paloma oliveira vidal caracterização molecular e ... · vetor no estado de são paulo. ... mundo,...
TRANSCRIPT
PALOMA OLIVEIRA VIDAL
Caracterização molecular e morfológica de populações de Aedes aegypti (Diptera:
Culicidae) no Estado de São Paulo
Tese apresentada ao Departamento de
Parasitologia do Instituto de Ciências
Biomédicas da Universidade de São Paulo,
para obtenção do título de Doutor em
Ciências.
Área de concentração: Biologia da Relação
Patógeno-Hospedeiro.
Orientador: Prof. Dr. Lincoln Suesdek
Versão original
São Paulo
2015
RESUMO
Vidal PO. Caracterização molecular e morfológica de populações de Aedes aegypti (Diptera:
Culicidae) no Estado de São Paulo. [Tese (Doutorado em Parasitologia)]. São Paulo: Instituto
de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 2015.
O mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti é nativo da África Oriental e tem se espalhado pelo
mundo, devido principalmente às atividades humanas. A presença e a dispersão deste
mosquito são consideradas como um problema de saúde pública, devido à sua capacidade de
transmitir patógenos causadores de doenças, como a Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e
a Febre Zika. O Estado de São Paulo, apresenta uma das mais altas taxas de infecção por vírus
dengue no mundo, com aproximadamente 500.000 casos autóctones notificados no primeiro
semestre de 2015. A principal maneira de controlar o vírus da dengue é diminuir as
populações de mosquito Ae. aegypti, pois nenhuma vacina eficaz e nem drogas antivirais
estão disponíveis. Apesar da alta incidência de dengue no Estado de São Paulo poucos
estudos dirigidos às populações do mosquito têm sido realizados. Diante desse cenário, o
objetivo deste trabalho foi caracterizar geneticamente e morfologicamente populações de Ae.
aegypti localizadas em seis municípios do Estado de São Paulo: Santos (SAN), São Paulo
(SPA), Campinas (CAM), São Carlos (SCA), Catanduva (CAT) e São José do Rio Preto
(SRP). Já que esses municípios são interligados por grandes rodovias, hipotetizamos que elas
poderiam viabilizar a dispersão do mosquito no Estado. Coletamos amostras populacionais de
Ae. aegypti em três períodos diferentes durante os anos de 2011 e 2012. A distância
geográfica linear entre as populações amostradas foram de no máximo 468,4 km e de no
mínimo 54,9 km. A caracterização dessas populações geográficas foi feita mediante
genotipagem de oito loci microssatélites, sequenciamento dos genes mitocondriais Citocromo
oxidase subunidade I (COI) e Nicotinamida adenina dinucleotídeo desidrogenase subunidade
4 (ND4) e morfometria geométrica alar. Análises genéticas e fenéticas revelaram que as
populações de Ae. aegypti no Estado de São Paulo estão estruturadas. Todos os loci
microssatélites foram polimórficos e apontaram diferenciação genética moderada e
significativa entre as populações (Fst= 0.04; p < 0,05). Níveis de diversidade nucleotídica do
gene COI (π =0,0062) e do gene ND4 (π=0,017) foram moderadamente altos. Dois grupos
geneticamente distintos foram encontrados no Estado de São Paulo (k= 9,70; divergência
nucleotídica= 0,019; Fst= 0,80). Distâncias de Mahalanobis indicaram diferenças no formato
alar entre as seis populações (p <0,0001). Não foi detectada correlação entre distâncias
geográficas e genéticas ou morfológicas. A população de SAN foi a mais distinta e
polimórfica, e, além disso, verificamos que o polimorfismo genético das amostras
populacionais é inversamente proporcional à sua distância relativa a SAN. Isso é coerente
com o fato de que o município de Santos contém um porto marítimo reputado como ponto de
entrada dos mosquitos Ae. aegypti de diversas partes do mundo. Ao longo dos meses que
compreenderam o estudo, foram encontradas diferenças morfo-genéticas temporais entre as
seis populações analisadas, possivelmente indicativas de microevolução dos mosquitos. Os
resultados deste estudo podem ser úteis para compreendermos a dispersão deste mosquito
vetor no Estado de São Paulo.
Palavras–chave: Morfometria geométrica alar. Microssatélites. Microevolução. Mosquitos.
Culicídeos. Citocromo oxidase subunidade I. Nicotinamida adenina dinucleotídeo
desidrogenase subunidade 4. COI. ND4.
ABSTRACT
Vidal PO. Molecular and morphological characterization of Aedes aegypti populations
(Diptera: Culicidae) from State of São Paulo. [Ph. D. thesis (Parasitology)]. São Paulo:
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 2015.
The mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti, is native from Eastern Africa, but has spread
worldwide mainly due to human activities. The presence and dispersion of this mosquito are
considered to be a public health problem because of its vectorial competence for dengue,
yellow fever, chikungunya and Zika viruses. The State of São Paulo, Brazil, displays one of
the highest rates of dengue infection in the world, with approximately 500,000 autochthonous
cases being reported in the first semester of 2015. The main way to control dengue viruses is
reducing Ae. aegypti populations, because neither effective vaccines nor antiviral drugs are
available. Despite the high incidence of dengue in the São Paulo State, few populational
studies have been undertaken. The aim of this study was to genetically and morphologically
characterize Ae. aegypti populations from six locations in the São Paulo State: Santos (SAN),
São Paulo (SPA), Campinas (CAM), São Carlos (SCA), Catanduva (CAT) e São José do Rio
Preto (SRP). Since these municipalities are connected by major highways, we hypothesized
that they could facilitate spread of the mosquito in the State. Samples were collected during
the years 2011 and 2012. The linear distances between them range from 54.9 to 468.4 km.
The mosquitoes were analyzed based on eight microsatellite loci, sequences of the
mitochondrial DNA cytochrome oxidase subunit I (COI) and Nicotinamide adenine
dinucleotide dehydrogenase subunit 4 (ND4) genes and and wing geometric morphometrics.
The phenetic and genetic analyses revealed that populations of Ae. aegypti are structured. All
microsatellites loci were polymorphic and genetic differentiation among samples was
moderate and statistically significant (Fst= 0.04; p < 0.05). Nucleotide diversities of COI (π =
0.0062) and ND4 gene (π = 0.017) were moderately high. Two groups genetically distinct
were found in the State of São Paulo (k= 9.70; nucleotide divergence= 0.019; Fst= 0.80). No
correlation between geographic and genetic or morphological distances was detected. The
SAN population was the most distinct and polymorphic, furthermore, we verified that genetic
polymorphism decreases away from the SAN population, which is consistent with the fact
that SAN contains a seaport that could act as a point of entry for the mosquito Ae. aegypti
come from all over the world. Over the months comprised by study, we found the temporal
genetics and morphologic differences among the six populations, a possibly indicative of
microevolution of mosquitoes. The results of this study may be useful for understand the
spread of this vector mosquitoes in the State of São Paulo.
