página sindical do diário de são paulo

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Auxiliadora: “Queremos os jovens no movimento sindical” Caberá aos Sindicatos filiados de- cidir se querem negociar ou não com as empresas de suas bases a im- plantação do PPE (Programa de Pro- teção ao Emprego), declarou nesta segunda-feira (dia 20) o sindicalista Miguel Torres, presidente da Força Sin- dical, no encerramento da reunião da Operativa Ampliada da Central. Os dirigentes sindicais presentes à reunião reconheceram que a Medida Provisória (MP) 680/2015 é apenas mais um mecanismo de proteção ao emprego, mas algo que definitivamen- te não vai resolver a crise econômica. No entanto, a Medida “fortalece o mo- A Medida Provisória 680/2015 já recebeu 175 Emendas parlamentares PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO EMPREGO Trabalho Publieditorial A vida está bastante dura para os trabalhadores brasileiros. Para que se tenha uma ideia, apenas nos quatro primeiros meses do ano mais de 130 mil postos de trabalho foram perdidos no País, justa- mente nos setores que mais contratam com car- teira assinada, como construção civil, metalurgia, indústria e comércio. E, apesar de o desemprego ainda afetar mais os trabalhadores com menos estudo, foi-se o tempo em que ter uma formação superior era a garantia de um bom emprego. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Do- micílio (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE, dão conta de que, apenas entre janeiro e março deste Desemprego no Brasil avança a passos largos Opinião> ano, o número de desempregados com diploma de curso superior aumentou 21,25% em relação ao mesmo período de 2014. E muito deste quadro tem como protagonista a política equivocada do governo, com inflação, tarifas, impostos, crédito e juros altos, que infectou o mercado de trabalho e atingiu os mais qualificados. A Força Sindical entende que, neste momento, precisa- mos de mecanismos que amenizem os efeitos da crise, mesmo que não a resolvam definitivamente. Caso isto não aconteça, o quadro econômico que se avizinha no curto pra- zo tende apenas a piorar. E muito! E a nossa luta é para que isto não aconteça! vimento sindical porque oferece aos Sindicatos a responsabilidade de nego- ciar a implantação do programa direta- mente com as empresas”, ressalta Mi- guel Torres. Ou seja: a MP não resolve a crise, mas ameniza os seus efeitos. Durante a reunião, o economista José Silvestre Prado de Oliveira, coordena- dor de Relações Sindicais da Força Sin- dical, explicou o programa anunciado pelo governo. Para implementá-lo, as empresas terão de comprovar que pas- sam por dificuldades financeiras, fato que deverá gerar resistência por parte de algumas delas em abrir suas contas. Apesar de o PPE já estar em vigor, pelo fato de ter sido editado por meio de Medida Provisória, somente ama- nhã (dia 22), o Comitê Interministerial do PPE, coordenado pelo ministro Ma- noel Dias, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), decidirá as regras do programa, incluindo os setores que po- derão aderir à Medida. A Medida Provisória está tramitando no Congresso Nacional, e já recebeu, até agora, 175 emendas de parlamenta- res. Uma delas é de autoria do deputa- do Paulo Pereira da Silva (Solidariedade -SP), o Paulinho da Força, e estabelece que os 15% que seriam descontados do salário do trabalhador sejam, também, pagos pelo governo, que assim passa- ria a bancar integralmente os 30% da redução prevista no programa. “Vamos analisar as emendas e vamos brigar no Congresso Nacional”, diz Torres. Para Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Força Sindical, os Sindicatos devem intensificar a luta por uma agenda po- sitiva e por uma política econômica que priorize o crescimento, questionando o desemprego e pela manutenção do emprego. Também para Osvaldo Ma- fra, presidente da Força Sindical-SC, a Central precisa intensificar a luta para melhorar a Medida Provisória no Con- gresso Nacional. Foto: Marcos dos Santos O Sindicato dosTrabalhadores nas Indústrias de Instrumentos Musi- cais e Brinquedos-SP realizaram o 1º Seminário da Juventude. No to- tal, 48 trabalhadores participaram do evento. “Queremos os jovens no movimento sindical”, declara Maria Auxiliadora, presidenta do Sindicato da categoria, que fez uma palestra sobre a importância da nossa luta. Também foram realizadas as pa- lestras “O Jovem no Mercado de Trabalho”, pelo técnico Daniel Fer- Cerca de mil motoristas de empre- sas de transportes de cargas secas e líquidas de Santos e Região (Sindrod) –, com data-base em maio, conquistaram reajuste de 9% aplicado nas demais cláusulas econômicas. Válido por dois anos, o acordo garan- te o pagamento mensal extraordinário, equivalente a 60 horas, que as empre- sas não queriam renovar. O patronal queria diminuir esse número para 40, com o que não concordaram os moto- ristas e a diretoria do Sindicato. rer, do Dieese, e “A História do Movimento Sindical”, por Marcos Valério de Castro, assessor da Fe- quimfar (Federação dos Químicos). “Os próximos passos serão defi- nidos após a avaliação da pesquisa feita pelos jovens”, disse Auxilia- dora. O encontro contou com a par- ceria da Fequimfar, que tem como uma das coordenadoras a sindica- lista Cristina Cavalcante, diretora do Sindicato dos Instrumentos Musi- cais e Brinquedos. Fotos: Jaélcio Sanatana BRINQUEDOS SANTOS E REGIÃO Sindicato realiza 1º Seminário da Juventude Motoristas de carga fecham acordo em 9% Miguel Torres Presidente da Força Sindical youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! Força vai lutar para melhorar PPE no Congresso Miguel Torres: “Caberá aos Sindicatos decidir se negociam ou não o PPE com as empresas”

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Auxiliadora: “Queremos os jovens no movimento sindical”

Caberá aos Sindicatos fi liados de-cidir se querem negociar ou não

com as empresas de suas bases a im-plantação do PPE (Programa de Pro-teção ao Emprego), declarou nesta segunda-feira (dia 20) o sindicalista Miguel Torres, presidente da Força Sin-dical, no encerramento da reunião da Operativa Ampliada da Central.

