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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

ATUALIZANDO O CONHECIMENTO SOBRE VÍRUS E SEU NOVO PAPEL, UTILIZANDO A MÍDIA

Autora: Lourdes Maria Krul1

Orientadora: Valéria Maria Munhoz Sperandio Roxo2

Resumo O tema escolhido para o desenvolvimento deste trabalho partiu da observação das dificuldades que os educandos Educação de Jovens e Adultos do Colégio Estadual Dezenove de Dezembro, apresentavam em relacionar os conhecimentos sobre o tema VÍRUS, ser vivo, às informações contidas nos periódicos de grande circulação como jornais e revistas, em que o tema aparece ligado a uma visão não científica e geralmente de cunho negativo. O vírus é popularmente conhecido como vilão da saúde humana, especialmente por ser conhecido como causador de graves e letais doenças. A própria definição da palavra vírus vem do latim e significa fluído venenoso ou toxina. Instigamos os alunos a pesquisar na mídia textos referentes à temática de estudo objeto de estudo do projeto, ou seja, o vírus. Grande volume de informações chega até nós através das mais variadas mídias (rádio, televisão, periódicos e internet), porém nem toda a população consegue apropriar-se de todo o conteúdo disponível e convertê-lo em conhecimento de modo a aprimorar sua formação acadêmica e suas práticas cotidianas. , propusemos o desenvolvimento de atividades que possibilitassem uma grande participação do educando na construção do conhecimento atualizado sobre o tema vírus e que também os instigassem a usar das mesmas fontes para se apropriar de conhecimento com qualidade e visão crítica. Utilizamos uma sequência de atividades que se iniciaram com a tempestade de ideias, passando pela construção de texto e cartaz sobre o conhecimento prévio dos educandos sobre os vírus, leitura de periódicos que enfocam o vírus como uma ferramenta genética, aula expositiva sobre a reprodução viral e conceitos de engenharia genética, exibição de trechos selecionados dos filmes Gattaca e filme O Legado Bourne, pesquisas na internet apontando a utilização do vírus na medicina e a construção do mapa conceitual contendo os conhecimentos apropriados pelo educando após as atividades de ensino-aprendizagem ofertadas.Aprenderam a buscar o conhecimento que está contido na informação oriunda de variadas fontes. Aprenderam também que os seres vivos vírus desempenham papéis relevantes na engenharia genética e na medicina. Palavras chave: VÍRUS. Ferramenta genética. Conhecimento. Mídia.

1 Professora da Rede Estadual de Educação, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional, turma 2013.

2 Professora Orientadora PDE - 2013, Departamento de Genética – UFPR.

1. INTRODUÇÃO

O PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional é um espaço de capacitação profissional que, através de parcerias entre a Secretaria Estadual de Educação (SEED-PR) e Instituições de Ensino Superior (IES), permite aos professores o aprimoramento da sua prática pedagógica, através de atividades de formação continuada específicas de sua área. A elaboração de novas produções de conhecimento, direcionadas a um problema específico diagnosticado pelo professor, tem como finalidade principal proporcionar o avanço do processo de ensino aprendizagem, bem como a aproximação do diálogo professor- aluno.

As experiências produzidas ao longo de dois anos dedicados ao aprofundamento teórico, elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, Implementação da Produção Didático Pedagógica e a socialização do Projeto junto aos professores da rede, através do ambiente virtual de aprendizagem efetivado pelo GTR- Grupo de Trabalho em Rede, culminaram com a elaboração deste artigo.

