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Director: Abel Matos Santos Ano 1 Número 7 1 de Novembro de 2006 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Na Rota das Freguesias, com António Venda, presidente da Junta da Lamarosa. Página 38 Escuteiros de Coruche, iniciam novo ano escutista. Páginas 24 e 25 Gonçalo Ribeiro Telles, dá a conhe- cer a charneca e o montado de Coruche Página 19 O novo Campo Pequeno, conhe- ça-o melhor. Páginas 12 e 13 Equador, o último refúgio do pa- raíso. Páginas 36 e 37 R. de Santarém, 76, 2100-228 Coruche Tel./Fax 243 679 422 Papelaria Central PAPELARIA LIVRARIA MOBILIÁRIO DE ESCRITÓRIO LEVIRA CASTELO & SANTOS, LDA. O Jornal de Coruche traz a Coruche, o prestigiado mé- dico psiquiatra e escritor, Prof. Daniel Sampaio, com o apoio da Câmara Municipal de Coruche. Daniel Sampaio, virá a Coruche para conhecer a nossa terra e apresentar o seu mais recente livro “Lavrar o Mar”, no auditório do Museu Municipal de Coruche, pelas 17 horas, onde os adolescentes, os pais e edu- cadores e toda a população, poderão trocar impres- sões com ele, durante uma conferência subordinada ao tema “Adolescentes e Famílias”. > saiba mais na pág. 11 Programa 16 horas Visita guiada ao Museu Municipal e ao Centro de Documentação 17 horas Conferência e apresentação do novo livro “Lavrar o Mar”, no Museu Municipal Conferencista - Daniel Sampaio Moderador - Abel Matos Santos Apresentação - Dionísio Mendes Entrada Livre Daniel Sampaio 11 de Novembro de 2006 em Coruche no Museu Municipal Com Dignidade e Valor Começou a Subscrição Pública António Sacramento a justa homenagem > páginas 2 e 3 > páginas 4 e 5

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Page 1: Páginas 24 e 25 Sampaio - ojornaldecoruche.com A1N07 site.pdf · cer a charneca e o montado de Coruche Página 19 O novo Campo Pequeno, conhe-ça-o melhor. Páginas 12 e 13 Equador,

Director: Abel Matos Santos – Ano 1 • Número 7 • 1 de Novembro de 2006 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Destaques

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Na Rota das Freguesias, comAntónio Venda, presidente daJunta da Lamarosa.

Página 38

Escuteiros de Coruche, iniciamnovo ano escutista.

Páginas 24 e 25

Gonçalo Ribeiro Telles, dá a conhe-cer a charneca e o montado deCoruche

Página 19

O novo Campo Pequeno, conhe-ça-o melhor.

Páginas 12 e 13

Equador, o último refúgio do pa-raíso.

Páginas 36 e 37

R. de Santarém, 76, 2100-228 Coruche

Tel./Fax 243 679 422

PapelariaCentralPAPELARIALIVRARIA

MOBILIÁRIO DEESCRITÓRIO LEVIRA

CASTELO & SANTOS, LDA.

O Jornal de Coruche traz a Coruche, o prestigiado mé-dico psiquiatra e escritor, Prof. Daniel Sampaio, com oapoio da Câmara Municipal de Coruche.Daniel Sampaio, virá a Coruche para conhecer a nossaterra e apresentar o seu mais recente livro “Lavrar oMar”, no auditório do Museu Municipal de Coruche,pelas 17 horas, onde os adolescentes, os pais e edu-cadores e toda a população, poderão trocar impres-sões com ele, durante uma conferência subordinadaao tema “Adolescentes e Famílias”. > saiba mais na pág. 11

Programa16 horasVisita guiada ao Museu Municipale ao Centro de Documentação

17 horasConferência e apresentação donovo livro “Lavrar o Mar”,no Museu Municipal

Conferencista - Daniel SampaioModerador - Abel Matos SantosApresentação - Dionísio Mendes

Entrada Livre

DanielSampaio

11 de Novembro de 2006

em Corucheno Museu Municipal

CCoomm DDiiggnniiddaaddee ee VVaalloorrComeçou a Subscrição Pública

António Sacramentoa justa homenagem> páginas 2 e 3

> páginas 4 e 5

Page 2: Páginas 24 e 25 Sampaio - ojornaldecoruche.com A1N07 site.pdf · cer a charneca e o montado de Coruche Página 19 O novo Campo Pequeno, conhe-ça-o melhor. Páginas 12 e 13 Equador,

Éeste o texto que constanos diversos cadernosde assinatura da Subs-

crição Pública (disponíveis apartir deste mês, em todos oslocais assinalados e referidosna tabela anexa) a favor dareposição da estátua do Sr. Ma-jor Luíz Alberto de Oliveira,um dos filhos mais ilustres deCoruche e que, sem qualquerdúvida ou contestação, mais bemfez a Coruche e às suas gentes.

Foi esta a razão que levou apopulação a pagar e a erigir em1959, uma estátua com o seubusto num vasto pedestal, napraça em frente aos paços doConcelho e ao pelourinho.

Nada há a apontar a estaeminente personalidade do sé-culo XX! Tudo fazia por Coru-che e por todos os de Coruche.De origem humilde, cedo sedestacou na vida académica,ingressou na academia militar,deu aulas de esgrima a reis,militar de excelência, foi heróida 1.ª Guerra Mundial incorpo-rando o Corpo ExpedicionárioPortuguês, foi Governador Ci-vil de Coimbra, Comandantede Caçadores 5, foi Ministro daGuerra introduzindo mudanças

e preparando as Forças Arma-das para a modernidade.

Pelos cargos que foi ocu-pando, pelo prestígio e respeitoadquiridos e pelas influênciasque naturalmente movia, tudofez para que em Coruche acon-tecesse o desenvolvimento, lu-tando para que se fizessem aspontes do Monte da Barca aCoruche, que ainda hoje usa-mos. Foi devido a ele, que anossa vila passou, entre outrosmelhoramentos, a ter electrifi-cação pública, telefones, águacanalizada, esgotos, escolas,arruamentos empedrados, maisestradas e o crescimento da vilapara o actual Bairro Novo, quetinha o seu nome.

Também como Ministro daGuerra, não concordando comalgumas orientações do governorelativas à sua pasta, foi força-do a demitir-se. Existem tam-bém registos históricos, já publi-cados no n.º 4 deste Jornal, quemostram o prestígio que gran-jeava no Exército e em Portu-gal, e, a disponibilidade quedemonstrou ao presidente daRepública de então, MarechalCarmona, para caso ele enten-desse, provocar uma mudança

de governação. Como não foiaceite, portou-se como umexcelente oficial do exército sedeve comportar, com lealdadee obediência à hierarquia.

Esta atitude afastou-o devoos mais altos, mas não o im-pediu de se dedicar totalmente àsua terra e às suas gentes e decontinuar até ao fim da suavida a ajudar a população e osdiversos executivos camaráriosa fazer bem à sua terra, semnunca ter querido lugares polí-ticos ou públicos.

Instituiu bolsas de estudoanuais para os melhores alunosda escola que quisessem conti-nuar os seus estudos, prémioeste que continuou a ser entre-gue todos os anos, mesmodepois da sua morte, por suamulher Sr.ª D.ª Fátima Tama-gnini de Sousa Barbosa, e,mesmo depois da sua estátuater sido vil e cobardementearrancada por gente ignorantee desclassificada.

Hoje, todos nós, podemos edevemos repor a justiça e averdade, assinando a favor dareposição da sua estátua. Ela láfoi colocada para homenageareste grande Homem e os seusgrandiosos feitos, mas tambémpara inspirar os filhos vindou-ros da nossa terra, a fazer o Bema Coruche e às nossas gentes.

São modelos de condutacívica e moral que devem ser

seguidos e por isso se devepreservar a sua memória e nãodestruí-la. Como se vê, arran-cá-la não apagou a sua memó-ria e os seus feitos, e, isso por-que o Bem não se esquece, mes-mo muitos anos depois.

Que vontade poderão ter aspessoas de Coruche em fazer oBem, se depois a recompensa éo arrastar da sua estátua pelasruas, na maior das humilhaçõesque se podem fazer depois damorte? Penso em tantas boaspessoas que, felizmente aindavivas e entre nós, tanto fazempela nossa terra. Se não pen-sarão que também um dia lhespodem dar um nome de umarua ou até ter um busto e de-pois as arrancam e destroem?Terão alguma vontade de aju-dar quem depois as agride?

Acho que continuarão afazer o bem! Sabem porquê?Porque não foram as gentes deCoruche que arrancaram aestátua do nosso Major. Foigente de fora, ordens políticase militares insubordinados,maus portugueses que nadasabiam, acompanhados de al-guns do concelho, marionetasnas mãos daqueles.

A vasta maioria da popu-lação queria a sua estátua eficou chocada, envergonhadapelo que se fez. Acontece que oPREC não permitia que as pes-soas se manifestassem sem cor-

rerem o risco de represálias.Hoje temos a oportunidade defazer justiça e elucidar os quenunca ouviram falar do Major,quem foi e o que fez, e, inspirar-nos a todos, Coruchenses, atambém praticar o bem pelasnossas gentes e pela nossa terra!

Que fique bem claro queesta iniciativa do Jornal de Co-ruche, não é uma acção politi-ca, pois nada tem de politico!

É sim, um movimento sin-cero e genuíno dirigido a todos,para que a justiça, a verdade eos valores do bem fazer sejamrepostos, e, que a vila de Coru-che recupere a dignidade que acaracteriza ao longo dos seus800 anos de existência, envol-vendo todos, de todos os qua-drantes políticos, sociais e pro-fissionais!

Por isso, a todos apelo paraque assinem a Subscrição Pú-blica, nos locais referidos, bas-tando colocar o nome de modolegível, o número do bilhete deidentidade e a assinatura, nãosendo necessário entregar qual-quer dinheiro, pois o que sepretende é a recolha das assi-naturas, para serem depois en-tregues à Câmara Municipal deCoruche e se providencie nosentido da reposição da estátua.

Pelo Bem de Portugal e deCoruche!

Abel Matos Santos

2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006

Fundador, Proprietário e Director: Abel Matos SantosCP: TE 463 ([email protected])

Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 LisboaRua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche • Fax: 243 675 693

Editor: ProCoruche - NIPC: 507700376Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: MensalCoordenação, Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto

Agenda e Notícias: ([email protected])Redactor Principal: João Carlos Louro (CP 7599)Assinaturas e Publicidade: Conceição Louro, Fernanda Balhé e Isabel Pinto([email protected]) • Tlm: 91 300 86 58 e 96 314 63 88Contabilidade: Manuel Alves dos SantosImpressão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, Alberto Francisco, AnaLeão, António Baptista, Carlota Barros Alarcão, Domingos da Costa Xavier,Fernanda Balhé, João Carlos Louro, João Costa Pereira, Joaquim Mesquita,Lino Mendes, Luís Martins, Mariazinha Alarcão de Macedo, MárioGonçalves, Manuel Alves dos Santos, Manuel Lobeiro, Manuel Pinto,Miguel Mattos Chaves, Moreira da Silva, Teresa Montoia, Cáritas Coruche,CGD, GI-CMC, Gov. Civil Santarém, Nersant, ANF.Fotografias: Abel Matos Santos, António Baptista, Carlota Barros Alarcão,Inácio Ramos Jr., João Carlos Louro, João Costa Pereira, Joaquim Mesquita, JorgeBrito e Abreu, Maria do Castelo Santos, Manuel Pinto, Moreira da Silva, TeresaMontoia, CMC, GCS, Nersant e Revista Ruedo Ibérico.Web: Henrique Lima Cartoon: Pedro Nascimento

www.ojornaldecoruche.com

Subscrição Pública já começou!EE D I TD I T O R I A LO R I A L

CORUCHE1. Agência do Crédito Agrícola de Coruche2. Talho no Mercado Municipal - de M.ª Claudina

Bizarro3. Clube Artístico Comercial Coruchense, Rua de

Santarém, 804. Farmácia da Misericórdia. Largo de São Pedro, 25. Farmácia Higiene. Rua da Misericórdia, 106. Farmácia Frazão. Rua Direita, 647. Farmácia Almeida. Rua da Misericórdia, 168. Papelaria Central, de Castelo & Santos. Rua de

Santarém, 769. Papelaria Cinderela, de Cidália Felizardo.

Rua dos Guerreiros, 55 B10. Papelaria Aguarela, de Graça e Silva, lda. Rua da

Misericórdia, 43. 2100-134 Coruche11. Cabra Cega - Loja 1 - Praça da Liberdade, 912. Cabra Cega - loja 2. Urb. das Baleias - Junto ao

Lidl13. Tabacaria/papelaria de Luís Veríssimo, no Centro

Comercial Horta da Nora, loja B 18, na Rua deOlivença

14. Tabacaria de Manuel Sacramento Lopes, noIntermarché

15. Livraria Maia, de Francisco José Rosado - Praçada Liberdade, 50 - R/c

16. Minimercado Ferreira - R. de Santo António, 217. Pastelaria Grão de Café - Rua de Santarém

18. Supermercado Frescos & Companhia, de HélioFeliciano Santos - Sto. Antonino

19. Posto de Combustível Galp Jomoval,Av. Luís de CamõesLAMAROSA

20. Farmácia São José, Rua Júlio Dinis, 3 BFAJARDA

21. Posto de Combustível Repsol da FajardaCOUÇO

22. Drogaria Higiene, de Vasco Teles, Rua doComércio.BISCAINHO

23. Bombas de Combustível Repsol - EN 11924. Filial da Agência do Crédito Agrícola de

CorucheMONTINHOS DOS PEGOS

25. Tasca Moca, de Carlos Cabecinhas - EN 251REBOCHO

26. Café Cem Horas27. Café Tota

SALGUEIRINHA28. Café Amorim

LISBOA29. Papelaria do C. Com. Aqua Roma - Av. de Roma

Ou faça download no site do Jornal de Coruche emwww.ojornaldecoruche.com da folha para assinar.Depois de assinada, envie para a nossa morada.

Os cidadãos abaixo identificados, vêm por este meio assinar aSubscrição Pública, a favor da justa reposição da estátua do Sr. Major

Luíz Alberto de Oliveira, pelo Bem que fez a Coruche em vida e depoisda morte, para o local de onde foi injustamente arrancada em 1975.

Subscrição Pública já começou! Assine nos locais indicados!

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 3

Sr.ª D.ª Fátima Tamagnini de Sousa Barbosa e seu marido, Sr. Major Luíz Alberto de Oliveira

Repôr a verdade, fazer justiça!

Foto gentilmente cedida pela Ex.ma Sr.ª D.ª Maria do Castelo Lopes Santos,afilhada da mulher do Senhor Major Luíz Alberto de Oliveira

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 20064

Os Deuses conciliaram-separa que António Sacramentotivesse uma festa artística boni-ta, e o seu festival ocorrido nodia 14 de Outubro (a este pro-pósito, no número anterior aquifalámos que ocorreria a 15, porser a informação não desmenti-da posteriormente, que nos foitransmitida pessoalmente pelotoureiro… Que fique esclarecidoe claro!) sob um sol de Outonoque parecia de Verão. Foi defacto uma coisa bonita de se ver!

Para a circunstância, Antó-nio Sacramento soube arregi-mentar um cartelazo, já quefizeram em Coruche as cortesiasAntónio Ribeiro Telles, LuísRouxinol e Manuel Telles Bas-tos com o Grupo de ForcadosAmadores de Coruche, paradepois se encarregarem da fun-ção a cavalo, e, o maestro VictorMendes, Nuno “Velásquez” e onovilheiro Nuno Casquinha, pa-ra darem aos oponentes lide a pé.

Sendo que ao que nos cons-tou, o gado a lidar foi oferecido,o que importa salientar é o altoespírito solidário da gente de

toiros, ganaderos e intervenien-tes, que actuaram generosamen-te, e, dispensamo-nos da severi-dade que é licita em corridasformais, em que o factor econó-mico importa.

É óbvio que se não podepedir a um ganadero que ofere-ça o melhor que tem em casa eguarde para lidar um marrecoou um “mogón” que por azaranda a engordar. Posta esta per-missa, estamos conversados.

António Telles abriu praçapara dar lide a um exemplar deferro Silva e, conntinuando aexibir todo o talento que lheassinalamos ao longo da tempo-rada, resolveu a contenda a con-tento, entusiasmando as banca-das e triunfando, o que se regis-ta, bem por encima das vicissi-tudes da lide.

Do alto e peso dos seus 69anos, António Sacramento fezquestão de colocar o toiro para apega, e se o pensou melhor ofez, não se lhe secando a bocapor ai além que quem sabe nun-ca esquece. Colocado o toiro,coube a Ricardo Silva a primei-

Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

A Festa do Sacramento

CORUCHELISBOA

Especialidade Carne na Brasa

Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

Encerra à Segunda-feira

R. das Necessidades, 18-20Tel. 213 958 304/5Fax 213 958 306Tlm. 917 505 313

Encerra ao Domingo

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ra pega e honrou o grupo.Seguiu-se na ordem de lide

Luís Rouxinol, e é claro quefrente a um exemplar de CondeCabral que serviu o que baste,voltou a demonstrar porquenesta temporada pautou por êxi-tos quase todas as suas actua-ções. Serviu aos presentes a suaementa completa rematandocom ferro de violino, ferro depalmo e o já clássico par de fer-ros a duas mãos, que como sesabe executa na perfeição e vaisendo tempo de o fazer sem o tru-que das rédeas atadas à cintura.

Trabalhador que é, com oscavalos bem postos e sem lhefaltarem pernas (se algum maltem é na clavícula de que ao queme dizem às vezes se ressen-te…) não se entende qual a ra-zão porque não executa a sortecom verdade absoluta como ofizeram João Núncio, ManuelConde ou Gregório MorenoPidal, para que me fique comestes exemplos. Vale?

Pegou o toiro Hugo Graça,tendo atrás de si um grupo coesoe um novo rabejador eficaz, oque se regista.

As lides a cavalo terminaramcom a presença de ManuelRibeiro Telles Bastos e confessoque merece a pena a deslocaçãoàs praças só para que apre-ciemos a sua monte. Está a ca-valo como poucos (de todas asgerações…) e apesar do seu sor-riso alegre e quase ingénuo,estamos em crer que se desen-volver um pouco mais de francaempatia com os públicos, estádestinado ao lugar cimeiro quemerece. Neste festival enfrentouum exemplar de Lopes Brancoque tinha de lidar e asseadíssi-mo deixou constância do seuestar. Luís Gonçalves, pelo gru-po e por Coruche esteve bem aopegar com decisão.

Decorrido o intervalo, insti-tuição na corrida portuguesaque poucos têm a coragem deeliminar, como se a bexiga dosportugueses tivesse metade dotamanho da dos espanhóis, sur-giu na arena um nervoso exem-plar de Cunhal Patrício que se

destinava a Victor Mendes.Mostrou-se algo descoorde-

nado, mal cumpriu no excelentequite que o matador lhe minis-trou e, de forma inexplicávelsoou o cornetim para a suadevolução, num erro evidentedo meu colega João Nobre queo Director Pedro Maria Gomessancionou. Os toiros, que nemvaras têm em Portugal para quedescongestionem, não raronecessitam de uma ou duas cor-ridas para que se situem emponto de lide, e, tem que havercritério ajuizado na sua avalia-ção, para que se não caia noridículo, e se tiverem paciênciade me ler até ao fim lá iremos.

Seguiu o turno e frente aoutro de Cunhal Patrício, omatador de toiros Nuno “Velás-quez” deixou provado e à evi-dência merecer bem mais que oseu título profissional seja quasealcunha. O Nuno merece corri-das numerosas em Espanha, emque exerça o seu mister e nãopassar ao lado de uma carreira.Quantos toscos andam por Es-panha e França a ocupar o seulugar de direito? Amante quesou do toureio de arte, foi bonitoverificar que a cabeça lhe fun-cionou na cara do toiro e que lhesacou tudo o que havia parasacar, para disfrute do público egozo pessoal, que deve sabermuito bem a quem se põe pordiante o fazer muito bem feito.

Desejo-lhe toda a sorte domundo e força para que nãodesista, pensando por exemploem Rincón ou em Salvador Cor-tés, que se pensavam arrumadose que por querer e poder deramo salto para a primeira fila, nacerteza de que quando há arte evalor é o toiro na arena que põeas coisas em tempero.

A lidar o último da ordemNuno Casquinha, mostrou estartoureado para o novilheiro queé, e frente ao bravo pupilo deTeixeira deu passes até secansar, entusiasmou o pagode edesenhou uma “trincheirilla” delei que ainda recordo, sendocerto que melhor estaria se aoinvés do oficio tivesse também

exibido mais sentimento, riscoque não pode correr se almejaum lugar sério na festa.

Que se lembre que um“chaval” como Talavante comquem já compartiu “escalafón”chegou onde chegou porqueface aos toiros se coloca e arri-ma no sítio em que na gíria sediz que se ganha dinheiro!

Depois, o caso (ou casos) dofestival. Saiu à praça um exem-plar de Lopes Branco, que mepareceu bravíssimo e disso deuprova mesmo inutilizado, quedesgraçadamente partiu umamão logo de saída. Estava obaile armado. O veterinário e odirector ordenaram e bem a suadevolução, e, informado o mata-dor Victor Mendes que o seuexemplar da ordem estava aexibir condições de lide nos cur-ros, para respeitar o público,dispôs-se a tourear. A direcçãoda corrida entendeu retirar-se,visto ter dado por terminada asua função.

A banda ficou sem saberquem lhe dava ordens, e esque-cendo-se que estava a actuarnum festival em que o espírito éde pura festa, não se portou bemsilenciando o bandarilhar das fi-guras e expôs-se à bronca, e, istoé que é importante, Mendes,anos a fio primeiríssima figura,com a humildade de um novi-lheiro principiante, pôs-se pordiante de um animal que deixouprovado ter condições de lide eaté uns gatitos na barriga que comclasse e valor teve que tragar.

Que se agradeça a grandezado gesto ao Maestro (toureio égrandeza!) e que lhe sigam defuturo o exemplo as figuritas depapel, que não raro nem se aper-cebem que quase só deixampara a história a data da alterna-tiva, mas que abrem a boca aponto de que lhe vejamos onúmero do calçado. Pela lição,obrigado Victor Mendes, e, peloevento, obrigado Sacramento,que a festa até foi mui gira.

____* Médico veterinário e

escriba taurinoFotos: Joaquim Mesquita

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 5

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Faz tempo, desloquei-me àFeira Taurina de Huelva com omeu amigo maestro Amadeudos Anjos, com a única e exclu-siva finalidade de presenciar aactuação de José Maria Manza-nares (filho), sendo que até nosfoi agradável constatar que omoço conseguiu triunfar.

Passado o evento, encontra-mo-nos, Amadeu e eu com Man-zanares (pai) no bar do hotel emque o jovem se havia vestido detoureiro, e, desbocado que sou,permiti-me em charla correnterecordar ao de Alicante umafrase já estafada devida a PacoCamino, que a seu tempo afir-mou metaforicamente que “ostoureiros deviam ser órfãos”, tala confusão que fazia a quemtinha de tourear aquele “pontoteatral” da voz paterna quandoestavam por diante.

Manzanares que tinha estadoem tal pele durante as actuaçõesde seu filho, sei-o agora, nãogostou do que eu disse e volvi-dos anos, lembrou a Amadeu ocivilizado acidente, dizendo atéa propósito de um redondo tri-unfo do filho a Amadeu, que medissesse que eu não tinha razão,quiçá em termos pouco joviais,situando-me quase na pele doinimigo.

Primeiro a situação divertiu--me, sobretudo porque um figu-rão como Manzanares tomouem devida nota o que lhe disseem conversa banal, e é lógicoque quando falo detesto (emqualquer circunstância…) sergratuito. Depois, por reconhecerque o que de boa fé exclameideu que pensar, ao ponto de quevolvidos anos mandou cobrar oproferido.

Em verdade, creio, que darápor demais que fazer ao actuan-te a presença do toiro, e quaseserá despiciendo que lhe gritem,não raro aflito que está para dar

a volta à papeleta. Se é compre-ensível que se grite a um tou-reiro que dê sítio, que modifiqueas alturas, ou que até, corra amão, deverá ser dramático que oqueiram obrigar a efectuar umafaena ditada!!!

À parte tudo isto, ainda exis-tem as questões secundárias quemais complicam todo este pro-blema. Vejamos o que se passourecentemente com o prometedornovilheiro sevilhano Daniel Lu-que. Apoderado pelo matadorde toiros retirado Tomás Cam-puzano, no dia 28 de Setembro,seu pai partiu o quadro.

Chegados a uma localidadeem que o jovem tinha de tourear,pura e simplesmente resolveu, àmargem da opinião de Campu-zano, esse sim deveria por direi-to pronunciar-se, tentar importrocas e baldrocas de novilhos, aponto de que o apoderado rescin-disse de imediato as suas fun-ções, o novilheiro tivesse apre-sentado uma forçada parte mé-dica e caísse do cartel, deixandoum posto vago para que o seusubstituto triunfasse forte, bemassim como os outros alternan-tes, a deixar provado que ocurro servia e que o pai do tou-reiro não tinha razão.

Caso é que se pergunte se afrase figurada de Paco Camino édestituída de sentido? Calhandopor estas e outras é que um figu-rão que agora se assume de apo-derado e mentor de outro figu-rão no activo mandou o pai, quesempre víamos instalado no“callejón” bem perto do burla-dero de quadrilhas, a assistir“tranquilamente” à corrida ins-talado nos “tendidos”.

Por aqui me fico, não váacontecer que um outro qual-quer pai de toureiro também meinterprete mal. Coisas …

____Domingos da Costa Xavier

Os pais dos toureirosO P I N I Ã O

Afición é Paixão!Hemingway

__________________________________

Todas as formas de poder reservampara si o monopólio do exercíciopúblico da violência.

… …O poder só tolera a violência desdeque a controle.

Fernando Teixeira

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 20066

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

De há muito que é sabidoque pesem os altos e baixos, aafición coruchense configura oque de melhor existe neste país.No dia 24 de Setembro, por oca-sião da tradicional feira de SãoMiguel, numa “Corrida Concur-so de Ganadarias do Sorraia”,assim o demonstrou.

Sendo costume que se brin-que com o adiamento de corri-das “por chuva na bilheteira”, opúblico de Coruche apesar dosintensos chuviscos acorreu e porvezes de chapéu de chuva aber-to presenciou o acontecido, enão saiu da praça defraudado.

Em verdade os exemplarescorucheros a concurso, de formageral cumpriram e foi-nos pos-sível presenciar os bons modosdos artistas anunciados em car-taz que por ordem de antigui-dade desfilaram na arena.

Tocou a Joaquim Bastinhasum exemplar de ferro LopesBranco, que lhe possibilitou queexibisse o seu toureio, o que ode Elvas fez com agrado do con-clave. Este toiro foi pegado peloGrupo de Forcados Amadoresde Alcochete, com Ruben Duar-te como solista.

Saiu depois ao “albero” otoiro com ferro António JoséTeixeira, que proporcionou aAntónio Ribeiro Telles uma lidesuperior, em pletora de arte quese encontra o da Torrinha.

Entendeu o oponente e es-teve com ele como devia, o queé de louvar, sobretudo porquetal toiro veio a ser premiadocom o troféu em disputa para abravura. Pedro Crispim do Gru-

po de Forcados Amadores deCoruche creditou-se com umpegão à frente de um grupo coe-so e determinado. Tocou a JoãoSalgueiro enfrentar o exemplarcom ferro de David RibeiroTelles e o da Azervada mostrou oquanto tem estado acertado napresente temporada e esforçada-mente triunfou. José ManuelVinagre, por Alcochete, executoua pega que ao grupo competia.

A Sónia Matias, coube lidaro exemplar com ferro Silva, quese viria a revelar o ganhador doprémio em disputa para a apre-sentação, e, a este propósito quevos diga que foi uma delícia verem praça a pequenita Sofia, netada casa, recebendo o troféu,certeza de que a ganadaria tempresente e tem futuro. Sónia nãose encontrou por ai além frente aeste toiro, mas com asseiocumpriu a ferragem. Rui Godi-nho, o popular “Peitaças”, porCoruche, creditou-se com opegão da tarde, tal o valor e que-rer com que lhe esteve à frente

Um insonso exemplar deCunhal Patrício foi a matériaprima com que o novel cava-leiro Manuel Telles Bastos teveque se haver, e, convenhamosque com dignidade extrema fez

o que pôde e agradou. VascoPinto, por Alcochete, após vá-rias tentativas muito durasacabou por consumar uma pegaque se mostrou já longe do seuhabitual melhor.

A fechar praça um sobreroSilva que substituiu o anunciadotoiro Murça. Lidou-o MarcosTenório, cavaleiro praticanteque é filho de Bastinhas, masque evidencia uma personali-dade toureira muito própria.Assume uma postura clássica,não dá passo a concessões efacilidades e revela que querfazer bem feito, razão pela qualse vê com muito agrado.

José Tomaz (Faísca), porCoruche, creditou-se com umapega belíssima, sendo que como seu estar possibilitou ao grupoque despachasse os seus toiros àprimeira.

Não houve protestos aos

prémios anunciados nesta corri-da concurso de ganadarias, masdeixem-se que de novo aqui ex-presse o que de há muito venhodizendo sobre este tipo de even-tos. Será possível ter certezassobre a bravura de um toiro queanda de cabeça no ar atrás dassedas dos cavalos? Será possí-vel que se aprecie a apresen-tação de um animal que surge naarena de fundas nos cornos?

As respostas, a meu ver, sãoevidentes! Porque se não ficamas organizações por atribuirnestes eventos um prémio ao“melhor toiro”. O conceito pos-sibilita atribuições muito maishonestas e não engana ninguém,sobretudo os premiados.

Assim o penso e sem que meouçam há muito que o digo.

____Domingos da Costa Xavier

Fotos: Joaquim Mesquita

De chapéu de chuva!

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O cavaleiro António RibeiroTelles e o matador José LuísGonçalves alternaram com LuísRouxinol e Sebastián Castella,na corrida de encerramento doabono de 2006, que se realizou a21 de Setembro, no Campo Pe-queno.

Pegou o Grupo de ForcadosAmadores de Lisboa, capitanea-do por José Luís Gomes, tendosido lidado um curro de setetoiros, da ganadaria de PontesDias, numa corrida em que secomemoraram os trinta anos depublicação da revista NovaGente, tendo tido a antecedê-la,a exibição da Gala Equestre daEscola do Mestre Luís Valença.

António Ribeiro Telles inte-grou-se neste cartel depois doêxito retumbante alcançado nacorrida de dia 7 de Setembro, naqual tomou alternativa o seusobrinho Manuel Ribeiro TellesBastos. Nas quatro actuaçõesque já tivera esta temporada emLisboa, António Telles trouxe aoCampo Pequeno a expressãomais pura do classicismo do tou-reio a cavalo. Nele se concentra-ram o virtuosismo da equitação,que seu pai tão bem lho transmi-tiu e que aperfeiçoou com umadas maiores figuras de sempreda equitação mundial, MestreNuno de Oliveira. Foi ver derra-mar a técnica do toureio, o con-

hecimento do cavalo e do toiro,a atitude fidalga na arena, coex-istindo com a simplicidade dohomem e a classe do artista quese faz entender pelo aficionadoe pelo leigo.

José Luís Gonçalves, nasceupara o toureio num concurso àprocura de novos valores pro-movido pela empresa do CampoPequeno, praça em que prestouprova para praticante a 30 deJunho de 1982. A 19 de Marçode 1994, em Badajoz, recebeu aAlternativa, das mãos Juan Mo-ra, com o testemunho de JuanSerrano “Finito de Córdoba”,tendo cortado uma orelha e lida-ram-se toiros de Cebada Gago.

No Campo Pequeno, estevebem, com muita classe, tendodado volta nas duas lides. Co-nhecido pela intensidade estéti-ca do seu toureio, tem alternadonas últimas temporadas com osnomes mais importantes damoderna geração de matadoresde toiros espanhóis, em com-petição com os quais deixouconstância da sua arte e valentia.

Ao actuar também pela quin-ta vez nesta temporada noCampo Pequeno Luís Rouxinol,consagrou-se, definitivamente,como primeiríssima figura dotoureio a cavalo. Os êxitos napresente temporada têm-se su-cedido praticamente ao ritmo de

cada actuação. É impressionanteo número de prémios que gan-hou nesta temporada. Saiu emombros pela porta grande doCampo Pequeno, na corrida de 3de Agosto. Trabalho, persistên-cia e fé têm sido os valores quevêem norteando a sua trajectóriaartística iniciada com apenas 8anos de idade. Desde a alternati-va, há 19 anos em Santarém, quevem construindo uma trajectóriaprofissional que o guindam, aoestatuto de figura indiscutível.

