os efeitos do treinamento funcional em ... que o praticante possua graça, leveza e delicadeza....
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Aline Daiana Santos
Maria Ana Modesto Nicolielo
Mayara Rocha de Oliveira
OS EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL EM
PRATICANTES DE BALLET CLÁSSICO
UniSALESIANO
Lins – SP
LINS – SP
2017
ALINE DAIANA SANTOS
MARIA ANA MODESTO NICOLIELO
MAYARA ROCHA DE OLIVEIRA
OS EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL EM PRATICANTES DE
BALLET CLÁSSICO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação da Prof.ª Esp. Kátia Maíra Campos Moreira Paccola e orientação técnica da Prof.ª M a. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2017
Santos, Aline Daiana; Nicolielo, Maria Ana Modesto; Oliveira, Mayara Rocha.
Os Efeitos de treinamento funcional em praticantes de Ballet Clássico. / Aline Daiane Santos; Maria Ana Modesto Nicolielo; Mayara Rocha de Oliveira. – – Lins, 2016
64p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Bacharel em Educação Física, 2016
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Katia Maíra Campos Moreira Paccola
1. Treinamento Funcional. 2. Capacidades Funcionais. 3. Ballet Clássico. I Título.
CDU 796
S233e
ALINE DAIANA SANTOS
MARIA ANA MODESTO NICOLIELO
MAYARA ROCHA DE OLIVEIRA
OS EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL EM PRATICANTES DE
BALLET CLÁSSICO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Educação Física
Aprovada em: _____/______/_____
Banca Examinadora:
Prof. (a). Orientador (a): Katia Maíra Câmara Moreira Paccola
Titulação: Especialista em Exercício Físico e Reabilitação pelo Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium
Assinatura: ________________________________
1º Prof (a): _____________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
2º Prof (a): _____________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
“Só quando o próprio aluno tiver realizado uma experiência,
feito as suas observações, e avançado conclusões sem saber a
resposta de antemão, será capaz de perceber o que é a ciência”.
Helen Pilstrom (1991)
Agradecendo a quem mais lutou para estar aqui dentro de 4 anos, muita
luta até o dia de hoje.
Primeiramente a nós mesmas, que merecemos esse mérito por todas as
circunstâncias, que quase fizeram a gente interromper o grande sonho.
Ao nascimento de duas pequenas pessoas que proporcionam garra á
continuação dessa realização.
A todos os maravilhosos professores e suas competências, ao
companheirismo de nossos parceiros de sala e a nossa grande família.
Beijos Aline
Agradecer a DEUS eu agradeço todos os dias, mais poderia começar
diferente, meu filho que nasceu no primeiro ano de faculdade, foi com
certeza minha maior inspiração e fonte de forças
Meus pais
Aos meus pais minha digníssima mãe que a todo momento foi meu
suporte meu alicerce, que inúmeras vezes de fraqueza me fez acreditar
em mim e não desistir de continuar. Obrigada minha mãe eu te amo e
sou grata pela criação que dá ao nosso filho na minha ausência, pois
você sim me mostrou os valores da vida.
Meu pai, que eu tenho orgulho em parecer com você, nosso gênio forte e
personalidade de liderança, que sempre soube me mostrar o pai que
também devo ser. Um homem firme de coração gigante que me mostrou
que para tudo você estaria ali, que não me deixaria sozinha mesmo
depois de ser mãe, continuarei sendo sua caçula. Muito obrigada. AMO
VOCÊS!
Beijos Maria Ana
Tantas pessoas para agradecer, mais tenho que começar por DEUS, sem
a força divina dele me abençoando todos os dias, durante esses 4 anos
não chegaria até aqui.
Não posso deixar de agradecer minha tia Denise que esteve ao meu lado
sempre quando precisei
Muitas coisas aconteceram durante esse tempo DEUS além de dar fé me
deu um anjo para cuidar, uma princesa, minha filha Maria Paula, quem
me deu mais energia ainda para continuar lutando para um futuro
melhor para nós.
Além da minha família, tenho que agradecer a Heleni avó paterna, que
sempre rezou por mim, que me deu forças e nunca me deixou desistir.
Não posso deixar de agradecer os professores, a nossa orientadora Katia,
aos amigos, minhas parceiras de TCC, que foram fundamentais nisso
tudo e a todas meninas envolvidas na parte prática do tcc.
Beijos Mayara
RESUMO
O ballet clássico tem como característica movimentos de leveza, exigindo do praticante o domínio de algumas capacidades físicas, como a força e flexibilidade. Portanto são necessários treinamentos específicos que consigam estimular e desenvolver tais capacidades, facilitando a busca pelo melhor desempenho. Desta forma o treinamento funcional torna-se uma importante ferramenta neste processo, pois estimula o corpo humano de maneira a adaptar para as atividades normais da vida cotidiana, como também para movimentos específicos de modalidades esportivas, danças, entre outros. Posto isso, o presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos do treinamento funcional sobre as capacidades físicas de força abdominal,força dos membros inferiores, equilíbrio e flexibilidade. A pesquisa desenvolveu-se com alunas frequentes das aulas de ballet clássico, do sexo feminino, idade entre 09 a 14 anos, com pelo menos 1 (um) ano de pratica. Foram divididos em grupo B (praticantes de ballet) e grupo BF (praticantes de ballet e treino funcional), sendo aplicados testes de flexibilidade, equilíbrio, força dos membros inferiores, e força abdominal pré e pós ao treinamento funcional aplicado. A duração do treinamento foi de 10 semanas, com freqüência semanal de duas sessões por semana intercalados com as aulas de ballet clássico. Para comparação dos resultados, foi utilizado o Test-T e adotou-se um nível de significância de p ≤ 0,05. Diante desta análise, observou-se que não houve um resultado significante nas comparações dos grupos, mas uma tendência de melhora no grupo BF. Pode-se concluir que o treinamento funcional pode ser relevante na busca pela melhoria do desempenho de praticantes do ballet clássico.
Palavras–chaves: Treinamento Funcional. Capacidades Físicas. Ballet Clássico.
ABSTRACT
Classical ballet is characterized by movements of lightness, requiring the
practitioner to master some physical abilities, such as strength and flexibility.
Therefore, specific training is needed to stimulate and develop these capacities,
facilitating the search for the best performance. In this way functional training
becomes an important tool in this process, since it stimulates the human body in
a way that adapts to the normal activities of daily life, as well as to specific
movements of sports modalities, dances, among others. Therefore, the present
study aimed to verify the effects of functional training on the physical capacities
of abdominal strength, lower limb strength, balance and flexibility. The research
was developed with frequent students of classic ballet classes, female, aged
between 9 and 14 years, with at least one (1) year of practice. They were
divided into groups B (ballet practitioners) and group BF (ballet and functional
training), being tested flexibility, balance, lower limb strength, and pre and post
abdominal strength applied functional training. The duration of the training was
10 weeks, with weekly frequency of two sessions per week interspersed with
the classic ballet classes. To compare the results, the T-test was used and a
significance level of p ≤ 0.05 was adopted. In this analysis, it was observed that
there was no significant result in the comparisons of the groups, but a trend of
improvement in the BF group. It can be concluded that functional training may
be relevant in the quest for improving the performance of classical ballet
practitioners.
Key-words: Functional Training. Physical Capabilities. Classic ballet.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Sapatilhas ponta e meia ponta .......................................................... 19
Figura 2: Ballet Clássico Brasileiro ................................................................... 21
Figura 3: Posições do Ballet ............................................................................. 23
Figura 4: Passos do Ballet ................................................................................ 23
Figura 5: Passos do Ballet ................................................................................ 24
Figura 6: Demi Plie Grand Plie .......................................................................... 24
Figura 7: Materiais de Treinamento Funcional .................................................. 33
Figura 8: Teste sentar e Alcançar ..................................................................... 36
Figura 9: Salto Vertical ...................................................................................... 37
Figura 10: Força Abdominal .............................................................................. 38
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Características Biométricas do Grupo B ........................................... 38
Tabela 2: Características Biométricas do Grupo FB ......................................... 39
Tabela 3: Apresentação dos dados de Força de Membros Inferiores, Salto
Vertical com livre movimentação dos membros superiores (Matsuda1995), dos
participantes entre o Grupo B e Grupo FB. ....................................................... 39
Tabela 4: Apresentação dos dados de Força Abdominal dos participantes entre
o Grupo B e Grupo FB ...................................................................................... 40
Tabela 5: Apresentação dos dados de Flexibilidade, Sentar e Alcançar dos
participantes entre o Grupo B e Grupo FB ........................................................ 40
Tabela 6: Apresentação dos dados de Equilíbrio dos participantes entre o
Grupo B e Grupo FB ............................................ Erro! Indicador não definido.
