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Os efeitos especiais do filme Regresso ao Futuro II (1989) e o estudo das possibilidades tecnológicas se existisse um remake em 2014

Inês Santos Moura Universidade de Aveiro | DeCA | MCMM | AD | Pós-Produção e Efeitos Especiais

inessantosmoura@ua.pt

Resumo O presente artigo pretende revelar e analisar os

efeitos especiais mais importantes do filme Regresso ao Futuro II (1989) de Robert Zemeckis. As técnicas e os efeitos especiais abordados no artigo são: split screen, vistaGlide, digital wire removal, a miniatura do carro Delorean e o blue-screen.

Procura-se também analisar, quais seriam as diferenças ao nível da produção e tecnologia de efeitos especiais se existisse um remake do filme Regresso ao Futuro II em 2014.

Palavras-Chave: Efeitos Especiais, Regresso ao Futuro II.

Abstract This article seeks to reveal and analyze the most

significant special effects of the film Back to the Future II (1989) of Robert Zemeckis. The special effects and techniques commented in the article are: split screen, vistaGlide, digital wire removal, Delorean miniature car, and the blue-screen.

This work also search for the differences in the production and special effects technology, if there was a remake of the film Back to the Future II in 2014

Keywords: Special Effects, Back To The Future II.

1. Introdução

O Regresso ao Futuro II 1(1989), é o segundo filme da trilogia Regresso ao Futuro de Robert Zemeckis, que tem como personagens principais Marty McFly e “Doc” Emmett Brown. “The story revolves around the friendship of a teenage everyman, Marty McFly, and an eccentric inventor, “Doc” Emmett Brown. Doc’s invention of a time machine provides an unexpected opportunity for Marty to rearrange the past so that is

1 Site oficial do filme: http://www.backtothefuture.com/movies/backtothefuture2/

dysfunctional family,.. can fulfill the promise that “if you put your mind to it, you can accomplish anything.” (Hammond, 2006) [2].

No Regresso ao Futuro II, Marty McFly depois de visitar o ano de 2015, terá que repetir a sua visita a 1955 para evitar mudanças negativas a 1985.

Mais informações sobre a produção do filme: • Datas de Rodagem: 24 de fevereiro a 2 de

agosto de 1989 • Estúdio: Amblin Entertainment • Distribuição: Universal Pictures • Nacionalidade: Estados Unidos da América • Duração: 108 minutos • Orçamento: 40 milhões de dólares

O trailer do filme poderá ser visto através do seguinte url: http://www.backtothefuture.com/movies/backtothefuture2/official_trailer

Imagem 1. Poster do Filme Regresso ao Futuro

II O Regresso ao Futuro II foi nomeado para um

óscar da academia de Hollywood, para a categoria de efeitos especiais.

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2. Os efeitos especiais presentes no filme Regresso ao Futuro II (1989)

A trilogia Regresso ao Futuro transformou e desafiou a área dos efeitos especiais, tal como refere Netzley (2000) [3], “contributed new techniques and equipment to the field of special effects.”

De acordo com Netzley (2000) [3], os efeitos especiais do filme foram criados pela empresa Industrial Light & Magic (ILM) e tiveram a supervisão de Ken Raltson.

A ILM2 é uma empresa de efeitos especiais que foi fundada por George Lucas em 1975. “Industrial Light & Magic (ILM) is responsible for dozens of advances in the field of special effects, particulary related to computer graphics.” (Netzley, 2000) [3].

Os efeitos especiais e as respetivas técnicas mais significativas do filme Regresso ao Futuro II são: o split screen, vistaGlide, digital wire removal, a criação de uma miniatura do carro Delorean e a utilização do blue-screen.

2.1. As técnicas Split Screen e VistaGlide

O autor Rickitt (2007) [4] define o Split Screen como: “any process that exposes two or more different areas of the frame of film in subsequent exposures. Typically used to allow the same actor to appear twice in the same frame.”. A técnica do split screen permitia que o mesmo ator, como por exemplo Michael J. Fox, interpretasse diferentes personagens simultaneamente no mesmo enquadramento da ação.