Desde que, em 12 de Agostode 2000, Enrique Ponce lhe con-cedeu a alternativa, na sua ci-dade natal (Béziers, França),Sebastián Castella toureou qua-se 400 corridas de toiros portodo o mundo taurino, obtendosonantes triunfos. Figura de má-ximo cartel em toda a AméricaLatina, iniciou 2006 como triun-fador absoluto na Colômbia,senda que prosseguiu nas prin-cipais praças de Espanha eFrança.

Na feira de Sevilha cortouduas orelhas a um toiro. EmMadrid, a 12 de Maio e emJunho, na Feira de Santo Isidro,cortou uma orelha em cadatarde. Em Nimes, a 2 de Junho,teve uma tarde de três orelhas.Em Pamplona, a 11 de Julho, nafeira de San Fermín, volta a tri-unfar, com o corte de uma orel-

ha, mas paga tributo em sangue,ao sofrer uma grave cornadaque o manteve afastado das are-nas por duas semanas.

Julho e Agosto são igual-mente meses de triunfos, empraças espanholas e francesas,sobretudo nas de primeira cate-goria, onde soma orelhas e saí-das em ombros a um ritmoimpressionante, sagrando-se tri-unfador absoluto da feira deBilbao, entre outras. A 3 de Se-tembro, mais um triunfo memo-rável, na cidade francesa deBayonne, ao cortar três orelhase um rabo, o segundo da históriadesta praça, alternando comJulián Lopez “El Juli” e “Mo-rante de la Puebla”. Mas rega denovo o triunfo com sangue, aosofrer uma grave cornada deduas trajectórias, na coxa direi-ta. No sábado seguinte, emValladolid, com as feridas aindamal saradas, novo triunfo, aocortar as orelhas ao seu segundotoiro, retomando assim o tomtriunfal do ano de 2006. Desdeos seus tempos de novilheiro éapontado como um toureiropara “altos voos”, o que aliás,vem confirmando à medida queo seu toureio amadurece, razãopela qual está já considerado amaior sensação desta temporada.

Ao Grupo de Forcados Ama-dores de Lisboa, capitaneado

por José Luís Gomes, que par-ticipou na corrida de reinaugu-ração do Campo Pequeno, cou-be o privilégio de integrar o car-tel de encerramento do abono de2006. Na corrida de 18 de Maio,o cabo do grupo protagonizouum dos momentos mais altos danoite ao pegar o terceiro toiro daordem, um momento que algunscríticos definiram como um ver-dadeiro manual da arte de pegarde caras. Valor, camaradagem evalentia são três das qualidadesque identificam este grupo, fun-dado há 63 anos pelo inesque-cível Nuno da Salvação Barreto.

A ganadaria de ManuelAgostinho Pontes Dias foi ini-ciada em 1972, com vacas deGuilherme de Almeida Barroso,provenientes dos irmãos Alves(Soler-Pedrisa) e sementais deJoão Reis Malta (Soler e Bar-reiros). Numa fase posterior,foram introduzidos sementaisde Cunha e Carmo, Brito dePaes e Oliveira Irmãos. Proce-dente de Guilherme AlmeidaBarroso, o seu encaste actualradica em Soler e Pinto Barrei-ros. Pasta na Herdade da Pelica,no concelho de Portalegre e temcomo antiguidade, 15 de Agostode 1974.

____

Paulo Pereira – SRUCP

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 7

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

João Telles, Jr. actuou noDomingo, 8 de Outubro, emMedina de Pomar (Burgos) e tri-unfou com o corte de 2 orelhasno primeiro toiro que lidou, e foiovacionado após a prematuramorte do segundo, antecipadapor se ter inutilizado durante alide. João alternou com o espa-nhol Sérgio Vegas na lide de asta-dos de António Bañuelos.

João Ribeiro Telles não par-ticipou a 13 de Outubro, no festi-val que se realizou em El Rocío,Huelva, tal como tinha sidoanunciado, por ter sido afectadopor um problema de saúde. JoãoRibeiro Telles terminou assim,prematuramente a sua temporada2006 no dia 8 de Outubro emMedina del Pomar e não a 13como estava previsto.

Actuações de JoãoRibeiro Telles Jr.

Abono da Capital encerrou com António Telles,José Luís Gonçalves, Rouxinol e Castella

Curiosidades do Campo PequenoSabia que a administração do Campo Pequeno,instituiu o toque do Hino Nacional, pela banda, nofinal de cada corrida que ai se realize!?Bem haja com esta atitude! Assim o público o entendae o respeite da forma como deve ser respeitado.Assim o fazem as autoridades, como se pode vernesta foto.Viva Portugal!

Para colaborar nesta rubrica envie, por e-mail ou via CTT,as imagens ou situações do nosso Concelho que desejever publicadas.

MGP

MGP

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A monumental do CampoPequeno encerrou a temporadado seu renascimento no dia 21de Setembro com uma corridamista denominada “Nova Gen-te”, revista semanal de prestígioque de quando em vez faz o seuaparecimento na festa cativandomais uns quantos leitores.

António Ribeiro Telles eLuís Rouxinol compunham acomponente marialva da corridaenquanto na arte de Montes,José Luís Gonçalves e o francêsSebastian Castella que debutavaem Lisboa, Forcados Amadoresde Lisboa e um curro de toirosde Pontes Dias, regulares deapresentação e distintos de com-portamento, o primeiro saiu semforça e de deficiente locomoção,devia ter sido devolvido mas adupla directiva, como o públicoimpávido e sereno não se mani-festou, eles também não sepreocuparam e acabaram por, asua ineficácia, prejudicar a lidede António Telles; o segundo equarto foram cumpridores comdestaque para este último comraça e pronto de investida, osrestantes, terceiro, quinto esexto não ajudaram em nada osseus lidadores.

José Luís Gonçalves foi ogrande protagonista do primeirogrande triunfo da noite com afaena ao seu primeiro. José Luís

brilhou ao seu melhor nível aoexecutar uma faena toda ela re-cheada de classe, entrega, do-mínio e arte, muita arte derra-mou na arena onde hà vinte anoshavia despontado para o toureio.Aquelas tandas de “derechazos”e naturais, longas e profundas,rematadas com sentimento etransmissão, a muleta a roçar o“albero”, correndo a mão comsuavidade e mando, o redondopleno com que encerrou o seulabor, arrebatou o desejo dosaficionados portugueses quetiveram a sorte de assistir a umafaena redonda do angolano.

José Luís esteve um toureiropleno de arte e valor a um passode abrir a porta grande, se bemque se desconhece o gosto pelotoureio a pé da mente decisivado acto. Diante do quinto, JoséLuís Gonçalves voltou a arri-mar-se com ganas mas faltouqualidades ao inimigo para lhecorresponder, ficou-se pela suaboa intenção despertando ointeresse dos aficionados. Emambos recriou-se em belos lan-ces de capote, em especial asverónicas e chicuelinas minis-tradas ao seu primeiro. Des-taque para os excelentes térciosde bandarilhas da sua quadrilha,Pedro Gonçalves, João Pedro ePedro Paulino.

Luís Rouxinol voltou a pisar

o campo pequeno para alcançarmais um importante triunfonesta sua “cumbre” temporadade 2006. Luís iniciou superior-mente a lide com três compridospoderosos e três curtos de exe-cução superior, de frente, comemoção e bem rematados, umviolino por dentro apertadíssi-mo a fazer levantar as bancadas,um palmo e rematou com umbom par de bandarilhas a provo-car grande euforia fazendo le-vantar novamente o público.

António Ribeiro Telles arri-mou-se de inicio numa sorte de

gaiola emendada em redondocom poder, logo aí se notou ainferioridade dos membros pos-teriores do toiro, vindo a acentu-ar-se demasiado e como a noiteera apenas para uma lide, ficouamputada a hipótese de brilhar.Dos compridos destaque para oterceiro, uma tira perfeita ecingida. Nos curtos deu prima-zia às sortes frontais, com algu-mas passagens em falso por lhefaltar toiro no momento dareunião.

Sebastian Castella, era agrande atracção do cartel, não

desiludiu, pelo contrário, tudofez para brilhar, apenas não tevea sorte por ele no sorteio e to-cou-lhe dois toiros sem recorri-do aos quais ministrou faenas deentrega, em especial no último,deixando constância dum valortremendo e oficio determinante,com pundonor, mostrando quepode fazer tremer o menosinsensível dos aficionados coma quietude, o sitio e a classe doseu toureio, mas aquela não foi asua noite. À sua volta desen-volveu-se o marketing principalda corrida, a expectativa eragrande para o ver na primeirapraça do país, mas no fim opúblico saiu a falar de José Luíse Rouxinol, de Castella ficou aintenção e a ilusão do seu re-gresso com a sorte por seu lado.

Os Amadores de Lisboaentraram no cartel provavel-mente por ostentarem o nomeda capital, decerto que a suaúltima actuação naquela praçanão lhe reservou lugar a umregresso tão próximo. O cabo,José Luís Gomes voltou a bril-har diante dum toiro nobre epouco violento de investida eFrancisco Mira encerrou àsegunda.

A dupla Manuel Jacinto, Dr.Matias Guilherme não teve umanoite difícil, apenas pecou pordeixar lidar o primeiro toiro.Para se dirigir no Campo Pe-queno não basta ter mão dura nalogística também se tem detomar decisões que, ao deixa-rem-se passar, prejudica o êxitoaos toureiros. Casa quase cheiano encerramento desta primeiratemporada de abono do renova-do Campo Pequeno.

____* Crítico Taurino

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 20068

Gonçalves e Rouxinol– Encerramento de Oiro!

FICHA TÉCNICA CAMPO PEQUENO (artigo pág. 12)Promotor Soc. de Renovação Urbana do Campo Pequeno, SA [SRUCP]Projecto de Arquitectura Arq. José Brusky, Arq. Pedro Fidalgo, Arqª. Filomena Vicente,

Arq. Lourenço VicenteProjecto da Cobertura da Praça de Touros Arq. João Goes Ferreira, Arq. Gonçalo Teixeira,

Eng.º Tiago AbecassisProjecto de Estabilidade Eng. José Câmara; Eng. Ricardo LuísProjectos de especialidade Eng. Cidade Moura, Eng. José Correia, Eng. José Marques,

Eng. Hélder de Sousa, Eng. José Valente. Eng.ª Susana MaduroArquitectura de Interiores Graça Goes Ferreira, Graça MoraComercialização Colliers P&IDesign e Publicidade DCE – Design, Comunicação e ExpressãoEstacionamento 1.250 lugares em 3 pisosLazer 11.200 m2 na sala de espectáculosCinema 8 salasRestauração:20 restaurantes e 3 cafetarias Restaurantes temáticos, tradicionais, fast food, bares,

cafetarias, geladarias e esplanadasÁrea Comercial: 7000m2 (abl) Artigos de desporto, jogos, livros, música e presentes, banca,

agências de viagem, comunicações, para-farmácia, ourivesaria,moda, decoração, sapataria, estética e perfumaria, puericultura,papelaria, cabeleireiro

Retalho Alimentar Supermercado e outras lojas especializadas

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Joaquim Mesquita *

artigo cortesia da Revista

reportagem fotograficaJornal de Coruche/MGP

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 9

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

A Associação de MédicosVeterinários com actividadetaurina, continua, como aliás éseu dever estatutário, a pro-mover a valorização dos seusassociados.

Assim, com a mecená-tica parceria da “Pfizer SaúdeAnimal”, no passado mês deSetembro aconteceu um semi-nário em que os colegas JoséSan-Miguel, Javier Blanco eLuís Quevedo, abordaram te-mas interessantes, tais como“Programas profilácticos con-tra as principais viroses”,

“Querato-conjuntivite infec-ciosa e suas abordagens tera-pêuticas” e “Práticas anestési-cas e controlo de doping”.

Como é bom de julgar,matérias do maior interessepara os médicos veterinários, aquem (entre outras coisas…)cabe a responsabilidade de queem praça surjam animais emperfeito estado hígido, o que épor demais evidente, interessanuma festa em que o toiro é oprimeiro dos protagonistas.

____Domingos da Costa Xavier

A cavaleira tauro-máquica Isabel Ra-mos, estará em directono próximo dia 7 deNovembro, 3.ª feira,das 21h às 22h, noprestigiado programataurino da Rádio Vozdo Sorraia de Coruche,conduzido por Joa-quim Mesquita e po-derá ser ouvido em94.7 FM ou em

www.radiosorraia.com

Notícias daAMVAT

Isabel Ramos na RVS

No decorrer da Feira de SãoMartinho da Golegã, a RevistaEquitação, dirigida por Fran-cisco Cancella de Abreu e coma responsabilidade editorial deEduardo de Carvalho, decidiurealizar a cerimónia de entregada VII Edição dos TroféusNacionais 2006, no próximo dia10 de Novembro pelas 21,30horas, no Largo do Arneiro.

O júri foi constituído por

elementos do Conselho Edi-torial, que reuniu no passadodia 28 de Setembro no HotelMarriott, em Lisboa, para deli-berar sobre os vencedoresdeste ano.

O Jornal de Coruche felici-ta os premiados, em particularo nosso conterrâneo, e a Re-vista Equitação pela meritóriainiciativa.

AMS

Revista Equitação, atribuiTroféus Nacionais 2006

Não é a primeira vez queabordo o seu comportamentono que se refere à forma eficazcomo divulga o seu trabalhotaurino. Enquanto relações pú-blicas de Rui Bento Vasquez,com este no seu activo, só nosfaltava receber na caixa do cor-reio notícia de que o toureirohavia espirrado.

Tudo o que era inerente àactividade do Rui nos chegava

em tempo útil e a partir de VilarFormoso, onde António Morga-do Reside.

Apodera agora Morgado, ocavaleiro escalabitano JoséManuel Duarte e habituado afazer bem feito, ai está de novoa exibir a diferença e a dar-nosconta do saldo da temporadado seu apoderando.

Exemplo para os comensaishabituais do “mundilho”, ga-

naderos incluídos, que porregra negligenciam informar oque se passa com os assuntosque governam.

Aqui fica o saldo da tem-porada de Duarte, prova derespeito pelo seu apoderado, e, atítulo de exemplo para todos osoutros que ainda cuidam quenas suas redacções as notíciascaem do céu.

Domingos da Costa Xavier

A título de exemplo

Actuações do CavaleiroTauromáquico

José Manuel Duarte,na temporada de 2006

ABRIL15 - Amareleja30 - Soito - Inauguração da praçaMAIO7 - Vila Franca de Xira28 - Stevenson - EUAJUNHO4 - Sobral de Monte Agraço9 - Barquinha10 - SantarémJULHO7 - Alcochete17 - Gustine - EUAAGOSTO4 - Terrugem6 - Nave de Haver11 - Alpalhão15 - Cazalegas - ESP19 - Nazaré21 - Samora Correia27 - Póvoa do Varzim

SETEMBRO1 - Chamusca2 - Alcorcon - ESP3 - Tomar9 - Nazaré10 - São Mancos11 - Sobral de Monte Agraço16 - Lucillos - ESP30 - Vila Franca de Xira

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Os vencedores escolhidos foram;

Francisco Picão Caldeira – Troféu CarreiraAntónio Ribeiro Telles – Troféu Tauromaquia

José Manuel de Mello – Troféu Criação NacionalHerdade das Figueiras e Selecção Nacional

de Raides 2006 – Troféu CompetiçãoGuarda Nacional Republicana – Troféu Mérito

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200610

A forma deliberada de acabar com a vida, o acto suicida,é uma das principais causas de morte nos EUA e asegunda principal causa de morte entre jovens adultos.

Este problema é bastantemaior do que as estatísticassugerem, visto que muitossuicídios são disfarçados (ex.:acidentes), não sendo recon-hecidos. Pensa-se que ocorrementre oito a dez tentativas desuicídio por cada tentativa con-cluída. A dimensão do proble-ma está bem ilustrada eminvestigações com estudantesuniversitários, afirmando que26% dos alunos pensaram sui-cidar-se nos 12 meses prece-dentes, 2% tentaram-no e 10%tentaram suicídio em algummomento do passado.

DIFERENÇAS DEGÉNERO E IDADEAs mulheres são três vezes

mais propensas a tentarem osuicídio do que os homens,mas os homens são três vezesmais propensos a serem bemsucedidos nas suas tentativas.A razão para esta discrepâncianão é clara, mas pode ser pelofacto de as mulheres deprim-irem mais e isso desempenharum papel importante no suicí-dio. A maior taxa de sucessonos homens, pode dever-se ausarem técnicas mais violentasde se matarem (pistolas, saltarde edifícios) em contraste com

as mulheres (overdoses, cortarpulsos), que utilizam técnicasmenos violentas e com maiorprobabilidade de recuperação.

Em relação à idade, a pre-valência do suicídio aumentacom a idade, sendo nos EUA omaior aumento entre os 65 e 84anos de idade e para os sujeitosacima dos 65 anos a taxa desuicídio é o dobro da médianacional. Os sujeitos mais vel-hos, são geralmente mais bemsucedidos nas suas tentativasde suicídio do que os maisnovos, provavelmente porquetêm mais conhecimento daforma de se suicidarem e ten-dem a estar mais resolutos emrelação ao acto, acrescentandoainda o facto de resistiremmenos às “agressões” infligi-das pelo acto suicida.

Alguns estudos apontamque a taxa de suicídios em ado-lescentes triplicou nos últimostrinta anos. O termo epidemiafoi usado para referir o proble-ma nos adolescentes. Contudo,este aumento nas estatísticaspode dever-se ao facto de osmédicos estarem mais sensibi-lizados para declarar a mortede um jovem com uma arma defogo ou envenenamento comosuicídio e não acidente.

Isto reflecte o facto das ati-tudes influírem na nossa formade relatar o ocorrido e à medidaque as atitudes mudam vamospodendo admitir e tentar solu-cionar um problema que é real eque nos afecta a todos.

SUICÍDIOS ENCOBER-TOS E GESTOS DE

SUICÍDIOSExistem muitas formas dis-

simuladas de suicídio, que po-dem não ser detectadas, pode-mos chamar-lhes de suicídiosencobertos. Ocorrem quandoos indivíduos não querem queoutros saibam, por vergonhaou por causa dos seguros devida não pagarem em caso desuicídio. Os acidentes de via-ção são uma das formas de sui-cídio encoberto, podendo mui-tas vezes as pessoas enfei-xarem-se em paredes ou des-pistarem-se propositadamente,sendo esses acontecimentos amaioria das vezes referencia-dos como acidentes.

Em oposição a este tipo decomportamento estão os gestossuicidas, nos quais os sujeitosadoptam comportamentos sui-cidas óbvios, mas na realidadenão desejam morrer. É o casode pessoas que tomam excesso

de comprimidos, mas não osuficiente para morrerem, oucorte dos pulsos sem a profun-didade necessária para levar àmorte. Geralmente, este tipo degesto suicida é feito de forma aque os autores sejam descober-tos e assim sejam assistidos ouutilizam sinais exteriores comoos pulsos ligados, reflectemum pedido de ajuda e umachamada de atenção. Muitasdestas pessoas são tímidas, nãosabem como pedir ajuda ou jáa pediram e foram ignoradas. Èuma forma indirecta de pedirauxílio.

Para outros indivíduos, sãotentativas de manipular ou con-trolar os outros. É o caso de umapessoa abandonada pelo maridoou amante, que utiliza o actosuicida como forma de recuper-ar a pessoa que a deixou.

Contudo, mesmo quandoestá claro que a tentativa foiapenas um gesto suicida, deve-se dar importância ao aconteci-mento. Não importa qual omotivo, um gesto suicida é umreflexo de um problema gravee deve ser acompanhado, jáque o indivíduo a praticá-lopode ter êxito em suicidar-seou ficar com danos gravesresultantes de tais actos.

SINAIS ECARACTERÍSTICASNormalmente, a decisão de

cometer suicídio não é rápida ea pessoa que pensa nisso dáalguns sinais do acto que pre-tende cometer. De acordo comvários estudos, cerca de 60 a70% das vítimas disseramabertamente que se queriamsuicidar, as chamadas ameaçasdirectas. Cerca de 20 a 25%haviam falado sobre o assuntosuicídio, as denominadas indi-cações indirectas.

As notas que os suicidasdeixam são principalmente fac-tuais, pedindo desculpa peloacto, apresentando as razões,despedindo-se dos entes queri-dos e distribuindo os bens pes-soais.

Em termos emocionais,51% apresentavam expressõesde gratidão e preocupação comamigos, 25% eram neutras e24% continham expressões hos-tis e de negativismo.

Os comentários sobre o sui-cídio devem sempre ser levadosa sério.

(continua no próximo número)

O Suicídio (Parte I)

* Assistente de Saúde EspecialistaServiço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria, LisboaMestre em Psicologia da Saúde

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

A - ALMEIDARua da Misericórdia, 16 2100-134 Coruche Tel. 243 617 068

B - FRAZÃORua Direita, 64 2100-167 Coruche Tel. 243 660 099

C - HIGIENERua da Misericórdia, 11 2100-134 Coruche Tel. 243 675 070

D - MISERICÓRDIALargo S. Pedro, 4 2100-111 Coruche Tel. 243 610 370

– OLIVEIRARua do Comércio, 72 2100-330 CouçoTel. 243 650 297

– S. JOSÉRua Júlio Dinis, Nº 3 - B 2100-405 LamarosaTel. 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

www.hds.min-saude.ptMail: [email protected]

Tel: 243 300 860243 300 861

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2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

Biscaínho - 243 689 129Lamarosa - 243 724 113As farmácias do Couço e Lamarosa estão sempre de serviço, por serem as únicas.

Fonte ANFFARMÁCIAS DE SERVIÇO

NOVEMBRO 2006

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Daniel Sampaio publica comregularidade desde 1978, e os seuslivros centram-se sobretudo nasdificuldades dos pais e professoresna relação com os adolescentes.

De entre os seus títulos, des-tacam-se Ninguém Morre Sozinho,Inventem-se Novos Pais, A Arte daFuga, Tudo o que Temos cá Den-tro e Vagabundos de Nós, todospublicados na Editorial Caminho.

Tem colaborado em vários pro-gramas de rádio e televisão e écronista semanal na Revista XIS,do jornal Público. À versão teatralde Vagabundos de Nós, levada àcena em 2004, no Teatro MariaMatos, foi atribuído o PrémioMarcelino Mesquita da SociedadePortuguesa de Escritores e ArtistasMédicos.

Daniel Sampaio, é médicopsiquiatra e Professor de Psi-quiatria da Faculdade de Medicinade Lisboa. Fez a sua formação comMaurizio Andolfi e Carl Whitakere foi um dos introdutores daTerapia Familiar em Portugal.

Doze anos depois da publi-cação do seu conhecido livroInventem-se Novos Pais, DanielSampaio actualiza as questões derelacionamento entre pais e filhosadolescentes. Lavrar o Mar pro-põe um novo olhar sobre o quotid-iano das famílias: é tempo deresponsabilizar os jovens pelosseus comportamentos, é o momen-to para deixarmos de os considerarseres imaturos a quem não pode-mos pedir contas.

Nesta obra, salienta-se a de-cisiva importância de uma in-fância organizada à volta do amore da disciplina, como garante deuma adolescência saudável; estim-ulam-se novas formas de diálogoentre pais e filhos, sem esquecerque a decisiva palavra tem decaber aos mais velhos; e são dadosnumerosos exemplos de possíveisconflitos quotidianos como oshorários, os dinheiros, os prémiose os castigos, a internet, o sexo, oálcool e as drogas.

Em correspondência com Eu-lália Barros, o tema da escola érevisitado e são apontadas novaslinhas de reflexão sobre o ensino ea aprendizagem.

Escrito de forma clara e aces-sível, mas sedimentado numavasta experiência do autor no tra-balho com adolescentes, Lavrar oMar é uma obra indispensável apais e educadores e um oportunomomento de reflexão para os maisjovens.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 11

Daniel Sampaio lança novo livro e vem a Coruche– O Jornal de Coruche traz o autor para uma Conferência e apresentação do seu novo livro

Um conjunto de acções desensibilização e de luta contraa obesidade infanto-juvenil,decorreram, durante o mês deOutubro, em várias cidades denorte a sul do país, no âmbitode um protocolo entre a Direc-ção Geral de Saúde e a SantaCasa da Misericórdia de Lis-boa, com a colaboração daADEXO – Associação de Doen-tes Obesos e Ex-Obesos de Por-tugal, da DECO – Assoc. Portu-guesa para a Defesa do Consu-midor, do NDCA – Núcleo dasDoenças do ComportamentoAlimentar, da SPEO – SociedadePortuguesa de Estudo daObesidade, e da SPP – SociedadePortuguesa de Pediatria

As acções, coordenadas pe-la Santa Casa da Misericórdiade Lisboa em articulação coma Comissão de Coordenaçãodo Programa Nacional de con-trolo da Obesidade, decorre-ram em tendas, instaladas naspraças das cidades, onde técni-cos especializados fizeram aavaliação do índice de massacorporal das crianças e dos jo-vens, dando conselhos e orien-tação, para respectivo Centrode Saúde, médico assistente,

ou consulta de obesidade. O Rastreio de Obesidade

Infanto-Juvenil sob o tema“Todos Diferentes, Todos Sau-dáveis”, realizou-se em 9 cida-des do país. Nos dias 14 e 15de Outubro pelas cidades deBraga, Porto, Aveiro, Coimbrae Castelo Branco. Nos dias 21e 22 de Outubro realizou-se emLisboa e Setúbal, e nos dias 28e 29 de Outubro em Faro, Évo-ra, Beja, Portalegre.

PARA OS JOVENS

O teu peso é saudável?O médico disse-te que pre-

cisas de perder peso?Estás decidido a mudar?A decisão é tua! Muda o teu estilo de vida!

A dieta e o exercício físico têmde andar de mãos dadas paraque tenhas sucesso.

Não alinhes em dietas dese-quilibradas. Come pelo menos6 vezes por dia.

Pequeno-almoçoMeio da manhãAlmoçoLancheJantarCeia

Leite e iogurtes, fruta evegetais devem fazer parte datua alimentação. Também éimportante que bebas água.

Pratica exercício físico emqualquer lugar... nem sempre épreciso ir ao ginásio!

Prefere as escadas, andarmenos de autocarro, caminharao fim de semana, ajudar nastarefas de casa, dançar.

Não queiras perder pesomuito depressa e sobretudonão desanimes.

Devagar se vai ao longe,como diz o ditado.

É importante conheceres-tebem e perceber o que é quefunciona melhor contigo. Tam-bém se aprende com os insu-cessos!

Não copies a dieta do teuamigo. Fala com o médico.

Somos todos diferentes unsdos outros! Uns são baixos,outros altos, uns morenos, ou-tros loiros, uns mais redondi-nhos, outros mais magros.

Não é preciso que toda agente tenha peso pela mesmamedida.

Mas é preciso que todostenham pesos saudáveis.

SE TENS PESO A MAIS... ATENÇÃO AOS SINAIS!

ENCARNADO – PÁRA E ESPERA... Não podes avançar!*

* Podes abrir quatro excepções em cada ano: o dia dos teus anos,o natal e mais duas datas à tua escolha.Quando já tiveres de novo um peso saudável, uma vez por sema-na podes avançar, mas apenas com UMA destas coisas!

AMARELO – PÁRA E PENSA... Podes comer, mas com“conta, peso e medida”Quando tiveres um peso saudável, podes comer de tudo isso deforma equilibrada.

VERDE – AVANÇA SEM MEDO! Podes comer à vontade.

Luta contra a obesidade infanto-juvenilRastreio de Obesidade Infanto-Juvenil – Todos Diferentes, Todos Saudáveis

SAÚDE PÚBLICA

Batatas fritasRefrigerantesMolhos gordosGordurasPetiscos fora dasrefeiçõesEnchidosSalgadinhos

GeladosChocolateSobremesasDocesBolosAperitivosFritos

PãoMassasArrozBatatasBolachasTostas

Cereais s/chocolateManteiga/margari-na vegetalQueijoLeite meio-gordoIogurtes

Todas as frutasCarneOvosFeijãoGrãoSumos naturais

CenouraAlfaceTomate

Todas as verdurasPeixeÁgua

11 –– NNovembro –– 117 hhoras –– MMuseu MMunicipal –– EEntrada LLivre

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200612

O edifício da Praça de Touros do CampoPequeno foi inaugurado em 1892, sendoautor do projecto o Arq. António José Dias da

Silva (1848-1912), no local onde já desde o séculoXVIII se realizavam corridas de touros. O edifícioinsere-se no estilo neo-árabe, com cúpulas seme-lhantes às das mesquitas (Fig. 1). Com uma área de5.000m2 e um redondel de 80m de diâmetro, foiconcebido com capacidade inicial para 8.438 espec-tadores.

Fig.1 - Pintura da Praça de Touros do Campo Pequenono início do Séc. XX (autor desconhecido)

No início dos anos 90, a Câmara Municipal deLisboa, em conjunto com a Casa Pia, proprietária doimóvel, definiram um programa para a sua recupe-ração, que se encontrava em progressivo estado dedegradação, nomeadamente ao nível dos blocos derevestimento da fachada, acessos interiores e outroselementos estruturais e não estruturais. Pretendia-sereabilitar e modernizar este espaço, de modo a per-mitir uma utilização polivalente ao longo de todo oano, possibilitando a realização de diferentes tipos deespectáculos e complementando essa actividade comum parque de estacionamento subterrâneo, de modo

a retirar da superfície o parqueamento de carros queenvolvia o monumento e que afectava a sua grandio-sidade.

A Sociedade de Recuperação Urbana do CampoPequeno, SRUCP, desenvolveu então um estudo apartir dos princípios programáticos referidos e queincluía ainda uma zona comercial, que permitirialibertar alguns meios financeiros necessários à obra,bem como a manutenção posterior do edifício.

O projecto de arquitectura foi da responsabili-dade do Arq. José Bruschy, com a colaboração dosArqs. Pedro Fidalgo, Filomena Vicente e LourençoVicente. Como objectivo, foi delineado à partida queo espaço da zona de construção subterrânea deveriaconservar todo o jardim envolvente, sem corte nemdanificação de nenhuma das árvores de grande porteaí existentes (Fig. 2).

Fig.2 - Esquema geral em planta e corte do empreendimento

Pretenderam, ainda, que o espaço a intervir naenvolvência do edifício se situasse o mais próximodeste, de forma a interligar os espaços, maximizandoa sua valência, e que o centro comercial enterradofosse agradável e apelativo à visita, em particular, noque respeita à sua funcionalidade e entrada de luznatural (Fig. 3).

Destas linhas gerais de concepção resultou umprojecto baseado numa intervenção em coroa circu-lar em torno da Praça, até ao limite do jardim, comaproveitamento das zonas não arborizadas alinhadascom os torreões. Esta zona exterior inclui três níveisde estacionamento (níveis -4 a -2) e um primeiro piso

também enterrado, destinado a actividades comerci-ais e lúdicas, com ligação ao interior da Praça atravésde 5 túneis sob o edifício existente, a um espaçoescavado sobre a actual arena, destinado à restau-ração (Fig. 2).

No piso térreo da praça foi realizada uma inter-venção de reabilitação e modernização dos espaços,com ligação em vários pontos à zona comercial.Neste contexto foi executado um nível de mezanine,tirando partindo do elevado pé direito aí existente, efeita, ainda, uma intervenção mais profunda ao níveldos acessos e outros espaços nos torreões.

O actual Projecto Campo Pequeno, levado a cabopela Sociedade de Renovação Urbana do CampoPequeno – SRUCP –, teve como principal objectivoa recuperação deste monumento histórico nacional, apar com a requalificação urbanística da zona dacidade onde está implantado.

O novo Campo Pequeno veio dotar a central dacidade de Lisboa, com um peça de equipamentourbano que retira a circulação e o estacionamentoautomóvel de superfície em torno do monumento,devolvendo ao edifício a dignidade que merece edisponibilizando aos habitantes da cidade uma áreade lazer, conforto e segurança que há muito se haviaperdido.

Globalmente, o empreendimento do Campo Pe-queno tem duas componentes fundamentais: a recu-peração do edifício existente complementada pelo

Preservar a História

Conheça melhor o novo Campo Pequeno• Reportagem

Fig. 3 - Perspectiva dos acessos ao interior da zona comercialEntrada principal e acessos circulares

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 13

elemento novo que é a cobertura, e a obra nova, emsubsolo, no anel circundante da Praça de Touros eque integra a sala de espectáculos (antiga praça detouros), 60 lojas, 20 restaurantes, 8 cinemas, super-mercado e 1250 lugares de estacionamento.

À superfície a oferta é variada com esplanadas ejogos de água, restituindo, àquela zona nobre dacidade, dignidade, animação e comodidade.

O Legado histórico da Tauromaquia

O projecto do Campo Pequeno não é apenas arecuperação de um edifício e de uma zona urbana;ele tem também como objectivo a redinamização deum importante sector da cultura e tradição nacionais– a tauromaquia – por sua vez suporte de um nãomenos importante sector económico, sustentáculo deuma significativa área geográfica e económica dopaís – a criação de gado bravo e equestre.

