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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
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1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Resgate do Plano de Ação dos Pedagogos das Escolas Estaduais
de Nova Prata do Iguaçu: uma ponte para a melhoria da atuação do pedagogo na Escola.
Autora: LUCIANA BUZIN PONTES
Disciplina/Área:
Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual Cristo Redentor – Ensino Fundamental
Município da escola:
Nova Prata do Iguaçu – Paraná
Núcleo Regional de Educação:
Dois Vizinhos
Professor Orientador:
Janete Ritter
Instituição de Ensino Superior:
UNIOESTE
Relação Interdisciplinar:
-
Resumo:
Esta proposta de intervenção pedagógica apresenta o formato de Unidade Didática a ser desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE (2014-2015). Tem como objetivo refletir, juntamente com os pedagogos, sobre a sua função na escola, visando reestruturar seu trabalho, analisando desde a sua formação até o seu compromisso com a educação atual, bem como, quais aspectos influenciam diretamente sua prática pedagógica, compreendendo quais as prioridades devem ser dadas pelos mesmos e propor alternativas, objetivando melhorar a educação, valorizando o nosso trabalho, através da reconstrução do plano de ação. Este estudo se justifica devido as dificuldades encontradas pelo pedagogo na organização e na efetivação de seu trabalho, pois verifica-se que em muitas realidades escolares o pedagogo desenvolve várias tarefas que não são de sua função, faz o contrário do que foi formado e habilitado. Dessa forma, buscaram-se explicações sistemáticas em autores que abordam e discutem a temática sobre a Pedagogia, para tanto apontamos para os estudos de Brzezinski (1996), Libâneo (2004), Pimenta (2001), dentre outros. A partir das discussões e reflexões propostas, pretende-se através de um grupo de estudos com os pedagogos das escolas estaduais de Nova Prata do Iguaçu, reelaborar o seu plano de ação, com o intuito de organizar e efetivar a sua prática na escola.
Palavras-chave:
Pedagogos, função, plano de ação.
Formato do Material Didático:
Unidade Didática
Público:
Pedagogos
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APRESENTAÇÃO
Esta unidade didática se refere a uma estratégia de implementação do
projeto de intervenção realizado nas escolas públicas do Estado do Paraná,
para que tomem conhecimento da temática abordada para investigação, tendo
como foco: Do plano de ação a ação pedagógica desenvolvida na escola,
que complementa o projeto norteador desta pesquisa que se define com o título
de: Resgate do Plano de ação dos pedagogos das escolas estaduais de
Nova Prata do Iguaçu, para melhoria de sua atuação na escola.
Tem por objetivo, analisar a atuação dos pedagogos da rede estadual de
ensino no município de Nova Prata do Iguaçu, situando a função específica
deste profissional no contexto escolar através da concretização do plano de
ação já existente.
Optou-se pela reflexão do trabalho do professor-pedagogo e a
reconstrução de seu respectivo plano de ação, devido às dificuldades
encontradas pelo pedagogo na organização e na efetivação de sua prática no
interior da escola. Esta análise veio a tona, por perceber em minha ação, que
muitas vezes desenvolvemos várias tarefas que não são inerentes a nossa
função. Somos vistos, por muitos, como inspetores de alunos, substituto de
professor, “apagador de incêndios”, entre outros, tudo que acaba
descaracterizando sua verdadeira função que é de um profissional formado
para pensar, atuar e melhorar a qualidade das escolas.
A Unidade Didática terá inicialmente uma breve apresentação do Projeto
de Intervenção Pedagógica, que se efetivará no primeiro semestre do ano
letivo de 2015, junto as (os) pedagogas (os) das escolas estaduais de Nova
Prata do Iguaçu.
Desta forma, estudaremos num segundo e terceiro momento a nossa
formação, que envolve desde a história de nossa formação e identidade desse
profissional, até o papel do professor-pedagogo nas escolas públicas do
Paraná após a realização do concurso publico. Qual o posicionamento do
pedagogo frente às demandas contemporâneas, analisando as possibilidades
de contribuições deste profissional na organização do trabalho pedagógico da
escola pública.
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Num quarto e quinto momento, será enfatizado o objetivo principal deste
estudo que é a análise e discussão sobre a importância de um plano de ação
conciso e coerente para o desenvolvimento de nossas ações na escola. Será
dada ênfase na questão do planejamento, partindo do pressuposto de que
todas as ações devem ser bem planejadas antes de serem colocadas em
prática.
O sexto e último momento, será a concretização de todo o trabalho
realizado desde o inicio das atividades que é o novo plano de ação que
norteará nossa prática em 2016.
A carga horária do curso será de 32 horas, com atividades presenciais e
não presenciais. Os cursistas serão avaliados através do empenho nos estudos
e análises dos textos, e, participação na reconstrução do Plano de Ação do
Pedagogo, com ênfase na criatividade, responsabilidade na execução das
atividades propostas pelo Professor PDE. A avaliação será contínua e
diagnostica durante o processo de desenvolvimento do curso.
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Refletindo sobre a trajetória da formação do pedagogo e sua atuação na
escola, bem como os fatores que interferem na mediação e organização do
trabalho pedagógico, será apresentado os encaminhamentos que nortearão o
grupo de estudos, na execução desta unidade didática.
Os encontros terão subsídios de: textos, atividades complementares,
recortes de filmes e letras de músicas, que enfatizam e complementam a
Unidade Didática.
Para recepcionar os colegas pedagogos, participantes deste projeto de
intervenção será ouvida a música:
Oswaldo Montenegro - A lista https://www.youtube.com/watch?v=Y5RI77hYTI4
Neste primeiro encontro será feita uma breve explanação do projeto de
Intervenção pedagógica através de slides, para que os participantes
compreendam o objetivo principal desta unidade que é a reelaboração do
plano de ação que norteará nossas ações em 2016.