Keywords: Wing geometric morphometrics. Microsatellites. Microevolution. Mosquitoes.
Culicidae. Cytochrome oxidase subunit I. Nicotinamide adenine dinucleotide dehydrogenase
subunit 4. COI. ND4.
1 INTRODUÇÃO
1.1 Aedes aegypti: O mosquito, os problemas e o controle.
A Dengue é uma doença viral de maior impacto para a saúde pública nas regiões
tropicais (World Health Organization, 2015). É considerada a segunda doença mais mortal do
mundo, na qual o agente etiológico é transmitido por um vetor artrópode, aquém apenas da
Malária. Devido sua distribuição generalizada, a Dengue é a doença mais importante em
termos econômico e de morbidade (Gubler, 2002; Guzman et al., 2010). A Organização
Mundial da Saúde estima que 50-100 milhões de infecções ocorrem anualmente no mundo e
aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco ao vírus dengue. Em São
Paulo, o Estado mais populoso e urbanizado do Brasil, o Centro de Vigilância Epidemiológica
registrou nos últimos anos grandes surtos de Dengue autóctone, por exemplo, em 2013 e 2014
foram notificados 201.498 e 196.879 casos respectivamente. Em 2015, de janeiro a julho
foram confirmados 499.556 casos. Até o momento não está disponível nenhuma vacina eficaz
para a prevenção da Dengue e nem drogas antivirais para o tratamento da doença, sendo
assim, o controle dos vetores e a vigilância entomológica permanecem as principais
estratégias contra a infecção nos seres humanos.
O mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti (L.) 1762 (Figura 1) além de ser o principal
vetor do vírus dengue no Brasil, também é vetor de agentes etiológicos de doenças graves
como a Febre Amarela, Chikungunya e a Febre Zika. Pertencente à família Culicidae (112
gêneros e 3.546 espécies) essa espécie é natural da região afrotropical onde são encontrados
os outros membros do grupo (Harbach, 2015). Atualmente está distribuído por quase todo o
mundo, devido principalmente as atividades humanas, com ocorrência nas regiões tropicais e
subtropicais.
Provavelmente o Ae. aegypti foi introduzido nas Américas durante as primeiras
explorações europeias ao Novo Mundo no século XV, por meio de barcos que cruzavam o
Atlântico (Díaz-Nieto et al., 2013). Os primeiros registros no Estado de São Paulo foram em
1980 na zona portuária de Santos, sendo os focos eliminados (Pontes, Ruffino-Netto, 1994).
De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde, o Ae. aegypti está atualmente presente
em todos os Estados brasileiros incluindo o distrito federal. Com o intercâmbio comercial do
Brasil com outros países, as cidades que apresentam grandes portos como Santos, Belém e
Manaus proporcionam um meio passivo transoceânico para disseminação do mosquito Ae.
aegypti no país (Paduan, Ribolla, 2008). Indivíduos adultos raramente voam mais do que 500
metros de distância, por isso a dispersão terrestre desse mosquito também pode ocorrer
passivamente ao longo de estradas (Honório et al., 2003; Reiter et al., 1995).
Figura 1 - Fêmea do mosquito Ae. aegypti.
Fotografada por: Marcos Teixeira de Freitas.
Os mosquitos Ae. aegypti são altamente domesticados, com hábitos sinantrópicos e
antropofílicos (Forattini, 2002). Seus ovos e larvas são adaptados para viverem em recipientes
artificiais, tais como, garrafas plásticas, latas, pneus, tanques de água, baldes entre outros. A
preferência alimentar das fêmeas adultas em sangue humano reforça a capacidade de
transmissão das doenças aos seres humanos. Rodrigues et al. (2015), estudando esses
mosquitos em uma área urbana no Estado de São Paulo, verificaram que a densidade de
mosquitos fêmea é diretamente proporcional ao número de habitantes dentro de uma
residência, indicando que a população humana afeta positivamente o número de indivíduos do
mosquito Ae. aegypti.
Estudos populacionais têm sido desenvolvidos em vários países a fim de ajudar no
desenvolvimento de estratégias de controle desse inseto vetor (Brown et al., 2013; Jaimes-
Dueñez et al., 2015; Monteiro et al., 2014; Paupy et al., 2012; Vidal, Suesdek, 2012). A
variação genética em populações de Ae. aegypti pode influenciar na competência vetorial de
patógenos, como os vírus da Dengue e Febre Amarela (Lourenço-de-Oliveira et al., 2004; Sim
et al., 2013; Tabachnick et al., 1985). Portanto, a caracterização genética de populações
naturais ao longo do tempo é essencial para acompanhar a circulação de traços genéticos
epidemiologicamente importantes que podem explicar sobre a epidemiologia dessas doenças.
Estratégias de controle do mosquito Ae. aegypti tem sido desenvolvido há décadas,
mediante o uso de inseticidas, controle biológico, controle mecânico e os recentes métodos
alternativos de mosquitos transgênicos (Araujo et al., 2015; Carvalho et al., 2015; Wilke,
Marrelli, 2012) e o uso de Wolbachia como um biocontrole (Ritchie, 2014). Os mosquitos
apresentam grande capacidade adaptativa a diferentes condições ambientais devido à
resistência de diferentes mutantes. Dessa forma a eficácia de cada método de controle vai
depender da situação em que estão sendo empregados. Outro fator que pode dificultar os
métodos de controle é a microevolução desses mosquitos.
A microevolução é definida como uma mudança na frequência alélica dentro de uma
população, que pode ser observada em pequenos intervalos de tempo, de uma geração para
outra (Futuyma, 1997; Ridley, 2003). Essa mudança pode ocorrer por diferentes processos,
tais como, mutação, seleção, fluxo gênico e deriva genética. Os mosquitos Ae. aegypti em
geral apresentam reprodução rápida, podendo completar o ciclo de vida em poucos dias. Em
condições ambientais adequadas como temperatura, umidade, pluviosidade, o tempo entre a
eclosão dos ovos e os adultos emergirem dura de 8 a 10 dias (Forattini, 2002), dessa forma
podem apresentar uma rápida evolução entre suas populações.
A caracterização populacional utilizando padrões genéticos, morfológicos e
comportamentais comparadas ao longo de transectos geográficos ou temporais, é o primeiro
passo para estudar a microevolução. Vidal et al. (2012), estudando a forma e o tamanho alar
de Ae. albopictus no período de 4 anos, verificaram alterações nas asas, que indicam
processos microevolutivos nesta espécie. Em trabalho mais recente, Louise et al. (2015)
mostraram como a microevolução em Ae. aegypti pode ocorrer em pequenos intervalos de
tempo. Eles mostraram que ao longo de um ano, entre as estações climáticas, a frequência
alélica e o formato das asas de uma população de mosquito Ae. aegypti foram alteradas.
