os sete sacramentos
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catequeseTRANSCRIPT
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Os Sete Sacramentos0101
IntroduçãoIntrodução
2/18Sacramentos
Por meio dos sacramentos, “Cristo mani-festa, torna presente e comunica a sua obra de salvação pela liturgia da suaIgreja” (CCE 1076CCE 1076).
“A liturgia é o memorial do mistério da salvação” (CCE 1099CCE 1099).
CULTO CRISTÃO
“A liturgia cristã não se limita a recordar os acontecimentos que nos sal-varam: actualiza-os, torna-os presentes” (CCE 1104CCE 1104).
3/18Sacramentos
CONVENIÊNCIACONVENIÊNCIA Vida naturalVida natural Vida sobrenaturalVida sobrenatural
IndivíduoIndivíduo
nascernascer BaptismoBaptismo
crescer ecrescer erobustecer-serobustecer-se ConfirmaçãoConfirmação
alimentar-sealimentar-se EucaristiaEucaristia
curar-securar-se PenitênciaPenitência
convalescerconvalescer Unção dos DoentesUnção dos Doentes
SociedadeSociedadegovernar-segovernar-se OrdemOrdem
perpetuar-seperpetuar-se MatrimónioMatrimónio
4/18Sacramentos
Os Sacramentos podem classificar-se em três grupostrês grupos
Sacramentos da iniciação cristãSacramentos da iniciação cristã
Sacramentos de curaSacramentos de cura
Sacramentos ao serviço da comunidadeSacramentos ao serviço da comunidade
PenitênciaPenitência Unção dos DoentesUnção dos Doentes
OrdemOrdem MatrimónioMatrimónio
BaptismoBaptismo ConfirmaçãoConfirmação EucaristiaEucaristia
5/18Sacramentos
““Os Os sacramentossacramentos são: são:
sinais sinais eficazes da graçaeficazes da graça,,
instituídos porinstituídos por Cristo Cristo e confiados à Igreja, e confiados à Igreja,
pelos quais nos é dispensada a pelos quais nos é dispensada a vida divinavida divina” (” (CCE 1131CCE 1131))
6/18Sacramentos
Sinal sacramentalSinal sacramental
Não é puramente convencional (não é como os sinais da Escritura)
Baseia-se numa certa aptidão para significar:Exemplo: lavar o corpo - lavar a alma ungir o corpo - alívio da alma
Sinal sensível: razão pedagógica (ajuda-nos a compreender o espiritual) = a realidade sobrenatural torna-se-nos acessível através dos sentidos.
7/18Sacramentos
OS SACRAMENTOS SÃO SINAIS SENSÍVEIS
EstruturaEstrutura do sinal sacramental (analogia):
- matéria (acção ou gesto material sensível)
- forma (palavras que acompanham e
declaram o sentido especial da matéria).
Matéria e forma devem estar
unidas para que se dê o sinal
sacramental. O tipo de união
necessária depende de cada
sacramento.
8/18SacramentosINSTITUIÇÃO DOS SACRAMENTOS
Ninguém senão Deus pode dar a uns meros sinais a capacidade de conferir a
graça sobrenatural:
Autor principal: Cristo com a sua divindade
Autor instrumental: Cristo com a sua humanidade
A Igreja não pode alterar o que se refere ao essencial do sinal sacramental.
Transformação substancial ou não na matéria conforme a estimativa comum
dos homens. Na forma conforme as palavras são ou não aptas para manifestar
o sentido da acção.
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9/18SacramentosSacramentosEFEITOS DOS SACRAMENTOS
A CCE 1127CCE 1127: “conferem a graça que significam. Eles são eficazes, porque neles é o próprio Cristo que opera”.
Comunicam a graça ex opere operato. Mas não automatismo.
Efeitos principais: Graça santificante Graça sacramental Carácter em alguns
B
C Outros efeitos: expressar e fortalecer a fé prestar culto a Deus realizar a santificação dos homens criar e manifestar a comunhão eclesiástica
10/18SacramentosSacramentosEFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOS
A GRAÇA SANTIFICANTEA GRAÇA SANTIFICANTE
Dom gratuito de Deus que produz uma participação sobrenatural na natureza divina e nos torna filhos de Deus = adopção divina: muito para além da humana.
Os sacramentos comunicam-na ou aumentam-na:
- Sacramentos de mortosSacramentos de mortos: por si próprios comunicam a primeira recepção da graça (graça primeira); ocasionalmente comunicam o seu aumento (graça segunda)
- Sacramentos de vivosSacramentos de vivos: para produzir a graça, exigem o estado de graça. Acidentalmente podem produzir a graça primeira (se há boa fé: não adesão voluntária ao pecado)
11/18SacramentosSacramentos
EFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOSA GRAÇA SACRAMENTALA GRAÇA SACRAMENTAL
Pode-se entender como um direito de receber as graças actuais necessárias para alcançar melhor o fim próprio do sacramento ou para cumprir as obrigações que nascem dele.
= “a graça do Espírito Santo dada por Cristo e própria de cada sacramento” (CCE 1129CCE 1129).
12/18SacramentosSacramentos
EFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOSO CARÁCTERO CARÁCTER
- Baptismo, Confirmação, Ordem sacerdotal. - indelével: esses sacramentos não podem ser reiterados. - produzem uma parecença com Cristo segundo a sua função
sacerdotal.
= selo pelo qual o cristão participa do sacerdócio de Cristo e forma parte da Igreja segundo estados e funções diversas.
13/18SacramentosEFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOS
ESQUEMAESQUEMA
BaptismoBaptismo Cristo dá-nos a vida nova de filhos de Deus na Igreja.Cristo dá-nos a vida nova de filhos de Deus na Igreja.
ConfirmaçãoConfirmação O Espírito Santo fortalece-nos para que sejamos O Espírito Santo fortalece-nos para que sejamos testemunhas de Cristo.testemunhas de Cristo.
EucaristiaEucaristia Participamos do Sacrifício de Cristo e comungamos o Seu Participamos do Sacrifício de Cristo e comungamos o Seu Corpo e Sangue.Corpo e Sangue.
PenitênciaPenitência Cristo perdoa-nos os pecados e reconcilia-nos com Deus Cristo perdoa-nos os pecados e reconcilia-nos com Deus e com a Igreja.e com a Igreja.
Unção dos DoentesUnção dos Doentes Cristo fortalece o Cristão perante a doença, a velhice ou a Cristo fortalece o Cristão perante a doença, a velhice ou a morte.morte.
OrdemOrdem Cristo consagra sacerdotes para servir o seu povo.Cristo consagra sacerdotes para servir o seu povo.
MatrimónioMatrimónio Cristo santifica a união do homem e da mulher.Cristo santifica a união do homem e da mulher.
14/18Sacramentos
REVIVESCÊNCIA DOS SACRAMENTOSREVIVESCÊNCIA DOS SACRAMENTOS
Não produzem a graça se existir um obstáculo (falta das disposições necessárias: fé, estado de graça para os de vivos).
Podem reviver os que só se podem receber uma só vez ou muito poucas vezes. Não revivem a eucaristia nem a penitencia.
Os que revivem fazem-no no momento em que se dá aquela boa disposição que teria sido necessária quando se recebeu mal o sacramento.
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15/18Sacramentos
MINISTRO DOS SACRAMENTOS
Só o homem devidamente ordenado, ou o legitimamente eleito com esta finalidade pela legítima autoridade, pode ser ministro. Cristo é sempre o ministro principal.
O ministro deve ter a intenção de fazer o que a Igreja faz e de realizar devidamente o sinal sacramental.
Ministro ordinário: aquele a quem por oficio incumbe administrar um sacramento. O extraordinário: necessidade ou delegação.
Para a validade não se requer a fé nem o estado de graça no ministro. Para a licitude sim, excepto em caso de grave necessidade.
16/18Sacramentos
INTENÇÃO DO MINISTRO
Uma intenção pode ser:
- actual (explicita-se aqui e agora);
- virtual (teve-se como actual, não se retractou, influi na acção);
- habitual (igual, mas não influi na acção).
Para administrar um sacramento, o ministro deve ter intenção actual ou virtual. Para o receber validamente, costuma ser suficiente a habitual.
17/18Sacramentos
ATENÇÃO DO MINISTRO
I. Atenção interna = aplicação da mente ao que se faz, ausência de distracções voluntárias.
Atenção externa = ausência de outra acção simultânea que torne
impossível a atenção interior.