FILME: A onda
DURAÇÃO: 107 minutos.
SINOPSE: Em uma escola da Alemanha, alunos tem que escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com "A Onda", mas aí já é tarde demais.
1º MOMENTO:
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PARA REFLETIR
Estudaremos neste segundo momento brevemente a nossa formação,
que envolve desde a história do curso até o papel do professor-pedagogo nas
escolas públicas do Paraná.
Vídeo: Pedago... quem?
http://www.youtube.com/watch?v=h76ibfjtRaw
Duração: 8 minutos e 27 segundos.
2º MOMENTO:
Para encerrar o trabalho deste primeiro momento, será feita a análise do filme relacionando-o ao nosso trabalho na escola, extraindo pontos que podem ser identificados em nossa rotina e que se tivesse sido tomado outras atitudes, que final teria o filme?
Resumo: Em 60 anos de história, a Pedagogia no Brasil teve vários problemas de identidade e esse vídeo conta em forma de historinha fofa, as dificuldades que esta perdida heroína enfrentou para tentar encontrar a sua essência.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Complementando o vídeo, será feito o estudo de um texto constante no
projeto de intervenção pedagógica que relata “A trajetória da pedagogia e a
formação dos pedagogos”.
1. A TRAJETÓRIA DA PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DOS PEDAGOGOS
Luciana Buzin Pontes
O foco educacional no Brasil teve como centro os moldes jesuíticos, ou
seja, os vínculos que daria rumo à educação estavam fortemente ligados ao
contexto religioso. E, somente com a República em 1891 criaram-se
instituições de ensino superior e secundário nos estados brasileiros. Nesse
regime governamental, cabia a União manter o ensino superior e aos estados
comandar o ensino secundário, de onde sairiam os professores do ensino
primário.
O curso de Pedagogia foi instituído a partir da organização da Faculdade
Nacional de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), da Universidade do Brasil,
através do Decreto-Lei nº 1.190, de 04/04/1939, que tinha por objetivo formar
bacharéis e licenciados para diversas áreas dentre elas a pedagógica, devendo
adaptar-se ao currículo básico dos cursos oferecidos pelas demais instituições
do país. Desse modo, o bacharel em Pedagogia formava-se técnico em
educação, e com mais um ano de curso transformava-se pedagogo. A função
de técnico em educação no mercado de trabalho nunca foi bem definida, e a
falta de identidade do curso de Pedagogia refletia-se no exercício profissional
do pedagogo.
Nos anos 60 o curso de Pedagogia passa a formar bacharéis e
licenciados, com o Parecer nº 251/1962, de Valmir Chagas, onde expunha de
forma clara a fragilidade do curso de Pedagogia. Analisando experiências e
modelos de outros países, ele defendia as especificidades do campo de
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formação do pedagogo – as habilitações. O pedagogo passa a ser um
professor para diferentes disciplinas dos então cursos ginasial e normal. Com a
promulgação do Parecer 262/69 de autoria também de Valmir Chagas,
redefine-se o currículo mínimo e a duração do curso de Pedagogia. Foi abolida
a distinção entre bacharelado e licenciatura em Pedagogia e instituída a idéia
de formar especialistas em administração escolar, supervisão pedagógica e
orientação educacional.
Este parecer promove, avanços na identidade do curso ao incluir estudos teóricos necessários à formação do pedagogo e suas habilitações profissionais. Ficando ainda, mal resolvida a duplicidade do curso em formar o pedagogo não-docente o professor do magistério e séries iniciais. (LIBÂNEO, 2006, p. 127)
O final da década de 60 e início da de 70 é fortemente marcado
pelo chamado tecnicismo educacional, ressaltando-se a predominância da
técnica com o propósito de afastar a população de atividades intelectuais,
negando-lhes a oportunidade de pensar, criticar ou criar.
De acordo com Brzezinski (1996):
Desde os anos 30 até os anos 60, no Brasil, os estudos pedagógicos em nível superior, públicos e privados, tiveram uma evolução, via de regra, lenta e irregular, pois a educação é um dos setores da sociedade no qual os mecanismos sociais de resistência à mudança atuam com mais intensidade. A essa resistência acrescenta-se o desperdício dessa área do saber (BRZEZINKI, 1994, p.30)
Pela falta de identidade do curso, a ameaça de extinção da Pedagogia
volta a tona por meio da preocupação de educadores brasileiros com a
reformulação do curso e a crítica a sua identidade, bem como, com a profissão
do pedagogo. Questionava-se a identidade do curso e a do profissional. “ No
final da década de 70 faltou pouco para que o curso de Pedagogia fosse
extinto, e com ele a profissão de pedagogo” (Brzezinski, 1994). Os educadores
progressistas conquistam cada vez mais espaço no cenário educacional.
Ainda analisando os estudos de Brzezinski, relata-se:
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A partir do I Seminário de Educação Brasileira realizado em Campinas em 1978, o debate ganha âmbito nacional. São realizados encontros e seminários sobre a reformulação do curso de pedagogia e das licenciaturas, amplia-se estudos sobre o assunto. O comitê pró-formação do educador criado em 1980 transforma-se em 1983 em Comissão Nacional de Reformulação dos Cursos de Formação do Educador e, em 1990, em Associação Nacional para a Formação Profissional de Educadores – ANFOPE (PIMENTA, 2001, p 114)
Um fato importante a destacar é que a legislação que sustentava tais
cursos datava de 1969, tendo permanecido inabalada até recentemente,
quando foi aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a
Lei federal n.9394/96. Assim, por mais avanços e discussões que aconteceram
é incompreensível que os cursos superiores de educação tenham ficado por
quase 30 (trinta) anos sob a orientação de tal legislação.
