuições importantes que podem ajudar a refletir sobre a questão.
Para refletir sobre que tipo de mediação pedagógica podemos usar hoje com
os alunos, temos que voltar ao entendimento de educação. Esta educação deverá
ser entendida não como um mero repasse de conhecimentos, onde o professor é
quem fornece e o aluno, aquele que recebe passivamente os conteúdos e através
da memorização deverá devolvê-los na avaliação.
A educação que se pretende é aquela onde ocorre um processo de
aprendizagem preocupada com o desenvolvimento do ser humano como um todo,
onde há reflexão, diálogo, pesquisa, criticidade, produção de conhecimento,
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desenvolvimento de ética, de competências pessoais e profissionais, ou seja, onde o
conhecimento e o ser humano sejam valorizados.
Pensar uma educação dessa forma exigirá do professor formação, mudanças
de atitudes e metodologias para alcançar êxito em suas aulas. As Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) (2013) e as Diretrizes
Curriculares Estaduais (DCE) para Geografia (2009) apontam para a necessidade
das escolas, ao elaborar seus Projetos Políticos Pedagógicos, ofertarem novas e
variadas metodologias que contemplem o aprendizado dos jovens de hoje.
Nessa perspectiva, são também importantes metodologias de ensino inovadoras, distintas das que se encontram nas salas de aula mais tradicionais, e que, ao contrário dessas, ofereçam ao estudante a oportunidade de uma atuação ativa, interessada e comprometida no processo de aprender, que incluam não só conhecimentos, mas, também, sua contextualização, experimentação, vivências e convivência em tempos e espaços escolares e extraescolares, mediante aulas e situações diversas, inclusive nos campos da cultura, do esporte e do lazer (BRASIL, 2011, p.183.).
Ao refletir sobre as metodologias que possam contribuir com o aprendizado
dos alunos de hoje, Masetto (2012) propõe que o professor seja um mediador
pedagógico. Assim, faz-se necessário entender quem é o mediador pedagógico e
como se dá essa mediação.
Para Masetto (2012) o mediador pedagógico passa a ser um orientador,
estimulando e propiciando situações onde o aluno fará a busca individual do
conhecimento através da pesquisa, mas também, através de interações com os
colegas, professor e outras pessoas.
Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, mas uma ponte „rolante‟, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. É a forma de se apresentar e tratar um conteúdo ou tema que ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las, organizá-las, manipulá-las, discuti-las e debatê-las com seus colegas, com o professor e com outras pessoas (interaprendizagem), até chegar a produzir um conhecimento que se incorpore ao seu mundo intelectual e vivencial e que o ajude a compreender sua realidade humana e social, e mesmo a interferir nela (MASETTO, 2012, p. 144).
Por vezes, o professor continuará desempenhando o papel de especialista
mas em outros momentos, assumirá o papel de mediador pedagógico, intercalando
as duas práticas. São características da mediação pedagógica:
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[...] dialogar permanentemente de acordo com o que acontece no momento; trocar experiências; debater dúvidas, questões ou problemas; apresentar perguntas orientadoras; orientar nas carências e dificuldades técnicas ou de conhecimento quando aprendiz não consegue encaminhá-las sozinho; garantir a dinâmica do processo de aprendizagem; propor situações-problemas e desafios; desencadear e incentivar reflexões; criar intercâmbio entre a aprendizagem e a sociedade real onde nos encontramos, nos mais diferentes aspectos; colaborar para estabelecer conexões entre o conhecimento adquirido e novos conceitos; fazer a ponte com outras situações analógicas; colocar o aprendiz frente a frente com questões éticas, sociais, profissionais por vezes conflitivas; colaborar para desenvolver crítica com relação à quantidade e à validade das informações obtidas; cooperar para que o aprendiz use e comande as novas tecnologias para suas aprendizagens e não seja comandado por elas ou por quem as tenha programado; colaborar para que se aprenda a comunicar conhecimentos, seja por meio de meios convencionais, seja por meio de novas tecnologias (MASETTO, 2012, p.145).
A mediação pedagógica proposta por Masetto pode ser usada tanto com
técnicas convencionais (aquelas que já existem há muito tempo), como também com
as novas tecnologias. Técnicas convencionais como dramatizações, jogos
dramáticos, desempenho de papéis e estudo de caso, por exemplo, ajudam a
desenvolver a capacidade de analisar problemas e encaminhar soluções, além de
oportunizar condições de entender conflitos, não só de seu ponto de vista, mas de
outros envolvidos a partir da representação de outros papéis. Sobre as técnicas
convencionais Masetto (2012, p. 148) ressalta:
Essas técnicas permitem desenvolver valores como diálogo, respeito a opiniões de outros, explicitações e discussão de princípios que orientam as decisões tomadas, e permitem também levar em conta um contexto maior para tomada de decisões.
As técnicas convencionais podem ser utilizadas junto das novas tecnologias,
pois sabemos que mesmo sendo convencionais elas não são utilizadas. Podem
ainda ser usados recursos audiovisuais ou mesmo, a leitura. O que muda, quando
usados como mediação pedagógica, é a postura do professor, que não os usará
apenas como demonstração, mas, para promover debates e questionamentos,
levando o aluno a tomar conhecimento sobre assuntos que, se não fosse assim,
passariam despercebidos.
Em se tratando das novas tecnologias, assim como as técnicas
convencionais, são instrumentos que podem enriquecer as aulas. Sobre a
importância da contribuição das novas tecnologias à educação Masetto (2012, p.
153) afirma:
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Assim, por exemplo, elas poderão ser utilizadas para valorizar a autoaprendizagem, incentivar a formação permanente, a pesquisa de informações básicas e das novas informações, o debate, a discussão, o diálogo, o registro de documentos, a elaboração de trabalhos, a construção da reflexão pessoal a construção de artigos e textos.
É importante lembrar que as novas tecnologias são instrumentos e, que por si
só, não ensinam. Daí a importância do papel do professor como aquele que prepara
e planeja as atividades para suas aulas, com objetivos e finalidades claras, que faz a
mediação do conhecimento com uso delas.
Preparar aulas na perspectiva da mediação pedagógica proposta por Masetto
(2012) usando as tecnologias, significa atentar para que o aluno não fique passivo
diante delas. O professor ao planejar suas aulas, deverá oportunizar momentos
onde o aluno possa perguntar, refletir, pesquisar e assim, estará contribuindo para
todo o processo de aprendizagem do aluno.
Segundo Cavalcanti (2005) a abordagem interacionista e socioconstrutivista
de concepção Vygotskyana e Piagetiana muito tem a contribuir com os estudos de
Didática e das metodologias de ensino de matérias específicas como a da Geografia
por exemplo.
Numa perspectiva socioconstrutivista segundo Cavalcanti (2005), o aluno é
um sujeito ativo no processo de aprendizagem e o professor, o mediador do
confronto entre o sujeito (aluno) e o objeto do conhecimento (conteúdo). E a
aprendizagem é vista como algo em construção pelo aluno.
Libâneo (1995), assim define uma atitude socioconstrutivista:
É sócio porque compreende a situação de ensino-aprendizagem como uma atividade conjunta, compartilhada, do professor e dos alunos, como uma relação social entre o professor e alunos ante o saber escolar. É construtivista porque o aluno constrói, elabora, seus conhecimentos, seus métodos de estudo, sua afetividade, com a ajuda da cultura socialmente elaborada, com a ajuda do professor. (LIBÂNEO, 1995 apud CAVALCANTI, 2005, p. 139.).
Para Cavalcanti (2005), embasada na teoria Vygotskyana, as funções mentais
desenvolvem-se na interação do sujeito , em atividade com o mundo, por isso, as
possibilidades de desenvolvimento do pensamento, pela escola, dependem em boa
parte da qualidade dos instrumentos mediadores utilizados por ela.
Este aspecto é importante estar claro para os educadores, pois permite
compreender como ocorre a aprendizagem pelo indivíduo, ou seja, a aprendizagem
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ocorre pela internalização dos conceitos através de uma atividade externa para uma
atividade interna pessoal de cada indivíduo mediada pelos objetos de sua interação.
“Vygostky (1984) destaca o processo de internalização como uma reconstrução
interna, intersubjetiva, de uma operação externa com objetos em interação”
(VYGOSTKY, 1984 apud CAVALCANTI, 2005, p. 141).
Segundo a autora supracitada, não devemos supor que para que haja a
internalização, basta a exploração e pesquisa individual do aluno. Para ela, é
necessário levar em consideração que o aluno aprende também de forma
espontânea, mas que, grande parte do aprendizado escolar será aprendido somente
com a colaboração e intervenção do docente, por isso a importância do professor no
processo educativo.
Em uma proposta socioconstrutivista para a Geografia, Cavalcanti (2005)
destaca a importância para as atividades propostas aos alunos como condição
facilitadora para a aquisição dos conceitos fundamentais da geografia, uma vez que
permite ao aluno, entrar em contato com o objeto (conteúdo). Entre essas atividades
encontram-se as dramatizações, os jogos e todo tipo de simulação e a observação
problematizadora da paisagem direta do aluno ou representada.
A Geografia escolar, por propiciar o exercício de observação do espaço vivido e percebido, pode contribuir para uma apreensão ética e estética da realidade, aguçar a sensibilidade dos alunos em relação à realidade observada, desenvolver o hábito de atribuir valor ao que observam, quebrando assim uma atitude de indiferença própria do indivíduo em sociedades em que predominam práticas cotidianas alienantes. (CAVALCANTI, 2005, p.147).
