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12/09/2013 IPEA
Compras locais de alimentos para escolas em países africanos, qual a pertinência?
PAA África Purchase from Africans for Africawww.paa-africa.org
Assistência alimentar emergencial brasileira
Contribuições do Brasil ao PMA – 2012 – 8º país doadorContribuições do Brasil ao PMA – 2012 – 8º país doadorContribuições do Brasil ao PMA – 2012 – 8º país doadorContribuições do Brasil ao PMA – 2012 – 8º país doadorContribuições do Brasil ao PMA – 2012 – 8º país doador
Continente Alimentos (Toneladas)
Beneficiários (pessoas)*
Valor produto(USD)**
Valor Distribuição USD***
África 109.859 732.394 55.367,208 64,772,744
América do Sul 800 5.333 237,380 108,603
Ásia 15.527 103.515 9,302,859 5,646,120
América Central 48.951 326.341 23,429,527 10,785,504
Total 175.137 1.167.583 88,336,973 81,312,972
*Estimativa com base em 12,5 kg de cereais/adulto/mês durante um ano.**Valor do produto embarcado para transporte marítimo (“on board”), pago pelo Governo brasileiro – dados incompletos.***Valor do transporte dos portos brasileiros aos beneficiários, pago por outros Governos parceiros- dados incompletos.Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Brasil - CGFOME
*Estimativa com base em 12,5 kg de cereais/adulto/mês durante um ano.**Valor do produto embarcado para transporte marítimo (“on board”), pago pelo Governo brasileiro – dados incompletos.***Valor do transporte dos portos brasileiros aos beneficiários, pago por outros Governos parceiros- dados incompletos.Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Brasil - CGFOME
*Estimativa com base em 12,5 kg de cereais/adulto/mês durante um ano.**Valor do produto embarcado para transporte marítimo (“on board”), pago pelo Governo brasileiro – dados incompletos.***Valor do transporte dos portos brasileiros aos beneficiários, pago por outros Governos parceiros- dados incompletos.Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Brasil - CGFOME
*Estimativa com base em 12,5 kg de cereais/adulto/mês durante um ano.**Valor do produto embarcado para transporte marítimo (“on board”), pago pelo Governo brasileiro – dados incompletos.***Valor do transporte dos portos brasileiros aos beneficiários, pago por outros Governos parceiros- dados incompletos.Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Brasil - CGFOME
*Estimativa com base em 12,5 kg de cereais/adulto/mês durante um ano.**Valor do produto embarcado para transporte marítimo (“on board”), pago pelo Governo brasileiro – dados incompletos.***Valor do transporte dos portos brasileiros aos beneficiários, pago por outros Governos parceiros- dados incompletos.Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Brasil - CGFOME
Programa Mundial de Alimentos - oportunidades para sustentabilidade(PMA 60% da ajuda alimentar mundial em 2012) fonte: WFP
Programas humanitários em alimentação escolar podem estabelecer a transição
para programas governamentais, contribuindo para a institucionalização de programas de alimentação escolar como
proteção social.
A alimentação escolar é importante para garantir o acesso a alimentação em emergências
socioambientais: desde 2008, 38 países ampliaram seus programas em resposta à crises.
(crise alimentar 34%, conflitos armados 32%, desastres naturais 21%, financeira 13%)
Regiões Países Estudantes(milhões) %
África 32 10,86 41,9
Ásia 13 8,80 34,0
América Latina e Caribe 7 4,83 18,6
Oriente M; Ásia Cent; Europa do Leste 9 1,44 5,5
Total 61 25,94 100
PMA total beneficiários 2012 - Mundo
PMA beneficiários em escolas 2012 – mundoPMA beneficiários em escolas 2012 – mundo PMA total beneficiários 2012 - ÁfricaPMA total beneficiários 2012 - ÁfricaPMA total beneficiários 2012 - África
Milhões (pessoas)
Milhões(pessoas) % Milhões
(pessoas) % (total) % (escolas)
97.2 25.9 26,6 54.2 55,7 20
Fontes: WFP –The Year in Review, 2012; WFP in Africa: 2012 Facts, Figures and Partners; State of School Feeding Worldwide
Fontes: WFP – State of School Feeding Worldwide
Assistência humanitária, governos e compras locais
- Pequenos agricultores produzem até 80 % do alimento consumido na África sub
sahariana.- Governos podem ter um papel direto de inclusão dos pequenos agricultores nos
mercados por meio das compras públicas.- Adoção de tecnologias para aumento de
produtividade são adotadas com mais eficiência quando vinculadas ao acesso aos
mercados.
Mudanças progressivas no Sistema Humanitário Internacional:
PMA : da “ajuda alimentar” para a “assistência alimentar”.
Perfil de compras do PMA (2012):2.1 milhões de ton – USD 1.1 bilhão77% das compras em países em desenvolvimentoFonte: WFP Food Procurement Annual Report
P4P:Projeto piloto 2008 até 2014: objetivo é testar modalidades de compras, a fim de adotar as mais adaptadas para tornarem-se parte do programa regular do PMA.
20 países. Diferentes modalidades de compras locais. 189,000 toneladas compradas 814 organizações, aproximadamente 1 milhão de agricultores PAA Africa é parceiro em testar modalidades de compras adaptadas à alimentação escolar.
