paisagismo e plantas ornamentais - apostilas - engenharia agronômica
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Universidade Federal de Gois
Escola de Agronomia e Eng. de Alimentos
Paisagismo e Floricultura
PPAAIISSAAGGIISSMMOO EE
PPLLAANNTTAASS OORRNNAAMMEENNTTAAIISS
Prof. Larissa Leandro Pires
Goinia GO
2008
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Larissa Leandro Pires Paisagismo e Floricultura 2
I - PAISAGISMO ................................................................................... 1 1. CONCEITOS E DEFINIES ...................................................................................................... 1
1.1. Paisagem:..................................................................................................................................... 1 1.2. Paisagismo: .................................................................................................................................. 1
2. COMPONENTES ............................................................................................................................ 2 3. IMPORTNCIA .............................................................................................................................. 3 4. DIVISO DO PAISAGISMO ........................................................................................................ 4
4.1. MICROPAISAGISMO ................................................................................................................ 4 4.2. MACROPAISAGISMO .............................................................................................................. 4
5. FORMAO DE PROFISSIONAIS EM PAISAGISMO ........................................................... 5 II. PLANEJAMENTO PAISAGSTICO ............................................................. 5
1.... ESTUDO PRELIMINAR ................................................................................................................ 6 1.1. PESQUISA POPULAR ............................................................................................................... 6 1.2. LEVANTAMENTO PLANIALTIMTRICO E CADASTRAL ................................................ 7 1.3. ANLISE DO SOLO .................................................................................................................. 7 1.4. LEVANTAMENTO CLIMTICO ............................................................................................. 7
2.... ANTE-PROJETO ............................................................................................................................ 8 2.1. DISTRIBUIO ESPACIAL ..................................................................................................... 9 2.2. ELEMENTOS NATURAIS ...................................................................................................... 10 2.3. PARTE HIDRULICA E ELTRICA ..................................................................................... 10 2.4. ANLISE DO ANTE-PROJETO ............................................................................................. 11
3.... PROJETO DEFINITIVO OU EXECUTIVO ............................................................................. 11 3.1. PLANTA EXECUTIVA DE ARQUITETURA E DE ENGENHARIA CIVIL ........................ 11 3.2. PROJETO BOTNICO ............................................................................................................ 11 3.3. MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................................... 12 3.4. MANUAL TCNICO DE IMPLANTAO E MANUTENO DO JARDIM .................... 17 3.5. PROPOSTA OU CONTRATO DE SERVIO ......................................................................... 17
4. Elementos de trabalho ................................................................................................................... 18 4.1. ELEMENTOS NATURAIS ...................................................................................................... 18
4.1.1. VEGETAO ............................................................................................................... 18 4.1.2. ANIMAIS ....................................................................................................................... 19 4.1.3. GUA ............................................................................................................................ 19 4.1.4. OUTROS ELEMENTOS ............................................................................................... 19
4.2. ELEMENTOS ARQUITETNICOS ........................................................................................ 20 4.2.1. CAMINHOS CIRCULAO E PISO ....................................................................... 20 4.2.2. CONSTRUES PARA LAZER ................................................................................. 20 4.2.3. ILUMINAO .............................................................................................................. 22 4.2.4. DIVISRIAS ................................................................................................................. 24 4.2.5. MOBILIRIO ................................................................................................................ 24 4.2.6. OBRAS DE ARTE......................................................................................................... 25
5. IMPLANTAO DE JARDINS .................................................................................................. 25 5.1. Servios preliminares ................................................................................................................ 25
5.1.1. PREPARO DO TERRENO ........................................................................................... 26 5.2. PLANTIO DAS MUDAS .......................................................................................................... 27
A) COVEAMENTO: ............................................................................................................ 27 B) PLANTIO: ....................................................................................................................... 28
5.3. ADUBAO DE PLANTIO .................................................................................................... 32 5.4. SERVIOS COMPLEMENTARES ......................................................................................... 33
6. MANUTENO DE JARDINS ................................................................................................... 33 6.1. ADUBAO DE COBERTURA ............................................................................................. 34
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6.2. PODAS ...................................................................................................................................... 34 6.2.1. De Formao .................................................................................................................. 34 6.2.2. De Florao .................................................................................................................... 35 6.2.3. De Limpeza .................................................................................................................... 35 6.2.4. De Correo ................................................................................................................... 35 6.2.5. De Rejuvenescimento .................................................................................................... 36
III ESTILOS DE JARDIM ...................................................................... 36 3.1. ESTILO INFORMAL ................................................................................................................ 38
A) JARDIM CHINS .............................................................................................................. 38 B) JARDIM INGLS ............................................................................................................... 39 C) JARDIM JAPONES ............................................................................................................ 40
3.2. ESTILO FORMAL .................................................................................................................... 42 A) JARDIM FRANCS ........................................................................................................... 42 B) HOLANDS ....................................................................................................................... 43 C) JARDIM ITALIANO .......................................................................................................... 44
3.3. ESTILO CONTEMPORNEO ................................................................................................. 45 A) JARDIM TROPICAL .................................................................................................... 45 B) JARDIM ROCHOSO .......................................................................................................... 46
IV PLANTAS ORNAMENTAIS ................................................................ 47 1. PLANTAS ARBUSTIVAS ............................................................................................................ 47
1.1. DISPOSIO NO JARDIM ..................................................................................................... 47 1.2. CLASSIFICAES .................................................................................................................. 48
A) Cerca viva ........................................................................................................................... 49 2. PLANTAS HERBCEAS ............................................................................................................. 50
2.1. DIVISO E CLASSIFICAO ............................................................................................... 51 2.2. PRINCIPAIS ESPCIES E SUAS CARACTERSTICAS ...................................................... 53
2.1. HERBCEAS FOLHOSAS ............................................................................................. 53 2.3. FLORFERAS ........................................................................................................................... 56
2.2.1. Ciclo de vida .................................................................................................................. 57 3. PALMEIRAS ................................................................................................................................. 60
3.1. Caracterizao botnica ............................................................................................................. 60 3.2. Distribuio geogrfica ............................................................................................................. 62 3.3. Hbito de crescimento ............................................................................................................... 62 3.4. Caractersticas ornamentais ....................................................................................................... 62 3.5. Uso paisagstico ......................................................................................................................... 63 3.6. Propagao ................................................................................................................................ 64 3.7.Manejo ........................................................................................................................................ 67 3.8. Espcies ..................................................................................................................................... 67
5. PLANTAS ORNAMENTAIS TREPADEIRAS .......................................................................... 68 5.1. Classificaes ............................................................................................................................ 69
5.1.1. Grupos botnicos............................................................................................................ 69 5.1.2. Ciclo de vida .................................................................................................................. 70 5.1.3. Exigncia em luminosidade ........................................................................................... 70
5.2. Tutores ....................................................................................................................................... 70 5.3. Utilizao .................................................................................................................................. 71 5.4. PROPAGAO ........................................................................................................................ 73
5.4.1. Plantio e tratos culturais ................................................................................................. 73 5.5. ESPCIES ................................................................................................................................. 73
5.5.1. Caractersticas ................................................................................................................ 74 6. SUCULENTAS .............................................................................................................................. 76
6.1. FAMLIAS ................................................................................................................................ 76
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6.1.1. AGAVES, YUCAS E BABOSAS ................................................................................. 77 6.1.2. FAMLIA CACTACEAE .............................................................................................. 78 6.1.3. OUTRAS ESPCIES ..................................................................................................... 80
6.2. PROPAGAO DE SUCULENTAS ....................................................................................... 81 6.3. CULTIVO .................................................................................................................................. 82
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I - PAISAGISMO
1. CONCEITOS E DEFINIES 1.1. PAISAGEM:
A paisagem refere-se ao espao de terreno abrangido em um lance de vista, ou extenso
territorial a partir de um ponto determinado. Pode ser classificada em:
Natural: sem a interveno do homem;
Artificial: planejada, ou seja, um jardim. Jardim uma palavra de origem hebraica e vem de gan (proteger, defender) + eden
(prazer, satisfao, encanto, delcia). A concepo inicial e, ainda hoje, a mais comum de jardim est ligada s palavras hebraicas
originais: um mundo ideal, pequeno, perfeito e privativo. Na tradio judaico-crist, a idia primitiva de jardim de paraso, um lugar com plantas ornamentais e frutferas formando um ambiente de harmonia, beleza e satisfao espiritual.
Um jardim a representao idealizada da paisagem como cada civilizao (ou at cada pessoa) desejaria que ela fosse. um local que pode ser percebido pelos cinco sentidos. dinmico, porque o elemento vegetal, como um ser vivo, est sujeito a um ciclo biolgico. O jardim modifica-se com o passar do tempo (devido ao crescimento) e durante as estaes do ano (florao, frutificao, queda das folhas, mudana de cor, etc.).
1.2. PAISAGISMO: Da palavra paisagem, deriva a palavra Paisagismo. O paisagismo uma atividade que
organiza os espaos externos com o objetivo de proporcionar bem-estar aos seres humanos e de atender s suas necessidades, conservando os recursos desses espaos. Combina conhecimentos de
cincia e arte, pois:
Arte: forma de expresso cuja ocorrncia se verifica quando um conjunto de emoes atua sobre a sensibilidade humana;
Cincia: a reunio de leis abstratas, deduzidas dos fenmenos da realidade exterior ou interior.
Tcnica: a aplicao, nos trabalhos de rotina, das leis abstratas que vm da cincia.
Existem alguns conhecimentos bsicos que so requeridos no paisagismo:
1. Conhecimentos cientficos: Manejo dos recursos naturais: Ecologia, Biologia, Botnica, Geologia e Geografia, etc.;
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Tcnicas de cultivo: Agronomia (Fitopatologia, Entomologia, Fitotecnia, Adubao, Fisiologia Vegetal, Horticultura, Solos, Nutrio de plantas, Proteo de plantas, Climatologia, Topografia,
Irrigao e Drenagem, etc.); Organizao dos espaos: Arquitetura e Urbanismo.
2. Conhecimentos artsticos: Artes plsticas: elementos vivos e inertes (esculturas); Artes industriais: cermicas, serralherias, marcenarias, etc.