O movimento de reformulação dos cursos de formação de educadores, representado hoje pela ANFOPE, produziu ao longo destes anos documentos bastante expressivos do debate, tendo exercido efetiva influência na concepção de formação do professor e na reformulação de currículos em algumas Faculdades de Educação. (PIMENTA, 2001, p. 114)
Apesar das vastas discussões e da riqueza de iniciativas e eventos
organizados com o objetivo de equacionar a questão da identidade do
pedagogo e do curso de pedagogia, este tema continua em foco na atualidade,
demonstrando a dificuldade de definir e/ou redefinir o curso de formação de
educadores.
Mesmo com a aprovação da LDB 9394/96, as fragmentações em
especializações até atualmente não foram superadas, em razão de que elas
ainda constam do Art. 64 da LDB de 1996, onde está prescrito:
Art. 64. A formação do profissional da educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em curso de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação a base comum nacional. (LDB, 1996)
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A partir das idéias sugeridas pelo comitê e do contido na LDB atual, de
que todo professor deveria ser educador e que sua formação deveria ser
sustentada por uma base de estudos condizente com a compreensão da
problemática brasileira, os cursos de educação passaram a ter um núcleo
comum de estudos, o qual faria parte da formação específica de diferentes
cursos, oferecidos na graduação e voltados à formação de professores para os
vários níveis de ensino. Na especialização é que se faria o preparo de
educadores para as tarefas não docentes. Os cursos de formação de
especialistas em educação foram remetidos para a pós-graduação, stricto
sensu, e estariam voltados à formação de pesquisadores e/ou docentes para o
ensino de 3º grau.
Segundo PIMENTA:
Os reducionismos prejudicaram, também, a qualidade da oferta de disciplinas nas Licenciaturas. O esfacelamento dos estudos no âmbito da ciência pedagógica com a conseqüente subjunção do especialista no docente, e a improcedente identificação dos estudos pedagógicos a uma licenciatura, talvez sejam dois dos mais expressivos equívocos teóricos e operacionais da legislação e do próprio movimento da reformulação dos cursos de formação do educador, no que se refere à formação do pedagogo. (PIMENTA, 2001, p. 115)
Da proposta, conhecida como “Documento Final” (a partir de 1983)
estabeleceu-se nova relação entre a constante problemática, bacharelado e
licenciatura, continuaram-se as discussões e debates que deram origem as
ideias básicas que passaram a ser desenvolvidas e ampliadas nos demais
encontros nacionais sob a coordenação da Comissão Nacional de
Reformulação dos Cursos de Formação do Educador (CONARCFE) até 1990,
e, posteriormente, da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da
Educação (ANFOPE) até os dias atuais. A UNESP, a cada dois anos, a partir
de 1990, passou a desenvolver congressos estaduais sobre “Formação de
Educadores”.
Mesmo com esses estudos direcionados a área, o curso de pedagogia e
a identidade de seu profissional passaram a ser pauta de discussões e
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debates. Os artigos constantes na LDB 9394/96, de 62 a 64 deram margem a
questionamentos se o curso deveria continuar ou não. Então o MEC solicitou
as universidades que encaminhassem suas interpretações destes artigos, e
após muita insistência começaram a ser vistas algumas propostas à Comissão
de Especialistas do curso de Pedagogia, as quais deveriam destacar em seus
currículos a base comum nacional e considerar a docência como a base de
identidade profissional de todos os profissionais da educação.
Em 1999 foi divulgada a proposta das Diretrizes curriculares elaboradas
pela comissão de especialistas de ensino de pedagogia, analisada por algum
tempo pelo MEC e após encaminhada ao CNE (Conselho Nacional de
Educação). O documento teve boa aceitação, pois contemplava propostas
vindas da ANFOPE e também propostas da comissão, complementando as
funções do curso a possibilidade do pedagogo atuar em áreas emergentes da
educação.
Ainda, em 1999, após a aprovação de um novo parecer CES 970 de
9/11/99, que retira a possibilidade do curso de pedagogia ser voltado a
formação de docentes para as séries iniciais e educação infantil, volta a ser
posto em debate os artigos 62 a 64 da LDB. As novas interpretações foram
acolhidas pelo decreto presidencial nº 3276 de 6/12/99 que direcionou aquelas
formações exclusivamente ao Curso Normal Superior, formando assim um
novo período para o curso de Pedagogia no Brasil.
Em 02 de fevereiro de 2001, é elaborado pela Comissão de
Especialistas do Ensino de Pedagogia um novo documento denominado
“documento norteador” que assume configurações de proposta de diretrizes
curriculares estabelecendo duas modalidades de docência: para educação
infantil e para séries iniciais do ensino fundamental, juntando a cada uma delas
a possibilidade de atuação na formação pedagógica do profissional docente e
na gestão educacional.
Compete a educação dar novos contornos para a pedagogia, devido as
transformações nas relações sociais, com um novo olhar ao processo
pedagógico, reconstruindo um currículo para o curso de pedagogia e para as
políticas de formação de docentes.
Em 2002 o governo federal eliminou o trabalho das comissões de
especialistas, mas um ano depois o CNE designou uma comissão para definir
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as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia. Em 2004 a
Comissão divulgou a primeira versão do projeto para a comunidade
educacional.
Em 2006 uma nova fase iniciou-se a partir da Resolução do CNE º 01 de
10 de abril, quando as diretrizes curriculares para o curso de pedagogia,
especificam novas configurações a formação dos profissionais da educação.