Tabela 7: Apresentação dos dados de Equilíbrio dos participantes entre o
Grupo B e Grupo FB ......................................................................................... 40
Tabela 8: Apresentação dos dados de Flexibilidade, Sentar e Alcançar dos
participantes entre o Grupo B e Grupo FB ........................................................ 41
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IMC: Índice de Massa Corporal
B: Grupo Ballet
CORE: Treinamento da região central
FB: Grupo Funcional e Ballet
TRX: Fita de treinamento suspenso
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15
1 CONCEITOS PRELIMINARES ................................................................ 17
1.1 Dança ...................................................................................................... 17
1.1.1 Ballet Clássico ..................................................................................... 18
1.2 Ballet Clássico no Brasil .......................................................................... 20
1.3 Posições do Ballet ................................................................................... 22
1.3.1 Alterações Posturais ............................................................................ 25
1.4 Treinamento funcional ............................................................................. 25
1.4.1 Treinamento funcional no ballet clássico ............................................. 27
1.5 Força dos membros inferiores ................................................................ 28
1.5.1 Equilíbrio .............................................................................................. 28
1.5.2 Flexibilidade ......................................................................................... 29
1.5.3 Força abdominal .................................................................................. 30
2 EXPERIMENTO ....................................................................................... 31
2.1 Procedimento .......................................................................................... 31
2.2 Amostra ................................................................................................... 31
2.3 Treinamento Funcional ........................................................................... 32
2.3.1 Treino ................................................................................................... 34
2.4 Protocolos de avaliação .......................................................................... 35
2.4.1 Equilíbrio estático ................................................................................ 35
2.4.2 Sentar e Alcançar ............................................................................... 35
2.4.3 Força dos membros inferiores ............................................................. 36
2.4.4 Força Abdominal .................................................................................. 37
2.5 Análise estatística ................................................................................... 38
2.6 Resultados .............................................................................................. 38
2.7 Discussão dos Dados ............................................................................. 41
2.8 Considerações Finais .............................................................................. 44
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 45
APÊNDICES ..................................................................................................... 50
ANEXOS ........................................................................................................... 64
15
INTRODUÇÃO
O ballet clássico é um exercício físico caracterizado por movimentos de
flexões e extensões, saltos e giros envolvendo velocidade e equilíbrio, além de
requerer que o praticante possua graça, leveza e delicadeza. (SILVA; FAYH,
2011).
Recentemente mulheres ocupam o desporto, estudos estão sendo alvo
de grandes resultados, a saúde é uma preocupação social.
A dança clássica possui muita exigência e quem a pratica esta sujeito a
grandes responsabilidades relacionadas ao corpo. A performance “ perfeita” é o
grande objetivo em suas técnicas diárias. Essa técnica é muito precisa e de
momentos exausto. Postura é fundamental para a performance de uma
bailarina.
Através de analises referencias do autor Salles, 2008 a alta performance
dessa modalidade acontece uma certa agressividade no corpo de uma
bailarina. O ballet clássico é uma dança praticada geralmente desde a infância,
pois desde cedo se inicia treinos físicos de alta intensidade para obter mais
disciplina e eficiência em sua pratica e desempenho.
Para isso, enfatizar a flexibilidade, postura e equilíbrio e força , são
vertentes necessárias para determinar e bom funcionamento.
Para estimular e desenvolver capacidades físicas, essências para a
melhoria do desenvolvimento do bailarino, o treinamento funcional pode ser
uma importante ferramenta, pois este treinamento está embasado na melhoria
dos aspectos neurológicos que afetam a capacidade funcional do corpo
humano, utilizando exercícios que desafiem os diferentes componentes do
sistema nervoso e que assim, estimulam sua adaptação, isto resulta em uma
melhoria das principais qualidades físicas. (SILVA, 2011). É preciso adquirir um
espaço significativo e recolher recursos metodológicos científicos para dar aos
alunos novas visões e conscientizar professores de dança das diferentes
formas para se desenvolver as aptidões físicas sem perder de vista o bailarino
em sua totalidade como ser humano. (SILVA, 2011).
Portanto este estudo tem como objetivo verificar os efeitos do
treinamento funcional sobre as capacidades físicas de equilíbrio, força de
16
membros inferiores, abdominal e flexibilidade, as quais podem determinar o
desempenho e qualidade técnica de uma bailarina.
A pesquisa é norteada pela seguinte questão: o treinamento funcional
pode melhorar o desempenho das capacidades físicas de equilíbrio, força de
membros inferiores, abdominal e flexibilidade das bailarinas?
Em resposta a este questionamento, pode-se levantar a seguinte
hipótese: o treinamento funcional estimula o corpo de maneira a adaptar as
bailarinas para ter um melhor desempenho e qualidade de movimentos.
17
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Dança
A dança é importante na humanidade há muito tempo, ela contribui para
o desenvolvimento motor e cognitivo, a pessoa passa a conhecer melhor seu
corpo, seus movimentos. É uma atividade prazerosa, faz bem para a saúde,
trabalha a memória, a postura, a coordenação, lateralidade, envolve amor,
ritmo, ela é uma forma de expressão cultural. A dança tira crianças da rua e dá
a oportunidade para a pessoa transmitir o seus sentimentos suas emoções,
sua cultura é muito ampla, vários tipos de danças e ritmos aonde corpo, mente
e espírito se torna um só.
A dança surge como primeira manifestação do homem. Ela é o elo com a estruturação dinâmica e gradual das outras possibilidades de expressão, tais como a música, a fala articulada e a expressão gráfica. Para o homem primitivo, a dança passou a ser manifestação da sua expressão evolutiva. Aprofundando-se ainda mais nessa vertente de pensamento, a dança pode ser tida como o elemento responsável pela sociabilidade do homem (BERTONI, 1992 p.7-9).
A mais antiga imagem da dança data do Mesolítico mais ou menos 8300
A.C, descoberta na caverna de Cogul, que fica na província de Lérida, na
Espanha. Outra imagem é fornecida pela observação de grupos cuja cultura se
identifica com a da Idade da Pedra. Esse é o caso dos bushmen da África do
Sul, com suas danças em torno de animais a serem abatidos.
Onde há movimento, há vida” (BAMBIRRA, 1993, p.21) se movimento é vida parece conveniente dizer que onde há vida há comunicação. Essa intercomunicação incita na transformação do movimento em uma gestualidade codificada.
Segundo Bambirra (1993) a dança surgiu com a própria humanidade na
união da música com o gesto. “O primeiro documento que apresenta um
humano indiscutivelmente em ação de dança tem 14000 anos; o período
histórico começa apenas cerca de oito séculos antes da nossa era”. No início a
dança servia como reverência ao sagrado e após uma longa trajetória parece
conveniente dizer que a dança na atualidade possui um sentido mais
significativo, mais abrangente, mais completo no que diz respeito a formação e
18
a educação do ser humano.
Acredita-se que a dança é uma forma de conhecimento, que pode
mobilizar e educar de uma forma mais companheira e menos opressora do que
diversas pedagogias. A dança permite a melhora das possibilidades,
potencialidades de movimento e a consciência corporal para atingir objetivos
relacionados à educação, saúde, prática esportiva, expressão corporal e
artística. (PRATI; PRATI, 2006).
Historicamente, a dança foi uma das primeiras comunicações corporais
proposta pelo homem. Seja qual fosse o propósito, a dança agia como forma
de manifesto e diálogo, ao passar dos anos foi tomando várias vertentes, e
atualmente opera em muitos espaços. (PRATI; PRATI, 2006).
Segundo o mesmo autor, nas intervenções que tem como principal foco
causar alguma modificação nos indivíduos que à assistem, a dança atua como
forma de despertador, despertar o interesse em quem assiste, seja
interpretando mensagens passadas ou estimulando à prática.
Com isso, o intuito do tema deste trabalho também foi pensado para
aprimorar a importância desse assunto e futuramente ter mais reconhecimento.
1.1.1 Ballet Clássico
A dança é fruto da necessidade de expressão do homem, essa
necessidade liga-se ao que há de básico na natureza humana, assim se a
arquitetura veio da necessidade de morar, a dança, provavelmente, veio da
necessidade de aplacar os deuses ou de exprimir a alegria por algo de bom
concedido pelo destino. (CANDIOTTO, 2007).
Ballet pode ser definido como uma arquitetura em forma de dança. É resultado da fusão de outras artes – música, pintura, poesia – com a dança. Pelo fato dos movimentos e das figuras que se formam no ar serem muitos e constantes, é a única forma de dança que não se limita às dimensões da terra. Ainda mais, o que essencialmente diferencia a dança do ballet, é que a primeira é fundamentalmente instintiva, enquanto o ballet é composto por diferentes passos, ligações, gestos e figuras já elaboradas para um ou mais intérpretes (ACHCAR, 1980, p.41).