Investigar, experimentar, inventar também são atividades interessantes para a
mediação da aprendizagem em Geografia. Estas precisam de outras atividades para
garantir que o conhecimento ocorra, tipo: sistematizar as observações, tratar as
informações obtidas, analisar e sintetizar conhecimentos já elaborados, memorizar
fatos, expressar verbal e graficamente, comunicar conhecimentos e expressar
verbal e graficamente os dados observados.
Para Cavalcanti (2005), é importante que se considere a vivência dos alunos,
mas esta deve ser confrontada com os saberes científicos e reformulados por eles.
Ressaltando a importância de desenvolver a habilidade da leitura dos mapas para a
Geografia, sugerindo como uma possível metodologia para iniciar o estudo dos
17
mesmos, a realização dos “mapas mentais”, representações dos alunos sobre o
espaço percebido por eles.
Igualmente importante são as atividades de interação e cooperação entre os
alunos, pois:
As atividades de cooperação e de intercâmbio entre os alunos são importantes para o processo de socialização, para o desenvolvimento de habilidades, para promover o debate entre conhecimentos e visões diferentes sobre o mesmo objeto, para a relativação do ponto de vista de cada um, para se estabelecer um „conflito sociocognitivo‟ (COLL, 1994 apud CAVALCANTI, 2005, p.152).
Uma criança é capaz de fazer mais com o auxílio de uma outra pessoa do
que faria sozinha é o que afirma a teoria Vygotskyna. Mas para que ocorra o
confronto de conceitos e opiniões entre os alunos, como afirma Cavalcanti (2005), a
intervenção do professor como mediador deste processo através do diálogo
conduzido por ele, é primordial. Quando a mediação não se faz presente, a eficácia
do processo fica comprometida.
A intervenção do professor em uma abordagem socioconstrutivista, segundo
Cavalcanti é diferente da concepção tradicional:
Enquanto a intervenção no „ensino tradicional‟ é para transmitir saberes a alunos passivos, a intervenção „socioconstrutivista‟ é orientada pelo pressuposto, aparentemente contraditório, da construção ativa do aluno, o que implica intervir para deixar o outro construir, intervir para que o outro tenha consciência de sua construção, intervir para que a cooperação ocorra (CAVALCANTI, 2005, p. 154-155.).
Como seria esta intervenção do professor numa perspectiva
socioconstrutivista? A mediação do professor implicaria em colocar problemas aos
alunos que os permitissem a reelaboração dos conteúdos escolares sem deixar de
oferecer as informações necessárias para que possam fazê-lo.
É colocar problemas a partir dos quais seja possível reelaborar os conteúdos escolares e também é fornecer toda a informação necessária para as crianças poderem avançar na reconstrução desses conteúdos. Ensinar e promover a discussão sobre os problemas colocados, é oferecer a oportunidade de coordenar diferentes pontos de vista, é orientar para a resolução cooperativa das situações problemáticas. Ensina é incentivar a formulação de conceitualizações necessárias para o progresso no domínio do objeto do conhecimento, é propiciar redefinições sucessivas até atingir um conhecimento próximo ao saber socialmente estabelecido. Ensinar é – finalmente – fazer com que as crianças coloquem novos problemas que não teriam levantado fora da escola (LERNER, 1995 apud CAVALCANTI, 2005, p. 155.).
18
Fornecer os conceitos científicos necessários considerados socialmente
válidos para a nossa época é, função da mediação do professor numa perspectiva
socioconstrutivista. Não se trata de repassar conceitos para que os alunos apenas
os reproduzam, mas de propor situações onde possam ser confrontados com os
próprios conceitos dos alunos e, de exercitar estes para que possam ser usados em
outros momentos da construção de conhecimentos. Para Vygotsky, segundo
Cavalcanti (2005), não é possível transferir conceitos, mas sim construí-los até que
sejam internalizados pelos indivíduos.
A relação dialógica entre o professor, o aluno e o conteúdo é muito
importante, pois a fala e o pensamento são ações que se complementam
(CAVALCANTI, 2005, p. 161-162.). Ao falar, estamos expressando verbalmente o
resultado do que pensamos. Por isso, é importante criar situações onde o aluno
possa livremente ser incentivado a pensar e, a falar o que pensa sobre os conceitos,
livremente.
As atividades que estimulem a autoreflexão dos conceitos ajudam os alunos a
desenvolver a atenção, a percepção e a memória. Igualmente importante, para
Cavalcanti (2005), são as atividades de discussão coletiva em sala de aula, pois
ajudam a entender o que será exigido do aluno em cada tarefa, além de possibilitar
a discussão dos resultados, analisar as dificuldades que tiveram e avançar na
construção do conhecimento.
Ao se trabalhar na concepção socioconstrutivista, a avaliação dos
conhecimentos assimilados pelos alunos não pode ser entendida como uma
memorização e reprodução de resposta dadas anteriormente pelo professor e, sim,
requer compreensão, análise e síntese.
Por definição, contrária ao controle absoluto dos resultados da aprendizagem. A ideia é a de que há no ensino um processo de integração e construção, no qual o aluno é um sujeito ativo que constrói conceitos, atribui significados aos objetos a partir de representações já formadas. Essa ideia pressupõe entender o conhecimento como um processo dinâmico que não admite a determinação a priori dos resultados a serem atingidos. Considerar, porém, a dinâmica do processo não significa perder o controle sobre ele: é preciso, ao contrário, que o acompanhamento e o controle sejam feitos durante todo o processo (CAVALCANTI, 2005, p. 164.).
Assim, nesta perspectiva podemos afirmar que a avaliação passa a ser um
processo mais complexo do que a forma tradicional, como sugere Pozo (apud
CAVALCANTI, 2005), que se use nas aulas de Geografia vários instrumentos, e não
19
apenas as provas, que permitirão ao professor, ter maior clareza sobre a formação
dos conceitos assimilados pelos alunos, como a definição de significado; o
reconhecimento da definição; a exposição temática; a identificação e a
categorização de exemplos e a aplicação na solução de problemas.
A função da avaliação para Cavalcanti (2005, p.166) nesta proposta “não é a
de classificar ou qualificar os alunos, mas sim de compreender a dinâmica de cada
um e suas dificuldades, para poder potencializar as possibilidades do ensino”.
Desta forma pode-se perceber a importância da mediação do professor no
processo ensino-aprendizagem, pois é este que conduz, orienta, acompanha,
sugere e indica caminhos a serem percorridos pelos alunos. Pensar caminhos,
formas e metodologias para os dias de hoje, implica em pensá-los inserindo as
novas tecnologias, pois estas estão presentes nas escolas e podem contribuir para
enriquecer o fazer pedagógico.
2.4 PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES: UM OLHAR PARA A ESCOLA E A
TECNOLOGIA, A PARTIR DOS MAPAS MENTAIS DOS ALUNOS
Com a intenção de aprofundar o conhecimento da realidade escolar,
especificamente o universo do aluno e a sua relação com as tecnologias, nosso
objeto de estudo, optamos por antes da realização do projeto de PDE junto aos
alunos, investigarmos os discentes para entender as suas relações com a
tecnologia.
A investigação ocorreu com a turma em que será realizado posteriormente o
projeto, com a intenção de verificar o que os alunos entendem por tecnologia e como
ela está presente em suas vidas cotidianas e na escola. A partir da elaboração dos
chamados mapas mentais, organizamos perguntas feitas aos discentes: 1) O que é
tecnologia?; 2) A tecnologia faz parte da sua vida? Como?; 3) Você utiliza tecnologia
na escola e nas aulas de Geografia? Como?
A partir desses três questionamentos solicitamos para que os alunos
desenhassem a resposta da pergunta, utilizando a metodologia conhecida como
mapas mentais. Segundo Kozel (2006) as representações provenientes das imagens
mentais não existem dissociadas do processo de leitura que fizemos do mundo.
Assim, os mapas mentais podem ser considerados uma representação do mundo
20
real visto através do olhar particular de cada ser humano, passando pelo aporte
cognitivo, a sua visão do mundo, refletindo-se na construção simbólica. Os mapas
mentais ainda, segundo a autora, requerem uma interpretação/decodificação, que
buscaremos realizar a seguir.
Com relação a pergunta: O que é tecnologia, apresentamos uma
interpretação das respostas abaixo dos mapas mentais:
Mapa mental nº 1 e nº 2
Fonte: KARNOPP, 2013.
Como podemos observar nos mapas acima, para esses alunos a tecnologia
está diretamente ligada aos equipamentos como celular, GPS, pen drive,
microscópio, as redes, a internet WiFi e Bluetooth. A percepção dos alunos sobre o
que é tecnologia vem ao encontro com a de Masetto (2012), quando ele afirma que
por novas tecnologias na educação entendemos:
[...] o uso da informática, do computador, da internet, do CD-ROM, da hipermídia, da multimídia, de ferramentas para educação a distância – como chats, grupos ou lista de discussão, correio eletrônico, etc. – e de outros recursos e linguagens digitais de que atualmente dispomos e que podem colaborar significativamente para tornar o processo de educação mais eficiente e mais eficaz (MASETTO, 2012, p.152.).