Em Portugal existe um enorme segmento de popu-lação de profissionais e aficionados da tauromaquia,que ansiosa e impacientemente aguardaram a reinau-guração da Praça do Campo Pequeno, que é a cate-dral do toureio em Portugal.

Infelizmente, a longa ausência das corridas detouros no Campo Pequeno reflectiu-se num signi-ficativo abrandamento da actividade da tauroma-quia: menor afluência de público às outras praças,pouco ou nenhum surgimento de novos artistas na-cionais e cada vez maior desvio dos consagradospara o estrangeiro, com acentuada preocupação edificuldades económicas na maioria das ganadariasnacionais.

Assim, a inauguração do Projecto Campo Peque-

no foi tudo menos a abertura ao público de um em-preendimento imobiliário. Foi;

• A concretização de um grande projecto de me-cenato

• A recuperação de um histórico e emblemáticomonumento nacional

• O renascer de uma actividade cultural comraízes seculares nas tradições nacionais

• A devolução à cidade de Lisboa de uma dassuas principais salas de cultura

Fazer sempre melhor

O uso da Praça de Touros do Campo Pequeno, talcomo foi feito no passado, era limitativo e nãoaproveitava completamente uma sala de espectácu-los de características particulares em Lisboa, querpelo seu enquadramento quer pela sua dimensão,com lotação aproximada de 8000 pessoas. Ter umrecinto desta natureza, com custos de manutençãoelevados e uma ocupação sazonal apenas pelas lidestauromáquicas não se mostrava de todo sustentável.

Aliás, na vizinha Espanha, onde as praças aindaenchem, verifica-se precisamente a tendência de asfechar, de modo a garantir níveis de conforto actual-mente exigidos, assim como dotá-las de uma maiorpolivalência na sua utilização.

A cobertura da Praça de Touros do Campo Peque-no surge na sequência da reabilitação do edifício etraduz-se num restauro profundo da Praça e na cria-ção de uma área comercial e de restauração, parquede estacionamento e sala de espectáculos.

Outro factor a destacar, prende-se com o facto dacobertura funcionar como elemento protector relati-vamente à degradação do edifício. Depois de uminvestimento de grande dimensão na sua recupera-ção, único em toda a sua existência, tornava-se obri-gatório garantir a sua melhor conservação, facto quenão ocorreria se a mesma se mantivesse em contac-to directo com o exterior.

A Cobertura: Conceito arquitectónico

A solução para a cobertura da Praça de Touros doCampo Pequeno, caracteriza-se por ser uma estrutu-ra visualmente ligeira composta por uma parte fixa,sobre as bancadas e outra retráctil, correspondentesensivelmente à área da arena.

Apesar da existência da cobertura, ela garante

uma atmosfera de grande claridade e transparência,através da criação de uma estrutura central retráctilque é complementada por um “anel” fixo, corre-spondendo este conjunto a uma área de 800m2 emvidro com 36 metros de diâmetro.

O perfil da cobertura não ultrapassa a linha visu-al definida pelo ponto de observador localizado naperpendicular das ruas adjacentes. Assim a per-cepção do edifício mantém-se semelhante ao anteri-ormente existente.

A funcionalidade que esta cobertura confere per-mite a realização de quase todos os tipos de eventose cria em Portugal um espaço único com estas car-acterísticas.

A área retráctil é totalmente translúcida e consti-tuída por 8 triângulos, suportada por uma estruturametálica. O seu accionamento é efectuado através decorrentes movidas por motores eléctricos, soluçãosemelhante ao utilizado para o accionamento dosvários palcos do “Grant Teatre del Liceu” emBarcelona, obra do Arq. Ignasi de Solá-Morales.

Outro aspecto consiste nas medidas de compen-sação acústica necessárias para a utilização da praçaem diversos espectáculos. Assim, foi tido em conta aemissão de som produzido no interior da praça para

o exterior, bem como o ruído produzido no exteriorda praça (aviões, efeito de tamborilamento da chuva,ruído produzido pelo trânsito) para garantir um per-feito isolamento acústico.

Foi criada ainda uma galeria técnica ao nível dacobertura onde poderão ser instaladas as unidades detratamento de ar necessárias ao acondicionamentotérmico e renovação de ar do recinto. De destacarque esta cobertura, fruto da capacidade criativa daequipe que a projectou, é uma grande obra de engen-haria e a primeira de abrir e fechar em Portugal.

A Tradição de bem receber

A tauromaquia em Portugal tem uma tradiçãosecular, sendo no passado considerada e utilizadacomo uma escola de guerra, daí ter sido sempreapadrinhada por reis e fidalgos.

O particular interesse dispensado por Reis e porPresidentes da República à tauromaquia em geral, eà Praça de Touros do Campo Pequeno em particular,ressalta da dignidade conferida ao Camarote Real,hoje Presidencial, tanto no projecto original daPraça, como agora nas obras de recuperação.

Assim, atendendo às exigências políticas ediplomáticas dos dias de hoje, decorrentes da funçãode Presidente da República e à necessidade frequentede receber e presentear um seu congénere com umespectáculo de cultura bem portuguesa, o SalãoNobre da Praça, que dá acesso ao Camarote Presi-dencial, foi também dotado de um gabinete, onde oPresidente da República poderá receber os seus con-vidados.

Fontes:SRUCP – Dr. Paulo Pereira e

Ordem dos Engenheiros PortuguesesFotos: Manuel Pinto

> Conheça melhor o novo Campo Pequeno • Reportagem

Dr. Paulo Pereira, que nos concedeu esta amável visita

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Eram em número de 300 aspessoas, entre idosos e convi-dados (membros da Assem-bleia de Freguesia e Associa-ções) que foram ao encontro dereformados da Fajarda, organi-zado pela Junta de Freguesialocal.

O dia 16 de Setembro ama-nheceu bem solarengo, logofazia prever uma bela jornadade convívio entre os presentes.Pela hora de almoço, o pavi-lhão da Junta de Freguesiaestava já com as mesas postaspara receber o bom repasto quese adivinhava. Sopa de pedra ecaldo verde, novilho estufadocom arroz, arroz doce e fruta.Era esta a ementa, confeccio-

nada pelas mãos habilidosasdas cozinheiras da CâmaraMunicipal de Coruche.

Ilídio Serrador, Presidente daJunta de Freguesia e anfitrião do

encontro recebeu DionísioMendes, edil Coruchense, quefez questão de estar presente.

Depois do almoço ambostomaram “cafezinho” com os

idosos, no bar do Parque deMerendas.

Ilídio Serrador estava bas-tante satisfeito e em declara-ções ao “O Jornal de Coruche”referiu que “a Junta é paraservir todos os Fajardenses,principalmente os mais idosos,e não para ser servida”.

Até à hora do lanche “ajan-tarado”, a tarde foi passada aouvir música, de acordeão,pois então, tocada pelas mãossábias de Domingos Mendes eseu filho Miguel, mais con-hecidos por “Duo Pinguinhas”.A terminar o dia de festa, aactuação do Rancho Folclóricoda Fajarda.

Joaquim Ernesto, membroda Associação de Solidarie-dade Social da Fajarda, promo-tora da construção do Centrode Dia, fez questão de mostraraos idosos o andamento dasobras do referido Centro.

O Jornal de Coruche, falouainda com António JoaquimPaulo, que vive na Rua do Pa-deiro e que nos disse ser o segun-

do ano que vem ao encontro dereformados porque, infeliz-mente, a sua saúde não lhe per-mite vir mais vezes mas adoroua iniciativa da Junta, salientandoainda que o almoço estavaóptimo e muito bem feito.

Fernanda Balhé

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200614

Encontro de Reformados

A Irmandade de NossaSenhora do Castelo, comemora,no dia 10 de Março de 2007, os350 anos da publicação dosprimeiros estatutos. Para assi-nalar esta data, uma série deefemérides estão previstas acon-tecer nesta comunidade, tãodevota de Nossa Senhora doCastelo.

Um dos projectos em curso éa edição de um livro dedicado a

este culto ao longo de todosestes anos. Mas o mais interes-sante neste projecto é que aautoria do mesmo é a de todosos Coruchenses que estejaminteressados em participar doprojecto fornecendo histórias,fotografias e quaisquer docu-mentos referentes à “tão nossa”Nossa Senhora do Castelo.

Por isso, fazemos desde jáum apelo a todos aqueles home-ns e mulheres de boa vontade,devotos de Nossa Senhora doCastelo, Coruchenses natos ouadoptados por esta vila à beirario plantada.

Abram as gavetas, arcas,baús ou caixas de velhas recor-dações e boas memórias e aju-

dem a escrever o livro de todosnós, desta nossa comunidade.Todos os documentos, fotos eoutros, serão fotografados, foto-copiados e devolvidos aos donos.

Com a colaboração de todosfaremos um livro inesquecívelque conte a nossa história atra-vés da devoção que todos temosa Nossa Senhora do Castelo, dasraízes que nos ligam a esta terrae que nos unem como comu-nidade.

Contamos consigo para estegrande projecto!

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 15

O Balanço final da ÉpocaBalnear 2006, realizado de 1 deJunho a 17 de Setembro de2006, nas Praias Fluviais deCoruche (Agolada e Monte daBarca), Piscina Municipal deCoruche, Piscina Municipal deAlmeirim e Complexo Aquáticode Santarém, aponta para 610ocorrências, das quais 50 gra-ves. Destas ocorrências graves,21 foram salvamentos aquáti-cos. Não se registaram ocorrên-cias fatais, muito por via da enor-me prevenção e actuação dasequipas de salvamento. Em com-paração com as Épocas Balnea-res de 2004 e 2005 temos: (vergráfico)

Assim denota-se uma subidaconsiderável das ocorrênciasligeiras, muito pelo aumento depequenos cortes e feridas devi-do ao pavimento, mas a tambémconsiderável descida de ocor-rências graves e salvamentos,devido ao excelente trabalho de

prevenção das equipas de salva-mento.

Dos 21 salvamentos, não foinecessário a aplicação de mano-bras de reanimação a qualquervítima, tendo-se registado prin-cipalmente situações de salva-mentos por exaustão da vítima.As restantes 28 ocorrências gra-ves foram causadas por traumacraniano e cervical, onde já fo-ram necessárias aplicar algumasmanobras de reanimação, exis-tindo várias situações onde a ví-tima se encontrava em situaçãode inconsciência.

Nesta época balnear foramenvolvidos 7 Nadadores Salva-dores Coordenadores, 31 Nada-dores Salvadores e 7 Socorris-tas.

Durante o Inverno a BÚZIOScontinuará a realizar a vigilânciados espaços interiores, da Pis-cina Municipal de Coruche,Piscina Municipal de Santarém(Sacapeito) e Complexo Aquá-tico de Santarém, contando com4 Nadadores Salvadores Coor-denadores e 10 Nadadores Sal-vadores.

Todos temos, homens e mulheres,não importando a idade, direito à segu-rança e a uma vida tranquila. A GuardaNacional Republicana trabalha paraque, também, os mais velhos vivamesse direito.

A GNR, desenvolve a actividadepolicial tão perto quanto possível daspopulações, a visibilidade e a sua efecti-va capacidade para resolver os proble-mas concretos dos cidadãos, correspon-dendo ao que hoje se designa porPoliciamento de Proximidade.

A GNR de Coruche, realizou diver-sas acções, sobretudo junto da 3ª idadenos Centros de Dia da Branca, Biscainhoe Lamarosa. O objectivo foi esclareceras dúvidas sobre a fraude e a actividadedos burlões, junto da população idosa, asprincipais vítimas do sistema.

Informe-se junto dos Postos Terri-toriais da GNR da sua área de residênciacomo pode colaborar e beneficiar doPrograma “Apoio 65 – Idosos em Segu-rança”.

João Louro

Realizou-se na vila do Couço, no pas-sado mês de Setembro, uma exposiçãode trabalhos de artistas locais, abarcandovariadas áreas das artes. Da pintura artís-tica e decorativa até aos trabalhos manu-ais, dando forma às madeiras e raízes. Aexposição foi à escala da “Nação”, pro-movida pela Junta de Freguesia Local.

Na foto o artista autodidacta local,José Gomes, o homem que um dia son-hou e viveu Lisboa mas que, agora refor-mado, se refugiou na calma da charneca

vivida no lugar da Escusa, onde, diz,nem sequer ouve barulho de motores quelhe assolaram ouvidos durante uma vidana cidade grande.

Uma personagem cheia de vigor e dearte, ao lado do seu magnífico quadro,representando gansos voando. Um artistanato para o desenho animalista. Umautodidacta que tem por profissão anobre arte da Marcenaria.

____João Costa Pereira

Artistas locaisExpõem trabalhos

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200616

Foi em Agosto que um grupode coruchenses lançou o desafioà edilidade local, veiculadaatravés da “mão” do vereadorFrancisco Oliveira, para serconstruído um monumento aoCampino do Sorraia numa dasnovas rotundas construídas emCoruche, a exemplo de outras

localidades no país.Agora que a tão desejada

rotunda do Monte da Barca estáa ser construída, decidimossaber como estava esta sugestãojunto do citado vereador. Fica-mos a saber que está a diligen-ciar no sentido de saber que tipode ornamentação e arranjo está

prevista para aquela rotunda,que é da responsabilidade dasEstradas de Portugal e que essaideia está a ser avaliada e tidaem consideração pelo executivocamarário, nomeadamente peloPresidente da Câmara, respon-sável por esta área.

A ver vamos, se essa tãojusta homenagem aos Campinosdo Sorraia se materializa! Delembrar que o Jornal de Coru-che, instituiu um prémio para oCampino do Sorraia, que PauloTomáz está a desenvolver paraser atribuído pela primeira vezno ano que vem.

AMS

Cartas ao Director

Exmo. Senhor Director de O Jornal de Coruche

Repôr a Estátua, Repôr a Verdade!Concordando com a sua iniciativa sobre o tema em assunto, não por razões

de política/ideologia, mas porque entendo que não devemos renegar os nossosantepassados, quando figuras públicas e, ainda por cima, um Benfeitor para oconcelho de Coruche – em termos colectivos e, ao que me dizem em termos indi-viduais, para os cidadãos que a ele recorriam –, solicito-lhe que me considere seusubscritor.

Coruchense, há dezenas de anos vivendo em Lisboa, embora nunca tenha co-nhecido pessoalmente o Sr. Major Luíz Alberto de Oliveira, nunca deixei derepudiar essa, e outras, atitudes extremistas, pelo que considero louvável, e sem-pre oportuna, a vossa iniciativa.

Os melhores cumprimentosPáscoa Martins

O Paraíso de ÁfricaQuando há 75 anos deixei a minha pérola do

Ribatejo, onde a mocidade de então não sabia, nem que-ria saber, o que era política, vim radicar-me em TorresVedras onde comecei a ouvir falar em bolchevismo,depois comunismo, e agora mais modernizado CDU.

Desinteressado, mas atento, tinha dificuldade emperceber o que apregoavam e o que faziam os políticos.Resolvi, já com os meus 50 e tais, aparecer nos comí-cios de todos os partidos, para tirar conclusões.

Eram de tal ordem “empolgantes”, que me desiludiram, tornando-me umrevoltado de parte dos políticos que ouvi e conheci naqueles momentos. Entreeles, dois me marcaram pela negativa, porque além das mãos fechadas no ar, gri-tando pelos direitos, liberdades e igualdade entre os homens, nunca responderamàs perguntas que lhes foram feitas. E a talhe de foice, sem martelo, lembrei-mede um artigo publicado no “Jornal Barricada” de 1900 e tal, onde os messias dopartido comunista sul africano, distribuíram pelos pretos, panfletos que merecema nossa atenção:

Salários mais elevados – pão grátis – transportes públicos gratuitos – ensinogratuito – serviços médicos gratuitos – férias gratuitas – refeições no trabalhográtis – casas sem pagamento de rendas.

Sabendo que no nosso concelho ainda há freguesias dominadas pela CDU, eaté já foi desgovernado por ela, gostaria de saber delas, se já viveram ou vivemnaquele paraíso, com aquelas regalias oferecidas aos pretos, ou se continuam depunhos no ar a gritar por direitos, liberdades e igualdades, enganando os brancos.

Os pretos, esses coitados, resignados, vão cantando a marcha “Angola énossa”, dirigida pelo maestro José Eduardo dos Santos, no poder há 27 anos, queos vai vendo morrer de fome, mas cheios de boas regalias.

Um abraço a todos os meus conterrâneos e amigosAlberto Francisco

Ex.mo Senhor Director do Jornal de CorucheRespeitosos cumprimentosPedindo-vos desculpa pelo espaço que vou retirar ao Jornal de Coruche pelo arti-go que junto, e, caso tenha alguma aceitação a sua publicação, agradeço e peçonão seja cortada qualquer frase.Com os desejos de progresso para o Jornal de Coruche, Abraça-osAlberto FranciscoTorres Vedras, 5-10-2006

Aves de Rapina, Vigaristas do Povo,Traidores de Portugal

Quando em 1984 escrevi um artigo, relativo ao mesmo assunto, e que serefere à chegada ao nosso país de duas personagens que classifiquei de Aves deRapina, Vigaristas do Povo e Traidores de Portugal, tive o azar de o não verpublicado no jornal “O Badaladas” de Torres Vedras.

Convencido fiquei que, aquela apoteótica demonstração de fidelidade aosseus donos, havia de ser bem paga, por nós, e, não só.

Contaminadas de um vírus peçonhento, tiveram a sorte de escapar à inspec-ção veterinária, e assim, rapidamente chegarem às suas ambiciosas e maldosasintenções. Nos poleiros, chilreando as suas melodias de agoiro, repararam que láem baixo se encontravam, cheias de pó, umas toneladas de ouro, milhares emdivisas externas e oito milhões no Banco do Ultramar.

Como a herança era pesada e não tendo tempo a perder, chamaram os tra-balhadores de limpeza das propriedades alheias, para no mais curto espaço detempo, limparem do pó, aquele vil metal, que, o honesto e extraordinário chefeDr. António de Oliveira Salazar, soube amealhar e conservar, mesmo com o sac-rifício do seu povo.

Desconfiados, que o povo deles é quem mais ordena, quiseram apreciar o tra-balho de limpeza feito pelos camaradas de punho cerrado, reparando com espantoque daquelas toneladas, mais de metade foram consumidas com o tempo.

Que me desculpem, os políticos tachistas e os politiqueiros de caserna,porque de português só aprendi o que naquela época era facultado às classesmenos privilegiadas. Às outras, segundo a propaganda divulgada pelos revolu-cionários dos direitos e das liberdades, davam-se os cursos superiores.

Logo por sorte, saiu a uma daquelas aves, um curso daqueles, permitindoestudá-lo no forte de Peniche. Lamentável foi que o tal grande estadista Salazar,que invejosos e traiçoeiros denegriam, não tivesse o coração para lhes mandarministrar os cursos que os carrascos do Staline e Fidel de Castro sabiam e sabemdar, a traidores daquele quilate.

O outro, a quem a bandeira nacional servia de capacho, ainda teve o des-caramento de se querer infiltrar novamente na presidência da República, paraperseguir os ricos que não gramava … e que, à custa de farsantes iguais, conse-guiu o património que, dizem ter…

Assim, tal como ontem, hoje e sempre, afirmarei que foram e são vigaristasdo povo e traidores de Portugal.

Um revoltado dos politiqueirosAlberto FranciscoTorres Vedras, 5-10-2006.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 17

“Il gusto d’imparare”(O gosto de aprender), foi estaa designação escolhida para oencontro que irá reunir chefesde cozinha italianos, francesese portugueses, numa iniciativade transferência de conheci-mentos e experiências e, sobre-tudo, de diferentes sabores etécnicas de cozinhar.

O evento é desenvolvido noâmbito do PROTUR, em par-ceria com o distrito de Santa-rém, região de Toscana e regi-ão PACA, e visa implementarestratégias de formação para osprofissionais do sector do tur-ismo, em especial para os quedesenvolvem as suas activi-dades em territórios considera-dos periféricos em relação àcapital do seu país, como su-cede com as três regiões referi-das. A liderança do projectoestá nas mãos da ConfesercentiSiena, um organismo italianode apoio à actividade comer-cial e turística.

Participam directamente noprojecto PROTUR entidadescom competências no sector doturismo, como é o caso do Ins-tituto Politécnico de Tomar(através do curso de GestãoTurística e Cultural) e, nesteevento particular, da EscolaProfissional de Salvaterra deMagos, convidada para repre-sentar a Região nas Jornadascom os cursos técnicos de Co-zinha e Restaurante/Bar. Parti-cipam ainda a CESCOT, enti-dade formativa italiana; a Eno-teca Italiana, organismo depromoção territorial; e a Uni-versité Européenne des Sen-teurs & Saveurs de Provence.

Assim, no dia 14 de Novem-bro, os Chefes de Cozinha eprofessores José Pererinha eNoélia Costa, terão a oportu-nidade de ensinar algumasreceitas tipicamente portugue-sas perante uma plateia decozinheiros e técnicos de res-tauração italianos.

Uma experiência que não énova para a Escola Profissionalde Salvaterra de Magos, escla-rece Salomé Rafael, directoradeste estabelecimento de ensi-no profissional. “Esta escola,sobretudo na área da hotelariae restauração, tem feito partede alguns consórcios na UniãoEuropeia que fazem com quetenhamos já bastante experiên-cia em colóquios e workshopstransnacionais. É sempre gra-tificante podermos dar a co-nhecer aquilo que de melhor sefaz no nosso país e na nossaregião ao nível da gastronomiatradicional”.

Para as jornadas “Il gustod’imparare” a Escola Profis-sional de Salvaterra de Magosquer levar não somente recei-tas, mas um pouco daquilo quemarca a qualidade do seu ensino.

“Os dois professores quevão representar a escola vãoconfeccionar pratos tipica-mente portugueses, nalguns

casos receitas desta região. Anossa melhor doçaria tambémserá abordada. Mas a Escolaquer também divulgar as me-todologias de ensino e deaprendizagem que aqui sãoaplicadas, quer do ponto devista teórico, quer do ponto devista prático. Dar a conhecercomo funcionamos e os nossosequipamentos, nomeadamenteas nossas cozinhas e restau-rante pedagógicos, é tambémum contributo importante paraeste projecto”.

Para além da intervençãodos participantes portugueses,as Jornadas incluem uma apre-sentação da gastronomia fran-cesa pelo Chefe de CozinhaGérard Vives, da UniversitéEuropéenne des Senteurs &Saveurs.

No dia 15 de Novembro,terá lugar uma mesa redondaonde diversos estabelecimen-tos de ensino das três regiõesparceiras poderão partilhar

ideias sobre a preparação dosjovens alunos para o mundo dotrabalho, em particular no sec-tor da restauração e hotelaria.Nesta iniciativa, o distrito deSantarém estará representadopelo Prof. Reis Ferreira, doInstituto Politécnico de Tomar.

____Nersant

Lino Mendes *

ETNOGRAFIA

Temos plena consciência deque a todos os níveis sectoriaiso nosso país atravessa umagrave crise que não pode serignorada e se expressa natriste realidade de ser na Euro-pa aquele que maiores desi-gualdades sociais apresenta.

Mas o que muito me preo-cupa no momento, e não estoulouco, é a indiferença quasecriminosa com que se encara a“cultura tradicional”, a nossa“memória”, as “raízes” que noscaracterizam e dizem quemsomos.

E, não obstante o trabalhorelevante que vem sendodesenvolvido pelo INATEL,assim como o apoio que as

autarquias vão concedendo, éurgente e fundamental que oMinistério da Cultura não aignore, que o Ministério daEducação a integre na escola,que o problema não é apenasde dinheiro, mas essencial-mente de conhecimento.

A maioria dos grupos quede etnografia e folclore seintitulam, são uma negação domesmo. Têm, é certo, razãopara existir, mas têm espaçopróprio, com todo o respeitonão podem coabitar com osque são representativos.

E têm todos a sua quotaparte de culpa na maneiracomo TODOS são encarados,já que no nosso país não há

uma Cultura da Tradição.Depois, e por muito que

algumas entidades venhamfazendo de positivo, são gravesos problemas económicos comque de uma maneira geral osgrupos se debatem, especial-mente os que remuneram osmúsicos. Que os trajos correc-tamente confeccionados (arte-sanalmente), mesmo numa zo-na pobre custam muito di-nheiro. E quando existe umaescola, é um permanente “gas-tar”.

Vamos, pois, ter plena con-sciência da importância da“Cultura das Tradições”, sepa-rem-se as águas, apoie-se emface da qualidade que se tem

ou se pretende ter. Que umpovo sem memória nãoexiste!

Que eu me recorde e atéeste momento, nenhum gover-no do nosso país se preocupoucom a nossa identidade cul-tural, que brota da nossaruralidade, de montes e vales,de vilas e aldeias.

Que me lembre, em nenhumgrande debate onde se falassede Cultura, a Etnografia e oFolclore foram referidos.

Aliás, e porque as televi-sões não mostram a riquezaque neste campo temos, desco-nhecemos o país que somos.

Aliás, chegamos ao pontode para alguns intelectuais e

altas figuras da nossa praça,Folclore ser sinónimo de coisade somenos, de sem importân-cia.

A verdade é que não há ne-nhum dicionário que isso diga,e para a Sociedade de LínguaPortuguesa só um analfabetoassim pode pensar.

Com todo o respeito pelaspessoas em si, não nos pode-mos calar!

Porque é um crime de lesacultura ignorar ou alienar(coincidentemente) a “Tradi-ção”.

____* Agente Cultural

É um crime ignorarou alienar a “tradição”

Os Chefes de Cozinha e professores José Pereirinha e Noélia Costa, da Escola Profissionalde Salvaterra de Magos, vão representar os sabores tradicionais do Ribatejo num evento decarácter transnacional a decorrer em Siena, de 7 a 15 de Novembro.

Jornadas Internacionais de Cozinha

Escola Profissional de Salvaterrade Magos representa a Região

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Se pairava sobre alguém, dúvidassobre a transparência intelectual e moraldeste Jornal, elas começam a ficar dissi-padas com a publicação desta nota deesclarecimento que a Câmara Municipalde Coruche fez chegar à Direcção desteJornal para publicação.

Naturalmente ao abrigo da lei da im-prensa e do direito de resposta, podiapublicá-la sem lhe dar esta importância.Mas não é com esse espírito que o faço!Publico-a com a convicção de que adiferença de opiniões é salutar e desejá-vel para o avanço da nossa terra, desdeque todos se guiem pela elevação e pelosvalores do bem fazer.

A edilidade terá as suas razões e jus-tificações para permitir a demolição daCasa Paiva Raposo na Rua de Santarém,mas cabe a este Jornal esclarecer o se-guinte;

O Jornal de Coruche, segue umapolítica de rigor e seriedade, não to-mando posições ou lançando noticiasassentes em dúvidas ou incongruên-cias, muito menos imprecisões, massim em factos e certezas, como foi oque fez sobre esta matéria, para asse-gurar o rigor jornalístico, que todosdesejamos.

O Jornal de Coruche investigou, con-tactando especialistas como o Arq. Gon-çalo Ribeiro Telles, uma das maiorespersonalidades na área e profundamenteconhecedor destes assuntos, bem como oArq. Jorge de Brito e Abreu, outro espe-cialista em património histórico daDirecção Geral dos Edifícios e Monu-mentos Nacionais, e ainda o HistoriadorJoão Alarcão Carvalho Branco, especia-lista em genealogia e património. Ouviuainda a Câmara Municipal de Coruche,através dos seus responsáveis, caso doVereador da área e do Presidente da edi-lidade. Perante isto, é no mínimo insen-sato pensar que se pode opinar sem pro-curar saber!

Acredito firmemente nas boas inten-ções do executivo da Câmara Municipalde Coruche, mas também acho que arecolha de informações e conhecimentojunto dos especialistas é fundamentalpara tomar decisões acertadas que pre-servem tudo aquilo que temos de melhore que faz parte do nosso património.Ainda por cima temos dos melhoresespecialistas no país entre os nossos con-terrâneos! Não será sábio consultá-los eouvi-los?

Posto isto, e seguindo o mesmo crité-rio de auscultação dos especialistasreferidos, e, seguindo alguns dos pontosenumerados na nota de esclarecimento,tenho os seguintes comentários a fazer.

1 – Se não estava classificada deviaestar. O Plano Director Municipal (PDM)devia ter classificado a casa comoEdifício de Interesse Municipal. Se nun-ca a CMC o fez, revela desconhecimentoda importância do valor do edifício.Além do mais a casa surge numa viaconfinante com sitio classificado e assi-nalada como edifício de acompanha-mento, no Decreto Lei 28/79 de 10 deAbril, publicado na I Série do DR, n.º 84,na página 587 e que pode ser consultadana Internet em www.dre.pt. Esta situaçãojá lhe dava alguma protecção ao abrigo

do referido decreto.2 – É bom aproveitar a revisão do

PDM, para classificar o que deve serclassificado e que para isso se abra umdebate público. A propósito, qual o pontode situação sobre a revisão do PDM deCoruche?

3 – Além da CCDR-LVT existem ou-tros organismos nacionais com maiorrelevância e conhecimento para se pro-nunciarem e que poderiam ter sido ouvi-dos, mesmo sem a lei obrigar a isso.

4 – Se o proprietário tem direitosadquiridos, foram dados pela CMC, queestá sempre em altura, até porque comcerteza o PDM está em revisão, de corri-gir os erros possivelmente cometidos.

5 – Para acautelar a segurança, qual-quer leigo sabe que bastaria colocar umtapume e proceder à consolidação doedifício, aliás prática vulgar hoje em dia.Além de que a casa ainda mantinha umasolidez estrutural que se comprovou nadificuldade da sua demolição.

6 – Reconhece-se e deseja-se a preo-cupação com a segurança pública, mas oreferido edifício na Rua Direita, nãotinha o mesmo valor arquitectónico.

7 – Lamenta-se que estas politicas depreservação do património não tenhamsido feitas previamente, devendo ser im-plementadas quanto antes, como é exigível.

8 – A politica de preservação dopatrimónio anunciada e que se saúda,não condiz com a demolição de edifícioscom a relevância e importância da CasaPaiva Raposo, onde tudo indica per-noitou SAR o Rei D. Miguel a caminhode Evoramonte, foi residência do Capi-tão Mor de Coruche e também viveu afamília Pinheiro Borges, do actor ChabyPinheiro.

E O FUTURO?Agora que a casa já não existe, algo irá

ser construido naquele local. A respons-abilidade total do que ali for construído éda Câmara de Coruche, e, poderá ficarcomo a “obra do regime”, tal é o espaçodaquele terreno na zona nobre da vila.

É a edilidade que aprovará o projectoou lhe exigirá alterações. Esperemos quenão surja ali um “mono” de betão, alto edesproporcionado, sem respeitar a iden-tidade cultural e arquitectónica da vila.

É fundamental que seja respeitada alegislação existente, nomeadamente oreferido decreto lei 28/79, que diz que,em caso de demolição e reconstrução, epasso a citar;

“a) O número de pisos não poderá sersuperior a 2, ou excepcionalmente 3, des-de que a cércea do edifício não desiquili-bre o conjunto urbano onde se insere.

b) Nas paredes exteriores só poderáser utilizada a cor branca

c) Quando o uso do edifício ou dealgum dos seus pisos se destinar a umaactividade comercial, procurar-se-á queo dimensionamento e os materiais aempregar nos vãos abertos (portas oujanelas), não choquem com as carac-terísticas tipológicas da zona”.

Perante tudo isto, volto a referir, senão teria sido muito melhor e cordato, sea fachada tivesse sido mantida!?

A Bem de CorucheAbel Matos Santos

A demolição da Casa Paiva Raposo,na rua de Santarém, parece ter levantadouma série de dúvidas e interrogações aalguns cronistas e colaboradores doJornal de Coruche, e, consequentementea muitos dos leitores. Para que as incon-gruências e imprecisões não se sobre-ponham à verdade, e, para que o rigorjornalístico seja respeitado, cabe a Câ-mara Municipal de Coruche informar eesclarecer:

1. A Casa Paiva Raposo não estavaclassificada como património de interessepara o Centro Histórico de Coruche.

2. A Câmara Municipal de Corucheestá atenta à conservação dos edifíciosclassificados e desenvolve uma políticapró-activa junto dos proprietários, nadefesa do património do Centro Históricode Coruche.

3. Existe legislação para estes casosrelacionados com demolições, legislaçãoque a Câmara Municipal de Corucherespeita, pedindo sempre que necessário,parecer às entidades competentes(CCDR-LVT).

4. Era legalmente impossível aCâmara Municipal de Coruche evitar ademolição da casa Paiva Raposo, o pro-prietário tem direitos adquiridos e desdeque cumpra todas as normativas daCCDR-LVT e regras do RegulamentoMunicipal do Centro Histórico de daVila de Coruche, pode construir umnovo edifício naquele terreno.

5. A Câmara Municipal de Coruche,através do Gabinete de Protecção Civil,colocará sempre e em qualquer circun-stância como prioridade, a segurança dapopulação. O adiantado estado de degra-dação do referido edifício, era para qual-quer leigo em matéria de segurança, umaforte e real ameaça para os muitos tran-seuntes que diariamente circulam na ruade Santarém.