Explicar em poucas palavras a diferença entre dança clássica e balé
torna-se um exercício difícil, pois a dança ou o ballet clássico baseia-se nas
19
cinco posições dos pés, criadas, originalmente, no séc. XVIII, são estas
posições que lhe dão a segurança e a estabilidade necessária para dançar. E
foram a partir dessas posições que foram criados os passos, muitos deles
inspirados em danças regionais. (ACHCAR, 1998).
De acordo com Puoli (2010, p.6):
Ballet pode ser definido como uma arquitetura em forma de dança. É resultado da fusão de outras artes – música, pintura, poesia – com a dança. Pelo fato dos movimentos e das figuras que se formam no ar serem muitos e constantes, é a única forma de dança que não se limita às dimensões da terra. Ainda mais, o que essencialmente diferencia a dança do ballet, é que a primeira é fundamentalmente instintiva, enquanto o ballet é composto por diferentes passos, ligações, gestos e figuras já elaboradas para um ou mais intérpretes.
O ballet clássico vem se desenvolvendo ao longo do tempo e sendo uma
percussora de muitas danças, que se utilizaram de sua base técnica e
estrutural, e mesmo aquelas surgidas em sua contestação ideológica. (PICON;
FRANCHI, 2007).
Esta modalidade de dança, se bem orientado, pode ser uma das bases
formativas para diversos tipos de dança, pois proporciona o domínio minucioso
das articulações que são solicitadas em todas as outras técnicas.
Fonte: Picon; Franchi, 2007,p.177
Figura 1: Sapatilhas ponta e meia ponta
20
Para sua pratica, as bailarinas clássicas utilizam em seus treinos e apresentações calçados específicos denominados sapatilhas, que podem ser de ponta e meia-ponta. Estas são confeccionadas em couro, lona, cetim, papéis especiais, palmilhas flexíveis e cola (PICON, 2004 apud PICON; FRANCHI, 2007, p.177).
Por muito tempo, a dança clássica e o balé clássico foram sinônimos.
Mas com o aparecimento de novas concepções coreográficas, o balé se dividiu
em balé “clássico” e balé “moderno”. O balé clássico continuou a ser sinônimo
de dança clássica, é arquitetura sob forma de dança, é também o produto da
fusão de outras artes (música, pintura e poesia) com a dança. O balé é a única
forma de dança que não se limita às dimensões da terra, pois seus movimentos
e figuras no ar são muitos e constantes. (ACHCAR, 1998).
O balé clássico é uma forma de atividade que requer muito empenho
físico. Essa prática é complexa e exige do bailarino desempenho de atleta. Por
isso, o desenvolvimento de aptidões físicas específicas para essa prática se
torna de grande importância para a execução e desempenho desta
modalidade. (MEEREIS et al, 2009).
1.2 Ballet Clássico no Brasil
A primeira companhia profissional do Brasil foi o Corpo de Bile do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro. Hoje, indubitavelmente, a maior companhia sofreu
diversos altos e baixos em virtude da situação administrativa. Vários grupos se
firmaram em todo país numa demonstração óbvia de que esta arte vem
obtendo cada vez mais adeptos e pode assim oferecer um campo novo de
trabalho ao artista brasileiro. Fora do Teatro oficial, diversos movimentos
independentes mudaram o panorama do ballet no Rio, abrindo novos
caminhos. (FARO, 2004).
O ballet, forma de expressão plástica, desenvolvido por meio do corpo, apresenta uma técnica de movimento específica extremamente complexa e elaborada. Engloba um conjunto de regras que para realizar o movimento com perfeição é preciso compromisso, dedicação e trabalho diário. Além disso, a história do ballet é formada por períodos de intensas descobertas e avanços técnicos, durante a qual uma visão perspicaz a codifica, desenvolvendo sua real e profunda aplicação como forma de arte (BERTONI, 1992 apud PUOLI, 2010, p. 20).
21
Figura 2: Ballet Clássico Brasileiro
Fonte: Google, 2004.
Para complementar a história do Ballet no Brasil, será utilizada também
uma descrição de Achcar (2001):
Nesses anos todos, eu vejo a evolução que a dança fez nesse país que é tão distante dos grandes centros internacionais, geográficos, e a cada vez que faço uma viagem percebo a facilidade que há na Europa, que é o berço da nossa civilização, como as crianças transitam pelos meios musicais, pelas artes plásticas, tecnologia, teatro, museus, como se isso fizesse parte de sua rotina. Aqui, no Brasil, são realizadas coisas muito pequenas e limitadas. Os eventos não são coisas naturais, enquanto na Europa as crianças estão vivendo aquilo. A nossa rotina é ir ao cinema, à casa de amigos e eventualmente tem um espetáculo de dança. Então fica muito difícil competir com uma informação natural que estas crianças recebem na Europa. Por outro lado, o fato de nosso país não ter uma tradição e um passado muito grande, tudo que vier para nós é absorvido com velocidade e uma capacidade de trocar e reverter em benefícios, porque não há o bloqueio. Somos um povo sedento de conhecimento e estamos crescendo enormemente, então isso é o benefício. Por outro lado, é preciso ter também responsabilidade. (ACHCAR, 2001, p. 22).
O conceito de que a arte reflete ou expressa à sociedade em que se
insere, poderia ser utilizado para analisar a evolução do Romantismo,
22
movimento que durou pouco, mas que teve grande influência em diversos
setores da atividade humana e artística, no Brasil, Klauss Vianna também
queria um balllet brasileiro e, mais que isso, tinha outro olhar para a técnica.
Segundo ele:
Quando uma técnica artística não tem um sentido utilitário, se não me amadurece nem me faz crescer, se não me livra de todos os falsos conceitos que me são jogados desde a infância, se não facilita o meu caminho em direção ao autoconhecimento, então não faço arte, mas apenas um arremedo de arte. (VIANNA, 2005, p. 73)
O ballet clássico é uma forma de manifestação artística e cultural que
vem evoluindo desde a segunda metade do século XVI, encantando a todo
mundo, em todas as idades realizando a sensibilidade de milhares de
executantes e expectadores, além de proporcionar um desenvolvimento técnico
praticamente insubstituível para a maior parte dos bailarinos em qualquer
tempo. (CAMINADA, 1999, apud FERREIRA, 2005, p.1).
1.3 Posições do Ballet
A rotação externa dos membros inferiores é a base para a maioria dos
movimentos. O grau de rotação externa na articulação coxo femoral é
determinado predominantemente pela estrutura óssea, características dos
ligamentos e o ângulo de anteversão pélvica (SAMPAIO, 1996).
Desta forma, Sampaio (1996) afirma que para garantir uma boa postura
nesta posição são necessários alguns princípios básicos:
a) Os pés devem suportar o peso do corpo do bailarino e o arco do pé
deve ser estimulado para cima para evitar sobrecarga na articulação
do hálux;
b) O quadril é a base para uma perfeita colocação postural, por isso é
essencial fortalecer os músculos glúteos e abdominais além de
promover o alongamento do quadríceps;
c) Posicionar as escápulas inferiormente, retrair os ombros, e contrair
os músculos oblíquos do abdômen para manutenção da postura; e
d) Os braços devem estar arredondados, e o cotovelo é o ponto mais
importante, pois suspende o braço e conduz os movimentos.
23
As cinco posições básicas dos pés no balé exigem uma máxima rotação
lateral dos membros inferiores, auxiliando na execução de outros movimentos.
Figura 3: Posições do Ballet
Fonte: MOTA VALENCIA, 2006
Outros movimentos básicos são os chamados plié e demiplié, que
consiste em um movimento onde o bailarino vagarosamente flexiona seus
joelhos na mesma linha dos pés que estarão em total rotação externa (em
dehours), juntamente com o quadril.
Figura 4: Passos do Ballet
24
Fonte: Mota Valencia, 2006.
A primeira posição em ponta do balé clássico consiste, principalmente,
na flexão plantar e manutenção do corpo ereto apoiado sobre o antepé o qual
forma a principal região de apoio e sustentação para a bailarina, exigindo um
grande esforço neuromuscular, fisiológico e ósseo.
Figura 5: Passos do Ballet
Fonte: Mota Valencia, 2006.
Os pliés (demi e grand) são feitos nas cinco posições de pés e pernas
estipuladas na técnica do ballet clássico e o mesmo “é encontrado em todos os
passos de dança, e por isso deve ser dada atenção particular a ele durante os
exercícios”
Figura 6: Demi Plie Grand Plie
25
Fonte: Google, 2009.
1.3.1 Alterações Posturais
Para Guimarães; Simas (2001) o balé clássico é caracterizado pela
busca constante de padrões de movimentos de grande amplitude articular, que
muitas vezes vão além dos limites anatômicos.
