os desafios da escola pÚblica paranaense na … · questão de vontade pessoal e de interesse...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Pai Contra Mãe de Machado de Assis e Negrinha de Monteiro Lobato e a Questão do
Bullying e do Preconceito Racial
Autora Solange Busato
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual João Manoel Mondrone Ensino Fundamental, Médio
e Profissionalizante.
Município da escola Medianeira/PR
Núcleo Regional de Educação
Foz do Iguaçu
Professor Orientador Cleiser Schenatto Langaro
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE
Resumo
Esta Sequência Didática aborda o texto literário e suas potencialidades em retratar, esteticamente, aspectos históricos e culturais da realidade do país, visando a formação de leitores críticos e reflexivos, pois, conforme Candido (1972), a literatura tem a capacidade de transformar e humanizar o homem. No intuito de refletir sobre as relações étnico-raciais foram selecionados os contos Pai Contra Mãe de Machado de Assis e Negrinha de Monteiro Lobato. O primeiro ambientado no período da escravidão, aproximadamente 115 após o ano de 1850. O segundo, publicado em 1920, trinta e dois anos após a abolição da escravatura no país. As leis Áurea, Ventre Livre, Sexagenário e a 10.639/03 (sendo que esta última estabeleceu o ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas nos currículos escolares, a fim de produzir conhecimentos quanto à pluralidade étnico-racial) servirão de apoio à reflexão sobre a presença do regime escravocrata e das relações de poder na formação cultural do país. Partindo-se do pressuposto de que o texto literário pode estimular a leitura reflexiva, desenvolvendo o espírito crítico no leitor, pretende-se problematizar a questão do preconceito racial na formação da sociedade brasileira e da presença de formas de Bullying no espaço escolar em tempos atuais.
Palavras-chave Conto realista; Literatura e história; Relações de Poder; Preconceito; Bullying.
Formato do Material Didático
Sequência Didática
Público alvo 3º ADM – Profissionalizante
A reflexão sobre a função humanizadora da literatura e sobre a capacidade
que o texto literário tem de confirmar a humanidade do homem. Permeia este estudo
a proposta de analisar os contos Pai contra mãe de Machado de Assis, Negrinha de
Monteiro Lobato e a Lei 10.639/03 publicada, mais de um século, após a abolição da
escravatura no Brasil. A Lei interage diretamente com o sistema educacional do país
e tem como objetivo: Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas não é mais uma
questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão
curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes
comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O propósito principal
para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem
como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à
pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos
comuns, que garantam respeito aos direitos legais e valorização de
identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou
indiretamente contribuíram (contribuem) para a formação da
identidade cultural brasileira. (Acesso em:
http://escolajosuebaldotto.blogspot.com.br. Pesquisado em 05/12/13.)
Mediante esse contexto, a reflexão será conduzida em torno do preconceito
racial e dos castigos dados aos negros, tanto físico quanto moral, no contexto de
produção das obras de Machado de Assis e de Monteiro Lobato. Além de analisar
aspectos do regime escravocrata e das relações de poder na formação cultural do
país, a escolha das obras tem como propósito desenvolver e aprimorar o senso
crítico do aluno. Compreender, a partir dos contos Pai Contra Mãe de Machado de
Assis e Negrinha de Monteiro Lobato, o contexto sócio-histórico e cultural do país
ampliando a capacidade de interpretação e visão de mundo do leitor e pode
contribuir para que perceba as relações de poder enquanto sustentadoras de
pensamentos, atitudes e ações preconceituosas e excludentes.
APRESENTAÇÃO
1 – APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO E SELEÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL
“A abolição é a aurora da liberdade, esperemos o sol. Emancipado e negro, resta emancipar
o branco”.
Machado de Assis, 1997, 992. Vol. I
Professor(a): antes de iniciar o trabalho com o
gênero, sugere-se expor aos alunos o trabalho que será desenvolvido com esta
Sequência Didática, esclarecendo que eles irão trabalhar com o gênero conto
realista e que o trabalho se realizará por etapas, organizadas em torno do tema
principal.
Imagem disponível em: http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/2012/05/memoria-colegiado-21052012-projeto.html. Pesquisado em: 04/12/13.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
O Conto Realista
2 – RECONHECIMENTO DO GÊNERO
Professor(a): após a explanação do trabalho a ser
desenvolvido, sugere-se que o professor questione seus alunos:
1- Você sabe o que é um conto realista?
2- Você lembra-se de ter lido algum(ns) conto realista(s)?Cite-o(s).
3- Qual a temática abordada nesse gênero?
4- O que sugere a palavra realista? Explique.
5- O que é realismo para você?
6- Você lembra quais são as principais características do gênero conto?
Relembrando contos lidos...
Obs: A professora poderá anotar no quadro algumas das colocações dos
alunos para registrar os conhecimentos prévios acerca do gênero. Após essa
CONTOS REALISTAS
Uma vela para Dario, de Dalton Trevisan; A última crônica, de Fernando Sabino; A cartomante, de Machado de Assis; A carteira, de Machado de Assis; A missa do galo, de Machado de Assis;
QUESTIONAMENTOS 7 - Desses contos, quais vocês conhecem? 8 - Quem se lembra da temática desenvolvida em um desses contos? 9 - E os personagens, quem são? O que fazem? 10 - Como se comportam no decorrer dos fatos? De que maneira os conflitos são resolvidos? 11- Como ocorrem os desfechos desses contos?
reflexão, levá-los a biblioteca para que possam manusear e emprestar livros com
coletâneas de contos realistas.
2.1 PESQUISA SOBRE O GÊNERO CONTO REALISTA
Imagem disponível em: http://pedablogtravessos.blogspot.com.br/2013/06/a-historia-da-coruja-na-pedagogia.html. Acesso em 05/12/13.
O conto é uma narrativa curta. Normalmente o tempo é restrito, pode ser
cronológico ou psicológico, apresenta poucas personagens, sendo que estas
existem em função de um só núcleo dramático. É o relato de uma situação que
acontece na vida das personagens e que pode ocorrer na vida real, portanto, de
caráter realista. No conto tudo importa: cada palavra é uma pista. Embora a
descrição é limitada, as informações são valiosas; cada adjetivo é escolhido com
cuidado; cada vírgula, cada ponto, cada espaço; tudo contempla significado.
O conto realista vem substituindo a estrutura clássica, rígida, pela construção
de um texto mais curto ainda. A ação se torna ainda mais reduzida, surgem
monólogos e a exploração de um tempo interior, psicológico.
A construção tradicional cede lugar a um texto que cobra a participação
efetiva do leitor na construção do significado da narrativa. A forma como o fato é
narrado, como o texto se realiza diante do leitor, também contribui para dizer não a
idealização própria do Romantismo.