A análise de diferentes variáveis biológicas pode fornecer maior robustez aos testes de
hipóteses que visem descrever padrões e processos microevolutivos, uma vez que as taxas e
velocidades de evolução entre os caracteres são distintas em uma espécie. Sendo assim, as
chances de detectar variações fenotípicas e genotípicas utilizando múltiplos parâmetros são
maiores (Paupy et al., 2010; Rocha, 2005; Savard et al., 2006; Vidal, Suesdek, 2012). A
seguir serão descritos os marcadores que foram utilizados no desenvolvimento do presente
trabalho.
1.2 Marcadores Genéticos
1.2.1 DNA nuclear - Microssatélites
Os microssatélites, também conhecidos como SSR (sequências simples repetidas), são
sequências curtas de 1 a 6 pares de bases, repetidas em tandem, ou seja, uma ao lado da outra
(Schlötterer, Pemberton, 1998). Essas regiões são muito frequentes, espalhadas aleatoriamente
por todo o genoma de eucariotos, podendo estar associadas a sequências expressas. Os SSRs
são flanqueados por sequências únicas que podem ser amplificadas pelo método da PCR
(Reação em cadeia da polimerase) por meio de um par de primers específicos, sendo,
portanto, unilocos, com herança codominante, permitindo a discriminação entre homozigotos
e heterozigotos (Müller et al., 2010).
Os SSRs são marcadores com níveis elevados de polimorfismo, principalmente pela
natureza altamente repetitiva e apresentarem pequena extensão da região de repetição.
Independente do elemento repetido, cada SSR, representa um locus genético, multialélico e
muito informativo. O processo de multialelismo do locus SSR está envolvido em três
fenômenos básicos, mutação, “Crossing over” ou permuta desigual e erros da DNA
polimerase (“Slippage”).
Um dos fatores limitantes para a aplicação de marcadores SSRs é o baixo índice de
transferibilidade dos primers entre as espécies, sendo necessário isolar essas regiões na
maioria das espécies que estão sendo estudadas pela primeira vez. Isso ocorre porque os SSRs
são encontrados em áreas não codificantes do genoma, onde a taxa de substituição é maior do
que em regiões codificantes. Para a espécie Ae. aegypti, diversos trabalhos já foram
publicados isolando marcadores SSRs altamente polimórficos (Brown et al., 2011; Chambers
et al., 2007; Huber et al., 2001; Slotman et al., 2006) o que facilita a utilização desses
marcadores para estudo de populações desse mosquito vetor.
Os marcadores SSRs passaram a ser utilizados em Culicideos a partir da década de 90
(Lanzaro et al., 1995) e desde então o número de trabalhos publicados só tem aumentado,
principalmente para estudar populações de mosquitos vetores de patógenos causadores de
doenças como do gênero Anopheles (Ambrose et al., 2014; Angêlla et al., 2014; Scarpassa,
Conn, 2007), do gênero Culex (Kothera et al., 2013, 2012; Wilke et al., 2014) e do gênero
Aedes (Das et al., 2014; Gloria-Soria et al., 2014; Mendonça et al., 2014; Monteiro et al.,
2014). Todos esses trabalhos são de suma importância, pois conhecer a estrutura genética
populacional ajuda entender melhor a dinâmica de uma população de vetores, sabendo-se que
a adaptação de um organismo está diretamente ligada a sua variabilidade genética.
Através dos marcadores microssatélites é possível observar diferenças genéticas em
populações separadas por poucos quilômetros (Da Costa-Ribeiro et al., 2006; Vidal, Suesdek,
2012) ou ainda, analisar uma única população em períodos distintos de tempo (Lehmann et
al., 2003; Louise et al., 2015), já que essas regiões de SSRs evoluem rapidamente. Além
disso, estudos com SSRs indicaram fortes evidencias de que o armazenamento de água e os
hábitos humanos afetam na diferenciação genética do mosquito Ae. aegypti (Huber et al.,
2002).
1.2.2 DNA mitocondrial - COI e ND4
O DNA mitocondrial apresenta algumas vantagens quando comparado ao DNA
nuclear: possui múltiplas cópias por células; o genoma é haploide, de herança materna e com
ausência de recombinação gênica, com raras exceções; é considerado um genoma compacto,
com poucos genes (37 no total), raramente possui sequências espaçadoras, introns,
pseudogenes e sequências repetitivas; o conteúdo gênico é bastante conservado; a taxa
evolutiva, ou seja, de substituições de base é muito alta; os erros de replicação e as altas
concentrações de compostos de oxigênio capazes de danificar o DNA, aliados a um reparo
pouco eficiente, possivelmente acabam acumulando mutações (Moritz et al., 1987; Wilson et
al., 1985).
O gene COI (Citocromo Oxidase subunidade I) e o gene ND4 (Nicotinamida Adenina
Dinucleotídeo Desidrogenase subunidade 4) do DNA mitocondrial estão envolvidos no
transporte elétrico e catálise da cadeia respiratória de organismos eucariotos (Saraste, 1990).
Esses genes têm sido utilizados recentemente em análise de genética populacional,
identificação de espécies crípticas, filogenia e filogeografia de diversos grupos da família
Culicidae (Bracco et al., 2007; Caldera et al., 2013; de Lourdes Muñoz et al., 2013; Lorenz et
al., 2014; Moore et al., 2013; Paduan, Martins Ribolla, 2008; Petersen et al., 2015; Sallum et
al., 2002; Scarpassa et al., 2008; Scarpassa, Conn, 2007; Werblow et al., 2014; Zawani et al.,
2014).
Estudos prévios, do sequenciamento da região COI e/ou ND4 tem indicado a presença
de duas linhagens de Ae. aegypti (Bracco et al., 2007; da Costa-da-Silva et al., 2005;
Gorrochotegui-Escalante et al., 2002; Herrera et al., 2006; Jaimes-Dueñez et al., 2015; Moore
et al., 2013; Paupy et al., 2012), inclusive no Brasil (Lima Júnior, Scarpassa, 2009; Scarpassa
et al., 2008). A espécie Ae. aegypti é originada a partir de duas linhagens matriarcais (Powell
et al., 1980). Há duas subespécies reconhecidas de Ae. aegypti lato sensu, a forma ancestral
Ae. aegypti formosus, um mosquito silvestre restrita à região subsaariana da África, e a
subespécie Ae. aegypti aegypti, referente a Aedes aegypti stricto sensu, encontrada
globalmente em regiões tropicais e subtropicais, tipicamente associada com os seres humanos
(Jaimes-Dueñez et al., 2015; Moore et al., 2013).
Estudos baseados em genética populacional de Ae. aegypti têm fornecido informação
sobre estrutura populacional e dispersão em níveis micro e macro-geográficos, mostrando que
a dimensão ambiental, fatores sociais e intervenções humanas, afetam a estrutura populacional
deste vetor. Scarpassa et al. (2008) conduziram um estudo filogeográfico por intermédio do
DNA mitocondrial do Ae. aegypti no Brasil, o estudo revelou uma pronunciada estrutura
genética brasileira para o Ae. aegypti, provavelmente resultante de diversos fatores como:
múltiplas introduções associadas com diferentes linhagens, diferenciação geográfica, padrões
de dispersão passiva, atividades de controle, de extinção e recolonização de eventos e deriva
genética. Yáñez et al. (2013) analisando populações de Ae. aegypti em áreas endêmicas de
dengue no Peru concluíram que a variabilidade desses mosquitos é causada tanto pela
migração ativa do vetor, quanto pela migração passiva mediada pela atividade humana.