6. A mesma preocupação com asegurança pública, levou anteriormente àdemolição de outro edifício na rua Di-reita.

7. A Câmara Municipal de Coruche

lamenta que esta política de reabilitaçãodo Centro Histórico da Vila de Coruchenão tenha sido posta em prática há maisanos atrás, pois a avançada degradaçãode alguns edifícios não ocorreu instanta-neamente.

8. A Câmara Municipal de Coruchetem procurado nestes últimos anosreabilitar o Centro Histórico da Vila deCoruche.

8.1. Proibiu definitivamente o esta-cionamento no Largo Pelourinho

8.2. Conseguiu que o abandonadoedifício em frente dos antigos Correiosfosse finalmente concluído.

8.3. Esta actualmente a concluir oprocesso para demolição do inacabadoedifício junto Porto João Ferreira.

8.4. O levantamento de todos os edi-fícios degradados do Centro Históricoestá feito e todos os proprietários temvindo a ser notificados para que realizemas respectivas obras de conservação.

8.5. Está em marcha o ProjectoURBE (Organização Não Governamentalpara o Ambiente) que pretende revita-lizar o Centro Histórico. Em breve serácriado um percurso pedonal que fará aligação do Centro Histórico à zona ribei-rinha e será também posto em prática umconjunto de medidas que visam reanimaro comércio local e estimular a reocupa-ção do Centro Histórico da Vila de Co-ruche.

Gabinete de Imprensa, Relações Pú-blicas e Imagem da Câmara Municipalde Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200618

Nota de Esclarecimento

Nota do DirectorFinalmente destruiram-na!

A propósito da demolição da casa Paiva Raposo, e, dos artigos eopiniões expressos neste Jornal, veio a Câmara Municipal deCoruche, através do seu Gabinete de Imprensa, solicitar a publi-cação da seguinte nota de esclarecimento.Por este motivo entende a Direcção deste Jornal, tecer algumasconsiderações sobre a mesma, que aqui também se publicam.

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O concelho de Corucheabrange duas paisagens distin-tas; a Charneca e a Lezíria doSorraia.

A charneca é historicamenteum carvalhal de vegetação sil-vestre em que as árvores domi-nantes são o Sobreiro, o Carva-lho-cerquinho e a Azinheira.

É a esta charneca que serefere Gil Vicente na farsa “OJuiz da Beira”;

“…Quem quiser vir arrendarAs charnecas de Coruche…São terras novas guardadasQue nunca foram lavradasOh que matas para pãoQue vales para açafrãoE canas assucaradas”

Na charneca a cana era abun-dante e o ermo ocuparia grandesáreas de território.

A charneca, desde a romani-zação, foi sendo, episodicamen-te, cultivada por cereais nasclareiras abertas pelo fogo e que,após as colheitas, eram pastadasaté se recuperar o matagal ini-cial que repunha a fertilidade dosolo.

O montado, que era e é,substancialmente, uma pasta-gem mas também um recursodonde se extrai lenha, carvão,madeira, mel, tuberas, bolotas eque ainda possibilita a existên-cia das espécies cinegéticas queia inicialmente conquistando oermo, vai também substituir gra-dualmente os espaços da agri-cultura itinerante de sequeiro,

alargando-se pelas áreas maisplanas, com menor perigo deerosão.

As culturas anuais de sequei-ro passaram gradualmente aocupar apenas os solos maisférteis e desceram para os alu-viões dos vales, uma vez des-bravada a vegetação húmida eselvagem que os revestia e tor-nava impenetráveis, o montadoestendeu-se para novas áreasantes periodicamente ocupadaspela arcaica cultura de sequeirojustificando a procura crescentede cortiça e o rendimento seguroda montanheira de porco quepassaram a ser os factores maisimportantes da economia domontado.

No montado tem vindo a serfomentada a plantação de povo-amentos monoespecíficos deeucalipto e de pinhal bravodepois de ter sido excessiva-mente lavrado para permitir arealização de searas.

O processo acarreta a erosãodo solo nas áreas mais decli-vosas e a abertura de barrocasmais ou menos profundas naslinhas de escoamento das chu-vadas mais fortes.

O desaparecimento da pasta-gem do montado e a sua substi-

tuição pelos povoamentos mo-noespecíficos, atrás citados, éuma das causas da grandedimensão dos fogos que devas-tam o território, bem como odesaparecimento da agriculturacompartimentada de hortas,pomares, vinhas e ferragiais dosvales interiores da charneca,indispensável para o equilíbrio eregularização do regime hídricoe como aceiros de limitação doseventuais fogos.

Esta charneca humanizada ecultivada estende-se para norte epara sul da várzea aluvionar dorio Sorraia a que a linguagemcostumeira da região denominade “campo” ou “ribeira”, con-forme se afasta ou contacta comos povoados.

A vila de Coruche nasceu edesenvolveu-se, durante sécu-los, na base da encosta abruptaque limita, a norte, a várzea doSorraia, sob a protecção do“Castelo”, situado num altodominante daquela encosta, lu-gar por certo, considerado sagra-do nos tempos pré-históricos eonde se ergue hoje a ermida deNossa Senhora do Castelo.

A encosta que, a norte, sepa-ra a péri-planície miocénica dalezíria do Sorraia, é atravessada

perpendicularmente por barro-cas, mais ou menos profundas,por onde se precipitam as águasprovenientes das linhas de águada plataforma miocénica.

É, portanto, um elementofisiográfico de extrema fragili-dade não devendo dar lugar àconstrução de edifícios, exigin-do um adequado revestimentovegetal e a correcção, com ma-teriais naturais, das barrocas dasbarrocas por onde se faz o escoa-mento das águas pluviais queatravessam a vila e se dirigempara o rio.

Só uma estrutura que defen-da na encosta a Vila das águasinteriores e as integre no sistemafluvial poderá evitar inundaçõese lençóis de lama.

____Gonçalo Ribeiro Telles, Arq.

No próximo número:2 – O “Campo” e a Vila

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 19

ANÚNCIO

VENDA DE PINHASMANSAS

A Santa Casa da Misericórdia de Coruche recebe propostas paravenda das pinhas mansas das suas propriedades:

MONTE DA BARCA e MONTINHO DO BRITO

As propostas deverão ser entregues em carta fechada,uma para cada propriedade, na Secretaria da Santa Casa,

no largo de S. Pedro nº 4 – 1º Andar em Coruche,até às 17 horas do dia 15 de Novembro de 2006.

A abertura das propostas será feita e comunicada posteriormente.

A Santa Casa da Misericórdia reserva-se o direito de não aceitarqualquer das propostas caso o seu valor não seja do interesse

desta Instituição.Coruche, 26 de Outubro de 2006.

A Mesa Administrativa

1 – A Antiga Charneca e o MontadoArq. Gonçalo Ribeiro Telles

CONHCER CORUCHE

POESIA

Legenda do desenho

1 – Antiga Charneca. Montado2 – Castelo3 – Escosta. Barrocas4 – Vila5 – Rio6 – Campo. Lesíria

ESPINGARDARIA

ARTIGOS DE CAÇA, PESCA E TODO O TERRENO

Telefs. 243 724 241 • 243 724 039LAMAROSA – 2100 CORUCHE

De: Rosa Maria de Oliveira e M. Oliveira

BOGA

Aberto aos sábados e dias úteis até às 22 horas

A alegria transbordante que os faz saltearNo instante em que vão drogarEles não sabem nem querem saberA quem vão entregar a drogaEm troca de muito dinheiroEles prometem-lhes tudoMas não lhe dão nada

Trocam-lhe a boa saúdePor urna vida desgraçadaÉ este o viver dos traficantesQue se deliciam com o dinheiroE os desgraçados caem na ruaOu dormem em qualquer canto

Manuel Libério

Em troca de tudo

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1. A Situação política inter-na de Portugal no pós-guerra

Finda a segunda guerramundial a vida dos portuguesesretornava lentamente à normali-dade. Portugal saiu do conflitonuma situação privilegiada.

Não tinha sofrido a guerrano seu território, não tinha per-dido qualquer parcela do mes-mo, tanto na Europa como emÁfrica e na Ásia, não tinha havi-do mortes de portugueses emcombate, via reforçada a impor-tância estratégica das suas po-sições territoriais, mantivera asamizades com os seus tradi-cionais aliados e ganhara outras.

Desenvolvera alguns sec-tores industriais e alargara assuas exportações, fazendo faceàs solicitações dos interve-nientes da guerra, e os preçosdos seus produtos nos mercadosinternacionais subiram. No enta-nto, havia escassez de produtos,nalguns segmentos de mercado,e os preços subiam internamentesem igual contrapartida dossalários, continuando o Governoa prosseguir numa linha de actua-ção política anti-inflacionista.Sentiam-se dificuldades econó-micas e problemas sociais. Por-tugal dispunha de reservas deouro e divisas muito amplas.Mas a crise mundial não permi-tia a sua utilização significativa.

No campo político internovivia-se alguma agitação. Ossobreviventes da democraciaparlamentar da 1ª República, osmonárquicos e alguns republi-canos e católicos defendiam ainstauração de uma democraciado tipo anglo-saxónico.

Os grupos de extrema es-querda, os comunistas e os so-cialistas, que tinham ficadomomentaneamente desorienta-dos com a colaboração nazi-soviética do início da 2.ª grandeguerra, viam num eventualapoio, a prestar pela União So-viética, um caminho para atomada do poder em Portugal.

A colaboração NAZI-COMUNISTA ficou assinaladapelo Pacto Ribentropp-Molotov– Pacto entre os Nazis e osComunistas.- Por este Pacto aURSS de Estaline ficaria commetade da Polónia e com a Bes-sarábia e a Alemanha de Hitlerficaria com a outra metade daPolónia, além de se comprome-terem em não se agrediremmutuamente, o que foi quebradopela Alemanha de Hitler.

Vários grupos tomam posi-ções tais como a União Patrió-tica e Democrática Portuguesapresidida pelo Dr. José Domin-gues dos Santos de que erammembros, entre outros, o Dr.Emídio Guerreiro, Israel Anahory– movimento que chega a apelarpara o Primeiro Ministro Inglês,Clement Attlee, para os ajudar aderrubar o regime e pedindo-lheque os recebesse. Esta diligên-

cia, no entanto, não teve qual-quer acolhimento por parte dogoverno britânico.

Um outro movimento – oConselho Nacional da UnidadeAnti-Fascista tenta também en-trar em contacto com o governobritânico, através de AntónioSérgio, que escreveu ao embaix-ador britânico em Lisboa umacarta a pedir que o Reino Unidointerviesse junto das ForçasArmadas portuguesas, para derru-bar o regime. O Foreign Officearquivou a carta sem qualquercomentário.

O Grande Oriente LusitanoUnido escreveu ao PresidenteHarry Truman, dos EUA, a quei-xar-se do regime. Outros movi-mentos, mais ou menos nume-rosos, fizeram diligências juntode governos estrangeiros paraque estes os ajudassem a der-rubar o regime político vigentedesde 1926. Não obtiveram qual-quer sucesso ou apoio por partede Washington e Londres.

Estes Governos não queri-am que se instalasse, na EuropaOcidental, um foco de instabili-dade. A Inglaterra, através doseu Embaixador em Lisboa, SirOwen O’Malley, tinha já reco-nhecido oficial e publicamente opapel importante da colaboraçãoportuguesa durante a guerra.

Estaline, como era naturaldada a luta, política e ideológica,internacional da altura, deuapoio à esquerda portuguesa edeterminou que o governo por-tuguês passasse a ser atacado.As acusações produzidas iam nosentido de não haver liberdadede imprensa em Portugal, nemliberdade de reunião, nem liber-dade de organização de PartidosPolíticos.

Haviam sido marcadas pa-ra 21 de Outubro de 1945eleições locais e para 18 de No-vembro, do mesmo ano, elei-ções gerais. As oposições aoregime organizaram-se em tornode vários movimentos entre oquais ressaltava o MUD – Movi-mento de Unidade Democrá-tica que agrupava as principaisfiguras da oposição mas queacabaria por recomendar a abs-tenção. Do lado do Governo aUnião Nacional, partido apoi-ante do governo, onde se agru-pavam todas as figuras ligadasao regime, a esmagadora maior-ia da população civil a Igreja eas Forças Armadas.

Decorreram sem sobressaltosas eleições de 1945 e de 1949.Na eleição de 1949, para aPresidência da República, a opo-sição ao regime apresentou co-mo candidato o General Nortonde Matos, e o regime apresen-tou como candidato o MarechalOscar Fragoso Carmona.

O primeiro acabou por retirara sua candidatura quando perce-beu que os comunistas haviamtomado conta da estrutura de

campanha, da mesma. Em 1950estava quase restabelecida a situ-ação financeira, a moeda era fortee os preços mantinham-se está-veis.

Em 1958, a 8 de Junho, de-ram-se novas eleições para aPresidência da República em que,desta vez, concorreram pelaoposição o General HumbertoDelgado e pelo regime o Almi-rante Américo Tomás, tendoeste último sido eleito Presidente.

Foram eleições com um perí-odo pré-eleitoral turbulento, emque os oposicionistas conse-guiram movimentar grandesquantidades de pessoas.

Nos anos de 1960 a questãofoi diferente dado que o ultra-mar português foi alvo deataques, sobretudo a partir darealização da Conferência deBandung, onde se agruparam ospaíses denominados de NãoAlinhados, (dado que não queri-am depender de nenhum dos doisblocos, liderados pelos EUA eURSS, pelo menos no discurso)liderados pela Jugoslávia doMarechal Tito.

Os países participantes eramadeptos da autodeterminação detodos os povos e iriam consti-tuir-se como inimigos da visãoportuguesa sobre o tema.

Começava um período emque Portugal iria travar umaguerra em três províncias: An-gola, Moçambique e Guiné.

O primeiro episódio dessaguerra aconteceu em 4 de Feve-reiro de 1961 quando se deu oataque em Luanda ao quartel daPolícia, à Casa de ReclusãoMilitar e à Emissora Nacional.

A 13 de Abril o Presidente doConselho profere, através daRádio e da Televisão um discur-so em que como resposta aosacontecimentos de Luanda decla-ra que assumia a pasta da DefesaNacional para melhor coordenara acção subsequente de forma aabreviar as... “providências ne-cessárias para a defesa eficazda Província e a garantia davida, do trabalho e do sossegodas populações. Andar rapida-mente e em força é o objectivoque vai pôr à prova a nossacapacidade de decisão. Comoum só dia pode poupar sacrifí-cios e vidas é necessário nãodesperdiçar desse dia uma sóhora, para que Portugal façatodo o esforço que lhe é exigidoa fim de defender Angola e comela a integridade da Nação”.

Discurso posteriormente trun-cado por vários adversários eque, por isso, aqui se reproduzpara que a verdade seja reposta.

A 18 de Dezembro, do mes-mo ano, as forças da União In-diana invadem Goa, Damão eDiu e anexam essas provínciasao seu território.

A economia portuguesa,apesar da guerra seguia o seucaminho de crescimento sus-

tentado. A abertura da econo-mia e a capacidade do aparelhoprodutivo nacional iam robuste-cendo uma economia que estavaa sair a passo acelerado de umaestrutura tradicional.

2. A política externa por-tuguesa face aos cenários euro-peus do pós-guerra

No pós-guerra Portugal esta-va com o seu prestígio intacto. AInglaterra devia a Portugal cercade 80 milhões de libras, mas nãotinha condições, na altura, paraas pagar. No entanto os ingleses,correctamente, concordaram emobrigar-se, além dos juros, auma cláusula ouro, que actuali-zava a dívida em função do pre-ço do referido metal precioso.

Portugal pretendia recuperara soberania plena das bases dosAçores, o que conseguiu. Pre-tendia ser parte, como membrode pleno direito, das Organiza-ções Internacionais relevantes.O princípio afirmado e anuncia-do publicamente, pelo Presiden-te do Conselho, era o de quePortugal deveria colaborar leal-mente com os seus aliados, nolimite das suas possibilidades.Mas também era claramente ditoque Portugal deveria defen-der-se de quaisquer tentativasque pudessem afectar a suasoberania.

No domínio económico efinanceiro Portugal colaborou nafundação da OECE (Organiza-ção Europeia de CooperaçãoEconómica) e participou nosestudos e análises efectuadosonde foram examinadas as me-didas que deveriam ser tomadasde forma a ajudar a organizaçãoa ser mais eficaz. E foram, so-bretudo, os Drs. Caeiro da Mattae Castro Fernandes quem coor-denou, da parte portuguesa, ostrabalhos, comparecendo a todasas reuniões da organização.

Portanto, no plano económi-co-financeiro internacional Por-tugal, nos anos de 1940, 1950 e1960, seguindo as linhas traça-das, foi membro fundador daOECE, a que sucedeu em 1960a Organização de Cooperação ede Desenvolvimento Econó-micos (OCDE). Foi membro efundador das instituíções saídasda criação do denominado sis-tema de Bretton Woods - FundoMonetário Internacional (FMI),Banco Mundial e de todos osseus braços, agências ou depen-dências – Banco Internacionalpara a Reconstrução e Desen-volvimento (BIRD), – SociedadeFinanceira Internacional (SFI), eda EFTA, de que noutro artigo sefalará mais em profundidade.

Cabe aqui uma nota sobre oconjunto de medidas tomadas eque ficou conhecido como o sis-tema de Bretton Woods. Este énormalmente recordado por trêsquestões: (1) – Conversibilidadedas moedas face ao Dólar e des-ta face ao Ouro – ou seja vigorou

o padrão-ouro, (2) – Paridade dasmoedas – Estabilidade nas Taxasde Câmbio entre as principaismoedas; (3) – Equilíbrio dasBalanças de Pagamentos, comoforma de regularizar as trocas.

O sistema assentava em trêsorganizações: o Grupo BancoMundial, o Gatt e o FMI – quese propunham promover a coo-peração monetária internacional,facilitar a expansão do comérciointernacional, proporcionar umaestabilidade câmbial, criar umsistema multilateral de paga-mentos para as transações cor-rentes entre os seus Estadosmembros, e colocar fundos àdisposição dos mesmos paraeventuais medidas de correcçãodas respectivas balanças de pa-gamentos. Este sistema durou até1971, data em que os EUA anun-ciaram o fim da conversibilidadedo Dólar em Ouro.

De referir que nesta área oGoverno Português tomou adecisão de formar um grupo detrabalho denominado de Comis-são Técnica de CooperaçãoEconómica Externa, encarre-gue de estudar todas as formasde cooperação internacional emque Portugal pudesse estar inter-essado, e que produziu vasta einteressante documentação.

No plano político e militarPortugal foi membro fundadorda NATO e em 14 de Dezembrode 1955, após negociações entreos EUA e Inglaterra de um ladoe URSS do outro, foi admitidona ONU.

Ou seja – Portugal nestas trêsdécadas foi fundador da esmaga-dora maioria das OrganizaçõesInternacionais, de carácter inter-governamental, que surgiram nopós-guerra, sempre com o apoiodos EUA e da Inglaterra e sem aoposição de nenhum dos paísesdo bloco ocidental.

As organizações relevantesde que Portugal não fez parteforam o Conselho da Europa,por Portugal não possuir um re-gime democrático e as Comuni-dades Originais, CECA, CEE eEURATOM, por opção própria,a que Portugal só viria a aderirem 1986.

No entanto, logo em Maio de1962 o Embaixador Dr. Luís deGóis Figueira recebeu a incum-bência de abrir uma Missão jun-to das Comunidades Europeias,em Bruxelas. O 1.º Embaixadornomeado para essa Representa-ção, foi o Dr. Calvet de Maga-lhães, que acumulou o cargocom o de Representante de Por-tugal junto da OCDE.

Em próximos artigos tra-tarei dos detalhes da nossaparticipação na OCDE e naEFTA e das negociações com aCEE, divulgando detalhes atéagora desconhecidos dos por-tugueses.

____

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200620

Os problemas resolvidos (parte 5ª)

Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

Os Mitos divulgados e as Realidades dos factos

Inserção de Portugal no Mundo – A Situação Política e a Actuação Diplomáticade Portugal do Pós-Guerra face aos desenvolvimentos europeus

* Gestor e Mestre em EstudosEuropeus pela Univ. Católica

Nota: No Número anterior, iniciámos nesta rúbrica “Os problemas resolvidos” que por lapso publicámos como “não resolvidos”

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 21

Foi a estreia da Associaçãono contacto com o público emgeral, mas promete ser apenasum “estágio” para outras ac-ções, nomeadamente de âmbi-to nacional. “A vinda à Fersantmarca o arranque da nossaAssociação em termos de comu-nicação com o exterior. Porquêa Fersant? Porque estamos naregião de Santarém, e aquisurge a Associação. Além deque, com esta presença esta-mos como que a preparar-nospara voos mais altos quepoderão passar pela presençaem feiras da especialidade decarácter nacional”, afirma aDirecção.

A originalidade e bom gos-to do espaço, que significouum elevado investimento porparte da Associação e perante o

qual muito poucos são os quelhe ficaram indiferentes, tevetambém por objectivo desmistificar alguma confusão emtorno do conceito de Turismoem Espaço Rural. “O nossostand permite-nos, por umlado, comunicar quem somos,mas sobretudo o ambiente queoferecemos e a qualidade queexigimos. Queremos desmisti-ficar aquela ideia que algumaspessoas continuam a ter do tu-rismo em espaço rural, comosendo o turismo do mau cheiro

e das casas equipadas e deco-radas com restos de mobílias ecoisas velhas”.

Contra qualquer tipo deelitismo, as Casas do Ribatejoabrem as portas ao público emgeral, até porque acreditam quea procura de espaços de turis-mo rural é crescente. Aindaassim, explicam a especifici-dade da sua actividade. “OTurismo em Espaço Rural des-tina-se a todo o tipo de pes-soas, desde que compreendam afilosofia que lhe está inerente. Éuma actividade que consiste no

repartir da vivência do campocom quem não tem acesso todosos dias a essa vivência, mas sa-be o que ela representa e quaissão os limites”.

No que diz respeito à vidada associação, com pouco maisde um ano de existência, a

Direcção afirma que entra ago-ra numa nova fase. “Esta pre-sença na Fersant marca não sóo arranque da comunicaçãocom o exterior, mas da suaprópria organização interior.Em breve vamos ter maisalgum apoio interno e admin-istrativo para que consigamosefectivamente levar a caboaquilo a que nos tínhamos pro-posto: divulgar e levar o espí-rito da Associação, quer a ou-tras unidades de Turismo emEspaço Rural do distrito, quera organismos públicos e par-

ceiros que estejam interessa-dos em colaborar connosco nodesenvolvimento deste sectorna região de Santarém”.

Uma cooperação que temem vista levar o nome Casasdo Ribatejo mais longe e dessaforma aumentar a taxa de ocu-

pação das unidades envolvi-das. “Nós não somos concor-rentes uns dos outros. Cadacasa é um caso: tem as suasparticularidades, tem os seusaliciantes. No entanto, se nosunirmos no sentido de ganhar-

mos escala e promovermos deforma mais consistente o Tu-rismo em Espaço Rural, como setrata de unidades de dimensãomuito reduzida, facilmente seconsegue encher as que têm umataxa de ocupação menor. Todosganhamos!”.

Conheça as Casas doRibatejo

Neste momento são 23unidades de turismo em espaçorural que fazem parte da Asso-ciação Casario Ribatejano. Sepretender saber mais sobre aAssociação e as suas Casas,consulte o site do Casario Riba-tejano, de onde retirámos asfotos. www.casarioribatejano.com

_____Ana Leão – Nersant

Fazem a sua apresentaçãoO nome Casas do Ribatejo já paira no ar. A Associação Casario Ribatejano, que reúne 23 unidades de Turismo em EspaçoRural do distrito de Santarém, arrancou, no passado fim-de-semana, com a concretização do seu plano de comunicação.A sua primeira aparição pública acontece com a realização da Fersant, onde a Associação recreou um espaço acolhedor,representativo da qualidade, da excelência e da arte de bem receber que caracterizam as Casas do Ribatejo.

As Casas do RibatejoO Casal (Fátima)

Casa da Avó Genoveva (Tomar)Casa da Azinhaga (Azinhaga)

Casa das Hortênsias (Chamusca)Casa do Patriarca

(Vila Nova da Barquinha)Casa dos Arrábidos

(Torres Novas)Casa dos Vargos (Vila do Paço)

Casa do Troviscal (Tomar)Casa WladiVal

(Ferreira do Zêzere)Hotel Rural de Cadouços

(Abrantes)Hotel Rural de Santarém

(Santarém)Monte-Velho (Abrantes)

Quinta da Alcaidaria-Mór(Ourém)

Quinta da Anunciada Velha(Tomar)

Quinta da Cabrita (Santarém)Quinta da Torre (Alpiarça)

Quinta das Freiras (Sardoal)Quinta de Arecês (Sardoal)

Quinta de Coalhos (Abrantes)Quinta de S. José dos Montes

(Tomar)Quinta do Casalinho (Almeirim)

Quinta do Valle (Tomar)Solar de Alvega (Abrantes)

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200622

Vários autores se têm debru-çado sobre estes temas e sua de-finição. Relembram-se aquiapenas algumas dessas tentati-vas de definição:

Theodore Herman(1) publi-cou em 1954 na «GeographicalRewiew» a afirmação de quegeografia política é o estudo daorganização e da expressão dopoder político na superfície daterra;

Já no que diz respeito a umadefinição de geopolítica Kjellenrefere que é a ciência do Estadocomo organismo geográfico ecomo soberania, contrapondoHaushoffer(2) que é a ciênciaque trata da dependência dosfactos políticos em relação aosolo. Apoia-se na geografia, eem especial na geografia políti-ca, doutrina da estruturação espa-cial dos organismos políticos.

Aspira a proporcionar as ar-mas para acção e os princípiosque sirvam de guia na vida polí-tica. A geopolítica, diz, é a basede actuação política na luta, devida ou de morte, dos organis-mos estatais pelo espaço vital.

Raymond Aron(3), por outrolado, diz a propósito que o geo-político vê no meio geográfico oterreno do jogo diplomático emilitar. O meio, acrescenta, sim-plifica-se num quadro abstracto,as populações transformam-seem actores, aparecem e desapa-recem sobre a cena do mundo(..)

Mais adiante, na sua obra, re-fere que as linhas de expansão,como as ameaças à Segurança,são desenhadas antecipadamen-te sobre a Carta do Globo.

Diz ainda que a Geopolíticacombina uma esquematizaçãogeográfica das relações diplo-mático-estratégicas com umaanálise geográfico-económicados recursos, com uma interpre-tação das atitudes diplomáticasem função do modo de vida e domeio (sedentários, nómadas,terrestres, marítimos).

Já o criador da GeografiaPolítica Frederico Ratzel (umdeterminista, tendencialmenteorganicista) teorizou sobre osespaços e sobre as leis do cres-cimento territorial dos estados.

Ratzel foi o primeiro a ela-borar uma teoria geral tentandoexplicar a cultura social e políticaem função do meio físico, e de-

monstrar que o Espaço é Poder.Vejamos, então, o que, em

síntese o enunciado da sua teo-ria dos espaços (4):

1 – O espaço é um factor pri-mordial na grandeza dos Esta-dos;

2 – Um largo espaço assegu-ra a vida nos Estados por seruma força e não um mero veícu-lo de forças políticas;

3 – Um grande territórioincita à expansão e ao crescimen-to do seu povo e actua comoforça que imprime nova vida aosentimento de nacionalidade;

4 – Em todos os tempos sófoi poder mundial o que se fezrepresentar em vastos espaços e,especialmente pela sua força,em todos os pontos e momentoscríticos.

Passando, para já, por cima,(por não ser objecto deste tra-balho), das teorias que se con-trapuseram a Ratzel, nomea-damente a do geógrafo francêsVidal La Blanche, e buscandoa síntese entre estas duas elabo-rada pelo Professor Universi-tário sueco Rudolf Kjellen,diriao seguinte:

As características estabele-cidas por Ratzel referem-se so-bretudo a um tempo em que asNações buscavam, a anexaçãoplena de mais espaço, que sig-nificava mais recursos e maispoder. Hoje isso, não estandoultrapassado, está um poucoesbatido, ou melhor, hoje já nãoé tão necessário ocupar paradominar.

Mas, mesmo assim, e no queinteressa ao caso de Portugal,vejamos o seu grau de aplicabi-lidade na história mais recentedo País.

Partamos então destes prin-cípios.

1 – O espaço é um factor pri-mordial na grandeza dos Esta-dos;

no caso português e no querespeita à sua grandeza territori-al poderemos distinguir três mo-mentos:

a) da fundação à solidifica-ção das fronteiras europeias, (deD. Afonso Henriques a D. João I);

b) do início das descobertas,e consequente conquista de ter-ritórios que vieram acrescentardimensão a Portugal, até ao pro-cesso de descolonização, (de

D.João I a Novembro de 1975);c) a partir do regresso ao es-

paço continental e insular (esteúltimo o sobrevivente das desco-bertas, conquistas e ocupaçãoterritorial geradas pelos desco-brimentos) - (desde 1975 ao pre-sente);

Assim Portugal foi sucessi-vamente, em termos de espaço:

1) um pequeno Estado, domundo eurocêntrico,

2) um grande Estado pluri-continental, chegando no Séc.XVI a ser a Potência dominantedo Sistema Internacional,

3) acabando no último quar-tel do séc. XX por ser:

a) na dimensão europeia: ummédio Estado

b) na dimensão internacio-nal: um pequeno Estado.

2 – Um largo espaço assegu-ra a vida nos Estados por seruma força e não um mero veícu-lo de forças políticas;

sobre este pilar de Ratzel po-deríamos dizer que, Portugal, en-quanto foi um Estado de grandedimensão pluricontinental, nemsempre aproveitou na sua pleni-tude este facto por falta dedimensão dos recursos humanosdo país, necessários a uma efi-caz ocupação dos territóriosconquistados; e, também, poste-riormente por falta de visão dossucessivos ocupantes do poderpolítico.

Neste último caso poderiafocar como medida deficiente,(dos governantes do final doséc. XIX e da primeira metadedo séc. XX) o incentivo da emi-gração para o Brasil, quando oterritório já não era nosso, e paraa Europa, ao invés de se criaremcondições de ocupação efectivada pluricontinentalidade territo-rial portuguesa remanescente.Quando foi dada atenção a estaquestão (anos 1960) já foi tarde.

3 – Um grande territórioincita à expansão e ao cresci-mento do seu povo e actua comoforça que imprime nova vida aosentimento de nacionalidade;

deste enunciado ficou, emalguns territórios, o último fac-tor: o sentimento de nacionali-dade expresso por factores nãoformais que todos conhecem epelos factores formais mais im-portantes: o passado comum ge-

rado por séculos de convivência,a língua, a cultura e o humanis-mo das relações interpessoaisque caracterizam os portugueses.

4 – Em todos os tempos sófoi poder mundial o que se fezrepresentar em vastos espaçose, especialmente pela sua força,em todos os pontos e momentoscríticos.

Portugal no séc. XV foi, cla-ramente a potência dominantepois tinha as capacidades descri-tas(5). Manteve-se como umaclara e importante potência in-ternacional, do ponto de vistapolítico, até meados do séc. XX,dada a sua dimensão territorial eo espaço económico daí resul-tante.

Segundo George Modelsky(6)através dos séculos as PotênciasDominantes foram: Século XVI– Portugal; Século XVII –Holanda; Século XVIII e XIX –Grã-Bretanha; Século XX – Esta-dos Unidos da América

Portanto, Portugal em diver-sos épocas (TEMPOS), teveuma configuração (ESPAÇO) eum poder internacional distintosentre si, que foi decisivo para osdiferentes estádios de riqueza ebem estar das suas populações edos territórios que ocupou.

A sua projecção geográfica,e política, possibilitou uma pro-jecção de Poder, em diferentesníveis de intensidade, no sistemainternacional; sendo em diver-sos tempos: – um pequeno Esta-do, – uma potência dominante,– uma grande potência e nova-mente – um pequeno, ou médioEstado, isso não obstou a essaprojecção no Mundo.

Em todas estas configuraçõeshouve um elemento fundamen-tal: a importância dada aos Ocea-nos, ao Mar, pelos sucessivos

ocupantes do Poder (HOMENS)em Portugal. Foi a sua força, oseu mecanismo de afirmação,até meados do século XX.

Vejamos então se o Mar é ounão importante na afirmação dopoder de um Estado.

Têm os Estados Ribeirinhosmais poder que os Estados Con-tinentais, ou alheados da sua con-dição marítima?