Observa-se que os alunos representaram nos mapas mentais, as tecnologias
pertinentes ao seu dia a dia, aquelas que são mais usadas e marcantes para cada
um, ficando claro que o seu mundo está cercado por elas. Como podemos ver no
mapa mental número 03, onde o aluno coloca as tecnologias espacializadas numa
representação de mundo.
21
Mapa mental nº 3
Fonte: KARNOPP, 2013.
No mapa número 03 podemos observar que o aluno(a) preocupou-se com a
espacialização pelos continentes da tecnologia, já no mapa 04 retoma-se a questão
do celular, a música, a televisão e a mídia, ou seja, os canais de televisão abertos e
ainda o computador com as redes sociais.
Mapa mental nº 4
Fonte: KARNOPP, 2013.
22
Mapa mental nº 5
Fonte: KARNOPP, 2013.
No mapa 05, chama a atenção à linguagem escrita no desenho, quando o
aluno(a) destaca que a tecnologia é “saber sobre tudo e todos”. Isto nos leva a
refletir sobre uma parcela da geração atual, que para Luciano Pires está sendo
conceituada como a geração “T”. “[...] a geração T, que sabe tudo que acontece, mas
não tem ideia do por que acontece. Entrega-se à tecnologia de corpo e alma. [...]
não consegue praticar curiosidade intelectual, só a curiosidade social” (PIRES,
2011).
Esta geração não tem uma faixa etária definida, mas a maioria são jovens.
Luz (2011), define a geração “T” da seguinte forma:
Vivenciamos uma geração extremamente teórica, sem muita prática e/ou real interesse pela mesma. Acredito que a atual inversão de valores, em que o parecer é decididamente mais importante do que „Ser‟, em todos os possíveis sentidos, acaba por nos criar a estranha mania de apenas testemunhar e relatar o que nos cerca. E isso se transforma em uma deplorável dificuldade quando é necessário agir. (PIRES, 2011).
Para Libâneo (2011), os professores não devem ver os meios de
comunicação somente como recursos didáticos, devem também usá-los como
conteúdos a serem trabalhados em todas as disciplinas escolares. Para ele, a escola
é: lugar onde os alunos aprendem a razão crítica para poderem atribuir significados
23
às mensagens e informações recebidas das mídias, multimídias e formas de
intervenção educativa urbana (LIBÂNEO, 2011, p. 77.).
A segunda pergunta: a tecnologia faz parte da sua vida? Como? Foi
representada com os mapas a seguir:
Mapa mental nº 6
Fonte: KARNOPP, 2013.
Mapa mental nº 7
Fonte: KARNOPP, 2013.
24
O mapa 06 e 07 cuja pergunta era acerca da presença da tecnologia na sua
vida cotidiana, apresentam a TV, o celular, a música, os jogos e o computador, os
quais permeiam a vida dos alunos. No mapa mental 07 chama a atenção a geladeira
como tecnologia. O aluno(a) autor(a) desse mapa é paquistanês e está estudando
no Brasil, possivelmente tenha representado por ser algo novo em seu cotidiano,
não presente anteriormente.
Mapa mental nº 8
Fonte: KARNOPP, 2013.
O mapa mental número 08 chama a atenção para alguns elementos: o rosto
representado com o óculos a sua frente, e não nos próprios olhos; as correntes que
saem da cabeça, e o ponto de interrogação que gera a imagem, a dúvida em relação
a tecnologia; a bandeira dos EUA logo abaixo, e no canto superior direito uma
pessoa possivelmente aprisionada com grades a sua frente. Ao mesmo tempo que o
aluno indica por escrito que a tecnologia aprisiona, retrai e modifica a cultura, ele faz
uso em seu desenho da língua inglesa.
Deste modo, podemos concluir que a tecnologia faz parte de nosso dia a dia.
Para Libâneo (2011, p. 40), a escola continuará dependendo durante muito tempo
da sala de aula, do quadro negro e dos cadernos, mas os professores não podem
25
mais ignorar a tecnologia, pois terão um impacto cada vez maior na educação
escolar e na vida cotidiana.
(Os alunos) aprendem em múltiplas e variadas situações. Já chegam a escola sabendo muitas coisas ouvidas no rádio, vistas na televisão, em apelos de outdoors e informes de mercado e shopping centers que visitam desde pequenos. Conhecem relógios digitais, calculadoras eletrônicas, videogames, discos a laser, gravadores e muitos outros aparelhos que a tecnologia vem colocando à disposição para serem usados na vida cotidiana. Estes alunos estão acostumados a aprender através dos sons, das cores, das imagens fixas das fotografias ou, em movimento, nos filmes e programas televisivos. [...] O mundo desses alunos é polifônico e policrômico. É cheio de cores, imagens e sons, muito distante do espaço quase que exclusivamente monótono, monofônico e monocromático que a escola costuma lhes oferecer (KENSKI, 1996 apud LIBÂNEO, 2011, p. 41.).
Como vemos, os alunos estão habituados ao uso da tecnologia, ela está
dentro e fora da escola, e esta, por sua vez, deve aproveitar estes recursos para
dinamizar o ensino e ajudar o aluno a ter um olhar crítico sobre o que é veiculado
pelos meios de comunicação.
A terceira pergunta, tinha por objetivo entender em que momentos nas aulas
de Geografia a tecnologia se faz presente, e foram representadas pelos mapas a
seguir:
Mapa mental nº 9
Fonte: KARNOPP, 2013.
26
Nesta representação, o aluno vê no celular uma forma de acessar a web para
busca de conteúdos da Geografia, isto é totalmente possível, uma vez que a maioria
dos discentes têm celulares com recursos para esta tarefa, e o celular tem sido
defendido como ferramenta pedagógica para o enriquecimento das aulas.
Mapa mental nº 10
Fonte: KARNOPP, 2013.
Mapa mental nº 11
Fonte: KARNOPP, 2013.
27
Mapa mental nº 12
Fonte: KARNOPP, 2013.
Nas representações dos mapas mentais de número 10, 11 e 12,
apresentados acima, os alunos destacam os recursos multimídia (projetor
multimídia, TV pendrive, pendrive e o aparelho de DVD). Observa-se que a TV
pendrive está presente nos três mapas, o que pode evidenciar um maior uso dela
em relação aos outros. Sobre a importância de variar o uso dos recursos na sala de
aula, Moran (2012, p. 50) afirma:
É importante , neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto sequencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual.
O computador, presente no laboratório de informática das escolas também é
destacado como sendo recurso tecnológico utilizado nas aulas de Geografia. Ele
oferece inúmeros recursos que não foram criados especialmente para a educação,
mas que podem ser usados para as aulas, como os aplicativos que permitem a
realização de slides, textos, tabelas gráficos, simuladores, software de jogos entre
outros.
28
Contudo, são os computadores conectados a rede mundial de computadores,
e a internet que trouxeram grandes possibilidades para a educação. Através deles é
possível acessar conhecimentos produzidos em todas as partes do mundo,
enriquecendo as pesquisas, além de oferecerem recursos como os chats, correio
eletrônico, lista de discussão entre outros que auxiliam na comunicação e interação
entre professor e aluno. Para Masetto (2012, p. 152), as novas tecnologias
cooperam para:
[...] o desenvolvimento da educação em sua forma presencial (fisicamente), uma vez que podemos usá-las para dinamizar nossas aulas em nossos cursos presenciais, tornando-os mais vivos, interessantes, participantes e mais vinculados com a nova realidade de estudo, de pesquisa e de contato com os conhecimentos produzidos.
Dessa forma, a partir dos mapas mentais dos alunos, podemos verificar a
intensa conecção deles com o mundo em que vivem, os quais estão acostumados
com as tecnologias em seu dia a dia. Diante desses mapas, entendidos como
respostas dos alunos para muitas de nossas dúvidas, sobre como usar a tecnologia
em sala, quais são os seus interesses é que delineamos a metodologia a seguir.
Fonte: http://envolverde.com.br/educacao/ciencia-tecnologia/ciencia-tecnologia-e-educacao/. Acesso em: 25 nov.
2013.
A pesquisa será realizada com objetivo, como já destacado, de identificar e
utilizar as novas tecnologias disponíveis na escola de nossa atuação. O método que
embasará a reflexão teórica e pedagógica da pesquisa será a pedagogia histórico-
crítica. Esta pesquisa configura-se como sendo de abordagem qualitativa,
baseando-se na descrição e interpretação da interação entre alunos e professor
pesquisador, sendo identificada como Pesquisa -Ação.
Os sujeitos da pesquisa, além da professora, são os alunos do segundo ano
matutino do Ensino Médio do Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta.
Entendemos tratar de uma pesquisa-ação devido ao caráter investigativo
envolvendo tanto os alunos quanto a professora. A intenção da pesquisa-ação é de
investigar uma situação-problema presente na realidade da sala de aula com intuito
de transformá-la.
Pesquisa-ação é o estudo de uma situação social capaz de tratar da melhoria da qualidade da ação que nela intervém; é um processo em que tanto os agentes, como a situação se modificam num processo sistemático de aprendizagem de tal modo que a ação educativa se converte em uma ação informada e comprometida (PEREIRA, 1998 apud FRANCISCHETT, 1999, p.170.).
3 Orientações metodológicas
30
Segundo Francischett (1999) a pesquisa-ação na educação é o processo de
investigação da ação e pela ação, que possibilita a melhoria da prática pedagógica e
a produção de conhecimento.
