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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO Coordenadoria de Gestão da Educação Básica DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE CAMPINAS OESTE 1 Temas Transvers ais

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Direitos Humanos Educação Fiscal Ética

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DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE CAMPINAS OESTE

1

Temas

Transversais

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Diretoria de Ensino Região de Campinas OesteNúcleo Pedagógico

OT.Temas

Transversais20/09/2012 e 21/09/2012

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A OBSESSÃO PELO MELHOR - Leila FerreiraLeila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em

comunicação em Londres, que optou por viver uma vida mais simples, em BH.

Estamos obcecados com "o melhor“. Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor". Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

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O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?

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O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"? Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo... O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

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Sofremos demais pelo pouco que

nos falta e alegramo-nos

pouco pelo muito que temos.

Shakespeare

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“São temas que estão voltados para compreensão e para construção da realidade social e dos direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e com a afirmação do princípio da participação política”

Ministério da Educação MEC

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ATIVIDADE IConexão: Currículo e Temas Transversais

ATIVIDADE IConexão: Currículo e Temas Transversais

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Temas Transversais

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Localizar nos Currículos a presença dos Temas Transversais (Ed. em Direitos

Humanos, Ética e Ed. Fiscal);

Registrar: Disciplina/ Série/Bimestre/Conteúdo/Habilidades;

Socialização.

Localizar nos Currículos a presença dos Temas Transversais (Ed. em Direitos

Humanos, Ética e Ed. Fiscal);

Registrar: Disciplina/ Série/Bimestre/Conteúdo/Habilidades;

Socialização.

13Diretoria de Ensino Região de Campinas Oeste

Núcleo Pedagógico

Formar 8 grupos: 2 CNT / 2 CHT / 2 LCT / 2 MT

Grupos Heterogêneos

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Intervalo

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ATIVIDADE IIEducação em Direitos

Humanos

ATIVIDADE IIEducação em Direitos

Humanos

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Educação em

Direitos Humanos

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A História dos Direitos Humanos

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• Holocausto: O extermínio de milhares de pessoas a

partir de uma concepção de humanidade (a raça

ariana), baseados nas crenças religiosas, raízes

culturais, orientações sexuais e ideologia política.

Ex.: Judeus, Ciganos, Homossexuais,

Comunistas/Socialistas.

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Os fatos históricos:

•1948: Declaração Universal dos Direitos

Humanos - Os antecedentes históricos da II Grande

Guerra e o Holocausto.

•1993: Declaração de Viena - Aprofundamento e

atualização dos compromissos de 1948.

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Declaração Universal

dos Direitos

Humanos

Texto extraído da pág. 21 do Caderno do Professor de Sociologia 3 ano Vol. 1

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Adotada a proclamada pela resolução 217 A (iii) da Assembléia Geral das nações unidas, em 10 de dezembro de 1948.

A Assembléia Geral das Nações unidas proclama a presente “Declaração universal dos Direitos do Homem” como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

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Artigo 1 - Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Revolução Francesa

“Igualdade, Liberdade e

Fraternidade”

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Artigo 2 I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

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Artigo 3 -Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4 - Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5 - Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo 6 - Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.

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Artigo 9 - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10 - Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11 -I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

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Artigo 20 - I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21 -I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

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Artigo 23 -I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo 24 - Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

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Artigo 25 - I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

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Artigo 26

I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

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Assim, o que orienta a definição dos direitos humanos se baseia em princípios da convivência pacífica e harmoniosa, nas condições de dignidade, igualdade e justiça social, princípios esses essenciais para que todo e qualquer cidadão possa desenvolver plenamente os seus potenciais eminentemente humanos.

INTRODUÇÃO

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Na atualidade, a abrangência da compreensão do que é direito humano se amplia também às questões ambientais e ecológicas. Entretanto, a despeito de sua incessante ampliação de escopo, há aspectos relacionados aos direitos humanos que ainda permanecem marginalizados no âmbito de sua promoção e defesa, como, por exemplo, os direitos econômicos e sociais. Apontar para tais contradições no interior da definição dos direitos humanos é colocar o caráter processual e múltiplo de sua construção, sendo, portanto, passíveis de diversas apropriações pelos sujeitos que os recebem.