A detecção da variabilidade genética dentro de populações, mediante gradientes
geográficos e/ou temporais podem fornecer dados que estimem se uma população está em
equilíbrio, extinção ou em expansão. Além disso, as diferenças genéticas observadas em
populações de mosquitos vetores podem auxiliar na compreensão da história evolutiva e na
epidemiologia das doenças (Yan et al., 1998).
1.3 Marcador Morfológico
1.3.1 Morfometria geométrica alar
A Morfometria Geométrica (MG), de acordo com Monteiro e Reis (1999) é capaz de
mensurar e identificar fenômenos que o olho humano ou as técnicas matemáticas usuais são
incapazes de perceber ou medir com precisão. As análises morfométricas começaram a ser
utilizadas a partir do final da década de 80 devido à disponibilidade de ferramentas
computacionais robustas. As principais propriedades da morfometria geométrica são as
possibilidades de análises multivariadas, com múltiplas variáveis simultaneamente e a
possibilidade de recuperar informações de forma e tamanho independentemente. Assim
sendo, o poder de resolução é alto permitindo gerar diversos marcadores taxonômicos ou
populacionais.
Em insetos, existe uma preferência em utilizar as asas para os estudos morfométricos,
pois se trata de uma estrutura bidimensional, evitando erros de deformação. Além disso, as
asas apresentam características potencialmente herdáveis, ou seja, possível de evolução
(Dujardin, 2008; Jirakanjanakit et al., 2008). Os tipos de dados mais informativos utilizados
nas análises morfométricas são os marcos anatômicos, que na maioria das vezes são
escolhidos nos encontros das nervuras.
Trabalhos recentes tem mostrado a utilização da morfometria geométrica para
responder diferentes questões em Culicídeos de interesse médico-veterinário. Virginio et al.
(2015) utilizaram a MG para estudar o dimorfismo sexual em 10 espécies de Culicídeos.
Naquele estudo eles verificaram que a morfologia das asas difere significativamente entre os
sexos. Lorenz et al. (2014) verificaram estruturação populacional em populações de An. cruzii
distribuídas em altitudes diferentes. Louise et al. (2015) verificaram diferenças no formato
alar em Ae. aegypti no período de um ano. A morfometria também tem sido utilizada para
resolver questões taxonômicas (Gómez et al., 2013; Jaramillo et al., 2015).
Estudo baseado em análises morfométricas revelou estruturação em populações de Ae.
albopictus distribuídas no Mundo, com ênfase na Ásia, onde o vetor foi originado (Morales
Vargas et al., 2013). Os padrões de variação da forma naquele trabalho eram compatíveis com
a deriva genética, sugerindo mudanças microevolutivas induzidas pela expansão do mosquito.
Estudo realizado por Morais et al. (2010) mostraram diferenças entre as populações de Cx.
quinquefasciatus do Norte e do Sul do Brasil, indicando uma avaliação preliminar da estrutura
populacional desses mosquitos.
Caracteres morfométricos também têm sido utilizados na identificação de espécies.
Henry et al. (2010) fizeram um estudo mostrando a utilização da morfometria geométrica alar
como complemento para diagnosticar exemplares danificados de vetores da dengue, Ae.
aegypti e Ae. albopictus. Naquele trabalho, os autores verificaram que a variação da forma
não produziu sobreposição interespecífica significativa, independente da origem geográfica.
Globalmente o tamanho e forma da asa mostraram ser bem preservada. Outros trabalhos
foram realizados com o intuito de utilizar caracteres morfométricos na identificação de
espécies, Lorenz et al. (2012) conseguiu diagnosticar espécies do gênero Anopheles e Vidal et
al. (2011) diagnosticou duas espécies do gênero Culex.
1.4 O Ae. aegypti no Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo é o mais populoso do Brasil (o número de habitantes equivale
cerca de 22% da população Brasileira), com uma das populações mais diversificadas do país e
a terceira unidade política mais populosa da América do Sul. O Estado de São Paulo tem
grande vulnerabilidade para a Dengue por apresentar características como, diferenças
socioeconômicas, alta densidade populacional e ter um grande fluxo de migrantes de outros
Estados e Países.
Os casos de dengue estão correlacionados com a distribuição dos mosquitos Ae.
aegypti. A ocorrência no Estado de São Paulo desses mosquitos teve início na década de 80.
Entre os anos de 1986 e 1996, a dispersão desses mosquitos ocorreu de forma contínua, rápida
e ampla, ocupando principalmente as regiões Oeste, Norte e Central do Estado. No ano de
1995, dos 626 municípios paulistas, 415 estavam infestados pelo mosquito (Glasser, de Castro
Gomes, 2000). Desde então, a expansão geográfica desse vetor continua ocorrendo.
O Ministério da saúde informou que em março/15 pelo menos 91 dos 645 municípios
paulistas estavam em situação de epidemia de dengue. Os dados mostraram que a situação foi
mais grave em cidades com menos de 100 mil habitantes. Entre as cidades com mais de 100
mil habitantes, a situação mais crítica foi em Catanduva. Na cidade de São Paulo foram
registrados no primeiro semestre de 2015 mais de 59 mil casos. Alguns fatores ambientais
podem favorecer o aumento de dengue. Araujo et al. (2015), estudando populações de Ae.
aegypti na cidade de São Paulo, verificaram que a Dengue está correlacionada a áreas
chamadas de ilhas urbanas de calor, ou seja, uma área com altas temperaturas ( > 28 ºC) o
número de casos de Dengue são maiores.
Diferentes métodos de controle ao mosquito Ae. aegypti tem sido aplicado no Estado
de São Paulo, com finalidade de diminuir os casos de dengue. Os inseticidas e o controle
mecânico são os mais utilizados. Macoris et al. (2014) avaliaram o impacto da resistência a
inseticida dos moquitos no Estado de São Paulo e concluíram que a utilização em populações
com susceptibilidade reduzida torna essa ferramenta pouco eficiente e que precisa ser
utilizado com bastante cautela, sugerindo que o controle da Dengue requer estratégias mais
sustentáveis.
Estudos com populações de Ae. aegypti podem gerar conhecimentos que visem
entender o processo de evolução e dispersão desses mosquitos no Estado de São Paulo. Vidal
e Suesdek (2012) verificaram estruturação populacional do mosquito em locais distanciados
por no máximo 50 quilômetros dentro da área metropolitana de São Paulo, indicando baixo
fluxo gênico entre as populações analisadas. Campos et al. (2012) estudaram populações de
Ae. aegypti na cidade de Botucatu-SP no período de 5 anos e verificaram que esse mosquito é
capaz de manter uma população relativamente grande no período da seca para manter
frequências genéticas estáveis. Ao contrário do que foi observado naquele trabalho, Louise et
al., 2015, analisando populações de Ae. aegypti no período de um ano na cidade de São Paulo-
SP, verificaram rápida evolução desse mosquito vetor, com diferenças genéticas e
morfológicas ao longo das estações climáticas do ano de 2011-12.
