paleontologia e geologia mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos profa ana cristina sanches diniz

39
Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Upload: ester-freire-teves

Post on 07-Apr-2016

216 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Paleontologia e Geologia

Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos

Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Page 2: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Caracterização da Era

• Duas grandes extinções em massa;• Três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo;• Era dos dinossauros e das samambaias gigantes;• Aumento na quantidade do dióxido de carbono na

atmosfera provocou o aquecimento global;• A abundância de CO2 fomentou um maior

crescimento das plantas, com consequente aumento do seu tamanho.

Page 3: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

GIGANTISMO E NANISMO: Por que este corpo tão grande?

• O TAMANHO de uma espécie, assim como outras características, pode representar

uma ADAPTAÇÃO às condições ambientais. Dependendo das características do meio,

indivíduos ou espécies maiores ou menores podem ter mais chances de

sobrevivência, sendo assim selecionados pelo ambiente.

• O GIGANTISMO de muitos mamíferos durante a era do gelo pode ser interpretado

como uma adaptação ao clima frio. Com o crescimento, o volume do corpo se torna

proporcionalmente maior do que a área da superfície. Como o calor do corpo é

perdido através da pele, um enorme mastodonte tem uma relação superfície/volume

mais favorável do que um pequeno rato. Assim, o rato gasta relativamente mais

energia e congela mais rápido do que um mastodonte.

Page 4: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

• O gigantismo dos dinossauros foi um caso diferente: adaptação à proteção contra a

predação. Animais como os saurópodes, que eram herbívoros e atingiram mais de 20

metros, eram inacessíveis aos seus inimigos predadores.

• Grandes tamanhos, maiores gastos! Em ambientes como as ilhas, a pequena

diversidade de espécies, a existência de poucos predadores, aliados a pouca

competição, pode ter estimulado o NANISMO em algumas espécies de herbívoros

originalmente grandes. Em contraste, espécies primitivamente pequenas se tornaram

maiores em razão da ausência de competição.

GIGANTISMO E NANISMO: Por que este corpo tão grande?

Page 5: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

http://meso-zoico.blogspot.com.br/2009/12/tyrannosaurus-rex.html

Page 6: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Triássico (248 a 206 Ma)

• Dinossauros de pequeno a médio porte;• Super continente Pangeia, formado ao final do Paleozóico, reunia, praticamente, todas as terras emersas;• África e América do Sul unidos e com intensa atividadevulcânica no limite entre os dois continentes;• Há aproximadamente 208Ma, inicia a separação de Pangeia em três blocos

continentais: Eurásia-América do Norte, África-América do Sul e Antártida-Austrália-Índia (Gondwana);

• O clima era ameno nas bordas continentais e seco e árido no interior de Pangeia;

• Surgem os primeiros Sinapsidas (“répteis” mamaliformes), primeiros dinossauros bípedes e saurópodes;

• Vegetação: gimnospermas primitivas, cactáceas, coníferas, Gincáceas (Gingko biloba - fóssil vivo).

Page 7: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Tectônica do Triássico

http://celestia.albacete.org/celestia/deriva/triasic.htm

Page 8: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Jurássico (206 a 144 Ma)

• Apogeu dos dinossauros: características adaptativas permitem a conquista dos diversos ambientes (ar, terra e água);

• Apogeu das coníferas (sequóias, ciprestes e pinos);• Aparecem as primeiras aves ratitas;• Fósseis de mamíferos são escassos; presença de fósseis

brasileiros;• secuoyas, cipreses y pinos: también había helechos

arborescentes y equisetos.

Page 9: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Tectônica do Jurássico

http://celestia.albacete.org/celestia/deriva/jurasic.htm

Page 10: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Tectônica do Jurássico

Page 11: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Cretáceo (144 a 65 Ma)

• O limite inicial do Cretáceo é marcado por uma grande regressão marinha;• Época de grandes mudanças e instabilidades tectônicas;• Formação das cadeias de montanhas, resultados dos choques entre placas (Ex:

Andes e Himalaia);• Amonites foram os invertebrados mais caracterìsticos dos mares do Cretáceo;• No início do Cretáceo, os dinossauros herbívoros foram os dinossauros mais

arangentes, provavelmente devido às grandes extensões e desenvolvimento da vegetação;

• Ao final do Cretáceo surgem os primeiros marsupiais e as aves voadoras;• Extinção de pterossauros, dinossauros, amonites...• Perda de grande parte de gincoláceas, coníferas, angiospermas...