O processo de gravação com o split screen foi o seguinte: “While filming each of the split-screen scene, two passes were made, one with the actor standing on side A of the shot with Side B blacked out, and the other with him standing on Side B with Side A blacked out.” Netzley (2000) [3]. Portanto, o enquadramento foi óticamente dividido em vários lados (A, B e C). O ator à medida que trocava de personagem, tinha que se posicionar no respetivo lado do plano. Este efeito permitia a criação da ilusão de interação entre as várias personagens, interpretadas pelo mesmo ator.

Imagem 2. Divisão do plano com a técnica split

screen e o sistema vistaGlide 2 Website da empresa de efeitos especiais ILM: www.ilm.com

Para além da utilização da técnica de split screen, a empresa ILM desenvolveu um sistema de controlo de câmara, a vistaGlide, que permitia que o foco e os movimentos como o dollying, o panning e o tilting fossem executados e manipulados pelo computador.

“A motion-control camera was used to make sure that each scene was filmed in exactly the same way, so that the only variable was Fox’s movements.” Netzley (2000) [3]. Assim, com a vistaGlide os movimentos de câmara de cada cena eram realizados e repetidos sempre com o mesmo rigor técnico take após take.

O lado A do processo de filmagem era concretizado pelo operador de imagem e os respetivos movimentos de câmara eram registados no computador. Posteriormente, quando as outras partes do plano eram gravadas, esses movimentos eram repetidos pelo sistema vistaGlide.

Imagem 3. Lado A do processo de filmagem com o sistema vistaGlide

No lado B do plano, o ator Michael interpretava a personagem Marlene, juntamente com a atriz Lea Thompson que interpretava Lorraine.

Imagem 4. Lado B do mesmo enquadramento

com o sistema vistaGlide

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Patricia Netzley (2000) [3] refere que o mecanismo da vistaGlide também incluía um sistema de reprodução de vídeo. O ator poderia então visualizar a sua performance do lado A, enquanto gravava o lado B do mesmo plano. Isto permitia que o intérprete conseguisse observar a sua outra performance e assim dirigisse o seu olhar para o sítio mais correto do enquadramento. A reprodução vídeo da ação captada, também permitia ao ator a escolha da melhor posição no plano.

A imagem seguinte [imagem 5] mostra o lado C do enquadramento com Michael J. Fox na personagem de Marty Jr..

Imagem 5. Lado C do mesmo plano com o

sistema VistaGlide

Depois do processo de filmagem estar concluído, os

três planos eram oticamente fundidos numa única imagem, através da técnica de rotoscoping. “Rotoscoping is the process of isolating a filmed object by tracing around its edges in order to create a silhouette. This silhouette… can be replaced during post-production by another image.” (Netzel, 2000) [3]. Com a técnica de rotoscoping foi possível obter uma composição final com as várias personagens, interpretadas pelo mesmo ator, no mesmo plano de ação.

“Rotoscoping can also be used to enhance the impression that the various elements matted into a shot are not simply placed on top of the scene, but are actually within it.” (Rickitt, 2007) [4]. “Originalmente, esta técnica foi criada para animação, em que filmagens reais eram projetadas quadro a quadro em um vidro e daí, então, eram traçadas para depois serem fotografadas novamente.” (Furtado 2000) [1].

Para a composição do enquadramento final, foi utilizada a técnica de matte painting. “Matte Painting, a painting, usually of a location, which is combined with live-action footage, animation, or models to produce a realistic composite image.” (Rickitt, 2007) [4].

Relativamente ao matte painting, a autora Patricia Netzel (2000) [3] comenta que: “The painting can provide a background of scenery, buildings, and/or stationary objects, or it can be used to alter some of the foreground live-action elements within a shot.”. A técnica de matte painting era utilizada para pintar, de forma manual, uma parte de uma imagem que foi

mascarada ou recortada. “Daí o nome matte (recorte ou máscara) e painting (pintura).” (Furtado, 2007) [1].