Apesar da grande incidência da Dengue no Estado de São Paulo, pouco se conhece da
dinâmica populacional do Ae. aegypti. Assim sendo, compreender a estruturação genética e os
padrões de fluxo gênico no nível espacial e temporal é de extrema relevância. Visando
aproximarmo-nos desta compreensão, seis populações de Ae. aegypti coletadas ao longo de
um importante corredor rodoviário foram estudadas quanto a variabilidade de marcadores
genéticos e morfológicos. Este corredor, compreendido pelas rodovias: Imigrantes, Anchieta,
Bandeirantes, Anhanguera e Washington Luís, é uma importante ligação entre o porto de
Santos e outras grandes cidades do Estado de São Paulo que são afetadas pela dengue.
Também avaliamos o potencial da morfometria geométrica alar para acessar aspectos da
genética populacional desse mosquito vetor.
2 CONCLUSÕES
Os três marcadores biológicos indicaram estruturação populacional;
Baixo fluxo gênico foi encontrado entre as seis populações de Ae. aegypti no Estado
de São Paulo;
Não foi observado isolamento das seis populações do Estado de São Paulo por
distância geográfica;
As rodovias que interconectam as seis populações de Ae. aegypti amostradas, não são
suficientes para homogeneizar essas populações através da migração passiva desses
mosquitos;
Os resultados sugerem a existência de duas linhagens genéticas na espécie de Ae.
aegypti do Estado de São Paulo;
A população de SAN foi a mais diferenciada de todas as outras populações analisadas;
A dispersão do mosquito Ae. aegypti no Estado de São Paulo provavelmente ocorreu
do litoral de Santos para o interior;
Os marcadores genéticos e morfológicos apresentam velocidades distintas de
evolução;
Diferenças temporais morfo-genéticas foram observadas nas amostras coletadas entre
2011-2012.
REFERÊNCIAS1
Ambrose L, Cooper RD, Russell TL, Burkot TR, Lobo NF, Collins FH, Hii J, Beebe NW,
Microsatellite and mitochondrial markers reveal strong gene flow barriers for Anopheles
farauti in the Solomon Archipelago: implications for malaria vector control. Int J Parasitol.
2014;44:225–33.
Angêlla AF, Salgueiro P, Gil LH, Vicente JL, Pinto J, Ribolla PE, Seasonal genetic
partitioning in the neotropical malaria vector, Anopheles darlingi. Malar J. 2014;13:203.
Araujo RV, Albertini MR, Costa-da-Silva AL, Suesdek L, Franceschi NCS, Bastos NM, Katz
G, Cardoso VA, Castro BC, Capurro ML, Allegro VLAC. São Paulo urban heat islands have
a higher incidence of dengue than other urban areas. Braz J Infect Dis. 2015;19:146–55.
Ayala D, Caro-Riaño H, Dujardin J-P, Rahola N, Simard F, Fontenille D. Chromosomal and
environmental determinants of morphometric variation in natural populations of the malaria
vector Anopheles funestus in Cameroon. Infect Genet Evol. 2011;11:940–7.
Belkhir K, Borsa P, Chikhi L, Raufaste N, Bonhomme F. GENETIX 4.05, logiciel sous
Windows TM pour la génétique des populations. Laboratoire Génome, Populations,
Interactions, CNRS UMR 5000, Université de Montpellier II, Montpellier (France). 2004.
Bookstein FL. Morphometric Tools for Landmark Data: Geometry and Biology. Cambridge
University Press; 1997. 459 p.
Bosio CF, Harrington LC, Jones JW, Sithiprasasna R, Norris DE, Scott TW. Genetic structure
of Aedes aegypti populations in Thailand using mitochondrial DNA. Am J Trop Med Hyg.
2005;72:434–42.
Bracco JE, Capurro ML, Lourenco-de-Oliveira R, Mureb Sallum MA. Genetic variability of
Aedes aegypti in the Americas using a mitochondrial gene: evidence of multiple introductions.
Mem Inst Oswaldo Cruz. 2007;102:573–80.
Brown JE, McBride CS, Johnson P, Ritchie S, Paupy C, Bossin H, Lutomiah, J., Fernandez-
Salas I, Ponlawat A, Cornel AJ, Black WC 4th, Gorrochotegui-Escalante N, Urdaneta-
Marquez L, Sylla M, Slotman M, Murray KO, Walker C, Powell JR. Worldwide patterns of
genetic differentiation imply multiple “domestications” of Aedes aegypti, a major vector of
human diseases. Proc Biol Sci. 2011;278:2446–54.
Brown JE, Obas V, Morley V, Powell JR. Phylogeography and spatio-temporal genetic
variation of Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) populations in the Florida Keys. J Med
Entomol. 2013;50:294–9.
1De acordo com:
International Committee of Medical Journal Editors. [Internet]. Uniform requirements for manuscripts
submitted to Biomedical Journal: sample references. [updated 2011 Jul 15]. Available from:
http://www.icmje.org
Caldera SM, Jaramillo MC, Cochero S, Pérez-Doria A, Bejarano EE. Diferencias genéticas
entre poblaciones de Aedes aegypti de municipios del norte de Colombia, con baja y alta
incidencia de dengue. Biomédica. 2013;33:89–98.
Campos M, Spenassatto C, Lourdes da Graca Macoris M, Paduan K dos S, Pinto J, Ribolla
PEM. Seasonal population dynamics and the genetic structure of the mosquito vector Aedes
aegypti in São Paulo, Brazil. Ecol Evol. 2012;2:2794–802.
Carvalho DO, McKemey AR, Garziera L, Lacroix R, Donnelly CA, Alphey L, Malavasi A,
Capurro ML. Suppression of a Field Population of Aedes aegypti in Brazil by Sustained
Release of Transgenic Male Mosquitoes. PLoS Negl Trop Dis. 2015;9:e0003864.
Chadee DD, Rahaman A. Use of water drums by human and Aedes aegypti in Trinidad. J
Vector Ecol. 2000;25:28–35.
Chadee DD. Key premises, a guide to Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) surveillance and
control. B Entomol Res. 2004;94:201–207.
Chambers EW, Meece JK, McGowan JA, Lovin DD, Hemme RR, Chadee DD, McAbee K,
Brown SE, Knudson DL, Severson DW. Microsatellite isolation and linkage group
identification in the yellow fever mosquito Aedes aegypti. J Hered. 2007;98:202–10.
Colton YM, Chadee DD, Severson DW. Natural skip oviposition of the mosquito Aedes
aegypti indicated by codominant genetic markers. Med Vet Entomol. 2003;17:195–204.