2. COMPONENTES Para que se tenha um paisagismo bem elaborado, deve-se partir para o planejamento
paisagstico. Este planejamento deve considerar, ainda, o espao livre e de rea verde existente no local em estudo.
O espao livre toda a rea geogrfica (solo ou gua) que no coberta por edificaes ou outras estruturas permanentes.
A rea verde um tipo especfico de espao livre, ou seja, aquele coberto, predominantemente, por extrato vegetal. O termo rea verde aplica-se a diversos tipos de espaos
urbanos que tm em comum: serem abertos (ao ar livre); serem acessveis; serem relacionados com sade e recreao.
So consideradas reas verdes urbanas tanto reas pblicas, como particulares. Podem ser
jardins, praas, parques, bosques, alamedas, balnerios, campings, praas de esporte, playgrounds, playlots, cemitrios, aeroportos, corredores de linhas de transmisso, faixas de domnio de vias de
transporte, margens de rios e lagos, reas de lazer, ruas e avenidas arborizadas e/ou ajardinadas. Desde que devidamente tratados, tambm se incluem os depsitos abandonados de lixo, as reas de
tratamento de esgoto e outros espaos semelhantes.
Existem diversas classificaes de reas verdes:
a) Jardins de representao: reas ligadas ornamentao sem finalidade recreacional e de menor importncia do ponto de vista ecolgico. So os jardins de prdios pblicos, de igrejas, etc.;
b) Jardins de vizinhana: reas para recreao, que podem ter alguns equipamentos recreacionais (playgrounds), esportivos ou mesmo de lazer passivo (bancos). Sua rea mnima de 1.500m2,
ou de 5.000m2 caso tenham equipamentos esportivos. Devem distar, no mximo, 500m das
residncias dos usurios;
c) Parques de bairro: reas com a mesma finalidade que os parques de vizinhana, mas com
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equipamentos que requerem maior espao; sua rea mnima de 10ha, e devem distar, no
mximo, 1.000m das residncias dos usurios;
d) Parques distritais ou setoriais: tm a mesma finalidade que as duas categorias anteriores, mas sua rea mnima de 100ha;
e) Parques metropolitanos: reas de responsabilidade extra-urbana, com espaos de uso recreacional e de conservao;
f) Unidades de conservao: reas exclusivamente destinadas conservao, podendo, eventualmente, ter algum equipamento recreacional para uso pouco intensivo. Encaixam-se
nesta categoria as reas de recursos naturais, reas de proteo ambiental, reas de proteo de
mananciais e reas de proteo paisagstica;
g) reas verdes de acompanhamento virio: reas sem carater conservacionista ou recreacional, tendo apenas funo ornamental, mas podendo interagir no ambiente urbano. So os canteiros de
avenidas, rotatrias, etc..
Existe ainda um espao urbano, talvez o mais importante, no inserido nesta classificao, a
Praa, local de encontro na cidade, vegetado ou no, comumente com rea aproximada de 1,0ha. Os
parques de vizinhana so praas, mas as praas nem sempre so parques de vizinhana.
O ndice de rea verde o total de reas verdes de um determinado local (m2) dividido pelo seu nmero de habitantes (m2/habitante), ou seja, a relao entre a quantidade de rea verde de uma cidade e sua respectiva populao. Considera-se adequado um ndice de 10 m2 a 13 m2 de rea
verde/habitante. Mais importante que o ndice, entretanto, a distribuio dessas reas verdes e as
suas caractersticas e as da regio onde elas se inserem.
3. IMPORTNCIA A existncia de reas verdes junto aos centros urbanos (parques, praas, lagos e ruas
arborizadas) proporciona uma sensao de bem-estar aos usurios destes espaos. As plantas utilizadas no paisagismo urbano, to importantes na caracterizao ambiental destas reas,
promovem inmeros benefcios estticos e funcionais ao homem e esto muito alm dos seus custos de implantao e manejo.
Alguns dos efeitos causados pela vegetao no meio urbano esto relacionados com a
melhoria da qualidade do ar e do conforto trmico. A qualidade do ar melhorada pela
interceptao de partculas e absoro de gases poluentes pelas plantas, enquanto que a reduo da
temperatura ocorre pela absoro de calor no processo de transpirao, reduo da radiao e
reflexo dos raios solares.
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Outros benefcios proporcionados pela presena planejada das plantas na paisagem urbana so a proteo contra ventos e reduo da poluio sonora. O vento pode ser agradvel, desconfortvel ou
ate mesmo destruidor, dependendo de sua velocidade. As plantas modificam os ventos pela
obstruo, deflexo, conduo ou filtragem do seu fluxo.
As plantas tambm podem ser teis quando dispostas com o objetivo de sinalizao, arranjadas a fim de indicar direo a pedestres e veculos, melhorando a aparncia de estradas e rodovias.
Contudo, os maiores efeitos proporcionados pela utilizao de plantas nos espaos urbanos
so os estticos e psicolgicos. Os efeitos estticos, evidenciados pelas propriedades ornamentais de
cada espcie, tm o poder de modificar os ambientes visualmente, tornando-os mais agradveis aos
seus usurios. J os benefcios psicolgicos so capazes de melhorar o desempenho e o humor de
trabalhadores, reduzir o tempo de internao e uso de remdios em pacientes e melhorar a relao
de empresas com a comunidade. Outro fato importante a reduo da criminalidade e da violncia
nos centros urbanos onde o uso de plantas adequado.
4. DIVISO DO PAISAGISMO 4.1. MICROPAISAGISMO
Consiste no trabalho de paisagismo realizado em pequenos espaos. Na maioria dos casos, o
micropaisagismo pode ser desenvolvido por um s profissional, por ser, predominantemente,
criao artstica, envolvendo solues tcnicas simples. Assim, apresenta, normalmente, como
caractersticas:
Escala visual pequena (pequenas reas); Preocupao principal a esttica;
Visualizado em jardins internos, vasos, jardineiras ou floreiras, arborizao em vias pblicas, jardins particulares, praas pblicas, jardins de vizinhana, campos esportivos, etc.;
Na representao grfica desse tipo de projeto, a escala est entre 1:50 e 1:1000; reas menores do que 1.000m2 ???
4.2. MACROPAISAGISMO Consiste no trabalho realizado em grandes espaos. Quase sempre, um trabalho de equipe,
porque envolve problemas tcnicos complexos e multidisciplinares. Assim, apresenta, normalmente,
como caractersticas:
Escala visual maior (reas extensas); Preocupao principal a preservao da natureza;
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Visualizado em parques metropolitanos e distritais, reservas naturais e afins, proteo de
mananciais, revestimento vegetal em obras de terraplanagem, controle eroso urbana,
proteo contra ventos, recuperao de paisagens danificadas, etc.;
Nas representaes grficas, a escala adequada menor do 1:1.000, sendo, em geral, de
1:5.000 a 1:50.000;
reas maiores do que 1.000m2 ??? 5. FORMAO DE PROFISSIONAIS EM PAISAGISMO Dentre as diversas finalidades de um paisagista, esto:
Reconhecer os aspectos essenciais do complexo de elementos e fatores que conferem a
aparncia e a ecologia da paisagem;
Avaliar as conseqncias de formas de evoluo na paisagem, produto da participao do
homem.
O paisagista precisa possuir algumas caractersticas especficas:
Ter habilidade, destreza, percia e arte na tomada de decises;
Conhecimento tcnico;
Compreenso esttica da aparncia.
So atribuies do paisagista:
Jardim;
Arborizao urbana;
Preservao da natureza;
Reabilitao de reas degradadas (estradas, desmatamento, matas ciliares, reas de minerao).
II.... PLANEJAMENTO PAISAGSTICO
O Planejamento Paisagstico refere-se ao processo contnuo que se empenha em fazer o melhor uso, para a populao, de uma rea limitada da superfcie terrestre, conservando sua
produtividade e beleza, e considerando os aspectos ambientais. Este planejamento desenvolve-se, normalmente, em espaos externos s construes e abrange duas realizaes: a arte de criar
(atividade individual), e a cincia, tcnica e arte de organizar (atividade individual ou em equipe).
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O planejamento do jardim deve estar integrado ao planejamento da residncia; portanto, essencial planejar o jardim antes da construo, reforma ou expanso da residncia. Para que se tenha xito, o projeto deve ser desenvolvido em etapas, que so: o Estudo Preliminar, o Ante-projeto e o Projeto Definitivo ou Executivo.
1.... ESTUDO PRELIMINAR Antes do desenvolvimento do projeto propriamente dito, so necessrios vrios levantamentos que fazem parte do Estudo Preliminar:
1.1. PESQUISA POPULAR Antes da elaborao de um projeto, deve-se atentar, primeiramente, para as condies sociais do pblico (famlia, clube, escola, condomnio, comunidade, etc.) a quem ser destinada a obra. A Pesquisa Popular trata-se de um levantamento indispensvel para avaliar a aspirao
popular por meio de questionamentos dos costumes, gostos e necessidades dos usurios, e para
descobrir a vocao natural da rea a ser ajardinada. Este tipo de levantamento feito por meio de uma boa conversa com os usurios do jardim, utilizando ou no questionrios pr-elaborados (Anexo 1), abordando alguns aspectos, tais como:
Funo do jardim: relaxamento, atividades esportivas, abrigar colees, festas, conforto ambiental, "sala ao ar livre", etc.;
Perodo de uso principal: durante o dia, a noite ou ambos;
Tipo de privacidade: murado, cercado, aberto;
Presena de animais: cachorros, gatos, atrao de pssaros, peixes, tartarugas, etc.;
Tipo de famlia: presena de crianas, de idosos, mista, com deficientes (visuais, usurios de cadeiras de rodas, etc.);
Estilo do jardim: adequado aos gostos e necessidades de quem usa, podendo ser formal ou informal, combinado, ingls, tropical, mediterrneo, rido, oriental, etc.;
Nvel de manuteno: baixa, mdia ou alta;
Elementos de construo: lago, chafariz, esttuas, bancos, mesas, piscina, ripados,
brinquedos, churrasqueira, poo, fossa, pedras, rea calada, prgola, caramanches, etc.;
Prioridades: formalidade x limpeza, fonte de terapia x fonte de aborrecimento, plantas
frgeis x cachorros novos x esportes, plantas x construo e reforma;
Nvel de dedicao: se gosta de apreciar o jardim x gosta de cuidar do jardim; Elementos desejados: plantas ou elementos que se tenham um alto interesse (status,
heranas, etc.); Elementos abominados: pessoas sensveis a certas plantas ou produtos de plantas, etc.