A pesquisa-ação (LEWIN; 1990, ELLIOTT, 1946 apud FRANCISCHETT,
1999, p. 171.) tem por principal característica um processo que se modifica em
espiral compreendido por quatro etapas, sendo a primeira, diagnosticar a situação
problema na prática, depois formula-se estratégias de ação para resolver o
problema, coloca-se em prática e avalia-se as estratégias de ação e por último, a
análise dos resultados pode levar a novos informações e a novo diagnóstico do
problema, voltando-se assim, a novas reflexões e ações sobre a nova descoberta.
Com o uso da pesquisa-ação, pretendemos pesquisar um problema
específico de nossa realidade em sala de aula nas aulas de Geografia, propor e
aplicar ações, analisá-las com o objetivo de promover mudanças em nossa prática e
na prática dos alunos envolvidos, entendendo que os resultados podem levar a
novas indagações suscetíveis a novas investigações.
Os conteúdos que serão utilizados durante a realização da pesquisa-ação
serão: Fontes de Energia e Indústria e não mais os conteúdos sobre Clima e
Vegetação mencionados no projeto inicial. A substituição dos conteúdos se deve a
ajustes ao planejamento da escola devido ao retorno do Ensino Médio ao sistema
regular de ensino em detrimento ao sistema de bloco.
Como recursos metodológicos, partiremos da pesquisa já iniciada sobre as
novas tecnologias e as possíveis metodologias e meios que podem ser empregadas
para preparar as atividades a serem desenvolvidas. A análise dos resultados
ocorrerá através da observação contínua que será registrada em um diário de
campo.
No que tange a metodologia propriamente dita, utilizaremos o chamado
Projeto de aprendizagem colaborativa, proposto pela autora Marilda Aparecida
Behrens (2012) que consiste em uma mediação pedagógica que valoriza o
aprendizado e o conhecimento de uma forma compartilhada entre os alunos usando
como um dos recursos, as novas tecnologias de informação e comunicação.
É inegável a disseminação da tecnologia e de seu uso principalmente pelos
mais jovens que se encantam com ela e a usam com habilidade. Segundo Pierre
Lévy (1993 apud BEHRENS, 2012, p.73) o conhecimento poderia ser apresentado
de três formas diferentes: a oral, a escrita e a digital. Assim, escola não pode se
31
furtar ao seu uso, isto é da linguagem digital, sob a pena de estar promovendo a
exclusão digital.
Deste modo, em nossa pesquisa buscaremos transitar por essas três formas
diferentes de ensino: a forma oral, que pode, por exemplo, abarcar as aulas
expositivas, as conversas informais, as discussões coletivas em sala entre outras, a
forma escrita, que vai desde o uso do livro didático até mesmo textos paradidáticos
produzidos pela professora, textos produzidos pelos alunos, e uma série de
produções escritas e de leituras que podem auxiliar no aprendizado, e a linguagem
digital, objeto de estudo dessa pesquisa, sendo o uso da tecnologia e seus
diferentes recursos e equipamentos nas aulas de geografia.
Ao refletir sobre a educação na era digital, percebemos que a forma
tradicional de educar, com alunos enfileirados, passivos, meramente como ouvintes
onde o professor considera que seu papel é o de transmissor de conhecimentos não
atende mais as necessidades educacionais neste contexto.
Como afirma Behrens (2012), não se trata de menosprezar tudo o que foi feito
até aqui, mas de introduzir recursos e novas metodologias que estimulem o
aprender constante e para toda a vida ajudando ao aluno a se apropriar de
capacidades necessárias para o mundo que vive.
Trata-se de aliar a formação ético-humanística aos desafios tecnológicos-científicos, sob pena de construir uma sociedade produtiva e, ao mesmo tempo, agressiva, racional e desumana, acentuando os problemas e as injustiças sociais. O homem precisa se apropriar da técnica e coloca-la a seu serviço, buscando uma melhor qualidade de vida para si e para seus semelhantes. O inegável desenvolvimento científico e tecnológico leva a refletir sobre a dicotomia homem-máquina. Essa questionável relação precisa adquirir sentido e significado, observando-se, criteriosamente, os impactos das tecnologias sobre a sociedade e sobre a cultura. A tecnologia precisa ser contemplada na prática pedagógica do professor, de modo a instrumentalizá-lo a agir e interagir no mundo com critério, com ética e com visão transformadora (BEHRENS, 2012, p.73).
As novas tecnologias devem ser entendidas como ferramentas para dinamizar
o fazer pedagógico, devem ser usadas de maneira a ajudar aos alunos a refletir
criticamente sobre seu mundo, de maneira a contribuir para mudanças significativas
que visem a igualdade e o respeito pelo outro.
[...] o acesso ao conhecimento e, em especial, à rede informatizada desafia o docente a buscar nova metodologia para atender às exigências da sociedade. [...] professores e alunos precisam buscar um processo de auto-organização para acessar a informação, analisar, refletir e elaborar com autonomia o conhecimento (BEHRENS, 2012, p. 71).
32
Behrens (2012) sugere que a aprendizagem ocorra de modo colaborativo, que
o professor proponha a seus alunos uma nova forma de buscar o conhecimento
onde professores e alunos, num clima cooperativo, busquem soluções conjuntas
para os problemas que afetam a ambos.
O desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na qual professor e alunos participam de um processo conjunto para aprender de forma criativa, dinâmica, encorajadora e que tenha uma essência o diálogo e a descoberta (BEHRENS, 2012, p 77-78).
A aprendizagem colaborativa está alicerçada nos quatro pilares de Jacques
Delors (1988 apud BEHRENS, 2012, p.78) expressa no Relatório para a Unesco da
Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, os quais são: aprender
a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos e aprender a ser.
Libâneo (2011, p. 81) afirma que a investigação didática atual tem
demonstrado algumas ações pedagógico-didáticas para uma proposta
emancipatória, entre elas: “Aprendizagem do pensar criticamente, implicando o
desenvolvimento de competências cognitivas do aprender a aprender e instrumentos
conceituais para interpretar a realidade e intervir nela”.
A aprendizagem colaborativa, segundo Behrens (2012), deve acontecer com
base em uma prática pedagógica de paradigma emergente1. Para a autora, este
paradigma envolve uma aliança de abordagens pedagógicas reunindo diferentes
visões: a holística, a abordagem progressista e do ensino de pesquisa,
instrumentalizada pela tecnologia inovadora.
Através do ensino pela pesquisa o aluno torna-se pesquisador e produtor de
conhecimento, é conduzido pelo professor, através de uma nova postura, a
problematizar, observar, criticar e posicionar-se frente à realidade propondo
soluções.
Como usuário da rede de informações, o aluno deverá ser iniciado como pesquisador e investigador para resolver problemas concretos que ocorrem no cotidiano de suas vidas. A aprendizagem precisa ser significativa, desafiadora, problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o aluno e o grupo a buscar soluções possíveis para serem discutidas e concretizadas à luz de referenciais teóricos/práticos (BEHRENS, 2012, p. 77).
1 Segundo Behrens (2012), paradigma emergente é a denominação dada por alguns educadores como Boaventura (1999), Santos (1989), Moraes (1997), Pimente l(1993), Gutiérrez (1999) e Behrens (1999) para um paradigma inovador que venha a atender as necessidades da sociedade do conhecimento.
33
A visão progressista leva em consideração que professores e alunos são
sujeitos de sua própria história. Vai além da produção do conhecimento, somos
sujeitos políticos e como tais devemos nos posicionar diante de injustiças sociais.
Desenvolver essa atitude nos alunos requer do professor uma postura que instigue
seus alunos a encontrar soluções que visem a igualdade e o bem-estar de todos.
A abordagem progressista tem como pressuposto básico a busca da transformação social. Engloba uma proposta de parceria entre professor e alunos num processo dialógico amoroso (Freire 1993). [...] Neste sentido a prática pedagógica precisa ser problematizadora, levando em consideração o contexto dos ambientes culturais, raciais, históricos, de classe e de gênero (BEHRENS, 2012, p. 91).
A visão holística, segundo a autora, propõe a superação da fragmentação da
visão newtoniana-cartesiano por uma visão de totalidade, interdisciplinar, que possa
contribuir para a busca do sentido da existência humana, e que desenvolva a
preocupação dos indivíduos em viver em um mundo saudável respeitando todos os
seres no planeta.
Portanto, para Behrens, a aprendizagem colaborativa mescla as três formas
de abordagem descritas acima, o ensino de pesquisa, a abordagem progressista e a
holística, mas para que seja alcançada, deve-se levar em conta o uso de tecnologias
inovadoras, não como abordagem, mas como instrumentos para auxiliar a prática
pedagógica.
Num caráter mais amplo, a tecnologia da informação, entendida como recurso de hardware, software e redes de computadores, pode ajudar a tornar mais acessíveis e conhecidos para os professores as políticas educacionais dos países, os projetos pedagógicos das escolas em todos os níveis, os projetos de aprendizagem construídos por professores e aluno, as opções paradigmáticas e as proposições metodológicas das instituições de ensino, bem como os mais diversos aplicativos que podem ser colocados à disposição dos alunos e de todos os usuários da sociedade (BEHRENS, 2012, p. 96).