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O importante, contudo, é destacar a concepção de direitos humanos que propomos defender numa definição sucinta e esclarecedora. A abordagem da educação em direitos humanos (EDH), portanto, deve se dar no esforço de estruturar e promover uma cultura voltada para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática, baseadas num estado de direito, que garanta o respeito à diversidade e à diferença, enfim, que garanta uma convivência digna e não degradante de todos os cidadãos que vivem no interior de suas sociedades.

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CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

É partir das cobranças colocadas em Viena que o Brasil lança em 1996 o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), revista duas vezes, sendo a última versão aprovada em 2010 (PNDH-3). Em todos esses programas, um dos eixos principais de promoção e defesa dos direitos humanos é a educação.

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CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

O PNEDH abrange cinco campos da atuação.

São elas:

1)Educação Básica; 2)Educação Superior; 3)Educação Não formal; 4)Educação dos Profissionais do Sistema de Justiça e Segurança;5)Educação e Mídia.

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A RELEVÂNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO FORMAL

A escola é um dos locais mais privilegiados para um desenvolvimento mais efetivo da cultura em direitos humanos. Segundo a concepção do PNEDH,

“[ela] é o local de estruturação de concepções de mundo e de consciência social, de circulação e de consolidação de valores, de promoção da diversidade cultural, da formação para a cidadania, de constituição de sujeitos sociais e de desenvolvimento de práticas pedagógicas.”

BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2009. p.31.

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A RELEVÂNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO FORMAL

Além do conhecimento, a EDH deve propor uma práxis que possa levar o jovem a uma atitude mais consciente e crítica em relação à sociedade em que vive e atua. Que os jovens possam sentir-se cidadãos portadores de direitos e que a partir do conhecimento possam se organizar e reivindicar a aplicação e o respeito à dignidade e condição humana que eles possuem.

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A RELEVÂNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO FORMAL

Certamente que não se transforma uma cultura por imposição, é na prática cotidiana, aliada à promoção da Educação em Direitos Humanos em todos os âmbitos da vida escolar que ela pode se consolidar como prática vivida, numa atitude que é crítica e reflexiva frente à realidade que cada aluno vivencia em sua vida. Em suma, é responsabilidade de todos a efetivação de uma cultura em direitos humanos no ambiente escolar, que pode levar à construção de uma sociedade e mundo menos injusto e desigual. Um mundo em que prevaleçam o diálogo sobre a força, ou seja, a democracia sobre a ditadura, reforçando cada vez mais a humanidade que reside em cada um de nós.

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ALGUNS TEMAS RELEVANTES

Fazem parte de seu escopo os direitos sociais, políticos, civis, econômicos e culturais, todos eles essenciais para a construção de uma sociedade menos injusta, mais igualitária e democrática. Tais direitos podem ser colocadas, na escola, através de temáticas e conteúdos como a questão ambiental, de saúde, de gênero, da diversidade étnico-racial, de orientação sexual, de meios de comunicação, etc.

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ALGUNS TEMAS RELEVANTES

A sua abrangência é dada não pela quantidade dos temas que podem ser trabalhadas sob a alçada dos direitos humanos, mas sim pela complexidade das relações e interações que envolvem a existência humana no tempo e espaço. Assim, é a possibilidade de existência humana que é colocada em perspectiva no trabalho educativo em direitos humanos. A EDH, assim, pode ser trabalhada em todas as esferas possíveis, desde a questão da saúde até à questão dos meios de comunicação. É nesse sentido que entendemos haver uma alta carga de transversalidade do tema de direitos humanos com as diversas disciplinas e com outros temas transversais expostos neste documento.

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ALGUNS TEMAS RELEVANTES

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SUGESTÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

Trabalhar pedagogicamente a EDH é pensar e refletir nas condições que devem ser promovidas, defendidas e garantidas aos cidadãos, e o conjunto da sociedade, para o pleno desenvolvimento das potencialidades humanas, sem as quais fica impedida a condição de igualdade de oportunidades e acesso aos bens construídos socialmente pelas sociedades, culturas e civilizações humanas.