Por isso, Prati; Prati (2006) sugerem que o balé, como atividade física
que requer performance com maior perfeição técnica, talvez possa ao longo
dos anos de prática, ocasionar modificações anatômicas, biomecânicas,
morfológicas e físicas as quais podem desestabilizar o equilíbrio funcional das
praticantes, gerando desta forma alterações posturais.
Dentre as alterações posturais encontradas em bailarinas clássicas, de
acordo com Prati; Prati (2006) pode ser citada a hiperlordose, a inclinação
lateral do tronco e a hipercifose cervical.
O estudo de Pereira et al. (2008) utilizou a biofotogrametria
computadorizada para reportar os segmentos corporais alterados. Para os
autores a hiperlordose foi à alteração postural mais incidente, acometendo
91,3% das bailarinas.
1.4 Treinamento funcional
Treinamento Funcional está embasado na melhoria dos aspectos
neurológicos que afetam a capacidade funcional do corpo humano, utilizando
exercícios que desafiem os diferentes componentes do sistema nervoso e que
assim, estimulam sua adaptação, isto resulta em uma melhoria das principais
qualidades físicas. (SILVA Fayh, 2011).
De acordo com o Monteiro e Evangelista (2010), o treinamento funcional
teve sua origem com os profissionais da área da fisioterapia e reabilitação, pois
estes foram pioneiros na utilização de exercícios que imitavam as práticas dos
pacientes em casa ou no trabalho durante a terapia, possibilitando assim, um
breve retorno à vida normal e às suas funções laborais após uma lesão ou
cirurgia.
Os exercícios funcionais referem-se a movimentos que mobilizam
26
mais de um segmento corporal ao mesmo tempo, e que envolvem diferentes ações musculares (excêntrica concêntrica e isométrica). As atividades funcionais ocorrem nos três planos anatômicos. Apesar dos movimentos parecerem predominantes em um plano específico, os outros dois planos precisam ser estabilizados dinamicamente para permitir uma boa eficiência neuromuscular. (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2011, p.8).
O treinamento funcional estimula o corpo humano de maneira a adaptá-
lo para as atividades normais da vida cotidiana, sendo que um aspecto
essencial neste tipo de treinamento a ser bem explorado são os exercícios que
estimulem a propriocepção, a força, a resistência muscular, a flexibilidade, a
coordenação motora, o equilíbrio e o condicionamento físico. (CAMPOS,
CORAUCCI NETO, 2008).
De acordo com Normman (2009), as vantagens do Treinamento
Funcional são:
a) os exercícios podem ser realizados por pessoas de todas as idades,
desde adolescentes a idosos;
b) aprimoramento da postura;
c) desenvolvimento de forma equilibrada de todas as capacidades
físicas como: equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade
e resistência;
d) indicado não só para aqueles que buscam resultados estéticos, mas
também para os que buscam melhora nas capacidades físicas e
motoras;
e) ideal para ser aplicado em reabilitação de pacientes vítimas de
sequelas;
f) melhora o desempenho de praticantes de outras modalidades
esportivas;
g) previne lesões;
h) oferece grande variação de exercícios e, com isso, é mais difícil de
tornar monótono
i) ampliação do leque de oportunidades no mercado de trabalho, pois,
uma vez habilitado, o profissional se mostrará adaptado às inovações
da área e frente aos demais profissionais.
Ao eleger determinado exercício, levando-se em consideração a
27
perspectiva da funcionalidade, não significa que se realizou “treinamento
funcional”, porque está diante de aspectos distintos.
Conforme Grigoletto et al. (2014, p. 716):
Um treinamento para ser considerado funcional deve contemplar exercícios selecionados tendo como critério a sua funcionalidade e isto só é possível atendendo às cinco variáveis distintas da funcionalidade: a) frequência adequada dos estímulos de treinamento; b) volume em cada uma das sessões; c) a intensidade adequada; d) densidade, ou seja, ótima relação entre duração do esforço e a pausa de recuperação); e) organização metodológica das tarefas. O manejo adequado das variáveis supracitadas permitirá uma eficaz consecução dos objetivos pretendidos na melhora ou manutenção da capacidade funcional do sistema psico-biológico.
Conforme os autores acima citados treinar compreende um processo
que deve ser estruturado antes mesmo de iniciar a seleção e prescrição de
exercícios. Deve-se levar em consideração o componente de funcionalidade
dos mesmos uma vez que a capacidade operativa é limitada (exercícios por
sessão), a escolha deve pautar-se nos objetivos a alcançar.
1.4.1 Treinamento funcional no ballet clássico
Capacidades são qualidades que já nascem com o indivíduo e
possibilitam o desenvolvimento de habilidades, podendo estas serem físicas ou
psíquicas, hereditárias ou aprendidas. Este termo também é denominado como
característica, disposição e qualificação (CARVALHO; BORGES, 2001).
A dança exige do bailarino um domínio total e conhecimento do seu
corpo. Pois a dança atualmente exige uma perfeita execução dos movimentos
e dos passos, é uma dança eficiente nos impulsos, clara nas execuções e firme
nas terminações, exigindo do bailarino um domínio total e conhecimento da sua
estrutura. (SAMPAIO, 1996).
Uma aula de ballet clássico se divide em barra e centro, onde a barra se
compõe de exercícios que envolvem o estudo de movimentos elementares, a
partir dos quais se constroem formas mais complexas, executados de forma
simétrica e por repetição, e centro, em geral, reforça os exercícios da barra e
se desenvolve em seqüências cada vez mais elaboradas e de difícil execução.
(CAMINADA; ARAGÃO, 2006).
28
Os programas devem ser sistematicamente estudados; apesar da
tradição, são dinâmicos e não podem ser padronizados; deve-se preservar a
tradição, desde que enriquecida pela evolução própria dos diversos tempos
históricos que a ciência tem mostrado. (CAMINADA; ARAGÃO, 2006).
É fundamental trabalhar com consciência e saber que as articulações
funcionam como alavancas que conduzem os movimentos e que se é possível
desenvolver o corpo em sua totalidade. (VIANNA, 2005).
1.5 Força dos membros inferiores
O bailarino freqüentemente desenvolve força em músculos específicos e
isolados em decorrência dos exercícios por eles realizados, sendo importante,
portanto, um programa de exercícios abrangente, composto por exercícios em
toda a amplitude de movimento e todas as direções. (SALLES, 2008).
Como já abordado, o ballet exige que o bailarino ande parte do tempo
realizando flexão plantar do tornozelo, ocasionando muitas vezes, um
desequilíbrio entre os grupos musculares da perna, ou seja, alguns músculos
ficam hipertrofiados e fortes enquanto outros ficam fracos e encurtados. Tal
desequilíbrio muscular, além de influenciar na postura e caminhada da
bailarina, pode causar lesões diversas, devendo, portanto, ser evitado ou
revertido, para que haja uma correta sinergia, equilibrando agonistas e
antagonistas. (GUIMARÃES, 2001).
Sendo assim, torna-se necessário um trabalho extra com os músculos
tibial anterior e fibular anterior (fibular terceiro), os mais potentes flexores
dorsais do tornozelo, sendo muito importante também uma sinergia entre eles,
já que o primeiro citado, juntamente com o extensor próprio do hálux, e flexor
dos dedos, também age como inversor, e o segundo, em união com o extensor
comum dos dedos (extensor longo dos dedos), também ajuda na realização da
eversão. (KAPANDJI, 2000).
1.5.1 Equilíbrio
Conforme estudo de Reis et al. (2016, p. 18):
29
O equilíbrio corporal é uma qualidade física essencial dentro do contexto desportivo, principalmente em esportes com grande solicitação malabarística e na maioria dos desportos coletivos. Essa valência física é bastante dependente dos mecanismos proprioceptivos musculares (fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi) e articulares (Corpúsculos de Pacini, Ruffinie e Crause) que auxiliam o sistema nervoso central no estabelecimento e na manutenção do equilíbrio estático.
Esses mecanismos, por sua vez, têm grande influência na determinação
do nível máximo de flexibilidade, sendo essa, reconhecida pelo American
College of Sports Medicine como um dos cinco componentes do
condicionamento físico. A flexibilidade é um importante componente em
diferentes áreas relacionadas com a função motora, por isso, alguns testes de
flexibilidade estão inseridos nas principais baterias de avaliação do
condicionamento físico, associada ao desempenho, saúde ou reabilitação.
(REIS et al., 2016).
Equilíbrio e coordenação são pré-requisitos essenciais aos dançarinos
de balé clássico. Tais características dependem diretamente de uma boa
estabilidade postural que, por sua vez, requer uma adequada propriocepção da
articulação do tornozelo. (SALLES, 2008).
A propriocepção é uma capacidade em que o indivíduo reconhece a
localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos
músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem
utilizar a visão, permitindo assim a manutenção do equilíbrio (SALLES, 2008).