O tema escolhido para o desenvolvimento deste trabalho partiu da observação das dificuldades que os educandos Educação de Jovens e Adultos do Colégio Estadual Dezenove de Dezembro, apresentavam em relacionar os conhecimentos sobre o tema VÍRUS, ser vivo, às informações contidas nos periódicos de grande circulação como jornais e revistas, em que o tema aparece ligado a uma visão não científica e geralmente de cunho negativo. O objetivo principal, diante dessas dificuldades, foi buscar estratégias de ensino que atingissem os alunos de uma forma mais dinâmica e permitissem aos mesmos estabelecer a relação entre o conteúdo do livro didático e a mídia, tornando-se um cidadão mais crítico e ampliando seu conhecimento sobre o tema. Sugerimos então a utilização de técnicas de aprendizagem, da exibição de filmes e a construção de textos a serem elaborados pelos próprios educandos e a postagem destes textos em um blog específico, bem como de outras atividades que exigissem a participação efetiva dos alunos. Precedidas de pesquisa histórica da construção do conhecimento, valorizando o trabalho científico e o esforço coletivo dos cientistas envolvidos nas pesquisas sobre o VÍRUS, e sua utilização como uma ferramenta na engenharia genética, propiciando assim o surgimento de um novo olhar sobre esses seres vivos.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ESTUDO DO VÍRUS O que são vírus? Segundo SILVA JR., SASSON e CALDINI JR. (2010),

vírus são organismos acelulares – ou seja, sua estrutura não corresponde a de uma célula, basicamente formados por um ácido nucléico (DNA, RNA ou

ambos, como ocorre com o citomegalovírus) envolto por uma cápsula protéica (capsídeo). Não há, em seu interior, todas as organelas necessárias para o desempenho de um metabolismo pleno. Isto faz com que os vírus sejam parasitas celulares obrigatórios, pois só conseguem se reproduzem no interior das células.

Ao utilizar as estruturas celulares de outro ser vivo neste processo, os vírus acabam por danificá-las, matando as células e causando doenças. Fora das células, tornam-se inertes, capazes até mesmo de se cristalizar, como alguns minerais (LINHARES E GEWANDSZNAJDER, 2011).

MARTHO (1990) menciona que os vírus estão entre os menores seres vivos do planeta, tanto que algumas bactérias perto deles ficam relativamente grandes. O autor menciona ainda que a palavra “vírus” tem sua origem no latim e significa “veneno”.

LINHARES e GEWANDSZNAJDER (2011) afirmam que os vírus não pertencem a nenhum dos cinco reinos dos seres vivos pelo fato de serem acelulares e desprovidos de metabolismo próprio. Já outros cientistas consideram que a capacidade de replicação, a hereditariedade (DNA ou RNA) e a evolução já são suficientes para considerá-los seres vivos.

Neste sistema de classificação, os vírus são divididos em famílias, gêneros e espécies. As espécies podem ser indicadas por iniciais dos nomes, por exemplo: HIV indica o Human Immunodeficiency Virus (vírus da imunodeficiência humana), que é o vírus da AIDS. As espécies podem ainda ser divididas em variedades, tal como ocorre com o HIV (dividido nas variedades HIV-1 e HIV-2).

Sua aparência é variável e podem ter a forma de cubo, redonda, de um poliedro, de bastão, além de outras formas. Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidas, os vírus representam 3.600 espécies parasitando células vivas de bactérias, protozoários, fungos, animais e vegetais (CDCC/USP, s.d.)

MARTHO (1990), LINHARES e GEWANDSZNAJDER (2011) relatam sobre a história do estudo do vírus, que teve início com pesquisas feitas por Adolf Mayer em 1883. Mayer, através de sua pesquisa, descobriu que o caldo extraído de folhas doentes de tabaco transmitia essa mesma doença para uma planta sadia, porém enganou-se ao achar que esse fato se devia a uma bactéria. Já o cientista russo Dmitri Ivanowsky, em 1892, ao estudar a mesma doença chamada ‘mosaico do tabaco’, aplicou em seus experimentos o extrato das plantas infectadas através de filtros capazes de reter bactérias. Ainda assim o material manteve-se infectante, o que o levou a concluir que a doença era provocada por microorganismos menores que bactérias.

O trabalho destes cientistas teve prosseguimento com o cientista americano Stanley Wendell, que, em 1935, no Instituto Rockfeller em Princeton-NJ, descreveu o vírus como sendo uma estrutura composta de cristais em forma de agulha e tendo as propriedades químicas de uma proteína. Wendell questionava-se como era possível este “organismo da

natureza” (uma das formas usadas por ele para se referir ao vírus), com sua capacidade de infectar e se multiplicar, ser também uma molécula inerte.

As pesquisas de Wendell acabaram influenciando a medicina, pois suas investigações científicas o levaram a desenvolver uma vacina inativada da gripe viral, posteriormente fabricada em escala comercial (GERALD, 2005).