Para Brzezinski (1996) os cursos de formação devem ter claro o campo
de atuação do profissional na sociedade em que está inserido, e contribue:
Para alguns pesquisadores, um dos fatores que se vinculam diretamente à definição do curso de Pedagogia é o de reconhecer a pedagogia como ciência unitária. Para os que se alinham a essa corrente, o objeto de estudo da pedagogia não se confunde com o de outras ciências da educação. A identidade da pedagogia circunscreve-se em um domínio próprio, a educação, e tem um enfoque próprio, o educativo. A identidade da pedagogia deve ser buscada, portanto, como especificidade epistemológica. (BRZEZINSKI,1996, p. 182)
Fica evidente que no caminho educacional percorrido pela pedagogia no
Brasil, não há políticas educacionais consistentes que dessem conta de
resolver a problemática referente a identidade da pedagogia, a dicotomia entre
formar o professor e o especialista, é necessário continuar a luta dos
movimentos nacionais pela educação e alcançar políticas sólidas, para que não
desapareçam os pesquisadores da ciência da educação.
De acordo com a trajetória do curso de Pedagogia, questiona-se aos
pedagogos: Qual o seu posicionamento frente às demandas contemporâneas?
Quais as possibilidades de contribuições deste profissional na organização do
trabalho pedagógico?
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ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 1
ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 2
www.folhajovem.com.br acesso em: 04/10/2014
Será dado um momento para que os mesmos relatem o seu entendimento e suas indagações sobre a sua formação e a sua função enquanto pedagogo, instigando-os a meditar sobre o seu papel na escola. O ponto relevante que se pretende analisar é que apesar das mudanças ocorridas em nossa formação, ainda não são suficientes para dar significado a nossa função. Dessa forma questiona-se: Afinal, pedagogia e pedagogos para quê?
Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia Resolução CNE/n. 1, de 10 de abril de 2006 Resolução CNE/CP 1/2006. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de maio de 2006, Seção 1, p. 11. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf
Como tarefa complementar será solicitado que analisem o texto: O olhar do Estado do Paraná referente ao pedagogo, também constante no projeto de intervenção. Solicitando que ao efetuar a leitura, analisem como está a sua identidade profissional hoje? Está bom do jeito que está? Com base nestas indagações será dado sequência o 3º momento. Link: https://drive.google.com/file/d/0B0XQkBDRsfloX1ptU2ZtM0lmclU/view?usp=sharing
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Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. [...] A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar (SAVIANI, 1985, p. 27-28).
Após fundamentação teórica prévia, debateremos sobre como o Estado
do Paraná entende e orienta a função do Professor Pedagogo nas instituições
de ensino.
O Edital nº 10/2007 descreve as responsabilidades da equipe
pedagógica na escola pública, qual deve ser os critérios específicos para o
exercício de sua função enquanto professor-pedagogo no Estado do Paraná.
O que consta em nossos documentos escolares sobre a função do
pedagogo:
ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 3
3º MOMENTO:
Por vários motivos, ou entraves, o pedagogo deixa de desempenhar sua função além de realizar outras que não são suas. Diante da descrição das atividades que o professor pedagogo deve realizar nas escolas Públicas do Paraná, reflita quais as atividades que são executadas? Quais que não consegue realizar? Especifique.
https://drive.google.com/file/d/0B0XQkBDRsfloSUhZb0pQUFNBTTQ/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B0XQkBDRsfloaXZRY2tBdnBTRjA/view?usp
=sharing
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/editais/edital102007gs.pdf
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Responda o seguinte questionamento:
Após o momento de investigação, questionamento e desabafo, será
acrescentado um novo tópico para discussão através de um texto do projeto de
intervenção com ênfase na seguinte temática: Como colocar em prática o
nosso trabalho pedagógico?
COLOCANDO EM PRÁTICA SEU TRABALHO PEDAGÓGICO
Luciana Buzin Pontes
Pimenta (2006) concorda que o estudo da educação como fenômeno
social não se esgota por uma ciência e que tão pouco a pedagogia seja a única
ciência que estuda a educação. Outros autores estão preocupados em re-
significar a pedagogia e as ciências da educação entendendo que estas têm
como campo a prática social, com todas as suas contradições, cabendo-lhes
ao mesmo tempo contribuírem para analisar e transformar essa prática. Para a
De acordo com o Edital, com os documentos e os textos analisados,
responda:
Todas as atribuições do edital referem-se ao trabalho do pedagogo?
Você consegue executá-los efetivamente na escola?
Você realiza funções que não considera suas?
COMPARE: Qual o trabalho real e o ideal do pedagogo?
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autora o ponto de partida para a epistemologia é a prática social da educação.
Sua especificidade é que a difere das demais ciências, a pedagogia é a ciência
da prática.
Porém, no dia-a-dia da escola, presenciamos a figura de um pedagogo
sobrecarregado à mercê das necessidades imediatas distanciando-o das
propostas de contribuir com a transformação, conduzindo ao esvaziamento e
equívocos em seu fazer e em sua formação.
No entanto, não podemos analisar o papel do pedagogo sem
compreendermos como a escola está organizada e qual a concepção de
gestão adotada por seus dirigentes. Sendo assim, salienta-se a importância da
organização do trabalho escolar, como determinante da eficácia e do
aproveitamento escolar dos alunos, em questões como: o estilo de direção, o
grau de responsabilidade dos professores, a liderança organizacional e a
participação coletiva. E, somente através da avaliação de todo esse sistema é
que será possível promover uma mudança de estrutura e funcionamento das
escolas e definir, enfim, a identidade e atuação do pedagogo. Sabe-se, no
entanto, que a mudança na organização escolar perpassa, também, por uma
organização política de governo que deveria contemplar as escolas com efetivo
recurso pessoal e material para sanar as necessidades e dificuldades
existentes.