As tecnologias como ferramentas para aprendizagem colaborativa podem ser
usadas por professores e alunos para estimular a pesquisa, esta por sua vez pode
ser disponibilizada em rede, usando imagem e som o que a torna mais atrativa para
os que dela participam. Os programas aplicados à educação, os jogos, os
34
aplicativos2 são recursos que podem ajudar a desenvolver as atividades
pedagógicas.
Sobre os aplicativos, Behrens (2012, p. 98) explicita algumas formas de uso
pelo professor na sala de aula:
Os editores de texto são programas que permitem escrever, ajustar, transferir, copiar, recortar, modificar, compor, decompor, gravar e imprimir todos os tipos de textos. A maioria dos editores de texto oferece combinações de diferentes tamanhos, estilos e tipos de fontes. Alguns programas, como o Microsoft Word, permitem a inserção de imagens, desenhos e gráficos nos textos. [...] os programas de criação de apresentação que podem ser explorados com fim didáticos. Como, por exemplo, o power point , que possibilita a confecção de slides que contemplam textos, imagens e gráficos e que podem ser usados em palestras, aulas, encontros, ao serem projetados pelo datashow ou por equipamentos semelhantes.
Os grupos de discussão por meio de chats e fóruns podem ser usados para
discussão de temáticas e aproximação entre alunos e professores. A linguagem oral
e a escrita aliada a linguagem digital podem contribuir para que a sala de aula se
transforme em um ambiente onde professores e alunos possam acessar o
conhecimento, questioná-lo e produzi-lo.
[...] o professor precisa saber que pode romper barreiras mesmo dentro da sala de aula, criando possibilidades de encontros presenciais e virtuais que levem o aluno a acessar as informações disponibilizadas no universo da sociedade do conhecimento. A rede informatizada comtempla o registro e a manipulação dinâmica das informações escritas, sonoras e visuais combinadas (BEHRENS, 2012, p. 74).
Para romper as barreias salientadas pela autora, e propiciar os encontros
virtuais, podemos citar como ferramentas, as redes sociais, entre elas o Facebook e
os Blogs. O uso das redes sociais tem crescido vertiginosamente entre os alunos3.
Podendo ser uma das possibilidades para o professor criar espaço de encontros
virtuais com os alunos, por exemplo. O Facebook está entre as preferências dos
estudantes. É um site que reúne compartilhamentos de fotos, imagens, vídeos além
de proporcionar acesso à comunicação rápida entre seus usuários. É uma opção
para professores que desejam aprofundar fora da sala de aula, conteúdos
2 Segundo Seabra (1994), os aplicativos são programas voltados para funções específicas, como planilhas eletrônicas, processadores de texto e gerenciadores de banco de dados (BEHRENS, 2012,p. 97).
3 Segundo informações apresentadas pelo site: http://canaldoensino.com.br/blog/como-usar-o-facebook-na-educacao, acesso em: 30 set 2013.
35
trabalhados com os alunos em sala , além de estreitar a interação entre professor e
aluno, favorecendo a aprendizagem.
Através do Facebook, o professor pode combinar com seus alunos atividades
que poderão ser realizadas por meio da criação de grupos e chats, podendo usar
publicação de vídeos, imagens, textos, links que provoquem uma discussão em rede
e um compartilhamento de pesquisas ampliando o espaço de sala de aula. Pode
publicar as produções da classe em uma página do professor ou da turma.
A informatização na Web está organizada num conjunto de nós e „links‟. Usando a Web, os professores podem criar suas páginas na rede para guiarem os seus alunos por esta nova geografia mundial, para socializarem trabalhos, enviar resumos, exercícios, bibliografias, programas, etc. O educador pode também fazer links sobre a matéria para páginas relacionadas com o assunto, para que os alunos possam ter uma visão mais realista (GADOTTI, 1999, p. 254 apud BEHRENS, 2012, p. 116.).
Mas, é importante ressaltar que sozinha, a linguagem digital torna-se sem
significado, portanto, deve estar alicerçada a uma proposta pedagógica que vise a
busca do conhecimento, do espírito crítico e da criatividade.
Ao optar pela forma colaborativa de trabalho com os alunos, o professor
poderá trabalhar com a metodologia de projetos. Behrens (2012), como sugestão e
não com o intuito de dar “receitas prontas”, descreve algumas passos que podem
ser usados e adaptados pelo professor conforme a sua realidade, fazendo o uso de
todas as fases ou decidindo-se por aquelas que considerar necessárias para a sua
modalidade de trabalho.
Na imagem a seguir podemos observar os passos para realização do projeto
de aprendizagem colaborativa, apontados por Behrens (2012):
36
Figura 1 – Fases do projeto de aprendizagem colaborativa, segundo Behrens
Fonte: BEHRENS, 2012, p.108.
Diante dessas fases, optamos por utilizar essa metodologia de aprendizagem
colaborativa em nossa pesquisa. Para isso apresentamos no quadro 1 com cada
uma das etapas que farão parte da pesquisa e qual será o encaminhamento dado.
Deste modo durante as nossas aulas de Geografia com base nesta
metodologia, utilizaremos as etapas denominadas abaixo.
37
Quadro 1 – Etapas da metodologia de aprendizagem colaborativa
Etapas Especificação da atividade
1º Apresentação e discussão do projeto O professor apresenta as fases do projeto aos alunos, discute todas as etapas, ouve e acrescenta as colaborações dos mesmos.
2º Problematização do tema Levantamento de problemas relacionados ao tema do projeto. Os alunos devem ser ouvidos para que sugiram o que querem problematizar sobre o conteúdo.
3º Contextualização O professor esclarece aos alunos o que espera deles, o que podem esperar do professor, que recursos usar, o compromisso do grupo.
4º As aulas teóricas exploratórias
É o momento das aulas teóricas dialogadas sobre os conhecimentos básicos do conteúdo. Neste momento, o professor pode utilizar recursos variados como slides, vídeos, textos, sites entre outros.
Esse é o momento em que o docente faz uso das diferentes tecnologias que tem a sua disposição.
5º Pesquisa individual
O aluno irá pesquisar em variadas fontes, o professor poderá estimular a troca dos sites entre alunos e sugerir outros, criando um ambiente de colaboração e não de competição, além de alertar para a criticidade do material encontrado na internet.
6º Produção individual
O aluno deve produzir individualmente o resultado de suas pesquisas, que poderá ser um texto digitado por ele mesmo e desafiado a usar as normas da ABNT. O texto deve ser entregue e avaliado pelo professor.
7º Discussão coletiva, crítica e reflexiva
O professor dirige a discussão coletiva explorando os resultados das problematizações. Devem ser levados a discutir suas responsabilidades sociais diante das problematizações e a desenvolver seu espírito crítico e reflexivo diante das questões sociais. Neste momento, o aluno deve perceber o resultado de sua pesquisa, mas entender que eles resultam da ação colaborativa do grupo.
8º Produção coletiva
Consiste na produção de um texto em grupo de no máximo quatro alunos elencando o que foi assimilado na discussão coletiva. O aluno deve entregar o texto individual (já devolvido e comentado pelo professor) e o coletivo junto, para verificação de seu desenvolvimento.
9º Produção final (prática social)
Os alunos devem escolher uma forma de expor sua pesquisa, além da forma escrita, podendo ser em blog da turma, página, jornal da escola, slides, apresentações teatrais, encenações, outras formas que os alunos sugiram.
10º Avaliação coletiva do projeto
Neste momento, deve ser avaliado coletivamente a participação do professor e dos alunos no projeto, assim como as dificuldade de cada fase e os pontos positivos.
Fonte: BEHRENS, 2012, adaptado por KARNOPP, 2013
Fonte: http://especializaoemnovastecnologias.blogspot.com.br/. Acesso em: 25 nov. 2013
Na primeira etapa, estaremos apresentado aos alunos as fases do projeto de
aprendizagem colaborativa, o conteúdo que será trabalhado, a metodologia, a
bibliografia básica e os meios digitais, os endereços eletrônicos para que tenham
uma visão do todo. Neste momento, ouviremos a contribuição dos alunos sobre as
etapas do projeto, anotaremos e o complementaremos com as sugestões dadas por
eles.
Dessa forma, desde o início, estaremos trabalhando de forma colaborativa e
pretende-se assim, envolver os alunos e fazê-los perceber que os resultados
dependerão da colaboração do grupo. Espera-se assim, maior estímulo na
participação dos trabalhos.
Aqui, apresentaremos o conteúdo do projeto: Fontes de Energia, seus itens e
subitens4 elencados pelo professor de acordo com o planejamento escolar no Plano
de Trabalho Docente (PTD). Em seguida, faremos a identificação do que os alunos
já sabem sobre o tema. Após ouvi-los, solicitaremos que dentro destes temas, nos
indiquem possíveis aspectos que não estão contemplados na temática, mas que
4 Encontra-se a relação dos assuntos nos apêndices no final desta unidade didática.
4 Material didático
1ª Etapa – Apresentação e discussão do projeto
Aproximadamente 1 hora/aula para cada conteúdo
2ª Etapa – Problematização do tema
Aproximadamente 1 hora/aula para cada conteúdo
39
eles gostariam de aprender e, então, levantaremos perguntas ou problemas
relacionados ao conteúdo, tendo o cuidado para que estas estejam relacionados
com seu dia a dia e para que não sejam alheias ao conteúdo estudado.
Como trata-se de uma estratégia pouco utilizada, os alunos podem ter
dificuldade na formulações de perguntas ou problemas, por isso, organizaremos e
levaremos algumas problematizações prontas5 que poderão ser escolhidas pelos
alunos, se necessário.