II. Para a validade: basta a atenção externa. Para a licitude: necessária a atenção interna.
18/18Sacramentos
OBRIGAÇÃO DE NEGAR OS SACRAMENTOS
Nunca é lícito administrar um sacramento a um sujeito incapaz de o receber. Não é lícito administrar um sacramento a um sujeito indigno, a não ser que haja uma causa gravíssima. (indigno: excomungado, herege, pecador públi- co, sem estar em estado de graça para um sacramento de vivos, etc.)Duas regras: Negar ao pecador público do qual não conste o arrependimento, e ao pecador oculto que os peça privadamente;
Não se devem negar os sacramentos ao pecador oculto que os peça publicamente.
Se se duvida da capacidade do sujeito: forma condicionada.
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A
B
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01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0202
BaptismoBaptismo
20/11 Baptismo
ANÚNCIOS E FIGURAS DO BAPTISMO
Os cristãos viram-nos: - na salvação do dilúvio de oito pessoas na arca de Noé; - na passagem do Mar Vermelho; - na passagem do Jordão; - no rito da circuncisão.
“Todas as prefigurações da Antiga Aliança encontram a sua realização em Jesus
Cristo” (CCE1223CCE1223). (sangue e água do seu lado trespassado na Cruz)
21/11 Baptismo
É a “porta da vida espiritual e a porta que dá acesso aos outros sacramentos” = “o sacramento da regeneração pela água com a Palavra” (CCE 1213CCE 1213).
Rito essencialRito essencial = ablução por água e palavras.
Ablução = tripla imersão, efusão ou infusão de modo que a água corra em contacto com a pele.
Palavras = “N., eu te baptizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Caso de necessidadeCaso de necessidade: o que segundo a apreciação comum continua a ser água.
22/11Baptismo
OS PADRINHOS
Um homem, uma mulher ou um homem e uma mulher.
Têm de ser católicos, estar confirmados, ter recebido a primeira comunhão, viver uma vida cristã e ter feito16 anos.
23/11Baptismo
MINISTRO DO BAPTISMO
SoleneSolene (com todas as cerimónias prescritas):Bispo, sacerdote ou diácono. MAS reserva-seao pároco a sua administração (qualquer outro:precisa da sua autorização para a licitude).
Não soleneNão solene (ex.: caso urgente com perigo demorte):qualquer pessoa que tenha a intenção de fazer aquilo que a Igreja faz, mesmo que nem sequer seja cristão.Neste caso: rito essencial.
24/11Baptismo
SUJEITO
Sujeito capaz de o receber: “todo e só o homem ainda não baptizado” (CIC 864CIC 864)
AdultosAdultos: intenção pelo menos habitual de oreceber.
Crianças e recém-nascidosCrianças e recém-nascidos: nenhumacondição especial.
25/11BaptismoSUJEITO ADULTO
VALIDADE: intenção de o receber, que podeser implícita.
LICITUDE: Conhecer as principais verdades da fé (existência de Deus, remunerador, que encarnou, Trindade); Conhecer as principais obrigações cristãs; Ter dor dos seus pecados; Catecumenato.
Caso dos baptizados fora da Igreja católica: - Não voltar a baptizá-los; - Se houver sérias dúvidas acerca da validade do seu baptismo, baptizar condicionalmente.
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26/11BaptismoSUJEITO CRIANÇA
CIC 867CIC 867: os pais católicos “têm obrigação de procurar que as crianças sejam baptizadas dentro das primeiras semanas”.
Não o administrar aos filhos de pais que não dêem o seu consentimento ou se não houveresperança de educação na fé.
Em perigo de morte, baptizar, apesar da oposição dos seus pais.
Fetos abortivos e não nascidos que se prevê que não vão nascer vivos: devem ser baptizados e, se houver dúvida de vida, fazê-lo condicionalmente.
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RegeneraRegenera para a vida nova, pela qual o homem se torna filho de Deus: confere a graça santificante, acompanhada das virtudes infusas e dos dons do Espírito Santo.
BaptismoEFEITOS
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PerdoaPerdoa todos os pecados: original e actuais (arrepender-se). Permanece a inclinação para o pecado (concupiscência).
PerdoaPerdoa toda a pena devida pelos pecados: também temporal.
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4 ImprimeImprime o carácter, que nos assemelha a Cristo e dá a capacidade de receber os outros sacramentos. Inapagável..
5 DáDá a graça sacramental: direito a especiais ajudas para exercitar a fé, viver uma vida cristã e receber bem os restantes sacramentos..
6 IncorporaIncorpora à Igreja (Corpo de Cristo), constituiconstitui um vínculo sacramental de unidade dos cristãos.
28/11Baptismo
NECESSIDADE
= Necessidade de meio, para a salvação eterna.
Quanto à infusão da graça e ao perdão
dos pecados (não quanto ao carácter), o baptismo de água pode ser suprido por:
- baptismo de sangue (martírio) - baptismo de desejo (acto de amor de Deus unido ao desejo, pelo menos implícito, do baptismo).
29/11Baptismo
NECESSIDADE
“Quanto às crianças que morrem sem Baptismocrianças que morrem sem Baptismo, a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do respectivo funeral. De facto, a grande misericórdia de Deus, «que quer que todos os homens se salvem», e a ternura de Jesus para com as crianças, que O levou a dizer: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis», permitem-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem baptismo. Por isso, é mais premente
ainda o apelo da Igreja a que nãoque não se impeçamse impeçam as crianças de virem a Cristo, pelo dom do santo BaptismoBaptismo” (CCE 1261CCE 1261).
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0303
ConfirmaçãoConfirmação
31/8
“Como todos os sacramentos:
CRISTO.
Não se sabe quandoNão se sabe quando: talvez na Última Ceia
(consagração do crisma), talvez depois da
ressurreição.
Confirmação
Não se administrouNão se administrou até depois do Pentecostes (plenitude do Espírito Santo).
INSTITUIÇÃO
32/8ConfirmaçãoTESTEMUNHOS ANTIGOS
Actos dos Apóstolos: diácono Filipe = enviaram Pedro e João para que os que baptizasse e recebessem o Espírito Santo. Diversidade de nomes: imposição das mãos, sacramento do crisma, sacramento de plenitude.
Primeiro a aplicar o nome de confirmação: Santo Ambrósio.
33/8
O rito essencialO rito essencial: “é conferido mediante a unção do crismacrisma na fronte, a qual se realiza pela imposição das mãos” (CIC 880CIC 880).
Confirmação
Para a validade, a imposição da mão não é necessária.
Crisma = azeite consagrado pelo bispo na missa crismal de Quinta-feira Santa: azeite de oliveira misturado com uma pequena quantidade de bálsamo.
Forma no rito latino: N. “recebe por este sinal o dom do Espírito Santo”.
SINAL SACRAMENTAL
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CCE 1312CCE 1312: “O ministro originário da confirmação é o bispo” (caso Filipe).
Confirmação
Rito latinoRito latino: ministro ordinário = bispo ministro extraordinário = “o presbítero dotado de faculdade por direito comum ou por concessão peculiar da autoridade competente” (CIC 882).
Por direito: - os que se equiparam ao bispo diocesano; - baptismo ou recepção na Igreja de um adulto; - em perigo de morte.
OrienteOriente: o presbítero que baptiza confere a confirmação. Fá-lo com o crisma consagrado pelo bispo.
MINISTRO
35/8
“Todo o baptizado, ainda não confirmado, pode e deve receber o sacramento da confirmação”.
Confirmação
Baptizado com uso da razãocom uso da razão: VALIDADE: intenção pelo menos habitual. LICITUDE: instrução e estado de graça.
IDADE: Igreja latinaIgreja latina = “por volta da idade da razão” (CIC 891CIC 891). Mas a confe-
rência episcopal pode determinar uma idade mais avançada. Se houver perigo de morte ou outra razão justa: pode-se antecipar a sua
administração.
SUJEITO
36/8Confirmação
1. Aumento da graça santificante e, especialmente, dos dons do Espírito Santodons do Espírito Santo. “enraíza-nos mais profunda- mente na filiação divina” (CCE 1303CCE 1303).
2. Graça sacramental: direito às ajudas ajudas necessárias para exercitar a fortaleza no que se refere a professarprofessar
publicamente a fé a fé Também para a luta espiritual.luta espiritual. = certa consagração para servir Cristo como soldadosoldado, para ser miles Christi.
3. Carácter: selo do Espírito Santo que “marca a pertença total a Cristopertença total a Cristo, a entre-
ga para sempre ao seu serviço” (CCE 1296CCE 1296).
