palestra - o controle interno como instrumento de gestão ... · controle interno destinado a...
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O CONTROLE INTERNO COMO
INSTRUMENTO DE GESTÃO
PARA OS MUNICÍPIOS
Luís Filipe Vellozo de Sá e Eduardo Rios
Auditores de Controle Externo TCEES
Vitória, 21 de fevereiro de 2013
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PROJETO 11
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE
INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPIXABA.
Planejamento Estratégico TCEES 2010-2015
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EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
•Constituição Federal (1988): Art.31; 70 e 74;Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos
SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei
•Constituição Estadual: Art 29,70 e 76;Art. 29 . A fiscalização financeira e orçamentária do Município
será exercida pela Câmara Municipal mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei
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EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Lei 4.320/64 Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal;
• Decreto- Lei 200/1967Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece
diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências.
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• Lei 8.666/1993Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Arts. 102, 113);
• Lei 101/2000Lei de Responsabilidade Fiscal (Arts. 54 e 59);
• LC 621/2012 –Nova Lei Orgânica do TCEES (Arts.42 a 49).
EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Resolução TC Nº 182/2002Regimento Interno do TCE-ES - arts. 119 e 127 (Prestação de contas
anuais) e art. 132 (auditorias do TCE – avaliação do SCI)
• Instrução Normativa TC-08/2008 –arts. 3º e 8º (Tomadas de contas especiais). Diz que a Unidade Central
de Controle Interno tem que apreciar o relatório final da Comissão.
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EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Resolução TC Nº 233/2012Adota como Norma Geral de Auditoria as Normas de Auditoria
Governamental – NAG, aplicáveis ao controle externo
Obs : a NAG é produto de intensas discussões e estudos noãmbito da ATRICON e IRB. Em resumo busca padronizar asatividades de auditorias dos Tribunais de Contas no Brasilconvergente com as melhores práticas internacionais
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IMPORTANTE DESAFIO DO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO
Desenvolver e Fortalecer seu Sistema de Integridade Pública
Esse conceito de INTEGRIDADE DA GESTÃO
PÚBLICA busca descrever uma visão mais
moderna de atuação estratégica no controle e uso
dos recursos públicos.
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Definindo Sistema de Integridade
“ Pode ser entendido como o conjunto de
instituições que contribuem para a
transparência, integridade e responsabilidade
na gestão do órgão público perante à
sociedade”
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Vinculado a conceitos como democracia e
governança, a noção de INTEGRIDADE explora a
idéia de que PREVENÇÃO E CONTROLE são
produtos da interação entre várias instituições: Poder
Executivo, Legislativo, Tribunal de Contas, MP, CGU,
TCU, imprensa, ONGs, etc
Sistema de Integridade
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Sistema de Integridade do Poder Executivo
Corregedoria OuvidoriaCONTROLE INTERNOControladoria/Auditoria
Comissões de ÉticaComissão de
Transparência Pública e Controle Social
SISTEMA MUNICIPAL INTEGRIDADE
O QUE É CONTROLE:
É toda a atividade de verificação sistemática de um
registro, exercida de forma permanente ou periódica
com o objetivo de verificar se está em conformidade
com o padrão estabelecido e com as normas vigentes.
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CONTROLE INTERNOAspectos Conceituais
POR QUE CONTROLAR ?
Estima-se de 20 a 30% dos orçamentos são ineficientes
e/ou corrompidos na sua elaboração e, especialmente,
na sua execução.