Para o segundo conteúdo, referente a Industrialização, faremos o mesmo
procedimento. Relembraremos a proposta metodológica, a apresentação e
discussão do Projeto, lembrando que agora, os alunos já terão vivenciado as etapas
do projeto com o conteúdo sobre Fontes de Energia. Desta forma acreditamos que
poderão ter contribuições relevantes a fazer, pois já sabem o que funcionou e o que
não funcionou com o conteúdo anterior.
Também faremos a apresentação dos conteúdos que serão estudados sobre
a Industrialização6 e disponibilizaremos, se necessário, uma lista com
problematizações7 sobre o conteúdo que poderão servir para que os alunos sintam-
se estimulados a fazer as suas.
Nesta etapa, procuraremos sensibilizar os alunos explicando-lhes o que é
trabalhar em um projeto de pesquisa colaborativa, para que entendam a importância
de seu papel para o sucesso da aprendizagem do grupo.
Explicaremos aos alunos o que esperamos deles, ou seja, que precisam ser
ativos e também responsáveis pela sua aprendizagem e pela do grupo, que o
espírito presente nas aulas deve ser o de colaboração com os colegas e, não de
competição, nas palavras de Behrens (2012, p. 113) “a atitude de entreajuda precisa
ser implementada procurando ultrapassar o espírito individualista e de
competitividade”.
5 Encontra-se uma lista com sugestão nos apêndices.
6 Encontra-se uma lista com os conteúdos nos apêndices.
7 Encontra-se uma lista com as problematizações sobre o conteúdo Industrialização nos apêndices.
3ª Etapa – Contextualização
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
40
Assim como explicaremos o que esperamos do aluno, também falaremos
sobre qual a ajuda que os alunos podem esperar do professor para a realização de
suas tarefas, reforçando que o professor, neste projeto de pesquisa, também será
um pesquisador, que não detém todo o saber e que a construção do conhecimento
acontecerá colaborativamente entre os alunos e, entre professor e alunos. Este
também é o momento que trataremos sobre os recursos que serão usados durante
as aulas e fora delas, apresentados no organograma a seguir.
Figura 2 - Organograma – Recursos tecnológicos usados nas aulas
Fonte: KARNOPP, 2013.
Faremos então uso do laboratório de informática e mostraremos os recursos.
Aqueles que tiverem seus celulares poderão usá-los para acessar os mesmos e os
alunos da turma serão adicionados ao grupo e convidados a participar da página do
Facebook. Acessaremos o endereço do blog (imagem a seguir, Blog Olhar
Geográfico, criado pela professora) e mostraremos seus recursos, como fazer as
postagens, tirando dúvidas de alunos que por ventura não tiverem familiaridade com
este recurso.
Grupo Fechado no Facebook
Projetor Multimídia
Laboratório de
Informática
Tv Pen Drive
Celular
Blog
Página no Facebook
41
Figura 3 – Blog Olhar Geográfico (http://www.verdegeo.blogspot.com.br/)
Fonte: KARNOPP, 2013.
Neste caso, será necessário dispor de um notebook conectado a um projetor
multimídia para mostrar o blog, página e o grupo no Facebook devido a baixa
capacidade do laboratório, (pela nossa experiência, de antemão já sabemos que não
há suporte para várias máquinas acessarem ao mesmo tempo o mesmo site), desta
forma, o celular dos alunos pode auxiliar como recurso de visualização.
Depois de adicionar os alunos ao grupo e a página do Facebook, passaremos
para um diálogo com os alunos sobre as regras e comportamento ético a ser
adotado pela turma para trabalhar com a rede social e o blog, com o objetivo de
desenvolver o respeito pela opinião do outro e de utilizar linguajar adequado para
nossas atividades escolares neste ambiente.
Disponibilizaremos, no grupo fechado da turma no Facebook, uma postagem
aos alunos para que realizem a atividade que se encontra na página da professora,
ou seja, links com vídeos e uma charge tratando sobre a etiqueta, ética e riscos na
internet.
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Esta será a primeira tarefa
postada na página do
Facebook e no Blog.
Olá alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
1. Observar o conteúdo da tirinha de André Dahmer: o Poço dos
Desejos e assistir aos vídeos sobre ética e riscos na internet.
2. Reflitam e elaborem um comentário de pelo menos 5 linhas sobre o
conteúdo abordado nos materiais publicados. Finalizem com suas
opiniões sobre o tema.
3. Se quiser, pesquisem e postem outros materiais sobre este tema.
4. Não esqueçam de ler as postagens dos colegas e comentar pelo
menos duas delas.
Figura 4 – O Poço dos Desejos
Fonte: http://www.brunoluz.com/blog/10-comportamento/74-a-geracao-t-e-seus-estranhos-
valores#sthash.boB7PKpo.dpuf. Acesso em: 29 out 2013.
43
Figura 5 – Netiqueta
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=kYpANxK1BCk. Acesso em: 26 out. 2013.
Figura 6 – Vida privada na internet
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=GSI7tf-Z9S0. Acesso em: 26 out. 2013.
44
Figura 7 – Diferentes formas de se comunicar atráves da internet
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=SQUrZFwze6k. Acesso em: 26 out. 2013.
Os alunos deverão acessar e postar comentários tecendo suas opiniões sobre
os links. Com esta atividade, pretendemos promover uma primeira discussão sobre
o tema além de instrumentalizar os alunos no uso do ambiente virtual. Na próxima
aula, discutiremos com os alunos as regras a serem utilizadas na internet e faremos
um contrato didático sobre as mesmas, que passarão a ser válidas para nossas
atividades.
Lembraremos aos alunos a forma pela qual serão avaliados, já comentada
quando apresentada etapa 1, ou seja, a avaliação acontecerá através dos textos
pesquisas individuais e em grupo, das participações nas atividades comentadas, e
postadas no Facebook e no Blog, na apresentação de seminários aos alunos da
classe sendo obrigatório uso da linguagem tecnológica , ou ainda, de outras
escolhas feita pelos alunos para expor os resultados dos estudos feitos durante o
projeto, a avaliação em forma de prova não está descartada, apenas deixará de ser
o principal instrumento avaliativo.
45
Aqui, acontecerão as aulas expositivas dialogadas onde estaremos
construindo os conceitos básicos sobre os conteúdos com os alunos, para isso,
utilizaremos slides no projetor multimídia ou na TV Pen drive, textos do livro didático
dos alunos e de outros autores, retirados de outros livros ou da internet.
Destacamos, o uso de charge, gráficos, tabelas, mapas e imagens que serão
utilizadas tanto na aula expositiva, quanto, em exercícios para reforçar e ajudar na
compreensão dos conteúdos.
As aulas expositivas dialogadas sobre o conteúdo Fontes de Energia, serão
pautadas nas explicações levantadas na problematização e nos conceitos básicos
necessários para a fundamentação das futuras pesquisas, tais como: conceito de
Energia, sua necessidade no mundo atual, matriz energética e classificação das
fontes de energia em renováveis, não renováveis, primárias e secundárias. Como
forma de estudo e ampliação das leituras sobre o assunto, postaremos vídeos,
textos, imagens, músicas, links de filmes que os alunos deverão acessar no grupo
da turma e na página do Facebook para contribuir com seus comentários, bem
como, fazer comentários dos comentários dos colegas, num clima de respeito a
opinião dos demais, além de estarem sendo estimulados a expressar o que
pensam.
No segundo conteúdo de Espaço Industrial, as aulas expositivas dialogadas
serão pautadas nos seguintes tópicos: tipos de indústrias, fatores locacionais,
distribuição espacial, características das grandes indústrias globais. O mesmo
procedimento para estudo será usado para este assunto, ou seja, postagem pelo
professor na página do Facebook de vídeos, textos, charges, músicas entre outras.
A opção por usar as músicas como forma de apreender sobre o conteúdo em
Geografia, decorre da observação feita através dos mapas mentais com os alunos
sujeitos deste projeto, que apontaram perceber o uso de tecnologia em suas vidas
principalmente através do avanço das tecnologias no campo da música.
Entendemos que esta linguagem é muito apreciada pelos alunos desta faixa etária
(Ensino Médio) e poderá contribuir na construção do conhecimento.
4ª etapa - As aulas teóricas exploratórias
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
46
Olá alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
Pesquisar sobre o assunto que envolve a charge;
Postar um texto na página do Facebook e no blog:
http://www.verdegeo.blogspot.com.br/ de pelo menos 10 linhas
explicando:
1. O que a questão abordada na charge tem a ver com o
conteúdo estudado em sala de aula?
2. Qual é a problemática abordada pela charge?
3. Dar sua opinião a respeito
4. Ler as postagens dos colegas e interagir com pelo menos dois
deles.
Figura 8 - Charge Belo Monte
Fonte: http://wwwblogdoxarope.blogspot.com.br/2013/03/belo-monte-acumula-15-processos-movidos.html. Acesso em: 20 nov, 2013.
Algumas atividades
para esta etapa.
47
Olá alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
1. Acessar os links abaixo;
2. Postar no blog: http://www.verdegeo.blogspot.com.br/ um comentário de no
mínimo 5 linhas contendo:
O que foi possível aprender com os simuladores
disponibilizados;
Uma informação sobre a usina de Itaipu pesquisada por você.