EFEITOS
37/8Confirmação
Não necessária com necessidade de meio. Mas muito conveniente para o desenvolvimen- to da vida cristã: de outro modo não teria sido instituída por Cristo.
CCE 1285CCE 1285: “é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária para a plenitude da graça baptismal”.
“Os fiéis estão obrigados” a recebê-lo “no tempo oportuno” (CIC 890CIC 890).
NECESSIDADE
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0404
EucaristiaEucaristia
39/26Eucaristia
PÁSCOA: a festa mais importante do calendário judeu. Recordam como o
sangue de cordeiro com que tinham assinalado as suas casas os tinha livrado
do castigo.
Era o anúncio de outra Páscoa na
qual o sangue do “cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo”, Jesus
Cristo, nos libertaria da escravidão
do demónio e do pecado.
40/26OrdemCERIMÓNIA DA PÁSCOA NO TEMPO DE JESUS
Antes de comer o cordeiro dizia-se uma bênção e bebia-se um copo de vinho misturado com água..
Trazia-se para a mesa as ervas, o pão e o cordeiro assado.
Explicava-se o significado do que se fazia, recitavam-se salmos, tomava-se um segundo copo de vinho.
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Abençoava-se, partia-se e comia-se o pão sem fermentar.
Depois de comer o cordeiro com as ervas, lavadas já as mãos, benzia-se um terceiro copo de vinho e bebia-se.Recitavam-se outros salmos.
7 Benzia-se e bebia-se um quarto copo de vinho.
8 Acção de graças final.
Em 4. Jesus disse: “isto é o meu corpo”. Em 5.: “este é o meu sangue”.Não se fez 7.: “recitado o hino, saíram...” (Mt 26, 30).
41/26Eucaristia
Dá ao mesmo tempo aos seus
Apóstolos a capacidade de produzir
a transubstanciação, e o encargo de
continuar a oferecer este sacrifício
ao longo dos séculos.
Na mesma acção instituiu a eucaristia
e o sacerdócio ministerial (= de serviço).
Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em minha memória”.
42/26Eucaristia
Na eucaristia, Cristo está verdadeiraverdadeira, real, substancialmente real, substancialmente presente.
FundamentadoFundamentado em 5 textos do Novo Testamento: Jo 6, Mt 26, Mc 14, Lc 22, 1 Cor 11, 23.
PRESENÇA REAL
Cristo presente todo, completo, em cada uma das espécies: posto que ressuscitou, com o seu corpocorpo está o seu sanguesangue, a sua alma alma e sua divindadedivindade.
Presença ad modum substantiaead modum substantiae = completo em cada uma das partes das espécies.
43/26Eucaristia
PÃOPÃO: - de trigo. - licitude: rito latino: sem fermentar; rito oriental: fermentado. - feito recentemente: sem perigo de corrupção.
VINHOVINHO: - da videira e não corrompido. - obrigação grave de juntar-lhe um
pouco de água, como fez Cristo: . Recorda que saiu água do seu lado juntamente com o seu sangue . Representa a união do povo fiel com a sua cabeça Jesus Cristo.
MATÉRIA
44/26Eucaristia
SACRIFÍCIO DA MISSA, 1
De féDe fé: a missa é um verdadeiro sacrifício.
Instituído por Cristo na Última Ceia, mas não só nem principalmente uma renovação desta cena, senão uma renovação mística e real da morte de Cristo na Cruz.
De féDe fé: é a renovação incruenta do sacrifício cruento do Calvário.
45/26Eucaristia
SACRIFÍCIO DA MISSA, 2
- idêntica oferenda: Cristo (na missa realmente presente de modo sacramental); - idêntico sacerdote principal: Cristo (na missa o ministro actua no nome e na pessoa de Cristo).
Só a maneira em que Cristo oferece o sacrifício da cruz e o da missa difere: na cruz sacrifício com derramamento de sangue, na missa sacrifício incruento.
Identidade missa-cruz:
46/26Eucaristia
Diferenças acidentais entre a Cruz e a Missa:
CruzCruz MissaMissa
Cristo oferece-se mortal e passivamente
Cristo oferece-se imortal e impassivamente
Cristo oferece-se directamente Cristo oferece-se por meio do sacerdote
Cristo redime-nos Perpetua-se e aplica-se-nos a redenção
SACRIFÍCIO DA MISSA, 3
47/26Eucaristia
SACRIFÍCIO DA MISSA, 4
A sua essência consiste na separação sacramental entre o corpo e o sangue do Senhor pela dupla consagração do pão e do vinho, com o consequente significado da sua morte, ainda que na realidade, sob ambas as espécies está Cristo completo.
O momento essencialmomento essencial da missa é portanto a consagração.
A comunhão do sacerdote não pertence à essência da missa, ainda que sim à integridade do rito: por isso há-de sumir ambas as espécies.
48/26Eucaristia
Os sacerdotes devem celebrar o sacrifício eucarístico “com frequência; mais, recomenda-se encarecidamente a celebração diária, mesmo que não se possa fazê-lo com assistência de fiéis” (CIC 904CIC 904).
Antiga disciplina: obrigação várias vezes cada ano; recomendava-se pelo menos nos domingos e festas de preceito.
OBRIGAÇÃO DE CELEBRAR MISSA
Por razão do ofício eclesiástico, obrigação de dizê-la e oferecê-la pelo povo todos os domingos e dias importantes assinalados em geral e para cada diocese.
49/26EucaristiaFINS DA SANTA MISSA
São quatro:
1) latrêutico (adoração) 2) eucarístico (acção de graças) 3) propiciatório (desagravo pelos pecados) 4) impetratório (petição)
1 e 2 produzem-se infalivelmente
(referência directa a Deus). 3 e 4,
não (dependem dos homens:
disposições, pedir o conveniente, etc.).
Correspondem aos fins do sacrifício
do Calvário.
50/26EucaristiaFRUTOS DA SANTA MISSA
São quatro: 1) Geral (aproveita ao conjunto da Igreja militante e purgante) 2) Especial (aproveita aos assistentes) 3) Especialíssimo (aproveita ao sacerdote celebrante) 4) Ministerial (aproveita àqueles por quem se oferece a missa).
A aplicação do ministerial só a pode fazer
o sacerdote celebrante: pelos vivos ou
pelos defuntos (a modo de sufrágio).
51/26Eucaristia
ESTRUTURA DA MISSA, 1
Fundamentalmente, a missa consiste em representar (“voltar a tornar presente”) o sacrifício de Cristo na cruz, oferecido de uma vez para sempre a Deus Pai em remissão dos pecados. O sacrifício da cruz é sempre actual: renova-se em cada missa por meio dos sinais sacramentais (tornam realmente presente o corpo e o sangue de Cristo e misticamente os separam, como se separaram fisicamente na sua morte). No altar, o sacerdote ministro faz as vezes de Cristo, actua em seu nome e pessoa.
52/26Eucaristia
ESTRUTURA DA MISSA, 2
Duas grandes partes que formam uma unidade indissolúvel:
1. Liturgia eucarística: núcleo central, actualização do sacrifício da cruz;
2. Liturgia da palavra: prévia reunião dos fiéis através da leitura e consideração da palavra de Deus contida nas Escrituras.
Constituem um só acto de culto
53/26EucaristiaORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 1
Elementos que nunca faltam Elementos que nunca faltam :1. Uma acção de graças: prefácio;2. Uma invocação ao Espírito Santo: epiclese;3. Um relato da instituição da eucaristia, com as palavras de Cristo sobre o pão e vinho, ditas com sentido de presente, e que os convertem no corpo e sangue de Cristo: consagração;4. Uma recordação da paixão e ressurreição de Cristo: anamnese;5. Uma oblação pela qual a Igreja oferece a Deus Pai o sacrifício do seu Filho;6. Algumas intercessões a favor dos vivos e os defuntos;7. Uma última acção de graças à Trindade: doxologia.
54/26Eucaristia
São quatro principais e várias mais de recente incorporação.
O. E. 1O. E. 1:- formação até ao século IV; - forma definitiva no século VI; - em toda a Igreja do rito latino: pelos séculos IX a XI.
O. E. 2O. E. 2: inspira-se na de Santo Hipólito: de dois ou três séculos anterior ao cânone romano e é compartilhada com alguns ritos orientais.
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 2
55/26Eucaristia
O. E. 3O. E. 3: - com reminiscências de antigas liturgias; - acentua o aspecto sacrificial da eucaristia; - nela se destacam a universalidade, o ecumenismo e a escatologia, assim como o sacerdócio comum dos fiéis. O. E. 4O. E. 4: - prefácio fixo: não se pode usar quando as rubricas exigem um diferente; - antes do sanctus: contempla Deus em si mesmo, antes da criação; - depois: longa acção de graças pelo conjunto da história da salvação.