TAKAZAKI, Harue Heloisa. LÍNGUA PORTUGUESA. Ensino Médio. Vol.Único. 2ªed. SP: IBEP, 2005. Coleção Vitória-Régia. p. 272-273.
RELEMBRANDO ...
O que é e quando surgiu o conto
realista.
2.2 CONTATO COM O AUTOR E SUA OBRA
Professor(a): sugere-se que a leitura do conto Pai contra
Mãe, de Machado de Assis, ocorra previamente, em casa, com auxílio do dicionário.
Porém, antes de receber o conto, seria interessante realizar os questionamentos
apresentados a seguir. Espera-se que os mesmos motivem o aluno a ler em casa.
1 – O conto que vamos ler intitula-se Pai contra Mãe e tem como autor o
escritor Machado de Assis.
a) Analise o título do conto e responda: que temática você imagina para esse
conto? Justifique.
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b) Que história você imagina que será contada? Registre sua expectativa e
ilustre-a.
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2.3 – BIOGRAFIA DO ESCRITOR - ORALIDADE
Joaquim Maria Machado de Assis
(21/06/1839 - RJ - 29/09/1908)
Brasileiro, pai pintor, mulato, mãe lavadeira, órfão (mãe) aos 10 anos,
gago, epiléptico, tímido, reservado, sacristão, vendia doces feitos pela madrasta,
frequentou apenas a escola primária, autodidata, não realizou estudos regulares...
Fez apenas uma viagem, fora do RJ, a Nova Friburgo, para umas férias, ou para
cuidar da saúde... Para sobreviver, começou a trabalhar ainda menino.
Um dos traços que marcam as obras Machado de Assis, à medida que seu
trabalho vai amadurecendo, é a analise do comportamento humano, atitudes que
revelam, por trás dos atos aparentemente, bons e honestos dos personagens, a
vaidade, o egoísmo, a hipocrisia do ser humano.
A vida em sociedade passa a ser caracterizada ainda mais explicitamente,
como uma espécie de campo de batalha em que os homens lutam para gozar uns
poucos momentos de prazer e satisfazer seus desejos de riquezas e ostentação,
enquanto a natureza assiste ao drama humano com indiferença.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em 1839, e
morreu, em 1908. É considerado um dos homens mais importantes da nossa
literatura. Destacou-se principalmente no romance e no conto, embora tenha escrito
crônicas, peças de teatro e poesias.
No século XIX o conto brasileiro atingiu seu ponto mais alto com Machado de
Assis que escreveu verdadeiras obras-primas de análise psicológica e social, tais
como: “O enfermeiro”, “A cartomante”, “A Igreja do Diabo”, “ O analista”, “Pai contra
mãe”, “A causa secreta”, “O espelho”, e “ Missa do galo”, entre outros.
Pesquisado em: Português: – Literatura, Gramática, Produção de texto – Leila l. Sarmento e Douglas Tufano, p.165. Ed. Moderna. 1ªed. São Paulo, 2010.
Imagem disponível em: www.cci401.com.br. Pesquisado em: 05/12/13.
3 - TAREFA DE CASA: Leitura do conto Pai contra Mãe de Machado de Assis (1905)
Professor(a): antes de iniciar a leitura com os alunos,em sala de
aula, retomar aspectos históricos do país, como, por exemplo, o período da vigência
da escravidão. Para melhor compreensão do conto, provocar o diálogo constante
entre leitor/texto/professor. A seguir propor que, em grupos, façam um levantamento
das palavras e expressões que caracterizam as personagens, pois as mesmas são
carregadas de emoção e contribuem para que o leitor construa sentidos para o texto,
assim como de expressões que desconheçam, pesquisando sobre os endereços
citados no conto e sua importância naquele contexto. O conto também é repleto de
ironias, por isso pedir aos leitores que destaquem, no texto, passagens que
evidenciam essa figura de linguagem.
Pai contra Mãe - conto de Machado de Assis (1905)
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras
instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício.
Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de
folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por
lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dous para ver, um para respirar, e era
fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber perdiam a tentação
de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que
matar a sede, e aí ficavam dous pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade
certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se
alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à
venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
[...]
Disponível em: http://machadovivo.blogspot.com.br/2008/11/pai-contra-me-conto-de-machado-de-assis.html Pesquisado 02/12/13 ou em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1951 acessado 02/12/13.
4 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PERÍODO HISTÓRICO – ORALIDADE
A VIDA COMO ELA É
Os realistas querem focalizar os fatos como se apresentam em seu lado mais sombrio,
despindo a ficção da fantasia. Para isso, deslocam o olhar do mundo dos ricos para o mundo dos
pobres. Ou ainda, quando fixam o universo burguês, deixam de lado as aparências para procurar
as essências, desmistificando as hipocrisias da sociedade.
[...] Do ponto de vista econômico, o Brasil, ao longo da 2ª metade do século XIX, mantém
uma estrutura socioeconômica baseada no latifúndio, na monocultura da exportação, a esta altura
já voltada para a produção de café, e mão de obra escrava.
A Lei Eusébio de Queirós de 1850 proibiu o tráfico de escravos que era realizado no Oceano
Atlântico em sentido ao Brasil. A lei do Segundo Reinado atendia a um interesse da Inglaterra e
foi fundamental para dar início ao completo processo de abolição da escravatura no país. [...] O
Brasil era um país extremamente baseado na mão de obra escrava. Os escravos
totalizavam grande parte da população nacional e eram os responsáveis por sustentar a produção
brasileira que era comercializada fora do Brasil.[...]
http://www.historiabrasileira.com/escravidao-no-brasil/lei-eusebio-de-queiros/ Pesquisado em: 03/12/13
Contexto sócio-histórico
Na segunda metade do século XIX, o Brasil passou por mudanças políticas e sociais
marcantes. O tráfico de escravos foi extinto e a abolição da escravatura ocorreu em 1888.
A falta da mão de obra escrava foi substituída pelo trabalho dos imigrantes europeus. Por
causa do preconceito e da qualificação europeia para o trabalho assalariado, o negro foi
marginalizado socialmente.
A economia açucareira estava em decadência, enquanto o eixo econômico deslocava-se
para o Rio de Janeiro, devido ao crescimento do comércio cafeeiro nessa região.
A evolução na indústria trouxe tecnologia às empreitadas do governo: a primeira estrada de
ferro foi construída em 1954 (ligava o Porto de Mauá à raiz da Serra da Estrela) e logo depois, a
Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em 1889 foi proclamada a República pelo partido burguês Republicano Paulista (PRP), com
a posse do primeiro presidente, o marechal Deodoro da Fonseca.
Em meio às questões sociais, econômicas e políticas pelas quais o Brasil passava, a literatura
reagia contra as propostas românticas com o surgimento do Realismo sob influência do
positivismo.