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1.2. LEVANTAMENTO PLANIALTIMTRICO E CADASTRAL O levantamento planialtimtrico e cadastral refere-se avaliao minuciosa da rea a ser ajardinada, que resulta em um desenho feito em escala, reproduzindo, como se fosse um retrato, tudo o que j existe no terreno a ser ajardinado. O levantamento altimtrico registra o grau de declividade do terreno, ilustrando o desenho com curvas de nvel. O levantamento planimtrico registra o permetro do terreno e todos os elementos naturais nele j existentes, como construes, canteiros e caminhos, etc. O levantamento cadastral deve reforar o mapeamento, de forma a
alocar no desenho todos os objetos e elementos que nele possam existir, como por exemplo: luminrias, torneiras, caixas de inspeo, galerias, fiaes e encanamentos subterrneos ou areos,
bancos, fontes, etc.
Nesta etapa, faz-se, ainda, a anlise do local, verificando:
observao do dia e da noite;
orientao N-S para a obteno do mapa de sombras;
presena e tipos de plantas daninhas;
vistas a serem realadas e escondidas;
plantas e construes da rea vizinha;
privacidade;
barulho (necessidade de barreiras de som); tipo, estilo e idade da casa;
tipo de muro, cerca, pavimentao;
demais caractersticas urbansticas e sociais.
1.3. ANLISE DO SOLO A Anlise do Solo importante para verificar a real necessidade de calcrio e fertilizantes, de acordo com as espcies que sero cultivadas na rea, fornecendo informaes a respeito do pH,
de nutrientes e da granulometria desse solo.
Essa anlise possibilitar a recomendao mais adequada de corretivo e de fertilizante,
considerando-se a idade da planta, o espaamento, o ciclo vegetativo e as exigncias nutricionais de
cada espcie ou variedade.
1.4. LEVANTAMENTO CLIMTICO A distribuio da vegetao no globo terrestre ocorre de acordo com a zona climtica:
temperada, tropical e subtropical, podendo, ainda, ser influenciada pela altitude do local. O clima
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possui grande importncia na escolha das espcies a serem usadas na composio do jardim, sendo resultante da ao conjunta dos elementos: temperatura, luz e insolao, pluviosidade, umidade e ventos.
1.4.1. Temperatura: o elemento climtico de maior influncia sobre as plantas, especialmente
sobre o crescimento vegetativo, a florao e a frutificao. Cada espcie ou variedade
apresenta desenvolvimento timo dentro de determinadas faixas de temperatura, sendo, assim,
classificada como:
Tropical: espcie originada de clima quente, sendo intolerante ao frio. Necessita de
temperaturas mdias anuais entre 22C e 30C;
Subtropical: planta originada de clima ameno. Desenvolve-se melhor sob temperaturas mdias anuais entre 15C e 22C e em locais onde no ocorrem geadas;
Temperada: planta originada de regies frias. Desenvolve-se melhor sob temperaturas
mdias anuais entre 5C e 15C, sobrevivendo em locais de ocorrncia de geadas durante
o inverno.
1.4.2. Umidade: a umidade do ar influencia na transpirao da planta, enquanto que a umidade do
solo determina a absoro de gua e de nutrientes pelos vegetais. Existe uma grande variedade
de espcies em termos de exigncia de umidade do solo, desde aquelas originrias de regies
desrticas (cactos) at as que se desenvolvem bem em terrenos mais midos (copo-de-leite-Zantedeschia aethiopica, papiro-Cyperus giganteus, etc.);
1.4.3. Ventos: para escolha e distribuio das espcies no jardim, devem ser consideradas a presena dos ventos, sua freqncia, direo e intensidade, pois podem ocasionar
fendilhamento e quebra de ramos, queda e rasgadura de folhas e flores (alta velocidade), aumento da taxa de evapotranspirao, secamento do solo e dessecamento nas plantas (vento quente e seco), prejudicar a formao de brotaes e ocasionar a desidratao e a queima de folhas (ventos frios). Isto pode ser minimizado com o plantio de quebra-ventos e tutoramento das plantas.
2.... ANTE-PROJETO Com todos esses levantamentos preliminares em mos, o paisagista ter embasamento
suficiente para a elaborao do ante-projeto, que consiste na apresentao das distribuies dos elementos vegetais e arquitetnicos na rea a ser ajardinada, em escala adequada, sob a forma de
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desenhos e cortes esquemticos. Os passos bsicos a serem seguidos no desenvolvimento do ante-
projeto so os seguintes: 1. Estabelecimento e caracterizao das ligaes do jardim; 2. Determinao das entradas;
3. Estabelecimento do sistema de circulao no jardim e elementos que o compem; 4. Marcao das reas destinadas s massas de vegetao no jardim; 5. Previso dos locais das construes e das obras de arte.
Assim, no ante-projeto estaro definidos os seguintes itens: 2.1. DISTRIBUIO ESPACIAL
A distribuio espacial consiste em dividir a rea total em espaos menores conforme cada
tipo de uso, formando vrios ambientes estrategicamente localizados, de acordo com os seguintes
tipos de lazer:
2.1.1. LAZER CONTEMPLATIVO: so rea que provocam admirao viso, isolando alguns ambientes para se obter o mximo de silncio. Alm desse sentido, deve-se propiciar tambm
os sentidos do olfato e do tato. Este o tipo de lazer que ir impor aos usurios o respeito pelo
uso, diminuindo as depredaes, alm de promover uma agradvel sensao de repouso
mental, de bem-estar e de paz interior, diminuindo as tenses, as ansiedades, as angstias e a
violncia;
2.1.2. LAZER RECREATIVO: um tipo de lazer que faz uso da terapia ocupacional de crianas, de adultos e de idosos. As reas reservadas a esse tipo de lazer devem estar estrategicamente
localizadas, de modo a no intervir nas demais rea de lazer. Para as crianas, so includos
playgrounds, parquinhos de diverso, etc., enquanto que para os idosos podem existir mesas e
bancos fixos para jogos de xadrez, domin, baralho, etc. Estes ambientes tambm promovem a integrao social dos usurios;
2.1.3. LAZER ESPORTIVO: produz vrios benefcios aos frequentadores no que diz respeito sade fsica e mental. Como existe uma infinidade de esportes e cada qual necessita de um
espao especfico, no difcil incluir reas destinadas ao lazer esportivo em um projeto, como por exemplo campos de futebol, quadras poliesportivas, pistas de cooper, reas para
ginstica, piscinas, etc.;
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2.1.4. LAZER CULTURAL: refere-se s reas planejadas para a realizao das diversas manifestaes culturais, envolvendo tanto profissionais como amadores, tais como artistas,
poetas, cantores, compositores, msicos, etc. Estas reas podem ser anfiteatros, teatros de
arena, coretos, etc.;
2.1.5. LAZER AQUISITIVO: um tipo recente de lazer, relacionado ao prazer, recompensa psicolgica positiva que se tem quando da aquisio de determinados elementos, ou seja, quanto ao poder de compra, o orgulho e o conforto que se tem quando se pode comprar algo
com o dinheiro fruto do prprio trabalho e esforo. Este lazer aquisitivo encontra-se divido em
dois, que so:
LAZER AQUISITIVO GASTRONMICO: representado pelas reas planejadas no projeto para restaurantes, lanchonetes, traillers de sanduches, locais para carrinhos de sorvetes, de pipoca, de lanches e de comidas tpicas;
LAZER AQUISITIVO PESSOAL: representado pelas reas, equipamentos ou edificaes, nos quais os usurios podem comprar objetos de uso pessoal ou domstico, tais como mini-shoppings, reas de feiras de artesanato, etc.
2.2. ELEMENTOS NATURAIS Sempre que possvel, deve-se preservar os elementos naturais j existentes na rea a ser ajardinada, aproveitando-os e incorporando-os ao projeto. Esses elementos podem ser: Recursos hdricos: rios, nascentes, riachos, crregos, lagos, represas e cachoeiras, devendo-se,
inclusive, planejar o jardim de forma a conservar e proteger estas reas; Formaes rochosas: nunca devem ser dinamitadas sem prvia avaliao de gelogos,
paleontlogos ou arquelogos;
Flora nativa: no deve ser removida, especialmente quando se trata de rvores centenrias ou
mesmo aquelas com significado sentimental aos usurios do jardim; Edificaes j incorporadas ao patrimnio histrico: mesmo que no tenham sido
oficialmente tombadas, devem ser preservadas.
2.3. PARTE HIDRULICA E ELTRICA A parte hidrulica envolvem tanto a gua necessria irrigao das plantas, como a gua potvel, de destinao do esgoto, das fontes e espelhos dgua, que devem ser esboadas. J a parte
eltrica, que tambm deve estar esboada no ante-projeto, refere-se iluminao baixa e alta, aos pontos de tomada, de interruptores e demais itens relacionados.
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2.4. ANLISE DO ANTE-PROJETO Estando pronto o ante-projeto, esse deve ser analisado detalhadamente, em conjunto com os demais profissionais envolvidos na construo (eletricista, hidrulico, botnico, engenheiros), para somente depois ser apresentado ao proprietrio do jardim, para que seja finalmente aprovado.
3.... PROJETO DEFINITIVO OU EXECUTIVO O Projeto Definitivo ou Executivo refere-se apresentao dos desenhos, dos cortes, do detalhamento e dos memoriais desenvolvidos com base no ante-projeto aprovado. composto de diversas pranchas, elaboradas de acordo com as necessidades da rea trabalhada. Deve ser claro e
objetivo para reproduzir no campo, com toda a fidelidade, o que foi projetado no papel, por qualquer profissional da rea. Esse projeto consta, pelo menos, da planta executiva de arquitetura e de engenharia civil, do projeto botnico, do memorial descritivo e da proposta de servio, os quais sero descritos a seguir.
