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OS RECURSOS HÍDRICOS NO CONTEXTO DO PLANEAMENTO URBANO
Maria José VALE; Bruno Miguel MENESES; Raquel SARAIVA; Rui REIS
1. A ÁGUA E O PLANEAMENTO URBANO • Gestão eficiente: articular responsabilidades do
sector público com as do sector privado
• Minimização dos impactes sobre os recursos hídricos- Avaliação ambiental estratégica e integrada.
• Planeamento sustentável- Preservação- distribuição-custo - benefício
• Relação com o crescimento e dispersão urbana – população- rendimento-custo- valor a cobrar
1. A ÁGUA E O PLANEAMENTO URBANO O Uso e Ocupação do Solo de Portugal Continental (resultados do projeto Landyn)
• Aumento de área ocupada por corpos de água durante as últimas 3 décadas
• Aumento do território artificializado
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Recursos hídricos em Portugal – média anual dos últimos 20 anos (Fonte: Eurostat).
1. A ÁGUA E O PLANEAMENTO URBANO
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Agrícolas Agroflorestais Artificializados Corpos de água Florestas Incultos Zonas húmidas
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Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Portugal Cont.
Variação relativa percentual por tipo de LULC em Portugal Continental e por região entre 1995 e 2010
1. A ÁGUA E O PLANEAMENTO URBANO Exemplo de uma área na Região do Alentejo com transição de vários tipos de uso e ocupação do solo para corpos de água (nomenclatura LULC Landyn).
2. Importância da gestão de informação na gestão eficiente da água no contexto português e internacional. As infraestruturas de dados espaciais para a gestão da água • Partilha de informação • Qualidade dos dados e Segurança da informação • Plataforma de gestão de conhecimento orientadas para a melhoria de
desempenho
No âmbito do trabalho produzido pela DGT • Avaliar a utilidade de diferentes conjuntos de dados para apoiar ações de
planeamento - crescimento e distribuição de áreas urbanas - dimensão deste crescimento – distribuição de necessidades avaliar o impacte destas dinâmicas em articulação com as dinâmicas de LULC sobre a qualidade de água bruta.
• Importância da diretiva INSPIRE, interoperabilidade - estruturas de dados espaciais - normas e linguagens comuns a todos os estados-membros – Diretiva Quando da Água e AIA EEA.
2. Importância da avaliação da evolução da ocupação dos solos e da temática da água no contexto português e internacional. 2. 1. Projeto Ter-água • Criação de uma infraestrutura de dados espacial de suporte ao planeamento e
gestão da água e do espaço e aplicada à gestão da Bacia da Albufeira de Castelo de Bode: • Complexidade dos problemas de gestão da água • Gestão de diferentes áreas de água interfere • Complexidade dos requisitos legais nacionais e europeus
• Plataforma colaborativa: • diferentes conjuntos de dados geográficos (vetoriais e raster) • dados estatísticos oficiais • compreender melhor em que medida o processo de planeamento tem sido
relevante para promover a qualidade de vida, juntamente com a preservação da qualidade da água
• Gestão de informação georreferenciada • Eficiências de custos – também na produção de informação
2. Importância da avaliação da evolução da ocupação dos solos e da temática da água no contexto português e internacional. 2. 2. Projeto eENVplus • Criação de uma infraestrutura interoperável aberta capaz de integrar as
infraestruturas existentes de acordo com os requisitos da diretiva INSPIRE e normas internacionais: • Promover e testar estes processos espácio-temporais na infraestrutura
• DGT desenvolverá um piloto em Portugal, abrangendo três Municípios, objetivo: • Avaliar a aptidão para a utilização de diferentes conjuntos de dados oficiais
disponíveis para lidar com a evolução do crescimento urbano • Avaliar a sustentabilidade do crescimento urbano e as suas pressões
socioeconómicas e ambientais • Criação de indicadores de acompanhamento (orientar o desenvolvimento de
políticas) • Disponibilização de informação através de webservices, construção de um sistema
de gestão de informação (suporte à monitorização)
3. Projeto Landyn
Análise da ocupação do solo por corpos de água (por amostragem) em 1980, 1995 e 2010
Área
total da
Região
1980 1995 2010
REGIÃO
(NUT II)
Corpos
de água
Área
NUT
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Área de
Portugal
Continental
Corpos
de água
Área
NUT
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Área de
Portugal
Continental
Corpos
de água
Área
NUT
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Área de
Portugal
Continental
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Norte 2128403 14925 0,7 0,2 14829 0,7 0,2 15142 0,7 0,2
Centro 2819994 11157 0,4 0,1 12480 0,4 0,1 12997 0,5 0,1
Lisboa 294021 14191 4,8 0,2 14164 4,8 0,2 14144 4,8 0,2
Alentejo 3155109 29016 0,9 0,3 29142 0,9 0,3 50646 1,6 0,6
Algarve 499608 10995 2,2 0,1 11014 2,2 0,1 11136 2,2 0,1
TOTAL 8897135 80284 --- 0,9 81629 --- 0,9 104066 --- 1,2
Área ocupada por corpos de água por região (NUT II) em diferentes momentos
http://www.dgterritorio.pt/a_dgt/investigacao/landyn/ [email protected]
1. A ÁGUA E O PLANEAMENTO URBANO
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Agrícolas Agroflorestais Artificializados Corpos de água Florestas Incultos Zonas húmidas
%
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Portugal Cont.