2.1.1 MECANISMO DE REPRODUÇÃO DE UM VÍRUS BACTERIÓFAGO

Os vírus, como sabemos, podem ser DNA vírus e/ou RNA vírus. Cada qual deles apresenta um mecanismo especial de reprodução. Para o presente trabalho, é interessante evidenciar a reprodução de um DNA vírus, o bacteriófago.

Os cientistas Alfred Hershey e Martha Chase, em 1952, estudaram o mecanismo de reprodução viral utilizando um fago (vírus que infecta bactérias) e descobriram que é o DNA o responsável pela transmissão das características hereditárias. Neste experimento, a estrutura do ácido nucléico viral estava marcada com materiais radioativos, o que comprovou ser o DNA o portador da informação genética (FUNDAÇÃO CECIERJ, 2009).

O processo começa com o encaixe das fibras da cauda do vírus na membrana da bactéria. A cauda então se contrai e injeta o DNA na célula. A cápsula, vazia, fica no lado de fora. No interior da célula, o DNA do vírus comanda a produção de uma enzima que inativa o DNA da bactéria, assumindo o comando de seu metabolismo. Usando os nucleotídeos e as enzimas da bactéria para fabricar cópias suas, o vírus fabrica também novas cápsulas. As novas cápsulas se associam às cópias do DNA e de 100 a 200 novos vírus são formados. Um dos genes virais produz uma enzima que digere a parede celular bacteriana, provocando a ruptura e morte da célula (bactéria). Esse processo transcorre em cerca de meia hora e cada novo vírus formado pode infectar uma nova bactéria (LINHARES e GEWANDSZNAJDER, 2011, p.28).

A partir dos experimentos de Hershey e Chase, os cientistas James Watson e Francis Crick, decifraram a estrutura da molécula do DNA em 25 de abril de 1953. Tal descoberta foi considerada a contribuição mais importante para a biologia depois dos estudos de Charles Darwin (1859) e Gregor Mendel (1866).

Foi, portanto, a partir do estudo do vírus que a Biologia ampliou seus horizontes e compreendeu como ocorre a transmissão das características hereditárias. Os avanços científicos foram ainda mais significativos no século XX com o surgimento da engenharia genética e uso do vírus como uma ferramenta na produção de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) ou transgênicos.

2.2 ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

A Biotecnologia iniciou seu desenvolvimento em meados do século XlX com os experimentos de Mendel, porém esta já era utilizada anteriormente em processos artesanais para produção de pães, iogurtes, vinho, cerveja e outros alimentos. Entretanto, a biotecnologia dita moderna e o uso dos transgênicos passou a configurar uma ciência somente a partir dos anos 50, após ser decifrada a estrutura do DNA (CIB, 2012).

Transgênico ou Organismo Geneticamente Modificado (OGM) é toda entidade biológica cujo material genético (DNR/RNA) foi alterado por meio de qualquer técnica de engenharia genética, de uma maneira que não ocorreria de forma espontânea na natureza. A Biotecnologia permite que genes individuais selecionados sejam transferidos de um organismo para outro (inclusive entre espécies não relacionadas), bem como torna possível transferir de forma controlada genes específicos de uma espécie doadora para outra receptora (COSTA E BORÉM, 2003).

Outra definição para OGM publicada em revista do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB, 2012) define os transgênicos ou organismos geneticamente modificados como aqueles que recebem um ou mais genes de outro organismo e passam a expressar uma nova característica de especial interesse. Deste modo, os OGMs são usados especialmente para criar plantas mais produtivas e resistentes a ataques de pragas, para o cultivo de alimentos e também para tratar ou curar doenças. 2.2.1 O VÍRUS COMO VETOR DA ENGENHARIA GENÉTICA

Como o vírus apresenta uma estrutura genética simples, é possível utilizar-se dele como ferramenta na Engenharia Genética. O vírus AAV (Vírus Adeno-Associado) e principalmente o vírus bacteriófago conhecido como fago lambda, por exemplo, são de grande utilidade na biotecnologia ou Tecnologia do DNA Recombinante.