Podemos apontar algumas características da literatura realista em oposição à romântica: os
cenários (focados em centros urbanos); a natureza não mais vista como reflexo dos sentimentos,
mas dando vazão ao ambiente social; o amor visto de maneira irônica, sem exaltações, o
casamento realizado para fins de ascensão social; o trabalho como parte da vida cotidiana das
personagens.
Acesso em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/realismo-contexto-historico-do-movimento.htm . Pesquisado em 23/10/13.
5 - LEITURA ORIENTADA EM SALA DE AULA
5.1 - Leitura do conto Pai contra Mãe de Machado de Assis com a mediação da
professora.
Para saber mais:
O Pai contra Mãe de Machado de Assis (1839-1908) foi publicado no
volume “Relíquias de Casa Velha” em 1906. Sabe-se que tanto os romances
quanto os contos machadianos fazem refletir sobre o espírito humano e suas
fraquezas (a crueldade, a ingratidão, a deslealdade, o adultério, a soberba, a
mesquinharia, a corrupção, a sensualidade e outros demônios da alma), com o
intuito de mostrar que a mais eficaz consolação em toda desgraça é descobrir
que sempre há mais desgraçados do que nós.
No conto Pai contra Mãe, a ironia e a crueldade estão presentes nas
atitudes do núcleo protagonista da trama: Cândido, Clara e Tia Mônica.
Acesso em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA1qYAG/ironia-crueldade-pai-contra-. Pesquisado em: 03/12/13.
6 - INTERPRETANDO E REGISTRANDO
6.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO CONTO E SUAS ESPECIFICIDADES.
a) - Elabore, com seus colegas, um resumo síntese das impressões sobre o tema
narrado no conto.
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b) – Debate - Mesa redonda: cada grupo expõe suas impressões sobre o conto com
a mediação da professora.
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c) – O conto Pai contra Mãe pode ser considerado realista? Justifique.
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d) – Quais são as principais características realistas presentes no conto Pai contra
Mãe? Cite-as e explique suas observações.
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e) – Caso o Capitão do Mato, por compaixão, deixasse Arminda fugir, o conto
continuaria sendo realista?
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f) – Como podemos interpretar a fuga de Arminda? Justifique.
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g) - De acordo sua opinião, por que Cândido não se importava em capturar escravos
fugidos?
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h) - A Roda dos Enjeitados – espaço onde crianças eram abandonadas por suas
mães, seja pelo fato de não terem condições financeiras de criá-las, seja por serem
bastardas, filhos de moça solteira, dentre outros fatores.
De acordo com Faoro (1976, p.333.). Machado de Assis sabia que havia
desaparecido o cativeiro, "mas ficaram de pé as instituições que sujeitam, prendem
e agrilhoam o trabalhador livre".
Analise e disserte sobre a consideração de Faoro e sobre informação sobre a
respeito da roda dos enjeitados, contextualizando com o conto.
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i) Atualizando o conto: faça um comparativo entre a realidade de Cândido,
capitão do Mato e a de pais e ou responsáveis que não possuem condições
econômicas para criar seus filhos.
Como resolvem essa situação? Cite exemplos e emita sua opinião.
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j) Diante do contexto social atual, analise criticamente as relações de poder, raciais
e de condição econômica. Quais recompensas ou benefícios à sociedade oferece
como forma de amenizar os prejuízos causados ao povo negro no passado?
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SUGESTÃO: ouvir fragmentos do conto o qual se
encontra em versão Livro áudio.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=EFLIAihL0a4, Pesquisado em 22/10/13.
7 – ANÁLISE LINGUÍSTICA
a) O dicionário Houaiss (2009) define ironia como figura de linguagem caracterizada
pelo emprego inteligente de contrastes, usada literariamente para criar ou ressaltar
certos efeitos humorísticos; uso de palavra ou expressão sarcástica; qualquer
comentário ou afirmação irônica ou sarcástica; crueldade: entende-se por
característica ou condição do que é cruel; prazer em fazer o mal; impiedade,
maldade, ato, procedimento cruel; crueza.
A partir desse conceito, na sua leitura, a linguagem do conto é ou não irônica?
Justifique sua resposta com exemplos do conto.
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b) Partindo da definição de ironia, analise o nome do personagem “Cândido” e o seu
significado dicionarizado: “pureza, doçura, ingenuidade”. Sob que aspecto Machado
de Assis utiliza da ironia ao nomear seu capitão do mato de Cândido? Justifique.
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c) – Em grupos de 4 integrantes, identificar:
1- Realidades do século XXI retratadas por meio da ironia. Defina e explique:
( ) “O comércio chamou-lhe a atenção, era carreira boa. Com algum esforço entrou
de caixeiro para um armarinho. A obrigação, porém de atender e servir a todos feria-
o na corda do orgulho, e ao cabo de cinco ou seis semanas estava na rua por sua
vontade.”
( ) “Deus não me abandona, e preto fugido sabe que comigo não brinca; quase
nenhum resiste, muitos entregam-se logo.”
( ) “Pegar-lhe escravos fugidos trouxe-lhe um novo encanto.”
( ) Ao falar sobre o "ferro no pescoço", afirma o narrador: "Pesava, naturalmente,
mas era menos castigo que sinal".
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8 - LEITURA DE IMAGENS
Professor(a): projetar as imagens em powerpoint, permitir que
os alunos citem passagens do conto nas quais o narrador as descreve.
a) – O conto Pai contra Mãe descreve instrumentos de tortura e violência, comuns
no período escravista. Destaque, no conto, os fragmentos responsáveis por informar
ao leitor sobre tais instrumentos. Analise a descrição e a intenção do autor ao
descrever o açoite.
Imagem disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento=1. Pesquisado em
05/12/13.
b) Destaque, no conto, os fragmentos responsáveis por informar ao leitor sobre a
máscara de flandres. Analise a descrição e a intenção do autor ao descrevê-la.
Imagem disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento=1. Pesquisado em: 04/12/13.
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Açoite - chicote feito de tiras de couro
retorcido com nós; era utilizado para
punir pequenas faltas ou acelerar o
ritmo de trabalho.
Máscara de flandres - usada para
punição de furto de alimentos,
alcoolismo, ingestão de terra e na
mineração de diamante. As
máscaras podiam cobrir todo o rosto
ou só a boca.
c) – Em sua opinião, o realismo de Machado de Assis, na descrição dos
instrumentos de tortura, choca ou sensibiliza o leitor? Explique.
Imagem disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento=1 Pesquisado em: 04/12/13.
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d) – A história relata que os escravos eram vendidos de diversas formas, inclusive
de porta em porta, ou seja, havia comércio ambulante de escravos. Havia
comerciantes que vendiam escravos entre outras mercadorias que comercializavam,
sendo poucos os que se especializavam na mercadoria humana.