Deixemos de lado a históriamais antiga. ____

Miguel Mattos ChavesGestor e Mestre

em Estudos Europeus

___________________________________

BIBLIOGRAFIAconsultada e/ou utilizada neste trabalho:

A mesma do anterior

(1) Citado na obra de Almeida,Políbio Valente de - Do Poder doPequeno Estado – ed. Instituto deRelações Internacionais – Lisboa

(2) CF. Lopes, Ernâni – policopiadoda cadeira, do mestrado em estu-dos europeus, de Geopolítica eProspectiva da Europa Un.Católica – Lisboa 2002 -Carvalho, Virgílio – EstratégiaGlobal – Instituto S. C. S. EPolíticas – Lisboa - 1986;Moreira, Adriano – CiênciaPolítica; Couto, Abel Cabral –apontamentos – CDN2003 – I.Defesa Nacional

(3) Aron, Raymond – Paix et Guerreentre les Nations – ed. Calmann-Lévy – Paris – reedição 1975 - pp188/189 et 196/197

(4) Neto, João Pereira – GeopolíticaTropical - ed. Ass Académica,1965 onde cita a obra de Ratzel“Uber di Gesstre der RaumlichenWachstums der Ststen”. Seguiu-sea tradução do Prof. Pereira Neto,CF também Martins, FrançoisOp.Cit

(5) Modelsky, George – Long Ciclesin World Politics – ed. MacmillanPress – 1987

(6) Idem

O MAR e PORTUGAL (parte II)

A questão do Mar na Geoestratégia de Portugal

Enunciados de Geografia Política, Geopolítica, Geoestratégia

Teorias do Poder Marítimo. Aplicação ao Caso Português

Caravela Latina 1480

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 23

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O aliciamento ao consumode estupefacientes e os roubosde telemóveis são as queixasfrequentes apresentadas pelosestudantes do sul do distrito deSantarém nos postos da GNR.O estudo foi apresentado peloTenente Botas, no Colóquio“Uma Escola Mais Segura”,organizado pela Escola Profis-sional de Salvaterra de Magos(EPSM).

O Comandante da GNR doDestacamento de Coruche,acompanhado pelo comandan-te da GNR de Salvaterra deMagos e pelos dois militaresda Escola Segura, passou aúltima sexta-feira, dia 26 deOutubro, a falar de policia-mento de proximidade. Da par-te da manhã, esteve na EscolaProfissional de Coruche (EPC)e da parte da tarde na EPSM.

Ao longo do Colóquio/De-bate, o oficial da Guarda Na-cional Republicana lembrouaos jovens estudantes que elesestão ainda numa fase das suasvidas muito vulnerável a práti-cas ilícitas. “É preciso saberescolher as companhias, edizer não aos amigos de oca-sião que nos tentam levar paramaus caminhos”, referiu.

Sobre o consumo de dro-gas, o Tenente Botas lembrouque o tráfico está cada vezmais banalizado e que está achegar a todo o lado. Relativa-mente ao consumo de bebidas

alcoólicas, referiu que nin-guém pode negar que se tratade um acto social, por isso, háque beber moderadamente.“Nas vossas idades, o álcoolpode provocar danos irreversí-veis”, disse. A mesma opiniãoteve o comandante da GNR de

Salvaterra de Magos. Sobre asua área de intervenção, o Sar-gento Moura lembrou tambémque o roubo de dinheiro émuito frequente nos jovens emidade escolar.

Seguiram-se alguns conse-

lhos sobre os procedimentos ater nos trajectos casa-escola-casa. O oficial da GNR acon-selhou os estudantes a nuncaandarem sozinhos em sítiosermos, a demonstrarem auto-confiança e a evitarem a exi-bição de objectos valiosos.

No entanto, caso sejam víti-mas de alguma agressão ouroubo, o procedimento a terserá sempre gritar por ajuda ede seguida apresentar queixaàs autoridades locais.

Mário Gonçalves

Está patente ao público, até5 de Novembro, no salão daCaixa Agrícola de Coruche,uma exposição de Pintura e

Arte Floral de Carlos Campose Helena Tadeia. A exposiçãopode ser visitada das 15 às 19horas.

Após quatro assembleias, oGrupo Columbófilo Vontadede Coruche, conseguiu elegeros órgãos sociais para os próxi-mos dois anos. Henrique Ro-drigues é o novo presidente dacolectividade e pretende uniros sócios em torno do clube.

Outra das apostas do novopresidente é encontrar umasolução para resolver de vez, oespaço da sede social, e, a reso-

lução dos arruamentos junto àsede. Em termos desportivos ede competição, tem comoobjectivo manter o clube comoo número um no distrito, ape-sar das dificuldades na colum-bofilia.

Henrique Rodrigues, sentedificuldades por falta de apoi-os, mas está consciente, queeles irão chegar, para manter oClube de portas abertas.

Colóquio na Escola Profissional de Salvaterra de Magos, com a presença do Comandante da GNR do Coruche

GNR alerta para “perigosde aliciamento”

É urgente dar corà vida – Exposição

Grupo Columbófilo Vontadeelege Henrique Rodrigues

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Bombeiros Municipais de Corucheassinalaram o 78º aniversário

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200624

No dia 5 de Outubro, osBombeiros Municipais de Coru-che, assinalaram o 78.º aniver-sário e realizaram a cerimóniano Parque do Sorraia. Foramdistinguidos alguns bombeiroscom a imposição de medalhas,destaque para a homenagem aoex-segundo comandante da Cor-poração, Manuel Maria Rodri-gues, agora aposentado e quededicou a sua vida aos Bom-beiros, de resto, condecorado

com a medalha da Vila.Durante a cerimónia, o co-

mandante Rafael Rodrigues(na foto acima), adiantou que“os 78 anos de existência dosbombeiros saem profundamentedignificados. O corpo de bom-beiros é constituído por homense mulheres, profissionais e vol-untários, e, têm sabido respon-der dentro das medidas das suascapacidades, aos desafios, emque todos os dias são obrigados

a defrontar. Espero um dia quetenhamos um novo quartel.Todos fazemos o que está aonosso alcance, lutamos para terum novo quartel, e penso queesse objectivo irá ser concre-tizado. Como Comandante, te-nho recebido algumas ofensasexteriores, mas ensinaram-meque as lideranças devem sercredíveis, para que possamosser fortes”, salientou.

Para Dionísio Mendes, presi-

dente da Câmara, “torna-se re-petitivo, mas a construção donovo quartel tem de ser umaprioridade. São precisas novasinstalações para os bombeiros.Em termos de meios humanos emateriais, os bombeiros estãobem, mas falta de facto o equi-pamento que é o quartel, paraque a Corporação possa estar aonível das melhores do Distrito edo País”, adiantou o autarca.

João Carlos louro

Bombeiros Municipais de Corucheassinalaram o 78º aniversário

A Fisgada – Notícias dos Escuteiros de Coruche – CNE 119

A sempre activa Alcateia 4Nossa Senhora do Castelo, rece-beu novos aspirantes a lobito,conforme a foto acima, fizerama travessia da ponte Himalaias ejuntaram-se aos seus irmãoslobitos: a Carolina Isabel Ca-becinhas Vale Santos, a DanielaSofia Barroso dos Reis, o DavidPedroso Pereira, o FranciscoMiguel de Oliveira Cecílio, OFrancisco Potier Dias de S.Meireles, o José Francisco Lu-cas, a Laura Marques Domingos

Baião Cebola, a MariaLeonor Silva Simões,a Madalena MarquesCoelho, a Maria InêsDomingos Mendanha,o Paulo Manuel Pe-reira S. Rebotim, o Pe-dro Miguel Matias Fer-reira Novais, o PedroMiguel Sousa Nunes e aVerónica Maria PeseiroLeitão.

GrupoExplorador

O Grupo 4 S. JoãoBatista, a mais nume-

rosa Secção do Agrupamento119 – Coruche, foi aumentadacom os seguintes “exploradoresnoviços”: Bruno Leitão Grifo,Daniela Claro Patrício, GonçaloMachado Ferreira, Inês MoraisSão Marcos, Inês Serafim deMoura, Joana Ferreira, JoséFerreira Pinto Pereira, MargaridaRodrigues Oliveira, MargaridaMatias F. Carapinha, MariaClara Coutinho, Miguel ClaroCoelho, Miguel António SantosPalma.

O novo ano escutistaestá aí…

Novos horizontes serão ras-gados e novas metas estabeleci-das. Da análise crítica do passa-do e do reconhecimento doserros, outras formas e planifica-ções levarão os escutas à aven-tura da natureza e ao recolhi-mento da oração.

Com a participação no

ACNAC-FNA de um elementodeste Núcleo e a organização daProcissão em Honra de NossaSenhora do Castelo, durante asfestas de Agosto, terminou umano escutista em cheio.

Vai ser o ano do Nacional ouseja o ano do Centenário da fun-dação do ESCUTISMO 2007promete pois algo grandioso...

No Agrupamento 119, a aber-

tura, constitui sempre o iníciodas actividades e também a re-modelação e organização dasSecções. A mudança de secção éum marco na vida escutista decada elemento e deve ter emconta, além da idade regulamen-tar a prestação do elemento noano anterior.

Na minha opinião o Bando,Patrulha ou Equipa só muda de

Fraternidade de D. Nuno Álvares • Lobitos • Novos aspirantes

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secção se demonstrou o máxi-mo de capacidade em acampa-mento regional ou outra activi-dade na qual foi potenciada todaa qualidade do escutismo quelhe de foi administrado e tendo asatisfação de ser dos melhoresentre os primeiros da sua secção(a anterior) para que, comonovatos na nova secção, tenhamtodo o tempo necessário paraaprenderem e levarem à práticao sistema de progresso da suaactual Secção.

Por alguma razão as palavrasforam pronunciadas para a reali-zação do Acampamento do Cen-tenário ou seja o XXI Acampa-mento Nacional em Idanha-a--nova, vai proporcionar a todosos elementos do Agrupamento119-Coruche a oportunidade dasua vida. PARTICIPAR NUM

ACAMPAMENTO NACIONAL.Só se realizam de 4 em 4

anos, e, não é vulgar participarem todos, pois nem sempre seconjugam os factores necessá-rios, ou seja, um ano escolaróptimo, estar na Secção Escu-tista indicada, ter os responsá-veis disponíveis e interessadostambém na sua participação,provisão financeiras para o efei-to e ainda uma UNIDADE, comdesejo de levar a sua “selecção”ao ACNAC.

OmniaO dia 14 de Outubro nasceu

com alguma neblina matinal,mas com o decorrer do tempotransformou-se num dia cheiode sol e cor. Na quinta de Omniao Sol foi amenizado pelas folhasdos sobreiros, a cor pela junção

de todas as secções do Agrupa-mento 119 CNE de Coruche.

O programa constava de:Concentração, formatura geraldo 119. boas vindas e aberturaoficial do ano escutista, admis-são de novos elementos naAlcateia e Grupo de Pioneiros epassagem de secções.

A cerimónia de passagem deSECÇÕES teve lugar no actosimbólico de atravessar umaponte Himalaias, quer entrandonuma secção, quer passando pa-ra outra, aguardados pelos ele-mentos da secção da qual pas-saram a pertencer…

Da QUARTA caminheiros,também o Tiago Ferreira, atra-vessou, deixou os Y e foi em co-missão de serviço para a IIªExploradores. Dos Pioneirospassaram para o Clã; o Alexan-dre Ferreira, a Ana Pereira, aCarla Simões, o Carlos Teles, oFrancisco Perry, o Tiago Mar-tins e o Tiago Lamas.

Do Grupo de Exploradorespassaram a “pioneiros noviços”a Catarina Ramalho, a CatarinaCarvalho, Filipe Parreira, o Hu-go Pereira, a Joana Ferreira, oJoão Canhão, o João Alves deSousa e Silva, o João Ferreira, oJosé Diogo Ferreira, o José San-tana, a Liliana Piegas, a MartaVeloso, o Nuno Diniz o PedroRaposo, a Rita Pinto e a SaraJúlio, juntando juntando-se aosLENÇOS DA COR DO MAR.

CNE - Moreira da Silva

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 25

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200626

Encontrando-se neste momento para aprovação na especialidade, na Assembleia da República, a proposta de leidas finanças locais que se propõe reformular o sistema de financiamento, autonomia e atribuições das autarquias, aAssembleia Municipal de Coruche em sessão extraordinária de 27 de Outubro de 2006, deliberou, por maioria:

1. Insistir na necessidade imperiosa de serem respeitados os princípios constitucionais vigentes relativamente àautonomia do poder local e ao regime de distribuição de recursos públicos, a saber:a) Proibição de toda e qualquer forma de tutela que exceda as previstas na Constituição da República –

inspectiva e de controle da legalidade, esta exercida, em última instância, pelos tribunais (em democraciae quanto a órgãos eleitos, a tutela de mérito cabe, em exclusivo aos cidadãos);

b) Respeito pela dignidade constitucional da lei das finanças locais enquanto forma privilegiada de fixar eregular a repartição dos recursos públicos entre o Estado e as autarquias, promovendo a solidariedade e acoesão territorial.

2. Defender que se inverta a rota que vem sendo seguida, no sentido do sub-financiamento e do estrangulamentofinanceiro das autarquias, percorrendo-se antes o caminho inverso, rumo à aproximação do nível de descen-tralização dos recursos públicos (8% do total) da média (22%) dos países da OCDE.

Mais deliberou;

1. Manifestar a sua mais profunda indignação pelas variadas formas de tutela que o Governo incluiu na sua pro-posta de lei;

2. Repudiar a redução, pelo segundo ano consecutivo para os municípios e agora também para as freguesias, dovolume global dos recursos postos à sua disposição em montante pelo menos igual ao da inflação e lamentarque o Governo insista em apelidar de “neutra” uma medida deste tipo; Condenar a introdução de critérios eprincípios – como o do financiamento através de uma parcela do IRS cobrado no território – que (e para alémde outros), apenas sirvam para enriquecer as mais ricas e empobrecer as mais pobres das autarquias locais(municípios e freguesias), diminuindo fortemente os laços de solidariedade e os seus efeitos na coesão terri-torial e tornando insustentáveis mais de um terço dos municípios e muitas centenas de freguesias;

3. Denunciar o expediente dilatório que consiste em atirar para as calendas das próximas eleições (2009) osefeitos mais significativos das medidas draconianas propostas;

4. Rejeitar novas atribuições sem o necessário e adequado financiamento, nomeadamente a responsabilidadepelos centros de saúde, transporte de doentes, certas prestações sociais e outras que, encapotadamente e àmargem do instituto legal correspondente, a proposta de lei do Governo visa transferir sem contrapartidaspara as autarquias;

5. Condenar as tentativas de, com os mais variados pretextos, pôr autarquias contra autarquias e prejudicar asolução da questão central da injusta repartição dos recursos públicos entre o poder central e o poder local,ou seja, da extrema e injustificada centralização do Estado que a proposta de lei do Governo visa alargar ereforçar;

6. Apoiar e fazer suas as reivindicações da ANMP;7. Alertar a população do Concelho que a ser implementada esta nova lei das finanças locais, proposta pelo

Governo, isso traduzir-se-á numa redução dos meios financeiros postos à disposição das autarquias com pre-juízos directos para os munícipes, comprometendo a melhoria das suas condições de vida para além de serum factor indutor de alargamento da carga tributária (mais impostos) contribuindo assim para um maiorempobrecimento da população e do Concelho.

Deliberou por fim, apelar ao Senhor Presidente da República para que seja sensível ás justas e legitimaspreocupações dos autarcas e não permita que seja subvertida a lei das finanças locais suporte fundamental dodesenvolvimento do poder local, do País e da democracia.

Coruche, 27 de Outubro de 2006 A Presidente da Assembleia Municipal

Fernanda Maria Ferreira de Carvalho Pinto

PROPOSTA DE LEI DAS FINANÇAS LOCAISM O Ç Ã O

Os protocolos com as Jun-tas de Freguesia do Concelho,para a distribuição de fundos eatribuição de competências,foram aprovados na assem-bleia municipal, com os votosfavoráveis do PS e PSD e aabstenção da CDU.

Estes protocolos vão permi-tir a transferência de cerca de40 mil euros a cada freguesia,mais recursos para as fregue-sias que solicitaram serviços

de manutenção e conservaçãoda rede viária ou de outrosequipamentos

O edil de Coruche, DionísioMendes, considera que estaactuação por parte dos eleitosda CDU se deve “ao domíniodas consciências” que o par-tido exerce. Tanto mais quetodas as oito freguesias de Co-ruche votaram unanimementea favor dos protocolos assina-dos, onde quatro são da CDU.

Aprovados protocoloscom Freguesias

O PSD de Coruche tem no-va sede, situada na rua Direitan.º 20, e, onde a partir deagora, o novo espaço ofereceas condições necessárias aosmilitantes. Recorde-se que oPSD de Coruche, estava nos

últimos tempos sem sede, oque dificultava o encontro demilitantes.

Segundo Ricardo Santos,actual presidente da concelhia,“agora com uma nova sede eum novo espaço, que ainda

não foi inaugurado oficial-mente, temos como objectivotrazer mais militantes, sobretu-do jovens, e unir os militantesem torno do partido”, adiantouo presidente da concelhia doPSD de Coruche. JCL

PSD de Coruche tem nova sede

Nos passados dias 13 e 14de Outubro, na Catalunha, aComissão Instaladora da RedeEuropeia de Regiões Corticei-ras (RERC), passou a contarcom a Câmara Municipal deCoruche.

Neste encontro, participouDíonisio Mendes, Presidenteda CMC, tendo sido aprovadosos estatutos para a futura redeinternacional, que englobaráentidades dos principais paísesprodutores de cortiça, Portu-gal, Espanha, França e Itália.

Esta entidade visa ainda acooperação com países do Ma-greb, como Marrocos, Argéliae Tunísia.

Os novos corpos sociaisdeverão tomar posse em 2007,para um mandato de 3 anos.

As associações de produ-tores, ambientalistas, sindi-catos e associações profissio-nais, universidades e institui-ções ligadas ao sector corti-ceiro, poderão vir a integrar aRERC.

Coruche na RedeEuropeia das regiõesCorticeiras

A CMC encomendou umestudo à URBE, uma ONGpara a defesa do patrimóniourbano, com o intuito de perce-ber como tornar o centro his-tórico da vila de Coruche maisatractivo a habitantes, aocomércio e ao turismo.

A reabilitação dos edifícios,novos planos de iluminação,regular as fachadas comerciaise publicidade, a padronizaçãoda sinaléctica e informaçãopública, são algumas das reco-

mendações da URBE. Estadefende ainda que a criação decorredores pedonais, bolsas deestacionamento de fácil aces-so, eliminação do estaciona-mento ilegal, promovendo oestacionamento para residentese comércio, apoiando a suamodernização.

A URBE, recomenda o estí-mulo do comércio nas zonasantigas em horários diferencia-dos para atrair pessoas.

CMC quer revitalizarCentro Histórico

A água da “Fonte da Hortada Professora”, localizada per-to do edifício da Junta de Fre-guesia de São José da Lama-rosa, encontra-se imprópriapara consumo humano, con-forme análise feita a pedido da

Câmara Municipal de Coru-che.

Assim, a autarquia reco-menda a todos os munícipes,que para consumo humano,utilizem apenas água da redepública.

Lamarosa com águade fonte inquinada

Francisco Gaspar e Carlos Ceia - vogais do PSD na Assembleia Municipal - com Ricardo Santos

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 27

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O Governador Civil do Dis-trito de Santarém, Paulo Fon-seca, e o Secretário de EstadoAdjunto e da AdministraçãoLocal, Eduardo Cabrita, presi-diram no passado dia 25 deOutubro, à assinatura dos con-tratos-programa de Coopera-ção Técnica e Financeira adecorrer no distrito de Santarém.

– Assinatura do contrato-programa relativo ao projectoCircular Rodoviária Sul de

Alpiarça – Estrada de ligaçãodo Parque de Campismo à EM1370.

– Assinatura do contrato-programa relativo ao projectoReparação e Conservação doQuartel de Bombeiros Muni-cipais do Concelho do Sardoal

– Assinatura do contrato-programa relativo ao projectode Recuperação da Zona An-tiga e Alindamento das Zonasde Entrada.

– Contratos-programa –

Governo assina comconcelhos de Santarém

A Ordem dos advogados,através da sua delegação deSantarém, realizou no passadodia 13 de Outubro, uma cam-panha de advocacia preventi-va, através de consultas jurídi-cas gratuitas, que se realizaram

em cinco concelhos do distritode Santarém.

A saber Almeirim, Alpiar-ça, Cartaxo, Santarém, e emCoruche, na sala dos advoga-dos do Tribunal Judicial de Co-ruche.

Dia da consultajurídica gratuita

A Câmara Municipal deCoruche decidiu atribuir29.566,00 euros à JuventudeUnião Figueirense, em formade subsídio anual. A atribuiçãodesta verba justifica-se pelo

facto de o Figueirense ter qua-tro equipas a praticar desportofederado, nomeadamente nascategorias de Escolas, Infantis,Inatel e Seniores da I DivisãoDistrital.

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Senta-te aíLuis António Martins *

Um dia o poeta, virou-separa Lídia, a sua amada emquem ele nunca tocara, e disse-lhe para se sentar a seu lado aver o riacho. O poeta, diz-se,queria ficar para sempre aolhar aquelas águas pouco pro-fundas. Dizia que estava fartode sofrer.

Eram as paixões, o traba-lho, a própria existência, todaela sem sentido. Decidiu poristo, limitar-se a sentir com osolhos aquele riacho. Como setudo o que ele quisesse ser, aliestivesse representado naquelecorrer desenfreado, que nem osmuros dos homens detêm.

Chamavam-lhe palavrasfeias como “estoicista”, “epi-curista”, enfim nomes que out-ros poetas usavam para des-crever o estado lastimoso dassuas vidas. E ele, impávido esereno, olhava o riacho. Lídiadeu-lhe a mão. Ele não aceitou.Nunca mais falaram. Nuncamais sofreram. Nunca maisforam felizes. O riacho esse,continuou sempre a correr.

Olho, hoje, para o meu ria-

cho, tem pedras, ervas, má-quinas, mais parece uma poçade água suja. Mas ao contráriodo poeta não fico ali toda avida, até porque não seriacapaz de resistir tanto tempo aLídia. Vou olhando. E sei que acada olhar o horizonte com-põe-se. Mesmo que não secomponha, ou que se compo-nha aos poucos. Menos pedras,menos ervas.

Quantos de vocês vãoolhando, na esperança que onosso riacho volte aos seustempos límpidos? Todos, por-que é parte do nosso patri-mónio.

Ali lavou-se roupa, pesca--se, toma-se banho, regam-seos campos, passeia-se com ousem cão, Até nas nossashistórias aos amigos de longediz-se, como eu o fiz, “naminha terra há um rio, é lindo,hão-de ver”, eles respondemcom ar de espanto “a sério?”, eeu sorrio em pânico e penso,“espero que quando lá foremele já esteja (pronto)”.

São os votos de todos, eu

sei. Mas em tantas memórias,mesmo que ele fosse o maissujo do mundo, ia continuartão limpo, que nem a própriarealidade seria capaz de otornar num rio feio.

Um dia, se nos cansarmos,façamos como o poeta, leva-mos as nossas Lídias, e fica-mos ali a olhar para a vida queescorre, mas não em silêncio,pelo contrário, a gritar tão altoque alguém há-de apressar oprocesso de limpeza. Limpezada alma, digo. Que belo rio!

Ps: O poeta era um tal deFernando Pessoa, em carne eosso, e Ricardo Reis no papel.Tal como o Rio que foi, e o Rioque é. São o mesmo, masdiferentes. Vale-nos que o Rioserá, pelo menos é o que todosnós esperamos.

Os rios passam, mas oshomens não ficam, respeite-mo-lo nem que seja por ele teridade para ser nosso penta-avô.

____* Estudante de Filosofia

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Se há dias para se come-morar tudo e mais algumacoisa, também o nosso Serrade Aires tem o seu dia. Assimsempre, no inicio de Outubro,a Festa Acontece.

De facto a festa aconteceuno dia 1 de Outubro, maisuma vez, na hospitaleira Vilade Coruche, que diga-se, peloapoio e carinho que nos tem

presenteado “arrisca-se” a sernomeada a Capital do Serrade Aires.

O dia dedicado à raça,começou pelas 10 horas coma Assembleia Geral no mag-nífico auditório do MuseuMunicipal. Presidida pelo Sr.Eng.º Carlos Costa, impri-mindo como sempre rigor edisciplina, como convém

nestes assuntos mais buro-cráticos, não podia ter decor-rido da melhor forma, pro-vando a força, o respeito e odinamismo sempre crescentedeste Clube.

Mas o momento alto esta-va para chegar. De facto pelas15 horas, já no pátio dasinstalações do Museu Muni-cipal de Coruche se fazia sen-

XVII Exposição Monográficado Cão da Serra de Aires

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200628

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 29

tir o ambiente de festa. Oscães estavam a chegar, ospentes e escovas nas mãosdos donos, e, mais ou menosescovadela, estavam prepara-dos para a apreciação do juiz,Dr. José Cabral.

O Sr. Presidente da Câ-mara de Coruche, Dr. Dioní-sio Mendes, não deixou de irin-loco verificar se tudo esta-va a decorrer conforme o pre-tendido. Entre criadores e pro-prietários discutia-se quem é

que ia passar este ou aqueleexemplar, provando maisuma vez, que o ambiente deconvívio são e aberto éapanágio deste clube. Pelas16 horas os comissários,Eng.º Carlos Costa e Sr.ª D.ªPaula Carlota, fazem entrar oprimeiro exemplar da ClasseJúnior Macho, com o Atlasde Paio Pires no que obtém o1º Lugar.

O olhar atento quer dadelegada do CPCSA, Dr.ª AnaBaptista, ou mesmo do Dr.Rui Martins por parte do CPC,garantiam tranquilidade aosexpositores no cumprimentodos regulamentos.

Era a vez da classe Aberta– Machos, situação mais difí-cil para o juiz, dada a quali-dade dos exemplares. Depoisde uma análise criteriosaficaram em 1º CAC - QCNobre do Casal da Vinha,em 2º Alex D’Aires da Serrae em 3º Guloso do Vale doSorraia.

Ainda nos machos mas naClasse de Campeões merece-ram destaque em 1º CCCDom da Casa Costa, em 2ºMoscatel da Quinta D’Abro-eira e o Uno da QuintaD’Abroeira em 3º.

Obviamente que nãopodemos deixar de destacar aqualidade dos prémios, queros oferecidos pelo CPCSA

como dos nossos patrocina-dores com as rações Yamura.

Decorrendo a bom ritmo,isto é sem dar “tréguas” aquem tinha que passar maisdo que um cão, mas sempredentro do previsto é a vez dasfêmeas se mostrarem emringue e na Classe Júnior aBiva da Quinta D’Abroeiraem 1º a Tuna do Casal daVinha no 2º lugar e a Nozettedo Casal da Vinha em 3º.

A chamada para a ClasseAberta fez-se ouvir e nenhumexemplar inscrito faltou. Vol-ta após volta (e foram mui-tas), vem o veredicto finalcom a A do Tó da QuintaD’Abroeira em 1º CAC-QC,Bia do Vale da Vilariça em 2º

lugar e a Hortaliça do Valedo Sorraia em 3º lugar.

Já quase na recta final fal-tava a Classe Campeões – Fê-meas com uma grande senho-ra de seu nome Senhora daQuinta D’Abroeira em 1ºCCC, a Nora do Casal daVinha no 2º, a Piva dasQuinta D’Abroeira em 3º.

Tratando-se de uma festa,já se falava no que iria ser orepasto no respectivo jantarconvívio, mas tínhamos pelafrente o melhor par, o AlexD’Aires da Serra e a Ani-nhas D’Aires da Serra, oMelhor Criador com o 1º lu-gar para o Canil QuintaD’Abroeira e o 2º para oCanil Aires da Serra.

No decorrer desta Mono-gráfica, o juiz nunca descu-rou o lado pedagógico, querjustificando a sua classifica-ção como chamando atençãode um ou outro pormenor,assim acontecendo na atribui-ção do Prémio da Raça – BIS– 1º Senhora da QuintaD’Abroeira e em 2º Dom daCasa da Costa.

Para 2007 voltaremos,com mais iniciativas contan-do sempre, não só com oapoio do Município como donosso Secretário Geral CarlosPereira.

___António Baptista

Foi no passado dia 28 deOutubro, que o Museu Muni-cipal de Coruche, recebeu noseu auditório o 1º Encontro doSector Corticeiro. O painel deoradores foi de grande quali-dade, contado com os investi-gadores do Instituto Superiorde Agronomia, Prof.ª DoutoraHelena Pereira e Prof. DoutorJoão Santos Pereira, o Presi-dente da Associação de Pro-dutores Florestais de Coruche,Eng.º João Teles Branco e opresidente da APCOR, Dr.António Amorim.

Neste encontro, o destaquevai também para a apresenta-ção do novo projecto do Mu-

nicípio Coruchense – o Obser-vatório do Sobreiro e da Cor-tiça. Um projecto que preten-de, entre muitos outros objec-tivos, defender e incentivar acultura do sobreiro; apoiar pro-jectos de investigação destina-dos a aprofundar o conheci-mento dos problemas bem co-mo das virtudes dos sobreiros eao desenvolvimento e melho-ramento das utilizações indus-triais da cortiça; defender eproteger as manchas florestaissuberícolas; criação de um labo-ratório para apoio aos estudoscientíficos sobre o sobreiro e acortiça; a promoção de eventosrelacionados com a fileira dacortiça. Paralelamente ao obser-vatório do sobreiro e da cortiça,a autarquia de Coruche pre-tende, ainda, criar um centroeducativo ambiental e um par-que temático, onde as activi-dades a desenvolver giram emtorno do sobreiro e da cortiça.

Para o Presidente do Muni-cípio, Dionísio Simão Mendes,

“a região possui vantagenscompetitivas que se baseiamem factores de produção e deproximidade. Esta característi-ca intrínseca proporciona-nosalgumas vantagens concorren-ciais face a outras regiões, nãoapenas no plano das trocascomerciais mas, também, noplano da atracção e da reten-ção dos factores de produçãoque constituem a sua base eco-nómica”.

Por razões de natureza his-tórica e cultural, mas tambémpor referência às questões eco-nómicas, sociais e ambientaisque marcam a realidade dosnossos dias, a Câmara Muni-cipal de Coruche está profun-damente empenhada na defesae dinamização do sector corti-ceiro.

A sua importância no con-texto local da área deste mu-nicípio é sobejamente reconhe-cida, no entanto, pela dinâmicaeconómica e social que repre-senta no âmbito nacional e pela

sua relevância a nível interna-cional, é nosso entendimentoque este sector de actividademerece uma atenção cuidada eque é preciso intervir numaperspectiva de grande envol-vência de empresas e entidadese de grande abrangência naforma e nas áreas de acção.Nesta linha de orientação, estaautarquia entende ser plena-mente justificável a concretiza-ção efectiva de um objectivoestratégico: a criação em Co-ruche de um “Observatório doSobreiro e da Cortiça”.

De registar que o Concelhode Coruche possui cerca de50.900 hectares de montado desobro e a produção média anualde cortiça é aproximadamente8.400 toneladas. Na área datransformação, existem actual-mente três grandes indústriasque no conjunto produzemcerca de dois milhões de rolhaspor dia. “Os postos de traba-lho que estas indústrias cria-ram são um bem precioso para

a estrutura económica e socialdo Concelho. A fileira da cor-tiça proporciona ao Concelhode Coruche uma IdentidadeTerritorial bastante forte e im-portante”, afirma o Presidenteda Câmara

Dionísio Mendes lembraainda a mudança de cenáriosdos últimos anos “os investi-mentos recentes desvanecem acontradição que existia no Con-celho de Coruche. Era um dosConcelhos do País com a maiorárea de produção de cortiça eonde não existia uma única fá-brica para a sua transformação.Nos últimos dez anos cons-truíram-se três fábricas de cor-tiça e estão a surgir outras ini-ciativas que vão transformar oConcelho de Coruche numgrande centro produtor de ro-lhas de cortiça. Nos últimosquatro anos foram criados maisde 150 novos postos de trabalhono sector…”

____GI-CMC

Coruche, Capital Mundial da Cortiça– A Câmara Municipal de Coruche promoveuo 1.º Encontro do Sector Corticeiro

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200630

NOTÍCIAS DO DISTRITO

Nesta sessão, estiveram presentes os Presi-dentes do Grupo Lena e do Grupo Imocom,que juntamente com a Nersant, formam onúcleo duro da estrutura accionista que supor-ta o referido investimento; bem como osPresidentes das Câmaras Municipais onde sesituam as cinco áreas de localização empre-sarial em constituição: Rio Maior, TorresNovas, Santarém, Cartaxo e Ourém.

Os Parques de Negócios são espaços parainstalações de empresas que oferecem condi-ções qualificadas e de excelente qualidadepara o desenvolvimento de actividades empre-sariais de natureza industrial, logística, comer-cial e de serviços. Para além da instalação deempresas dos referidos sectores, os Parques deNegócios favorecem ainda a localização decentros de incubação de empresas, escolasprofissionais e/ou tecnológicas, centrosempresariais (com salas de formação, salas dereuniões, auditório, etc.) e ainda estruturascomplementares de acolhimento, como sejampostos de abastecimento, restauração, agên-cias bancárias, creches e unidades hoteleiras.