3.1. PLANTA EXECUTIVA DE ARQUITETURA E DE ENGENHARIA CIVIL A Planta Executiva de Arquitetura (Anexo 2) consta da apresentao de uma ou vrias pranchas com ilustraes claras dos elementos arquitetnicos e construtivos, contendo cotas e
medidas que orientaro a locao dos canteiros, dos equipamentos, das edificaes e do sistema de
circulao. As edificaes estaro representadas e detalhadas em pranchas a parte.
A Planta de Engenharia Civil consta da apresentao de uma ou vrias pranchas contendo os clculos matemticos para a execuo planejada pela arquitetura. So detalhados todos os itens referentes s fundaes, s estruturas e s coberturas das edificaes e demais construes. Por meio
destas pranchas, o engenheiro da obra orientar a execuo e o dimensionamento das ferragens e da
concretagem.
3.2. PROJETO BOTNICO O Projeto Paisagstico ir dar o toque final obra, complementando-a com a vegetao e os demais elementos arquitetnicos paisagsticos. Refere-se prancha demonstrando e locando cada
um desses elementos, de maneira a formar um ambiente harmnico e belo.
O Projeto botnico (pranchas) consta de desenhos, representados em folhas de papel apropriado, com a locao das espcies vegetais devidamente identificadas, representadas em escala
adequada e simbolizadas em seu tamanho adulto (Anexo 3). Deve apresentar tambm uma legenda contendo os nomes cientficos e comuns das plantas e o carimbo (Tabela 1), em que estaro o nome
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do cliente; o endereo do local de execuo; o tipo do projeto; o nome e CREA do projetista; a escala utilizada; a rea (m2) a ser ajardinada e a data de realizao do projeto.
Tabela 1. Modelo de carimbo para o Projeto Botnico de um Projeto Paisagstico. NOME DA EMPRESA (COM LOGOMARCA)
PROJETO DE ESPECIFICAO E LOCAO DE PLANTAS Proprietrio:
Endereo da obra:
Data: Escala: rea (m2): Paisagista responsvel: CREA:
Assinatura do RT: 1/n
O Memorial botnico refere-se relao da quantidade e da qualidade das espcies vegetais a serem usadas no projeto, orientando no processo de aquisio e de distribuio das mudas no ato do plantio. Poder ser feito sob a forma de tabela (Anexo 4) ou sob a forma descritiva. Quando elaborado sob a forma de tabela, essa poder estar apresentada no Projeto Botnico, ou no Memorial Descritivo, conforme a maneira de trabalhar do paisagista. Contudo, quando elaborado sob a forma
descritiva, essa somente poder ser apresentada no Memorial Descritivo. O Memorial Botnico deve
conter:
Nomes cientficos e comuns das plantas planejadas; rea (m2) ocupada por cada espcie; rea total ocupada pelo conjunto de cada espcie (no caso de canteiros, grupos); Espaamento de plantio da espcie;
Quantidade, porte (m), embalagem de comercializao e colorao das mudas; Outras informaes a respeito das mudas usadas no projeto, com o objetivo de facilitar a
compra e a identificao das plantas.
3.3. MEMORIAL DESCRITIVO O Memorial Descritivo um documento muito importante e que deve ser apresentado ao
cliente, sendo til durante a execuo e a manuteno do jardim. Consiste em um texto explicativo com o objetivo de dar uma idia geral sobre a concepo do jardim. O que no for possvel colocar sob a forma de desenhos, o paisagista dever colocar sob a forma descritiva nesse memorial.
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O Memorial Descritivo refere-se a um relatrio contendo a descrio das informaes de
ordem natural e social, bem como as especificaes tcnicas dos materiais e dos vegetais usados.
Deve ser claro, sem perdas de detalhes, contendo:
Capa;
Cabealho: com as informaes do carimbo das pranchas: Nome do cliente; Endereo do
local de execuo; Tipo do projeto; Nome e CREA do projetista; Escala utilizada e Data de realizao do projeto.
Apresentao: relato do tipo de projeto e suas caractersticas, os problemas a serem solucionados, os objetivos e justificativas do projetista. Os critrios usados para a elaborao do projeto tambm so mencionados, correlacionando o estilo, o ambiente (paisagem e clima), as necessidades e os desejos dos proprietrios;
Caracterizao da rea:
Localizao: endereo, cidade, estado, coordenadas geogrficas;
Dimenses: rea do terreno a ser ajardinado; Clima: definio das caractersticas climticas do local de implantao do
projeto; Tipo de solo: definido a partir de anlises qumicas e fsicas;
Caractersticas do terreno: referem-se, principalmente, topografia, definida de
acordo com o levantamento topogrfico da rea;
Outras caractersticas que o paisagista achar relevante.
Caractersticas vegetais: discriminao da paisagem da regio e das espcies vegetais existentes
na rea (quando for o caso), por observao do local ou com base em documentos, textos ou ainda informaes verbais. Outros elementos existentes tambm devero ser levantados e
descritos;
Informaes sobre a construo de estruturas fsicas: elaboradas por um profissional
especializado, discriminando detalhes da construo da estrutura planejada, descrevendo com justificativas quando for necessrio. A relao de materiais, bem como as instrues para a implantao, tambm devem ser apresentados neste memorial;
Memorial botnico ou Lista de espcies: esse item constitui o Memorial Botnico, constando da
lista e da caracterizao das espcies utilizadas. Contudo, esse memorial poder ser apresentado
na forma de tabela no Projeto Botnico, e no aqui no Memorial Descritivo; Oramentos e Cronograma de atividades: da mesma maneira que o memorial botnico, as tabelas
dos oramentos e o cronograma de atividades tambm podero estar anexadas nesse documento;
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Referncias bibliogrficas: material tcnico usado para a elaborao do projeto poder estar listado nesse Relatrio.
O Cronograma de Atividades fornece a poca e a seqncia adequada de execuo de cada etapa do projeto, assim como da fase de manuteno do jardim. fundamental para o acompanhamento dos servios e de desembolso dos recursos financeiros em tempo hbil, a fim de
que no atropele o bom andamento da obra (Tabela 2).
Tabela 2. Cronograma de execuo das atividades no Projeto Paisagstico.
Operao Outubro / 2008
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Terraplanagem X X X
Sistema de
irrigao X X X
Sistema eltrico X X X
Aquisio de
mudas X
Abertura de covas X
Plantio X X
....
Entrega do projeto X
O Oramento deve-se sempre atentar para a viabilidade econmica do projeto, adaptando-o s condies econmicas de cada cliente. Poder ser feito de forma resumida ou detalhada. Cada
quadro de oramento ser constitudo pelas operaes e itens de despesa, tais como:
A) Oramento da vegetao: os clculos podem ser acrescidos de uma porcentagem de 5% a 10%, prevendo os replantios por perdas no transporte ou nos tratos de implantao (Tabela 3).
Tabela 3. Oramento das espcies vegetais do Projeto Paisagstico.
Cdigo Nome comum Nome cientfico Porte
(m) Unidade Qtde.
Valor
unitrio
(R$)
Valor
total
(R$)
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1 Pingo de ouro Duranta repens 0,20 Und. 100 0,40 40,00
2 Esmeralda Zoyza janopica --- m2 30 3,20 96,00
3 Dracena
tricolor
Dracena
marginata
tricolor
0,30 Und. 10 5,20 52,00
Subtotal ST1 188,00
B) Oramento dos elementos arquitetnicos: poder conter uma coluna de observaes para possveis anotaes indispensveis para a aquisio do material correto (Tabela 4).
Tabela 4. Oramento dos elementos arquitetnicos do Projeto Paisagstico.
Elemento Especificao Quantidade Valor unitrio
(R$) Valor total
(R$) OBS.
Banco Madeira de lei
e ao, 3m 3 220,00 660,00
Vaso em pedra
sabo 0,50m 5 32,00 160,00
Torneira
cromada polegada 3 9,61 28,83
Verniz Lata 1,0L 2 17,00 34,00
Kit aspersor +
9 gotejadores ---- 2 95,00 190,00
Subtotal (ST2) 1.072,83
C) Oramento dos insumos: referente aos custos com os materiais e os produtos necessrios composio do jardim, tais como adubos orgnicos e minerais, corretivos do solo, terra preparada, defensivos, etc. (Tabela 5).
Tabela 5. Oramento de insumos para implantao do Projeto Paisagstico..
Especificao Unidade Quantidade Valor unitrio
(R$) Valor total (R$)
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Calcrio dolomtico Saca 50Kg 1 7,00 7,00
Esterco de curral Lata 2 3,00 6,00
Adubo 4-14-8 Saca 50Kg 1 39,00 39,00
Subtotal (ST3) 52,00
D) Oramento da mo-de-obra: referente aos custos com as atividades realizadas por jardineiros, ajudantes, eletricistas, pedreiros e outros profissionais, juntamente com os custos do trabalho do paisagista, caso ele ser responsvel pela implantao do projeto (Tabela 6).
Tabela 6. Oramento da mo-de-obra para implantao do Projeto Paisagstico. Especificao Unidade Quantidade Valor unitrio (R$) Valor total (R$) Gramar Homem/hora/m2 1 35,00 35,00
Plantar Homem/hora/cova 2 35,00 70,00
Adubar m2 1 35,00 35,00
Subtotal ---- ---- --- 140,00 Administrao da
implantao do
projeto Horas 24 90,00 2.160,00
Subtotal (ST 4) --- --- --- 2.300,00
E) Honorrios do paisagista: o valor pago ao paisagista pela elaborao do projeto ser estabelecido considerando-se o grau de complexidade do trabalho; a partir disso, estabelece-se a
forma de cobrana. O trabalho do paisagista exige um grau de conhecimento para que atinja, ao final, a qualidade desejada. Assim, pode-se chegar a esse valor de algumas maneiras: E.1. Percentagem do valor orado: estabelece-se uma percentagem que varia, em mdia, entre
10% e 20% sobre o valor de custo do projeto; E.2. Pela rea do projeto: estabelece-se um preo por rea a ser trabalhada (R$/m2). mais
fcil de se aplicar nos casos em que o projetista tambm o prprio executor da obra; E.3. Em funo do tempo dedicado ou hora tcnica: estabelecem-se preos que tenham como
base no nmero de horas gastas para a elaborao do projeto, calculando-se quantos dias sero gastos na sua elaborao e multiplicando-se pelo valor de um dia de um profissional
da rea.