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SUGESTÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

É necessário, contudo, ampliar a visão do que constitui a definição do conceito, procurar ir além dos temas “clássicos” dos direitos humanos, como as questões sociais e políticas que marcam mais fortemente o noticiário e o nosso cotidiano – nas questões internacionais principalmente – em torno das violações mais evidentes, sobretudo no que diz respeito às questões de tortura, trabalho escravo e infantil, exploração sexual, racismo, etc.

Trabalho escravo

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SUGESTÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICOUm desses temas é o direito humano ao livre acesso à informação e ao conhecimento, tanto no que tange à difusão quanto à produção – o que implica no acesso democratizado aos meios de comunicação. Embora sejam indiscutíveis os avanços que as novas tecnologias – ou Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) –, como computadores, softwares, internet, etc. trouxeram para o alargamento das informações disponíveis em termos quantitativos, o que é uma das condições para a facilidade de acesso a elas, tal fato não configura, por si só, uma democratização do acesso ao conhecimento. O que queremos dizer é que as TIC’s não podem ser tomadas como formas autônomas, mas sim como estruturas dependentes de mecanismos que são sociais, que interferem nas formas como são disponibilizadas as informações a que temos acesso.

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SUGESTÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

Imensas são as possibilidades de trabalho pedagógico com os alunos e a comunidade escolar para mostrar os mecanismos de construção de significados e sentidos produzidos pelos meios de comunicação, problematizando, assim, a necessidade de todas as camadas sociais terem o acesso à produção e difusão de informação e conhecimento. Dentre eles podemos colocar as análises de discurso; oficinas de teatro, de fotografia, de vídeo e de informática; interações entre grupos, como palestras com especialistas, filmes, etc.; produção de jornal da escola ou da comunidade, etc.

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SUGESTÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

O objetivo é “desmontar o circo midiático” e levar os jovens a percepção das estruturas que movem a circulação de informação no mundo contemporâneo, e de como as negociações entre ocultação e evidência de informações promovem construções de conhecimento diversificadas, que, em última instância, implicam em saberes e poderes sobre quem as detém e pode controlar o acesso às redes de circulação de informação.

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DICAS Filmes: Fahrenheit 451 (1966), de François Truffaut; O Quarto Poder (1996), de Costa-Gravas; A Revolução não Será Televisionada (2003), de Kim Bartley e Donnacha O'Briain; Muito Além do Cidadão Kane (1993), de Simon Hartog.

Livros: One World Many Voices (mais conhecido como Relatório Mcbride), disponível para download, em espanhol, no link: http://unesdoc.unesco.org/images/0004/000400/040066sb.pdf Cães de guarda -jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988 (Boitempo Editorial), de Beatriz Kushnir; A Ditadura da mídia (Anita Garibaldi; Associação Vermelho), de Altamiro Borges.

Sítios: Observatório da imprensa: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/; Observatório do direito à comunicação: http://www.direitoacomunicacao.org.br/index.php.

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DICAS

Mais alguns sítios que tratam de assuntos em Direitos Humanos e Educação em Direitos Humanos: Observatório de Educação em Direitos Humanos, da UNESP: http://unesp.br/observatorio_ses/index_cat3_areas.php; DHnet: http://www.dhnet.org.br/; Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais: http://www.dhescbrasil.org.br/; UNESCO: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/; Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul: http://www.cinedireitoshumanos.org.br; Observatório de Direitos Humanos, da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania: http://www.justica.sp.gov.br/novo_site/Modulo.asp?Modulo=627.

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DICAS

O xadrez das cores.