Variação relativa percentual por tipo de LULC em Portugal Continental e por região entre 1995 e 2010
4. Artificialização do solo na área envolvente da Albufeira de Castelo de Bode
Artificialização do solo e seus impactes na qualidade da água da albufeira • Aumento potencial do escoamento superficial devido à impermeabilização • Degradação da qualidade de água bruta- resultantes das atividade antrópicas (e.g. esgotos, atividades náuticas motorizadas, saneamento, rega de culturas ou jardins)
Albufeira de Castelo de Bode e área envolvente
4. Artificialização do solo na área envolvente da Albufeira de Castelo de Bode
Artificialização do solo e seus impactes na qualidade da água da albufeira • Aumento do escoamento superficial devido à impermeabilização • Aumento de compostos na água resultantes das atividade antrópicas (e.g. atividades náuticas motorizadas, rega de culturas ou jardins)
Construções na envolvência da barragem de Castelo de Bode
1998
3891
2298 656
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N.º
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Construções Total de Construções
4. Artificialização do solo na área envolvente da Albufeira de Castelo de Bode – relação com a qualidade da água
Construções na envolvência da barragem de Castelo de Bode
1998
3891
2298 656
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1998
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8187
8843
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H
Cloreto pH (medido em campo) Condutividade de campo a 20ºC
Variação do teor de sais solúveis (CE), cloreto e pH (média anual) nas águas da albufeira de Castelo de Bode entre 1990 e 2010
Plataforma colaborativa de suporte à gestão territorial
• Construção de um sistema de gestão de informação capaz de tirar partido das infra-estruturas de dados e da informação detida por entidades públicas a diferentes níveis administrativos e territoriais;
• Suporte à monitorização, avaliação do quadro normativo e sua implementação e realinhamento de estratégias de ordenamento do território, de ambiente e das políticas públicas com expressão territorial.
Plataforma Colaborativa de Suporte à Gestão Territorial
… em desenvolvimento
5. Considerações Finais • Importância da construção de indicadores (ambientais & territoriais)
• Entender as necessidades da população • relacioná-los com o uso do solo - construção de cenários de evolução para a transformação da
paisagem • Facultar orientações aos decisores e investigadores para o entendimento, em que medida, as
mudanças na paisagem garantem o desenvolvimento equilibrado
• Compreender em que medida o processo de planeamento tem sido relevante na promoção da
qualidade ambiental em áreas urbanas e arredores
• Permitir o desenvolvimentos tecnológicos no domínio das tecnologias da informação
• Ferramentas associadas à colaboração responsável das entidades públicas na atividade de planeamento, na partilha de informação com descritores de qualidade associados, no quadro dos motores de busca integrando a variável espaço, na integração de mecanismos de melhoria contínua do desempenho de cada ator
• Compreender os problemas levantados durante a partilha de informação geográfica entre o sector público • Garantir a preservação da água potável e estabelecer os compromissos necessários entre
o crescimento económico e a proteção ambiental num quadro de crescente eficiência.
Obrigada
DIREÇÃO GERAL DO TERRITÓRIO Rua da Artilharia Um, 107 1099-052 Lisboa Portugal (+351) 21 381 96 00 Fax: (+351) 21 381 96 99 [email protected]
Projetos de Investigação em desenvolvimento na DGT
Maria José VALE*; Bruno Miguel MENESES; Raquel SARAIVA; Rui REIS *[email protected]