O fago lambda possui genes essenciais, indispensáveis à reprodução, e também genes não essenciais, cuja presença é irrelevante para a multiplicação viral. Os genes essenciais produzem as proteínas da cápsula e as enzimas que atuam na duplicação do DNA viral, ficando localizados nas extremidades do cromossomo do vírus. Já os genes não essenciais estão relacionados aos processos de recombinação entre moléculas de DNA e se localizam na região mediana do cromossomo viral, sem interferir na reprodução do vírus, sendo, portanto, dispensáveis (ARIAS, 2004).

Fazendo uso dessa premissa, a região mediana do cromossomo viral pode ser retirada e substituída por um pedaço de DNA de outro organismo. Sendo assim, quando o cromossomo viral se multiplica, o DNA estranho incorporado a ele também será multiplicado.

Os cientistas têm utilizado essa técnica para conseguir a multiplicação de genes importantes a fim de obter grande número de cópias, permitindo o estudo de sua aplicação em diversos organismos. Os vírus produzidos através desse processo são geneticamente modificados ou inativados e seguem seu curso como vetores na engenharia genética, auxiliando na produção de medicamentos, na produção de alimentos, na prevenção e tratamento de doenças.

Um exemplo de terapia genética com o uso do vírus AAV é o medicamento Glybera, que atua corrigindo uma doença genética rara conhecida como LPLD (LIPASE LIPOPROTEICA DEFICIÊNCIA) relacionada a não digestão da gordura. Ocorre a troca do gene mutante por um gene selvagem, corrigindo o problema. O primeiro passo em sua descoberta foi achar um meio pelo qual o gene na sua versão selvagem seria levado até o interior das células para tomar o lugar daquela que funciona erradamente. Pouco tempo depois, concluiu-se que a melhor forma de se fazer isso era utilizar um vírus. Esta estratégia acabou então se popularizando através da expressão “cavalo de Tróia” (OLIVEIRA, 2013).

De maneira similar, aplicou-se esta técnica para tratamento de certos tipos de câncer. Uma delas reside no combate ao melanoma, a forma mais grave dos cânceres de pele. Cientistas da Universidade de San Diego dotaram o vírus do herpes com instruções genéticas que permitem ao organismo destruir as células tumorais e ter o sistema de defesa fortalecido. No Instituto de Ciências Biomédicas da USP, os cientistas estudam possíveis reparos no DNA que podem proteger contra o carcinoma, outro tipo de câncer de pele (OLIVEIRA, 2013).

3. PROBLEMA DE ESTUDO

O vírus é popularmente conhecido como vilão da saúde humana, especialmente por ser conhecido como causador de graves e letais doenças. A própria definição da palavra vírus vem do latim e significa fluído venenoso ou toxina.

Conforme definição do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2009), vírus são:

Micróbio responsável por doenças contagiosas: o vírus da poliomielite. // Vírus filtrável, micróbio invisível ao microscópio comum, cuja dimensão é de 20 a 300 milimícrons, e que atravessa os filtros de porcelana, determinando certas afecções no homem (raiva, varíola, poliomielite, sarampo, escarlatina, gripe), nos animais (febre aftosa) e nos vegetais (mosaico). (Os vírus desenvolvem-se unicamente no interior de células vivas.).

Já os autores SILVA JR., SASSON e CALDINI JR. (2010) conceituam

vírus como sendo organismos acelulares, basicamente formados por um ácido nucléico (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula protéica (capsídeo).

Classificam ainda os vírus como parasitas intracelulares obrigatórios que infectam as células dos demais seres vivos, causando alterações no metabolismo da célula parasitada, desenvolvendo um quadro de doença no organismo infectado que pode ocasionar a sua morte.

Das diversas definições sobre vírus, percebe-se que este termo está sempre associado às doenças por ele causadas. Para reforçar ainda mais esta idéia negativa, diariamente as mídias trazem informações sobre as epidemias causadas por esses agentes infecciosos.