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 3
56/26Eucaristia
Ao receber a eucaristia se estabelece uma íntima união entre o homem e Deus (Jo 6, 57). A isto alude o nome de comunhão que recebe este sacramento.
Por esta união com Cristo, os cristãos que participam na eucaristia se unem além disso entre si.
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 1
57/26Eucaristia
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 2
É o perfeito alimento da vida sobrenatural:
a. sustenta a vida espiritual como o fazem os alimentos materiais com a vida
corporal. Ao robustecê-la, afasta do perigo de cometer pecados;
b. ao aumentar a graça santificante, aumentam todas as virtudes, especialmente
a caridade;
c. perdoa as culpas veniais e reduz as penas temporais;
d. é dádiva de vida eterna, que incoa;
e. como resultado da união com o Senhor, constrói a Igreja, corpo místico de
Cristo, e é vínculo de unidade com os outros cristãos.
58/26Eucaristia
É capaz de receber com fruto a eucaristia qualquer homem vivo e baptizado que não levante obstáculo à graça por pecado mortal.
Jejum eucarístico
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 3
Rito latino: desde o século XII, não se dá a comunhão às crianças antes do uso de razão. Também não aos dementes e aos que estão sem consciência.
Se há consciência de pecado mortal, não basta para comungar fazer um acto de contrição perfeito, a não ser no caso de necessidade grave, o que raramente sucede.
59/26Eucaristia
Não é necessário, com necessidade de meio, recebê-la de facto.
Com necessidade de preceito eclesiástico: que todos os católicos que fizeram a primeira comunhão a recebam ao menos uma vez ao ano, e precisamente no tempo
pascal, se isto é possível (amplo: desde a quarta-feira de Cinzas até ao domingo da Santíssima Trindade).
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 4
É necessário in voto, isto é, desejar recebê-la, para o cristão baptizado com uso de razão.
Com necessidade de preceito divino: algumas vezes na vida e ante a iminência da morte.
60/26Eucaristia
Primeira comunhão das crianças: quando tenham suficiente conhecimento (preparação cuidadosa) de maneira que entendam o mistério de Cristo na medida da sua capacidade, e possam receber o corpo do Senhor com fé e
devoção (cfr. CIC 913CIC 913).
Primeira confissão antes de receber a primeira comunhão (cfr. CIC 914CIC 914).
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Perigo de morte: basta que sejam capazes de distinguir o Corpo de Cristo do alimento comum e de receber a comunhão com reverência.
Suficiente conhecimento = uso de razão
(presume-se que seja pelos 7 anos).
61/26Eucaristia
OrdinárioOrdinário: não comungar mais de uma vez num mesmo dia.
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Quem já comungou pode voltar a fazê-lo no mesmo dia sempre que seja dentro de uma missa a que assista. (Ex.: matrimónio, funeral; na manhã depois da missa da meia-noite (Natal, Páscoa); incêndio; profanação; perigo de morte.
62/26Eucaristia
Ministros ordináriosordinários: bispo, presbítero, diácono.
Ministro extraordinárioextraordinário: acólito ou outro fiel que “onde o aconselhe a necessidade da Igreja e não haja ministro” tenha sido legitimamente delegado (cfr. CIC 910 eCIC 910 e
230230).
DISTRIBUIÇÃO DA EUCARISTIA
Critérios para se ver a necessidade de delegar num leigo: 1) ausência de ministro ordinário e acólito; 2) exigência do ministério pastoral, doença ou velhice; 3) grande número de pessoas. Bispo pode conceder a faculdade de delegar: bispos auxiliares, vigários episcopais e delegados episcopais. Outros: 1 vez
63/26Eucaristia
RESERVA DA EUCARISTIA
Só num lugar digno e seguro;
Num tabernáculo, dentro de uma píxide sobre um corporal;
Com lâmpada continuamente ardendo diante dele;
Renovar as formas consagradas com frequência, pelo menos cada
quinze dias.
(CIC 934-944CIC 934-944)
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0505
PenitênciaPenitência
65/24 Penitência
PRIMEIRA E SEGUNDA CONVERSÃO
CCE 1427CCE 1427: “Jesus chama à conversão (...). O baptismo é o momento principal da primeira e fundamental conversão. É pela fé na boa-nova e pelo baptismo que se renuncia ao mal e se adquire a salvação, isto é, a remissão de todos os pecados e o dom da vida nova”. Lumen gentium 8Lumen gentium 8: “A chamada de Cristo à conversão continua a ressoar na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é tarefa ininterrupta para toda a Igreja que recebe em seu próprio seio os pecadores e que sendo santa ao mesmo tempo que necessitada de purificação constante, busca sem cessar a penitência e a renovação”.
66/24PenitênciaNATUREZA DESTE SACRAMENTO
É um sacramento instituído por Cristo,
a modo de juízo,
para perdoar, por meio da absolviçãosacramental,
os pecados cometidos depois do baptismo,
ao homem devidamente arrependido.
e que os confessou.
11
22
33
44
55
66
67/24Penitência
INSTITUIÇÃO
I.I. Depois da ressurreiçãoDepois da ressurreição: Jo 20, 21-23: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.
Instituído a modo de juízo: poderde atar ou desatar: faculdade dejulgar e de perdoar ou nãoperdoar.
Por isso, o ministro há-de conhecer a causa que julga: o penitente deve dar- -lhe a conhecer os seus pecados e as suas disposições mediante a sua confissão.
68/24
Compreende dois elementos igualmente essenciais:
os actos do penitente: contrição, confissão dos pecados e satisfação.
Penitência
ESTRUTURA DESTE SACRAMENTO, 1
Se não há verdadeiro arrependimento tão pouco existe o sacramento.
Objecto sobre o que versam os actos do penitente = os pecados cometidos depois do baptismo enquanto se detestam ou se querem destruir.
1
2 a acção de Deus por ministério da Igreja.
69/24
Confissão dos pecadosConfissão dos pecados::
É necessário confessar todos os pecados mortais cometidos depois
do baptismo e ainda não manifestados na confissão nem perdoados pela absolvição.
Penitência
ESTRUTURA DESTE SACRAMENTO, 2
Podem confessar-se os pecados veniais cometidos depois do baptismo; e todos os pecados, quer veniais quer mortais, posteriores ao baptismo e já absolvidos.
70/24
Núcleo fundamental da absolvição: “Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo”.
PenitênciaESTRUTURA DESTE SACRAMENTO, 3
1
A absolvição deve: ser oral;
dar-se ao penitente estando ele presente;
ser condicionada só se houver razões graves (dúvida de se o penitente
está vivo ou morto, de se tem suficiente uso de razão, ...).
Quanto ao confessorQuanto ao confessor::
2
3
71/24
Por preceito eclesiástico, “todo o fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves, ao menos uma vez ao ano” (CIC 989CIC 989; CCE 1457CCE 1457).
PenitênciaNECESSIDADE, 1
Por preceito divino, este sacramento obriga, por si mesmo, ao pecador em perigo iminente de morte, e algumas vezes na vida. Ocasionalmente obrigapara receber um sacramento de vivos.
Recebê-lo, ou ter ao menos a intenção eficaz de recebê-lo, é tão necessário para todos os que cometeram um pecado mortal depois do baptismo como o mesmo baptismo para os não baptizados.
Em sentido estrito, obriga se há pecado mortal. Mas...
72/24PenitênciaNECESSIDADE, 2
“Aquele que tem consciência de haver
cometido um pecado mortal, não deve
receber a sagrada Comunhão, mesmo
que tenha uma grande contrição, sem
ter previamente recebido a absolvição
sacramenta; a não ser que tenha um
motivo grave e não lhe seja possível
encontrar-se com um confessor”(CCE CCE
14571457). E, neste caso, tenha presente
que está obrigado a fazer um acto de contrição perfeito, que inclui
o propósito de se confessar quanto antes.
73/24
Pode perdoar todos os pecados, tanto mortais como veniais.
PenitênciaEFEITOS
1
Infunde-se a graça santificante, se se tivesse perdido.
3
Os veniais podem perdoar-se também com actosde arrependimento fora do sacramento, mas nãose perdoam nem sequer com o sacramento aqueles dos quais não se está arrependido.
Graça sacramental: ajuda para se enfrentar com êxito as tentações que versem sobre pecados análogos aos confessados.
2
Por isso os pecados mortais se perdoam todos ou nenhum.