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CONSIDERAÇÕES FINAISComo vimos também, há uma gama grande de abordagens pedagógicas possíveis dentro da temática de Educação em Direitos Humanos. Se destacarmos, como sugestão, a questão do acesso aos meios de comunicação, foi a título de ilustração e como forma de iluminar um ponto muito pouco tocado dentro dos direitos humanos. Nele, ao mesmo tempo em que elencamos algumas ações didáticas, colocamos elementos reflexivos para pensar a circulação, produção, difusão e acesso à informação e ao conhecimento, problematizando justamente a fala de senso comum de que “vivemos na era do conhecimento”. Demonstramos que esse “lema” tem pouco aprofundamento e conhecimento acerca dos mecanismos que fomentam a circulação de informação no mundo contemporâneo, a despeito dos grandes avanços tecnológicos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A própria concepção equivocada que muitas vezes se tem dos direitos humanos, de que é apenas um assunto para “defender bandido” se deve à grande desinformação e desconhecimento que há a respeito do tema. Essa visão concorre para demonstrar o quanto os princípios dos direitos humanos não estão sendo divulgados da forma que os seus idealizadores pensavam. Por consequência, coloca em xeque a tese da “era do conhecimento”.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acreditamos que a Educação em Direitos Humanos deva ser um instrumento para a construção de uma cultura voltada para a tolerância e o respeito à dignidade humana, em que a diferença de valores e ideais sejam vistos como a riqueza da existência humana e não como opositores de um modo de se e de se estar no mundo. E, acima de tudo, que essa coexistência seja baseada na construção e no diálogo. São a partir dessas premissas que pensamos ser possível a construção de uma sociedade menos injusta, mais igualitária e que se comprometa com a eliminação das desigualdades entre os seres humanos.

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PERFEIÇÃO

Legião Urbana

(Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá)

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ATIVIDADE IIIEducação FiscalATIVIDADE III

Educação Fiscal

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Temas

Transversais

Educação

Fiscal

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Vídeo

Educação Fiscal

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Vídeo

História do Tributo

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A Educação Fiscal deve permear o desenvolvimento dos conteúdos da base comum e da parte diversificada do currículo a partir de atividades pedagógicas.

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Sugestão de Atividade

• Avaliação da Aprendizagem em Processo: Plano do Ação para recuperação da aprendizagem.

• Matemática Contextualizada

•Tema Transversal:Educação Fiscal

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Desmistificação da Lógica

Matemática: Educação Fiscal na Construção da Cidadania

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Intervalo

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Diretoria de Ensino Região de Campinas OesteNúcleo Pedagógico

ATIVIDADE IVÉtica

ATIVIDADE IVÉtica

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A decisão sobre dizer ou não a verdade está estreitamente ligada aos sistemas de valores de uma sociedade.

Há coisas que valorizamos, consideramos boas e procuramos fazer.

Por outro lado, sentimo-nos mal quando não conseguimos evitar ações que julgamos más ou reprováveis.

Em outras palavras, somos capazes de estabelecer juízos de valor, diferenciando o bem e o mal, e de agir conforme essa diferenciação.

Esses juízos nos permitem estabelecer princípios morais que procuramos seguir e que convém serem seguidos por todos.

Juízo de valor e norma!

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Mas por que escolhemos fazer o bem? A resposta é simples: escolhemos fazer o bem, seguindo princípios morais, porque, caso contrário, seria quase impossível o convívio social. Imagine se cada um pudesse estabelecer suas próprias normas. Certamente predominaria a insegurança, principalmente se as pessoas tivessem como princípio a mentira, o egoísmo ou o uso da violência física ou psíquica.

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Norma e práxisCertamente, dizer até quando uma norma deve

ser respeitada e quando ela deve ser mudada é uma tarefa difícil, ainda mais levando-se em consideração as transformações que ocorrem, com o tempo, em todas as sociedades.

Mas, além dessa, deve-se considerar outra dificuldade em relação às normas: em nossa vida prática, estamos o tempo todo escolhendo entre alternativas possíveis e nem sempre nosso sistema de valores dá conta de todas as situações que se apresentam a nós, ou seja, nem sempre essa escolha é pacífica.

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Pense, por exemplo, no preceito bíblico “não matarás”. Não

precisamos ser religiosos para

concordar com esse princípio,

aparentemente inquestionável.