Tais veículos de comunicação buscam apenas alertar a população sobre riscos à saúde, porém acabam alimentando o temor à figura do vírus. Como exemplos de notícias vinculadas diariamente que reforçam seu lado negativo, temos:

� Vigilância Sanitária alerta para novo vírus derivado da dengue (AB1, 2013);

� Paraná tem 52 cidades com epidemia de dengue, diz Secretaria da Saúde - reportagem realizada pelo caderno G1 PR em 01/04/2013;

� Saúde confirma morte por dengue em Umuarama - reportagem de Larissa A. Sato (2013) para o jornal online Odiario.com;

� SESA confirma mais uma morte por dengue na região Noroeste - reportagem publicada na Gazeta do Povo em 19/05/2013;

� Segunda morte pelo vírus H1N1 é confirmada em Jundiaí, SP - reportagem publicada no Caderno G1 em 14/05/2013.

� Vírus H1N1 mata dois no Paraná - reportagem publicada pelo CBN Notícias em 25/05/2013.

Além do vírus da dengue e da gripe A (vírus H1N1), ainda circulam

inúmeras notícias de alerta sobre o vírus da AIDS, que é tido como a pior dentre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Veicula-se também sobre outras viroses, a saber: sarampo, herpes, caxumba, conjuntivite viral, entre outras.

Entretanto, o vírus não é apenas causador de terríveis doenças, ao contrário do que se pensa. Esse ser vivo é de fundamental importância nos dias de hoje, pois tem um papel primordial na engenharia genética.

Além de ter sido a peça chave para a descoberta de que o DNA (Ácido Desoxirribonucléico) é a molécula que guarda as informações genéticas de quaisquer seres vivos, o vírus vem sendo utilizado como um vetor para o desenvolvimento de Organismos Geneticamente Modificados, segundo estudos atualmente publicados (OLIVEIRA, 2013; MANARINI, 2013; CIB,2012).

3.1 A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E COLETIVA DO CONHECIMENTO

Instigamos os alunos a pesquisar na mídia textos referentes à temática de estudo objeto de estudo do projeto, ou seja, o vírus.

A intenção foi mostrar que o conhecimento se constrói coletivamente e que na sala de aula, precisamos relacionar as informações, contextualizá-las. Essa preocupação, que muitas vezes passa despercebida, ajuda a valorizar ainda mais o papel histórico da ciência, tão destacada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008). Muitos autores relacionaram as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem à ausência da historicidade do conhecimento, o que delimita, impede que o aluno amplie a sua visão sobre a ciência.

Possivelmente um dos entraves no processo ensino-aprendizagem está na visão positivista de ciência, ainda muito presente, que impõe uma racionalidade técnica que torna o professor responsável pela detenção de verdades descobertas, que transmite aos seus alunos como prontas, acabadas, inquestionáveis (SCHEID; FERRARI; DELIZOICOV, 2005, p. 224).

Mesmo sabendo do desafio que seria propor aos alunos que começássemos a buscar na mídia essas informações, queríamos, além de incentivar a leitura, provocamos para que conhecessem e se apropriassem de outras fontes de leitura, de informação e de conhecimento que são ofertadas pela mídia, pois o que ocorre é que, geralmente, os educandos obtêm informação científica apenas nos livros didáticos e os professores não fazem questão de despertar e informar sobre outras fontes de conhecimento. A leitura de mundo também se faz através de filmes, rádio, televisão, periódicos, textos disponibilizados na web, pois são fonte propícia para a aquisição de novos saberes e sempre mais atualizados do que o livro didático. A ciência, como sabemos, é um processo de produção do conhecimento, uma atividade humana e histórica associada a aspectos de ordem social, política e cultural e sugere que as atividades no Ensino de Biologia deveriam se apropriar desses aspectos para ir além da transmissão do conhecimento.

O interesse em aprender e a curiosidade são despertados quando os educandos aprendem a associar os conteúdos de sala de aula com as informações presentes no cotidiano, oriundas das mais diversas fontes midiáticas. A idéia foi estabelecer uma relação estreita entre conteúdo de sala de aula e conteúdo atualizado da mídia no que se refere ao vírus e seu importante papel como uma ferramenta na engenharia genética.

O terceiro milênio está marcado pelos grandes avanços em todas as áreas o conhecimento humano e talvez o maior deles esteja no campo da informação, pois recebemos rapidamente notícias sobre todos os acontecimentos e todos os assuntos.