Perdoa-se a pena eterna, mas não necessariamente toda a temporal. Também revivem os méritos se se tivessem perdido.
74/24
Sujeito deste sacramento = o baptizado que depois do baptismo tenha cometido algum pecado e que é capaz de se arrepender.
Penitência
ACTOS DO PENITENTE, 1
Os actos do penitente são parte constituinte do sacramento.
arrependimento,1
2
São três:
3
confissão,
satisfação.
75/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 2
ARREPENDIMENTO, 1
Contrição (perfeita): nasce da caridade. Perdoa os pecados veniais, e também os mortais se unida ao desejo eficaz de se confessar.
= Dor de alma e detestação do pecado cometido, juntamente com o propósito de não pecar mais.
Atrição (contrição imperfeita): nasce da consideração da fealdade do pecado ou do medo ao castigo. É suficiente para perdoar os pecados mortais só se unida à confissão e absolvição.
76/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 3
ARREPENDIMENTO, 2
O arrependimento (tanto de contrição como de atrição) há-de:
ser interno,
estar baseado em motivos sobrenaturais,
estender-se a todos os pecados mortais ainda não perdoados,
ser “máximo” (julgar o pecado como o pior mal e estar disposto a sofrer o que for preciso antes de voltar a cometê-lo).
77/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 4
ARREPENDIMENTO, 3
Para a validade, requer-se o propósito, ao menos implícito, de não pecar mais.
O propósito de não pecar há-de ser:
firme: não significa que jamais se cometerá mais nenhum pecado. Basta que no momento da con- fissão se tenha uma decidida vontade de lutar para não o cometer.
eficaz: estar disposto a pôr os meios necessários para não pecar, evitar as ocasiões, querer reparar o dano possível causado a outros.
universal: querer evitar todo o pecado mortal. Se se confessam só pecados mortais já absolvidos ou veniais ainda não perdoados, se estende aos confessados (todo mortal ou um venial ou tipos de veniais).
78/24Penitência
ACTOS DO PENITENTE, 5CONFISSÃO, 1
Necessária por preceito divino: sacramento instituído por Cristo à maneira de juízo, e não se pode julgar o que se desconhece.
= acusação de pecados próprios cometidos depois do baptismo, feita ao confessor para que os perdoe.
Necessária por preceito eclesiástico: já noconcilio IV de Latrão (1215).
79/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 6
CONFISSÃO, 2
A confissão deve ser: simples (sem explicações inúteis) e humilde (para pedir perdão), feita com intenção recta (e não para impressionar...),
feita para se acusar (não para informar),
veraz (número, espécie e circunstâncias que mudam a espécie dos pecados),
feita com discrição e delicadeza (sem usar palavras escandalosas ou revelan- do os pecados de outros),
feita oralmente (não por gestos ou por escrito, a não ser em caso de necessida- de),
secreta.
80/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 7
CONFISSÃO, 3
Integridade materialIntegridade material = de facto, todos estes pecados. Não é sempre necessária.
Integridade formalIntegridade formal = todos os pecados mortais que, vistas as circunstâncias, o penitente deve confessar aqui e agora. É sempre necessária.
A confissão há-de ser íntegra = na medida em que lhe seja possível, o penitente há-de confessar todos os pecados mortais cometidos depois do baptismo e ainda não confessados.
81/24
Impossibilidade física: Ex.: moribundo sem falar;
pessoa muda ou que ignora a língua; falta de
tempo em perigo de morte; ignorância ou
esquecimento invencíveis.
Penitência
1
Impossibilidade moral: Ex.: escrupulosos; se se
pode - sem seguir graves inconvenientes para o
penitente, o confessor ou um terceiro; se se pusesse em perigo a fama do penitente ante outras pessoas por causas extrínsecas à mera confissão (suspeitas, na podendo evitar que outros oiçam, chamando excessivamente a atenção); se pudesse perigar o sigilo sacramental.
2
ACTOS DO PENITENTE, 8CONFISSÃO, 4
82/24
Se o penitente duvida se fez ou não a acção que é pecado: não há obrigação de confessá-la. É aconselhável que o faça, dizendo que não está seguro (conselhos para o futuro).
Penitência
1
Se está seguro que há pecado, mas não sabe se é grave ou não: deve confessá-lo para sair da dúvida.
2
ACTOS DO PENITENTE, 9CONFISSÃO, 5
Se duvida sobre o consentimento ou a advertência: se é frequente e não costuma dar importância ao assunto, deve confessá-lo; senão, não é necessário confessá-lo.
3
Se está seguro que é pecado mortal, mas duvida se já o confessou ou não: deve confessá-lo, a não ser que o motivo da dúvida fosse muito débil.
4
PECADOS DUVIDOSOS
83/24
CCE 1459CCE 1459: “O pecado fere e enfraquece o próprio pecador, assim como as suas relações com Deus e com o próximo. A absolvição tira o pecado, mas não
remedeia todas as desordens causadas pelo pecado. Aliviado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a perfeita saúde espiritual. Ele deve, pois, fazer mais alguma coisa para reparar os
seus pecados : «satisfazer» de modo apro- priado ou «expiar» os seus pecados. A esta satisfação também se chama «penitência»”.
Penitência
O confessor tem que impor a penitência: proporcionada ao número e gravidade dos pecados confessados e à capacidade do penitente.
ACTOS DO PENITENTE, 10SATISFAÇÃO
Para a validade: o penitente deve aceitar a penitência e desejar cumpri-la. Sede facto não a cumpre: o sacramento é válido, mas comete-se pecado.
84/24Penitência
MINISTRO, 1
A jurisdição é necessária devido à índole judicial do Sacramento da Penitência, pois o juiz só pode julgar aqueles que estão sob
a sua jurisdição.
Para administrar validamente, requer-sepor direito divino a potestade da ordem sacerdotal e a jurisdição sobre o penitente.
85/24Penitência
Quem tiver licença para uma circunscrição eclesiás- tica tem-na automaticamente para todo o mundo. Mas Mas o ordinário do lugar pode limitá-la para os Bispos de outras dioceses (quanto à licitude) e para os presbíteros (quanto à validade).
É o Bispo quem faculta ou concede as licenças para ouvir confissões. Em alguns casos, fá-lo implicita-mente (penitenciário, pároco) porque estas licençasvão anexas ao ofício.
Em perigo de morte do penitente: todo o presbítero, mesmo sem licenças e mesmo que esteja presente outro sacerdote que as tenha.
MINISTRO, 2
A
B
C
86/24Penitência
Absolvição de excomunhões reservada ao Sumo Pontífice:
a) profanação da Eucaristia,b) violência física contra o Papa,c) ordenação de um bispo sem mandato pontifício,d) violação do sigilo sacramental, e) absolver um cúmplice.
Não há “pecados reservados”, mas sim “penas eclesiásticas”. Podem ser um castigo para reparar a ordem lesada e produzir um horror saudável àquele delito (privação de privilégios ou um cargo, etc.) e levantam-se por dispensa. Ou podem ser medicinais, para a correcção daqueleque incorreu nelas (censuras: excomunhão, interdiçãoe suspensão) e levantam-se por absolvição.
Perigo de morte: qualquer sacerdote pode absolver de todas as censuras e pecados.
MINISTRO, 2
1
2
3
87/24
Rito para a reconciliação de um só penitente: modo habitual de receber o Sacramento.
Penitência
1
Rito para a reconciliação de diversos penitentes, com confissão e absolvição individual: junto com 1. constitui o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja.
2
RITO DESTE SACRAMENTO
Rito para a reconciliação de muitos penitentes, com confissão e absolviçãogeral (impõe-se uma penitência com carácter geral).
3
Está feito para casos muito excepcionais. Os fiéis que tenham recebido uma absolvição geral estão obrigados a confessar individualmente, quanto antes,os pecados que lhes foram absolvidos. Não se cumpre, deste modo, o preceito de confessar os pecados graves ao menos uma vez por ano.
Actualmente, há três ritostrês ritos:
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0606
Unção dos DoentesUnção dos Doentes
89/6
CCE 1511CCE 1511: “A Igreja crê e confessa que, entre os sete sacramentos, há um, especialmente destinado a reconfortar os que se encontram sob a provação da doença: a Unção dos enfermos”.
Unção dos doentes
Novo TestamentoNovo Testamento: insinuado por S. Marcos (6, 7-13); recomendado e promulgado por Tiago (5, 14-15).
NATUREZA E INSTITUIÇÃO
90/6
Administra-se: a. Aos gravemente doentes, b. Ungindo-os na fronte e nas mãos com azeite de oliveira devidamente benzido, c. Pronunciando uma só vez a fórmula.