Da Costa-da-Silva AL, Capurro ML, Bracco JE. Genetic lineages in the yellow fever
mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera: Culicidae) from Peru. Mem Inst Oswaldo
Cruz. 2005;100:539–44.
Da Costa-Ribeiro MCV, Lourenço-de-Oliveira R, Failloux AB. Geographic and temporal
genetic patterns of Aedes aegypti populations in Rio de Janeiro, Brazil. Trop Med Int Health.
2006;11:1276–85.
Das B, Satapathy T, Kar SK, Hazra RK. Genetic structure and Wolbachia genotyping in
naturally occurring populations of Aedes albopictus across contiguous landscapes of Orissa,
India. PloS One. 2014;9(4):e94094.
de Lourdes Muñoz M, Mercado-Curiel RF, Diaz-Badillo A, Pérez Ramirez G, Black WC 4th.
Gene flow pattern among Aedes aegypti populations in Mexico. J Am Mosq Control Assoc.
2013;29(1):1–18.
Díaz-Nieto LM, Maciá A, Perotti MA, Berón CM. Geographical Limits of the Southeastern
Distribution of Aedes aegypti (Diptera, Culicidae) in Argentina. PLoS Negl Trop Dis.
2013;7(1):e1963.
Dujardin J-P. Morphometrics applied to medical entomology. Infect Genet Evol.
2008;8(6):875–90.
Dujardin, JP. COO, MOG and COV for Windows, Institut de Recherches pour le
Développement, Marseille. 2010.
Evanno G, Regnaut S, Goudet J. Detecting the number of clusters of individuals using the
software STRUCTURE: a simulation study. Mol Ecol. 2005;14(8):2611–20.
Excoffier L, Lischer HEL. Arlequin suite ver 3.5: a new series of programs to perform
population genetics analyses under Linux and Windows. Mol Ecol Resour. 2010;10(3):564–7.
Felsenstein J. PHYLIP (Phylogeny Inference Package) Version 3.6. Distributed by the author,
Department of Genome Sciences, University of Washington, Seattle, WA.
Forattini, OP. Culicidologia médica. São Paulo: EDUSP; 2002. 864 p.
Fu YX, Li WH. Statistical tests of neutrality of mutations. Genetics. 1993;133(3):693–709.
Fu Y-X. Statistical Tests of Neutrality of Mutations Against Population Growth, Hitchhiking
and Background Selection. Genetics. 1997;147(2):915–25.
Futuyma DJ. Evolutionary biology. Sunderland, Mass.: Sinauer Associates; 1997. 763 p.
Glasser CM, de Castro Gomes A. Infestation of São Paulo State, Brazil, by Aedes aegypti and
Aedes albopictus. Rev Saúde Pública. 2000;34(6):570–7.
Gloria-Soria A, Brown JE, Kramer V, Hardstone Yoshimizu M, Powell JR. Origin of the
Dengue Fever Mosquito, Aedes aegypti, in California. PLoS Negl Trop Dis.
2014;31;8(7):e3029.
Gómez G, Jaramillo L, Correa MM. Wing geometric morphometrics and molecular
assessment of members in the Albitarsis Complex from Colombia. Mol Ecol Resour.
2013;13(6):1082–92.
Gorrochotegui-Escalante N, Gomez-Machorro C, Lozano-Fuentes S, Fernandez-Salas L, De
Lourdes Munoz M, Farfan-Ale JA, et al. Breeding structure of Aedes aegypti populations in
Mexico varies by region. Am J Trop Med Hyg. 2002;66(2):213–22.
Gubler DJ. Epidemic dengue/dengue hemorrhagic fever as a public health, social and
economic problem in the 21st century. Trends Microbiol. 2002;10(2):100–3.
Guzman MG, Halstead SB, Artsob H, Buchy P, Farrar J, Gubler DJ, et al. Dengue: a
continuing global threat. Nat Rev Microbiol. 2010;8:S7–16.
Harbach, R. Culicidae Classification | Mosquito Taxonomic Inventory [Internet]. [citado 11
ago. 2015]. Disponível em: http://mosquito-taxonomic-
inventory.info/simpletaxonomy/term/6045
Henry A, Thongsripong P, Fonseca-Gonzalez I, Jaramillo-Ocampo N, Dujardin J-P. Wing
shape of dengue vectors from around the world. Infect Genet Evol J Mol Epidemiol Evol
Genet Infect Dis. 2010;10(2):207–14.
Hemme RR, Thomas CL, Chadee DD, Severson DW. Influence of Urban Landscapes on
Population Dynamics in a Short-Distance Migrant Mosquito: Evidence for the Dengue
Vector Aedes aegypti. PLoS Negl Trop Dis. 2010;4(3): e634.
Herrera F, Urdaneta L, Rivero J, Zoghbi N, Ruiz J, Carrasquel G, et al. Population genetic
structure of the dengue mosquito Aedes aegypti in Venezuela. Mem Inst Oswaldo Cruz.
2006;101(6):625–33.
Honório NA, Silva W da C, Leite PJ, Gonçalves JM, Lounibos LP, Lourenço-de-Oliveira R.
Dispersal of Aedes aegypti and Aedes albopictus (Diptera: Culicidae) in an urban endemic
dengue area in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2003;98(2):191–
8.
Huber K, Le Loan L, Hoang TH, Ravel S, Rodhain F, Failloux A-B. Genetic differentiation of
the dengue vector, Aedes aegypti (Ho Chi Minh City, Vietnam) using microsatellite markers.
Mol Ecol. 2002;11(9):1629–35.
Huber K, Mousson L, Rodhain F, Failloux AB. Isolation and variability of polymorphic
microsatellite loci in Aedes aegypti, the vector of dengue viruses. Mol Ecol Notes.
2001;1(4):219–22.
Jaimes-Dueñez J, Arboleda S, Triana-Chávez O, Gómez-Palacio A. Spatio-temporal
distribution of Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) mitochondrial lineages in cities with
distinct dengue incidence rates suggests complex population dynamics of the dengue vector in
Colombia. PLoS Negl Trop Dis. 2015;9(4):e0003553.
Jaramillo ON, Dujardin JP, Calle-Londoño D, Fonseca-González I. Geometric morphometrics
for the taxonomy of 11 species of Anopheles (Nyssorhynchus) mosquitoes. Med Vet Entomol.
2015;29(1):26–36.
Jirakanjanakit N, Leemingsawat S, Dujardin JP. The geometry of the wing of Aedes
(Stegomyia) aegypti in isofemale lines through successive generations. Infect Genet Evol J
Mol Epidemiol Evol Genet Infect Dis. 2008;8(4):414–21.
Júnior L, Sousa R, Scarpassa VM. Evidence of two lineages of the dengue vector Aedes
aegypti in the Brazilian Amazon, based on mitochondrial DNA ND4 gene sequences. Genet
Mol Biol. 2009;32(2):414–22.
Kalinowski ST. HP-RARE 1.0: a computer program for performing rarefaction on measures
of allelic richness. 2005;5(1):187–9.