“A cada R$ 1 milhão de reais, R$ 200 mil vão para o ralo”
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CONTROLE INTERNOAspectos Conceituais
CONTROLE INTERNO:
É um processo integrado efetuado pela alta
administração (prefeitos/secretarios) e pelo corpo
de servidores.
alcançados:
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É estruturado para enfrentar os riscos e fornecer
razoável segurança de que na consecução da missão
da entidade os seguintes objetivos gerais serão
alcançados:
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- EXECUÇÃO ordenada, ética, econômica,
eficiente e eficaz das operações;
– CUMPRIMENTO das leis e regulamentos
aplicáveis;
– PROTEGER os recursos públicos para evitar
perdas, mau uso e dano;
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- cumprimento das obrigações de ACCOUNTABILITY
( “responsabilização” do gestor por suas atitudes na gestão da máquina pública, na condução de suas ações, não apenas às determinações legais, mas também aos princípios éticos e morais da gestão pública).
PRESTAR CONTAS À SOCIEDADE!
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O CONTROLE INTERNO, através de sua atuação
concomitante ao planejamento, execução e
avaliação dos procedimentos, TEM PODER DE
FOMENTAR A VISAO DE GESTÃO FOCADA NA
ACCOUNTABILITYACCOUNTABILITYACCOUNTABILITYACCOUNTABILITY, através do fornecimento das
informações de interesse dos gestores e da
sociedade
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Organização e Execução
Processo degestão
Planejamento Controle
POR QUÊ DEVE HAVER CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
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MOMENTO DE ATUAÇÃO DOS CONTROLES
Controle Prévio
Tempestividade
Controle Subsequente
Controle Concomitante
• Controles Prévios/Preventivos
Projetados para evitar a ocorrência de erros,
desperdícios ou irregularidades
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MOMENTO DE ATUAÇÃO DOS CONTROLES
• Controles Concomitantes/Detectivos
Projetados para detectar erros, desperdícios ou
irregularidades no momento em que ocorrem,
permitindo medidas tempestivas de correção
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MOMENTO DE ATUAÇÃO DOS CONTROLES
• Controles Subsequentes/Corretivos
Projetados para detectar erros, desperdícios ou
irregularidades após a ocorrência, permitindo
ações corretivas posteriores.
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MOMENTO DE ATUAÇÃO DOS CONTROLES
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PRINCÍPIOS DO CONTROLE INTERNO
Estrutura Organizacional
Promoção da eficiência e da
eficácia operacional
Métodos eprocedimentos formalizados
Controle sobreaspectos relevantesQualificação,
treinamento,aderência à legislação
Segregação de
funções
Delegação depoderes e
determinação de responsabilidades
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Ética, integridade
e competência
Promoção da eficiência e da
eficácia operacional
Autorização e execução conf.competências
Registro Oportuno e adequadoControle de acesso
a recursos eregistros
Supervisão
Comprometimento
PRINCÍPIOS DO CONTROLE INTERNO
– INTEGRIDADE:
assegurar que tudo o que deve ser executado, registrado, decidido, promovido e informado, de fato é feito.
– EXATIDÃO :
assegurar que a execução, a valoração, a informação e os registros se revistam de exatidão.
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OS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE AFEREM OS SEGUINTES ASPECTOS
- PONTUALIDADE:
assegurar que as épocas, os cronogramas e as datas são rigorosamente respeitadas.
- AUTORIZAÇÃO:
assegurar que todos os atos de gestão estejam adequadamente autorizados pela pessoa competente, e condizente com as normas estabelecidas.
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– EFICIÊNCIA:
assegurar que os recursos disponíveis sejam aplicados com o menor custo possível.
– EFICÁCIA:
assegurar que os objetivos traçados sejam atingidos.
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– ECONOMICIDADE
assegurar que o está sendo controlado justificao custo da operação de controle (relação custo Xbenefício).
– EFETIVIDADE
assegurar que os resultados esperados sejamalcançados segundo os critérios de eficiência,eficácia e economicidade.
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O QUE É UM SISTEMA:
Conjunto de partes que concorrem para um determinado fim.