Unção dos doentes
Conforme as circunstâncias, pode ser outro azeite vegetal.
O azeite é o que bendiz o bispo na Missa crismal de Quinta-Feira Santa. Em caso de necessidade, o sacerdote pode benzer azeite corrente durante a celebração do sacramento.
RITO ESSENCIAL
91/6
= “O fiel que, tendo atingido o uso da
razão, por motivo de doença ou velhice,
começa a encontrar-se em perigo de vida”
(CIC 1004CIC 1004).
Unção dos doentes
“começa”:
CCE 1514CCE 1514: “não é um sacramento só dos que estão prestes a morrer”.
pode repetir-se quando outra doença grave ou dentro da mesma aumenta o perigo.
apropriado “antes de uma operação cirúrgica importante” (CCE 1515CCE 1515) ou mais de uma vez para os anciãos.
SUJEITO
92/6
= Qualquer sacerdote, e só ele, a administra validamente .
Unção dos doentes
Várias formas de administrá-la: a mais usual = confissão, unção e viático.
MINISTRO E CELEBRAÇÃO
Não se administra este sacramento condicionalmente, mesmo que se duvide que o doente esteja ainda vivo.
93/6Unção dos doentesEFEITOS
enche de paz, excita a uma grande confiança na misericórdia divina;
dá mais força para afastar as tentações do demónio (costuma redobrar os esforços);
causa o desaparecimento das relíquias de pecado e o perdão dos pecados veniais (e indirectamente os mortais);
causa a saúde do corpo, se é conveniente para a saúde da alma.
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0707
OrdemOrdem
95/16OrdemO SACERDÓCIO CRISTÃO, 1
Jesus Cristo é o “único mediador entre Deus
e os homens” (1 Tim 2, 5).= único sacerdote
da Nova Lei, que nos redimiu mediante o seu
sacrifício.
O sacrifício da cruz torna-se presente no
sacrifício eucarístico: o único sacerdócio
faz-se presente pelo sacerdócio ministerial = só
Cristo é o verdadeiro sacerdote; os demais são
seus ministros.
96/16OrdemO SACERDÓCIO CRISTÃO, 2
Dois modos de participar no único sacerdócio de Cristo:
- sacerdócio comum a todos os fiéis; - sacerdócio específico dos ministros ordenados.
O comum realiza-se no desenvolvimento da graça baptismal. O ministerial é transmitido mediante um sacramento próprio, o sacramento da ordem.
Lumen gentiumLumen gentium 10: “Ainda que a sua diferença é essencial e não só em grau, estão ordenados um ao outro”.
01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Aulas previstas:
Sacramentos0808
MatrimónioMatrimónio
98/30Matrimónio
CCE 1601CCE 1601; CIC 1055CIC 1055: “O pacto matrimonial, pelo
qual o homem e a mulher constituem entre si a
comunhão íntima de toda a vida, ordenado por
sua índole natural ao bem dos cônjuges e à
procriação e educação da prole, entre os
baptizados, foi elevado por Cristo Senhor à
dignidade de sacramento”.
Tanto o estado matrimonial como a maneira de
entrar neste estado são essencialmente iguais
para o cristão e para o que não o é. Outros efeitos.
99/30Matrimónio Para os cristãos a maneira de entrar no estado matrimonial, que é essencialmente
igual à dos restantes homens, constitui um sacramento. PortantoPortanto: É a Igreja que tem de regular a forma concreta dos
cristãos contrair matrimónio e só a ela compete a
determinação dos obstáculos para o contrair ou a
maneira de removê-los, etc. As declarações da Igreja sobre o que é de direito
natural no matrimónio não só afectam o matrimónio
dos cristãos, não é a eles a que se dirigem directa-
mente: têm valor universal; afectam igualmente a
qualquer matrimónio, de cristãos ou não.
A
B
100/30Matrimónio O matrimónio é:
- a união = consentimento interior e exterior pelo qual se
contrai o matrimónio (in fieri); e vínculo permanente
que nasce deste contrato (in facto esse) - marital = entregando e recebendo o direito mútuo da união
física que por si é apta para gerar a prole
- de um homem e uma mulher,
= unidade do matrimónio (um com uma)
- entre pessoas legítimas, = por lei natural ou positiva
- formando uma comunidade indivisa de vida.
= indissolubilidade, união de vida doméstica, vontades, etc.
101/30Matrimónio
Essência do matrimónio in fieri (sacramento se cristãos) = mútuo consenti- mento das partes legitimamente manifestado entre pessoas juridicamente capazes, consentimento que nenhum poder humano pode suprir.
É essencialmente um contrato cujo objecto é o modo de vida marital => cada cônjuge deve pretender, pelo menos não excluir, o direito mútuo, exclusivo e perpétuo sobre o corpo do outro em ordem à geração. Se se excluísse, o matrimónio seria nulo. MASMAS para a validade não importa o ulterior exercício deste direito mútuo.
Essência do matrimónio in facto esse = vínculo, de por si permanente, que nasce do legítimo contrato matrimonial.
1
2
102/30Matrimónio
O matrimónio natural não é uma invenção humana, mas foi instituído por Deus.
No relato do Génesis, esta instituição aparece relacionada estreitamente com a própria criação do homem. CCE 1605CCE 1605: “o homem e a mulher foram criados um para o outro”.
INSTITUIÇÃO
103/30MatrimónioPROPRIEDADES, 1
UNIDADE
CCE 1644CCE 1644: “Pela sua própria natureza o amor dos esposos exige a unidade e a indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua vida... Esta comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus Cristo, conferida pelo sacramento do Matrimónio.” Portanto, a unidade e a indissolubilidade são proprieda-
des naturais do matrimónio: comuns a todo matrimónio. O que acrescenta o
sacramento é uma ajuda específica para que os cônjuges saibam manter-se fiéis
completamente um ao outro.
104/30Matrimónio
O vínculo matrimonial é exclusivo: a poligamia simultânea é ilícita por direito divino natural e por direito divino positivo. Igual dignidade homem – mulher, e amor exclusivo.
O matrimónio não é válido mais que com a primeira mulher ou com o primeiro marido.
PROPRIEDADES, 2
UNIDADE
A poligamia dos patriarcas explica-se como dispensa divina (provavelmente depois do dilúvio) para favorecer o crescimento do povo de Deus.
105/30Matrimónio
Por instituição do Criador, o vínculo matrimonial é perpétuo e indissolúvel.
“Pelo sacramento, a indissolubilidade do matrimónio adquire um sentido novo e mais profundo” (CCE 1647CCE 1647): os esposos são capacitados para representar e testemunhar a fidelidade de Deus à sua aliança, de Cristo à sua Igreja.
PROPRIEDADES, 3
O matrimónio rato e consumado é indissolúvel por lei de Deus. A Igreja não tem poder para pronunciar-se contra esta disposição divina. “O amor quer ser definitivo. Não pode ser «até nova ordem»”. (CCE 1646CCE 1646).
não pode ser desatado por lei humana alguma.
1
2
INDISSOLUBILIDADE
106/30Matrimónio
Gaudium et spes 48Gaudium et spes 48: “por sua própria natureza, a
instituição mesma do matrimónio e o amor conjugal
estão ordenados à procriação e educação da prole
e com elas são coroados como a sua culminação”. Ritual do matrimónio 3Ritual do matrimónio 3: “os filhos são em
realidade o dom mais excelente do matrimónio e
contribuem sobremaneira para o bem dos próprios
pais”.
PROPRIEDADES, 4ABERTURA À FECUNDIDADE
107/30Matrimónio
CCE 1608CCE 1608: “Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher necessitam da ajuda da graça... Sem esta ajuda, o homem e a mulher não podem chegar a realizar a união das suas vidas em ordem para a qual Deus os criou «no princípio»”.
As próprias núpcias são sinal sagrado que produz graça.
AJUDA DA GRAÇA
108/30Matrimónio
“A aliança matrimonial... foi elevada por Cristo Senhor à dignidade de sacramento entre baptizados (...). Entre baptizados não pode haver contrato matrimonial válido que não seja igualmente Sacramento” (CIC 1055CIC 1055).
O Matrimónio entre cristãos é sinal da união de Cristo com a sua Igreja
= “grande mistério” (Ef 5, 32) (no Matrimónio natural não há nada de especial- mente misterioso).
109/30Matrimónio
“O pacto matrimonial…foi elevado por Cristo Nosso Senhor à dignidade de sacramento entre baptizados. Pelo que, entre baptizados, não pode haver contrato matrimonial válido que não seja, pelo mesmo facto, Sacramento” (CIC 1055CIC 1055).