Diante de tal informação, em sua opinião, de que maneira o negro era visto e tratado na sociedade brasileira? (sugestão: cena 3/6 do filme Quanto vale ou é por Quilo? Onde mostra a
venda de escravos de porta em porta disponível no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=MsSACLRlDes pesquisado em 06/12/13) ___________________________________________________________________
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e) Em sua opinião, por que essa mácula, da escravidão, envergonha o Brasil?
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f) Você já ouviu falar em coisificação do ser humano? Explique o que significa esta
expressão.
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g) De que maneira pode-se compreender a coisificação do ser humano, a partir do
conto Pai Contra Mãe, bem como da leitura das imagens?
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Instrumentos de ferro - usados para
maltratar os escravos, eram colares,
correntes, algemas, cadeados, tudo
para torturar os negros.
h) Imagine-se na condição do povo escravizado, e descreva os sentimentos dos
mesmos diante da condição de mercadoria vendida em praça pública.
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i) Tentativas de fuga, insubordinação, ou qualquer atitude compreendida como
desacato aos senhores, no período da escravidão no Brasil, era punida com castigos
públicos, anunciados publicamente pelos rufos do tambor, com o intuito de servir de
exemplo para os demais escravos. Pesquise a diferença entre castigar o negro nas
fazendas e de castigá-los em praça pública?
Imagem disponível em: wallacemelobarbosa.blogspot.com. Acesso em: 20/10/13. Imagem disponível em http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento=1. Acesso em: 05/12/13.
j) - Atualmente, essa prática de exposição pública dos indefesos e
marginalizados ocorre? Em que sentido? Cite exemplos.
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k) Sabe-se que o tronco foi instrumento usado em toda a América escravocrata
para a contenção do negro escravo que se rebelava ou que tivesse cometido
qualquer falta. Mas converteu-se também num instrumento de suplício, se levar em
conta, a imobilidade forçada que provocava ao negro escravo e a impossibilidade
em que ficava de defender-se contra mosquitos, moscas e outros insetos, ou mesmo
satisfazer os atos elementares da vida fisiológica.
Nas cidades, os castigos de açoites
eram feitos publicamente, nos
pelourinhos. Colunas de pedra,
velha tradição romana, que se
erguiam em praça pública. Na parte
superior, estas colunas tinham
pontas recurvadas de ferro, onde se
prendiam os condenados à forca.
Mas o pelourinho tinha outros usos,
além do da forca. Nele eram
amarrados os escravos condenados
à pena dos açoites.
Ao retratar essa passagem da história do país, qual pode ter sido o propósito
de Machado de Assis?
Imagem disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento=1. Pesquisado em: 05/12/13.
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l) - Infelizmente, todas essas imagens fazem parte das páginas de nossa história;
e, que em outros contextos sociais ainda fazem parte de nossa vida diariamente.
Isso se exemplifica na crueldade contra crianças, mulheres, idosos, homossexuais,
lésbicas, credos religiosos, dentre outras.
De que maneira as manifestações artísticas evidenciaram e evidenciam essa
violência? Cite exemplos e comente-os.
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PARA SABER MAIS...
O Brasil foi o último país das Américas a libertar efetivamente seus escravos. Ou seja, o tráfico de escravos e a escravização de africanos durante o Império não eram somente condenáveis no plano ético: eram atos ilegais cometidos pelas elites brasileiras, que permaneceram ocultos e impunes nas dobras da história dos vencedores. Os quase 800 mil africanos desembarcados até 1856 – e a totalidade de seus descendentes – foram mantidos ilegalmente na escravidão até 1888. E libertos no papel, pois, na prática a história era outra.
“Do total de cerca de 11 milhões de africanos deportados e chegados vivos nas Américas, 44% (perto de 5 milhões) vieram para o território brasileiro em um período de três séculos (1550-1856)”. Somente após 1808, com a chegada da família real ao Brasil, teria desembarcado mais de 1,4 milhão de escravos, aproximadamente um terço do total de africanos escravizados que aqui aportaram.
Pesquisado em: http://luzecalor.blogspot.com.br/2012/05/divida-do-brasil-para-com-africa.html . Acesso em: em 20/10/13.
9 - INTERTEXTUALIDADE
Professor(a): a seguir, sugere-se assistir a propaganda
sobre formas de escravidão da Rede Globo de Televisão com Ivete Sangalo.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=KOuBDkNCoKs. Pesquisado em
05/11/13.
Implementada pela UNODC em dez países, a campanha tem como símbolo
um coração azul, representando a tristeza das vítimas dessa escravidão moderna e
lembrando a insensibilidade de quem compra ou vende seres humanos. Relatórios
oficiais mostram que há mais de 2 milhões de vítimas traficadas no mundo. No
vídeo, a cantora lembra que todos podem ajudar a denunciar o crime de tráfico de
pessoas, ligando para o Disque 100 ou 180.
Imagem disponível em: http://refunitebrasil.wordpress.com/tag/trafico-de-pessoas/. Acesso em: 05/12/13.
9.1 - REFLETINDO E REGISTRANDO
1 – Em sua opinião, que formas de escravidão existem na atualidade? O quê leva as
pessoas a aceitarem a escravidão? Comente.
2 – Qual é a condição de trabalho dos assalariados no país?
3 - Como o trabalhador assalariado é visto pela sociedade capitalista? Justifique.
4 – Em sua opinião, quais trabalhos são considerados de prestígio? Por quê?
5 – Quais trabalhos são desprestigiados socialmente? Justifique.
DICA de leitura:
Escravidão em pleno século 21. Ou: Como o multiculturalismo ajuda a preservar a escravidão moderna. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/escravidao-em-pleno-seculo-21-ou-como-o-multiculturalismo-ajuda-a-preservar-a-escravidao-moderna/
9.2 – CINEMA E LITERATURA / LITERATURA E SOCIEDADE
Imagem disponível em: tecnorragia.blogspot.com /.../tecnologia-em-sala-de-aula-vide. Acesso em: 03/12/13.
Assistir ao filme Quanto vale ou é por quilo? do diretor Sergio Bianchi. O
mesmo faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração
da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No
século XVII um capitão-do-mato captura uma escrava fugitiva, que está grávida.
Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho
que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em
uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os
computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora
ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-
se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver. O filme cita
fragmentos do conto Pai contra Mãe de Machado de Assis e pode ser encontrado
nos endereços: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-110753/, e
http://www.youtube.com/watch?v=fZhaZdCqrHg Pesquisado em 22/10/13.