A imagem que se segue [imagem 6], mostra o resultado final da utilização do sistema vistaGlide, em conjunto com as técnicas de matte painting e rotoscoping. Nesta cena do jantar da família McFly [imagem 6], as três personagens que se encontram sentadas, foram interpretadas por Michael J. Fox.

Imagem 6. Still do filme, cena de jantar no ano

de 2015, com Michal J. Fox a interpretar 3 personagens no mesmo campo de ação

Alguns exemplos de outros planos do filme que também foram executados com o sistema VistaGlide:

• Enquadramento com as personagens Biff Tannen e Griff Tannen [imagem 7], interpretadas por Thomas F. Wilson;

Imagem 7. Still do filme com Thomas F. Wilson a interpretar as personagens Biff e Griff Tannen

• Plano com Marty McFly e Marty McFly Jr.

[imagem 8], ambos os papéis interpretados por Michael J. Fox.

Imagem 8. Still do filme com Michael J. Fox, a contracenar consigo próprio, nos papéis de

Marty McFly e McFly Jr.

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2.2. Técnica digital de remoção de cabos - Digital Wire Removal

Digital wire removal é uma técnica usada em cinema para retirar das imagens captadas, através do computador, os cabos que são utilizados para manterem suspensos atores e objetos de uma determinada cena.

“Back to the Future Part II was also one of the first films to take advantage of digital wire removal, whereby a computer is used to erase wires used to “fly” characters or objects.” Netzley (2000) [3]. Uma das cenas do filme onde foi utilizada a tecnologia digital de remoção de cabos, foi a cena de perseguição feita pelo gang do Biff Tannen à personagem principal Marty. O gang do Biff utilizou hoverboards (skates flutuantes) para perseguir Marty. Para a concretização dessa situação, foi necessário utilizar cabos para segurarem e levantarem os atores do chão. Estes cabos foram apagados digitalmente na fase de pós-produção do filme.

Segundo informação encontrada no seguinte Website: http://www.ilm.com/, a empresa ILM desenvolveu um sistema gráfico computorizado especificamente para a remoção dos cabos dessa cena. O software interpolava tanto do lado esquerdo como do lado direito do cabo e imitava o grão do filme. O programa foi criado por Doug Smythe e obteve um prémio na área científica e técnica pelo sistema inovador desenvolvido.

Imagem 9. Making off da cena da perseguição a

Marty

A imagem que se segue [imagem 10] mostra o resultado final após a remoção dos cabos, com as personagens do gang de Biff na cena de perseguição a Marty.

Imagem 10. Still do filme da cena de

perseguição

2.3. A construção da miniatura do carro Delorean e o processo do blue-screen

Para o filme Regresso ao Futuro II, foi necessário reestruturar a miniatura do carro/máquina do tempo Delorean3, utilizada no primeiro filme da trilogia. O Delorean aparece em vários momentos da história. Por exemplo, quando Doc se reencontra com Marty para viajarem no tempo, para o ano de 2015. O carro levanta voo e desaparece no céu. Também foram criadas pequenas marionetas das personagens Marty e Doc, para serem colocadas dentro do carro. “In this case, the object was a miniature car. The car was the same 1/5- scale model used for the time- travel scenes in Back to the Future, remodeled so that 15-inch-tall servo-controlled puppets could fit inside.” (Netzley, 2000) [3].

A miniatura do Delorean foi construída pela empresa de efeitos especiais ILM. O modelo tinha mais de 20 funções a trabalhar, como por exemplo, as luzes sequenciais no chassis e a possibilidade de abertura de uma das portas. A miniatura tinha que ser assim tão pormenorizada, pelo facto do realizador querer cortar a ação entre o modelo real do Delorean e a miniatura, durante determinada situação no filme.

Imagem 11. Construção da miniatura Delorean

O processo blue-screen foi utilizado para simular o

voo do carro Delorean.“Blue-screen, a screen of a carefully balanced blue colour which is placed behind performers or objects during filming to allow the optical or digital creation of travelling mattes. Some screens used for the optical generation of mattes use a translucent blue material backlit with fluorescent tubes to produce an intense colour.” (Rickitt, 2007) [4].