Porém, ele é realmente aplicável a todas as situações?

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Imagine, por exemplo, que você esteja ao volante de um carro desgovernado que se dirige rumo a um grupo de cinco pessoas. Numa fração de segundos, você percebe que talvez até possa mover o volante em outra direção, atingindo apenas uma pessoa. O que você faria? A morte de um é preferível à morte de cinco?

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Imagine agora outra situação: num hospital cinco pacientes em estado grave esperam por um transplante de órgão (cada paciente necessita de um órgão diferente). Na sala de espera desse hospital, há um indivíduo saudável. Suponhamos que os órgãos desse indivíduo fossem compatíveis com todos os cinco pacientes e poderiam, portanto, salvar cinco vidas. O que fazer? Matar o indivíduo saudável, para salvar os cinco doentes, parece-nos uma opção inviável. Então, nesse caso, a morte de cinco é preferível à morte de um?

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Os princípios morais estão ligados às nossas escolhas: somos dotados da capacidade de decidir o que fazer e de utilizar nossa consciência moral para isso. Ao escolher, exercemos nossa capacidade de ser livres. Mas, como acabamos de ver, a decisão sobre que caminho seguir nem sempre é tão simples, ainda mais numa época em que as transformações ocorrem com muita velocidade, exigindo que se faça constantemente uma revisão de valores. É justamente nesse ponto que os estudos sobre Ética são de grande interesse para nossa sociedade.

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MoralMoral (do latim moralis, de mor-, mos: costume) é o conjunto de valores – que variam de cultura para cultura e mudam com o tempo – em que se baseiam os princípios e as normas que garantem o convívio entre as pessoas e, portanto, a sobrevivência do grupo.

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ÉticaÉtica (do grego ethiké, ethikos: que se refere aos costumes) é o ramo da Filosofia que aborda os problemas fundamentais da moral (significado do bem e do mal, da justiça e do dever, bem como o sentido e a finalidade da vida). Trata das regras de conduta permanentes e de validade universal, buscando definir seus princípios.

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As duas palavras têm o mesmo sentido original (ligado aos costumes) tanto no grego quanto no latim, mas a moral tem um sentido mais prático (relacionado ao estabelecimento de princípios ou normas), enquanto a Ética tem um sentido mais teórico. Na linguagem cotidiana, porém, os termos costumam ser utilizados como sinônimos.

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Texto extraído da pág. 20 do Caderno do Professor de Filosofia 2 ano Vol. 1

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No ser humano, essa finalidade é a felicidade, alcançada pela prática da virtude. Aristóteles entende a virtude como fruto de um equilíbrio entre o excesso e a falta, obtido a partir de escolhas concretas, que resultam em atos reais.

Portanto, não existia um Bem supremo que deveria ser conhecido, mas sim uma série de situações de vida em que as pessoas praticavam o que poderia ser considerado o bem ou a virtude, utilizando-se, para isso, do meio-termo (ou justa medida).

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Texto extraído da pág. 22 do Caderno do Professor de Filosofia 2 ano Vol. 1

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VídeoÉtica

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A ética nos temas transversais objetiva apresentar sugestões didáticas que possam viabilizá-la (prática e teórica) no âmbito dos temas transversais.

Essa proposta tem como ponto de partida, uma posição política, econômica, social e ética. Todas em favor de um projeto democrático de acesso aos saberes, com todos os riscos eles implicam.

Nesta tarefa, o docente é o mediador que irá tornar possível aos discentes um tema, que muitos tratam e falam, todavia, sua prática no cotidiano, é banalizada.

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Adotar uma abordagem temática em torno de problemas filosóficos contemporâneos e que fomentam o debate e a reflexão, sobre a ética, o meio ambiente, educação fiscal, direitos humanos, tem como finalidade, saúde, relação étnico racial, entre outros, conduzir os discentes a se posicionarem diante da realidade presente.

Ética é uma ferramenta para pensar de forma autônoma e estabelecer um diálogo com o passado e o presente, portanto, com a tradição e contemporaneidade.