(Não esqueça de postar a fonte de sua informação).
Figura 9 – Simulador: A energia dos rios
Fonte: http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/f/f1/Energiadosrios.swf. Acesso em: 21 nov. 2013.
Figura 10 - Simulador: Usina Hidrelétrica
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/objetos_de_aprendizagem/ 2010/geografia/usina_hidreletrica.swf. Acesso em: 21 nov. 2013.
48
Figura 11 – Mapa mundi: Energia
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25749. Acesso em: 06 nov. 2013.
Olá alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
1. Observar as figuras 10, 11 e 12.
2. Relacionar o conteúdo das três imagens.
3. Escrever sua conclusão sobre as imagens e postá-la no
blog: http://www.verdegeo.blogspot.com.br/
4. Comentar a postagem de dois colegas.
49
Figura 12 – Matriz Energética
Fonte: http://klebercaverna.blogspot.com.br/2011/05/aula-energia-no-brasil.html . Acesso em : 06 nov. 2013.
Figura 13 – Organograma: Fontes de Energia
Fonte: http://oficinacmaptools.pbworks.com/w/page/25896294/M%C3%93DULO%205%20% 20PRESENCIAL Acesso em: 06 nov. 2013.
50
Olá Alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
1. Acessar o link da música: Capitão da Indústria (Paralamas do
Sucesso).
2. Postar na página do Facebook e no blog:
http://www.verdegeo.blogspot.com.br/ seu comentário sobre ela
dizendo:
Qual é o tema que ela aborda?
A situação abordada na música pode servir para quem
vive em cidades como a nossa? Justifique sua resposta.
Figura 14– Música: Capitão de indústria
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=TR0CoWkwcN0Capitão de indústria trabalho.
Acesso em: 29 out. 2013.
51
Figura 15 - Charge: Lixo Eletrônico
Fonte: http://www.adjorisc.com.br/jornais/linhapopular/opini-o/charge-lixo-eletronico-1.1063297#.Uo9Wm8Rt6uk. Acesso em 22 nov. 2013.
Figura 16 – Video: Obsolescência programada
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=VkPScfQG-Y8. Acesso em: 21 nov 2013.
52
Olá alunos!
Figura 17 – Fatores Locacionais das Indústrias
Fonte: http://geobarreiros.blogspot.com.br/2011_10_30_archive.html. Acesso em: 06 nov. 2013.
Olá alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
1. Assistir ao vídeo acessando o link acima.
2. Relacionar o conteúdo do vídeo com a charge e fazer um comentário na
página do Facebook e no blog: http://www.verdegeo.blogspot.com.br/
explicando o tema obsolescência programada.
53
Figura 18 – Mapa: Indústria
Fonte: http://www.essaseoutras.xpg.com.br/wp-content/uploads/2012/03/industria-mapa.jpg. Acesso em: 22 nov. 2013.
Olá alunos!
Nesta atividade vocês deverão:
1. Escolher dois tipos de indústria (Ex.: Borracha e têxtil) e observar
onde elas se localizam no Brasil.
2. Postar no blog: http://www.verdegeo.blogspot.com.br/ seu comentário
explicando o porque da localização destas indústrias nestes locais.
Use a imagem 16 para relembrar fatores.
Comente duas respostas de seus colegas. Pesquise se necessário
54
Nesta etapa, faremos as pesquisas individuais de forma colaborativa.
Voltaremos aos conteúdos problematizados e passaremos a buscar respostas para
as indagações feitas.
Estas pesquisas acontecerão no laboratório de informática da escola e se
estenderão para casa, os alunos poderão utilizar o celular e o notebook se assim
preferirem para agilizar a busca. A biblioteca da escola também deverá ser utilizada
e o aluno poderá pesquisar em revista, jornais e livros disponíveis em seu acervo.
Apesar da internet ser um meio amplo de pesquisa, não queremos deixar de utilizar
outras formas que igualmente contribuem para a construção do conhecimento e
ajudar no desenvolvimento do hábito do uso das fontes escritas pelos alunos.
Disponibilizaremos aos alunos referências8 tanto de acervo da biblioteca
como endereços eletrônicos para o início das pesquisas, que serão postadas no
grupo e na página do Facebook. Neste momento, relembraremos aos alunos a
proposta da pesquisa colaborativa, ou seja, o objetivo é compartilhar os novos
endereços encontrados para que todos tenham acesso as novas informações.
O fato de criar situações de interatividade pela rede eletrônica e na sala de aula mostra que „as trocas sociocognitivas ocorrem através de interação e colaboração entre os participantes e envolvem o compartilhamento de ideias, propostas, informações, dúvidas e questionamentos‟. (Maçada e Tijiboy 1988, p. 8). Os alunos precisam aprender a trabalhar com autonomia e responsabilidade. É necessário terem consciência de que sua participação individual precisa ser criteriosa e competente, para subsidiar a produção do seu próprio conhecimento e do grupo (BEHRENS, 2012, p.119).
Neste momento, alertaremos aos alunos sobre o cuidado de ter criticidade
sobre os sites que estarão pesquisando, pois podem perder muito tempo navegando
em sites que não vão contribuir objetivamente para a pesquisa. Os alunos deverão
anotar as informações por escrito, digitando, salvando em pen drive ou ainda,
imprimindo se assim preferirem para tê-las em mãos para a próxima etapa.
8 Encontra-se uma lista com referências nos apêndices.
5ª Etapa – Pesquisa individual
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
55
Caso ocorra um imprevisto e não for possível o uso do laboratório devido a
problemas técnicos, usaremos as fontes escritas, seja do acervo da biblioteca ou de
textos da internet impressos pelo professor.
As pesquisas serão feitas em etapas previamente discutidas entre o professor
e os alunos, para que não se delongue com a mesma atividade. Uma vez
pesquisado os problemas para essa etapa, passa-se para a próxima que é a
produção da pesquisa, no caso, através de um texto escrito sobre o que foi
pesquisado, terminada a produção, volta-se a pesquisar os demais problemas
pendentes.
A etapa da produção, os alunos serão orientados a produzir um texto com
base nas pesquisas individuais e compartilhadas pelos colegas. Enfatizaremos a
necessidade de o aluno produzir seu próprio texto sem cópias, para estes casos
poderá estar referenciando a fala de outro autor. Explicaremos algumas normas da
ABNT para estes casos e desafiaremos os alunos a usá-los, pouco a pouco, em
suas atividades.
Esta atividade poderá ser feita em casa, mas inicialmente, a faremos em sala
de aula, com o objetivo de acompanhar e orientar os alunos na seleção significativa
dos conteúdos que usarão para compor seu texto. Os alunos devem trazer o
material em rascunhos, digitados, impressos, em pendrive, em seus notebooks ou
ainda, em celular, pesquisados na etapa anterior.
Depois do texto concluído, os alunos devem entregar uma cópia para o
professor avalia-lo. O professor devolverá e o aluno deverá fazer os ajustes
sugeridos, só depois, encaminhar novamente ao professor via grupo do Facebook
ou via e-mail para que este seja postado na página e no blog. Os alunos poderão ler
os textos dos colegas e deixar comentários som sua opinião sobre os mesmos.
6ª Etapa – Produção individual
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
56
Neste momento de discussão coletiva, crítica e reflexiva conduziremos a
discussão visando a participação de todos. Faremos perguntas sobre as
problematizações que os alunos descobriram para fomentar o debate.
Encaminharemos as reflexões para além do conteúdo pesquisado, ou seja,
faremos questionamentos que levem os alunos a refletirem sobre seu papel bem
como do professor na transformação da realidade social.
“Nesse sentido, a preocupação em oferecer situações de discussão crítica e
reflexiva deve levar o aluno a pensar sobre seu papel como cidadão e sua
responsabilidade em construir uma sociedade justa e igualitária” (BEREHNS, 2012,
p.122).
Poderá ser utilizado o projetor multimídia com slides de partes de textos dos
alunos, frases, imagens entre outros, referente ao conteúdo para fomentar a
discussão. A opinião do aluno deverá ser oportunizada, percebendo que precisa
usar de boa argumentação para defender sua posição. Um clima de cordialidade e
respeito pela opinião do outro, mesmo que estas sejam diferentes das suas devem
ser também o objetivo e a aprendizagem nesta fase.
Proporemos a turma que se reúnam em grupos de no máximo quatro alunos
para discutir e produzir um texto coletivo sobre pontos elencados da pesquisa
realizada. Pediremos que entreguem os textos juntamente com as produções
individuais de cada componente do grupo para podermos avaliar e acompanhar a
contribuição de cada aluno com sua pesquisa e o avanço na produção coletiva.
Depois de avaliado e corrigido, os alunos receberão os textos para ajustes e
após serão publicados na página e no blog para que os alunos possam lê-los e
comentá-los.
7ª Etapa - Discussão coletiva, crítica e reflexiva
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
8ª Etapa – Produção coletiva
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
57
Esta etapa tem por finalidade o desenvolvimento da criatividade, segundo
Behrens (2012, p.126): “a fase da produção final propicia o espaço para criar, para
buscar um salto maior que os registros nos papéis ou na rede informatizada”.
Proporemos aos alunos que escolham, entre as atividades sugeridas, como
criação de uma página própria, teatros (encenações), seminários públicos na escola,
baseado no conteúdo do projeto, vídeos, cartilha, produção de folder, paródias,
poemas, charges, ou outras formas sugeridas pelos próprios alunos. Os alunos, na
data marcada, deverão apresentar os resultados de sua produção a classe.