O Matrimónio entre cristãos é sinal da união de Cristo com a sua Igreja
= “grande mistério” (Ef 5, 32) (no Matrimónio natural não há nada de especial- mente misterioso).
110/30Matrimónio
Cristo instituiu o sacramento que santifica o
matrimónio natural estabelecido já por Deus no
Paraíso. Jesus infunde uma graça sacramental
específica na alma dos que se casam e convi-
da-os a seguir-lhe, transformando a sua vida
conjugal num andar divino na terra.
São Josemaria Escrivá:
o Matrimónio é uma autêntica vocação divina
e caminho de santidade.
111/30Matrimónio Sujeito capaz do matrimónio = qualquer baptizado que não tenha nenhum impedimento.
Há-de receber-se em estado de graça. Se não é o caso, o contrato é válido, mas, além de cometer outro pecado mortal, os efeitos sobrenaturais do sacramento ficam impedidos. Revivem quando o sujeito recupera a graça de Deus.
112/30Matrimónio Efeitos sobrenaturais do matrimónio = aumento da graça santificante e graça sacramental.
CCE 1641CCE 1641: “Esta graça própria do sacramento do Matrimónio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua unidade indissolúvel. Por meio desta graça «eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santidade pela vida conjugal conjugal e pela procriação e educação dos filhos»”. O sacramento concede aos esposos direito ao auxílio actual da graça quantas vezes o necessitem para cumprir as obrigações do seu estado.
113/30Matrimónio
“Segundo a tradição latina, são os esposos quem, como ministros da graça
de Cristo, se conferem mutuamente o sacramento do Matrimónio , ao exprimi-
rem, perante a Igreja, o seu consentimento” (CCE 1623CCE 1623). Igreja latina: o ordinário ou o sacerdote
é uma testemunha qualificada e activa
que solicita e recebe a manifestação
externa do consentimento matrimonial
dos contraentes (exigido para a validade).
Não assim nas liturgias orientais.
MINISTRO
114/30Matrimónio
Normalmente celebra-se dentro da Missa (Ritual):
2. porque matrimónio é sinal sagrado
do amor de Cristo à sua Igreja e é
precisamente na Eucaristia “realiza-
-se o memorial da Nova Aliança,
pela qual Cristo se uniu para sempre
à Igreja, sua esposa bem-amada
pela qual se entregou” (CCE 1621CCE 1621).
1. “em virtude do vínculo que têm todos os sacramentos com o mistério pascal de Cristo”,
CELEBRAÇÂO, 1
115/30Matrimónio
Quando não se pode observar a forma eclesiástica ordinária, nem se pode
recorrer sem incomodidade grave a algum ordinário ou pároco ou seus
delegados, é válida e lícita a forma extraordinária de celebração do
matrimónio, meramente ante duas testemunhas.
Pode celebrar-se também sem Missa, por necessidade ou porque se estima
oportuno: o Ritual prevê com detalhe as diferentes maneiras de o fazer.
CELEBRAÇÂO, 2
Isto pode acontecer em caso de perigo de morte, em tempo de perseguição,
em lugares com muito poucos sacerdotes onde houvesse que esperar mais
de um mês, etc.
116/30Matrimónio
Tal consentimento causa o matrimónio. = nenhuma autoridade humana pode suprir este consentimento.
É o acto da vontadevontade pelo qual “o homem e a mulher, por pacto irrevogável, se entregam e
recebem mutuamente, a fim de constituirem o matrimónio” (CIC 1057CIC 1057).
CONSENTIMENTO MATRIMONIAL
Este consentimento há-de ser: - verdadeiro, livre e deliberado, - de presente (de casar-se aqui e agora), - mútuo e simultâneo, - manifestado externamente e legitimamente (de acordo com os requisitos que exige o direito eclesiástico), - sem condições.
1
2
117/30Matrimónio
A razão = quando há contrato matrimonial verdadeiro, há sacramento, e só a Igreja tem poder sobre os sacramentos.
Só à Igreja corresponde julgar e determinar tudo aquilo que se refira à essência do matrimónio cristão: negaram-no os protestantes ao negar que o matrimónio fosse um sacramento.
JURISDIÇÃO, 1
O poder civil só tem competência sobre os efeitos meramente civis do matrimó-nio canónico dos cristãos, e só quanto a esses efeitos civis.
118/30Matrimónio
= esta é a opinião mais comum e concorda com a praxe da cúria romana (mas há autores que pensam que a parte baptizada recebe um verdadeiro sacramento).
Caso de um baptizadobaptizado que contrai matrimónio com um que não o estácom um que não o está: recebe o sacramento: 1- o baptismo é a porta dos outros sacramentos => o não baptizado é incapaz de receber o sacramento do matrimónio; 2- uma característica geral do matrimónio, é que não pode ter efeitos diferentes para uma e outra das partes contraentes => o baptizado tão pouco o recebe.
JURISDIÇÃO, 2
A potestade da Igreja estende-se indirectamente ao não baptizado (os mesmos efeitos do contrato para os dois).
119/30Matrimónio
Alguns são de direito natural e outros de direito
divino ou eclesiástico. A sua finalidade é proteger
a santidade do matrimónio.
= certas circunstâncias que por afectar as pessoas dos
contraentes, as fazem juridicamente incapazes para
contrair validamente o matrimónio (=“dirimentesdirimentes”).
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 1
120/30Matrimónio
Para assegurar o cumprimento do objecto do contrato matrimonial: impotência (anterior ao matrimónio e perpétua); estar já casado; ter recebido ordens sagradas; voto público e
perpétuo de castidade num instituto religioso.
Para proteger a deliberação ou a liberdade deconsentimento: falta de idade (varão: 16 anos,Mulher: 14 anos); rapto.
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 a
1
2
121/30Matrimónio
Para proteger as relações de intimidade no seio
da família (“de parentesco”): consanguinidade
(linha recta e colateral até ao 4º grau incluído:
primos irmãos); afinidade (linha recta); pública
honestidade (“quase afinidade” entre uma das
duas partes de matrimónio inválido ou de
concubinato público ou notório e os consanguí-
neos da outra parte em linha recta e em 1º grau);
adopção (linha recta ou colateral 2º grau).
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 b
3
122/30Matrimónio
Para proteger a fidelidade conjugal: crime (adultério com morte do cônjuge, causa da por um ou outro adúltero, ou morte do cônjuge, causada de comum acordo mesmo que não tenha havido adultério).
Para proteger a fé do cônjuge católico e aeducação católica dos filhos: com umapessoa não baptizada (mas o caso de um baptizado fora da Igreja católica: não invalida, mas tem necessidade de licença).
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 c
4
5
123/30Matrimónio
Alguns impedimentos podem cessar naturalmente (ex.: idade). Outros por legítima dispensa. Outros não podem cessar.
As dispensas podem ser concedidas pelo Bispo diocesano, com excepção das reservadas ao Papa, a saber:
- ordens sagradas; - voto público de castidade num instituto religioso; - crime;
Em perigo de morte e circunstâncias urgentes, podem concedê-la o pároco ou o confessor (cfr. CIC 1079-1080CIC 1079-1080).
DISPENSAS
124/30Matrimónio
Quando se verifica que um matrimónio foi contraído invalidamente, pode haver quatro soluções:
Deixar os cônjuges em boa fé, se se prevê que continuarão nela e que, ao conhecer a sua situação real, não quereriam alterá-la;
1
2
3
4
Que convivam como irmão e irmã, se a nulidade é oculta e existe fundada esperança de que saberão fazê-lo;
A separação dos cônjuges: única solução se há impedimento não dispensável e não são capazes de viver como irmão e irmã;
A revalidação de matrimónio inválido, que consiste em que se faça o que se devia ter feito no momento de contrair matrimónio e não se fez.
125/30Matrimónio
SUBSANAÇÃO NA RAIZ
Quando se verifica que um matrimónio é nulo, se tiver havido consentimento, ou surja depois, e este consentimento se mantiver, a autoridade eclesiástica pode decidir recebê-lo como válido mediante a “sanatio in radice”.
ConsisteConsiste numa reavaliação do matrimónio concedida pelo Papa e, nalguns casos, pelo Bispo diocesano. IncluiInclui: dispensa ou cessação do impedimento, dispensa da lei que impõe a renovação do consentimento, e retroacção dos efeitos canónicos, ao tempo do primeiro consentimento.
Pode conceder-se tanto se as partes sabem que foi inválido, como se o ignoram.