10 - DIÁLOGOS INTERTEXTUAIS
Professor(a): retomar, em sala de aula, algumas cenas do filme
Quanto vale ou é por quilo? do diretor Sergio Bianchi, especialmente os que apresentam passagens do conto Pai contra Mãe.
(sugestão: http://www.youtube.com/watch?v=IkQ-xnJzUY8 cenas 5/6 do capitão do mato, http://www.youtube.com/watch?v=7UC6CKrrmVscenas 1-6 castigos http://www.youtube.com/watch?v=MsSACLRlDes escrava compra liberdade http://www.youtube.com/watch?v=0ztb9wRp_J0 navio negreiro da atualidade – super lotação de presídios) pesquisado 06/12/13)
TAREFA DE CASA
10.1 ANALISANDO O FILME E O CONTO
1- Associe as imagens que simbolizam a morte em acontecimentos registrados
pelo conto e pelo filme, registre-as;
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2 - Associe as imagens que simbolizam a vida em acontecimentos registrados
pelo conto e pelo filme, registre-as;
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3 - Que diálogo pode ser estabelecido entre o conto Pai contra Mãe e o filme
Quanto vale ou é por quilo? Justifique sua análise.
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4 - Ao longo do conto Pai contra mãe há ao menos três diferentes referências
sobre a figura do negro na sociedade escravista. Descrever estas referências,
funções sociais ou atividades.
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5 - O conto registrou a existência histórica da “Roda dos Enjeitados”.
Atualmente, existem “Rodas dos Enjeitados”? Exemplifique.
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6 - Analise e estabeleça um sentido para o título do conto.
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11– PREPARATIVOS PARA O JURI POPULAR SIMULADO
Professor(a): propor aos alunos a elaboração de síntese
dirigida sobre o conto, para posterior utilização de dados na atividade de Júri
Simulado no qual a personagem Cândido será julgada. Combinar com a classe a
divisão em grupo de acusação e grupo de defesa. É interessante ater-se a:
NÍVEIS: LÓGICO-CONCEITUAL – NARRATIVO - DISCURSO
1 - No conto Pai Contra Mãe percebe-se sua construção em três níveis; sendo que
no primeiro, o fundamental, privilegia o lógico-conceitual associado às oposições; O
segundo nível, o narrativo, trata do jogo de sujeitos em busca de objetos – valor; O
último nível trata do discursivo. Este nível é, portanto, o lugar privilegiado para
instalação das ideologias.
a) LÓGICO-CONCEITUAL/OPOSIÇÕES - Pode-se perceber no primeiro nível
as seguintes antíteses: Vida e morte; Liberdade e escravidão; Privação e
abundância; Otimismo e pessimismo; Amor e indiferença; Riqueza e pobreza;
Advertência e desobediência; Egoísmo e altruísmo; Emprego e desemprego;
Ordem e desordem; Dominação e submissão.
Encontre no texto elementos que cofirmem a afirmação citada acima.
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______________________________________________________________
b) NARRATIVO - O segundo nível, o narrativo, trata do jogo de sujeitos em
busca de objetos – valor. Fala dos conceitos materializados em forma de
narrativa em que entra em jogo o arranjo das expressões como:
1 - O sujeito “Cândido” não tem dinheiro e não quer trabalhar, mas quer viver
do lucro.
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Relacione esta postura aos “Cândidos” do século XXI, como fazem
para obter lucros sem trabalhar honestamente? O que você pensa sobre
isso? Justifique sua resposta com argumentos da atualidade.
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2 - O sujeito “Cândido” emprega-se como caçador de escravos (emprego
vago). Empreende sua busca do objeto de valor-dinheiro, simbolizado pela
prisão da escrava e devolvida para seu Dono. O sujeito “Cândido” priva a
negra escrava de sua liberdade e a vida de seu filho.
Associe com a última frase do conto e emita seu comentário
relacionando aos dias atuais.
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c) DISCURSO - O terceiro nível trata do discursivo. Este nível é, portanto, o
lugar privilegiado para as ideologias, sobretudo do discurso político e social
em que entram em cena as ideologias escravista, materialista, burguesa,
capitalista, patriarcal, católica, etc.
1 - Encontre elementos relativos ao tempo, ao espaço, à situação social dos
negros escravos e à situação econômica dos desempregados. Os quais são
figuras que expressam temas relevantes ao momento histórico em que vivia
Machado de Assis.
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O texto é ficcional, mas não deixa de mostrar verdades de seu
tempo, principalmente em relação às descrições de fatos e instrumentos
verídicos utilizados na escravidão. Para reforçar o realismo que caracteriza o
texto mostra algo visto como positivo e algo como negativo. Do ponto de vista
da sociedade escravista, a liberdade do escravo é vista negativamente, ao
passo que, do ponto de vista do escravo, e dos abolicionistas, têm sentido
positivo.
Que pontos de vistas são esses?
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2 - Pai Contra Mãe é um texto narrativo e argumentativo. Narrativo,
enquanto processa mudanças ou transformações onde sujeitos buscam
objetos-valor. E é argumentativo, enquanto veicula uma ideologia, ora
defendendo-a, ora rejeitando-a, dependendo do ponto de vista. Assim, o que
Arminda, a escrava fugida, buscava e Cândido almejava para poder ficar com
seu filho era o mesmo objeto-valor?
Que objeto era esse e que diferença fez para ambos? Hoje, esse
objeto tem alguma relevância dentro de nossa sociedade capitalista?
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Professor(a): nesta etapa, supõem-se que os alunos terão
clareza sobre o conto, no que se refere à interpretação e contexto histórico das
indagações levantadas nas aulas anteriores. Dividir a classe em dois grupos e cada
grupo deverá realizar as tarefas do passo a passo. Cada grupo escolherá um
representante para as funções do item 1 do passo a passo. O Júri julgará a conduta
de Cândido Neves, capitão do Mato, pela morte do filho de Arminda, escrava
aprisionada por ele.
12 - MONTAGEM DO JÚRI POPULAR SIMULADO – PASSO A PASSO
1º- Definir os papéis previamente e no dia todos se posicionaram de acordo com a
sua função.
a) Juiz b) Promotor c) Advogado de defesa d) Testemunhas e) Plateia f) Corpo de jurados
2º- Pesquisa em: jornais, revistas, sites, capítulo do Estatuto da Criança e do
Adolescente; no que se refere ao abandono ou provocar a morte de um menor
incapaz de defesa. De fatos que se assemelham e quais foram os desdobramentos
tomados.
3º - Leitura do resumo síntese do conto, para relembrar os fatos ocorridos.
Sugestão: utilizar o resumo elaborado pelos grupos.
4º- Procedimentos para o júri:
Abertura da sessão dada pelo Juiz-Presidente, ali representado por um aluno;
Dado início a sessão, a palavra é cedida primeiramente ao promotor;
Após explanação do promotor a palavra é dada ao advogado de defesa que dará início ao posicionamento que propôs defender;
Indagações as testemunhas;
Votação sigilosa do corpo dos jurados;
Resultado da sentença final – anunciada pelo Juiz-Presidente.