Page 12: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

• A datação do final deste Período é a mesma do final da Era Mesozóica;• EVIDÊNCIAS DO CHOQUE COM METEORITO

– Presença de Irídio no limite entre camadas estratigráficas (limite K-T);– Registros na península de Yucatán, México – Cratera de Chicxulub (mais de 10 Km

de diâmetros;– Rochas derretidas no fundo da cratera (evidência de elevação da temperatura;

• Meteorito causa tsunamis, terremotos, incêndios, extinções...• Ao final, os continentes já estão configurados, praticamente, como os de

hoje;

Cretáceo (144 a 65 Ma)

Page 13: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Tectônica do Cretáceo

http://celestia.albacete.org/celestia/deriva/jurasic.htm

Page 14: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Da Taxonomia à Sistemática Filogenética

Page 15: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Da Taxonomia à Sistemática Filogenética

Lepidosauria

Archosauria (incluindo os Pterossauros)

Page 16: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

A CHAVE PARA A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE – CARBONÍFERO (354 Ma)

Page 17: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Archosauria• Principais grupos:

– Crocodilia– Pterosauria– Dinosauria

• Fenestra pré-orbital entre a cavidade óptica e narinas;• Mandíbula com abertura entre ossos dentários, angular e supra-angular;• Dentes implantados em alvéolos;• Alguns desenvolvem postura bípede (cauda como órgão de equilíbrio, reforço da pélvis, etc.);• Archosauria no Brasil:

– em depósitos fossilíferos do Triássico e do Cretáceo. Mais antigos : Formação Santa Maria (coletas pela UFRGS, PUCRS e UFSM);

– A partir dos anos quarenta: grande quantidade de exemplares de arcossauros foram coletados no Grupo Bauru (Cretáceo Superior, Bacia do Bauru) em Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso (Museu Nacional);

– Restos de pterossauros (répteis voadores), são encontrados na Bacia do Araripe, localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí (Universidade Regional do Cariri em parceria com Museu Nacional);

Page 18: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Crocodilia • Crânio com superfície esculturada e longo, geralmente achatado

dorsoventralmente;• Há duas vértebras sacrais, característica primitiva entre arcossauros;

– A morfologia da pélvis e dos membros pélvicos das ordens primitivas (esfenossúquios, protossúquios e formas afins) indica que possuíam adaptações para postura bípede;

– Não eram reptantes como os atuais representantes da ordem, que exibem aquisições secundárias para existência anfíbia, quase todos mostram cobertura de placas dérmicas dorsais (fossilizáveis);

– Ainda existe muito debate sobre qual é o crocodilomorfo mais primitivo, mas algumas formas encontradas na Argentina (como o Pseudhesperosuchus) têm sido listadas entre as mais antigas. No Brasil também temos uma forma muito primitiva: o Barberenasuchus brasiliensis, encontrado na Formação Santa Maria (RS), que tem cerca de 220 milhões de anos;

As formas primitivas de crocodilomorfos eram tão diversificadas que algumas chegaram a viver no mar, como o Chenanisuchus,

recentemente (2005) encontrado no Marrocos.

Page 19: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

• No Brasil, a maioria dos crocodilomorfos foi encontrada em sedimentos do Cretáceo;• Mais interessantes:

– Susisuchus anatoceps, 100 Ma, Ceará;– Baurusuchus salgadoensis, 90 Ma, São Paulo (Grupo Baúru). Media cerca de três metros de

comprimento e pesava aproximadamente 400 kg.;– Sarcosuchus imperator, encontrado em depósitos de 100 milhões de anos no Níger (África) e na Bahia;– Purussaurus brasiliensis (veja na figura ao lado), cujo tamanho foi estimado por alguns pesquisadores

como algo em torno de 15m.