Conforme o estudo de Salles (2008). Os exercícios podem ser
realizados de maneira simples e com uma grande de diversidade de materiais,
como cama elástica, tábua de equilíbrio, tábua de propriocepção, balanço para
propriocepção, disco de propriocepção de borracha, disco de propriocepção de
madeira, gangorra em madeira para equilíbrio, sendo esses feitos com apoio
unilateral e bilateral.
1.5.2 Flexibilidade
De acordo com a afirmação dos autores Viana, Avelar e Soares (2012),
a flexibilidade é importante porque aperfeiçoa o movimento, aumenta a
eficiência mecânica, diminui o risco de lesões e desenvolve a consciência
30
corporal, sendo preconizada para manter a amplitude de movimento necessária
para as atividades diárias e atividades físicas.
Uma técnica essencial na prática do balé clássico é o alongamento, que
auxilia no desenvolvimento de consciência corporal, melhorando a postura,
reduzindo as tensões articulares provocadas por músculos muito encurtados,
além de aumentar a eficiência mecânica, propiciando melhora da força,
agilidade e resistência, aumentando o comprimento das estruturas dos tecidos
moles. Outra vantagem fundamental do alongamento que, apesar de ainda não
ter base científica, tem sido bastante comprovada na prática, é a prevenção de
lesões e distensões. Contudo, é importante que o alongamento muscular não
seja confundido com ganho de flexibilidade extrema, que é um desejo da
maioria dos dançarinos. (SALLES, 2008).
A flexibilidade normal é considerada a capacidade física responsável
pela máxima amplitude de movimento músculo articular de uma ou mais
articulações sem o risco de lesões (ALMEIDA, JABOUR, 2006).
1.5.3 Força abdominal
Deve-se treinar o centro para depois mobilizar as extremidades, sendo
assim um dos pilares do treinamento funcional é o treinamento da região centra
do corpo, CORE.
O comprometimento de cada cinética em decorrência da fraqueza dos
músculos do core leva a diminuição da mobilidade distal pela redução da
estabilidade proximal (Alencar,Matias,2009).Portanto deve-se reforçar o núcleo
do corpo de modo que a fixação proximal esteja bem estabilizada e com
resultado, a fixação distal pode movimentar-se forte e eficiente.
A “musculatura do core” consiste de 29 pares de músculos que suportam
o complexo lombo – pélvico - quadril afim de estabilizar a coluna vertebral,
pelve e cadeia cinética durante o movimento funcional (FREDERICSON,2005).
O core é formado pelos músculos: transverso abdominal, obliquo interno e
externo, multifidus, eretor da espinha, ílio-psoas femoral, adutor, glúteo e
máximo reto abdominal.
Estes músculos são responsáveis por manter posturas, criar movimento,
31
coordenar ações musculares, permitir estabilidade, absorção de força, geração
de força e transmissão de força por todo o corpo. Independente do movimento
ou atividade, o centro do corpo é responsável pelo desenvolvimento e
resultado. (MIKE,2010).
2 EXPERIMENTO
O tipo de pesquisa utilizado no estudo foi o experimental com
abordagem quantitativa. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa do Unisalesiano, sob parecer n º 79282816.0.0000.5379
2.1 Procedimento
Este estudo foi realizado no Centro Universitário Salesiano Aulixilium
Lins, A faculdade oferece cursos de graduação na área de administração,
ciências contábeis, educação física- bacharelado, estética, direito, biomedicina,
enfermagem, engenharia agronômica, fisioterapia, nutrição, pedagogia,
psicologia, publicidade e propaganda, além dos cursos de pós-graduação e
ensino a distância.
Além dos cursos, a faculdade oferece a comunidade a clínica escola,
aonde os alunos atendem a comunidade com a clínica de educação física,
estética, fisioterapia, pedagogia e psicologia, sendo supervisionado por
profissionais a área.
O Unisalesiano Lins está localizado no centro da cidade, na Rua Dom
Bosco, acolhendo a toda população da cidade.
2.2 Amostra
A amostra foi composta por bailarinas, do sexo feminino, com idade
entre 09 a 14 anos, pertencentes ao programa de ballet do UniSalesiano Lins,
totalizando 10 bailarinas. Todas as bailarinas têm pelo menos 1 (um) ano de
pratica de ballet clássico.
A escolha das alunas que participaram do estudo foi por conveniência,
32
ou seja, todas as bailarinas que apresentaram interesse em participar, que
tinham disponibilidade, apresentaram o termo de consentimento livre e
esclarecido com assiduidade de pelo menos 80% das aulas e treinos funcionais
durante a pesquisa.
Os participantes foram divididos em grupo B e grupo FB com 5 sujeitos
em cada, sendo no total de 10 participantes. O primeiro grupo denominado
Grupo Ballet (B), participou apenas das aulas de ballet. O outro grupo
denominado Grupo funcional/ballet (FB), participou das aulas de ballet e do
treinamento funcional. O período total dos treinamentos foi de 10 semanas
sendo uma para testes iniciais, outra para os finais e oito para o treinamento
dos participantes. O grupo B, praticava duas aulas semanais de ballet, já o
grupo BF além das duas aulas de ballet, realizavam duas sessões de
treinamento funcional na semana, com duração de uma hora por sessão. Após
este período foi realizada uma nova avaliação para comparação dos dados
coletados pré e pós treinamento.
2.3 Treinamento Funcional
Este aporte teórico-prático é corporificado em quatro eixos
metodológicos: (re) conhecer, explorar, conceituar e (re) significar, que se
apoiam no entendimento de que o conhecimento se constrói. Geralmente no
aquecimento são realizadas atividades de (re) conhecimento: movimentações
em que os(as) alunos(as) (re)conhecem suas estruturas anatômicas,
alinhamentos, padrões de movimento e conhecimentos prévios. Outro
momento é o de exploração: tanto de dinâmicas posturais, dinâmicas
expressivas, quanto de verbos essenciais do balé. Isto porque, pela
exploração, conceituar é a fase da estabilização de treinamentos específicos
de acordo com a vivencia do cotidiano, significar varia de acordo com a
avaliação feita a partir da percepção dos resultados, “[...] se eu vivenciei o
dobrar, se eu o entendi cinestesicamente, eu posso então descobrir o dobrar
do plié, movimento básico do balé, e descobrir outros dobrares presentes nos
movimentos codificados do balé clássico” (BALDI, 2015, p. 476).
33
O treinamento funcional consistiu nos seguintes requisitos:
a) preparação dos movimentos;
b) aquecimento moderado;
c) ativação do Core;
d) alongamento Dinâmico e
e) ativação Neuromuscular.
Figura 7: Materiais de Treinamento Funcional
Fonte: Google, 2010.
Treinamento de Core
a) estabilização;
b) flexão/Extensão;
c) rotação e
d) potência.
Perna
a) força;
b) potência
Regeneração
34
2.3.1 Treino
Aquecimento moderado
a) 2 minutos,
b) polichinelos frontais e laterais;
Ativamento do Core
a) 3 minutos;
b) prancha ventral;
c) elevação do quadril;
Alongamento dinâmico
a) 3 minutos;
b) engatinhamento com as mãos;
c) flexão e extensão das pernas nas laterais;
d) alongamento dos braços;
Ativação Neuromuscular
a) 2 minutos;
b) quadrado de Número – o aluno tem que obedecer ao comando do
professor, correndo sobre a numeração que ele pediu (p. ex: 1,2,3 e
4).
Treino principal
a) saltos Verticais;
b) subidas no Step;
c) agachamento no disco de equilíbrio;
d) afundo;
e) abdominal com arremesso de bola;
f) remada no TRX;
g) abdução e Adução das pernas no TRX;
h) ponte na bola;
35
i) stif unipodol;
j) flexão no TRX;
k) canoa e
l) afundo com o pé no TRX suspenso.
Regeneração
a) alongamento estático
Os exercícios foram repetidos de 8 a 10 vezes com 3 séries de cada e
30 segundos de descanso entre as séries.
2.4 Protocolos de avaliação
O propósito do presente estudo foi avaliar e comparar as características
fisiológicas da mobilidade articular, o equilíbrio, a força dos membros inferiores,
a flexibilidade e a força abdominal das bailarinas após um programa de
treinamento funcional específico.
2.4.1 Equilíbrio estático
Descrição do Movimento: posiciona-se a bailarina, primeiramente com a
perna direita, a bailarina eleva o calcanhar afastando o mesmo do chão,
ficando equilibrada somente pela perna esquerda. A bailarina não pode abaixar
o calcanhar. O cronometro é acionado quando a mesma eleva a perna do chão
e interrompido quando perde o equilíbrio retornando a perna ao chão.
O teste foi realizado com ambas as pernas sendo realizado 3 series, ao
final do teste é escolhido o melhor tempo.