Segundo o autor Furtado [1], em 1989, a cor azul era utilizada como fundo das filmagens, porque permitia um melhor recorte ótico e eletrónico das personagens e objetos.

Depois de terminadas as filmagens, o blue-screen era substituído por um outro fundo de ação e misturado com outros efeitos especiais.

3 Mais informações sobre o carro Delorean em: http://www.bttf.com/delorean/creation

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Imagem 12. Filmagem do Delorean, suspenso no ar por uma estrutura de cabos, com o blue-

screen em 2º plano

A imagem 13 mostra as miniaturas das personagens principais dentro da máquina do tempo - Delorean.

Imagem 13. Miniaturas das personagens Marty

e Doc

3. As diferenças ao nível da tecnologia de efeitos especiais se existisse um remake do filme Regresso ao Futuro II em 2014

O filme Regresso ao Futuro II foi concretizado há 25 anos atrás, em 1989. Entre 1989 e 2014, a tecnologia dos efeitos especiais desenvolveu a nível científico e técnico de forma relevante, criando formas inovadoras de realizar e executar os efeitos especiais. A utilização do computador, para criar determinados efeitos, é um fator de diferenciação importante entre os anos 80 do século XX e presentemente no ano de 2014. “Computer Generated Imagery, CGI…, hoje em dia é parte integrante de boa parte dos efeitos visuais gerados para o cinema e vídeo.” (Furtado, 2007) [1].

A maioria dos efeitos especiais do filme Regresso ao Futuro II, foram desenvolvidos recorrendo ao uso de ilusões óticas e efeitos visuais. Como por exemplo, a utilização da técnica de rotoscoping, ja mencionada anteriormente. “A definição e ideia mais coerente no que diz respeito a esses termos é a de que efeitos visuais são um tipo de efeito especial no qual as imagens são manipuladas após a captura. Por este motivo, são

chamados de efeitos óticos, fotográficos ou visuais.” (Furtado, 2007) [1].

O processo de blue-screen foi utilizado no filme, em 1989, e no decorrer dos anos este processo sofreu algumas alterações a nível técnico. “The process was originally accomplished chemically using a device called an optical printer, but today it is generally done electronically via a computer. Blue-Screen work that is done on videotape (rather than film) is called chromakey.” (Netzley, 2000) [3]. Na atualidade, com o desenvolvimento da tecnologia digital, verificou-se que a cor verde proporcionava um melhor recorte [1].

Como já foi referido, o Regresso ao Futuro II foi um dos primeiros filmes a utilizar a técnica digital de remoção de cabos (digital wire removal). A propósito disso, Michael Lantieri, elemento da equipa de efeitos especiais do filme, refere que foram utilizados cabos muito finos para pendurarem os objetos e atores. Esses cabos pareciam quase invisíveis no ecrã. A equipa também se preocupou em construír cenários que tivessem muitas linhas verticais para ajudarem à fusão dos cabos com o set de filmagem [4]. Lantieri comenta também que, “'Today, wires are so easy to remove from a shot that we actually paint them to make sure the computer guys can see them clearly!'” (Rickitt, 2007) [4]. Portanto, o processo digital da remoção de cabos evoluiu e atualmente existem mais possibilidades técnicas. Algumas dessas formas de eliminação poderão ser consultadas através do seguinte Website: https://www.fxguide.com/featured/the_art_of_wire_removal/

Na atualidade, criam-se elementos digitais para serem misturados com a realidade captada. Estas são possiblidades dadas pelo CGI (Computer Generated Imagery).

Na imagem 14, pode observar-se a quantidade de elementos da equipa técnica que foram precisos para conseguir executar um efeito com o casaco da personagem Marty. Nesta cena, Marty chega ao futuro e veste um casaco que tem a capacidade de encolher e ajustar-se ao seu corpo. Em 2014, esta situação poderia ser concretizada de uma forma mais rápida e eficaz, recorrendo à tecnologia digital existente, o CGI.