Obs: No que se refere ao cenário, estar atento às vestimentas dos envolvidos, a postura das personagens, a linguagem formal, atitudes da plateia.
Ilustração de Nilson Roveda
a- Sugestão de questionamentos que o promotor pode fazer ao réu
Cândido:
- Por que o senhor não para em ofício algum? - Por que não tem paciência para aprender novos trabalhos? - Por que o senhor persegue e prende escravos fugidos? - Por que passou a viver de favor na casa alugada da tia de sua esposa? - Por que o senhor acredita que não conseguiria desempenhar as funções propostas em outros ofícios já tentados pelo senhor? - Por que razão não se dedicou ao trabalho de entalhador que seu primo quis lhe ensinar? - O que se limitou a fazer para manter o sustento de sua casa e família? - Por que escolheu perseguir e prender escravos fugidios ao invés de ter um ofício fixo? - Por que mesmo vendo a chegada do seu filho e as dívidas a crescer não procurou um ofício que lhe rende-se dinheiro fixo? - Por que não atendeu as súplicas de Arminda ao informá-lo que estava grávida? - O senhor consegue imaginar o que sente uma mãe ao perder um filho tão brutalmente e sem piedade alguma? - O senhor tem algum problema sério de saúde? Alguma limitação física que lhe impede o trabalho? - Entre a vida do filho de Arminda e a do seu filho, existe diferença? Ou seja, uma delas é mais importante que a outra? - O senhor, que já foi escravo, se sente realizado em manter seus “irmãos” em cativeiro?
b- Sugestão de questionamentos que a defesa pode fazer ao réu Cândido:
- Senhor Candido Neves pode descrever em que condições vive com sua família? - O senhor teve um algum momento a intenção de provocar a morte de um inocente? Acredita que foi apenas fatalidade do destino? Por quê? - É possível viver com os salários pagos em seus antigos empregos? - Quais as dificuldades em adquirir uma casa própria? - O senhor Candido é um homem amoroso, zeloso marido, um pai amabilíssimo, descreva, por favor, que sentimentos vivenciou ao pensar em deixar seu filho na Roda dos Enjeitados.
c - Sugestão de questões para a testemunha de defesa: farmacêutico da
Rua da Ajuda.
- Em que circunstancia o senhor conheceu Candido Neves? - Que informação o senhor forneceu a Candido Neves? Por quê? -Porque o senhor aceito abrigar a criança até que Candido Neves retornasse? O que ele falou ao senhor? - Como estava Candido Neves ao retornar para buscar o filho? Algo chamou sua atenção no semblante do réu? O quê? E por quê?
d - Sugestão de questões para a testemunha de acusação: primo (o qual
tentou lhe ensinar um ofício, entalhador, mas Candido não demonstrou
dedicação e interesse).
- O senhor ensinou o ofício de entalhador a seu primo e, mesmo assim, Candido não conseguiu permanecer no emprego, por que acha que isso ocorre? - O senhor Candido era pontual? Tratava bem os clientes quando vinham encomendar algum objeto? - Por que o senhor acha que seu primo não leva jeito com emprego fixo? - Qual o motivo da preocupação da tia Mônica com a chegada do filho do casal?
INTERDISCIPLINARIEDADE
As atividades para o Júri simulado demandam muito empenho e colaboração
da turma, participação do professor da disciplina de Direito, colaboração do
professor de Artes para o momento de montar o cenário, e se possível do professor
de História para complementar no contexto histórico do período escravocrata.
Professor(a): neste momento da Sequência Didática,
espera-se que os estudantes, já estejam inteirados de questões históricas e sociais
acerca da escravidão e do preconceito e que, por meio das reflexões propostas
pelas obras literárias analisadas, tenham opiniões claras a respeito da questão do
preconceito racial, posicionando-se criticamente sobre essa questão. Portanto,
seguem objetivos e sugestões de questionamentos:
Objetivos:
Refletir sobre a questão do preconceito racial e sobre toda forma de
preconceito, seja no ambiente escolar seja no ambiente social;
Questionar posturas e comportamentos preconceituosos e discriminatórios;
Incentivar o respeito ao outro, independente de questões étnicas, culturais,
econômicas, credo e ou opção sexual, dentre outras;
Refletir sobre a abolição da escravatura (1989) a partir do conto Negrinha de
Monteiro Lobato e sobre a Lei n. 10.639/03 promulgada pelo Presidente da
República em 2003.
NEGRINHA – MONTEIRO LOBATO
1 - POSICIONANDO-SE!
1 - Quando o assunto é o “preconceito”, a primeira imagem que vem a mente é a do
negro. Em sua opinião, por que isso ocorre?
2 – De acordo com suas reflexões, qual é a origem do racismo?
3 – Em sua opinião, que outras formas de preconceito são tão marcadas quanto a
que sofre o povo afrodescendente?
4 - Se as diferenças culturais enriquecem a vida social, por que algumas culturas
são desvalorizadas em detrimento de outras?
5- Que ações, posturas e pensamentos você valoriza em e para a sua vida?
2 - ORALIDADE
Um pouco de história
Documentos do século XV já registravam a discriminação racial sofrida pelo
negro e pelo índio quando eram tratados como seres inferiores. Os colonizadores
europeus, racistas, destruíam sua cultura e até o cristianismo lhes era negado, pois
julgavam os negros e os índios como seres inferiores.
[...] Não se vê melhor caminho para entender a história social e cultural deste
país, a não ser começando pelo estudo de suas matrizes culturais: indígena,
europeia, africana e asiática, enfatizando a heterogeneidade do espaço. Porém, não
é isso que acontece na história do Brasil até hoje ensinada através da historiografia
oficial. Na maioria dos livros e materiais didáticos que se tem acesso, as
contribuições dos africanos e seus descendentes brasileiros são geralmente
ausentes dos livros didáticos e quando estão presentes são apresentadas de um
ponto de vista estereotipado e preconceituoso. Consequentemente, os brasileiros de
ascendência africana, contrariamente aos de outras ascendências (europeia, árabe,
asiática, judia, etc.) ficam privados da memória de seus ancestrais no sistema do
ensino público oficial, além de acarretar uma baixa autoestima e a construção de
uma identidade negativa.
Essa situação justifica a lei nº 10.639/03 promulgada pelo Presidente da
República em 2003, isto é, 115 anos depois da abolição da escravidão no Brasil,
para reparar essa injustiça causada não apenas aos negros, mas também a todos
os brasileiros, tendo em vista que essa história esquecida é um patrimônio de todos
os brasileiros sem discriminação de cor.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos e no Brasil apontam as dificuldades
que as crianças negras têm para se auto-representar através do desenho.