126/30Matrimónio
CASOS DE DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL
O Papa possui poder ministerial de dispensar, quando há uma causa justa, de obrigações de direito divino que têm sua origem num acto humano livre. Ex.: votos formais, juramento de fazer ou omitir algo. => aplicação = pode dispensar do matrimónio rato mas não consumado.
Outros dois casos: 1. privilégio paulino (cfr. 1 Cor 7, 12-15);
2. privilégio petrino.
127/30Matrimónio
Por causas proporcionadas pode fazer-se legitimamente a separação física
dos cônjuges, relativamente ao leito e à casa: os esposos NÃO CESSAM de
ser marido e mulher diante de Deus, nem são livres para contrair nova união.
Por mútuo consentimento pode fazer-se a separação tanto temporal como
perpétua relativa ao leito; mas quanto à casa, só temporal, e não é aconse-
lhável com duração longa.
SEPARAÇÃO DOS CÔNJUGES
Outros casos, legítima só para as causas previstas na legislação canónica e
depois da sentença do ordinário, ainda que por vezes seja possível por
autoridade própria.
MAS: O divórcio é um acto de per si nulo perante Deus.
128/30Ficha técnica
Bibliografia Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação
Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
Slides Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com
129/16OrdemO SACERDÓCIO CRISTÃO, 3
Igualdade fundamental de todos os fiéis cristãos: todos estão radicalmente capacitados para colaborar na santificação dos membros da Igreja, que é a sua missão. = recebem esta capacitação por meio do baptismo. MAS, há funções sacerdotais que requerem ulterior capacitação radical, diferente das dos outros fiéis não já em grau mas em essência e outorgada pelo carácter próprio que confere o sacramento da ordem. Estas funções estão dirigidas primariamente à eucaristia e, em relação com ela, ao perdão dos pecados e aos outros sacramentos. Estas funções compreendem também pregar com autoridade a palavra de Deus e dirigir os fiéis nas coisas que se referem ao reino dos céus.
130/16Ordem
O SACERDÓCIO MINISTERIAL
Através do ministro ordenado, Cristo
torna-se presente na sua Igreja como
cabeça do seu corpo, pastor do seu
rebanho, sumo sacerdote do sacrifício
redentor, mestre da verdade.
“É o que a Igreja exprime quando diz
que o padre, em virtude do sacramento
da ordem, age ‘in persona Christi ‘in persona Christi
CapitisCapitis’’- na pessoa de Cristo Cabeça- na pessoa de Cristo Cabeça”
(CCE 1548CCE 1548).
131/16Ordem
NATUREZA DESTE SACRAMENTO
CCE 1536CCE 1536: “A ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos”.
Compreende três graus: episcopado, presbiterado e diaconado. A ordenação não é uma delegação ou eleição ou designação pela comunidade. = “confere um poder sagrado que só pode vir do próprio Cristo, pela sua Igreja” (CCE 1538CCE 1538).
132/16OrdemOS BISPOS
Lumen gentiumLumen gentium 20: “através de uma sucessão que remonta ao princípio, são os transmissores da semente apostólica”.
A sua potestade não excede a dos presbíteros no referente à consagração da Eucaristia, mas sim para outros sacramentos, ensinar e governar os fiéis: Pertence-lhes: 1) conferir a ordem, 2) ordinariamente administrar a confirmação e benzer os óleos, 3) governar as suas dioceses com potestade ordinária, sob a autoridade do Papa, 4) conferir aos presbíteros qualquer potestade de governar, 5) ter “colegialmente com todos os seus irmãos no episcopado a solicitude de todas as Igrejas” (CCE 1560CCE 1560).
133/16OrdemOS PRESBÍTEROS
São os colaboradores da ordem episcopal. “Em virtude do sacramento da ordem, ficam consagrados como verdadeiros sacerdotes da Nova Aliança” (Lumen Lumen
gentiumgentium 28). Só podem exercer o seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. “Formam um único presbitério especialmente na diocese a cujo serviço se dedicam sob a direcção do seu bispo” (Presbyterorum ordinisPresbyterorum ordinis 8). A sua potestade estende-se a: 1) consagrar o corpo e o sangue do Senhor, 2) perdoar os pecados, 3) apascentar os seus súbditos com as obras e com a doutrina, 4) administrar os sacramentos que não requeiram a ordem episcopal.
134/16Ordem
OS DIÁCONOS
“No grau inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais se lhes impõe as mãos para realizar um serviço e não para exercer um sacerdócio” (LumenLumen
gentiumgentium 29).
A sua potestade consiste em: 1) assistir o bispo e o presbítero nas funções litúrgicas, sobretudo na celebração da Eucaristia, 2) administrar o Baptismo solene, 3) assistir ao Matrimónio quando lhes seja devidamente delegado, 4) proclamar o Evangelho e pregar, 5) presidir às exéquias, etc.
135/16Ordem
CELEBRAÇÃO DESTE SACRAMENTO
Ordenação = consagração (participação no sacerdócio sacro de Cristo
como cabeça do seu corpo, que é a Igreja).
Sinal visível desta consagração: a imposição de mãos do bispo, com a oração consagratória = o essencial.
1. O bispo e o presbítero: unção com o
santo crisma. 2. Entrega dos instrumentos: - bispobispo = evangelhos, anel, mitra e báculo; - presbíteropresbítero = patena e cálix; - diáconodiácono = evangelhos.
136/16OrdemMINISTRO
Só o bispo pode ordenar validamente.
Ordena diáconodiácono a um leigo, e há-de
incardiná-lo na sua diocese ou há-de
receber demissórias do ordinário que
o vai incardinar.
Ordena sacerdotesacerdote a um diácono, e
há-de ter jurisdição sobre ele ou receber autorização para que o ordene, do
respectivo ordinário.
Ordena bispobispo a um sacerdote, deve associar ao rito pelo menos outros dois
bispos e tem que constar o mandato pontifício de o fazer.
137/16OrdemSUJEITO, 1
Ninguém tem direito a receber o sacramento da ordem: é uma chamada de Deus. Quem crê ter esta chamada deve submeter o seu desejo à autoridade da Igreja.
Para a validade: ter intenção de recebê-lo. Para a licitude: estar confirmado e em graça de Deus.
138/16Ordem
SUJEITO, 2
Por vontade divina, só o varão baptizado recebe validamente a sagrada ordenação.
Cristo só elegeu aos apóstolos entre os seus discípulos varões. De facto, nunca, nem os apóstolos, nem os seus sucessores, administraram a ordem sagrada a mulheres.
Cabe pensar que com esta decisão Cristo quis realçar que o sacerdote celebra a Missa in persona Christi e que, pelo simbolismo sacramental, convém que haja uma semelhança natural entre ele e Cristo, que foi e permanece varão.
A Santíssima Virgem Maria.
139/16Ordem
SUJEITO, 3
CCE 1579CCE 1579: “Todos os ministros ordenados da Igreja latina, á excepção dos diáconos permanentes, são normalmente escolhidos entre homens crentes que vivem celibatários e têm vontade de guardar o celibato por amor do Reino dos céus”.
A Igreja reserva o sacerdócio aos que receberam o dom do celibato, gratuitamente concedido por Deus e livremente exercido pelo que o recebe.
Implica: 1) maior entrega a Cristo, 2) maior entrega à Igreja e a todas as almas, 3) testemunho escatológico.
140/16OrdemEFEITOS
O carácter: consiste numa especial configuração do ordenado com Cristo enquanto cabeça do Corpo Místico e o faculta para participar de modo especial no seu sacerdócio.
Pelo carácter, o sacerdote converte-se em: - ministro autorizado da palavra de Deus (função de ensinar); - ministro dos sacramentos e, em especial, da eucaristia (função de santificar); - ministro do povo de Deus: entra a formar parte da hierarquia (função de governar).
A graça: aumentada para que o ordenado possa ser um ministro idóneo de Cristo: graça do Espírito Santo “consiste numa configuração com Cristo, Sacerdote, Mestre e Pastor” (CCE 1585CCE 1585).
A
B
141/16Ordem
OBRIGAÇÕES DOS CLÉRIGOS
Especial obediência ao papa e ao próprio bispo;
Santidade de vida (inclui o ofício divino);
Disponibilidade para desempenhar os cargos que se lhes confiam;
A
B
C
D
E
F
Continuação dos seus estudos;
Uso do traje eclesiástico (CIC 284CIC 284);
Abster-se de alguns tipos de trabalho e ocupações que lhes estão proibidas (CIC 285-286CIC 285-286).