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F) Oramento total do projeto: contendo o Resumo dos Custos, com a totalizao por operaes e dos demais itens (Tabela 7).
Tabela 7. Oramento total do projeto. Itens de custo Custo (R$) Elementos vegetais 188,00
Elementos arquitetnicos 1.072,83
Insumos 52,00
Mo-de-obra 2.300,00
SUBTOTAL ST = (ST1+ST2+ST3+ST4) 3.612,83 Honorrios do paisagista (15% ST) 541,93 TOTAL (Total = ST + %ST) 4.154,76
3.4. MANUAL TCNICO DE IMPLANTAO E MANUTENO DO JARDIM Esse Manual orientar a execuo e a manuteno do jardim, ensinando, a quem necessrio
for (profissional ou proprietrio), sobre os tratos culturais que as plantas devero receber aps o plantio. Devem estar relacionados e descritos todos os servios necessrios implantao e
manuteno do projeto, tais como: preparo da rea, limpeza do terreno e movimentao de terra;
locao de obras: vias de circulao, jardineiras, bancos, prgulas, espelhos dgua, etc.; instalaes hidrulicas e eltricas;
preparo para o plantio: calagem, adubao, abertura de covas, construo de canteiros, etc.;
plantio propriamente dito;
limpeza geral aps implantao;
manuteno.
3.5. PROPOSTA OU CONTRATO DE SERVIO A Proposta ou Contrato de Servio (Anexo 5) dever ser efetuado especialmente em se tratando de um projeto tendo como cliente uma empresa jurdica. Poder vir acompanhado ou no do projeto. Esta proposta poder apresentar a descrio de todos os componentes que sero entregues ao cliente (projeto botnico, memorial botnico, manual tcnico de implantao e de manuteno, etc., devidamente descritos), o valor de investimento, o prazo de entrega do ante-projeto e do projeto executivo, as condies de pagamento e, principalmente, a validade da
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proposta. Esta proposta dever ser assinada pelo paisagista e pelo cliente responsvel, de preferncia
com as assinaturas de duas testemunhas.
4. ELEMENTOS DE TRABALHO Na esttica e composio de jardins, os elementos artificiais e os naturais fazem parte do
ambiente existente ou projetado. Consideram-se elementos artificiais aqueles que so construdos ou colocados pelo homem no ambiente natural, tais como caminhos, escadas, muretas, bancos,
mesas, coretos, gradis, portes, tanques, caixas dgua, piscinas, cascatas, vasos, lixeiras, postes,
quadras esportivas, etc. Os elementos naturais so aqueles existentes ou plantados no local,
compostos por uma combinao de componentes fsicos (gua, solo e clima) e biolgicos (plantas e animais), tais como gramados, rvores, bosques, pomares, macios de arbustos, plantas aromticas e medicinais, hortas, orquidrios, lagos naturais, etc.
4.1. ELEMENTOS NATURAIS Os componentes naturais esto todos intimamente relacionados entre si, influenciando a
paisagem com seu tamanho, forma, cor, aroma, som, movimento, entre outros caracteres. Assim, as
plantas e os animais deixam de ser apenas parte da decorao, apresentando alto valor esttico e
funcional e, se necessrio, alguns podem ser modificados ou melhorados para que se obtenha um
jardim esteticamente adequado e agradvel aos usurios.
4.1.1. VEGETAO A vegetao constituda por espcies de formas, portes, cores e texturas as mais variadas.
Quando combinadas com arte so a verdadeira essncia do jardim. Algumas de suas caractersticas devem ser observadas quando do planejamento paisagstico: por ser um ser vivo, tambm dinmico;
apresenta um ciclo de vida;
deve-se observar os atributos estticos do vegetal;
as crenas devem ser respeitadas, assim como outros aspectos.
Outro aspecto a ser notado em relao s associaes de plantas (uso paisagstico), as quais so divididas em:
ISOLADO: seu efeito ornamental pode ser representado por flores, folhagens, frutos, troncos, galhos, razes ou porte;
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MACIOS: so formas e volumes conseguidos com o agrupamento de plantas da mesma espcie, ou de espcies diferentes, onde a caracterstica bsica um volume cheio em que o
espao tende a ser ocupado proporcionalmente tanto no sentido horizontal como no vertical, s
vezes mais na horizontal;
TUFO: apresenta um volume de plantas mais vazio do que o macio, onde a verticalidade se sobrepe horizontabilidade;
BORDADURA: constitui-se por plantas de pequeno porte, dispostas de forma linear, que tendem a compor as bordas de um canteiro, caminho ou at mesmo de uma rvore em destaque;
CERCA-VIVA: formada por plantas de mdio a grande porte, dispostas linearmente, que tendem a fechar ou dividir ambientes, podendo ou no serem podadas;
CORBELHA: tipo de associao com vrias espcies em que acrescenta-se ao volume e forma, o jogo das cores e texturas, formando desenhos coloridos no jardim.
4.1.2. ANIMAIS Sempre que possvel, os animais devem fazer parte do paisagismo, tendo em vista
apresentarem uma forma e colorido, enriquecendo a paisagem. Podem mostrar fins ornamentais
e/ou utilitrios. Exemplo: aves (araras, papagaios, garas, paves, faises, pssaros, etc.), peixes, lebres, tartarugas, etc. Alm desses, existem ainda outros que podem frequentar o jardim e, as vezes, nem se d conta de sua presena, como alguns pssaros e insetos que so atrados pelas plantas
ornamentais e pela gua.
4.1.3. GUA A gua no jardim tambm um elemento de decorao, quer seja de forma corrente ou parada, sendo desejvel qualquer que seja a maneira de uso. Pode ser encontrada sob a forma de reservatrios naturais (lagos, lagoas) ou artificiais (piscinas), nos cursos dgua (rios, riachos, cachoeiras, etc.), ou em fontes que jorram gua em determinadas pocas do ano (intermitentes) ou continuamente, ou simplesmente para uso na irrigao do jardim.
4.1.4. OUTROS ELEMENTOS Alm da gua, um outro elemento natural presente com frequncia nos jardins so as pedras que, em diferentes tamanhos e formas, emprestam paisagem belas composies, sendo muito
usadas para efeitos de contraste. O formato e o tipo das pedras devem ser escolhidos em relao
direta com o ambiente onde sero colocadas.
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Os troncos e as razes mortas de rvores tambm podem ser usados nos jardins; porm, quando tratados, devido artificializao, so includos na categoria de elementos arquitetnicos.
4.2. ELEMENTOS ARQUITETNICOS Para complementar o paisagismo, so necessrios outros elementos alm dos naturais, de
forma que harmonizados com esses, constituam um jardim que atenda s necessidades estticas e funcionais, de acordo com os desejos dos usurios, tornando o local mais criativo e aconchegante, valorizando a paisagem. Os elementos arquitetnicos podem definir o estilo da composio a ser
seguido e transmitir sensaes tanto ilusrias como reais. Assim, devem ser planejados de maneira que no choquem com os naturais, levando-se em considerao a sua frequncia, linhas e formas
predominantes e os materiais de sua composio.
4.2.1. CAMINHOS CIRCULAO E PISO Os caminhos so locais destinados ao trnsito de pedestres ou de veculos, que permitem ao
usurio dirigir-se e apreciar um determinado local da paisagem. Alm de direcionar os usurios do
jardim, a circulao faz as ligaes internas e externas do jardim, constituindo-se no elemento de integrao entre os componentes da paisagem. So desenvolvidos de acordo com o tipo de jardim, e suas dimenses dependem do fim a que se destinam. Podem ser pavimentados ou no, tendo o
pavimento funo ornamental valiosa quando bem explorada. Os caminhos devem ser,
preferencialmente, traados segundo o nvel do terreno; os declives fortes so valorizados por meio
de escadas (tijolos, pedras, seces de toras de madeira, dormentes, lajes, etc.), podendo-se aproveitar a parte superior como mirantes.
Podem apresentar vrias formas e larguras, serem permeveis ou impermeveis, devendo
ocupar a menor rea possvel, pois setorizam o jardim, ou seja, fazem um zoneamento dos espaos, dividindo o terreno e as reas ajardinadas.
A pavimentao pode ser feita com diferentes materiais: pedras toscas, lajotas de concreto, seixos rolados ou branco, ladrilhos, tijolos prensados ou de barro, lajotas de cimento ou granito, mosaico portugus, saibro, asfalto, brita, cimento, placas de concreto, paraleleppedo, ardsia,
pedrisco, cermica, dormentes, cruzetas, tbuas de madeira, arenito, etc.