Grande volume de informações chega até nós através das mais variadas mídias (rádio, televisão, periódicos e internet), porém nem toda a população consegue apropriar-se de todo o conteúdo disponível e convertê-lo em

conhecimento de modo a aprimorar sua formação acadêmica e suas práticas cotidianas.

Este fenômeno da informação ocasionou o surgimento de uma síndrome popularizada sob o nome de “infoxicação”, termo este cunhado pelo psicólogo britânico David Lewis, em 1996. Este neologismo surgiu da junção das palavras “informação” e “intoxicação” e o físico espanhol especialista em tendências da informação, Alfonso Cornellá, a analisa como sendo a escassez de tempo para analisar a inundação de informações a que estamos sujeitos (CORNELLA, 2011).

A síndrome recebe o nome de Síndrome da Fadiga Informativa e ocorre, segundo David Lewis, quando as pessoas se sentem incapazes de lidar com o grande volume de informação disponível, gerando situações de dúvida e ansiedade devido ao bloqueio em sua capacidade analítica, o que acaba resultando em conclusões precipitadas e distorcidas sobre um fato ou conhecimento (ISTOÉ, 27/05/2011).

Por consequência, os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também estão sujeitos à infoxicação, apresentando uma visão distorcida sobre certos temas pertinentes à Biologia. No presente estudo, é interessante salientar o baixo nível de conhecimento apresentado pelos estudantes sobre a temática do vírus.

No Projeto de Intervenção Pedagógica, propusemos o desenvolvimento de atividades que possibilitassem uma grande participação do educando na construção do conhecimento atualizado sobre o tema vírus e que também ao instigassem a usar das mesmas fontes para se apropriar de conhecimento com qualidade e visão crítica.

Buscamos nos referenciar nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio - Brasil (2006, p.25) o respaldo e a autonomia para inovar na sala de aula, ao incentivarem que:

A escolha de um outro caminho depende, primeiro, do projeto pedagógico elaborado pela escola, considerando a realidade regional e a de seus alunos. A partir dessa construção coletiva, o professor, em sala de aula organiza o trabalho procurando, em situações particulares, os caminhos mais significativos para seus alunos.

Segundo Santos (2011, p. 62), é necessária a adoção de recursos

pedagógicos que proporcionem a aquisição de conhecimento científico. As estratégias de ensino-aprendizagem oportunizadas aos educandos

buscaram criar um ambiente agradável, descontraído e acolhedor, que valorizasse seus conhecimentos, desenvolvesse sua auto-estima, incentivasse a participação e a socialibização do conhecimento.

Desenvolvendo junto ao educando atividades que o levassem o aluno a pensar na ciência como meio de transformação da sociedade, sendo a

escola uma das instituições responsáveis pela divulgação do conhecimento científico.

A primeira atividade proposta utilizou a técnica de Brainstorming (ou “tempestade de ideias”) para uma primeira análise do conhecimento dos discentes sobre o tema vírus. Seu fechamento aconteceu com a confecção de um cartaz.

Os passos para a correta aplicação da metodologia Brainstorming bem como dicas para sua elaboração de forma eficiente podem ser Encontrados na Revista VOCÊ S/A, edição 181, disponível no sítio: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/181/noticias/como-fazer-um-brainstorming-eficiente?page=1>.

Outras atividades similares e alguns exemplos de aplicação do método podem também ser encontrados no Portal do Ministério da Educação, bem como através do caderno de oficinas disponível no sítio a seguir: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Pradime/cader_ofi_3.pdf>.

Seguiu-se a ela, como segunda atividade proposta, uma aula expositiva dialogada onde foram exibidos alguns trechos previamente selecionados do filme “Gattaca - Experiência Genética” (1997) e do filme “O Legado Bourne” (2012). Este último filme, foca o uso do vírus como vetor na engenharia genética. Como terceira e última atividade proposta foi apresentada a construção de um mapa conceitual sobre o objeto de estudo. Desta maneira, foi possível ao docente avaliar os conhecimentos adquiridos pelos educandos ao longo da aplicação do projeto, comparando os cartazes construídos na atividade 01 e o mapa conceitual fruto desta terceira e última atividade. Parte do material produzido foi postado no Blog do C. E. Dezenove de Dezembro.