O investimento Parques de Negócios doVale do Tejo prevê, assim, a infra-estruturação,construção e gestão de cinco Áreas deLocalização Empresarial (ALE's), nos conce-lhos já referidos: Rio Maior, Torres Novas,Santarém, Ourém/Fátima e Cartaxo/Santarém,o que deverá alavancar um investimento naordem dos 556 milhões de euros (85,6 mi-lhões das Sociedades Gestoras e 470,4 mi-lhões das empresas a instalar) e criar cerca de7 mil postos de trabalho.

Neste momento, o projecto conta já com ascinco sociedades gestoras constituídas e uminvestimento efectuado na ordem dos 12 mi-lhões e 300 mil euros, na aquisição de terrenose em projectos e estudos diversos.

Aos três accionistas maioritários – Nersant,Grupo Lena e Grupo IMOCOM – juntam-se32 accionistas minoritários, na sua quasetotalidade empresas da região de Santarém.

____ Ana Leão – Nersant

Apresentado maior projecto de investimentoECONOMIA E DESENVOLVIMENTO

O “Parques de Negócios do Vale do Tejo” foi apresentado publicamente no dia 17 de Outubro,numa iniciativa de âmbito nacional, no Hotel Tivoli, em Lisboa.

PARQUES DE NEGÓCIOS DO VALE DO TEJOACCIONISTAS

Construtora do Lena sgps, S.AImocom – Parque de Negócios, S.ALena Engenaria e Construções, S.A

Nersant – Associação Empresarial da Região de SantarémMunicípio de Rio Maior

Eco Edifica – ambiente, infraestruras e construções,S.AConstruções Aquino & Rodrigues, S.A

Urbitorres – empreendimentos imobiliários,LdaMunicípio de Ourém

Município de Torres NovasIccl – ibérica construção civil, Lda

Municipio do CartaxoRibatel – equipamentos de telecomunicações, Lda

Soproi – sgps, Lda Manuel Nogueira Pinheiro

Município de SantarémLourogest – sociedade de gestão imobiliária, Lda

Agroribatejo, LdaRosas, Lda

Intertelha – industria de coberturas autoportantes, LdaRibapar – sociedade gestora participações sociais, S.A

Rações Progado, SAJoão Lopes da Silva

J.s.gouveia – metalomecânica LdaAbel Pinto Marques

Euromolding – madeiras LdaJ. Justino das Neves, S.A

Ramiro Neves VieiraVigobloco – pré-fabricados, S. A

Bindopor, LdaNoc – construções, Lda

João Sequeira Fróis FigueiredoM.c.s. – medicina, consultoria e serviços, Lda

Ana Cristina Lobato Pinto Fróis Figueiredo e SilvaAntónio dos Santos Almeida

A.c.r.mPrintmor – impressores Lda

Paulo José da Piedade Aguiar

As Sociedades Gestoras têm porobjecto a gestão e exploração dosParques de Negócios do Vale do

Tejo, visando:• Efectuar a instalação dos Parques;• Assegurar a construção e o funciona-

mento regular das infra-estruturas, dosserviços e das instalações comuns;

• Garantir a prestação dos serviçoscomuns às empresas instaladas;

• Desempenhar competências de licencia-mento na instalação de empresas;

• Fiscalizar a instalação e a actividadeexercida pelas empresas instaladas;

• Assegurar a gestão das concessões;• Venda e/ou aluguer de lotes e pavilhões.

CARACTERISTICASProjecto imobiliário, no qualse articula no mesmo espaço:

• Empresas• Centro de incubação de empresas• Escolas profissionais e/ou tecnológicas;• Serviços ás empresas• Escritórios• Centro empresarial: salas de formação;

salas de reuniões; auditório

Estruturas complementares deacolhimento dotadas de:

• Posto de abastecimento• Restauração• Agências bancárias• Creches• Hotel/Residencial

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 31

NOTÍCIAS DO DISTRITO

PPPPAARRQQUUEESSAARRQQUUEESS DDEEDDEE NNNNEEGGÓÓCCIIOOSSEEGGÓÓCCIIOOSS

DDOODDOO VVVVAALLEEAALLEE DDOODDOO TTTTEEJJOOEEJJOO

SSANTARÉMANTARÉM

Em parceria com cinco autarquias da região de Lisboa e Vale do TejoGrupo Lena, Grupo Imocom e Nersant investem mais de 500 milhões de

euros em Áreas de Localização Empresarial.O investimento total será superior a 556 milhões de euros, sendo 86 milhões oinvestimento de construção e infraestruturação dos parques e 470 milhões o inves-timento previsional dos pavilhões a construir pelas sociedades gestoras e pelasempresas a instalar. Os postos de trabalho a criar são 6.994.O arranque deste investimento tem estado condicionado por pequenas alteraçõesde PDM (cérceas; índices de construção; desafectação de parcelas pouco signifi-cativas de RAN e REN).

Área do Parque de Negócios 245.509 m2

Área para Venda 152.175 m2

Área de Construção 91.305 m2

CCARTAXOARTAXO Área do Parque de Negócios 852.779 m2

Área para Venda 519.461 m2

Área de Construção 311.677 m2

RRIOIO MMAIORAIOR Área do Parque de Negócios 650.000 m2

Área para Venda 422.404 m2

Área de Construção 253.442 m2

FFÁTIMAÁTIMA Área do Parque de Negócios 650.000 m2

Área para Venda 422.404 m2

Área de Construção 253.442 m2

TTORRESORRES NNOVASOVAS

Área do Parque de Negócios 345.319 m2

Área para Venda 172.418 m2

Área de Construção 103.487 m2

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200632

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De 29 de Setembro a 8de Outubro, Torres Novasrecebeu mais uma ediçãoda Fersant – Feira Em-presarial da Região deSantarém. O certame, quecompletou, assim, o seu17.º aniversário, fechoucom balanço positivo,confirmado pelos pró-prios expositores, quereafirmam de forma unâ-nime tratar-se de umevento de incontornávelimportância na região eque, quando bem apro-veitado pelas empresas,pode apoiá-las na pro-moção da sua imagem esobretudo na angariaçãode novos clientes.

Com três anos apenas,a Tecnoconforto decidiu,este ano, estrear-se naFersant. No último dia docertame, Luís Silva, res-ponsável pela empresacom actividade no sectorda comercialização de sis-temas de climatização esede em Torres Novas,assegura que valeu apena. “A Tecnoconfortoesteve na Fersant com aperspectiva de angariarum maior número de

clientes. Nessesentido, traçá-mos um objec-tivo antes dafeira que nospermite con-cluir, hoje, quevaleu a penaestar presen-tes. Ultrapas-sámos larga-

mente o número definido,pelo que saímos com von-tade de regressar”. Obom desempenho deve-seem grande parte, naopinião do jovem empre-sário, ao empenho quededicaram na preparaçãodo certame. “Tivemos apreocupação de preparara nossa vinda, trazendopromoções interessantes,o que despertou a atençãodo público”, refere.

Uma opinião partilha-da por Jorge Rosa, da em-presa Simerep com acti-vidade na comercializaçãode sistemas informáticos emobiliário de escritório.“Já é o terceiro ano emque participamos na Fer-sant e temos vindo a apos-tar cada vez mais na for-ma como estamos pre-sentes. Como consequên-cia, este ano, tivemos mai-or quantidade e quali-dade nos contactos reali-zados”, esclarece, acres-centando que a Simerepnão só ampliou a sua áreade exposição, como tam-bém optou por criar ambi-entes atractivos e trazeralguma animação prota-

gonizada por dois simpá-ticos palhaços.

Com apenas seis me-ses de existência, a em-presa “Now what?”, deAbrantes, saiu igualmentesatisfeita da XVII Fersant.“Foi uma excelente opor-tunidade para estabelecercontactos que espero quesejam frutuosos no futuro.Tive contactos realmentemuito interessantes. So-bretudo para uma empre-sa com seis meses de vidafoi fundamental a possi-bilidade de contactar einteragir com o público”,afirma António Alves Vi-eira, responsável pela em-presa de consultoria. Ape-sar da “Now What?” sermais uma das empresasestreantes na edição de2006, António Alves Viei-ra conhece bem o certa-me, dos tempos em quefoi director de fábrica daVictor Guedes, produtorados azeites “Gallo”, quena sua opinião continua aser de toda a pertinência.“A Fersant continua afazer sentido, não tenhodúvidas nenhumas. O es-paço está bem tratado, oserviço é bom, o certametem já uma longa tradi-ção e é conhecido e aNersant é uma entidadeconhecida e respeitadaem todo o território do Ri-batejo. Penso que as em-presas ganham em apos-tar neste evento”.

Ana Leão – Nersant

Expositores confirmamimportância da FERSANT

TORRES NOVASNOTÍCIAS DO DISTRITO

ALMEIRIM

CARTAXO

De 27 de Outubro a 2 de No-vembro, decorreu a ExpoCartaxo2006, bem como da Feira dosSantos, no Pavilhão Municipal deExposições do Cartaxo.

A ExpoCartaxo, sendo umaFeira Empresarial, constitui umaimportante mostra da actividade

empresarial da região, bem como oespaço ideal para realização devários seminários e debates.

A Feira dos Santos, por sua vez,é um certame centenário comgrande tradição na região, tendocomo ponto alto o dia 1 de No-vembro, Dia de Todos os Santos.

ExpoCartaxo 2006

Foi chegar e vencer.A equipa da Ordem

dos Engenheiros, em es-treia absoluta no GrandePrémio Empresarial deKarting, promovido pelaNersant, no passado dia 23de Setembro, teve o mel-hor desempenho ao correr379 voltas em seis horasde prova.

O segundo lugar dopódio do Kartódromo daQuinta da Conceição, emAlmeirim, foi ocupado

pela Construtora Abran-tina, habitualmente a gran-de vencedora desta inicia-tiva que conta já com oitoedições realizadas.

A Construtora termi-nou a prova com 375 vol-tas cumpridas, menos 4que a equipa vencedora. APegop, com 371 voltas,conquistou o terceiro lu-gar.

Também participaramno Grande Prémio Em-presarial de Karting Ner-

sant as seguintes empre-sas/entidades: Casa do Pes-soal da Sub-região deSaúde de Santarém; NJ;Fumassa; Ribatel; Gres-tejo; Escola Profissionalde Salvaterra de Magos;Evicar; Escala Virtual;Construções Aquino &Rodrigues; Mendes Gon-çalves & Filhos; e EscolaProfissional do Vale doTejo.

Ordem dos Engenheirosganha Grande Prémio de Karting

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 33

A Sociedade Parque Almou-rol está a levar a cabo um planode actividades que visam dar aconhecer as potencialidades e asmais-valias geradas pelo projec-to que, com o mesmo nome, sepropôs a revitalizar as margensribeirinhas do Tejo, na extensãoque vai de Constância a VilaNova da Barquinha, incluindotambém a margem sul do rio,inscrita no concelho da Cha-musca.

Foi nesse âmbito que decor-reu, no passado dia 30 deSetembro, uma actividade deorientação em canoa, num per-

curso de cerca de 8km, que per-mitiu aos participantes conheceralgumas das principais obras eintervenções no âmbito do pro-jecto Parque Almourol.

Com partida do Centro Náu-tico de Constância, a actividadeteve início com uma apresen-tação geral do projecto, seguida,já na rampa de acesso ao rio, dobriefing de segurança e entregasde uma t-shirt e reforço alimentar.

A primeira paragem tevelugar na Praia do Ribatejo, juntoao local onde irá ser construídoo Museu do Tejo. A ilha doCastelo de Almourol foi escol-hida para o segundo momentode pausa, um dos principaismarcos arquitectónicos e cultur-ais desta área geográfica e emtorno do qual gira todo o Pro-jecto Parque Almourol. Houveainda tempo para um terceirodesembarque no cais do Arri-

piado, onde, de forma interacti-va, os representantes da Socie-dade Parque Almourol foramexplicando as diversas obras dereabilitação que decorreramnaquele local.

A descida de canoa finalizouno Parque Ribeirinho de VilaNova da Barquinha, continuan-do ainda no Centro Náutico davila, onde uma última surpresaesperava os participantes. Como apoio da Câmara Municipaltodos puderam experimentar asdivertidas segway, um dispositi-vo de duas rodas auto equili-brável de propulsão eléctrica edestinado a ser utilizado emáreas pedestres. Ainda houvetempo para um passeio peloParque Ribeirinho de Vila Novada Barquinha, no preciso mo-mento em que decorria uma exi-bição de saltos de pára-quedas. site: www.parquealmourol.com

Sociedade Parque Almouroldinamiza primeiras actividades

NOTÍCIAS DO DISTRITO

SANTARÉM

O Governador Civil de San-tarém e o Bispo de Santaréminauguraram ontem a UnidadePadre Manuel Francisco Borgesdo Centro Social Interparo-quial de Santarém (CSIS).

O novo espaço, adjacente àcreche e ao jardim infantil,servirá para a acomodar a valên-cia do Centro de Actividades deTempos Livres e dos serviçosadministrativos.

Paulo Fonseca e D. ManuelPelino Domingues descerrarama placa que simboliza a aberturadas novas infra-estruturas doCSIS, que, para além de teremsido baptizadas com o nome doseu director, Padre ManuelFrancisco Borges, representa-ram uma celebração dos 50 anosde sacerdócio deste pároco.Acompanhados pela Directorado Centro Distrital de Segu-rança Social, o Governador Ci-vil e o Bispo, que se encarregouda bênção do espaço, visitaramas novas instalações e assistirama uma actuação das crianças quefrequentam o Centro.

Governador Civil inauguranovo espaço do CSIS

Depois de cerca de três me-ses de formação de especializa-ção em Gestão Comercial, osdoze formandos da primeiraturma constituída no âmbito doINOVEmpresa partiram para operíodo de estágio nas empresas.

Com formação de base em

áreas muito diversas e provenien-tes de diferentes concelhos dodistrito de Santarém, cada umdos doze jovens será agora inte-grado numa das seguintes em-presas da região, desempenhan-do funções comerciais: Bindo-por; Expal; Gomacamps; Higi-

alcanede; IPX; Jerolin; Madei-vilar; Marouço; Naxol; Qualis-memo; Serras e Ambrósio; eTHT. Durante o período de está-gio, que tem a duração de 9 me-ses, estas empresas apenas terãoque comparticipar 25% da bolsaatribuída aos jovens formandos.

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A Caixa Geral de Depósitos(CGD) promoveu um Concertode música clássica e popular nopassado dia 21 de Outubro,pelas 21h30, na Igreja da Graça,em Santarém. O concerto teveentrada livre e contou com aOrquestra Clássica do Centro(OCC), dirigida por VirgílioCaseiro, e Rão Kyao, que inter-pretam música desde Men-delsshon a José Afonso e CarlosParedes.

Este Projecto materializa umobjectivo de apoio à Música,marcado também pela descen-tralização, apoiando, além daOCC, outras quatro formaçõesde vários pontos do País:Orquestra Metropolitana de Lis-boa, Orquestra do Norte, Or-questra do Algarve e “Os Vio-linhos”. A OCC foi fundada em1989, como associação sem finslucrativos. Após um longo inter-regno, o projecto foi relançadoem Outubro de 2001, com umaorquestra composta por 25 ele-mentos. É seu maestro titulardesde a fundação o Dr. VirgílioCaseiro. Os anos de 2002 e2003 foram de consolidação,aumentando o número de ele-

mentos para os actuais 32 ecriando a Orquestra Para-Sin-fónica Juvenil de Coimbra; em2003, foram realizados mais de60 concertos por todo o País,entre os quais se incluíram osconcertos em conjunto com aCâmara Municipal de Coimbrae “Coimbra Capital da Cultura”,levando a música aos principaismonumentos arquitectónicos dacidade e concelho de Coimbra.Em 2004, a OCC organizou ofestival “Cantar Coimbra”, con-cretizando um eixo da suaactuação, nomeadamente o dadivulgação e promoção da can-ção coimbrã, assim como a de-fesa de todo um rico patrimóniomusical e cultural, caracteri-zador da identidade regional daZona Centro.

Igreja da Graça– CGD promove Concerto

Registaram-se cheias no Distrito de Santarém, no passados dias25 e 26 de Outubro, resultado da pluviosidade e dos elevados cau-dais do rio Tejo e sus afluentes Ocreza, Nabão e Alviela, chegandoa verificar-se o corte de algumas estradas como a EN 365, na pontedo Reguengo do Alviela.

Cheias no Distritode Santarém

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A APCM – AssociaçãoPortuguesa de Comércio deMobiliário entregou no passa-do dia 22 de Outubro, asprimeiras etiquetas de quali-dade no âmbito de um projectoque tem como objectivo certi-ficar as lojas de mobiliário deacordo com vários parâmetrosque têm de ser cumpridos porestas.

A Centrum House Center,de Santarém, está entre asprimeiras dez lojas de mobil-iário e decoração a obter a eti-queta de qualidade. O projecto,cujo objectivo é certificar lojasdeste ramo de actividade, foidivulgado publicamente emLisboa, na feira Intercasa, ondedecorreu a cerimónia de entre-ga das etiquetas às primeiraslojas certificadas. Aquelaempresa é a única do distritode Santarém detentora destaetiqueta de qualidade.

“Esta iniciativa pretendeassegurar ao consumidor finalde que os produtos e serviçosfornecidos pelas lojas certifi-cadas são de reconhecidaqualidade. Qualidade que sepode ver nos pequenos detalh-es, por exemplo na existência

de um decorador ao serviço daloja ou de um serviço de entre-gas ao domicílio devidamenteidentificado”, refere IsabelCosta Pereira, da APCM.

“Sempre que o consumidorsentir, de alguma maneira, quea loja não presta um serviçoque possa ser apelidado dequalidade, tem à sua dis-posição o número 707 200 834para o qual deve ligar e apre-sentar a sua reclamação”,salienta a economista.

Posteriormente, a própriaAPCM notificará a loja no sen-tido de haver uma melhoriacontínua, assumindo um papelpreponderante de mediaçãoentre o cliente final e as lojassuas associadas.

Para iniciar o processo,qualquer loja de comércio demobiliário terá de contactar aAPCM solicitando a atribuiçãoda etiqueta mediante a apre-sentação de documentos com-provativos dos parâmetros quetodas as lojas têm de cumprir.“Alguns desses parâmetrosestão relacionados com a pos-tura da loja em relação aosseus fornecedores e àsFinanças e a etiqueta só é

atribuída a quem tenha a suasituação regularizada. Poroutro lado, exige-se que osestabelecimentos comerciaistenham mais de três anos deexistência e que, de certaforma, já busquem a excelên-cia no serviço. Esta será umaforma de distinguir os lojistasque trabalham para o clientedaqueles que trabalham parasi próprio”, refere Isabel CostaPereira.

Para a loja que possua a eti-queta de qualidade – a afixarem locais visíveis da loja e emtodos os seus documentos ofi-ciais e promocionais – as van-tagens são inúmeras, desdelogo o factor diferenciador emrelação a empresas concor-rentes que não disponham damesma qualidade de serviço.Para o consumidor final é tam-bém importante saber que estáa fazer compras numa loja cre-denciada e certificada por uma

entidade idónea e indepen-dente, numa época em que “aqualidade está na ordem dodia, sobrepondo-se mesmo, emalguns casos, ao factor preço”.

A atribuição da etiqueta éfeita pelo prazo de um ano,após o qual poderá ser renova-da ou retirada em função daanálise que for feita ao abrigodos critérios de avaliação. Acertificação é gratuita, masreservada aos associados. Onúmero de lojas de comércio aretalho de móveis, artigos deiluminação e outros artigospara o lar registou uma di-minuição acentuada entre 2000e 2002, quando passou de 15mil estabelecimentos para os11 mil, revelam os dados doInstituto Nacional de Estatís-tica. Em 2003 e 2004, o nú-mero de lojas estabilizou nas12 mil superfícies.

Em termos de emprego,verificou-se a mesma tendên-

cia: em 2000, este sector em-pregava 33.419 pessoas, nú-mero reduzido para 28.178 em2002. Em 2003 e 2004 estabili-zou nos 30.500 funcionários.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200634

NOTÍCIAS DO DISTRITO

Integrado no Programa Na-cional de Promoção da Acti-vidade Física e Desportiva, vaia Delegação der Santarém emparceria com o W Shopping deSantarém, Câmara Municipalde Santarém, Fundação Portu-guesa de Cardiologia e diver-sas Associações e Clubes doConcelho realizar uma forteacção de promoção das activi-dades físicas e desportivas.

A acção terá lugar de 27 de

Outubro a 5 de Novembro noW Shopping em Santarém,dele constando diversas activi-dades ligadas à pratica deactividades físicas e desporti-vas, como sejam rastreios mé-dicos, demonstrações das di-versas modalidades desporti-vas, desfile de moda desporti-va, exposições etc.

Contribuir de forma efecti-va para o aumento do númerode pessoas que através da prá-tica de actividades físicas edesportivas, optam por estilosde vida mais saudáveis, é o

principal objectivo desta ac-ção. Por outro lado este é tam-bém um óptimo espaço para osdiversos Clubes e Associaçõespromoverem e mostrarem tudoaquilo que de bom realizam emprol dos diversos segmentos dapopulação.

Portanto já sabe, de 27 deOutubro a 5 de Novembro pas-se pelo W Shopping em San-tarém, veja tudo aquilo podefazer para melhorar a sua saú-de, e porque não, começar des-te já a Activar a Sua Vida –Mexa-se.

Etiqueta de qualidade certifica lojas de mobiliário

MEXA-SE – ACTIVE A SUA VIDA Instituto do Desporto promoveactividade física e desportiva

As primeiras dez lojasa receberem a etiqueta

de qualidade:

Acrópole Móveis (Valença)Casa d’ Avó (Caminha)Centrum House Center

(Santarém)José Luís Interiores(Vila Nova de Gaia)

Lancel (Setúbal)Móveis Batista(Torres Vedras)

Movicrom (Algés)Movipreço (Setúbal)

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 35

NOTÍCIAS DO DISTRITO

O Secretário de EstadoAdjunto e da AdministraçãoLocal assinou no passado dia25 de Outubro, no GovernoCivil de Santarém, dois con-tratos-programa com as autar-quias de Alpiarça e do Sardoal.Estes acordos de cooperaçãotécnica e financeira prevêemum investimento acima dos670 mil euros e destinam-se àrequalificação ao nível urba-nístico.

A Câmara Municipal deAlpiarça receberá um apoio de290 mil euros de um total de580 mil para a concretizaçãodo projecto relativo à circularrodoviária na zona sul, que faráa ligação do parque de campis-mo à Estrada Municipal 1370.Já o executivo do Sardoalconta com uma verba de 49,6mil euros (55 por cento do total– 90,2 mil euros), que terãocomo objectivo proceder àreparação e conservação doquartel dos Bombeiros Muni-cipais.

Eduardo Cabrita assinalou acerimónia como sinal da forma

como o Governo valoriza asrelações entre o Estado e aAdministração Local. Para ogovernante, a importância des-tes acordos passa pela necessi-dade de coesão e de soli-dariedade, contribuindo para aconcretização de “projectoslocais onde estes apoios sãonecessários”. As iniciativasvisam a melhoria das condi-ções de vida das populações ede trabalho dos soldados dapaz, num distrito “com elevadonúmero de bombeiros munici-pais”, explicou.

A selecção das candidaturasfoi efectuada sob “critériosclaros e transparentes”, frisouo Secretário de Estado, renun-ciando à “atribuição casuísti-ca”. Eduardo Cabrita falava daforma como o anterior Gover-no fez uso do mecanismo doscontratos-programa, que “nãopodem ser usados para fazerdiscriminações entre municí-pios”, criticando a aprovaçãode 84 acordos em 2004 – dosquais 60 destinaram-se a Câ-maras do PSD –, sem que de-

pois houvesse orçamento quepermitisse o seu cumprimento.

Os concelhos de Salvaterrade Magos e de Rio Maior tam-bém receberão apoios destanatureza, tendo esta últimaautarquia formalizado o acordoigualmente hoje, após a avali-ação da Comissão de Coorde-nação e Desenvolvimento Re-gional de Lisboa e Vale do Tejo

e audição do Governo Civil.Ao nível nacional, o Governorecebeu um total de 300 candi-daturas, das quais foram apro-vados 60 contratos.

O Presidente da CâmaraMunicipal de Alpiarça classifi-cou o evento como um “exercí-cio de reconhecimento e de me-mória”, sublinhando o apoio doGoverno às autarquias na qual-

ificação das pessoas. SegundoJoaquim Rosa do Céu, esteacordo vem “responder aodesafio da competitividade”.Para Fernando Moleirinho,líder do executivo camaráriodo Sardoal, este investimentomostra que “não estamos sozi-nhos, esta luta é de todos nós”.

____GI-GCS

O 26º Festival Nacionalde Gastronomia de San-tarém dedicou o dia 2 deNovembro à cozinha tradi-cional madeirense, expon-do os melhores produtos daregião

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No âmbito do 26.º FestivalNacional de Gastronomia deSantarém, foi apresentado nodia 2 de Novembro, os pratostradicionais da região, acom-panhados pelas bebidas típicasda ilha.

“Neste dia, especialmentededicado à gastronomia ma-deirense, convidamos todos osvisitantes do certame a degus-tarem as nossas tradicionaisiguarias, como o bolo do cacocom manteiga de alho, aslapas grelhadas e a espetadaem pau de louro, bem como asaborearem as bebidas de ele-vada qualidade da Empresa deCervejas da Madeira” aguça oapetite o responsável pelo re-ceituário, Edgar Jardim.

“Ao participarmos nestefestival, ambicionamos funda-mentalmente dar a conhecer osabor especial dos nossos pro-dutos regionais. O nosso objec-tivo é que os produtos made inMadeira fiquem na mente dosconsumidores como produtosde elevada qualidade”, afirmaDuarte Afonso, responsávelpelo Departamento de Merca-dos Externos.

Quatro concelhos do distrito contempladoscom apoios do Estado

Gastronomia Madeirensemarca presença noFestival de Santarém

O Governador Civil de San-tarém defendeu no passado dia17 de Outubro, uma revoluçãode mentalidades quanto à ne-cessidade de espírito empre-endedor enquanto factor dedesenvolvimento social e eco-nómico. No âmbito do fórum“Empreendedorismo: Um Ca-minho para a Inclusão Social”,iniciativa organizada pelo Go-verno Civil em parceria com oNúcleo Distrital de Santarémda Rede Europeia Anti-Pobre-za/Portugal, o Centro Distritalde Segurança Social de Santa-rém e o Instituto do Emprego eFormação Profissional, porocasião do Dia Internacionalpara a Erradicação da Pobreza,

Paulo Fonseca apelou à inter-venção de todos no combate àpobreza.

A competitividade e a quali-ficação profissional são, para oGovernador Civil, dois dosaspectos que, em sede do Qua-dro de Referência EstratégicoNacional (QREN), irão con-tribuir para um cada vez maiordecréscimo dos níveis de po-breza, em geral, e da iliteracia,em particular. Para tal, é im-portante uma maior capacidadeempreendedora que saiba nãosó desenvolver uma “revo-lução de mentalidades”, mastambém que signifique um in-vestimento que garanta níveiselevados de segurança futura,

em termos de resposta ao pro-blema da pobreza.

Assim, segundo argumen-tou Paulo Fonseca, a aposta naqualificação deverá ser feitasob três aspectos: pessoal, comvista à independência e auto-suficiência; empresarial, au-mentando a eficácia da res-posta; e escolar, capacitando acomunidade estudantil de uma“visão mais moderna, maisconsciente” para com aquelescom escassez de recursos.

Esta nova consciencializa-ção resulta de uma contínuaevolução estrutural, onde aideia de estabilidade associadaa um lugar na máquina doEstado já não persiste, subli-nhou o Governador Civil, de-fendendo a valorização daactividade de cada cidadãoatravés do empreendedorismo.Ou seja, “todos têm de saberdesenvolver a sua actividadede forma activa”, servindo,assim, de forma de combate àpobreza.

____GI-GCS

Empreendedorismo comocombate à pobreza

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Pelo facto de me ter desloca-do a São Tomé e Príncipe, emviagem de lua de mel, fui con-frontado com um avassaladorconjunto de emoções e sensa-ções, que marcaram a minhapessoa e que sinto ter de parti-lhar com os leitores do Jornal deCoruche.

São Tomé e Príncipe, é umantigo território ultramarinoportuguês, descoberto em 1470pelos navegadores portuguesesJoão de Santarém e Pedro Es-cobar. De pequenas dimensões,é constituído por duas ilhas (SãoTomé e Príncipe) e um ilhéu(das rolas, antigo Gago Couti-nho), onde passa a linha doequador e onde se encontra uma

obra que representa o mundocom um marco assinalando S.ºTomé com a esfera armilar por-tuguesa e a linha marcada nochão, permitindo colocar um péno Norte de globo e o outro nosul.

São Tomé e Príncipe, estáactualmente constituído comopaís, totalmente dependente deajuda externa e cooperação.

Este território foi desenvol-vido pelo estado português,onde em 1822 se introduziu oCacau, pela mão do CoronelJosé Ferreira Gomes e do Mare-chal João Baptista Silva Lagos,barão de Aguaizé. Tornou-seentão a única riqueza do terri-tório.

São Tomé, é terra de gentesimples, simpática e alegre. Pro-fundamente pobre, as suas pop-ulações não passam fome por-que a natureza é generosa, e delase colhe a fruta-pão, a banana, amanga e oananás, o peixe varia-do e saboroso.

Extraordinário é o facto irre-futável, que eu vivi e presenciei,do amor a Portugal e da saudadeda presença portuguesa no ter-ritório.

Visita obrigatória ao únicomuseu de São Tomé, na únicafortaleza centenária construídapor Portugal, onde um vastoespólio está devidamente con-servado pelo seu fiel Cerineu deBarros, estando muitas peças aestragarem-se ao tempo, por nãoexistir um espaço para as colo-car. A embaixada portuguesa e o

estado português têm respons-abilidades, visto que podiamprovidenciar um espaço que omuseu pudesse usar, porque éum espólio vastíssimo de artesacra, telas, esculturas, faiança,mobiliário de estilo, e as maisdiversas obras de arte, que estão

também em locais onde se irãoestragar ou extraviar.

É extraordinário ver todas asordens honoríficas portuguesasdevidamente preservadas, osbustos de diversos governantes,quadros a óleo do Alm. AméricoTomás, do Marechal Carmonaou ainda do Infante D. Henri-que, ou dos introdutores doCacau em S.º Tomé, as diversasbandeiras de símbolos do Esta-do Português. É fantástico obser-var os serviços Vista Alegre eFábrica de Sacavém das Roças,

antigamente esplendorosas, ho-je em ruína total, ver o extraor-dinário mobiliário estilo portu-guês e os paramentos religiosose peças de arte sacra, com peçasabsolutamente raras e belas.

São Tomé e Príncipe é lin-díssimo, paradisíaco mesmo,mas totalmente em ruínas! Asúnicas e últimas construções,são aquelas que foram feitasenquanto Portugal. Falo-vos dasestradas, das pontes, das esco-las, dos hospitais, do casario,das roças.

Nestes 30 anos que passaramapós a forçada independênciado nosso território ultramarino,que mais não foi do que o aban-dono daqueles nossos compatri-otas Santomenses, que inte-gravam o todo nacional, comoqualquer actual Concelho, comoo nosso. Torna-se visível echocante a degradação de tudoaquilo que ainda resta e que foiconstruído nessa altura.

Corri de lés a lés São Tomé,e posso afirmar categorica-mente, que as estradas repletasde buracos, são o resto do quefoi construído entre 1930 e1974. A população vive no meiode porcos, cabras e galinhas,que andam à vontade peloscampos, caminhos e pelos “abri-gos” de madeira, onde vivem aspessoas, a que chamam de ca-sas, não tendo sequer aquilo aque nós chamamos de “condi-ções mínimas de dignidade esobrevivência.

No entanto possuem umadignidade extrema, que se tra-duz numa educação esmerada,como não se vê em Portugal,expressa num uso rico da línguaportuguesa, fluente e perfeita,que envergonha qualquer jovemuniversitário médio do nossoPortugal, que alguns ousam cha-mar de moderno e desenvolvido.

É chegada a hora de todosnós começar-mos a questionarsobre o que um conjunto de pes-soas fizeram há 30 anos e asconsequências que os seus actostiveram em Portugal e em espe-cial nos seus territórios ultra-marinos, como São Tomé, e amiséria e ruína que isso trouxe aestas populações, sob o pretextoda independência, que a esma-gadora maioria das populaçõesnunca quis.

