ovinos de leite

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Universidade Federal Da Paraíba Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias Bacharelado em Agroindústria PESQUISA SOBRE AS RAÇAS DE OVINOS DE LEITE Diego Augusto da Silva Moreira Wianey Andrade Iara

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Page 1: Ovinos de Leite

Universidade Federal Da Paraíba Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias

Bacharelado em Agroindústria

PESQUISA SOBRE AS RAÇAS DE OVINOS DE LEITE

Diego Augusto da Silva Moreira Wianey Andrade

Iara

Bananeiras – PB Janeiro/2010

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SUMÁRIO

1. Introdução Geral_______________________________________________________1

2. Descrições das Raças____________________________________________________2

2.1 Raça East Friesian _______________________________________________3

2.2 Raça Lacaune____________________________________________________4

2.3 Raça Bergamácia___________________________________________________5

2.4 Raça Icelandic_____________________________________________________6

3. Conclusão______________________________________________________________7

4. Referências bibliográficas_________________________________________________8

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1. Introdução Geral

É bastante difícil afirmar a origem exata da utilização dos ovinos (Ovis aries) para a produção de alimentos. Sabe-se que rebanhos acompanharam o desenvolvimento da civilização no Mediterrâneo. No Antigo Testamento apareceram relatos que as ovelhas já acompanhavam o homem, bem como relatos da ordenha de ovelhas e da produção de queijos. Os países europeus, asiáticos e do Norte africano tem uma tradição milenar na produção e consumo de queijos de leite de ovelha. Sendo assim, existem no mundo mais de 100 milhões de ovelhas que são ordenhadas com uma produção estimada em 7,8 milhões de litros de leite por ano equivalente a 1,3 do total de todas as espécies produtoras de leite (FAO, 2001). Mundialmente, o leite de ovelha é muito apreciado não somente pelas qualidades gastronômicas, mas também, por sua inocuidade para pessoas que possuem intolerância à lactose do leite da vaca. Normalmente consome-se na forma de queijos, iogurte, sorvetes e, uma pequena porção, na forma de leite fluido. O leite ovino tem o dobro do rendimento na produção de queijo, em comparação com o leite de vaca. O iogurte é mais fino, mais leve e em torno de 50% mais nutritivo. Embora a ordenha de ovelhas pareça algo novo e original em nosso país, na Europa e Oriente Médio é realizada há aproximadamente 2000 anos. Durante muitos anos, a ordenha era feita manualmente, o que exigia esforço físico e, freqüentemente, era realizada ao ar livre, expondo os ordenhadores ao tempo e prejudicando a qualidade microbiológica do leite. Atualmente é possível encontrar ordenhadeiras específicos para espécie no mercado. A produção de leite de ovelha é uma atividade significativa para a indústria ovina no mundo. Em regiões menos favorecidas o leite de ovinos, por seu alto valor nutritivo, é um componente importante no sustento de milhões de famílias. Por outro lado, a produção leiteira industrialmente organizada, concentra-se nos países mais, desenvolvido do mediterrâneo e esta crescendo na Austrália e em Israel.

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2. Descrições das Raças

BERGAMÁCIA - Originária do norte da Itália, apresenta grande porte (80 cm), pernas compridas sem lã abaixo do joelho, aptidão leiteira desenvolvida( 250Kg de leite com 6% de gordura em 6 meses de lactação), pouco exigente quanto ao clima e alimentação e  leite utilizado para fabricação do queijo gorgonzola.

LACAUNE- Mais conhecida das raças ovinas da França. Deu origem a indústria do famoso queijo Roqueford. Predominantemente leiteira (150-200 Kg / lactação com 8% de gordura e média de 1,5 litros de leite diários.

Icelandic- A raça Icelandic é uma variedade curto-tailed européia norte do carneiro, que exibe

solha-dado forma, cauda naturalmente curta. O Icelandic é uma raça mid-feita sob medida, geralmente short legged e stocky, com cara e pés livre das lãs. O fleece dos carneiros Icelandic é duplo-revestido e vem no branco as well as uma variedade de outras cores, including uma escala dos marrons, de cinzas, e de pretos.

East Friesian- East Friesian é uma raça de ovinos de tripla aptidão, destacando-se como sendo a mais leiteira do mundo, com produções de até 4 litros/dia em animais de excelente genética. A raça foi recentemente introduzida de forma oficial.

