ot alfabetização cientifica (química)
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Apresentação da PCNP Cida Temple, da D.E. Leste 4, para professores de Química das escolas desta região. Setembro de 2012.TRANSCRIPT
Diretoria de Ensino Leste 4 Dirigente: Profº José Carlos Francisco
Orientação Técnica: Alfabetização
Cientifica e Feiras Culturais
Repensando o Ensino das Ciências: a alfabetização
científica no ensino fundamental e médio
Entrevistas com alunos que terminaram o curso médio
• mais de 70% de nossa amostra não lembram de nada do que estudaram no curso médio ou lembram somente dos nomes dos principais tópicos
• O restante lembra de uma maneira muito geral do conteúdo que lhe foi apresentado não podendo, entretanto, explicar nenhum dos conceitos-chaves.
Depoimentos
• “...não entendia nada do que o professor de Física falava lá na frente... era como ele falasse outra língua...por mais que eu me esforçasse....não conseguia entender onde ele queria chegar com tudo aquilo...”.
• Existe um abismo muito grande entre a
prática de ensino do professor e o
entendimento dos alunos.
• É necessária outra concepção de ensino,
outro tipo de formação, para que os alunos
‘entendam a língua’ do professor.
Dicotomia entre o que é Ciência e como ela
está sendo ensinada → o conceito de
alfabetização científica (enculturação
científica) apontada na literatura atual como
condição fundamental para que os
indivíduos participem de forma crítica e
consciente na sociedade contemporânea
Como alfabetizar cientificamente os estudantes? A visão dos pesquisadores em ensino de ciência
“Aprender Ciência é aprender a falar Ciência” (Lemke 1997).
Mas como se “fala Ciências”?
1 – A linguagem das Ciências é argumentativa → é necessário apresentar uma argumentação com justificativa para transformar fatos em evidências.
(Latour e Woolgar 1997; Latour 2000; Toulmim,1958; Lawson 2000, 2002, 2003, 2004; Lemke, 1998, 2000, 2003; Driver e Newton 1997; Jiménez Aleixandre 2005)
• Uma conseqüência importante para o
ensino é o entendimento de que as
observações e experimento não são a
rocha sobre a qual a ciência está
construída, esta rocha é a atividade
racional de geração de argumentos com
base nos dados obtidos.
• Outra consequência importante é que os
professores precisam auxiliar seus alunos
a construírem justificativas e explicações
para os fenômenos estudados.
(Perguntas dos tipos ‘como vocês
fizeram?’; ‘por que deu certo?’ auxiliam
o raciocínio dos alunos.)
• 2 - As justificativas e/ou as explicações estão relacionadas aos campos de conteúdos que estão sendo pesquisados, isto é, dependem do contexto.
Assim, quanto mais o contexto for do domínio do estudante, mas facilmente ele poderá fazer relações causais.
(Fourez 2003, 2000; Yore et al., 2003; Cachapuz et al, 2005; Delizoicov e
Lorenzetti, 2000)
• 3 - a linguagem científica não é somente a
linguagem verbal – oral e escrita –, são
necessários outros modos de comunicação,
como as tabelas, os gráficos, as figuras e
principalmente a matemática para dar conta de
todo o processo de construção do
conhecimento científico.
(Lemke 1998; Kress et. al., 2001; Roth 2002)
• As pesquisas mostraram que a habilidade
para um uso competente de gráficos e
outras formas de representação
apresentadas pelos cientistas só é
adquirida a partir de um trabalho
extenso de convivência com processos de
inscrição (Roth 2002).
• Este é um sério problema para o ensino das
Ciências, pois, enquanto para cientistas um
gráfico é praticamente o próprio fenômeno em
estudo, para os estudantes trata-se de mais
uma linguagem a ser decodificada. Se esta não
for explicitamente relacionada com um
fenômeno, torna-se apenas mais um
formalismo a ser decorado, desprovido de
sentido.
A alfabetização científica
(enculturação científica) no
cotidiano escolar
Três pontos apresentados pelo Projeto Pisa e adotados nas avaliações Nacionais
• “processos científicos ou habilidades” – os
processos mentais envolvidos na abordagem de
questões (identificar evidências ou explicar
conclusões);
• “conceitos e conteúdo” – o conhecimento científico
e o entendimento conceitual requerido para esses
processos; e
• “contexto” – as situações nas quais os processos e o
entendimento são aplicados (OCDE, 2000:76 ).
• Alfabetizamos cientificamente nossos alunos
quando propomos uma nova concepção de
ensino das ciências que se consolida com a
introdução, em sala de aula, de múltiplas
práticas e onde o debate e as argumentações
têm um papel importante no desenvolvimento
do aprendiz.
Essa nova concepção de ensino com a
introdução de atividades inovadoras, de
sequências de ensino investigativas, devem vir
acompanhadas com a construção de ambientes
não coercitivos, onde os alunos possam
apresentar suas argumentações, certas ou
erradas, sem medo. É necessário ‘novas’
práticas profissionais e também criar o conceito
de liberdade intelectual em nossas escolas.
2ª parte – Divulgação:
Para ler mais, acesse http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/charme.pdf
PCNP Cida Temple
Setembro de 2012
Blog do Núcleo Pedagógico
http://leste4.nucleopedagogico.zip.net