Os Mapas Conceituais foram desenvolvidos por Joseph D. Novak em 1960 e baseiam-se na Teoria da Aprendizagem Significativa (AUSUBEL, NOVAK E HANESIAN,1980 apud CORAIOLA, 2007, p.46) e têm como principal objetivo a representação gráfica de um conjunto de conceitos acerca de determinado tema.

A técnica consiste na organização de uma rede onde os conceitos são interligados entre si, formando teias de conhecimento. Através dela, o educando pode construir um Mapa Conceitual partindo de algo já conhecido e incorporar novos conceitos a respeito de determinado assunto.

Para construir um Mapa Conceitual, deve-se proceder da seguinte forma (CORAIOLA, 2007, p.47):

a) Escrever os conceitos chaves do conteúdo proposto para a construção do Mapa Conceitual;

b) Organizar estes conceitos de maneira que os que estabelecem alguma relação entre si fiquem próximos e também deve ser observado o grau de importância de cada conceito;

c) Ligar estes conceitos com linhas e com setas, quando necessário for indicar uma direção de leitura;

d) Entre cada conceito identificar através de uma frase ou apenas de um verbo, qual a relação de um conceito a outro.

Informações adicionais sobre Mapa Conceitual podem ser encontradas

em: � <http://www.visualthesaurus.com/> - sítio com busca de mapas

conceituais a partir de qualquer conceito. Realiza a pesquisa de substantivos, adjetivos, verbos e advérbios relacionados à palavra escolhida.

� (Link direto para o aplicativo: http://www.visualthesaurus.com/app/view. � Outra sugestão é o Edraw Mind Map, um software livre no qual os

docentes e/ou os discentes podem criar seu próprio mapa conceitual. � Software disponível no domínio: http://www.edrawsoft.com/MindMap.php

O educando, visto como ente capaz de analisar os fatos a partir das

suas próprias ideias, tem no docente, segundo Oliveira (2005, p.11), aquele mantendo a visão no conhecimento científico que pretende ensinar, discute as diversas interpretações e permite que as diversas leituras realizadas pelos alunos sejam confrontadas com as da ciência e com estas se inter relacionem.

4. METODOLOGIA

Com a finalidade de desenvolver uma nova visão sobre o tema vírus nos educandos da Educação de Jovens e Adultos propusemos atividades que possibilitaram uma aprendizagem dinâmica, exigindo participação coletiva atrelada à leitura e reflexão sobre o tema apresentado na mídia.

Na elaboração da Produção Didático-Pedagógica utilizamos uma sequência de atividades que se iniciaram com a tempestade de ideias, passando pela construção de texto e cartaz sobre o conhecimento prévio dos educandos sobre os vírus, leitura de periódicos que enfocam o vírus como uma ferramenta genética, aula expositiva sobre a reprodução viral e conceitos de engenharia genética, exibição de trechos selecionados dos filmes Gattaca e filme O Legado Bourne, pesquisas na internet apontando a utilização do vírus na medicina e a construção do mapa conceitual contendo os conhecimentos apropriados pelo educando após as atividades de ensino-aprendizagem ofertadas.

Durante o desenvolvimento da técnica tempestade de ideias ou brainstorming, todos os educandos apresentaram o seu conhecimento sobre o tema vírus. Toda colaboração foi registrada no quadro negro e nos cadernos, e todo conhecimento foi valorizado. Nesta etapa buscamos saber qual mídia foi a fonte deste conhecimento: rádio,jornal,periódico, telejornal, internet. Constatamos que as maiores fontes de informação para aquele

grupo de alunos era a televisão e o rádio, seguida do jornal. Revista foi mencionada, como fonte de leitura, por um único estudante.

Foram ofertadas aos educandos aulas expositivas sobre os seres vivos vírus. Sendo repassados conhecimentos sobre a estrutura viral, tipos de vírus, formas virais, a história do vírus e um destaque especial foi dado para a reprodução viral, enfocando que a partir do conhecimento desse mecanismo de reprodução e que ficou reconhecida o papel do DNA como transmissor das características hereditárias.