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2.1 Raça East Friesian

East Friesian é uma raça de ovinos de tripla aptidão, destacando-se como sendo a mais leiteira do mundo, com produções de até 4 litros/dia em animais de excelente genética. A raça foi recentemente introduzida de forma oficial, atendendo todas as exigências legais e especialmente com a aprovação do Arco¹, a qual, após verificar e avaliar os benefícios que certamente trará ao rebanho nacional aprovou seu ingresso no Brasil. A raça East Friesian é conhecida por diversos nomes em outros países, como: na Alemanha, país de origem é “Ostfriesisches Milchschaf”, no Uruguai ela é denominada de ”Frisonas Milchschaf” e na Argentina de “Frisonas”. De acordo com Carlos Schmidt, os animais são originários do oeste da República Federal da Alemanha, da região de Frísia. Esta é uma raça antiga, havendo referências da mesma desde o ano de 1530. Os animais são de excelente aptidão materna e leiteira, apresentando períodos de lactação superior a 210 dias, muito prolíferas, com frequentes partos múltiplos, índole dócil e amável.Morfologicamente, destaca-se pela ausência de chifres, face rosada em torno dos olhos, nariz e orelhas, estas de tamanho pequeno e voltadas para frente. São bem lanadas, porém, com ausência de lã na face, pernas e rabo.Sobre suas características gerais, o criador destaca a de triplo propósito: leite, carne e lã. Tratam-se de animais de bom tamanho, maior que as raças tradicionais. A pele é rosada e as fêmeas podem obter parições superiores a 200%, com partos ocasionais de até quatro cordeiros.

______________________________________________________________________________________ ¹Associação Brasileira de Criadores de Ovinos;

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2.2 Raça Lacaune

Originária do Maciço Central Francês, possui notáveis qualidades leiteiras. É uma raça mista, pois além da aptidão leiteira, devido ao seu grande porte e rápido crescimento, também é excelente produtor de carne. É considerada uma raça nobre devido ao leite ser ideal para a produção de queijo, iogurte e outros derivados. Entre os principais produtos destaca-se o queijo roquefort. Conhecido pelo sabor acentuado e picante, apresenta massa cremosa e esfarelada com veios de fungo, que lhe dão sabor especial. A carne proveniente dos cordeiros e das ovelhas Lacaune representa parte importante da receita de seus criadores, devido à alta qualidade e sabor. Os adultos da raça apresentam porte médio a grande. Os machos que se encontram no padrão pesam entre 80 kg a 100kg, enquanto as fêmeas, entre 60kg e 80kg. A Lacaune adapta-se bem à ordenha mecânica por apresentar seu úbere de bom tamanho, bem conformado, com boa implantação e bem constituído. Produz cerca de 1,5 litro de leite por dia, produz de 100 a 200 kg de leite por lactação. Seu leite apresenta 7,5% de gordura (média), sendo muito utilizado pra fazer o queijo Roqueford. O seu velo de lã tem pouca extensão, cobrindo a parte superior e metade das faces laterais do pescoço e corpo e seu peso médio segundo a categoria é de 2,5kg para os carneiros e 105 kg para as ovelhas. Esta raça já está sendo explorada em Santa Catarina, no município de Anchieta, extremo oeste do Estado, na propriedade do Sr. Cléber Cavasini, onde mantém 18 ovelhas ordenhadas, num período de lactação de cinco meses, com produção média de leite de ovelha/dia de dois litros. Com a parceria da Laticínios Cedrense, onde entrega sua produção, o produtor está estimulado e sua meta até 2008 é trabalhar com 100 fêmeas leiteiras.

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2.3 Raça Bergamácia

Originária do Norte da Itália e proveniente remotamente de ovinos sudaneses. É um ovino de múltipla utilidade, produtor de leite, carne e lã. É rústico, pouco exigente e que prospera, no Brasil, em áreas do Sudeste e do Nordeste. São animais grandes, com altura média de 80 centímetros e peso de 75 kg nas fêmeas e 120 kg nos machos adultos. As ovelhas são prolíficas e boas leiteiras. São pouco exigentes quanto à alimentação: pastam bem e são resistentes. A ovelha produz, em média, 250 kg de leite com 6% de gordura, em um período de lactação de seis meses. A raça é boa queijeira. A Bergamácia é uma boa raça para melhorar rebanhos de ovinos comuns, quanto à produção de leite e carne. Os cordeiros engordam bem atingindo, já no primeiro mês, o peso de 12 Kg e com cerca de dois anos chegam a pesar de 130 a 140 Kg. Recomenda-se a raça para a formação de pequenos rebanhos em fazendas mistas e também para melhorar os ovinos brasileiros quanto às produções de carne e leite. A preparação de queijos sofisticados na propriedade poderá tornar-se o objetivo principal, dada à valorização destes produtos no mercado. Sua carne tem sabor agradável, apesar da quantidade de sebo elevado. No Brasil também é conhecida como Bergamasca, Bergamasker ou Gigante di Bergamo. Prospera no Brasil em áreas do Sudeste e do Nordeste.