2.4.2 Sentar e Alcançar
Descrição dos Movimentos: No teste do sentar e alcançar modificado
(Wells kF,Dillon EK 1952), a bailarina está sentada no chão e os pés
descalços, as pernas estão estendidas e as mãos estão sobrepostas com os
dedos esticados. Uma fita métrica é colocada entre as pernas do avaliado e na
36
marca de 38,1 cm uma fita adesiva fixa ao chão com 15 cm de distância de
cada calcanhar. Com os joelhos estendidos o avaliado inclina-se lentamente e
estende os braços e as mãos o mais longe possível. São permitidas três
tentativas, ficando na posição pelo menos 2 segundos sem flexionar as pernas.
A distância maior alcançada representará sua pontuação sendo
estipulado desta maneira:
Figura 8: Teste sentar e Alcançar
Fonte: Google, 2016.
2.4.3 Força dos membros inferiores
Descrição dos Movimentos: Salto vertical com livre movimentação dos
membros superiores (Matsuda 1995) consiste em um salto vertical, posição em
pé, calcanhares no solo, pé paralelos, corpo à parede com apenas o braço
dominante elevado verticalmente considerando como ponto de referência à
extremidade mais distal das polpas digitais da mão dominante à fita métrica
determinando o deslocamento vertical em centímetros através da diferença da
melhor marca atingida e do ponto de referência de cada um dos métodos.
Os testes foram feitos em frente a uma parede, sem uso de plataforma
usando um giz e tendo sua numeração em metros.
37
Fonte: Google, 2016
2.4.4 Força Abdominal
Descrição dos Movimentos: braços cruzados sobre o pescoço e flexionar
o tronco até a escapula, para perca do apoio na maca. Sustentação de 15 a 20
segundos.
Figura 9: Salto Vertical
38
Figura 10: Força Abdominal
Fonte: Google,2016
2.5 Análise estatística
Todos os dados foram expressos em média e desvio padrão. Estes
foram analisados através de uma estatística paramétrica onde, para verificar os
resultados apresentados do Grupo B e o FB, foi adotada analise Teste-T
Student adotado um nível de significância de p ≤ 0,05.
2.6 Resultados
Para a apresentação dos dados, os mesmos foram apresentados em
forma de tabelas.
Tabela 1: Características Biométricas do Grupo B
Idade Peso (kg) Altura (m) IMC (Kg/m2)
Media 10,4 43 1,45 20,46
DP 1,14 1,87 0,03 0,61
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
39
Tabela 2: Características Biométricas do Grupo FB
Idade Peso (kg) Altura (m) IMC (Kg/m2)
Media 10,8 45 1,45 21,32
DP 1,48 1,87 0,03 1,01
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
Instrumentos e Procedimentos de Avaliação: Para avaliação das
características antropométricas, utilizou-se uma balança para aferir o peso em
quilogramas (kg), com precisão de 0,1 kg e um estadiômetro Sanny para
verificação da altura, onde para esta medida em metros (m), a precisão foi
regulada a 0,1 centímetros (cm). O Índice de Massa Corporal (IMC) foi
determinado pelo quociente massa corporal / (estatura) 2, sendo a massa
corporal expressa em quilogramas (kg) e a estatura, em metros (m). As
variáveis antropométricas: massa corporal e estatura foram coletadas.
Na tabela 1 e 2, os sujeitos foram avaliados nas mesmas condições do.
Diante dos resultados apresentados na tabela acima, não se encontra
diferença estatisticamente significante.
Tabela 3: Apresentação dos dados de Força de Membros Inferiores, Salto
Vertical com livre movimentação dos membros superiores (Matsuda1995), dos
participantes entre o Grupo B e Grupo FB.
Grupo B
SV
Grupo FB
SV
Pré Pós Pré Pós
1,22 ± 0,16 1,22 ± 0,16 1,23 ± 0,14 1,23 ± 0,13
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
Na tabela acima, estão expressos os resultados da força de membros
inferiores, Salto Vertical. Observa-se que não houve diferença estatística em
relação aos resultados pré e pós do grupo, mas houve diferença significante
nas variáveis quando se comparam os valores de pré com pré e pós com pós
entre os grupos.
40
Tabela 4: Apresentação dos dados de Força Abdominal dos participantes entre
o Grupo B e Grupo FB
Grupo B
Força Abdominal (seg)
Grupo FB
Força Abdominal (seg)
Pré Pós Pré Pós
15,60 ± 3,72 14,40 ± 4,31 10,20 ± 1,72 10,40 ± 2,33
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
Na tabela 4, estão expressos os dados da força abdominal. Pode-se
observar que o grupo treinado não obteve diferença estatisticamente
significante, quando comparadas as situações pré e pós.
Tabela 5: Apresentação dos dados de Flexibilidade, Sentar e Alcançar dos
participantes entre o Grupo B e Grupo FB
Grupo B
Sentar e Alcançar (cm)
Grupo FB
Sentar e Alcançar (cm)
Pré Pós Pré Pós
34,20 ± 4,35 34,00 ± 4,33 33,60 ± 2,24 33,40 ± 1,96
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
Na tabela 5, estão expressos os valores das variáveis referenciais a esta
pesquisa. Pode-se observar que o grupo treinado não obteve diferença
estatisticamente significante quando comparadas as situações pré e pós.
Tabela 6: Apresentação dos dados de Equilíbrio dos participantes entre o
Grupo B e Grupo FB
Grupo B
Equilíbrio (min) perna direita
Grupo FB
Equilíbrio (min) perna direita
Pré Pós Pré Pós
0,03 ± 0,19 0,02 ± 0,14 0,02 ± 0,08 0,02 ± 0,06
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
41
Tabela 7: Apresentação dos dados de Equilíbrio dos participantes entre o
Grupo B e Grupo FB
Grupo B
Equilíbrio (min) perna esquerda
Grupo FB
Equilíbrio (min) perna esquerda
Pré Pós Pré Pós
0,03 ± 0,19 0,02 ± 0,14 0,02 ± 0,08 0,02 ± 0,06
Fonte: elaborada pelos autores, 2016.
Na tabela 6 e 7, estão expressos os valores de equilíbrio. Pode-se
observar que não houve diferença, quando comparadas as situações pré e pós.
Como pode ser observado nas tabelas acima, não houveram diferenças
significativas em nenhuma das capacidades avaliadas. Salientamos que o
Grupo FB obteve melhoras, porém não estatisticamente significantes. Os
resultados expostos demonstram que o tempo curto de treinamento pode ter
influenciado.
2.7 Discussão dos Dados
Em relação ao Ballet, é a busca constante dos padrões estéticos
exagerados, ou seja, execução de movimentos com grande força muscular e
elevada amplitude de movimento nas articulações dos quadris, comprovando
que esta modalidade demanda alto grau de tensão muscular. O trabalho de
flexibilidade é tratado pelas bailarinas de forma essencial, pois não se admite
"a ideia de que a flexibilidade seja apenas extensão de pernas”, necessitando
desenvolver de forma ampla as habilidades físicas como: força, resistência,
coordenação, velocidade, equilíbrio e principalmente a flexibilidade, em busca
de uma performance adequada. (CANDIOTTO, 2007).
A prática da dança requer o desenvolvimento harmonioso de diferentes
capacidades motoras. No entanto, pouco se conhece sobre a aptidão física de
bailarinas. Desse modo, o objetivo da investigação de Grego et al. (2006) foi
avaliar a condição física de bailarinas clássicas, praticantes de dança sem
formação clássica e de escolares, buscando diferenças entre desempenho
42
motor entre os respectivos grupos. O estudo foi realizado na cidade de Bauru-
SP, com 83 jovens de 12 a 17 anos dispostas em três grupos: 1) bailarinas
clássicas (27); 2) praticantes de dança sem formação clássica (19) e 3) alunas
que participavam de aulas de Educação Física (37). Foram avaliadas
capacidades físicas tanto relacionadas à saúde, quanto ao desempenho
atlético dividindo-se em pré e pós teste. Para nosso estudo levamos em
consideração a capacidade física flexibilidade. Quanto a esta variável, os
resultados apontaram que as bailarinas clássicas tiveram escores superiores
aos demais grupos.
No estudo realizado por Fernandes (2015) foram analisadas 10
bailarinas, com idade média de 21,1±2,1 anos e que frequentam aulas de
dança contemporânea a mais de um ano de modo regular, sendo todas de um
grupo universitário. Estas foram monitoradas durante vinte sessões de
intervenção com propostas conjugadas de Pilates e balé clássico. Foram
utilizados 3 testes, sendo que as comparações realizadas em todos os testes,
para cada momento de avaliação, observando em todos eles os benefícios
dessas vinte sessões de treinamento, com valores mais altos nos resultados do
reteste do que no teste.