Organizar um sistema significa organizar o funcionamento dos processos inerentes à gestão pública de forma a evitar erros, fraudes e desperdícios.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Para os fins do controle interno, as atividades
devem ser estruturadas, organizadas e
operacionalizadas sob a forma de sistemas
administrativos
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Conjunto de procedimentos de controle inseridos
nos diversos sistemas administrativos, executados
ao longo da estrutura organizacional sob a
coordenação, orientação técnica e supervisão da
unidade responsável pela coordenação do controle
interno.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
A estruturação de um SISTEMA DE CONTROLE
INTERNO na gestão pública tem por finalidade,
propiciar melhores serviços públicos e efetiva
entrega de suas ações ao usuário-cidadão,
alcançando, assim, o objetivo constitucional de
atender ao princípio da eficiência.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Organizar um sistema significa organizar o
funcionamento dos processos inerentes à gestão
pública de forma a evitar ERROS, FRAUDES e
DESPERDÍCIOS..
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
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Sistema de CONTROLE INTERNO
Sistemas de Controle
Patrimonial
Sistemas de Controle de Orçamento
Sistemas de Recursos Humanos
Sistemas de Contabilidade
Sistemas de Custos
Sistema de Educação
Relatórios da LRF / Relatórios Gerenciais
Sistemas de Compras
� A VISÃO e POSTURA da Alta Administração(prefeito, vice-prefeito e secretários);
� A CONDUÇÃO DO PROCESSO por parte da UCCI(Chefe e equipe da UCCI);
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FATORES FUNDAMENTAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO SCI
� O COMPROMETIMENTO E ENVOLVIMENTO dasdiversas unidades/setores/secretarias;
� A COLABORAÇÃO dos representantes setoriais doSistema de Controle Interno.
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FATORES FUNDAMENTAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO SCI
CORRUPÇÃO E CONTROLE INTERNO
� A corrupção é um fenômeno permanente, estrutural e autônomo, um “câncer” institucional que pode sobreviver mesmo em governos honestos.
� Seu eficaz combate exige uma clara compreensão das causas envolvidas e o estabelecimento de ações permanentes de curto, médio e longo prazo.
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CORRUPÇÃO E CONTROLE INTERNO
� Um CONTROLE INTERNO bem estruturado auxilia o
gestor nas mais diversos situação que envolvem o dia a
dia na administração pública.
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CORRUPÇÃO E CONTROLE INTERNO
� A má aplicação de recursos públicos, o desperdício e a
corrupção são resultados da ausência ou fragilidade do
controle interno. Este pode ser considerado o
INSTRUMENTO MAIS EFICAZ, dentre todos, no
COMBATE À CORRUPÇÃO.
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Sistema de Controle Interno no Município de Cariacica
• Lei n°4927/2012, de 27/06/2012
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Art. 1º. A organização e fiscalização do
Município de Cariacica pelo Sistema de
Controle Interno ficam estabelecidas na forma
desta Lei nos termos do que dispõem os artigos
31, 70 e 74 da Constituição Federal, bem como
dos artigos 29, 70 e 76 da Constituição do Estado
do Espírito Santo.
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Art. 3º. Entende-se por Sistema de Controle Interno o conjunto de atividades de controle exercidas no âmbito dos Poderes Legislativo e Executivo Municipal, incluindo as administrações direta e indireta, de forma integrada, compreendendo particularmente:
I – o controle exercido diretamente pelos diversos níveis de chefia objetivando o cumprimento dos programas, metas e orçamentos e a observância à legislação e às normas que orientam a atividade específica da unidade controlada;
II – o controle, pelas diversas unidades da estrutura organizacional, da observância à legislação e às normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;
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III – o controle do uso e guarda dos bens pertencentes ao Município, efetuado pelos órgãos próprios;
IV – o controle orçamentário e financeiro das receitas e despesas, efetuado pelos órgãos dos Sistemas de Planejamento e Orçamento e de Contabilidade e Finanças;
V – o controle exercido pela Unidade Central de Controle Interno destinado a avaliar a eficiência e eficácia do Sistema de Controle Interno da administração e a assegurar a observância dos dispositivos constitucionais e dos relativos aos incisos I a VI, do art. 59, da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Parágrafo único. Os Poderes Legislativo e Executivo Municipal, incluindo a Administração Direta e Indireta deverão submeter-se às disposições desta Lei e às normas de padronização de procedimentos e rotinas expedidas no âmbito de cada Poder, incluindo as respectivas administrações direta e indireta, quando for o caso.