PIMENTA afirma que:
O pedagogo entra naquelas situações em que a atividade docente extrapola o âmbito específico da matéria de ensino: na definição de objetivos educativos, nas implicações psicológicas, sociais, culturais no ensino, nas peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem, na detecção de problemas de aprendizagem entre os alunos, na avaliação, no uso de técnicas e recursos de ensino etc. o pedagogo entra, também, na coordenação do plano pedagógico e planos de ensino, da articulação horizontal e vertical dos conteúdos, da composição de turmas, das reuniões de estudo, conselho de classe, etc. (PIMENTA, 2001, p. 128)
No ensejo de uma reflexão acerca do papel do Professor pedagogo,
busca-se a definição para sua identidade e função, de forma a valorizar seu
trabalho no contexto escolar e perante a sociedade.
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É relevante citar que, para Brzezinski (1996, p.141), a proposta
defendida pela ANFOPE era de formar o educador polivalente, isto é, “aquele
que tivesse a docência como eixo central de sua formação, dominasse uma
sólida fundamentação que lhe assegurasse habilidades para exercer atividades
específicas na complexa organização escolar”. Porém, dentro desse enfoque,
qual a situação do pedagogo? Como está realizando o seu trabalho, se a sua
formação foi fragmentada?
Num breve relato histórico aponta-se o papel do Orientador Educacional
e do Supervisor Escolar elucidando a importância desses profissionais no
contexto educacional. Mas, atualmente, com a junção de funções, o Professor
pedagogo passa a responder por atividades genéricas, como as determinadas
em edital para a realização de Concurso Público para o provimento de vagas
no cargo de Professor pedagogo.
Pretende-se explicitar a extinção dos profissionais (especialistas) da
educação na figura do Orientador Educacional e do Supervisor Escolar e, em
seu lugar, a presença do Professor Pedagogo. Sabe-se que cada profissional
possui sua especificidade e se torna pertinente conhecer a sua história diante
das perspectivas da escola. Vale ressaltar que o cotidiano das escolas era
marcado pela presença desses dois profissionais: o que “cuidava” dos alunos e
o que “cuidava” dos professores. Sendo assim, justifica-se a análise desses
profissionais como se segue.
A Orientação Educacional, no Brasil, teve um enfoque mais psicológico,
ressaltando o ajustamento do aluno à escola, à família e à sociedade. Hoje,
seu papel deslocou-se dos alunos-problema para todos os problemas dos
alunos e da escola, refletindo, analisando e interferindo sobre eles.
Segundo Pimenta:
O orientador educacional será o agente de mudança, junto dos professores para que tenham atitudes mais condizentes com as necessidades afetivas, sociais e cognitivas da clientela escolar e junto aos pais para corrigir o descompasso entre a escola e as necessidades sociais. (PIMENTA, 2002, p. 33).
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A orientação educacional deve ser vista como uma área da educação
que caminha em uma direção onde todos buscam uma qualidade e dimensão
mais ampla no meio educacional.
Pimenta afirma ainda em defenda da orientação dizendo:
O orientador será, pois, um trabalhador crítico que, consciente de suas próprias dificuldades, perceberá melhor as dificuldades dos colegas e se esforçará para criar o ambiente que facilita o questionamento, a discussão e a busca de respostas alternativas para as dificuldades levantadas. Daí trabalhará com o corpo docente e discente (sempre através de representantes) e com a família. (PIMENTA, 2002,p. 35)
Além da especialidade de orientador educacional, outro profissional que
também tem a finalidade de fazer as mediações na escola é o Supervisor
Escolar, porém sua imagem já esteve muito ligada ao fato de que ele deveria
ser o “líder” do processo na escola. Com tal posicionamento, “o professor
passou a ter no supervisor um inimigo que inspecionava seu trabalho sem
entender do conteúdo, mas que deveria dominar técnicas e metodologias de
ensino-aprendizagem” (BRZEZINSKI, 1996, 143).
Esta imagem do supervisor ainda é vista por muitos educadores,
tornando-se um dos principais entraves que bloqueiam a sua atuação na
escola. E, buscando pela definição do papel do Supervisor Pedagógico,
Vasconcelos (2002) começa relatando por aquilo que a supervisão não é (ou
não deveria ser): não é fiscal de professor, não é coringa, tarefeiro, quebra
galho, tapa-buraco, não é generalista, entre outras. Ele define o supervisor
como o articulador do Projeto Político-Pedagógico da instituição no campo
pedagógico, estabelecendo contatos entre os campos administrativo e
comunitário. Tem a função de organizar a reflexão, a participação e os meios
de concretizar a tarefa da escola, a qual é propiciar que todos os alunos
aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos.
Vasconcelos afirma que:
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O núcleo de definição e de articulação da supervisão deve ser, portanto, o pedagógico (que é o núcleo da escola, enquanto especificidade institucional) e, em especial, os processos de ensino aprendizagem. Neste sentido, a própria concepção de supervisão se transforma, na medida em que não se centra na figura do supervisor, mas na função supervisora, que, inclusive, pode, e deve, circular entre os elementos do grupo, cabendo à coordenação a sistematização e integração do trabalho no conjunto, caminhando na linha da interdisciplinaridade (VASCONCELOS, 2002, p.87).
O supervisor contribui efetivamente para a melhoria da educação,
quando consegue realizar suas atividades essencialmente pedagógicas e, junto
com os docentes, discutir os problemas buscando as soluções.