4.2.2. CONSTRUES PARA LAZER Alguns elementos constituem-se em infra-estrutura para se obter o lazer passivo ou ativo. O
lazer passivo desenvolvido sem atividade fsica programada, como por exemplo uma reunio
informal beira da piscina. J, o lazer ativo corresponde s atividades em que o exerccio e a
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movimentao so uma constante, ou seja, so atividades dinmicas, como por exemplo a prtica de futebol. Para tal, algumas construes so necessrias no jardim, tais como: PISCINA: esporte, sensao de paz e serenidade, microclima, influncia esttica. Observar a
localizao, forma, tamanho e tipo de piscina, pavimentao ao redor, proteo para animais e
crianas, mobilirio e iluminao;
DECK: plataforma de madeira inserida adequadamente no jardim, constituindo-se de superfcies planas, contnuas ou seccionadas, determinando pisos prximos s piscinas por exemplo,
isolando as plantas ou conservando o gramado. projetado adaptando-o ao relevo do terreno. Pode ser construdo em madeira apropriada (massaranduba, aroeira, peroba) e exige manuteno permanente com leo queimado ou outro produto protetor de madeira;
PRGULA: seu uso no jardim decorre da necessidade de se assegurar locais apropriados para a expanso das plantas trepadeiras, bem como oferecer um local de convivncia agradvel. Pode
estar localizada isoladamente ou junto s edificaes. Pode ser feita de madeira, ferro, concreto, alvenaria ou outro material;
CARAMANCHO: tambm est associado s plantas trepadeiras, pois serve de suporte a elas; porm, sua estrutura mais simples do que a da prgula, sendo feita de material fino, ou seja, madeira rolia, bambu ou at mesmo alvenaria;
QUIOSQUE: elemento com funo social de lazer. Dependendo do formato, tambm pode ser chamado de GAZEBO. usado para fazer refeies e como guarda-sol em piscinas, praias e bares, podendo conter churrasqueira, pia, fogo, etc. um componente completamente desligado do corpo da casa, permitindo intimidade e vista privilegiada. Pode apresentar caractersticas e
dimenses variadas, podendo ser dimensionado com rea de cerca de 4m2/pessoa. Dependendo
do grau de sofisticao, pode ser feito de alvenaria, madeira, vidro, concreto, ferro, policarbonato
ou acrlico, alm de coberturas em telha colonial, lona, palha de sap ou folhas de palmeiras,
vidro, etc., sendo o piso de vrios materiais (seixos, tijolos usados, ladrilhos, pedras, entre outros);
TRELIA: refere-se a uma estrutura de madeira ou outro material, em forma de grade que, servindo de suporte para as plantas trepadeiras, tem a finalidade de quebrar o visual pesado e sem
beleza. Usada junto a muros altos ou paredes com aspecto desagradvel e sem nenhum atrativo; TELADO E GREENHOUSE; ESTUFA: serve para colocao de colees de plantas (hobby) nativas raras ou exticas, com
certo controle das condies climticas. o local ideal para colecionar cactos, orqudeas, begnias, antrios, bromlias ou outras espcies de valor ornamental, ou ainda servir de local de
recuperao de plantas doentes ou mal cuidadas;
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MIRANTE: feito em jardins extensos e que apresentam elevaes com pontos privilegiados para usufruir a paisagem;
RESERVATRIOS E ESPELHOS D GUA: tanques para peixes, plantas aquticas e formao de espelhos de gua, lagos, etc.;
CASCATA: pode ser natural ou artificial (pedras, concreto, calhas de cermica, etc.), sendo um elemento de destaque na paisagem;
PONTE: elo de ligao no jardim, podendo ser construda at mesmo em locais onde no existe gua, fazendo a ligao entre acidentes topogrficos (depresses). Pode ser feita de vrios tipos e dimenses, usando madeira, ferro, ao, concreto ou outro material. presena obrigatria em jardins no estilo japons;
REAS ESPECFICAS DE LAZER ATIVO: LAZER INFANTIL: casas de bonecas, play-ground, gangorras, escorregadores, balanos,
gira-gira, tanques de areia, etc.;
QUADRAS POLIESPORTIVAS: vlei, futebol, basquete, futebol de salo, tnis - verificar medidas oficiais.
4.2.3. ILUMINAO O jardim no feito apenas para ser frequentado durante o dia, podendo se converter em
ambientes extremamente agradveis, com timos efeitos visuais produzidos pela iluminao
artificial durante noite, alm do aspecto de segurana. Deve ser planejada com a intensidade aproximada da iluminao interna, lembrando-se de que os focos de luz no devem incidir
diretamente sobre as pessoas. A iluminao, alm de ser funcional, tambm decorativa, servindo
para focalizar a luz sobre a planta, deixando o fundo no escuro; iluminar apenas um setor focando a
parede com objeto na frente enfatizando sua silhueta, com foco por trs e de baixo para cima (objetos com transparncia) ou com foco sobre a planta de modo a conseguir sua sombra sobre a parede.
As luminrias podem servir para uso do jardim noite, para realce e para valorizao de elementos que merecem destaque, ornamentar o jardim quando possui caractersticas peculiares interessantes e criar efeitos especiais. Dependendo do objetivo da iluminao, so escolhidas as luminrias adequadas para cada situao, as quais so classificadas em:
PROJETORES OU SPOTS: usados para criar efeitos de iluminao direcionada, chamando a ateno para algum ponto especfico; para ressaltar um componente em destaque no jardim, tais como uma rvore, arbusto, esttua, escultura ou fonte. Podem ser usados tambm para iluminar
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as margens de lagos, piscinas, proximidade de bancos ou moblia de play-ground. Existem
peas que ficam enterradas no solo, deixando aparente apenas a parte superior, que possui
proteo especial;
ESPETOS: assim como os spots, os espetos so usados para dar destaque em arbustos, massas arbreas e forraes. A grande vantagem que oferecem maior maleabilidade, pois podem ser
facilmente transferidos;
BALIZAS: usadas para orientar e clarear as vias de acesso, de circulao (caminhos, escadas e rampas), ou colocadas em meio a canteiros e arbustos, camuflando-se entre a vegetao, de maneira a ilumin-los sem aparecer. Apresentam-se de forma tubular, podendo ser de diversos
materiais. Por oferecer potncia de iluminao menor do que os postes, so perfeitos para quem
gosta de admirar o cu noite;
POSTES: encontram-se com vrios formatos, que vo desde o esfrico tradicional at as verses mais modernas. Sua iluminao maior, mais uniforme e no dirigida, sendo usados em reas
extensas, reas de permanncia (recantos com bancos), locais de circulao de veculos e de pessoas, reas planas como os gramados, e para destacar mosaicos florais ou corbelhas. Como a
iluminao feita de cima para baixo, o ideal que sejam mais altos para no ofuscar a vista; DE PAREDE: podem ser usadas em portes, porta de acesso ao jardim, pontos estratgicos da
fachada da residncia ou muro;
OUTROS EQUIPAMENTOS: tocheiros, luminrias pendentes e bolas de cermica, que servem tambm como objetos de decorao.
A colorao da luz tambm importante, tendo grande influncia no efeito visual que se
quer produzir. A luz verde pode ser usada para iluminar arbustos e folhagens das copas de rvores,
enquanto a luz rosa ideal para folhagens de colorao cobre; j a luz vermelho-escura serve para realar as flores, e a amarela recomendada para iluminar troncos de rvores; para esttuas ou
estruturas que se destacam, no necessrio o uso de luz colorida.
Em relao ao tipo de luz, podem ser encontradas no mercado:
LUZ FLUORESCENTE: consome pouca energia. Podem ser lmpadas tubulares (40w), colocadas de 45-60cm acima das plantas, se possvel com um refletor para direcionar e difundir a
luz e, de preferncia as de luz amarela por serem mais agradveis no jardim; INCANDESCENTE: tradicional, continua sendo a melhor fonte de luminosidade artificial para
as plantas. Porm, esquenta bastante e necessita ser protegida da chuva e do relento. Existe
tambm a lmpada anti-insetos, indicada para ambientes abertos prximos a bancos, por
exemplo;
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HALGENA: se parece com a incandescente em termos de luminosidade e consumo, mas suporta intempries e tem um faixo de luz direcionado. ideal para reas externas, por serem mais quentes, pequenas, durveis e reproduzirem fielmente as cores;
DE MERCRIO: desfavorvel para a vida noturna das plantas, prejudicando seu metabolismo, alm de atrair muitos insetos. Apresenta luz prateada;
DE VAPOR DE SDIO: ideal para dar profundidade em reas grandes, apresentando luz amarela;
LIGHT EMISSION DIOD - LED: o futuro da iluminao de jardins. So pequenas placas de pontos de luz que j vm fixadas em uma luminria. Para emitir a mesma luz de uma lmpada halgena PAR de 50w, consomem apenas 10w e tm uma vida til de 100 mil horas. Pequenas,
estas luminrias interferem muito pouco no paisagismo; porm o custo ainda alto (cerca de R$ 580,00 por pea).
Como a iluminao artificial pode trazer algum prejuzo s plantas, podem ser usadas lmpadas especiais, que emitem quantidade suficiente de radiao luminosa nas faixas do vermelho
e do laranja, o que permite melhor desenvolvimento dos vegetais.
4.2.4. DIVISRIAS As vias de acesso funcionam tambm como divisores de ambientes no jardim no plano horizontal. Porm, no plano vertical, h algumas divisrias a serem usadas, formando barreiras
naturais (cerca-viva) ou arquitetnicas (muros e muretas, cercas, alambrados) para delimitar os ambientes no jardim. Divisrias so elementos destinados a dividir os espaos na paisagem e propiciar maior privacidade ao usurio. Os variados tipos de divisrias arquitetnicas so
executados com diversos materiais, tais como madeira, bambu, estacas de concreto, pedras, tijolos, blocos, pranchas, elementos vazados, etc., podendo ser construdas em diferentes alturas.
4.2.5. MOBILIRIO Os jardins dispem de vrios ambientes, cuja decorao pode ser complementada com mobilirios especficos, os quais podem ter uso prtico e/ou esttico, harmonizados com o estilo da
casa e do jardim. Os locais apropriados para a moblia so os ptios, terraos, reas da piscina, entre outros espaos destinados ao descanso, s reunies sociais ou ao lazer ativo.
O mobilirio pode ser fixo ou mvel. So eles: mesas, cadeiras, bancos, espreguiadeiras,
guarda-sis, redes, churrasqueiras, alm de equipamentos encontrados nas quadras e campos para
prtica de esportes e play-grounds.
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4.2.6. OBRAS DE ARTE As obras de arte constituem detalhes sofisticados no paisagismo, podendo ter carter
religioso, poltico, cultural, de valor decorativo ou venerativo. Podem ser utilizadas em qualquer
estilo; contudo so mais abundantes no estilo clssico. So elas:
Esttuas e esculturas;
Painis, baixo-relevos, monumentos, runas;
Rochas, troncos e razes tratados;
Jardineiras e vasos: podem ser de cermica, barro, arame, concreto leve ou celular, plstico,
madeira, fibra de coco, fibra de vidro, bambu, alumnio, contendo trelias ou arcos. Podem ainda
ter a funo apenas como pea ornamental, no servindo para o cultivo de plantas.
Portes: ferro batido, madeira, ferro perfilado, etc.