Geralmente, eles se auto-representam através dos traços morfológicos da
população branca. Nas realidades, sócio cultural esboçado nos agrupamentos tais
como: as favelas, os quilombos urbanos e rurais aparecem como configurações
territoriais depreciativas desmembradas de um passado e de um presente histórico
comum ao descendente africano. [...]
E a partir daí, reconhecer o negro como agente da história brasileira e autor
da sua própria história, percebendo suas contribuições para o desenvolvimento
econômico, demográfico e cultural. [...]
www.diarioliberdade.org
Disponível em: http://www.itpac.br/hotsite/revista/artigos/12/4.pdf Pesquisado em 15/11/13.
Professor(a): realizar a primeira leitura do conto Negrinha de
Monteiro Lobato em sala de aula. Realizar atividades de análise do texto literário
com suas nuances, metáforas, espaços vazios. Sugere-se a realização de trabalho
em grupo para a segunda leitura do conto e as seguintes atividades para reflexão:
O conto Negrinha foi
publicado em 1920, trinta e dois anos após a abolição da escravatura no país. Esta narrativa de Monteiro Lobato, problematiza a questão do preconceito racial e sobre a abolição da escravatura.
Também se pode pensar sobre a liberdade, suas variadas formas, assim como das várias formas de escravidão.
3 - LEITURA E FRUIÇÃO EM SALA DE AULA
Negrinha - Monteiro Lobato
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo nervosa: — Quem é a peste que está chorando aí? Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero. — Cale a boca, diabo! No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer... Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta. — Sentadinha aí, e bico, hein?
[...] Continua Imagem disponível em: http://www.bancodeescola.com/negrinha.htm acessado em: 02/12/13 www.revistaafro.com.br de onde copiei a imagem em: 02/12/13
3.1 – Tarefa de casa: pesquisa sobre o escritor Monteiro Lobato e sobre o contexto
sócio-histórico do período de escritura da obra.
TAREFA DE CASA
4 - LEITURA E INTERPRETAÇÃO – CAMPO LEXICAL E SEMÂNTICO
4.1 - Realizar um levantamento lexical em torno do campo semântico da
personagem Negrinha: palavras e expressões que a caracterizam, desde a ausência de nome
próprio até idade, origem, aspecto físico, olhos, as marcas do corpo, temperamento, onde vivia,
com quem e como vivia etc. Analise e explique sua compreensão acerca das descrições de
Monteiro Lobato, bem como de suas intenções com as mesmas.
Sugestão: Negrinha
[...] “Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.” Sugestão de Análise: Há nesse trecho uma característica importante de Negrinha: “olhos assustados”. Mais adiante o narrador relata: “Assim cresceu Negrinha – magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados”. Há nessa afirmação um reforço na caracterização dos olhos de Negrinha “eternamente assustados”.[...] ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
Um pouco de conhecimento prévio...
Em 1920, Monteiro Lobato (1882-1948) publicava o conto Negrinha no livro do mesmo nome. Embora distante
três décadas da proclamação da República e da extinção da escravidão, o Brasil ainda vivia efeitos da
transição da Monarquia para a República e do trabalho escravo para o trabalho livre.
O país, que até então tinha sua estrutura social baseada no meio rural e a estrutura econômica dependente da
mão de obra escrava, passava por inúmeras transformações. A indústria começava a se desenvolver e o
processo de urbanização avançava. O Brasil modernizava-se, mas o preconceito racial contra aqueles que
tinham a pele negra ou parda, antigos escravos e seus descendentes, permanecia o mesmo.
Sensível observador, Lobato denunciou, em momentos de suas obras, a desigualdade entre brancos e negros,
herança do escravismo. O conto Negrinha é um desses momentos. Com personagens que representam a
população brasileira das décadas iniciais do século XX, Lobato expõe a mentalidade escravocrata que ainda
persiste tempos depois da abolição.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/analise-conto-negrinha-monteiro-lobato-625548.shtml. Acessado em 23/11/13.
4. 2 - Realizar um levantamento lexical em torno do campo semântico da personagem
Dona Inácia. Analise e explique sua compreensão acerca das descrições de Monteiro Lobato,
bem como de suas intenções com as mesmas.
Sugestão: D. Inácia
[...] Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. [...] _______________________________________________________________________
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Professor(a): essa atividade ajudará na compreensão e construção
de sentidos para o texto, por exemplo: se a patroa, dona Inácia, é descrita pelo narrador como
uma pessoa religiosa, virtuosa, como é possível Negrinha ser uma menina com “olhos
eternamente assustados”? Por que o susto nos olhos? A convivência de Negrinha com uma
senhora tão caridosa não deveria trazer tranquilidade, paz, alegria à menina? As sugestões
descritas acima servem como meros exemplos ilustrativos. Caberá ao aluno, com o auxílio da
professora, realizar esta tarefa de análise.
4.3 - Diante das leis que regem nossa sociedade atualmente, como seria julgado esse tratamento
destinado a Negrinha?
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4. 4 - Diante das questões evidenciadas pelos contos Pai contra Mãe e Negrinha, bem como do
vídeo Quanto vale ou é por quilo?, como podemos analisar o Bullying por questões raciais e
econômicas na sociedade atual?
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4.6 – Recentemente o governo brasileiro promulgou a Lei 10.639/03, que estabeleceu a
obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas nos
currículos escolares, a fim de produzir conhecimentos quanto à pluralidade étnico-
racial. De acordo com sua opinião, por que essa Lei fez-se necessária? Justifique.
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4.7 – Em sua escola, atualmente, ocorre Bullying por questões raciais e ou econômicas?
Justifique.
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4.8 – E você, é preconceituoso? Já cometeu Bullying? Já sofreu Bullying? Já presenciou
Bullying? Justifique suas respostas.
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5 - ANÁLISE LINGUÍSTICA:
5.1 – Sabendo-se que a ironia é uma figura de linguagem e que esta ocorre quando se diz alguma
coisa, querendo-se dizer exatamente o contrário, analise:
a)– Em sua análise, com que objetivo o escritor emprega a ironia nas seguintes
descrições:
Ilustração de Nilson Roveda
4.5 – Em sua opinião, em que sentido Monteiro
Lobato abordou a questão das relações de
poder na formação cultural da sociedade
brasileira? Justifique com exemplos do conto.
_____________________________________
_____________________________________
... "da excelente senhora", a "ótima dona Inácia", "a caridade é a mais belas das virtudes
cristãs..."; "quem dá aos pobres empresta a Deus".