Após este breve relato sobre os dois especialistas: orientador e
supervisor. Cabe repensar a trajetória do pedagogo no Paraná, pois como ele
ficou esquecido no período de 1995 a 2002, qualquer outro docente poderia
assumir este cargo, ou seja, não houve preocupação em capacitar esses
profissionais para realmente serem articuladores do processo pedagógico.
Então, com o concurso de 2004, quem possuísse licenciatura em Pedagogia
assume como professor pedagogo que passa a realizar as duas funções.
Reafirmando esse conceito, o professor Saviani, afirma:
O Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura organizada e organiza o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E como o homem só se constitui como tal na medida em que se destaca da natureza e ingressa no mundo da cultura, eis como a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador de homens (SAVIANI, 1985, p. 27).
Entretanto, é possível perceber que a função generalista está
extremamente ligada aos ideais sócio-econômicos atuais, tendo em vista um
profissional polivalente, eficiente, que atenda as dificuldades de seu serviço e
de outros, que entenda a conjuntura estabelecida e evite custos com a mão de
obra através da redução do número de profissionais nas escolas.
Na tentativa de compreender a atuação do Professor Pedagogo faz-se
necessário conhecer a organização do trabalho escolar, destacando que
19
historicamente a escola e o sistema educacional têm sofrido transformações as
quais ocasionam alterações no perfil do professor e do aluno e provocam
mudanças nos currículos e nas formas de gestão da escola.
Pimenta reforça a defesa em prol dos pedagogos dizendo que:
Os pedagogos são profissionais necessários na escola: seja na tarefa de administração (entendida como organização racional do processo de ensino e garantia de perpetuação desse processo no sistema de ensino, de forma a consolidar um projeto pedagógico político de emancipação das camadas populares), seja nas tarefas que ajudem o(s) professor(es) no ato de ensinar, pelo conhecimento não apenas dos processos específicos, mas também na articulação entre os diversos conteúdos e a busca de um projeto pedagógico-político coerente (PIMENTA, 2002, p.151).
Diante do exposto, pode-se afirmar que nenhuma escola consegue
exercer o seu papel transformador assegurando o desenvolvimento e
aprendizagem de seus alunos se não se tem um sistema de organização e
práticas de gestão bem definidos, isto é, com uma boa estrutura
organizacional, liderança e iniciativa dos dirigentes. Porém, todo esse esforço
deve ser um trabalho coletivo, democrático e com a participação ativa de todos
os segmentos que compõem o universo escolar e educacional.
E neste contexto temos a presença do pedagogo como um dos agentes
responsáveis pela mudança mediante articulações internas e externas
realizadas com os professores, sendo permeadas por valores e convicções e,
também, por meio de articulações internas que a sua ação desencadeia.
Então, como sugere Vasconcelos (2002), o ponto de partida para
enfrentar a resistência do educador é procurar despertá-lo para a mudança e
fazê-lo ver que a sua mobilização depende do seu querer e do seu poder. O
autor aponta algumas estratégias para romper a resistência através de possível
mediação como função do pedagogo, isto é, ajudar o professor a tomar
consciência de suas contradições; provocar reflexões; possibilitar o contato do
professor com pessoas de diferentes práticas; propiciar novos conhecimentos
através da pesquisa e incentivar a produção e a socialização destes
conhecimentos; ajudar a superar sensação de impotência; valorizar as práticas
realizadas; entre outras.
20
Através das várias funções atribuídas ao pedagogo, objetiva-se a
concretização de um plano de ação construído coletivamente por todos os
pedagogos da instituição escolar, constante no Projeto Político Pedagógico, e
de fácil acesso aos professores, para que os mesmos compreendam a
verdadeira função do pedagogo, facilitando o desenvolver de seu trabalho e a
sua valorização enquanto profissional.
ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 4
www.folhajovem.com.br acesso em: 04/10/2014
Será analisado um texto extraído do livro: Recortes da Educação: o
cotidiano da escola fundamental, das autoras Maria Lídia Sica Szymanski e
Itagira Vigo Schuh, sobre os “Fatores que dificultam a ação do pedagogo na
escola. Sugerindo após a leitura, os seguintes questionamentos:
Pedagogia e pedagogos, para quê? José Carlos Libâneo. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2004. Pedagogia, ciência da Educação 3ª Ed. Selma Garrido Pimenta. São Paulo: Cortez, 2001.
Após os estudos realizados percebemos que o trabalho do professor pedagogo está entre o ideal e o real. O que deveria ser feito chama-se de trabalho ideal e o que fazemos de trabalho real. Percebe-se uma dicotomia quando os comparamos. E aí pergunta-se: Como colocar em prática efetivamente o nosso trabalho pedagógico?
4º MOMENTO:
21
Após está análise e debate, será enfatizado então a importância de se
ter um plano de ação eficiente a ser colocado em prática na escola, para
assim poder desempenhar com afinco nossas atribuições.
Como o texto representa um estudo de caso, também será entregue um
questionário previamente aos professores, equipe pedagógica e diretores da
escola em que atuamos, para que possamos compreender qual o
entendimento deles com relação ao trabalho do pedagogo.
As questões serão recolhidas e analisadas, os dados serão organizados
em grupos percentuais por categorias a partir das respostas dos sujeitos,
utilizando-se o método de do Discurso do Sujeito Coletivo (LEFÈVRE e
LEFÈVRE, 2005), segundo o qual os extratos das respostas dos sujeitos são
agrupados por similaridade, tomando-se como critério a coincidência de idéias,
e não a coincidência de palavras.
De acordo com o
texto, responda:
- O pedagogo está desviando suas funções, para outros setores de trabalho?
- Há organização e mediação do trabalho pedagógico na escola?