Com a execução deste trabalho foram observadas algumas limitações
como à falta de um grupo controle que fizesse o treinamento convencional sem
a inclusão do Pilates e o balé para comparação dos ganhos obtidos com o
método sugerido.
No estudo pode se observar que as bailarinas do grupo de ballet que
estavam sendo avaliadas obtiveram uma media e 0,16 no pré-treino quanto no
pós-treino, notou-se que no trabalho por Fernandes, suas bailarinas obtiveram
uma media de 0,05 em relação as meninas do estudo, percebe-se que o
desempenho teve alterações significativas apesar do tempo curto.
O estudo realizado por Costa, Ferreira e Felício (2013) a estabilometria
foi o método de avaliação do equilíbrio estático mais utilizado (55,5%).
Entretanto, foi observado grande variação das posições e tempo de
permanência na plataforma de força, variando entre 4 e 30 segundos. A
dificuldade da tarefa de equilíbrio aumenta nas bases unipodais, sendo esse
posicionamento frequente na prática do ballet e consideradas condições de
43
fácil execução e com boa confiabilidade. Dessa maneira, levando em
consideração posições específicas da técnica clássica de ballet o equilíbrio
estático em posturas unipodais específicas.
Por outro lado, Schmitt, Kuni; Sabo (2005) apontaram que bailarinos
apresentaram menor oscilação postural em relação a atletas de atletismo.
Entretanto, avaliaram grupos não homogêneos quanto a idade, tempo de
profissão, sexo, gestual e posição analisada.
A dificuldade em comparar bailarinos com diferentes grupos de atletas
se dá por possuírem diferenças não só em relação aos diferentes tipos de
corpos, mas também em seu treinamento.
Pode se observar que as bailarinas do estudo tiveram uma média de
4,35 segundos no pré – treino e 4,33 no pós-treino, não houve uma diferença
significativa entre os grupos avaliados.
Okano et al (2001) realizaram uma pesquisa com o objetivo de
estabelecer comparações entre o desempenho motor de 103 crianças pré-
púberes (8-11 anos) de diferentes etnias, sexos e faixas etárias. Para isso
foram aplicados os testes motores de força abdominal e “sentar e alcançar”.
Acredita-se que os resultados encontrados podem ter sido em parte,
influenciados por outros fatores como nível de habilidade motora e motivação
das crianças para executar as tarefas motoras propostas, as meninas do
estudo do Grupo B tiveram uma média de 4,31 no pós-treino e 3,72 no pré-
treino, podendo notar um desempenho melhor. Entretanto, o fator ambiental
auxilia na performance de cada criança, facilitando ou não a execução dos
exercícios propostos, no caso das bailarinas, o desempenho foi superior, pois
são mais familiarizadas com as tarefas, em razão disso contribuiu
positivamente com o funcionamento da atividade.
Em outro estudo que buscou comparar a flexibilidade de 3 grupos:
bailarinas clássicas, jogadoras de voleibol e mulheres fisicamente ativas,
notou-se que ocorreram diferenças significativas entre o primeiro grupo em
relação aos demais, fato este que pode ser explicado pelo princípio da
especificidade, pois bailarinos usam muito o movimento de flexão plantar para
realização da técnica tendo em contrapartida o fato que jogadoras de voleibol e
mulheres fisicamente ativas não usarem com a mesma frequência esta
44
alavanca. Este estudo foi realizado com o instrumento goniômetro tendo seus
resultados aqui apresentados para o movimento de flexão plantar: 83º para as
bailarinas, 67º para mulheres fisicamente ativas e 60º para jogadoras de
voleibol (FRASSON et al., 2007).
O mesmo padrão foi observado em um estudo envolvendo 1320
dançarinas com idade entre 8 a 16 anos e 226 não bailarinos da mesma idade.
Os resultados mostraram uma AMA maior na articulação do tornozelo para
dançarinos em comparação a não bailarinos. No entanto, nenhuma mudança
na amplitude de movimento articular no tornozelo em conjunto com o aumento
da idade foi observada entre dançarinos, enquanto a amplitude de movimento
articular do tornozelo comum diminuiu com a idade nas não dançarinas
(STEINBERG et al., 2006).
Como pode ser observada, a população do estudo citado obteve um
melhor desempenho comparado às bailarinas do estudo desse trabalho, porém
não houve diferenças significativas em nenhuma das capacidades avaliadas.
Os resultados expostos demonstram que o tempo curto de treinamento
pode ter influenciado.
2.8 Considerações Finais
Mediante resultados obtidos neste estudo, podemos verificar que a
aplicação de treinamento funcional sob o ballet clássico não obteve resultado.
Sugere-se alteração de tempo, intensidade, freqüência entre outros fatores que
não foram favoráveis e acarretaram em um funcionamento não resultante.
Espere-se que este trabalho possa formentar interesse em realizar novas
pesquisas relacionadas.
45
REFERÊNCIAS
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46
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50
APÊNDICES
51
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO
(T.C.L.E)
Eu ................................................................................................ ,portador do RG n°.
............................................................, atualmente com ............. anos, residindo na
................................................................................................................................... ,após leitura
da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA, devidamente explicada
pela equipe de pesquisadores Aline Daiana, Maria Ana Modesto e Mayara Rocha , apresento
meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e
concordo com os procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa.
Concordo também com o uso científico e didático dos dados, preservando a minha
identidade.
Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo
trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo
profissionaleque a qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa.
Ciente do conteúdo, assino o presente termo.
Lins, ............. de ............... de 20.....
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Katía Maíra Câmara Moreira Paccola
306.692.558-74
Endereço:Ernesto Bezerra Leite, 165
Telefone: 14 99705 - 3349
52
APÊNDICE B
TERMO DE ASSENTIMENTO
Eu .........................................................................................................................
,portador do RG n°. ............................................................, atualmente com ............. anos,
residindo na ...................................................................................................................................
,após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA, devidamente
explicada pela equipe de pesquisadores Aline Daiana, Maia Ana Modesto, Mayara Roha ,
tendo o consentimento do meu responsável já assinado, apresento meu CONSENTIMENTO
LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e concordo com os
procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa estando o meu
responsável ciente e de acordo com aquele consentimento.
Concordo também como o uso científico e didático dos dados, preservando a minha
identidade.
Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo
trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional.
A qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa.
Ciente do conteúdo, assino o presente termo.
Lins, ............. de ............... de 20.....
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Katía Maíra Câmara Moreira Paccola
306.692.558-74
Endereço: Ernesto Bezerra Leite, 165
Telefone: 14 99705 - 3349
53
APÊNDICE C
CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA
A pesquisa tem como objetivo demonstrar através do treinamento
funcional a melhora na flexibilidade, equilíbrio e força dos membros inferiores
em praticantes de Ballet Clássico.
O treinamento funcional nada mais é do que um método de treinamento
que tem como objetivo principal melhorar o desempenho do indivíduo em uma
atividade específica.
Esse tipo de treinamento tem sido a escolha da maioria dos atletas já que além
do aumento do desempenho o treinamento funcional também ajuda na
prevenção de lesões.
Riscos
• Lesão
• Cansaço
Formas de Minimizar os riscos
• Realizar os movimentos corretamente
• Sessões de treinamento motivantes
As pesquisadoras Aline Daiana, Maria Ana Modesto, Mayara Rocha, serão
responsáveis pela sessão treinamento das alunas.
Benefícios
• Promover uma melhora ou até mesmo uma eficiência na flexibilidade,
equilíbrio e força dos membros inferiores das praticantes.
Local, ............. de ............... de 20.....
.............................................................. ............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa Katía Maíra Câmara Paccola
306.692.558-74
54
APÊNCIDE D
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO
PROJETO DE PESQUISA
I – TÍTULO DO PROJETO
EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL EM PRATICANTES DE BALLET CLÁSSICO
II – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ACADÊMICO – Graduação (Unisalesiano – Unidade de
Lins)
Nome:
Aline Daiana Silva Santos
CPF:
435.550.358.51
R.G.
49015910.2
Endereço:
Voluntario Vitoriano Borges 1605
Cidade:
Lins
U.F.:
SP
CEP:
16403-137
Telefone:
14- 98198-0393
e-mail:
Nome:
Maria Modesto Nicolielo
CPF:
316.527.838.57
R.G.
34.293.811-3
Endereço:
Noreste 241
Cidade:
Lins
U.F.:
SP
55
CEP:
16400-557
Telefone:
14- 98225-1682
e-mail:
Nome:
Mayara Rocha de Oliveira
CPF:
381.976.238.80
R.G.
46.357.269-5
Endereço:
São Salvador 156
Cidade:
Lins
U.F.:
SP
CEP:
16401-085
Telefone:
14- 99891-6363
e-mail:
m
III – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL
Nome:
Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola
CPF:
306.692.558-74
R.G.