E quem fala em autodetermi-nação, mente! Nunca os povosultramarinos, e neste caso San-tomense, puderam em referendooptar por continuarem a ser por-tugueses, independentes ou ou-tra coisa qualquer (a talhe defoice, vejam a recente “autode-terminação” do povo timorense,

que em referendo só pôde optarentre ser indonésio e indepen-dente. Então e português? Es-queceram-se…? Convêm nãoesquecer que até essa altura,Timor, era internacionalmentereconhecido como um territórioportuguês sob ocupação militarindonésia. Acontece que se dessea natural e justa opção de opovo em referendo puder optarpor ser português, certamenteque a esmagadora maioria oescolheria, criando um proble-ma político e moral insustentá-vel para quem há 30 anos to-mou decisões sobre o ultramar).

A verdade virá ao cimo! Aprocura das gentes da minhageração, e mais novas, do querealmente se passou, começa aintensificar-se. E nada melhor doque ir a São Tomé e ouvir daboca e pela voz do seu povo, comolhes tiraram aquilo que mais oshonrava, …ser português!

É por isto mesmo, que sãotodos adeptos do Benfica, doSporting, do Porto, bebem cer-veja Sagres, água Monchique,

vinho português e manteigaMimosa. São devotos da NossaSenhora de Fátima, do Senhordos Passos e cada vez maisdesejam e esperam pelo “por-tuguês irmão”, para colocar opaís pelo menos como era há 30anos atrás.

____Abel Matos Santos

São Tomé, em 10-10-06

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200636

CRÓNICAS DE VIAGENS

São Tomé e Príncipe – O Equador PortuguêsSão Tomé e Príncipe – O Equador Português

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Mal saímos do avião, senti-mos o ar quente da ilha de SãoTomé. A chegada ao minúsculoaeroporto é feita de forma alea-tória e sem regras, apesar deexistir um guichet para estran-geiros, e outro para os nacio-nais. Com muito esforço, conse-guimos sair do aeroporto entreos nacionais que logo nos ten-tam vender peças de artesanatolocal.

No percurso do aeroporto atéao nosso hotel, o Miramar, va-mos tomando contacto com asantigas casas senhoriais, agorainfelizmente degradadas. A pou-co e pouco vamos constatandoalgumas curiosidades, como ospostes de electricidade (talcomo os existentes ainda hoje

em Portugal), os correios (CTT),para além da língua, o portu-guês. É difícil não nos sentirmosem casa aqui na ilha de SãoTomé.

Conhecemos um residentena ilha, que mais tarde viemos aconstatar ser uma personagembem conhecida, Alfonso, umahistória que contarei mais tarde.Apresenta-nos aquele que irá ser

o nosso guia, o Ilídio, um SãoTomense risonho e sempre dis-posto a levar-nos de bom gradoaos locais mais inóspitos da ilha,por entre os buracos das estra-das ao longo do percurso.

Visitamos o mercado, ondese pode adquirir um pouco detudo, canetas Bic, peixe do maisvariado, mata bala, laranjas,bananas, papaia e ananás, entreoutras. Depois tomamos umcafé no restaurante em frente aobar Pirata. À tarde, o Ilídio leva-nos à parte sul da ilha, Santana,clube Santana, onde observa-mos uma das mais bonitas vistasde toda a ilha, com uma não

menos paradisíaca praia doclube. Ai provo uma das iguar-ias São Tomenses, o mata bala(parecido à nossa batata pala-pála) e fruta-pão.

Seguimos então em direcçãoa Angolares, onde assistimos auma missa de baptismo, ondeconstatamos uma profunda reli-giosidade nas pessoas, apesar damiséria em que vivem. Ai fomosvisitar uma artista que pintaquadros lindíssimos com ascaras e as cores das gentes daterra.

No dia seguinte, visitamosalgumas das maiores roças deSão Tomé, a roça Monte Caféonde um grupo de criançascorre até nós, para nos vender ocafé que a roça ainda hoje pro-duz. Em seguida vamos até àroça Agostinho Neto, onde ou-

trora existia uma ilha dentro daprópria ilha. Existia um hospital(hoje abandonado e muito de-gradado) uma escola, onde até orelógio gigante foi trazido deLisboa…

Vamos depois conhecer afamosa Roça de São João, ondeencontramos João Carlos Silva,o apresentador do suculentoprograma “Na Roça com osTachos”, onde nos foi possívelficar a saber mais sobre a gas-tronomia de São Tomé, e, aliadoao prazer da mesa se junta umadas mais bonitas paisagens dailha mágica.

Continuamos o passeio, des-ta vez para conhecer as Cascatasde São Nicolau, que jorram porentre a paisagem selvagem everdejante.

É tempo de ir até ao ilhéudas rolas, mas para lá chegar-mos espera-nos uma longa via-gem… Por entre a vegetaçãodensa e húmida, e um calor pe-

netrante, vamos galgando osrestícios de estrada que aindaexistem, as pontes caídas, quaseinexistentes, e ao fim de mais deduas longas horas, chegamos atéao cais, onde o barco nos levaaté ao ilhéu.

Somos recebidos no resortdo grupo Português Pestana,com uma reconfortante água decoco, e continuamos a sentirmais uma vez que descobrimoso paraíso…

Duas nativas, Wilma e aSónia, levam-nos a descobrir opasseio do equador, onde colo-camos um pé em cada hemis-fério… Depois vamos até àpraia café, uma praia de areia

branca e muito fina, onde avis-tamos uma antiga embarcaçãoabandonada. Ai ficamos a con-hecer um pouco mais da vidados habitantes do ilhéu, que nosé contada pelas nossas jovensguias. À noite é altura de tomarcontacto com a música e algu-mas danças tradicionais do país.

É tempo de partir outra vezrumo à cidade de São Tomé,mas desta vez e viagem é feitade barco, onde é possível avis-tarmos o ilhéu das Sete Pedras.Um pouco mais à frente no per-curso, avistamos Aguaizé, umadas mais bonitas roças e ainda alaborar. O barco pára no portode São Tomé, onde temos denos aventurar ao desembarcarno meio dos contentores, ondeperante o nosso espanto, umlocal responde “leve, leve”,expressão típica deste povoafricano, para quem a vida seapresenta “leve, leve”.

Depois, altura para visitar oforte de São Sebastião, onde seencontra o Museu Nacional deSão Tomé, e é possível ver inú-meras peças de arte portugue-sas, como quadros, serviços deporcelana da Vista Alegre efábrica de Sacavém, peças dearte sacra de valor inestimável emuitos outros objectos que nãodeixam esquecer, nem apagar, aforte ligação entre Portugal e oúltimo paraíso do Equador…

____Carlota Alarcão

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 37

PPrraaiiaa CClluubb SSaannttaannaa –– SSããoo TToommééCRÓNICAS DE VIAGENS

Equador ...O último refúgio do paraísoEquador ...O último refúgio do paraíso

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António Venda está a cum-prir o segundo mandato, comoPresidente da Junta de Fregue-sia da Lamarosa, eleito peloPartido Socialista.

António Venda, antes de se-guir a vida autárquica, era mo-torista de transportes públicose face à aposentação na empre-sa decidiu concorrer à presi-dência da freguesia.

No primeiro mandato obte-ve maioria absoluta e neste se-gundo mandato reforçou essamesma maioria absoluta. Dizque tem uma costela de Trás-os-Montes e dedica-se a tempointeiro no apoio à população dafreguesia, para a qual foi elei-to, apesar do vencimento cor-responder a meio tempo.

António Venda diz que nãotem complexos, em conduzir aviatura da Junta para os trans-portes escolares, e, o tractorpara resolver diversos proble-mas dos fregueses da sua fre-guesia, para dar o exemplo.__

JC – António Venda, esteé o segundo mandato comopresidente da Junta, a suaprofissão antes de se aposen-tar era motorista de trans-portes públicos. Porque deci-diu seguir a vida autárquica?

AV – Acima de tudo,porque tenho uma costela deTrás-os-Montes. Dizem que aspessoas do Norte são maisprestáveis e dói mais a dor dosoutros. Nesta freguesia temosum povo humilde e que gostatambém de fazer o bem aosoutros, daí estes factores seencaixarem perfeitamente.

A Lamarosa, como as ou-tras freguesias, precisam depessoas a tempo inteiro, embo-ra os vencimentos não sejam atempo inteiro como o meucaso, mas gostava de fazermais alguma coisa que os out-ros não conseguiram fazer.Muitas vezes os outros autar-cas não trabalhavam e estavamlonge da freguesia, daí ter se-guido esta vida para fazermuito mais pela população,que bem merece.

JC – Quais as condiçõesque a freguesia oferece aquem está instalado?

AV – A freguesia infeliz-mente, tem pouca coisa paraoferecer, esta é uma freguesiaenvelhecida onde a populaçãoidosa tem um Centro de Dia e

irá usufruir de um Lar que estáem construção. Para quem nosvisita, temos a Igreja e o Co-reto, além de uma série deinfra-estruturas, mas para quemqueira apostar em termosempresariais, será difícil a suainstalação, porque o concelhode Almeirim é mais apetecível.

De resto, esta populaçãorelaciona-se mais com o con-celho de Almeirim, do que como concelho de Coruche. Tenho

tentado a todo o custo, inverteressa tendência, penso que deialguns passos nesse sentido.

Ou seja, juntar a Azerveirae o Zebrinho à sede de fregue-sia, para sermos apenas umaúnica freguesia. Agora compiso sintético no Polidesporti-vo da Lamarosa, nota-se a pre-

sença de mais jovens das loca-lidades que referi.

JC – Qual é a área des-portiva na freguesia?

AV – Infelizmente, na La-marosa o futebol não existe háalguns anos. Em contrapartidaexiste no Zebrinho. Haja cor-agem e vontade da populaçãoda Lamarosa para apostaremno futebol, a exemplo do Ze-brinho, criando infra-estruturasde apoio. Na Azerveira existeuma sede da colectividade, na

Lamarosa o Centro Social paraapoio ao rancho, mas a Lama-rosa com um campo de jogos,não tem futebol. Tenho pena.

Estou a tentar reunir ele-mentos, existem conversações,espero que as pessoas aceitemo desafio de trazer de volta amodalidade. O rancho folclóri-co, e bem, continua a ser oporta estandarte da freguesia,porque para onde vão actuarlevam bem longe o nome da

freguesia. Na Lamarosa nãoexiste desemprego, felizmente,e talvez por este motivo, as pes-soas têm pouco tempo para sededicarem ao associativismo.

JC – Quais são as princi-pais actividades da popu-lação e actividades que ge-ram emprego na freguesia?

AV – Basicamente, as pes-soas trabalham na agricultura,cortiça, lenha e fruticultura.São actividades que geramemprego na freguesia, querdurante o inverno quer duranteo verão.

JC – Como está a funcio-nar a extensão de saúde, umavez que a junta e a câmara deCoruche se empenharam naremodelação do edifício?

AV – Penso que a extensãode saúde está a funcionar a 100%.

DESCRITIVO DA FREGUESIA

É uma freguesia muito antiga que deixou de o serentre 1936 e 1962, período em que esteve anexa a SãoJoão Baptista de Coruche. Em 1238 era uma herdadecoutada por D. Sancho II e Soeiro Gonçalves, vindo a serelevada à categoria de vila por Filipe III.

Em termos eclesiásticos a freguesia pertenceu aoPatriarcado de Lisboa e o pároco de 1758 informou quea população era de 254 habitantes e que a igreja tinhaficado arruinada no terramoto de 1755, sendo logo reedi-ficada.

Na igreja paroquial, dedicada a São José, é de notar alápide alusiva à definição do dogma da Conceição. Otemplo é de uma só nave, coberta de um tecto demadeira, tem altar-mor e mais dois colaterais. Os frontaisde três altares são de azulejos seiscentistas, com ornatosazuis e amarelos sobre fundo branco. Dos mesmosazulejos são revestidos dois altares pequenos queladeiam o altar-mor, funcionando como credenciais edesprovidos de retábulo.

Orago: São JoséActividades económicas: Agricultura, exploração flo-

restal (cortiça, pinheiro e eucalipto), fruticultura (moran-go, pêssego, ameixa e citrinos), viticultura, indústria ecarpintaria.

Festas e romarias: São José da Lamarosa(2.ª semana de Setembro).

Património cultural e edificado: Igreja matriz, casasaltas, marcos delimitadores da área da freguesia.

Gastronomia: Couves com carne, febras da matança,enchidos, chouriça com arroz e farinha, carne de cozer esangue de porco e belhós de abóbora menina.

Artesanato: Cestaria em vime, moucho (banco reves-tido a junco com estrutura em madeira), trabalhos emcortiça (reprodução de diversos objectos em miniaturas)e bordados em seda.

NA ROTA DAS FREGUESIAS

A Freguesia da Lamarosa– em entrevista a António Vaz da Venda,

Presidente da Junta de Freguesia

www.cm-coruche.pt

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200638

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Foi uma luta importante da junta e dacâmara para criar condições aos utentesda freguesia. São daqueles pingos desuor que se largam e que depois dá von-tade de bebê-los. As obras da extensãode saúde, foram concretizadas, porquehavia a triste notícia, de que se não fos-sem feitas a extensão encerrava. Ini-ciamos as obras a 22 de Novembro de2004 e no dia 2 de Janeiro de 2005foram inauguradas, lutamos contra otempo, mas valeu a pena, porque a pop-ulação mais idosa e não só, tem agoraum espaço digno e não necessitam de ira Coruche.

JC – O Jardim de infância daLamarosa está localizado junto aoCentro Social. Pensa que foi umamais valia para a freguesia?

AV – Não estou muito de acordocom a sua localização, porque as cri-anças têm de percorrer cerca de 400metros até à cozinha da escola do 1ºciclo. Talvez, junto à escola, seria oespaço indicado para o jardim de infân-cia, para evitar incómodos às crianças.De resto, penso que as infra-estruturassão óptimas e estão a funcionar com 25crianças.

JC – Em relação ao processo dazona oficinal, pensa que foi conduzi-do da melhor forma pelo anteriorexecutivo CDU na câmara?

AV – Não estou contra quem adquir-iu terreno, nem estou contra quem lid-erou o processo da zona oficinal. O quetenho dito, é que tudo isto foi um fra-casso, porque a Lamarosa nos onzelotes de terreno, possui quatro insta-lações. Talvez o outro terreno fosseaproveitado para construção habita-cional, porque é uma das carências nafreguesia. Penso que este processo foiuma ilusão, porque a Lamarosa não temcondições para albergar onze empresasa laborar. A fixação da população nafreguesia, seria a melhor prioridade, ese algum terreno fosse para construçãode habitação, seria a melhor solução.

JC – Em relação ao saneamentobásico e abastecimento de água nafreguesia, qual é o ponto de situação?

AV – São duas carências e preocu-pações da freguesia, porque a águaainda não chega a toda a gente e porquea freguesia é dispersa. São 111Km2.

Em relação ao saneamento básicona freguesia, faz falta uma ETAR, éuma obra que tem de ser concretizadamas o dinheiro da câmara de Coruchenão é abundante. Penso que dentro deum ano, talvez a ETAR seja uma reali-dade na freguesia, olhando para o próx-imo Quadro Comunitário.

JC – As estradas e arruamentosna freguesia são um mal menor ounem por isso?

AV – Quer a Junta de Freguesiaquer a Câmara de Coruche, estão pre-ocupadas com as estradas nesta fregue-sia. A estrada que liga a Lamarosa aCoruche está degradada, necessita deuma intervenção, mas não é fácil estaresolução porque envolve verbas acimadas possibilidades da Autarquia. Emrelação às estradas de terra batida, exis-tem 150 Km onde diariamente tenta-mos a sua conservação. Tem havido um

certo empenho do actual executivo daCâmara, para alcatroar as estradas,penso que houve um certo atraso noanterior executivo da CDU na Câmarapara colocar a freguesia da Lamarosaao nível de outras freguesias, no que dizrespeito asfaltamento das estradas.

JC – Quais os projectos na fregue-sia em termos futuros, que desejavaver concretizados?

AV – Gostava que fosse concretiza-da a obra da ETAR, penso que irá seruma realidade a curto prazo, alcatroarmais estradas de terra batida, fixação depessoas na freguesia e maior partici-pação da população em actividades emprol do desporto e da cultura.

____Entrevista de

João Carlos Louro

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 39

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200640

É o novo instrumento deapoio ao financiamento que sedestina a micro e pequenasempresas do concelho de Co-ruche. O apoio a concederpode chegar aos 45 mil eurospor projecto, com uma taxaefectiva na ordem dos 1,75% ePeríodo de reembolso de trêsa seis anos. No caso da criaçãode três postos de trabalho,50% do montante disponibi-lizado pelo Município (20%dos 45 mil euros) será atribuí-do sob a forma de subsídionão reembolsável.

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O mesmo Museu Municipalde Coruche, que precisamentehá um ano atrás assistiu à apre-sentação do FAIME Coruche, oFundo de Apoio ao Investi-mento das Microempresas, di-namizado pela Nersant, em co-laboração com o respectivo Mu-nicípio e o Banco Espírito San-to, voltou, no dia 10 de Outubro,a abrir as suas portas para a ses-são pública de apresentação doValtejo Finicia Coruche, que seapresenta como uma nova ver-são do FAIME mais vantajosapara as empresas.

Na realidade, o Valtejo Fini-cia surge da iniciativa do IAP-MEI, que tendo conhecimentoda dinamização de fundos con-celhios no distrito de Santarém eno Alentejo, decidiu intervir deforma proactiva com o objecti-vo de alargar o seu âmbito deaplicação a todo o território na-cional, bem como melhorar ascondições de acesso das empre-sas a este tipo de instrumento definanciamento.

Assim, algumas das lacunasapontadas pelas empresas aoFAIME, parecem agora ter sidoparcialmente colmatadas com olançamento do FINICIA; comocomeçou por referir o Presiden-te da Câmara Municipal deCoruche, Dr. Dionísio Mendes.“Há um ano atrás, o FAIMEdespertou muito interesse juntodos empresários de Coruche,interesse esse que acabou poresmorecer fundamentalmentepor dois motivos. Por um lado,os empresários criticaram ofacto do valor do financiamentoser baixo (25 mil euros); por

outro lado, a necessidade deprestar garantias junto da enti-dade de crédito, neste caso, oBES e Município. Com o ValtejoFinicia temos estas duas ques-tões ultrapassadas, porque ovalor de financiamento passoupara 45 mil euros por projectoe, com a intervenção da Garval,os 80% que representam a partedo empréstimo do BES são dis-pensados de garantias bancá-rias”.

Dionísio Mendes destacouainda uma inovação neste ins-trumento de apoio, que reflecteuma aposta do município nadinamização do tecido empre-sarial. “Dos 20% disponibiliza-dos pelo município, saibam asempresas que, no caso de cria-rem pelo menos três postos detrabalho, poderão beneficiar deuma parte do financiamento afundo perdido, mais precisa-mente 50%”.

Um esforço do municípioque José Eduardo Carvalho,Presidente da Nersant, reconhe-ceu perante os cerca de 40 em-presários presentes. “É de reco-nhecer publicamente o esforçoque algumas câmaras estão afazer com este programa. Todaa gente conhece as dificuldadesdas Câmaras e sabemos que, sehá municípios que não queremouvir falar do apoio à activi-dade económica, há, no entan-to, outros que consideram esteapoio estratégico e uma priori-dade. Neste distrito, só Abrantese Coruche têm, até ao momento,uma intervenção mais profunda,ao darem este incentivo de partedo subsídio não ser reembolsá-vel. É preciso coragem parafazê-lo, neste momento particu-larmente difícil para as autar-quias”.

Ainda assim, José EduardoCarvalho confessou que as taxasimplicadas neste fundo não cor-respondem às que a AssociaçãoEmpresarial ambicionou, mas oque vemos é que o poder nego-cial das empresas não é muitogrande. “Acreditem que não sãoas taxas que desejávamos e queainda tivemos algumas discus-sões com o BES sobre esse as-sunto, no entanto, também sabe-mos que poder negocial têmactualmente as empresas. As

condições que têm acesso comeste programa são com certezamelhores em relação às queteriam individualmente, porqueo sistema de garantia que ga-rante uma percentagem impor-tante do financiamento junto doBES”.

Falando do futuro, o Presi-dente da Nersant adiantou queem breve a Associação dará aconhecer um novo conjunto deestratégias e projectos para operíodo de 2007-2013, nomea-damente de apoio ao empreen-dedorismo e ao financiamentodas PME’s, em que se inclui acriação de uma Sociedade deCapital de Risco.

Confrontado com algumpessimismo da assistência, JoséEduardo Carvalho deixou, aindaassim, uma nota de positivismo,pautada de alguma crítica. “ALezíria do Tejo foi a região quemais cresceu no país nos últi-mos seis anos. O PIB per capitaultrapassou a península de Se-túbal em 2003. São indicadoresque acabam por não dar justifi-cação para este marasmo e pes-simismo manifestado. Estamosa 40 minutos do principal mer-cado do país. Sei que há dificul-dades, mas está na altura deabandonarmos o pessimismo epercebermos que estamos numaregião muito forte. Só tenhopena que não tenhamos con-seguido fazer da separação daLezíria e do Médio Tejo umamera questão administrativapara optimização dos fundoscomunitários, mas que agoranos impossibilita de enquadrardo ponto de vista estratégico ede forma integrada os grandesprojectos do futuro QCA”.

O Valtejo FiniciaCoruche

O programa Valtejo FiniciaCoruche surge com o objectivode estimular e orientar investi-mentos a realizar por micro epequenas empresas no concelhode Coruche, nomeadamente aonível da melhoria dos produtose/ou serviços, modernização dasempresas ou ainda da realizaçãode modificações decorrentes deimposições legais e regulamen-tares.

São parceiros neste progra-ma o IAPMEI, a Nersant, o Mu-nicípio de Coruche, o Banco Es-pírito Santo e a Garval.

O fundo, a disponibilizar àsempresas situadas na área geo-gráfica do concelho de Coruchee dos sectores da indústria,comércio, turismo, construção eserviços, apresenta-se com ovalor global de 500 mil euros.

A verba a disponibilizar porprojecto poderá chegar aos 45mil euros, com um período dereembolso mínimo de três anose um máximo de seis anos, comaté um ano de carência de capital.

Desses 45 mil euros, 20%serão disponibilizados peloMunicípio a uma taxa de juro de0%. No caso do projecto incluira criação de três postos de tra-balho, 50% do montante atribuí-do pela Câmara será sob a formade subsídio não reembolsável.

Os restantes 80% serão con-cedidos pelo Banco EspíritoSanto, com um spread de 1,25%e taxa Euribor a 180 dias, semcomissões de avaliação, semarredondamento da taxa de juro.

De salientar ainda que asresponsabilidades de capitalassumidas pelo BES serão ga-rantidas em 75% por Garantiaautónoma, nas seguintes condi-ções: comissão de garantia de1.25 e obrigatoriedade de aqui-sição de acções na Garval nomontante máximo de 2% do va-lor da garantia prestada.

Assim, são principais desti-natários deste instrumento deapoio as micro e pequenas em-presas, tal como definidas naRecomendação da ComissãoEuropeia 2003/361/CE, já cons-tituídas e em actividade no con-celho do Coruche. São apoiáveisinvestimentos produtivos quecontribuam para o reforço dacompetitividade e/ou diferenci-ação empresarial, dando prefe-rência a projectos de deslocali-zação de empresas para zonasindustriais do concelho, moder-nização do comércio e projectosinovadores.

Excepcionalmente a criaçãode empresas poderá ser finan-ciada pelo Fundo, mas apenasaté 50% das despesas elegíveis,desde que se tratem de projectosde forte conteúdo tecnológico

ou diferenciação regional.Não são consideradas elegí-

veis despesas com terrenos,aquisição ou construção de edi-fícios, veículos automóveis,bens em estado de uso, custosinternos de empresa, trespasses,direitos de utilização de espaçosou licenças de franchising.

As empresas interessadasem obter mais informações so-bre as condições de acesso e deelegibilidades dos projectos,poderão contactar o NúcleoNersant do Sorraia, através dotelefone 263 516 510 ou con-sultar o site da Nersant emwww.nersant.pt

Fundos perdidos têm osdias contados

Paulo Figueira, em represen-tação do IAPMEI, explicou quea intervenção do IAPMEI noValtejo Finicia reflecte umaintenção clara deste instituto emcriar novas formas de financia-mento a PME’s alternativas aosfundos comunitários e que seafastem da lógica do fundo per-dido. “Actualmente e sobretudoquanto mais nos aproximamosdo QREN é cada vez mais nítidoque o fundo perdido está emvias de extinção. Os investimen-tos corpóreos não terão comcerteza, no futuro, apoios afundo perdido”.

Paulo Figueira lembrou ain-da que o Valtejo Finicia é com-pletamente compatível e acumu-lável com outros apoios a que asempresas possam recorrer, “se-jam incentivos reembolsáveisou fundo perdido. Por exemplo,podem candidatar-se ao SIPIEe simultaneamente, para as des-pesas de investimento, recor-rerem ao Valtejo Finicia Coru-che. Até incentivamos a que ofaçam no sentido de maximi-zarem as vossas fontes de finan-ciamento”.

Uma taxa competitiva

Para Rui Brogueira, Direc-tor-Geral da Garval, o ValtejoFinicia Coruche é um programamuito interessante, especial-mente tendo em conta o sector aque se dirige: as micro e peque-nas empresas. “Uma taxa mé-

VALTEJO FINICIAjá chegou a Coruche

ECONOMIA LOCAL

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“Os Verdes” consideramprofundamente graves as infor-mações vindas hoje a públicoque dão conta da provável dis-pensa de 41% dos funcionáriosdo Instituto da Conservação daNatureza (ICN), cortes anuncia-dos no âmbito da reestruturaçãodeste Instituto.

São graves, mas não surpre-endentes. Esta estratégia deestrangulamento do ICN, agoraprosseguida pelo Governo actu-al, já começou a ser implemen-tada há bastante tempo pelos an-teriores executivos, tendo “OsVerdes” denunciado esta situ-ação através de inúmeros comu-nicados e requerimentos aoMinistério do Ambiente, ques-tionando sobre a paralisação daactividade do ICN.

Para “Os Verdes”, esta atitu-de demonstra a total desvalo-rização a que o Governo vota aspolíticas de ambiente, de con-servação da natureza e defesa dabiodiversidade no nosso país,com consequências nefastaspara a degradação do preciosopatrimónio natural e paisagísti-co, que está sob a directa respon-sabilidade do ICN e cuja preser-vação é decisiva para o desen-volvimento sustentável do país.

É também obrigatório sali-entar o grave problema socialque se coloca com esta reestru-turação, que lançará cerca de290 trabalhadores no desem-prego, à custa sobretudo de pes-soal administrativo, técnico,auxiliar, operário e vigilantes danatureza, este últimos funda-

mentais na prevenção do flagelodos fogos florestais.

“Os Verdes” relembram que,em Junho último, questionaramo Ministério do Ambiente sobrea situação dos vigilantes danatureza, devido aos gravesproblemas com que estes seconfrontavam no exercício dassuas funções, visto que as exi-gências de vigilância nas áreasclassificadas são consideradasmanifestamente superiores aosrecursos humanos existentes.Ora, pelo que se vê agora, estasituação vai agravar-se aindamais, com reduções substanci-ais no número de acções de fis-calização e vigilância, num dosanos em que mais hectares deáreas protegidas foram consu-midos pelos incêndios.

Cortes no Instituto daConservação da Natureza– morte anunciada das áreas protegidas

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 41

dia ponderada de 1,75% é umataxa muito competitiva para osector onde estamos a actuar,com a vantagem adicional dacâmara poder atribuir um in-centivo de fundo perdido, emrelação aos 20% que dis-ponibiliza. As empresas que pu-derem aproveitar esta maisvalia podem beneficiar de cus-tos de financiamento num pata-mar negativo. Só não utilizam

este mecanismo as empresasque não tiverem ideias”.

Perante algumas dúvidas daassistência Rui Brogueira expli-cou ainda que a aquisição deacções à Garval no montante de2% é uma condição legal doacesso à Garantia Mútua. “Nãose trata em si de um custo, masde um activo da empresa, quemantém as acções durante operíodo da garantia, mas no

final pode vender as acções àGarval com a certeza de quenão terá menos-valias. Aindaassim, devo dizer que não temosvindo a adquirir muitas acçõespor ordem de venda das empre-sas, porque entendem que estemecanismo é suficientementebom e guardam as acções parauma outra oportunidade”.

_____ Ana Leão – Nersant

A ABIC (Associação deBolseiros de Investigação Cien-tífica) voltou a denunciar que, àsemelhança do que tem sucedi-do com uma frequência grave epreocupante, em anos anteriorese já este ano, volta a haver atra-sos, agora em relação aos mesesde Agosto e Setembro, no paga-mento pontual das bolsas deinvestigação científica, maisuma vez em relação a bolseiros

do INIAP (Instituto Nacional deInvestigação Agrária e dasPescas), afectos a projectos deinvestigação.

O atraso agora em causa dizrespeito não só ao pagamento debolsas mas também de ajudas decusto e reembolsos de paga-mentos à Segurança Social (nal-guns casos com a acumulação dequase 12 meses).

A ABIC tem acusado o Es-

tado de “gestão ineficaz” (pornão reter as verbas adstritas aosrecursos humanos de forma anão haver quebra nos pagamen-tos na altura de transição de sal-dos) atribuindo a ocorrênciadeste tipo de situações ao recon-hecido subfinanciamento cró-nico a que têm estado sujeitos osLaboratórios do Estado.

Estado não paga Bolsas deInvestigação a tempo

No passado dia 30 de Outu-bro, realizou-se na escolaEB1/J1 do Couço, “O teu pri-meiro Eco-dia”, actividade paraa alunos e professores do préescola, 1.º ciclo e 5.º anos.

A sessão de boas vindas foidada pelas professoras Ana Do-

mingos e Florbela Silva, tendosido depois hasteada a bandeiraVerde, a leitura do Eco Código,atelier Eco Rally e o Ecopontocolorido, (canção, dança e dra-matização, pelos alunos do préescolar e 1.º ciclo e prof. Fer-nando Paussão.

Eco Escolas no Couço

> continuação da página anterior

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Mau tempo afectou oConcelho de Coruche

II Congresso do Tejo

A forte chuva que caiu namadrugada do dia 25 de Outu-bro causou alguns incómodos eestragos em alguns locais doconcelho. Quedas de árvores,desabamentos, deslizamentosde terras e inundações foram asconsequências do mau tempo.Felizmente no concelho, nãohouve registo de qualquer aci-dente com a população.

Segundo o comandante dosBombeiros Municipais, RafaelRodrigues, “a chuva caiu com

bastante intensidade e tivemosvários telefonemas. Foram reg-istadas doze intervenções asolicitar corte de árvores, pe-quenas inundações em habita-ções e lavagem de pavimentos.No total, os bombeiros realiza-ram doze horas de trabalho,envolvendo seis viaturas nasoperações”, adiantou.

O caudal do Rio Sorraia, de-vido ao mau tempo, subiu ligei-ramente, impedindo o avançonormal das obras do Emissário.

Realizou-se nos passadosdias 24, 25 e 26 de Outubro, naGare Marítima da Rocha deConde de Óbidos em Lisboa, oII Congresso do Tejo. Uma co-organização da Câmara Muni-cipal de Lisboa e da Associaçãodos Amigos do Tejo, de quempartiu a iniciativa.

A conferência tem como

objectivo promover o debatesobre o futuro do Rio Tejo, cujabacia hidrográfica ocupa umterço do território nacional.

Dada a sua importância es-tratégica para o país, a organiza-ção pretendeu envolver os maisdiversos actores e parceirosrelacionados com este recursonatural, de forma a criar siner-gias e aproveitar a convergênciadas parcerias para promoveruma utilização fluvial sustenta-da e fomentar acções que con-duzam à criação de uma candi-datura ibérica do Tejo a Patri-mónio da Humanidade.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200642

Estudos mostram que osalunos que não sentem oenvolvimento da família na suavida escolar, desmotivam-semais facilmente, e na maioriadas vezes têm piores resultadosescolares, ou um mau compor-tamento. Este facto mostra ainfluência que a participaçãoda família tem no desempenhoescolar da criança/adolescente.Sendo assim, é necessário quea família se envolva activa-mente na aprendizagem dosseus filhos, e que exista umaboa relação entre os pais e aescola.

Seguem-se algumas suges-tões para o ajudar a envolver--se cada vez mais na educaçãodos seus filhos. Quanto maispresente se mostrar, maioresserão as possibilidades dosseus filhos alcançarem o suces-so escolar.

É importante envolver-se!

A sua acção, não apenas assuas palavras, podem causarimpressões tão boas que pode-rão durar uma vida inteira.

• Mostre aos seus filhos quea escola tem muita importân-cia, fazendo perguntas sobrecomo correu o dia, o queaprenderam de novo, as difi-culdades que sentiram, e osêxitos atingidos.

• Preste atenção e leia tudoo que a escola envia para casa,desde os relatórios sobre asnotas, aos trabalhos de casa, oshorários dos autocarros... As-

sim transmite aos seus filhos aideia de que está bem informa-do.