5. IMPLANTAO DE JARDINS Uma das fases mais importantes e delicadas na jardinagem a da implantao, quando se
corrigem todas as condies existentes na rea de plantio, preparando-a para receber o jardim. A implantao correta de um jardim deve obedecer aos seguintes passos: 1 Limpeza da rea - remoo de entulho e lixo;
2 Preparo do solo (drenagem, arao, gradagem, eliminao de plantas daninhas, nivelamento, correo do solo e adubao); 3 Demarcao e abertura de covas para o plantio das mudas;
4 Plantio e escoramento de rvores e arbustos;
5 Formao e plantio dos canteiros com os arranjos ornamentais; 6 Plantio e nivelamento final dos gramados.
5.1. SERVIOS PRELIMINARES Contudo, antes de se iniciar o preparo do solo, alguns servios j devem ter sido efetuados:
servios de infra-estrutura;
modificao do relevo do terreno: necessidades de cortes e/ou aterros;
anlise do solo;
aquisio das mudas.
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5.1....1. PREPARO DO TERRENO Um dos erros mais graves encontra-se no preparo inadequado do solo. Fazendo-o
inadvertida e apressadamente, esquece-se que o solo o alicerce e o fator determinante no
desenvolvimento do jardim. O primeiro passo no preparo do solo para plantio consiste em efetuar uma limpeza geral de
toda a rea, recolhendo todo o lixo, entulho, restos de construo e demais materiais encontrados na
rea. Esta etapa de suma importncia, pois alguns materiais inorgnicos, alm de prejudicarem o pleno desenvolvimento das plantas, podem demorar muito tempo para se decomporem, tais como
apresentado a seguir:
Papel 3-6 meses;
Tecidos 6-12 meses;
Filtro de cigarro e Chicletes 5 anos;
Madeira pintada 13 anos;
Nylon mais de 30 anos;
Plstico e Metal mais de 100 anos;
Borracha tempo indeterminado;
Vidro 1 milho de anos.
Em seguida, parte-se para o revolvimento do solo por meio de enxado, ou enxada rotativa
quando em reas maiores, at uma profundidade de 30cm. Processa-se quebra dos torres ao
mesmo tempo que se retiram as razes e restos de entulhos, tais como cacos de telha, tijolo, etc., efetuando-se concomitantemente um nivelamento do terreno.
A seguir, pode-se deixar a terra descansar por 10 dias em mdia. Nesse perodo, irriga-se
diariamente, evitando o pisoteio da superfcie. Com isso, ocorre a germinao de sementes e/ou
plantas remanescentes, o que possibilita o controle das plantas daninhas, por meio de capina
manual, mecnica atravs de araes e/ou gradagens, ou mesmo a aplicao de herbicidas
especficos.
Este tambm o momento de se fazer o controle prvio dos agentes causadores de insetos-
praga e doenas. No solo, podem ser encontrados formigas, nematides, cupins, lesmas, caracis e
fungos; alm de lagartas, pulges e cochonilhas nas plantas. Grande parte destes patgenos pode ser
eliminada pelo prprio revolvimento do solo e exposio direta aos raios solares, ou por meio da
aplicao de corretivos como o calcrio, com a drenagem de solos encharcados ou eliminao de
plantas atacadas que porventura possam estar na rea.
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Parte-se, ento, para a correo do solo, por meio da aplicao de calcrio quando
necessrio e da incorporao de adubos orgnicos (de origem animal ou vegetal) e minerais (adubos qumicos) na camada superficial ou na cova. A recomendao de adubao ser feita de acordo com a anlise do solo e necessidades nutricionais das plantas. Contudo, sempre que possvel,
recomenda-se o uso de uma ou mais fontes de matria orgnica, alm da complementao com a
adubao mineral, especialmente a fosfatada no momento do plantio. Neste caso, pode-se usar
fontes naturais de fsforo como o fosfato de Arax e farinha de ossos, que liberam o nutriente de
forma mais lenta para as plantas, e fontes mais solveis como o superfosfato simples, que supre as
necessidades da muda no estdio inicial de crescimento. Quando se dispe de fontes mal curtidas ou que no se tem certeza de que a estejam, torna-se conveniente fazer a adubao orgnica com cerca de 20 a 30 dias antes do plantio, incorporando-a bem ao solo. De modo geral, uma boa adubao
orgnica consiste da aplicao de cerca de 10 a 20L.m-2 de adubo orgnico bem curtido; para esterco
de aves, aconselha-se reduzir a dose para cerca de 3 a 5L.m-2, por ser mais concentrado em termos
de nutrientes.
O adubo mineral pode ser simples (formado a partir de uma nica substncia usada como fonte de fertilizante, podendo conter um ou mais nutrientes), ou formulado (NPK formados pela mistura de mais de uma fonte de fertilizante simples, em propores adequadas para se obter as
concentraes de nutrientes desejadas). Pode ser aplicado junto com o orgnico, ou posteriormente em cobertura.
5.2. PLANTIO DAS MUDAS Antes de se iniciar o plantio das mudas, necessrio fazer a demarcao das covas e dos
canteiros e bordaduras, especificando exatamente onde cada planta ir ficar na rea:
Plantio e escoramento de arbreas e arbustos;
Formao e plantio nos canteiros, com os arranjos ornamentais planejados; Plantio e nivelamento final do gramado.
A) COVEAMENTO: A dimenso da cova a ser aberta depender do porte da espcie que ser plantada no local,
podendo ser com as seguintes dimenses:
rvores: 60x60x60cm; Arbustos: 30x30x30cm ou 40x40x40cm;
Forraes e florferas: dimenses da embalagem;
Palmeiras: dimenses do torro = . 60x60x60cm ou 40x40x40cm.
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B) PLANTIO: Para facilitar o processo de plantio das mudas, esse normalmente realizado na seguinte
sequncia: rvores e palmeiras arbustos e trepadeiras canteiros para folhosas, floreiras,
bordaduras gramado.
A regio do coleto (de transio entre razes e caule) no deve ficar abaixo e nem acima do nvel do terreno.
B.1. MTODOS DE PLANTIO: B.1.1. Plantio em linha reta: para formao de alamedas:
N = (A/E) + 1 muda Em que: N = nmero de mudas para a rea;
A = superfcie do terreno ou rea do canteiro;
E = distncia entre plantas.
B.1.2. Plantio em quadrado: atualmente, est sendo pouco recomendado:
Para rea quadrada: N = ((L/E) + 1 muda)2 Em que: N = nmero de mudas para a rea;
A = superfcie do terreno ou rea do canteiro;
E = distncia entre plantas.
Para rea retangular: N = N1 + N2 Nn = ((L/E) + 1 muda)
Em que: N = nmero de mudas para a rea;
A = superfcie do terreno ou rea do canteiro;
E = distncia entre plantas.
B.1.3. Plantio em quincncio: disposio retangular em que, alm das plantas dos vrtices do retngulo, aparece uma quinta planta ocupando o centro da disposio. Usado em canteiros,
gramados, bosques, agrupamentos em geral (usa-se menor nmero de plantas do que no plantio em quadrado):
N = S/(C2 x 0,666) Em que: N = nmero de mudas para a rea;
A = superfcie do terreno ou rea do canteiro;
E = distncia entre plantas.
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B.2. PLANTIO DE RVORES: A poca de plantio das rvores est ligada fisiologia da espcie:
Espcies de folhas caducas: a melhor poca para o plantio ocorre ainda na fase de dormncia, a partir de agosto, quando a temperatura comea a aumentar e as gemas ainda esto dormentes,
podendo-se usar mudas raiz nua. O plantio no perodo chuvoso e quente somente poder ser
indicado para mudas com torro;
Espcies de folhas persistentes: o plantio dever ser feito no incio do perodo chuvoso), ou seja, em plena atividade vegetativa, podendo se prolongar at o final das guas. O plantio no inverno poder ser feito com restries e somente com mudas com torro.
B.3) PLANTIO DE PALMEIRAS: necessrio um solo profundo, bem drenado, de textura franca, com boa aerao, teor adequado de matria orgnica e nutrientes minerais. Para a cova, sugere-se 60x60x60cm ou
40x40x40cm, conforme o porte da espcie.
B.4) PLANTIO DE ARBUSTOS: Quando do plantio de arbustos, recomenda-se uma cova de 40x40x40cm, aplicando-se
corretivos e adubos bem misturados terra de enchimento.
B.5) PLANTIO DE CERCAS VIVAS: Uma cerca viva vive, em mdia, 15 anos. Dependendo da variedade e do estilo adotado,
sofrer, no mnimo, quatro podas por ano, havendo, assim, grande extrao de nutrientes, ramos e
folhas. Por isto, deve-se atentar para o bom preparo do solo e adubao mineral ou orgnica.
Para a formao de cercas vivas, podem ser usadas, dependendo da largura desejada: Fileiras simples: abrir um sulco com 30cm de largura e 20-30cm de profundidade em toda a
extenso pretendida e situada a cerca de 50cm de distncia da linha divisria do terreno. Este
sulco ser preenchido com uma mistura de 90% de terra + 10% de esterco de curral curtido,
previamente enriquecido, para cada m3 da mistura, com 5kg de fosfato natural ou farinha de ossos
+ 200g de cloreto de potssio + 2kg de calcrio magnesiano ou dolomtico. O plantio feito com
espaamento mdio de 15-20cm entre mudas;
Fileiras duplas: usadas quando se deseja uma cerca viva com largura maior. Neste caso, o plantio feito em sulco duplo, com as mudas dispostas em forma de tringulo, espaadas de 20-
30cm.
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Aps o plantio, faz-se o tutoramento e amarrio das mudas, seguido de irrigao abundante.
B.6) PLANTIO DE HERBCEAS: A maioria das herbceas, especialmente as anuais, prefere temperaturas amenas e sua
propagao realizada por meio das sementes. Em algumas plantas, a propagao pode ocorrer por
meio de bulbos, tubrculos ou razes tuberosas e, mais raramente, por estacas de caule:
Por sementes: precisa-se de uma sementeira, que pode ser um caixote de madeira coberto com
vidro, plstico transparente ou outro material. Usa-se um substrato bem poroso, rico em matria
orgnica e permevel;
Plantio em covas: dependendo do porte da espcie e extenso do sistema radicular, as covas
podero ter suas dimenses diminudas e as quantidades de adubos orgnicos e minerais sero
proporcionalmente reduzidas;
Plantio em canteiros:
Adubao orgnica: composto orgnico ou esterco de curral (200g.m-2) ou esterco de galinha (60g.m-2) ou torta de mamona (30g.m-2);
Adubao fosfatada corretiva (0-10cm): superfosfato simples ou termofosfato magnesiano (50g.m-2) ou fosfato natural (150g.m-2);
Adubao mineral: 4-14-8 + Zn (50g.m-2) incorporado ao solo no momento do plantio; Perodo chuvoso: uria (10g.m-2) dissolvida em gua (20L).