32.886624-6
Endereço:
Ernesto Bezerra Leite 165
Cidade:
Lins
U.F.:
SP
CEP:
16402-750
Telefone:
14- 99705-3349
e-mail:
m
IV – ORIENTADOR
56
Nome:
Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola
CPF:
306.692.558-74
R.G.
32.886624-6
Endereço:
Ernesto Bezerra Leite 165
Cidade:
Lins
U.F.:
SP
CEP:
16402-750
Telefone:
14- 99705-3349
e-mail:
m
V – DESCRIÇÃO DA PESQUISA
OBJETIVO GERAL:
Demonstrar que o treinamento funcional pode ser uma ferramenta importante no
desempenho de praticantes de Ballet Clássico.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Avaliar a influencia do treinamento funcional nas capacidades físicas de praticantes de
Ballet Clássico;
Mensurar e comparar a resposta do treinamento funcional especificamente na flexibilidade,
força dos membros inferiores e equilíbrio de praticantes de Ballet Clássico.
O treinamento funcional trás benefícios para a flexibilidade, força e equilíbrio dos membros
inferiores das bailarinas do ballet clássico?
HIPOTESE
Espera-se que o treinamento funcional melhore a flexibilidade, equilíbrio e força dos
membros inferiores das bailarinas.
Segundo Luciano D’elia o maior difusor desse assunto no Brasil,
No funcional, a proposta é desenvolver as diferentes qualidades físicas como equilíbrio,
flexibilidade, força e resistência através de exercícios que reproduzem movimentos
associados com a prática de determinadas modalidades esportivas ou mesmo relacionados
às atividades laborais. Nele, o peso do corpo também é utilizado como sobrecarga para os
57
exercícios e são realizados padrões de movimentos em vez de simplesmente movimentos
com grupos musculares localizados.
D’elia. Portal da Educação Física.2015
JUSTIFICATIVA
Este trabalho tem por justificativa saber os benefícios que o treinamento funcional trás
para praticantes de ballet clássico, trabalhando especificamente com a flexibilidade,
equilíbrio e a força dos membros inferiores das praticantes.
O treinamento funcional realiza uma análise sobre o movimento de maneira que se
reproduza o auxilio do exercício, ele especifica a pratica que lhe foi estabelecida, facilitando
então o resultado.
Agustin/apud Kerber (2007), afirma que o bailarino necessita, além de um treinamento de
força muscular, um treinamento de flexibilidade, pois é muito importante que durante a
execução dos movimentos específicos do Ballet Clássico ele seja forte e ao mesmo tempo
flexível.
Sabendo que o conceito de treinamento é ganhar conhecimento, habilidade e competência,
e de funcional é eficiência, praticidade e utilidade, temos a definição de que Treinamento
Funcional é treinar para melhorar movimentos mais eficientes, e dentro do ballet clássico
são fundamentais esses quesitos.
É de extrema importância para quem faz a prática do ballet clássico a flexibilidade para
realizar sua performance coreográfica de maneira aperfeiçoada, que tenha equilíbrio na
realização de saltos , e força nos membros inferiores para que aguente a carga sobreposta
nas pernas e pés quando se é realizado movimentos como ficar na ponta dos pés.
Dentro da nossa pesquisa, acreditamos fielmente que o treinamento funcional é um
importante item colaborador para que se atinjam os resultados esperados. O treinamento
funcional possui uma função que individualiza cada objetivo a ser traçado, no entanto, a
especificidade é a regra básica desse tipo de treinamento.
Com o treinamento funcional é possível construir um programa que atinja os resultados
esperados através das considerações individuais de cada praticante.
Segundo Knapp, (1963);Cratty, (1979); Sale,( 1988); Behm, (1995) " Quanto maior for a
similaridade entre o treinamento e a atividade específica, maior é a probabilidade de
58
transferência dos ganhos obtidos com o treinamento para se aprimorar a performance da
atividade específica".
Baseado nisso, a nossa pesquisa se enfatiza para obter os resultados que esperamos,
dando total crédito ao treinamento funcional como protagonista.
Um dos motivos que escolhemos o Treinamento Funcional para realizar nossa pesquisa é
que além de eficiente, é inovador, não somente pela maneira que se é reproduzido, e sim
por já estar integrado nas mais renomadas empresas do mundo fitness, suas influências
estão incorporadas em novos produtos e novos programas.
TIPO DE PESQUISA:
Pesquisa de caráter experimental, com a utilização de testes para avaliar a flexibilidade,
equilíbrio e força de membros inferiores.
Gil,2008.Quando se determina um objetivo de estudo, seleciona-se as variáveis que seriam
capazes de influenciá-lo, defina-se as formas de controle e observação dos efeitos que a
variável produz no objeto.
ABORDAGEM:
Quantitativa, com intuito de avaliar e comparar a resposta do treinamento funcional no
grupo que realizará o treinamento e no grupo controle.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
• Unisalesiano Lins • Sala de rítmica • Sala ampla com espelhos. • Ventiladas.
PROCEDIMENTOS:
A amostra será dividida em dois grupos, sendo um grupo controle e um grupo de treino
funcional. Após três meses de treinamento serão reavaliados.
59
MATERIAL:
• Sala com espelho • Bancos Pliométricos • Colchonete • Bosu • Barra • Fita métrica • Cones • Corda
EXPERIMENTO/TESTES:
• Teste de flexibilidade (Sentar e alcançar Adaptado)
• Força dos membros inferiores (teste de impulsão Sargent Jump Test)
• Teste Flamingo
TREINAMENTO
• Prancha
• Abdominal (variações)
• Agachamento Unilateral
• Extensão do quadril em decúbito ventral
• Agachamento no bosu
• Impulsão no banco pliométrico
• Pular Corda
• Corrida em direção aos cones
• Elevação dos braços – frontal e lateral
• Desenvolvimento dos ombros
RESUTADOS ESPERADOS
O treinamento funcional trará benefícios as praticantes de ballet clássico, demonstrará uma
melhora significativa nas capacidades avaliadas, flexibilidade, equilíbrio e força
fundamentais para melhorar o desempenho, eficiência e consciência corporal.
60
REFERÊNCIAS
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Paulo: Phorte; 2010.
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funcional,2013.
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adolescentes do sexo feminino 13-15 anos. 2014.
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treinamento funcional,2015
GIL, A.C. Metodos e Tecnicas de Pesquisas Social. 2008.
D’elia. Portal da Educação Física.2015
61
ANÁLISE CRÍTICA DE RISCOS E BENEFÍCIOS
RISCOS:
• Lesão
• Cansaço
FORMAS DE MINIMIZAR O RISCO:
• Demonstrar a importância da pesquisa e os benefícios aos participantes • Sessões de treinamento motivantes
BENEFÍCIOS:
• Promover uma melhora ou até mesmo uma eficiência na flexibilidade, equilíbrio e na força dos membros inferiores.
DURAÇÃO TOTAL DA PESQUISA A PARTIR DA APROVAÇÃO:
2 Meses
CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA
A pesquisa será encerrada caso houver a percepção de algum risco ou dano à
saúde dos participantes da pesquisa.
Local da Pesquisa:
62
Unisalesiano Lins - Sala de rítmica
ORÇAMENTO FINANCEIRO DETALHADO DA PESQUISA
Não se aplica.
EXPLICITAR A EXISTÊNCIA OU NÃO QUANTO A PROPRIEDADE DAS INFORMAÇÕES
GERADAS. EXISTE ALGUMA RESTRIÇÃO QUANTO À DIVULGAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS
DA PESQUISA?
( ) SIM ( x ) NÃO EM CASO AFIRMATIVO, JUSTIFICAR:
USO E DESTINAÇÃO E/OU DADOS COLETADOS
• Sala com espelho • Bancos Pliométricos • Colchonete • Bosu • Barra • Fita métrica
VI – INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS SUJEITOS DA PESQUISA
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO A ESTUDAR:
Sexo Feminino
63
De 7 a 14 anos de idade
Bailarinas da cidade
Lins –SP
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: Praticantes de Ballet Clássico por no mínimo 1 ano. Idade: 7 a 14 anos Sexo: Feminino CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: Praticantes de ballet clássico há menos de 1 ano. Sexo Masculino Participação ≤ 75% das aulas de ballet ou treinamento funcional
VII – QUALIFICAÇÃO DOS PESQUISADORES
Conforme currículos anexos
Pesquisador responsável: Katía Maíra Câmara Moreira Paccola
Pesquisador Assistente 1: Aline Daiana Silva Santos
http://lattes.cnpq.br/1558816867688799
Pesquisador Assistente 2: Maria Ana Nicolielo
http://lattes.cnpq.br/4984606573004868
Pesquisador Assistente 3: Mayara Rocha de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/4138647604460313
Lins, ____________________
Data
Katía Maíra Câmara Moreira Paccola
306.692.558-74
64
ANEXOS