Page 20: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Pterosauria

• Primeiros vertebrados com capacidade de voo e a evolução desta característica ocorreu de maneira independente das aves;

• As asas dos Pterossauros possuíam uma membrana resistente que era sustentada por um dedo apenas. Podiam ser esticadas e retraídas em diferentes direções, o que leva os cientistas a concluírem que os Pterossauros não somente planavam, mas possuíam absoluto controle sobre o voo;

• Os Pterossauros tinham o corpo coberto por pequenas fibras constituídas por queratina (substância que forma os bicos e as penas das aves), denominadas picnofibras;

• A capacidade de controle do voo e a presença das picnofibras em alguns fósseis de Pterossauros sugerem que estes animais fossem endotérmicos (capazes de manter o calor corporal independentemente do meio ambiente).

Page 21: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Pterosauria

• As cristas na cabeça dos Pterossauros eram constituídas por osso, podendo apresentar revestimento de queratina ou serem associadas a membranas. Devido a sua forma aerodinâmica, elas poderiam ter função no voo. Por possuírem cores fortes e tamanhos variados, poderiam ser utilizadas para a atração sexual. Por possuírem muitos orifícios que indicam a presença de vasos sanguíneos, poderiam ser utilizadas para a dissipação de calor. Na verdade, nenhuma destas opções exclui a outra e, assim, as cristas podem ter tido diversas funções.

Page 22: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Pterosauria

DIVERSIDADE•Os fósseis destes animais já foram encontrados em todos os continentes;•Estudos indicam que existiam espécies adaptadas aos mais diversos ambientes como o mar aberto, ambientes costeiros, florestas tropicais e temperadas, savanas e desertos;•A análise dos anéis esclerais (ossos dentro dos olhos) indica que algumas espécies tinham hábitos noturnos; •A dieta variava bastante, incluindo espécies que se alimentavam de frutos, invertebrados marinhos, dentre eles microcrustáceos e insetos, peixes, carcaças de animais mortos e até mesmo sangue de animais maiores.

Page 23: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Pterosauria

DIVERSIDADE•Alguns eram pequenos, como os menores beija-flores, tendo envergadura de menos de 10 centímetros e peso de pouco mais de dois gramas. Os maiores apresentavam em média quatro metros de envergadura. O maior animal voador conhecido foi um Pterosauro, o Quetzalcoatlus, que viveu no norte do México e sul dos Estados Unidos a cerca de 68 milhões de anos. Calcula-se que tivesse 11 metros de envergadura.

Page 24: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Na Chapada do Araripe (CE), temos, dentre outras, as espécies: Araripesaurus gomesii, Tapejara wellnhoferi, Anhanguera blittersdorffi, Anhanguera santanae, Thalassodromaeus sethi, Tapejara imperator

Page 25: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Conservação Total – partes moles

Impressão

Page 26: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Conservação Parcial – partes duras

Page 27: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Reconstituições

Page 28: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Reconstituições

Page 29: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Reconstituições

Page 30: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Reconstituições

Page 31: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Quem são os dinossauros

• Os dinossauros atualmente são divididos em três grandes grupos:

• Sauropoda: grandes dinossauros de pescoço e cauda compridos, herbívoros e quadrúpedes;

• Theropoda: eram predadores e apresentavam uma grande variação de tamanho e, em geral, possuíam fortes mandíbulas, braços ou garras que eram usadas como armas contra suas presas;

• Ornisthischia: eram herbívoros e apresentavam maior diversidade de forma que os Sauropoda, podendo apresentar elaboradas cristas, bicos ou chifres que sugerem que o grupo apresentasse comportamento social elaborado.

Page 32: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

• A disponibilidade de uma maior quantidade de alimentos e o aumento das temperaturas ajudou os dinossauros a ficarem gigantes.

• Ainda não está claro se os dinossauros eram endotérmicos, como os mamíferos, ou exotérmicos.

• O que se sabe é que a rápida evolução dos primeiros arcossauros até os gigantes dinossauros atuou como uma força seletiva poderosa na qual foram favorecidos os corações adaptados para responder bem às demandas exigidas pelo gigantismo;

• Era necessário enviar às células quantidades suficientes de nutrientes e oxigênio. A solução do coração dotado de quatro câmaras seria ideal para a posterior aparição das aves, mas nos dinossauros não fez senão continuar favorecendo o gigantismo.

Page 33: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Archosauria

Page 34: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz
Page 35: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Ornitschia - Secernosauro

Page 36: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Saurópode – Uberabatitan ribeiroi

Page 37: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Saurópode – Patagosaurus

Page 38: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Terópodes – Tyranosaurus rex

Page 39: Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Terópodes – Carnotaurus sastrei