Ética é uma atividade vital, recriadora de perspectivas para debater valores, crenças e ideias norteadoras, que questione, por exemplo:

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Educação Fiscal

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Direitos Humanos

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Meio Ambiente

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Refletir sobre a ética, além de uma postura de ação, é também uma atividade de fala, que explora os

limites do que pode ser dito, interpretado ou perguntado.

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Avenida Brasil

Moradores de rua acham dinheiro

Questões do Cotidiano!

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Filosofia explica o que é a Ética

Prof.º Dr.º Mario Sergio Cortella

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Oficina de conceitos

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Em seu livro, Ética e cidadania, Silvio Gallo, propõem um trabalho com os alunos: a Oficina de conceitos. Desenvolve-la, é falar em experimentação, que remete ao novo, a criação.

Para o autor: Pensar é experimentar, mas a experimentação é sempre o que está fazendo – o novo, o notável, o interessante, que substitua a aparência de verdade. Em outros termos, importa mais o processo criativo, o fazer o movimento de pensamento, do que o ponto de chegada, a solução do problema a veracidade do conceito criado, este imbuído de prática e teoria.

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Solicitar aos alunos que façam uma entrevista com pessoas de diferentes profissões e lugares, perguntando: O que é ética para elas? Debata com seus alunos as diferentes regras (ou conceitos) encontradas.

A oficina de ideias tem como finalidade atingir:

Sensibilização (sentir na pele);Problematização (desejo de buscar solução);

Investigação (buscar elementos que permitam soluções) Conceituação (recriar os conceitos encontrados).

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Por meio do trabalho progressivo nessas quatro etapas podemos colocar aos estudantes um problema ético fazendo com que eles vivenciem o problema para que possam efetivamente fazer o movimento da experiência de pensamento.

Que cada estudante possa refletir, pela experiência de pensar filosoficamente, socialmente, entre outras, apropriando do conceito de ética, compreende-lo, ressignifica-lo, e quem sabe, chegar mesmo a criar conceitos próprios.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASDALLARI, Dalmo, O que são os direitos das pessoas. São Paulo: Brasiliense, 2004.

VALLS, Alvaro L. M, O que é ética. São Paulo: Brasiliense, 2008.

BRITO, Antonio Iraildo Alves de, Cidadania em ritmo de cordel. São Paulo: Paulus, 2007.

MARCONDES, Danilo, Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.

ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências Humanas e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Paulo Miceli. – São Paulo: SEE, 2010.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASMORAES, Amaury César (coord.). Sociologia: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. (Coleção Explorando o Ensino; v. 15). Disponível em: http://www.abant.org.br/conteudo/003PRODUTOS/Livros/Explorando%20o%20Ensino.pdf. Acessado em 07/02/2012.

REIS, Rossana Rocha. A América Latina e os direitos humanos, in: Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, 2011, n.2, p. 101-115. Disponível em: http://revcontemporanea.files.wordpress.com/2011/12/artigo1reis.pdf. Acessado em 07/02/2012.

THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo de ensino-aprendizagem, in: Revista Brasileira de Educação, v. 3, nº 39. Rio de Janeiro, set./dez. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141324782008000300010&lng=pt&nrm=iso Acessado em 07/02/2012.

GALLO, Sílvio, Ética e Cidadania. São Paulo, Papirus Editora, 2003.

GALLO, Silvio. A Filosofia e seu Ensino: Conceito de Transversalidade. Revista ETHICA, Rio de Janeiro, v. 13, nº1, 2006.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2009. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=2191&Itemid=. Acessado em 07/02/2012.

CANDAU, Vera Maria. Educação em Direitos Humanos: desafios atuais, in: SILVEIRA, Rosa Maria [et. al.]. Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-metodológicos. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2007. Disponível: http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/index.htm. Acessado em 07/02/2012.

LOPES, Iriny. Inclusão social passa pelo direito à comunicação. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/inclusao_social_passa_pelo_direito_a_comunicacao Acessado em 07/20/2012.

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