Os dirigentes sindicais presentes à reunião reconheceram que a Medida Provisória (MP) 680/2015 é apenas mais um mecanismo de proteção ao emprego, mas algo que defi nitivamen-te não vai resolver a crise econômica. No entanto, a Medida “fortalece o mo-

A Medida Provisória 680/2015 já recebeu 175 Emendas parlamentares

PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO EMPREGO

TrabalhoPublieditorial

A vida está bastante dura para os trabalhadores brasileiros. Para que se tenha uma ideia, apenas nos quatro primeiros meses do ano mais de 130 mil postos de trabalho foram perdidos no País, justa-mente nos setores que mais contratam com car-teira assinada, como construção civil, metalurgia, indústria e comércio. E, apesar de o desemprego ainda afetar mais os trabalhadores com menos estudo, foi-se o tempo em que ter uma formação superior era a garantia de um bom emprego.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílio (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE, dão conta de que, apenas entre janeiro e março deste

Desemprego no Brasil avança a passos largos Opinião>

ano, o número de desempregados com diploma de curso superior aumentou 21,25% em relação ao mesmo período de 2014.

E muito deste quadro tem como protagonista a política equivocada do governo, com infl ação, tarifas, impostos, crédito e juros altos, que infectou o mercado de trabalho e atingiu os mais qualifi cados.

A Força Sindical entende que, neste momento, precisa-mos de mecanismos que amenizem os efeitos da crise, mesmo que não a resolvam defi nitivamente. Caso isto não aconteça, o quadro econômico que se avizinha no curto pra-zo tende apenas a piorar. E muito!

E a nossa luta é para que isto não aconteça!

vimento sindical porque oferece aos Sindicatos a responsabilidade de nego-ciar a implantação do programa direta-mente com as empresas”, ressalta Mi-guel Torres. Ou seja: a MP não resolve a crise, mas ameniza os seus efeitos.

Durante a reunião, o economista José Silvestre Prado de Oliveira, coordena-dor de Relações Sindicais da Força Sin-dical, explicou o programa anunciado pelo governo. Para implementá-lo, as empresas terão de comprovar que pas-sam por difi culdades fi nanceiras, fato que deverá gerar resistência por parte de algumas delas em abrir suas contas.

Apesar de o PPE já estar em vigor,

pelo fato de ter sido editado por meio de Medida Provisória, somente ama-nhã (dia 22), o Comitê Interministerial do PPE, coordenado pelo ministro Ma-noel Dias, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), decidirá as regras do programa, incluindo os setores que po-derão aderir à Medida.

A Medida Provisória está tramitando no Congresso Nacional, e já recebeu, até agora, 175 emendas de parlamenta-res. Uma delas é de autoria do deputa-do Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força, e estabelece que os 15% que seriam descontados do salário do trabalhador sejam, também,

pagos pelo governo, que assim passa-ria a bancar integralmente os 30% da redução prevista no programa. “Vamos analisar as emendas e vamos brigar no Congresso Nacional”, diz Torres.

Para Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Força Sindical, os Sindicatos devem intensifi car a luta por uma agenda po-sitiva e por uma política econômica que priorize o crescimento, questionando o desemprego e pela manutenção do emprego. Também para Osvaldo Ma-fra, presidente da Força Sindical-SC, a Central precisa intensifi car a luta para melhorar a Medida Provisória no Con-gresso Nacional.

Foto: Marcos dos Santos

O Sindicato dosTrabalhadores nas Indústrias de Instrumentos Musi-cais e Brinquedos-SP realizaram o 1º Seminário da Juventude. No to-tal, 48 trabalhadores participaram do evento. “Queremos os jovens no movimento sindical”, declara Maria Auxiliadora, presidenta do Sindicato da categoria, que fez uma palestra sobre a importância da nossa luta.

Também foram realizadas as pa-lestras “O Jovem no Mercado de Trabalho”, pelo técnico Daniel Fer-

Cerca de mil motoristas de empre-sas de transportes de cargas secas e líquidas de Santos e Região (Sindrod) –, com data-base em maio, conquistaram reajuste de 9% aplicado nas demais cláusulas econômicas.

Válido por dois anos, o acordo garan-te o pagamento mensal extraordinário, equivalente a 60 horas, que as empre-sas não queriam renovar. O patronal queria diminuir esse número para 40, com o que não concordaram os moto-ristas e a diretoria do Sindicato.

rer, do Dieese, e “A História do Movimento Sindical”, por Marcos Valério de Castro, assessor da Fe-quimfar (Federação dos Químicos).

“Os próximos passos serão defi-nidos após a avaliação da pesquisa feita pelos jovens”, disse Auxilia-dora. O encontro contou com a par-ceria da Fequimfar, que tem como uma das coordenadoras a sindica-lista Cristina Cavalcante, diretora do Sindicato dos Instrumentos Musi-cais e Brinquedos.

Fotos: Jaélcio Sanatana

BRINQUEDOS SANTOS E REGIÃO

Sindicato realiza 1º Seminário da Juventude Motoristas de carga fecham acordo em 9%

Miguel Torres Presidente da Força Sindical

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