B.7) PLANTIO DE TREPADEIRAS: Para o sucesso do plantio, o local da cova no deve ser excessivamente ensolarado, sendo
melhor aqueles frescos, relativamente midos e ricos em matria orgnica. prefervel covas mais largas do que profundas devido ao sistema radicular abundante e superficial da maioria das espcies,
como por exemplo 70x70x50cm.
B.8) PLANTIO DE AQUTICAS: Haver necessidade de se proceder correo da acidez e fertilizar adequadamente o tanque
para possibilitar o crescimento das plantas e dos microrganismos (plncton), que exercero grande ao depuradora da gua e se constituiro no mais importante alimento para os peixes. Inicialmente,
com o tanque j pronto e vazio, espalha-se os seguintes corretivos e adubos na terra do fundo: Calcrio ou cal virgem = 100g.m-2;
Esterco de gado curtido ou similar = 300g.m-2;
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Superfosfato simples = 15g.m-2.
Este material ser incorporado ao fundo do tanque com a ajuda de um ancinho, at a profundidade de cerca de 10cm, sendo, em seguida, compactado.
O plantio das espcies aquticas poder ser feito diretamente em covas previamente
adubadas (de bordadura, submersas e emergentes), liberando-as na superfcie da gua (flutuantes) ou em vasos que sero colocados no fundo do tanque (submersas e emergentes).
B.9) PLANTIO DE GRAMAS: Inicialmente, faz-se o revolvimento do solo at cerca de 15-20cm de profundidade, por meio
de enxado ou arados trao animal ou mecnica. Procede-se retirada de pedras e restos de
razes grossas. Aps o nivelamento do terreno, espalha-se o calcrio magnesiano ou dolomtico,
micropulverizado ou calcinado, de acordo com a quantidade recomendada pela anlise de solo, e
faz-se uma gradagem cruzada com discos de pouca curvatura, em posio paralela ou abertos, para
no revolver o solo; ou afofa-se o solo manualmente sem revir-lo.
Em seguida, deve ser feita a distribuio de adubo fosfatado a lano, incorporando-o na
camada de 0-10cm por meio de ancinho ou grade de disco: superfosfato simples (50g.m-2) ou termofosfato magnesiano (50g.m-2) ou fosfato natural ou farinha de ossos (150g.m-2). Juntamente com esta adubao, tambm aplica-se adubo orgnico, nas seguintes quantidades:
Composto orgnico = 200g.m-2 , ou
Esterco de curral = 200 g.m-2 , ou
Esterco de galinha = 60 g.m-2 , ou
Torta de mamona = 30g.m-2 .
Ainda aplicado 4-14-8 + Zn (50g.m-2), incorporando-o ligeiramente ao solo. Faz-se, ento, o plantio da grama:
Plantio de placas: as placas so justapostas. Se ficar algum espao entre elas, esse deve ser preenchido com uma mistura, em partes iguais, de areia e matria orgnica isenta de sementes
de plantas daninhas. Por meio de soquete, pressiona-se vigorosamente as placas contra o solo.
Se houver necessidade, em caso de terreno inclinado, as placas podem ser mantidas no lugar
atravs de estacas de madeira ou bambu, fincadas no sentido perpendicular declividade do
terreno. Rega-se abundantemente e repete-se a operao algumas vezes por semana, durante um
ou dois meses at que o gramado se encontre bem consolidado. Aps o pegamento das placas,
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durante o perodo chuvoso, aplica-se 10g.m-2 de uria dissolvida em 20L de gua, repetindo a
operao um ms depois;
Plantio por rolos: idem ao de placas;
Plantio por mudas ou touceirinhas: o preparo do solo o mesmo para placas. As mudas so
plantadas com espaamento de 10-15cm, introduzindo-as no solo; as touceiras so plantadas
com espaamento de 20x20cm at 30x30cm, tomando-se o cuidado para que a base das folhas
fique em nvel com a superfcie do solo. Em alguns meses o gramado estar fechado; porm,
para que no haja concorrncia com as plantas daninhas, essas devem ser retiradas periodicamente. Os passos seguintes so os mesmos para placas;
Plantio por sementes: a quantidade de sementes a ser usada por metro quadrado varia de
acordo com a espcie e fornecedor. A semeadura deve ser feita na primavera ou outono,
evitando-se perodos de forte pancadas de chuvas que poderiam arrancar as sementes ou
danificar as mudas recm-nascidas. As sementes devem ser uniformemente distribudas por
toda a superfcie, passando-se uma vassoura flexvel ou outro equipamento em seguida, de
modo a enterr-las no mximo at 3mm de profundidade. Logo aps, passa-se um cilindro
compressor para agregar bem as sementes ao solo. Recomenda-se a cobertura e proteo do solo
com uma leve camada de cobertura morta, retirando-a assim que as sementes comearem a
germinar. Irrigaes leves e frequentes devero ser realizadas desde e imediatamente aps a
semeadura at o perfeito enraizamento. Posteriormente, so mais abundantes e menos
frequentes. Recomenda-se uma adubao nitrogenada em cobertura, 40 a 60 dias aps a
semeadura, com 10g.m-2 de uria dissolvida em 20L de gua.
5.3. ADUBAO DE PLANTIO Em termos gerais, a adubao pode ser feita com NPK 6-18-10, 4-30-10 ou 4-16-8, sendo de
300-500g/cova para espcies maiores e 100-300g/cova para arbustos e 100-200g/m2 para canteiros
e gramados; juntamente com 10 a 20 L de esterco/cova. rvores: recomenda-se fazer o preparo, adubao e enchimento da cova com algumas semanas
de antecedncia do plantio da muda, para que se processem todas as reaes qumicas, fsicas e
biolgicas que se fizerem necessrias. Para uma cova de 60x60x60cm, recomenda-se 0,5kg de
calcrio dolomtico + 1,5kg de fosfato natural ou farinha de ossos + 20L de esterco de gado ou
composto orgnico;
Palmeiras: a adubao de plantio recomendada para covas de 60x60x60cm de 30L de esterco
de gado curtido ou similar + 1,0kg de fosfato de Arax ou farinha de ossos + 500g de calcrio
dolomtico;
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Arbustos: por cova, recomenda-se 600g de calcrio dolomtico ou magnesiano + 900g de
fosfato natural ou farinha do ossos + 12L de esterco de gado curtido ou composto orgnico;
Trepadeiras: 500g de calcrio dolomtico + 1kg de fosfato natural e 20L de esterco de gado
bem curtido, misturados terra de enchimento.
5....4. SERVIOS COMPLEMENTARES Aps o plantio, so necessrios alguns outros servios para completar o trabalho de
implantao do jardim, tais como: Tutoramento das mudas de rvores e arbustos: o tutor deve ser colocado em posio vertical
enterrado cerca de 1,0m dentro da cova e ter sua altura proporcional ao tamanho da muda. A
planta presa ao tutor por amarrios em forma de oito deitado, de borracha, fitilho, sisal ou outro
material qualquer que no fira o tronco;
Colocao de luminrias, aspersores, esttuas, vasos, mveis e demais elementos
arquitetnicos;
Limpeza da rea antes da entrega do jardim ao proprietrio.
6. MANUTENO DE JARDINS Regras bsicas para a manuteno de um jardim: Irrigaes mais frequentes at o completo pegamento das mudas. A necessidade de irrigao ir
depender do tipo de solo, da espcie vegetal, da poca do ano e do tamanho da planta;
Replantio de mudas para substituir as eventualmente mortas e/ou espcies de florao sazonal;
Varredura geral dos gramados e canteiros para retirada de folhas e detritos;
Corte da grama mantendo-se o delineamento das margens nos canteiros e passeios;
Cobertura anual dos gramados com terra peneirada e adubada, bem como reposio de terra nos
canteiros para compensar o solo eventualmente perdido por eroso;
Controle de plantas daninhas, assim como de plantas parasitas;
Combate sistemtico aos insetos-praga e agentes causadores de doenas;
Podas de diversos tipos, de acordo com a necessidade;
Adubao geral em todas as reas do jardim, de acordo com as necessidades de cada espcie; Dentre as trepadeiras, os arbustos escandentes e cips precisam ser amarrados a tutores durante
as primeiras fases do desenvolvimento, sendo necessrio, ainda, dirigir os caules para posies
mais adequadas. Os cips podem exigir algumas podas iniciais para forar a ramificao lateral e
impedir o crescimento excessivo em altura.
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6.1. ADUBAO DE COBERTURA A) Para rvores: 200g de 4-14-8 + Zn aps o perfeito pegamento das mudas:
Fazer, ainda, trs aplicaes de 150g/vez de sulfato de amnio ou nitroclcio no perodo chuvoso, ao redor da planta na zona de projeo da copa. Mudas com menos de 1,80m de altura, estas quantidades devem ser reduzidas proporcionalmente;
B) Para palmeiras: aps o pegamento da muda, aplica-se 200g/cova do adubo 10-10-10; C) Para arbusto: 120g de 4-14-8+Zn aps o perfeito pegamento das mudas:
v Fazer, ainda, trs aplicaes de 90g/vez de sulfato de amnio ou nitroclcio no perodo
chuvoso, ao redor da planta na zona de projeo da copa. D) Para cercas vivas: h exigncia de mais adubaes anuais de cobertura, especialmente quando
trata-se de uma cerca viva podada. Sugere-se uma formulao equilibrada como 10-10-10
(30g.m-1 linear/vez), sendo a primeira logo no incio das chuvas e trs posteriores durante o perodo chuvoso;
E) Para trepadeiras: usa-se 300g de 10-10-10 aps o pegamento da muda, divididas em duas ou trs parcelas durante o perodo chuvoso.
6.2. P