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Prefeito
Secretaria de
Administração
Div. Compras
e Licitações
Depto.de Gestão
de Pessoas
Secretaria
de Obras.
Secretaria de
Finanças.
Divisão de
Finanças.
Divisão de
Contabilidade
UCCI
Órgão Central do SCL
Órgão Central do SCO
Visão Geral do Funcionamento do Sistema de Controle Interno
Unidades Executoras
IN´s
Servidor
Lei n° 4927/2012 – Art. 5°
ASSESSORIA E APOIO:
Acompanhamento/interpretação da legislação – orientação na definição das rotinas internas e dos procedimentos de controle - orientação à administração - relacionamento com o controle externo.
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RESPONSABILIDADES BASICAS DA UNIDADE CENTRAL DE CONTROLE INTERNO
ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E ORIENTAÇÃO DA GESTÃO:
Exercício de alguns controles considerados indelegáveis
(observância aos dispositivos constitucionais - art. 59 da Lei
de Responsabilidade Fiscal – acompanhamento de
resultados e outros macro controles).
(pg.22)
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AUDITORIA INTERNA:
Realização de auditorias contábeis, operacionais, de
gestão, patrimoniais e de informática em todas as áreas das
administrações Direta e Indireta, conforme planejamento e
metodologia de trabalho, objetivando aferir a observância
aos procedimentos de controle e, se for o caso, aprimorá-
los..
(pg.22)
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ÓRGÃOS SETORIAIS DO SISTEMA(ou Unidades Executoras)
� Lei n° 4927/2012 – Art. 6°
As diversas unidades da estrutura organizacional, no
exercício das atividades de controle interno inerentes
às suas funções finalísticas ou de caráter
administrativo.
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No processo de controle interno, as unidades executoras
do SCI (cada unidade da estrutura), cabe cumprir as
rotinas e procedimentos de controle que forem
estabelecidos nas instruções normativas.
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ÓRGAO CENTRAL DE SISTEMAADMINISTRATIVO
Unidade que responde pelo gerenciamento das
atividades afetas ao sistema administrativo
•Decreto de Regulamentação da Lei n° 4927/2012 - Art°
2°
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Mensagem
“O primeiro auditor é o servidor que
está trabalhado no processo / na
atividade em determinado momento.”
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ESPECIFICAÇÃO DO MANUAL ACIMA DE R$ 85.000.000,00
SISTEMA DE CONTROLE INTERNOSISTEMA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTOSISTEMA DE CONTROLE PATRIMONIALSISTEMA DE CONTABILIDADESISTEMA EDUCAÇÃOSISTEMA DE COMPRAS, LICITAÇÕES E CONTRATOSSISTEMA DE PREVIDENCIA PRÓPRIASISTEMA DE SAÚDESISTEMA DE TRIBUTOSSISTEMA FINANCEIROSISTEMA DE TRANSPORTESSISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOSSISTEMA DE CONVENIOS E CONSORCIOSSISTEMA DE PROJETOS E OBRAS PUBLICASSISTEMA DO BEM ESTAR SOCIALSISTEMA DE COMUNICACAO SOCIALSISTEMA JURIDICOSISTEMA DE SERVIÇOS GERAISSISTEMA DA TECNOLOGIA DA INFORMACAO
30/06/2012
30/03/2013
30/03/2014
30/03/15
Prazos para Elaboração Manual de Rotinas Internas e Procedimentos de Controle
MUITO OBRIGADO !!!
CONTATOS
Luis Filipe Vellozo de Sá
[email protected] - 3334-7600 (R.7772)
Eduardo Rios
[email protected]– 3334-7728
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