Esta etapa consiste na avaliação do desempenho dos alunos, do professor e
do grupo. Proporemos a avaliação de cada fase do projeto, analisando os pontos
positivos, negativos e as dificuldades encontradas em cada uma das etapas. Assim,
para o próximo projeto sobre o Espaço da Indústria, já será possível fazer ajustes.
Para Behrens (2012, p. 127) esse momento: “rico e significativo acaba auxiliando o
desenvolvimento da maturidade do grupo que, numa discussão dialógica e amorosa,
avalia os sucessos e o significado da participação de todos os elementos do grupo”.
9ª Etapa – Produção final (prática social)
Aproximadamente 2 hora/aula para cada conteúdo
10ª Etapa – Avaliação coletiva do projeto
Aproximadamente 1 hora/aula para cada conteúdo
REFERÊNCIAS
BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M.A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 67-132. BELO Monte: charge. Disponível em: <http://wwwblogdoxarope.blogspot.com.br/ 2013/03/belo-monte-acumula-15-processos-movidos.html>. Acesso em 20 nov. 2013. BRAGA, Fávia Spinelli. O site como recurso de apoio didático: o estudo do clima no ensino fundamental. 2004. 72 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2004. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes curriculares nacionais para educação básica. Brasília, 2013. Disponível em: <portal.mec.gov.br/index.php? option=com_docman&task... >. Acesso em: 10 out. 2013. CAVALCANTI, Lana de Sousa. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de geografia. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 185-207, maio/ago. 2005 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br> CAVALCANTI, Lana de Sousa. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas, Papirus, 1998. COMO usar o Facebook na educação. Disponível em: <http://canaldoensino.com.br/blog/como-usar-o-facebook-na-educacao>. Acesso em: 30 set 2013. FRANCISCHETT, MafaIda Nesi. Refletindo sobre pesquisa: ação. Faz Ciência, Francisco Beltrão, v. 3, n. 1, p. 167-176, 1999. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/view/7478/5529>. Acesso em: 10 out. 2013. FREIRE, Paulo. Pedagogia da automonia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004. GOMES, Patrícia. 10 dicas e 13 motivos para usar celular na aula. 25 fev. 2013. Disponível em: <http://porvir.org/porfazer/10-dicas-13-motivos-para-usar-celular-na-aula/20130225>. Acesso em: 30 set. 2013. GRÁFICO Matriz Energética. Disponível em: <http://klebercaverna.blogspot.com.br/ 2011/05/aula-energia-no-brasil.html> . Acesso em: 06 nov. 2013. KAERCHER, Nestor André. Desafios e utopias no ensino de geografia. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2007.
59
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VÍDEO
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VOCÊ já ouviu falar em netiqueta. FGV. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=kYpANxK1BCk>. Acesso em: 26 out. 2013. VOCÊ tem vida privada de verdade?(nas redes sociais). Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=GSI7tf-Z9S0>. Acesso em: 26 out 2013.
Fonte: http://blearningparabachillerato.wikispaces.com/5.+NTICs+y+Web+2.0. Acesso em: 26 nov. 2013.
APÊNDICE A – Conteúdos
Conteúdo: Fonte de Energia
1. Conceito de Energia
2. A necessidade de Energia no mundo atual
3. Matriz Energética
4. Classificação das Fontes de Energia: Renováveis e Não-renováveis/
Primária e secundária
5. Fontes de Energia Não- renováveis: Carvão/ Petróleo (Petrobras e Pré-
sal)/ Gás Natural/ Energia Nuclear
6. Fontes de Energia Renováveis: Hidroeletricidade/ Eólica, Solar, Marés,
Geotérmica, Biomassa
7. Novas tecnologias: Células de combustível: Hidrogênio e Oxigênio
Apêndices
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APÊNDICE B - Problematizações sugeridas para o conteúdo de Fontes de Energia
1. Se as fontes de energia como o petróleo, são finitas, quanto tempo ainda
durarão as reservas mundiais?
2. Quais são as fontes de energia mais utilizadas no mundo e no Brasil?
3. Quais são os países detentores das fontes de energia mais utilizadas hoje
no mundo?
4. O que fazem os países que não têm as principais fontes de energia para
suprir sua demanda de energia? Eles ficam em desvantagem?
5. É verdade que já houve e haverá possíveis guerras pelo domínio das
principais fontes de energia?
6. Por que o petróleo predomina como fonte de energia no mundo? Há como
mudar este sistema?
7. O que é o pré-sal? Ele é só brasileiro? Por que o governo brasileiro está
fazendo parcerias para sua exploração? Isso é viável?
8. O Brasil pode ser alvo de guerras pelas suas fontes de energia como a
água, o petróleo e a biomassa?
9. Para o Brasil, é seguro e viável retomar a construção de usinas nucleares?
10. Por que há tanta polêmicas envolvendo as construções das usinas
hidroelétricas no Brasil?
11. O Brasil tem potencial para usar as energias alternativas: solar, eólica,
hidroelétrica, marés, biomassa? Se tem, por que é pouco usada?
12. Existe tecnologia para usar o hidrogênio e o oxigênio como fonte de
energia? Se tem, por que não é amplamente usada? Elas de fato não
poluem?
13. Quais as principais fontes de energia utilizadas em nossa cidade?
14. Há iniciativas de uso de fontes de energia alternativa em nossa cidade?
Onde e quais? São privadas ou públicas?
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APÊNDICE C - Conteúdo: O Espaço Industrial
1. Características gerais da industrialização
Tipos de Indústrias
Fatores locacionais e distribuição espacial
Características das grandes indústrias globais
Estratégias espaciais das indústrias globais
2. Industrialização clássica
3. Industrialização Tardia
4. Industrialização tardia: Brasil
5. Industrialização na antiga União Soviética e na China
APÊNDICE D - Problematizações sugeridas para o conteúdo: O Espaço industrial
1. Todos os países são industrializados?
2. Todos os países industrializados têm o mesmo nível industrial?
3. Quais são os países e regiões mais industrializadas do mundo e do Brasil?
Porquê?
4. Por que algumas regiões são mais industrializadas do que outras?
5. Todas as indústrias poluem o meio ambiente? Quais poluem mais? Existem
exemplos de países que adotam sistemas para poluir menos através de suas
atividades industriais?
6. Por que a China vem se destacando hoje como o país de maior crescimento
industrial?
7. Os salários e as condições de trabalho dos operários das indústrias são
adequados para uma boa qualidade de vida dos indivíduos?
8. Há exploração do trabalho nas indústrias mundiais e brasileiras?
9. Quais os tipos de indústrias que existem? Como é seu funcionamento?
10. Quais as indústrias que temos no Brasil?
11. Quando iniciou a industrialização brasileira? Qual o nível tecnológico das
indústrias brasileiras? Que produtos industrializados exportamos e para quem?
13. Quais indústrias temos em nossa cidade? Quando iniciou nosso processo de
industrialização?
14. Quais as condições de trabalho dos operários das indústrias de nossa cidade?
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APÊNDICE E - Relação de referências sugeridas aos alunos para a etapa 5 do
projeto de Behrens
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2010. BIGOTTO, José Francisco; VITIELLO, Márcio Abondanza; ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de. Geografia: sociedade e cotidiano 2 – espaço brasileiro. São Paulo: Escala Eduacacional, 2010. (Coleção geografia: sociedade e cotidiano) BOLIGIAN, Levon. Geografia: espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2010. GUERINO, Luiza Angélica. A dinâmica do espaço brasileiro. Curitiba: Positivo, 2010. LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio, volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010. SAMPAIO, Fernando dos Santos; SUCENA, Ivone Silveira (Orgs.) Geografia, 2° ano: ensino médio. São Paulo: Edições SM, 2010. (Coleção ser protagonista) SENE, Eustáquio de; MOREIRA, Joao Carlos. Geografia geral do Brasil, volume 2: espaço geográfico e globalização: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2010. TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUI. Raul. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2010.
SITES
Agência Nacional de Energia Elétrica http://www.aneel.gov.br
http:// educação.uol.com.br/geografia/petróleo-no-pre-sal.jhtm
http://educacao.uol.br/geografia/ult1694u392.jhtm
http://educacao.uol.com.br/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/petroleo-no-pre-sal-separacao-de-
continentes-causou-surgimento-da-camada.htm
http://educacao.uol.com.br/geografia/as-riquezas-subsolo-brasileiro.htm
http://educacao.uol.com.br/geografia/biodisel.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/energia-eolica.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u299.jhtm
http://www.portal-energia.com/vantagens-edesvantagens-das-enrgias-renovaveis/
Ministério do desenvolvimento, indústria e comércio. http://www.mdic.gov.br
66
Polo nacional de Biocombustíveis da Esalq Htpp://www.polobio.esalq.usp.br
Site da Agência nacional do Petróleo. http://www.anp.gov.br
Site da Confederação nacional da Indústria. http:// www.cni.org.br
Site da Petrobras. http://www.petrobras.com.br
Site do boletim Clube Mundo Geografia e política internacional.
http://www.clubemundo.com.br
Site do IBGE. httpp://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar
Usina binacional de Itaipuhttp://www.itaipu.gov.br
www.mundoeducacao.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm
www.mundoeducacao.com.br/geografia/presal.htm