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2.4 Raça Icelandic

A raça Icelandic é uma variedade curto-tailed européia norte do carneiro, que exibe solha-dado forma, cauda naturalmente curta. O Icelandic é uma raça mid-feita sob medida, geralmente short legged e stocky, com cara e pés livre das lãs. O fleece dos carneiros Icelandic é duplo-revestido e vem no branco as well as uma variedade de outras cores, including uma escala dos marrons, de cinzas, e de pretos. Existem em horned e polled tensões. O unshorn geralmente esquerdo para o inverno, a raça é hardy muito frio. Twinning é muito comum em Icelandic ovelhas, com uma taxa de nascimento média de 175% - 220%. Um gene existe também na raça chamada o gene de Thoka. As ovelhas que carregam o gene foram sabidas para dar o nascimento aos triplets, aos quadruplets, aos quintuplets, e mesmo aos sextuplets na ocasião. As ovelhas podem ser produzidas como cordeiros assim que 5 a 7 meses embora muitas esperem até após o primeiro aniversário da ovelha para produzir. São reprodutores da estação e vêm no calor em torno de outubro. Produzir a estação pode durar até quatro meses. As ram transformam-se adiantadas maduro e podem-se começar produzir assim que 5 meses. Descido do mesmo estoque que o norueguês Spelsau, trazido a Islândia pelo Vikings, Os carneiros Icelandic foram produzidos por mil anos em um ambiente muito áspero. Conseqüentemente, são herbivores completamente eficientes. Há um período de 8 semanas onde as ovelhas Icelandic dêem o leite. Após as primeiras duas semanas, os cordeiros weaned fora do leite da mãe. Então para as seis semanas seguintes, as ovelhas são ordenhadas diariamente. A maioria fornece aproximadamente 1 litro do leite, quando as ovelhas boas fornecerem 2-3 litros. O leite é usado diretamente, ou feito na manteiga, skyr, o queijo, ou o yogurt que é naturalmente doce, assim que não requerem um sweetener. O leite dos carneiros é bom para o queijo, porque é elevado na gordura e em sólidos dissolvidos. Um rendimento elevado do queijo de alta qualidade pode então ser feito das quantidades pequenas do leite.

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3. Conclusão

Não existem muitos trabalhos ao nosso alcance sobre ovinos tipo leite. Os trabalhos existentes a que tivemos acesso mostram a força do leite ovino em âmbito mundial, onde a produção fica em torno de 8 milhões de toneladas / ano, representa cerca de 2 % do total de leite produzido no mundo .

            Em relação à produção de leite, o número de dias do período de cria se torna importante . Em sistemas extensivos (em que os cordeiros ficam mais tempo mamando), gira em torno de 3-4 meses e após a retirada do cordeiro ordenha-se a ovelha 1-2 vezes ao dia por 1 mês.

            Em sistemas mais intensivos de produção de leite em que se usam raças de elevada produção e boa aptidão para ordenha, os cordeiros são separados de suas mães ao parto e criados com leite artificial, ordenhando-se as ovelhas mecanicamente durante um grande período de tempo (6-10 meses ).

            Observa-se que a produção esta altamente ligada ao tempo em que o cordeiro fica mamando proporcionando assim um acréscimo ou uma diminuição no período de ordenha. Também esta ligada ao emprego de rações e forragens no comedouro, onde a intensificação pelo aumento da produção tem o inconveniente do aumento dos custos, o que nem sempre traz rentabilidade.

            Deve-se procurar um equilíbrio entre a alimentação e produção. Os ovinos de maior aptidão leiteira responderão mais a alimentação.

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3. Referências bibliográficas

OSÓRIO, J.C.S e OSÓRIO, M.T.M. Zootecnia de Ovinos.CRUZ, F.P. Sistema de Produção de Ovinos (2002).CASTILLO, L.H. Raças de Ovinos (On line, http://www.cico.rj.gov.br/raças, s.d.).ALZUGARAY, D. e ALZUGARAY, C. Aprenda a Criar Ovelhas. São Paulo, SP (1986).

Base para criação de ovinos no Estado de São Paulo, São Manoel – SP, 1995. Edson Benedito de Carvalho; Márcio Armando G. de Oliveira; Paulo F. Domingues.

Google.com.br/ Rede de informação mundial GOOGLE. Base de Dados disponíveis em: < http://www.uniovinos.unipampa.edu.br/> Acesso em 21 de Dez.2009.

Wikipedia.com.br/ Rede de informação brasileira WIKIPÉDIA. Base de Dados disponíveis em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovelha > Acesso em 21 de Dez.2009.

Google.com.br/ Rede de informação mundial GOOGLE. Base de Dados disponíveis em: < http://worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Icelandic_sheep/> Acesso em 21 de Dez.2009.

Google.com.br/ Rede de informação mundial GOOGLE. Base de Dados disponíveis em: < http://www.queijosnobrasil.com.br/portal/index.php?cod_tipo=2&cod_dados=188 /> Acesso em 21 de Dez.2009.

Google.com.br/ Rede de informação mundial GOOGLE. Base de Dados disponíveis em: < http://www.cabraeovelha.com.br/acontecendo3.html /> Acesso em 21 de Dez.2009.