- A equipe pedagógica desenvolve seu trabalho coletivamente?
- Como que os professores vêem o seu trabalho na escola?
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QUESTÕES PARA PROFESSORES
Essas questões são para analisar o conceito que professores tem sobre o
trabalho do professor pedagogo na escola pública do Estado do Paraná.
1) O que significa para você TRABALHO PEDAGÓGICO NA ESCOLA?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
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2) Qual o trabalho que você considera, INDISPENSÁVEL para a equipe
pedagógica?
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__________________________________________________________
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3) Como você compreende O PAPEL DO PROFESSOR PEDAGOGO
dentro da instituição escolar?
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__________________________________________________________
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QUESTÕES PARA PEDAGOGOS
Essas são questões que irão proporcionar reflexões sobre o trabalho dos
pedagogos na escola.
1.) Como você percebe que é visto o seu trabalho enquanto PROFESSOR
PEDAGOGO na escola?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
2.) Em seu entendimento, qual a contribuição para a educação com relação
ao trabalho do professor pedagogo?
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__________________________________________________________
3.) Você consegue executar a maioria das atribuições que são inerentes a
sua função?
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__________________________________________________________
4.) Quais mudanças você considera indispensável que aconteça para que
você consiga realizar seu trabalho para o qual foi designado?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
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ATIVIDADE – QUESTÕES PARA DIREÇÃO
Essas são questões que irão proporcionar reflexões sobre o trabalho da equipe
pedagógica na escola.
1) Quais as contribuições do pedagogo na organização do trabalho
escolar?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_______________________________________________________
2) Pontue os fatores que impedem o pedagogo de realizar seu trabalho na
escola?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
3) Você considera importante o trabalho dos pedagogos, para a efetivação
da gestão democrática?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_______________________________________________________
https://www.dropbox.com/s/nsjj9u786t25e04/O%20%20LOBO%20MAU%20POWER%20POINT.pptx?dl=0 E qual é a sua versão?
www.folhajovem.com.br acesso em: 04/10/2014
Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. Celso dos S. Vasconcellos, 10ª Ed. São Paulo: Libertad, 2002. Recortes de Educação: O cotidiano da escola fundamental. Vilmar Malacarne... [et al.]. Cascavel: EDUNIOESTE, 2012..
25
Para estabelecer um referencial de comunicação, esbocemos inicialmente um conceito: planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal. (VASCONCELLOS, 2002, p. 35)
Vídeo: Planejamento um caminho para solucionar qualquer problema.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ANKSSWN8O18
Duração: 1 minuto e 20 segundos.
O projeto não é “varinha de condão”, não tem “superpoderes”. No entanto, se o enfrentamento da situação é penoso com um planejamento, certamente será bem pior sem ele, visto que ficaríamos bem mais susceptíveis à desorganização interior e às pressões exteriores. Assim, o processo de planejamento pode ser de grande valia, na medida em que busca re-significar, orientar e dinamizar o trabalho. [...] A perspectiva é de um planejamento mais humilde, menos pretensioso de abarcar a totalidade da prática, nos seus mínimos detalhes, tendo em vista que tudo que é fechado/determinado demais acaba expulsando o humano (cf. Arroyo, 1999) Na nossa contingência de seres históricos e limitados, precisamos de pontos de apoio e referência para nos movimentarmos; mas isto não pode impedir de caminhar ou de trilhar novos caminhos! (VASCONCELLOS, 2002, p. 63 e 64)
5º MOMENTO:
Resumo: Um menino se viu sozinho para jogar futebol, então planejou uma ação objetivando o surgimento de um irmãozinho, o que viria a solucionar o seu problema inicial. O plano foi tão bem executado que 9 meses depois ele já pode ir ao hospital e levar um par de chuteiras para o bebê que acabava de nascer.
26
Leitura do texto: O planejamento como Méthodos da práxis pedagógica.
Re-significando a prática do planejamento. Vasconcellos, 2002.
Para complementar a discussão:
O Plano de Ação do Pedagogo são as ações a serem desenvolvidas
na escola para organização do ensino e aprendizagem, contendo objetivos e
metas das quais devem ser alcançadas no ensino, como também a
O EMPURRÃO
A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela. O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar? Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final, o empurrão. A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer. Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram! Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia: são elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias que nos fazem descobrir que temos asas para voar. Fonte: A sabedoria do não, de Mariliz Vargas ( Editora Rósea Nigra) www.metaforas.com.br
REFLITA!
Há algo em nossa prática que precisa ser modificado?
Por que o pedagogo precisa ter um
plano de ação?
27
metodologia e avaliação. Para a realização do Plano, será apresentado um
roteiro de sugestões para as ações que podem enriquecer o resultado final de
nosso trabalho.
Sugestões para subsidiar a reconstrução do PLANO DE AÇÃO DOS
PEDAGOGOS da Escola Estadual Cristo redentor – Ensino Fundamental,
município de Nova Prata do Iguaçu.
EM RELAÇÃO AOS ALUNOS (AÇÕES)
Atendimento a alunos com dificuldades de aprendizagem, objetivando
sua inclusão no ensino regular;
Solicitar parceria com o Conselho Tutelar e a Promotoria Pública (se
necessário);
Acompanhar se os alunos estão recebendo a recuperação de estudos;
Acompanhamento e encaminhamento de casos de: indisciplinas e
problemas de aprendizagem;
Acompanhar o rendimento dos alunos, para tomar as medidas
necessárias em casos de baixo rendimento escolar;
Solicitar a participação dos responsáveis sempre que necessário;
Apoio na realização de Projetos, gincanas, entre outros;
Auxiliar na prevenção da evasão escolar;
Promover palestras de incentivo aos estudos e de aprimoramento do
conhecimento científico, relacionados as disciplinas escolares;
Leitura dos direitos e deveres dos alunos no início do ano letivo,
objetivando o respeito e a responsabilidade dos mesmos.