Klingenberg CP. MorphoJ: an integrated software package for geometric morphometrics. Mol
Ecol Resour. 2011;11(2):353–7.
Kothera L, Godsey MS, Doyle MS, Savage HM. Characterization of Culex pipiens complex
(Diptera: Culicidae) populations in Colorado, USA using microsatellites. PloS One.
2012;7(10):e47602.
Kothera L, Nelms BM, Reisen WK, Savage HM. Population genetic and admixture analyses
of Culex pipiens complex (Diptera: Culicidae) populations in California, United States. Am J
Trop Med Hyg. 2013;89(6):1154–67.
Lanzaro GC, Zheng L, Toure YT, Traore SF, Kafatos FC, Vernick KD. Microsatellite DNA
and isozyme variability in a West African population of Anopheles gambiae. Insect Mol Biol.
1995;4(2):105–12.
Lehmann T, Licht M, Elissa N, Maega BTA, Chimumbwa JM, Watsenga FT, et al.
Population Structure of Anopheles gambiae in Africa. J Hered. 2003;94(2):133–47.
Rocha LS. Caracterização de populações de Anastrepha sororcula Zucchi 1979 (Diptera:
Tephritidae) por análises cromossômicas, morfométricas e moleculares [tese (Doutorado em
Genética e Biologia Evolutiva)]. São Paulo: Instituto de Biociências. Universidade de São
Paulo; 2005. 127 f.
Lorenz C, Marques TC, Sallum MAM, Suesdek L. Altitudinal population structure and
microevolution of the malaria vector Anopheles cruzii (Diptera: Culicidae). Parasit Vectors.
2014;7:581.
Lorenz C, Marques TC, Sallum MAM, Suesdek L. Morphometrical diagnosis of the malaria
vectors Anopheles cruzii, An. homunculus and An. bellator. Parasit Vectors. 2012;5:257.
Lourenço-de-Oliveira R, Vazeille M, Bispo de Filippis AM, Failloux A-B. Oral susceptibility
to yellow fever virus of Aedes aegypti from Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2002;97(3):437–
9.
Lourenço-de-Oliveira R, Vazeille M, de Filippis AM, Failloux AB. Aedes aegypti in Brazil:
genetically differentiated populations with high susceptibility to dengue and yellow fever
viruses. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2004;98(1):43–54.
MA Slotman NBK. Polymorphic microsatellite markers for studies of Aedes aegypti (Diptera:
Culicidae), the vector of dengue and yellow fever. Mol Ecol Notes. 2006;7(1):168–71.
Maciel-de-Freitas R, Lourenço-de-Oliveira R. Presumed unconstrained dispersal of Aedes
aegypti in the city of Rio de Janeiro, Brazil. Rev Saúde Pública. 2009;43(1):8–12.
Macoris M de L da G, Andrighetti MTM, Wanderley DMV, Ribolla PEM, Macoris M de L da
G, Andrighetti MTM, et al. Impact of insecticide resistance on the field control of Aedes
aegypti in the State of São Paulo. Rev Soc Bras Med Trop. 2014;47(5):573–8.
Mendonça BAA, de Sousa ACB, de Souza AP, Scarpassa VM. Temporal genetic structure of
major dengue vector Aedes aegypti from Manaus, Amazonas, Brazil. Acta Trop.
2014;134:80–8.
Monteiro & Reis. Princípios de morfometria geométrica. 1999. 189 p.
Monteiro FA, Shama R, Martins AJ, Gloria-Soria A, Brown JE, Powell JR. Genetic Diversity
of Brazilian Aedes aegypti: Patterns following an Eradication Program. PLoS Negl Trop Dis
2014;8(12):e3460.
Moore M, Sylla M, Goss L, Burugu MW, Sang R, Kamau LW, et al. Dual African Origins of
Global Aedes aegypti s.l. Populations Revealed by Mitochondrial DNA. PLoS Negl Trop Dis.
2013;7(4):e2175.
Morais SA, Moratore C, Suesdek L, Marrelli MT. Genetic-morphometric variation in Culex
quinquefasciatus from Brazil and La Plata, Argentina. Mems Inst Oswaldo Cruz.
2010;105(5):672-6.
Morales Vargas RE, Phumala-Morales N, Tsunoda T, Apiwathnasorn C, Dujardin J-P. The
phenetic structure of Aedes albopictus. Infect Genet Evol J Mol Epidemiol Evol Genet Infect
Dis. 2013;13:242–51.
Moritz C, Dowling TE, Brown WM. Evolution of Animal Mitochondrial DNA: Relevance for
Population Biology and Systematics. Annu Rev Ecol Syst. 1987;18(1):269–92.
Müller GA, Marcondes CB, Navarro-Silva MA. Aplicación de marcadores microsatélites para
el estudio de Culicidae (Diptera): una revisión con especial referencia a Haemagogus. Bol
Malariol Salud Ambient. 2010;50(2):175–86.
Mutebi J-P, Barrett ADT. The epidemiology of yellow fever in Africa. Microbes Infect Inst
Pasteur. 2002;4(14):1459–68.
Nei M. Analysis of Gene Diversity in Subdivided Populations. Proc Natl Acad Sci.
1973;70(12):3321–3.
Nei M. Estimation of average heterozygosity and genetic distance from a small number of
individuals. Genetics. 1978;89(3):583–90.
Paduan K dos S, Martins Ribolla PE. Mitochondrial DNA polymorphism and heteroplasmy in
populations of Aedes aegypti in Brazil. J Med Entomol. 2008;45(1):59–67.
Paupy C, Chantha N, Vazeille M, Reynes J-M, Rodhain F, et al. Variation over space and
time of Aedes aegypti in Phnom Penh (Cambodia): genetic structure and oral susceptibility to
a dengue virus. Genet Res. 2003;82:171–82.
Paupy C, Chantha N, Reynes JM, Failloux AB. Factors influencing thepopulation structure of
Aedes aegypti from the many cities in Cambodia. Heredity. 2005;95:144–7.
Paupy C, Brengues C, Ndiath O, Toty C, Hervé J-P, Simard F. Morphological and genetic
variability within Aedes aegypti in Niakhar, Senegal. Infect Genet Evol J Mol Epidemiol Evol
Genet Infect Dis. 2010;10(4):473–80.
Paupy C, Le Goff G, Brengues C, Guerra M, Revollo J, Barja Simon Z, et al. Genetic
structure and phylogeography of Aedes aegypti, the dengue and yellow-fever mosquito vector
in Bolivia. Infect Genet Evol. 2012;12(6):1260–9.
Petersen V, Devicari M, Suesdek L. High morphological and genetic variabilities of
Ochlerotatus scapularis, a potential vector of filarias and arboviruses. Parasit Vectors.
2015;8(1):1–9.
Pontes RJS, Ruffino-Netto A. Dengue in urban locality of Southeastern, Brazil:
epidemiological aspects. Rev Saúde Pública. 1994;28(3):218–27.