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
... “Que ideia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha,
diabo, coruja, barata descascada, [...] - não tinha conta o número de apelidos com que
a mimoseavam”.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
“... Tinha de contentar-se com isso, judiaria miúda, os níqueis da crueldade. Cocres: mão
fechada com raiva e nós de dedos que cantam no coco do paciente. Puxões de orelha: o
torcido, de despegar a concha (bom! bom! bom! gostoso de dar) e o a duas mãos, o
sacudido. A gama inteira dos beliscões: do miudinho, com a ponta da unha, à torcida do
umbigo, equivalente ao puxão de orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos,
pontapés e safanões a uma – divertidíssimo! A vara de marmelo, flexível, cortante: para
“doer fino” nada melhor! ...” .
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Professor(a): é importante discutir os conceitos presentes no texto,
como: crueldade, cinismo, hipocrisia, piedade, gratidão. Perceber que os castigos físicos
aplicados a Negrinha são herança do escravismo. Prestar atenção para a descrição detalhada
deles, pois em determinados pontos parecem ser reais e proporcionam certo pavor imediato.
6 - DOCUMENTÁRIO - HORA DA PRODUÇÃO
Professor(a): para ampliar as possibilidades de interpretação,
compreensão e ampliação dos horizontes de expectativas acerca das temáticas abordadas,
sugere-se finalizar a Sequência Didática com uma produção textual e uma apresentação artística.
Partindo da mesma divisão da classe, em dois grupos, já realizada anteriormente, propor a
atividade de escritura de um documentário abordando o tema do Bullying no ambiente
escolar. Os grupos deverão utilizar equipamentos “caseiros”, ou seja, suas máquinas
digitais, celulares, filmadoras. O processo de edição pode ocorrer no Laboratório de
Informática da escola, tendo como auxílio o professor de informática.
7 - ESCREVENDO EM GRUPO
7. 1 – Escreva o texto base para a gravação de um documentário abordando o tema do Bullying
no ambiente escolar.
- O tema poderá contemplar depoimentos, entrevistas, análise de caso de
Bullying tornados públicos, avaliação legal por parte de representantes da Lei
acerca do Bullying, dramatização de uma cena em que ocorra o Bullying e a
reação do público, Bullying na internet, face book, dentre outras possibilidades.
- Caberá ao grupo escolher qual a possibilidade para melhor expor sua visão e
sua criticidade.
- Os documentários deverão contemplar, brevemente, fragmentos dos contos
Pai contra Mãe de Machado de Assis e Negrinha de Monteiro Lobato, além da
Lei 10.639/03.
- Importa consideravelmente transmitir ao público uma mensagem de repúdio a
atitudes preconceituosas e manifestações de Bullying em ambientes escolares.
Obs: a escritura ocorrerá em sala de aula com acompanhamento da professora. Haverá
reestruturação textual em sala e posterior rescrita do texto.
8 - GRAVAÇÃO DA PRODUÇÃO
8.1 – Momento para elaboração, organização, ensaio da dramatização e gravação do
documentário.
Obs: o trabalho de gravação do documentário poderá ocorrer em horário extraclasse, mas esse
deverá ser um combinado com a classe. Todos os integrantes do grupo deverão participar
assiduamente do trabalho.
9 - SOCIALIZAÇÃO E CIRCULAÇÃO DA PRODUÇÃO
9.1 – Exposição do documentário em sala de aula para a classe.
Obs: caso a professora considerar necessário, o grupo deverá fazer alterações antes de
expor a produção no ambiente escolar.
9.2 – Apresentação do documentário em espaço escolar – hora literária.
Imagem disponível em: http://blog.cancaonova.com/hpv/documentario-dos-martires/Acesso em: 03/12/13.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS
Biografia de Machado de Assis Português: – Literatura, Gramática, Produção de texto – Leila l. Sarmento e Douglas Tufano, p.165. Ed. Moderna,1ªed. São Paulo, 2010.
CANDIDO, Antônio. A literatura e a formação do homem. In: Ciência e
Cultura. São Paulo, 1972.
FAORO, Raymundo. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1976.
Novas Palavras. Vol.2. Ed. FTD. 2ªed. SP 2005, p.45.
Takazaki, Harue Heloisa, LÍNGUA PORTUGUESA. Ensino Médio.Vol.Único.2ªed. SP:IBEP,2005.Coleção vitória- régia.pag.272/273
IMAGENS
http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/2012/05/memoria-colegiado-21052012-projeto.html. http://pedablogtravessos.blogspot.com.br/2013/06/a-historia-da-coruja-na-pedagogia.html www.cci401.com.brhttp://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento=1 wallacemelobarbosa.blogspot.com.br www.televisao.uol.com.br www.revistaafro.com.br http://blog.cancaonova.com/hpv/documentario-dos-martires/
FILMES
Quanto vale ou é por quilo? http://www.adorocinema.com/filmes/filme-110753/ e : http://www.youtube.com/watch?v=fZhaZdCqrHg http://www.youtube.com/watch?v=KOuBDkNCoKs.
SUGESTÕES:
http://www.youtube.com/watch?v=IkQ-xnJzUY8 (capitão do mato) http://www.youtube.com/watch?v=7UC6CKrrmVs (cena 1 -6 castigos) http://www.youtube.com/watch?v=MsSACLRlDes (escrava compra liberdade)
http://www.youtube.com/watch?v=0ztb9wRp_J0 (navio negreiro da atualidade – superlotação de presídios)
TEXTO DE APOIO – DICA
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/escravidao-em-pleno-seculo-21-ou-como-o-multiculturalismo-ajuda-a-preservar-a-escravidao-moderna/
Castro Alves, Os escravos – O navio negreiro, 1969 A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br
Para saber mais http://luzecalor.blogspot.com.br/2012/05/divida-do-brasil-para-com-africa.html
Livro áudio do conto Pai contra Mãe http://www.youtube.com/watch?v=EFLIAihL0a4
Comentário sobre a ironia presente no conto Pai contra Mãe http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA1qYAG/ironia-crueldade-pai-contra-mae
Contexto histórico http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/realismo-contexto-historico-do-movimento.htm
Trecho da obra http://machadovivo.blogspot.com.br/2008/11/pai-contra-me-conto-de-machado-de-assis.html Pesquisado 02/12/13 ou em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1951 acessado 02/12/13.
Um pouco de historia www.diarioliberdade.org ou, http://www.itpac.br/hotsite/revista/artigos/12/4.pdf
Conto negrinha http://www.bancodeescola.com/negrinha.htm
Um pouco de conhecimento prévio http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/analise-conto-negrinha-monteiro-lobato-625548.shtml
LEIS
Euzébio de Queiros http://www.historiabrasileira.com/escravidao-no-brasil/lei-eusebio-de-queiros/
Lei 10639/03 http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/lei-10639-03-ensino-historia-cultura-afro-brasileira-africana.htm