EM RELAÇÃO AOS PROFESSORES (AÇÕES)
Participar do processo de elaboração do planejamento escolar;
Acompanhar a execução do planejamento bem como suas ações
previstas;
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Apoiar os projetos a serem desenvolvidos pelas disciplinas, conforme
cronograma inicial da escola;
Propor o replanejamento das ações quando necessário;
Fazer um levantamento com os professores sobre alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem em sua disciplina;
Utilizar os resultados das avaliações externas e internas para propor
intervenções pedagógicas;
Auxiliar o professor no uso dos materiais de apoio pedagógico e
tecnológico;
Conscientizar o professor quanto a: pontualidade, organização, e, livros
de registros de classe em dia;
Acompanhar a aplicação das ações do PDE;
Acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos da biblioteca e do
laboratório de informática;
AÇÕES EM RELAÇÃO FAMÍLIA / ESCOLA
Auxiliar a direção na organização das reuniões de pais;
Apresentar aos pais os projetos a serem realizados no decorrer do ano
letivo;
Atuar como facilitador do processo de comunicação entre escola, família
e comunidade;
Ajudar na organização de palestras de interesse a toda a comunidade
escolar;
Auxiliar na entrega de boletins, incentivando os pais para que conversem
com os professores de seu filho:
Incentivar manifestações culturais que visem o aprimoramento do
conhecimento dos alunos;
Propor integração entre a família e a escola através também de
manifestações culturais como: festival estudantil, festa junina, gincanas,
etc.
Orientar aos pais quanto a importância de seu acompanhamento na vida
escolar de seu filho;
Implantar reuniões entre as disciplinas, período a ser definido no início
do ano.
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Após apresentação dos subsídios, apresentar o Plano de ação dos
pedagogos criado em 2012 através de um grupo de estudos PDE.
BAGGIO, Rosane I. D. B. Discussões de um grupo de pedagogas: docência, experiência, trabalho pedagógico. Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE:2012.
pedagogosemaçao.tumbir.com Acesso em 04/10/2014
Reflexão: PENSAR SOBRE O TRABALHO COLETIVO
Música: (Charlie Brown Junior: Viver dias de sol. CD)
Espera-se ao final desta Unidade Didática, atingir o objetivo geral de ter
reconstruído o Plano de Ação dos Pedagogos, através deste grupo de estudos
para ser efetivo em 2016, tendo o consentimento de todos os participantes.
Lembrando sempre que o mesmo segue as orientações da SEED e está
coerente com as Diretrizes Curriculares Nacionais já apresentadas a eles em
encontro anterior.
Encerramento dos encontros: Música: Eu vou seguir (Marina Elali) Produção: Esaú Fornaciari
Link: http://youtu.be/g4tTpVW6wGQ Duração: 3 minutos e 48 segundos.
Repensar, desconstruir e (re) construir
o Plano de Ação dos pedagogos da Escola
Estadual Cristo Redentor – Ensino Fundamental.
6º MOMENTO:
30
O NOSSO TRABALHO SÓ SE COMPLETA SE ELE FOR REALIZADO EM EQUIPE, ASSIM COMO NESTE VÍDEO:
Vídeo: Impossível não se emocionar.... Assistam! Produção: Face in mídia entretenimento Link: http://youtu.be/RNs7r9stK4Y Duração: 4 minutos e 10 segundos.
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REFERÊNCIAS: ANFOPE. Definição das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://www.anped.org.br/200904PosicaoDiretrizesCursosPedagogia.doc >. Acesso em: 15 de maio de 2014. BAGGIO, Rosane I. D. B. Discussões de um grupo de pedagogas: docência, experiência, trabalho pedagógico. Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE:2012. BRASIL, Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 15/06/2014. BRZEZINSKI, Iria. Pedagogia, pedagogos e formação de professores. Campinas: Papirus, 1996. LEFÈVRE e LEFÈVRE, A. M. C. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: RS: EDUCS, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2004. MALACARNE, Vilmar [et al.]. Recortes de Educação: O cotidiano da escola fundamental. Cascavel: EDUNIOESTE, 2012. PARANÁ. Lei Complementar nº 103/04. Institui e dispõe sobre o Plano de Carreira dos Professores. Publicado no Diário Oficial nº 6687 de 15/03/2004. PARANÁ. Edital Nº 10/2007 GS/SEED. Dispõe sobre as normas do Concurso Público para o provimento de vagas no cargo de Professor Pedagogo e a Descrição das atividades do cargo. Disponível em: <ttp:/www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_10 2007_pedagogo.pdf> Acesso em: 20/06/2014. PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. 4ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002. _____. Pedagogia, ciência da Educação? 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. ______ . (org). Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002b. SAVIANI, Dermeval; DUARTE, Newton. Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar. São Paulo: Autores Associados, 2012. SAVIANI, Dermeval. O Sentido da Pedagogia e Papel do Pedagogo. – In: Revista da ANDE, São Paulo, n. 9, p. 27-28, 1985.
32
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IMAGENS
<http://www.folhajovem.com.br/news.php?news=826#.VFzqiWdTvDc> Acesso em: 04/10/2014
<http://acritica.uol.com.br/blogs/blog_artigos/postura-pedagogica-docente-comunidade-escolar_7_682201777.html> Acesso em: 04/10/2014
<http://static.tumblr.com/gkoafob/SBCm3m7uh/imagem1.jpg> Acesso em: 04/10/2014