Foram exibidos trechos dos filmes Gattaca: uma experiência genética e O Legado Bourne. No primeiro filme fica mais caracterizada a genética. Apresentamos aos alunos conceitos sobre engenharia genética, clonagem, transgênicos e ferramentas de engenharia genética, destacando o vírus como uma delas. Realizamos a exibição de trechos de segundo filme. O Legado Bourne, onde o vírus é apresentado como uma ferramenta da engenharia genética, melhorando o desempenho físico e mental dos soldados envolvidos no experimento. Cada aluno foi convidado a tecer um comentário, associando o filme aos conhecimentos de sala. As participações foram registradas pela professora. Como uma terceira atividade reforçando as informações sobre a utilidade dos vírus, foi apresentada reportagem das revistas Isto É e Veja, trazendo matéria sobre a utilização do virus na fabricação de medicamentos para cura de diabetes e um tipo de leucemia infantil. Essa etapa foi finalizada com a confecção de cartazes abordando temas sobre as características virais, a reprodução viral, a engenharia genética, os dois filmes assistidos, e as viroses mais conhecidas.

Apresentamos aos educandos um mapa conceitual construído sobre a reprodução de um vírus bacteriófago. Ensinamos a técnica para construir um mapa conceitual.

Convidados a formarem equipe com três alunos, os educandos receberam papel sulfite, régua, canetas, instruções escritas sobre a elaboração de um mapa conceitual. Cada equipe construiu um mapa sobre vírus, em que os conhecimentos sobre os seres vivos , a ação do vírus no organismo humano e sua aplicação como uma ferramenta genética, fosse demonstrada.

Ofertamos assim, aos educandos a possibilidade de desenvolver um novo olhar sobre os vírus.

Buscamos desenvolver as atividades conforme sugerido na Produção Didático Pedagógica, como critério de organização e acompanhamento por parte da Equipe Pedagógica da escola e também dos professores da rede que acompanharam a Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola através do Grupo de Trabalho em Rede (GTR).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os educandos de hoje aprendem de modos diferentes, são tecnológicos, lúdicos e dinâmicos. Atingi-los na aprendizagem exige um ensinar de modos também diferentes, com métodos claros e objetivos que despertem o interesse e a participação na construção do conhecimento.

O projeto despertou nos educandos a busca por outras fontes de conhecimento, além do livro didático, fontes essas ofertadas pela mídia, presente no rádio, no jornal, na revista, no telejornal, na internet. Valorizou a participação de cada estudante, mostrando que aprender é também tarefa que se realiza individualmente e também coletivamente.

Alguns educandos indicaram variados filmes que envolviam a temática vírus, outros indicaram vídeos da internet sobre o tema, outros trouxeram reportagens sobre doenças virais em jornais de grande e de pequena circulação. Tudo isso de forma espontânea, demonstrando que as informações se transformaram em conhecimento e que aprenderam que aprender é dinâmico e proveitoso. Aprenderam a buscar o conhecimento que está contido na informação oriunda de variadas fontes. Aprenderam também que os seres vivos vírus desempenham papéis relevantes na engenharia genética e na medicina.

Apenas fica uma ressalva, a de que, as reformas estruturais realizadas nas dependências do C. E. Dezenove de Dezembro, durante a Implementação do Projeto de Intervenção Didático Pedagógica, impossibilitaram o acesso dos educandos às informações contidas na web, já que o laboratório de informática permaneceu inoperante.

Os colegas docentes que participaram do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) aplicaram o projeto em suas escolas, elogiaram as técnicas apresentadas para a aplicação do projeto “Um novo olhar sobre o vírus”, indicaram sites, filmes e revistas científicas. Avaliaram o referido tema como muito relevante, de conteúdo informativo e formativo, além de destacarem sua apresentação simples e agradável. Alguns docentes descobriram, através desse projeto, a técnica brainstorming e a técnica do mapa conceitual, passando a adotá-los em suas práticas didáticas, facilitando o ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AYRES, Marcus. SESA confirma mais uma morte por dengue na região Noroeste. Gazeta do Povo. Disponível em: <http://www.gazetamaringa.com.br/online/conteudo.phtml?id=1361329>. Acesso em: 29 abr. 2013.

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