• Esteja em contacto com osoutros pais. Se houver associ-ação de pais, junte-se a ela. Senão houver nenhuma organiza-ção de pais na escola do seueducando, tente organizar uma.Procure dois ou três pais inter-essados, é um bom começo.

• Incentive a leitura nos seusfilhos, em casa. Visite com osseus filhos bibliotecas locais,bibliotecas móveis, bibliotecasdas escolas, feiras de livros, ejuntos requisitem livros.

• Encoraje a leitura comoforma de divertimento e comoforma de ocupação de temposlivres, tendo sempre livros emcasa.

• Converse e oiça os seusfilhos. A língua é como umacadeira de quatro pés: falar, ou-vir, ler e escrever são os seuscomponentes e cada um apoiao outro.

Trabalhos de casa

Os trabalhos de casa sãouma parte muito importantedas actividades escolares e ospais podem ajudar os filhos arealizá-los com êxito. Os profes-sores dão aos alunos este tipode actividades para a prática erevisão de lições já dadas naescola, para preparar os alunospara as aulas seguintes, paralhes ensinar como estudarempor eles próprios e aprenderema utilizar dicionários, enci-clopédias, bibliotecas e internet.

• Pode, em conjunto com osseus filhos estabelecer umhorário regular e um lugarreservado para eles estudarem(longe de televisores, rádios oulocais com algum barulho).

• Ensine os seus filhos acolocar todos os materiaisnecessários para os trabalhosde casa (canetas, lápis, bor-rachas, etc.) num lugar apro-priado de modo a nãoperderem tempo à procura dosmesmos.

• Se os seus filhos tiveremdificuldades com os trabalhosde casa, tente ajudá-los procu-rando conhecer a razões dassuas dificuldades.

• No caso dos seus filhosterem que faltar à escola, peçaaos seus colegas de turma paratrazerem os trabalhos de casadistribuídos na sua ausência.

• Incentive os seus filhos areverem os trabalhos de casaalgum tempo depois de os faz-erem. É mais fácil detectarerros com os olhos “frescos”.

• Brincar é próprio da idadee essencial ao desenvolvimen-to saudável da criança. Noentanto é importante que osseus filhos façam os trabalhosde casa antes de brincarem,pois a seguir será mais difícilque os façam.

Violência na escola

A maioria das escolas sãoseguras, mas a violência porvezes acontece. Os pais ouencarregados de educação têmalgumas opções que poderão

tomar para garantir a segurançados seus filhos nas escolas.

• Fale com os seus filhosregularmente. Questione-os sese preocupam com a sua segu-rança. Muitas das vezes nassuas opiniões surgem ideias esugestões preciosas.

• Chame a atenção dos seusfilhos sobre como devem agir

na presença de pessoas estra-nhas na escola ou no recreio.

• Converse com os seus fi-lhos sobre como lidar comproblemas de conflitos com oscolegas. Fale com os profes-sores, com os psicólogos oucom o director da escola acercada possibilidade de fazer desteassunto parte das lições.

Cáritas Paroquial de Coruche

ApoiarGabinete deAconselhamentoParental

PERGUNTAS QUE PODE FAZERNUMA REUNIÃO COM O

PROFESSOR/PROFESSORESDOS SEUS FILHOS

Estarão os meus filhos a obter desempenhosa nível da turma?

•Quais são os pontos fortes e os pontos fracos

dos meus filhos nas principais disciplinas?•

Estarão os trabalhos de casa dos meus filhoscompletos e feitos a tempo?

•Necessitarão os meus filhos de aprendizagem

especial?•

Os meus filhos têm muitos amigos na escola?Como se relacionam com eles?

•O que poderei fazer em casa para apoiar a

aprendizagem na escola?

Não perca o próximo número, com o tema: “ÀDescoberta da Sexualidade”

A sua opinião é importante! Diga-nos o quepensa sobre os nossos temas e quais os que

gostaria de ver tratados.

Se quiser falar connosco, contacte-nos:

Cáritas Paroquial de CorucheApoiar: Gabinete de Aconselhamento ParentalTravessa do Forno nº.16-18,2100-210 CorucheTelefones: 243 679 387 / 934 010 534

O atendimento é realizado às segundas-feiras àtarde

Equipa TécnicaIsabel Miranda (Psicóloga Clínica/Coordenadora)Mauro Pereira (Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta)Nuno Figueiredo (Psicólogo Clínico)Gonçalo Arromba (Estagiário de Psicologia Clínica)

Os Pais e a Escola

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 43

Centro Materno-Infantil doCouço, recebe carro

Temos vindo a fazer umabusca de sinais mais evidentesda evolução das crianças nosprimeiros anos de vida, e atéatingirem a idade pré-escolar(portanto os três anos de idade).

Procuramos os aspectos quepodem justificar particular aten-ção em cada uma das áreas dedesenvolvimento das crianças,mas mudamos ligeiramentepara um assunto de não menos

importância:A Mãe, no seu papel de pri-

meira e principal responsávelcomo educadora.

Vamos voltar portanto acomunicar como pais, a dar pis-tas, para conseguirmos umavivência segura, curta, ordena-da, estruturada, e como sempreo esforço é compensador – Dá-nosAlegria!

Ora penso que tínhamos

procurado as características dacriança até aos 24 meses. Vamosagora avançar até aos 3 anos deidade…

E para o mês que vem vamospensar na grande comunhão quedeve haver entre Educadora eFamília.

Até lá despeço-me…

____* Educadora de Infância

A Câmara de Coruche, de-cidiu atribuir ao Centro Ma-terno-Infantil do Couço, apoiofinanceiro para a aquisição deum novo veiculo, com cerca de3.120 euros (25%). A Segurança

Social vai comparticipar comcerca de 50% do valor do carro,cerca de 12.500 euros.

Os restantes 25%, cerca de3.120 euros terá de ser angariadopelo Centro Materno Infantil.

As crianças dos 24 aos 36 meses

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo*

“Os objectivos deverão ser comuns à Escola e à família”

No número anterior, a Beatriz foi a primeira aenviar-nos um desenho feito por ela.

Ficamos a aguardar os vossos desenhos ouhistórias para publicarmos.

Era uma vez. . . Coruche!

Envie os desenhos dos seus filhospara: Rua de Salvaterra de Magos, 95

2100-198 Coruche Fax: 243 675 693

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Olá Amiguinhos!

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Hei meninos,

nós todos juntos,

vamos ajudá-los!

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Porque os seus filhos não são nen-huns brinquedos! Foi este o mote para ajornada de Prevenção e SegurançaInfantil realizada em Coruche, no passa-do dia 30 de Setembro.

A iniciativa da Câmara Municipal deCoruche, teve como parceiras a Asso-ciação para a Promoção da SegurançaInfantil (APSI), a Guarda NacionalRepublicana, através da patrulha EscolaSegura, os Bombeiros Municipais deCoruche e o Centro Saúde de Coruche,o principal objectivo foi despertar apopulação para os cuidados a ter com asegurança infantil.

A qualidade e fiabilidade dascadeiras de transporte de crianças nosautomóveis foi inspeccionada pelos téc-nicos da APSI, em pleno Parque do

Sorraia. A APSI deixou ainda o alertaaos pais para serem cada vez mais exi-gentes com as escolhas que fazem, quan-do se trata da segurança dos filhos.

Mas não foi só a segurança rodo-viária a merecer atenção, o Centro deSaúde de Coruche abordou uma temáti-ca bastante actual, o excessivo peso edeficiente transporte do material esco-lar, por parte dos mais pequenos, comtodas as consequências adjacentes aisso.

Técnicos do Centro Saúde prestaramesclarecimentos sobre o tipo de mochi-las adequadas atendendo à idade das cri-anças, a forma correcta de as transportaràs costas e a necessidade de prevenir fu-turas lesões na coluna vertebral.

GI-CMC

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200644

CARTOON

Prevenção e SegurançaInfantil em Coruche

O Governo Civil de Santarém orga-nizou hoje uma reunião com asCâmaras Municipais, onde foi feito umbalanço dos números provisórios dosincêndios florestais e uma avaliação dodesempenho do dispositivo. O distritode Santarém registou, desde o dia 1 deJaneiro, um total de 1202 ocorrênciasque consumiram 3206 hectares.

O Governador Civil considerou osresultados bastantes satisfatórios, devi-do a vários factores, como a integraçãode diversas instituições no sistema.“Estou convencido de que o reforçoquantitativo e qualitativo de meios queconseguimos organizar não será alheioa esta redução de área ardida”, frisou,que representou um decréscimo de 84por cento relativamente à média dosúltimos seis anos.

No Dia Internacional para a Redu-ção de Catástrofes, Paulo Fonseca afir-mou que, apesar dos valores positivos,é importante um maior esforço que per-mitam níveis de eficácia superiores.Esforço esse que passa por “dotar osbombeiros dos meios e dos mecanismosnecessários para serem mais eficazes,envolvendo as autarquias de umaforma mais profunda e por uma melhorprevenção”.

O Governador Civil falou das Zonasde Intervenção Florestal, mecanismotécnico e financeiro atribuído peloEstado aos proprietários para umamaior rentabilização do produto flores-tal, evitando assim o seu empobreci-mento. No entanto, é primordial umamudança prévia de mentalidades,salientou.

Na reunião, foram abordadas as difi-culdades orçamentais das CâmarasMunicipais para colocar algumas medi-das em prática, nomeadamente as dis-postas no decreto-lei n.º 124/2006.Apesar da sua recente criação e detodos os procedimentos legais que sãonecessários cumprir, o representante doGoverno no distrito de Santarém nãodeixou de, ao mesmo tempo que aplau-dia o empenho dos autarcas aquandodos incêndios nos seus concelhos, aler-tar para determinadas situações que nãoimplicam investimentos financeiros.

Alguns desses aspectos são a elabo-ração dos Planos Municipais de Defesada Floresta Contra Incêndios (actual-mente o distrito tem apenas dois), aproibição de lançamento de foguetesdurante o Verão e o levantamento daszonas críticas concelhias (informaçãoque foi solicitada pelo Governo Civil).

Foi feito ainda um elogio ao trabal-ho desenvolvido pelo ComandanteDistrital de Operações de Socorro deSantarém, Joaquim Chambel, e umapelo “esta é uma luta absolutamentecolectiva que devemos assumir comambas as mãos”.

Foi precisamente o ComandanteDistrital quem apresentou os númerosdo balanço. Os objectivos foramalcançados e 2006 foi o ano que, desde2000, registou menor número de ocor-rências (diminuição de 25 por cento),sendo apenas batido por 2001 em ter-mos de área ardida. Os meios aéreosapresentaram níveis de eficácia queultrapassam os 90 por cento, resultadoque correspondeu a uma “grande apos-ta”; criar mecanismos de forma a que oprimeiro meio de combate chegasse aolocal num máximo de 15 minutos. Paratal contribuiu igualmente o pré-posi-cionamento de equipas próximo daszonas mais críticas.

Joaquim Chambel considerou que otrabalho da GNR foi de preocupaçãopelo cumprimento das tarefas de vig-ilância e de fiscalização e assinaloucomo positiva a cooperação com todasentidades envolvidas. Para 2007, pre-tende-se que o dispositivo conte commais um Grupo de Reforço de Interven-ção Florestal, perfazendo um total dequatro, bem como com uma maior par-ticipação por parte dos GabinetesTécnicos Florestais.

O próximo ano perspectiva, contu-do, um desafio. Segundo o Co-mandante Distrital, os números de 2006serão difíceis de melhorar e, por isso énecessário “perceber onde se podeevoluir e melhorar o trabalho da res-ponsabilidade das Câmaras Munici-pais”.

____GI-GCS

Incêndios Florestais:Santarém com balançopositivo em 2006

Porque os seus filhos não são nenhuns brinquedos

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 45

O Início!Após a inscrição no con-

curso, lançamos o desafio às 3turmas do 4.º ano da Escola,para que os alunos que esti-vessem interessados se inscre-vessem na Biblioteca Escolar /Centro Recursos Educativosda Escola a fim de iniciarmosos trabalhos. Inscreveram-se12 alunos e começamos arealizar reuniões duas vezespor mês, às quintas-feiras,após as aulas. Numa primeirafase, decidimos que seria im-portante os alunos saberem oque era ser repórter e como sefaz uma notícia, uma entrevista.

Assim, convidamos paravir à escola, o Jornalista, Pe-dro Orvalho, Assessor de Im-prensa na Câmara Municipal,

que ajudou os nossos repórteresa perceber como é o mundo dojornalismo. Depois, decidimosquais as reportagens que iría-mos fazer, sobre que tema equem fazia o quê.

Pensamos fazer uma repor-tagem sobre as piscinas mu-nicipais e convidamos o Sr.Vereador Nelson Galvão, quegentilmente nos levou parauma visita guiada às mesmas erealizamos a entrevista.

A seguir entrevistamos a Dr.ªFátima Bento, Presidente doConselho Executivo do nossoAgrupamento e ficamos a con-hecer melhor a escola sede e osseus projectos ambientais.

Simultaneamente inicia-mos reuniões com o departa-mento ambiental da Câmara

Municipal de Coruche, com oobjectivo de podermos reali-zar em Maio de 2006, um diasem carros à volta da escola.Mas como o tempo era poucoe os estudos apertaram e tam-bém porque estas coisas dãomuito trabalho, esta actividadeacabou por ser realizada nodia 22 de Setembro.

Nesta data os alunos doseco repórteres já não se encon-travam na escola pois transi-taram todos para o 5.º ano, masparticiparam, uma vez que aactividade foi de sua iniciativae o seu empenho continuou.

Para nós, professoras quecoordenamos o projecto, foiduro mas gratificante. Os tex-tos finais poderão não ser osmelhores, mas o empenho, adedicação e todo o trabalho pordetrás de um simples texto foiEDUCAÇÃO.

Levar este grupo a pesquis-ar para poder fazer as pergun-tas certas para cada entrevista,a ler sobre os temas para saberdo que se tratava. Mexer coma escola, agitar a vila, envolveros pais. Foi o primeiro passopara algo que continuará nopróximo ano.

Obrigado ABAE, ObrigadoGalp EnergiaOs Eco-Reporters da E.B.1 Coruche 1

As Professoras Coordenadoras doGrupo

Isabel Carapinha e Teresa Montoia

O grupo dos Eco-Repórte-res da EB1 de Coruche 1, des-locou-se às piscinas Munici-pais de Coruche para uma visi-ta, acompanhados pelo Dr.Nelson Galvão, Vereador daEducação e Cultura da CâmaraMunicipal.

O projecto das piscinasengloba duas vertentes: as in-teriores e as exteriores. Aspiscinas interiores: um tanquede 16 metros, em que temper-atura da água ronda os 28,5º /29,5º e a piscina de 25 metros

Eco-rrepórteres dda EEB1 dde CCoruche 11– ganham 1.ª Menção Honrosa atribuída pela Associação Bandeira Azul e Galp Energia

PPiisscciinnaass MMuunniicciippaaiiss ddeeCCoorruucchhee ttêêmm 22 aannooss–– ee sseemm PPoouuppaannççaa ddee EEnneerrggiiaa

Eco-RReportagem Nota do Director: É com satisfação que o Jornal de Coruche dá esta noticia e publica, as três reportagens efectuadas pelos alunosJosé Bernardo Pereira, Miguel Palma, Sofia Guarda, Inês São Marcos, Joana Dias, Filipa Neves, Mariana Escaninha, MimiCoutinho, Daniela Patrício, Margarida Carapinha e Inês Moura, integrados no projecto Eco-Escolas, sob a coordenação dasProfessoras Isabel Carapinha e Teresa Serrão Montoia. A atribuição dos prémios atesta a qualidade e a pertinência dos temas abor-dados, pelo que devem ser acolhidos pelos responsáveis e decisores locais.

Os alunos da EB1 Coruche1, as professoras, os representantes da Galp Energia e os directores da Associação Bandeira Azul

Comitiva de Coruche

Foi com três reportagens, subordinadas ao tema da poupança de energia e do ambiente, queos Eco-Repórteres da EB1 de Coruche 1, ganharam a 1.ª Menção Honrosa atribuída pela Asso-ciação Bandeira Azul em parceira com a Galp Energia, do concurso Eco-Escolas.

Assim no dia 26 de Setembro, alguns dos alunos que participaram no projecto deslocaram-se a Torres Novas e conjuntamente com as professoras responsáveis receberam o seu prémio,um Forno Solar.

Também a Escola Básica n.º 1 de Coruche 1, o Jardim de Infância n.º 1 de Coruche, oJardim de Infância da Quinta do Lago e a Escola Básica Integrada do Couço receberam aBandeira Verde do ano lectivo 2005/06.

As piscinas municipais de Coruche estão abertas ao públi-co há apenas dois anos e quem as planeou “esqueceu-se” defazer um estudo energético de forma a poupar.

A água é aquecida com gás, a electricidade gasta é muitae nem as lâmpadas são económicas!

> continua na pág. seguinte

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200646

• BAPTISMOS •

Igreja de São João Baptista

Dia 28 - Maria EduardaBernardino GarciaDia 28 - David AlexandreSilvestre MendesDia 29 - Artur Mendes RamosHenriques TomásDia 29 - Pedro Miguel RamosHenriques Tomás

Igreja do Castelo

Dia 7 - Bernardo FelicianoAmbrósioDia 14 - Mariana Mesquita NunesDia 14 - Laura Maria BarreirosMiraDia 21 - Carolina Pereira MarquesDia 21 - Miguel Nuno CoelhoAntónio

• CASAMENTOS •

Igreja de São João BaptistaDia 28 - Carlos Manuel SilvestreGarcia com Maria José da SilvaBernardino

Igreja do Castelo

Dia 7 - Luís Miguel CordeiroCoelho com Ana MargaridaMartins AgoladaDia 7 - Paulo Jorge Ferreira deJesus com Sónia de Jesus FerreiraCoelhoDia 14 - Ruben Miguel AmaralLima Marques com Ivone SofiaRodrigues AlvesDia 14 - José Miguel Santiago deCarvalho com Joana Rita deCarvalho Feio FriezasDia 21 - Rui Manuel PereiraFialho com Sílvia Castelo LopesDia 21 - Pedro Miguel FigueiredoVentura da Costa com Luísa daConceição Martins Duarte

Igreja da Lamarosa

Dia 7 - Luís Miguel Filipe Pirralhocom Marisa Maria Lopes Claro

• FALECIMENTOS •

Dia 1 - José Custódio, de 79 anosDia 3 - Mariana Emília Mendes,de 76 anosDia 6 - Mariana Rosa, de 86 anos Dia 12 - Célia Marques, de 92anosDia 14 - Luís Ferreira, de 94 anosDia 15 - Rosalina Guilherme, de85 anosDia 16 - Maria Eugénia Dias, de83 anosDia 17 - António Felício Marques,de 78 anosDia 18 - Manuel João DomingosEspada, de 68 anosDia 18 - Joaquina Floripes, de 78anosDia 19 - José Cardoso, de 77 anosDia 21 - Aníbal José de Oliveira,de 90 anosDia 22 - Custódio José Relvas, de81 anosDia 28 - Sara Conceição Moreirade Matos, de 94 anos

Informação das agências funerárias de Coruche

Informações da Paróquia de Coruche • Mês de Outubro

Sede ddo AAgrupamento VVertical EEducor– CCoruche, PPensa VVerde!

com temperatura da água nos28º / 29º C.

As piscinas são abastecidasde água através de um furopróprio e a sua água é aquecidaatravés de um sistema alimen-tado por gás.

Segundo o Dr. Nelson Gal-vão, “não foi feito nenhum es-tudo energético” e consequen-temente não foi previsto nenhu-ma energia alternativa. A au-tarquia gasta cerca de 10.000euros em gás e electricidade.

Com posição geográficaprivilegiada, as piscinas situ-am-se na parte alta da vila, nãotêm painéis solares que poderi-am fazer pelo menos o aqueci-

mento das águas para os duches.“Neste momento o execu-

tivo da autarquia solicitou auma empresa do ramo um estu-do para poupança energética”,esclareceu o Dr. Nelson e “es-tamos na iminência de adqui-rir uns cobertores, umas telas,que se colocam à noite sobre aágua para manter a temper-atura, e assim podermos du-rante umas horas desligar oaquecimento das águas”.

Todas as lâmpadas existen-tes não são de baixo consumo eos candeeiros de rua estão liga-dos à electricidade. Os Eco-Repórteres sugerem que sejamsubstituídos por outros de

energia solar. As torneiras tam-bém não têm regulador depoupança de água e somente osautoclismos têm sistema depoupança.

As piscinas municipais sãonovas e é necessário melhoraro que está menos bem. É ne-cessário repensar a forma co-mo se “usam” os nossos recur-sos neste local público. Só ra-cionando e usando a energia deforma eficiente poderemos aju-dar a salvar o nosso planeta.

Os Eco-Reporters E.B.1 Coruche 1José Bernardo Pereira, Miguel Palma,Sofia Guarda, Inês São Marcos, Joana

Dias, Filipa Neves, Mariana Escaninha,Mimi Coutinho, Daniela Patrício,Margarida Carapinha, Inês Moura

A Presidente do ConselhoExecutivo do AgrupamentoVertical de Escolas EDUCOR,

recebeu o grupo dosEco-Repórteres e ementrevista esclare-ceu-nos alguns as-pectos e conheceu--se a dinâmica daescola em relação aquestões ambientais.

A Escola EB 2.3Armando Lizardo,teve no ano lectivode 2005/06, 540 alu-

nos do 5.º ao 9.º ano, 75 pro-fessores e 26 funcionários.

Todos os docentes e pessoal

não docente são sensibilizadosconstantemente para manteremas luzes apagadas sempre quenão sejam necessárias ou que aluz natural seja suficiente.

As luzes exteriores da esco-la não são a energia solar e nacozinha tudo funciona a gás. Épreocupação de todos que todosos tachos, panelas e demaisutensílios estejam adequadosaos bicos do fogão.

A escola gasta em médiapor mês, 550 euros em gás,1500 euros em electricidade e

A escola EB 1 de Coruche 1,situa-se na parte este da Vila deCoruche, em frente ao posto daGNR e no meio de duas vias,uma principal que serve o trân-sito que segue para a freguesiada Lamarosa e outra secundária,que dá acesso ao centro da vila.A escola fica também junto aum grande aglomerado popula-cional e a um dos bairros maisantigos da Vila, o Bairro Novo,caracterizado por casas baixas eruas estreitas.

Perto da escola não existemparques de estacionamento e oque acontece diariamente é queos moradores estacionam os seuscarros de um dos lados da faixade rodagem, o que torna impos-sível a passagem de dois carros,simultaneamente, nas ruas.

Este problema agrava-se nashoras de entrada e saída da esco-la, 8h, 13h e 18h, quando a jun-tar aos carros dos moradoresacrescentamos os carros doscerca de 150 pais que levam oudeixam os seus filhos na escola.

O grupo dos eco-repórteres ea Câmara Municipal, após reu-nião decidiriam juntar esforçose no dia 22 de Setembro de2006 realizaram o dia “Na vila,sem o meu carro”, incluindo-seassim na Semana Europeia daMobilidade.

Pretendeu-se com esta ini-ciativa realizar uma Campanhade sensibilização à populaçãopara a problemática da mobili-dade sustentável e temos comoobjectivos principais: encorajarmudança de comportamentos,para que estes se tornem com-patíveis com o desenvolvimentosustentável; proporcionar oca-siões que fomentem o desloca-mento da população por meiosalternativos ao automóvel: bici-

cleta, transportes públicos ou,simplesmente, a pé; relacionardesenvolvimento/mobilidadesustentáveis com melhoramentoda qualidade de vida: melhorambiente, mais saúde.

Neste sentido, realizamos asseguintes actividades: limitaçãodo tráfego automóvel na zonaenvolvente da EB 1 de Coruche;promover o passeio pedestre dee para a escola; promover a con-sciencialização de pais e alunospara o problema do tráfego au-tomóvel na vila; apresentar so-luções credíveis que conduzamà mudança de comportamentos;avaliar o impacto social e ambi-ental da iniciativa.

Este dia só é possível com oenvolvimento da Câmara Muni-cipal de Coruche, Escola BásicaN.º 1 de Coruche 1 e da GNR.Entendemos que se torna ur-gente unir esforços e concertaracções que conduzam ao desen-volvimento socio-económico,de forma a garantir a sustenta-bilidade dos recursos naturais.

Pretendemos a alteração doshábitos de transporte de pessoase mercadorias de forma a pre-servar recursos e a não aumen-tar agressões ambientais como:elevado número de emissõesatmosféricas; grande ocupaçãode áreas naturais por infra estru-turas para circulação e estacio-namento.

Esperamos que mais diaassim, sejam um verdadeirosucesso e para isso iremos “tra-balhar” nas férias em prol doambiente e de uma melhor mo-bilidade sustentável.

Os Eco-Reporters E.B.1 Coruche 1José Bernardo Pereira, Miguel Palma,Sofia Guarda, Inês São Marcos, Joana

Dias, Filipa Neves, Mariana Escaninha,Mimi Coutinho, Daniela Patrício,Margarida Carapinha, Inês Moura

120 euros em água.Algumas turmas da escola

realizam trabalhos anti-tabaco econtra a poluição ambiental prin-cipalmente na área de projecto.

A escola tenta que estassensibilizações cheguem aospais e à comunidade mas nemsempre se conseguem mudarhábitos, mas e segundo a Dr.ªFátima Bento “levamos os alu-nos, pais e população a pensar,a reflectir sobre a importânciade preservarmos os recursosnaturais e de os utilizarmos damelhor maneira, pois eles po-dem um dia esgotar-se”.

Neste sentido, há algumtempo, a escola fecha a águapor algumas horas, levando as-sim todos a verificarem a im-portância que a água tem paraa nossa vida e como é impor-tante utilizá-la de forma cor-recta e a não desperdiçar.

O importante é manter há-bitos saudáveis e acreditarmosque é possível poupar com osrecursos que temos.

Os Eco-Reporters EB 1 Coruche 1José Bernardo Pereira, Miguel Palma,Sofia Guarda, Inês São Marcos, Joana

Dias, Filipa Neves, Mariana Escaninha,Mimi Coutinho, Daniela Patrício,Margarida Carapinha, Inês Moura

Eco-RReportagem > continuação da página anterior

Piscinas MMunicipais dde CCoruche ttêm 22 aanos– e sem Poupança de Energia

A sede do Agrupamento Educor, a Escola EB 2.3 de Coruche, ao qual pertence a nossa esco-la, a E.B.1 Coruche 1, tem vindo nos últimos anos a preocupar-se em diminuir o consumo daenergia e a produzir hábitos saudáveis nos seus alunos.

UUmm CCAAOOSS aauuttoommoobbiillííssttiiccoo!!Constatamos diariamente que junto à nossa escola toda a

gente estaciona em todo o lado.Estaciona-se em cima do passeio, em ambos os sentidos.

Todos os pais levam os filhos de carro até à porta da escola.Um verdadeiro CAOS!

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Este Congresso reuniu 45Treinadores e Atletas de Clu-bes de todo o País e teve lugarno Pavilhão Polidesportivo deSantarém no dia 14-10-2006.

Teve como responsáveis:Luís Galache (6º Dan) António Anjinho (2º Dan)

Teófilo Fonseca (2º Dan) Alberto Delago (3º Dan)

O encerramento deste Con-gresso teve lugar no CNEMAem Santarém, seguido de umJantar com actuação do GrupoFolclórico de Santarém. ____

Carlos Duarte

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 2006 47

DESPORTO E LAZER

João Carlos Louro *

* Jornalista

Santarém acolheCongresso de Judo

União Figueirenseem dificuldades

Campeonato Distrital deFutebol da 1.ª Divisão

1.ª FASE – SÉRIE B

Não está fácil, a vida do Uni-ão Figueirense no campeonato.A equipa do concelho, até aomomento, obteve apenas umavitória caseira e perdeu os res-tantes jogos, após oito jornadas.

Recorde-se que, o objectivoda equipa das Fazendas dasFigueiras, é lutar pelo meio databela, ficar entre os seis primei-ros da série.

Campeonato Distrital deFutebol da 2.ª Divisão

1.ª FASE – SÉRIE B

A equipa de Santana doMato, estreou-se da pior formano campeonato, com uma derro-ta em Pernes perante a equipalocal.

Na 1.ª jornada folgou e na 3.ª

jornada o jogo no Porto Alto foiadiado devido ao mau tempo.

Entretanto, na Taça do Riba-tejo, o Santanense venceu o vi-zinho Marinhais, continuandona prova rainha da Associação.

Destaque para apróxima edição

Grupo de educação física daEscola Secundária de Co-ruche, faz investigação cien-tífica com alunos da escolasecundária e redige artigosobre “Determinantes doNível de Condição Física”.

No próximo número publi-caremos a conclusão desterelevante estudo efectuadopor J. Santos, Ricardo Ra-poso, J. Reis, J. Faustino eCarlos Moura

TAÇA DO RIBATEJOem Futebol

1.ª Eliminatória – Zona SulGlória Ribatejo 3 Pernes 1 (após prolongamento)Tigres Cartaxo 3 Alcanenense 4 (após penalidades)Santanense 2 Marinhais 1Porto Alto 1 Pontével 3

Cecília…Na memória de todos nósFicou a lembrançaDa tua voz doce de meninaDos teus olhos verdesDa tua bondade enormeDa tua beleza translúcidaFoste…muito mais que umaGrande Filha, Mulher, Mãe…Amiga de todos…Dorida por todos…dedicada a todosCecília…A saudade, a dor…e um turbilhão de sentimentos Alojou-se no nosso coraçãoPartiste…Para nunca mais voltares…Da vida levas-te tanta dor e sofrimento…Que o céu te dê o cantinhoSossegado e sereno E que todos os anjinhos te conheçamComo nós conhecemos…Cilita…Um nome que nunca mais vou chamarUma Amiga…uma Prima…Que nunca mais posso visitar…Teu nome fica gravadoNos nossos corações para todo o sempreE os teus filhinhosPor nós serão amadosComo tu…farias pelos nossos…Os teus queridos paisPor nós serão amparados…Nos momentos mais difíceisA saudade fica marcada…A despedidaFica lembrada…Sempre com lágrimas nos olhos.Que descanses em pazNum sonho eternoQue nuncaTe esqueceremosAmar-te-emos para todo o sempre.

2006-10-02Mafalda Fonseca

POESIA

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 7 • Outubro de 200648

LEAL & CATITA, LDA.Vendas e Assistência

Semi-Novos

Peugeot 307 SW 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006 Opel Astra Elegance 1.3 CDTI(Diesel) 2006Opel Corsa 1.2 16V Twinport 5p 2005Volkswagen Golf 1.4 16V FSI 5p 2005VW Polo 1.2 12V 5P (Modelo Novo) 2005Ford Focus 1.4 16V Sport 5p 2005Seat Ibiza 1.2 12V C/AC 5p 2005Citroen C-3 1.1SX Pack C/AC 5p 2005Peugeot 206 SW 1.4 HDI C/AC 5p (Diesel) 2005Opel Corsa 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2005Peugeot 206 SW 1.1 C/AC 5p 2004

Retomas

BMW 320 D Touring 150 CV 5p (Diesel) 2003VW Polo 1.2 12V 5p 2003VW Polo 1.2 12V 5p 2002Mercedes E-220 STW Eleg. 2002Seat Cordoba 1.4 16v 4p 2001Opel Corsa 1.7 DTI 5p (Diesel) 2001Opel Astra Car.Sport 1.4 16V 2001Peugeot 306 1.4 Break 5p 2000

Comerciais

Opel Corsa 1.3 CDTI Van 2005Opel Combo 1.7 DI Van 2004Peugeot Partner 1.9 D Van 2004Renault Clio 1.5 DCI Van C/AC 2003Seat Ibiza 1.9 SDI Van 2001Peugeot 206 1.9 D Van C/AC 2000

Stand 1:Rua do Cemitério

Stand 2:R. Maria Emília Jordão

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Assine o Jornal de CorucheCoruche, Capital Mundial da Cortiça

Realiza o 1.º Encontro do Sector Corticeiro e integra Rede Europeia das Regiões Corticeiras> páginas 26 e 29

O Corpo de Bombeiros de Coruche comemorou os seus 78 anos, na Praça da Água, no Rossio.

> página 24

À revelia do nosso Director Dr. Abel MatosSantos, e correndo o risco de não paginar mais estejornal, dou notícia do seu casamento com a ExmªSenhora Dona Carlota Maria de Barros Alarcão deCarvalho Branco.O casamento católico realizou-se no passado dia30 de Setembro, na capela do Palácio das Neces-sidades, em Lisboa, seguido de jantar no palácio daCruz Vermelha Portuguesa.Desejamos as maiores felicidades aos noivos, bemcomo aos seus familiares e amigos, fazendo votospara que o futuro lhes traga saúde, alegria e tudo oque mais desejarem.

____Manuel Gomes Pinto

O nosso Director Casou!

Bombeiros Municipais de Corucheassinalaram o 78º aniversárioBombeiros Municipais de Corucheassinalaram o 78º aniversário