Porque compras locais para escolas?
Países População milhões
População rural %
Crescimento %(1990 – 2010)
Terras agricultáveis (ha/pessoa)
PIB % valor agricultura
Etiópia 84,70 83 - 0,2 47
Malaui 15,40 84 1,7 0,2 30,5
Senegal 12,80 57 2,3 0,3 17,4
Moçambique 23,90 69 2,5 0,2 31,9
Níger 16,10 82 3.2 1,0 -
Fontes: The State of Food Insecurity in the World 2012;World Bank - http://databank.worldbank.org;
Meio rural
Porque compras locais para escolas?
Acesso aos alimentos
Países% pop abaixo da linha pobreza (2 USD – PPP)
IDH Desnutrição %
Má nut r i ção crônica % pop. < 5 anos
Benefic iár ios AE (1000)
Cobertura % Gestores
Etiópia 30,0 0,36 (baixo) 40,2 50,7 681 5 PMA
Malaui 90,5 0,40 (baixo) 23,1 47,8 790 23 PMA,
Outros
Senegal 60,4 0,45 (baixo) 20,5 20,1 764 44
Governo, PMA,
Outros
Moçambique 81,8 0,32 (baixo) 39,2 43,7 427 8 PMA,
Outros
Níger 75,2 0,29 (baixo) 12,6 54,8 168 9 Governo,
PMA
Fontes: World Bank - http://databank.worldbank.org; WFP – State of School Feeding WorldwideThe State of Food Insecurity in the World 2012 http://www.fao.org/publications/sofi/food-security-indicators/en
Como desenvolver compras locais?
Compromisso político: Diálogo Brasil-África (2010): Compromisso assumido pelo governo brasileiro.
Parcerias: GoB, WFP, FAO e Governos Africanos.
2 componentes: operacional e conhecimentoOperacional - pilotos adaptados à realidade Africana: em parceria com os governos a FAO administra o apoio direto aos agricultores para a produção, e o PMA apoia as atividades de compras e pós-colheita.Conhecimento - Suporte técnico (consultores internacionais) para avaliar as capacidades nacionais para compras locais; visitas técnicas e workshops internacionais, avaliação dos pilotos, diálogo político com base em evidencias locais, fortalecimento de estratégias nacionais de compras locais.
Compras locais para alimentação escolar em 5 países: Etiópia, Malaui, Moçambique, Níger e Senegal → Início das atividades em Fevereiro/2012
Fundos (1ª fase): US$4,5 milhões (CGFome e DFID), transferidos para FAO e PMA.
Modelo de compras locais do PAA África
Fase I conhecimento: resultados
Pontos em comum:
População rural, entre 60 a 84 %.
Pequenas e médias unidades de produção são predominantes e respondem pela
produção dos alimentos base da alimentação nacional.
Políticas públicas favoráveis, agricultura e educação são prioridades.
Potencial produtivo e organizacional a ser aproveitado, alimentação escolar é um tema importante no contexto nacional.
Contexto favorável de trabalho nas parcerias com a FAO e o PMA.
AprendizadosO componente conhecimento indica que a ação do Estado brasileiro para promover programas públicos de compras locais no continente africano necessita considerar:
- Processo continuado de cooperação;- Escala de ação compatível com as necessidades humanitárias no continente africano;- Complementariedade entre doações de alimentos e compras locais.
A ação do Estado brasileiro por meio do PAA África contribui para promover inovações:
- Entre Nações Unidas e Governos;- Entre FAO e PMA.- Ajuda alimentar – compras locais e vínculo entre ajuda e desenvolvimento.
Agências das Nações Unidas
- Parceiro estratégico para operações e conhecimento dos atores e realidades de cada país.
Período Total
Fase I Fase IIFase II
Piloto(2012 - 2013)
Melhoria das operações e ampliação das parcerias
18 meses (2013 - 2014)
Expansão e consolidação
42 meses(2015-2018)
18 meses 5 anos
Fase II: orientações principais
A principal preocupação é garantir a sustentabilidade das compras institucionais locais, com foco em:
Envolvimento progressivo dos governos: diálogo político, desenvolvimento de capacidades institucionais, colaboração
inter-setorial em politicas públicas, consolidação de instrumentos legais, participação orçamentária.
Participação social: definição de organizações e papel da sociedade civil em cada país, promoção de espaços de diálogo
a nível local e nacional.
Sistemas produtivos sustentáveis: focalização em pequenos agricultores com potencial de excedente, acesso
sustentável a insumos, assistência técnica adaptada, apoio à pós-colheita, fortalecimento de capacidades organizacionais.
Modelos adaptados de compras locais: diversificação das compras, definições acordadas de preços, contratos e formas
de pagamento.
Capacidades das escolas de usar produtos locais: capacitações, infra- estrutura, diversificação de cardápios.
Monitoramento e avaliação: monitorar e avalizar operações para subsidiar tomadas de decisão.
Fase II operações: projetos de compras locais
Questões em aberto
Capacidade dos governos africanos X assistência humanitária
internacional.
Impactos das compras locais no desenvolvimento rural e segurança alimentar e
nutricional.
Relação entre compras locais e proteção social.
Obrigado!
Questões e comentários são bem-vindos!
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[email protected]@wfp.org