Imagem 14. Bastidores, do Regresso ao Futuro II, com a equipa técnica e o ator Michael J. Fox

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Furtado[1] refere que os efeitos visuais da era analógica, ao longo do tempo, foram substituídos na sua maioria pelos efeitos digitais. Portanto, depois de um período de 25 anos após a realização do Regresso ao Futuro II, poderá afirmar-se que existem mudanças relevantes ao nível do planeamento e da execução técnica na área de produção de efeitos especiais.

Reflexões Finais

Com a análise realizada ao filme Regresso ao Futuro II, posso concluir que os efeitos especiais foram bem adequados à narrativa. “Filmes carregados de efeitos especiais, em especial os de última geração, podem se tornar blockbusters, mas se não possuírem uma idéia consistente cairão no esquecimento ao longo do tempo.” (Furtado, 2007) [1]. Para mim, a história da trilogia do Regresso ao Futuro é inovadora. Existiu também uma preocupação em desenvolver um produto cinematográfico artístico de qualidade relativamente aos aspetos estéticos e técnicos do filme.

Com este trabalho, foi possível compreender as técnicas utilizadas na criação dos efeitos especiais que estão presentes na longa-metragem. A pesquisa que desenvolvi também permitiu compreender a evolução dos efeitos especiais e das respetivas práticas até ao momento.

Na minha opinião, os efeitos especiais são ferramentas essenciais e preponderantes para a expressão artística de um(a) realizador(a). Furtado (2007) [1] refere que:”Os efeitos especiais surgiram a partir de uma necessidade básica de execução de uma ideia, muitas vezes somente possível no mundo imaginário.” Da utilização e presença de efeitos especiais nos filmes, resultam obras artísticas criativas e inovadoras que proporcionam aos espetadores experiências singulares.

As personagens principais do filme viajam para o futuro, para o ano 2015. Sendo assim, seria pertinente existir um remake deste filme, visto estarmos muito perto desse ano. As técnicas de efeitos especiais existentes no presente, poderiam ser utilizadas na concretização do remake.

Referências

[1] Furtado, M. A. (2007). Efeitos Especiais Livro didático. UnisulVirtual.

[2] Hammond, L. R. (2006). Contemporary American Cinema. Berkshire: Open University.

[3] Netzley, P. D. (2000). Encyclopedia of Movie Special Effects. Phoenix: Oryx Press.

[4] Rickitt, R. (2007). Special Effects the history and technique. Billboard Books.

Filmografia

Canton, N. (Produtor), & Zemeckis, R. (Realizador). (1989). Regresso ao Futuro II [Filme]. EUA.

Imagens

Imagem 1 retirada do seguinte <URL [Consult. 8 de junho de 2014]: http://www.imdb.com/media/rm4124153088/tt0096874?ref_=tt_ov_i

Imagens 2 e 10 retiradas do seguinte <URL [Consult. 10 de junho de 2014]: http://www.ilm.com/

Imagens 3, 4, 5 e 6 retiradas do seguinte <URL [Consult. 10 de junho de 2014]: http://archive.today/5p6mt

Imagens 7 e 8 retiradas do seguinte <URL [Consult. 11 de junho de 2014]: http://backtothefuture.wikia.com/wiki/Category:VistaGlide_images?file=Marty_McFly_and_Marty_McFly%252C_Jr..png

Imagem 9 retirada do seguinte <URL [Consult. 12 de junho de 2014]: http://io9.com/45-behind-the-scenes-back-to-the-future-images-may-teac-1490327200

Imagem 11 retirada do seguinte <URL [Consult. 12 de junho de 2014]: http://www.bttf.com/delorean/creation

Imagens 12, 13 e 14 retiradas do seguinte <URL [Consult. 14 de junho de 2014]: http://geektyrant.com/news/2012/5/11/cool-collection-of-back-to-the-future-behind-the-scenes-set.html