Powell JR, Tabachnick WJ, Arnold J. Genetics and the origin of a vector population: Aedes
aegypti, a case study. Science. 1980;208(4450):1385–7.
Powell JR, Tabachnick WJ, Powell JR, Tabachnick WJ. History of domestication and spread
of Aedes aegypti - A Review. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2013;108:11–7.
Pritchard JK, Stephens M, Donnelly P. Inference of population structure using multilocus
genotype data. Genetics. 2000;155(2):945–59.
Rambaut A. FigTree v1.4.0: Tree figure drawing tool. 1.4.0 ed. 2014.
Raymond M, Rousset F. GENEPOP (Version 1.2): Population Genetics Software for Exact
Tests and Ecumenicism. J Hered. 1995;86(3):248–9.
Reiter P, Amador MA, Anderson RA, Clark GG. Short report: dispersal of Aedes aegypti in
an urban area after blood feeding as demonstrated by rubidium-marked eggs. Am J Trop Med
Hyg. 1995;52(2):177–9.
Rice W. Analyzing Tables of Statistical Tests. Evolution. 1989;43(1):223–5.
Ridley M. Evolution. Boston: Blackwell Scientific; 2003. 768 p.
Ritchie S. Rear and release: a new paradigm for dengue control. Austral Entomology.
2014;53:363-7.
Rodrigues M de M, Marques GRAM, Serpa LLN, Arduino M de B, Voltolini JC, Barbosa
GL, et al. Density of Aedes aegypti and Aedes albopictus and its association with number of
residents and meteorological variables in the home environment of dengue endemic area, São
Paulo, Brazil. Parasit Vectors. 2015;8:115.
Rohlf FJ, Slice D. Extensions of the Procrustes Method for the Optimal Superimposition of
Landmarks. Syst Zool. 1990;39(1):40–59.
Rohlf FJ. tpsRegr. 1.31 ed: Ecology & Evolution, Stony Brook University, New York; 2005.
Rohlf FJ. tpsUtil. 1.46 ed: Ecology & Evolution, Stony Brook University, New York; 2010.
Rohlf FJ. TpsDig2, Digitize Landmarks and Outlines, Version 2.10. Dept Ecol. & Evol., St.
Univ. New York, Stony Brook; 2006.
Rohlf FJ. TpsRelw, v. 1.42. Ecology and Evolution. New York: Stony Brook University;
2005.
Rozas J, Sánchez-DelBarrio JC, Messeguer X, Rozas R. DnaSP, DNA polymorphism
analyses by the coalescent and other methods. Bioinformatics. 2003;19(18):2496–7.
Sallum MAM, Schultz TR, Foster PG, Aronstein K, Wirtz RA, Wilkerson RC. Phylogeny of
Anophelinae (Diptera: Culicidae) based on nuclear ribosomal and mitochondrial DNA
sequences. Syst Entomol. 2002;27(3):361–82.
Saraste M. Structural features of cytochrome oxidase. Q Rev Biophys. 1990;23(04):331–66.
Savard J, Tautz D, Lercher MJ. Genome-wide acceleration of protein evolution in flies
(Diptera). BMC Evol Biol. 2006;6:7.
Scarpassa VM, Cardoza TB, Cardoso Junior RP. Population genetics and phylogeography of
Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) from Brazil. Am J Trop Med Hyg. 2008;78(6):895–903.
Scarpassa VM, Conn JE. Population genetic structure of the major malaria vector Anopheles
darlingi (Diptera: Culicidae) from the Brazilian Amazon, using microsatellite markers. Mem
Inst Oswaldo Cruz. 2007;102(3):319–27.
Schlötterer C, Pemberton J. The use of microsatellites for genetic analysis of natural
populations — a critical review. 1998. p. 71–86.
Sim S, Jupatanakul N, Ramirez JL, Kang S, Romero-Vivas CM, Mohammed H, et al.
Transcriptomic profiling of diverse Aedes aegypti strains reveals increased basal-level
immune activation in dengue virus-refractory populations and identifies novel virus-vector
molecular interactions. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7(7):e2295.
Tabachnick WJ, Wallis GP, Aitken TH, Miller BR, Amato GD, Lorenz L, et al. Oral infection
of Aedes aegypti with yellow fever virus: geographic variation and genetic considerations.
Am J Trop Med Hyg. 1985;34(6):1219–24.
Tajima F. Statistical method for testing the neutral mutation hypothesis by DNA
polymorphism. Genetics. 1989;123(3):585–95.
Tamura K, Peterson D, Peterson N, Stecher G, Nei M, Kumar S. MEGA5: Molecular
Evolutionary Genetics Analysis Using Maximum Likelihood, Evolutionary Distance, and
Maximum Parsimony Methods. Mol Biol Evol. 2011;28(10):2731–9.
Trpis M, Hausermann W. Dispersal and other population parameters of Aedes aegypti in an
African village and their possible significance in epidemiology of vector-borne diseases. Am J
Trop Med Hyg. 1986;35(6):1263–79.
Urdaneta-Marquez L, Bosio C, Herrera F, Rubio-Palis Y, Salasek M, Black WC 4th. Genetic
relationships among Aedes aegypti collections in Venezuela as determined by mitochondrial
DNA variation and nuclear single nucleotide polymorphisms. Am J Trop Med Hyg.
2008;78(3):479–91.
Van Oosterhout C, Hutchinson WF, Wills DPM, Shipley P. micro-checker: software for
identifying and correcting genotyping errors in microsatellite data. Mol Ecol Notes.
2004;4(3):535–8.
Vidal PO, Carvalho E, Suesdek L. Temporal variation of wing geometry in Aedes albopictus.
Mem Inst Oswaldo Cruz. 2012;107(8):1030–4.
Vidal PO, Peruzin MC, Suesdek L. Wing diagnostic characters for Culex quinquefasciatus
and Culex nigripalpus (Diptera, Culicidae). Rev Bras Entomol. 2011;55(1):134–7.
Vidal PO, Suesdek L. Comparison of wing geometry data and genetic data for assessing the
population structure of Aedes aegypti. Infect Genet Evol J Mol Epidemiol Evol Genet Infect
Dis. 2012;12(3):591–6.
Vieira da Costa-Ribeiro MC, Lourenco-de-Oliveira R, Failloux A-B. Higher genetic variation
estimated by microsatellites compared to isoenzyme markers in Aedes aegypti from Rio de
Janeiro. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2006;101(8):917–21.
Virginio F, Oliveira Vidal P, Suesdek L. Wing sexual dimorphism of pathogen-vector
culicids. Parasit Vectors. 2015;8:159.
Weir B, Cockerham C. Estimating F-Statistics for the analysis of population structure.
Evolution. 1984;38(6):1358–70.
Werblow A, Klimpel S, Bolius S, Dorresteijn AWC, Sauer J, Melaun C. Population structure
and distribution patterns of the sibling mosquito species Culex pipiens and Culex torrentium
(Diptera: Culicidae) reveal different evolutionary paths. PloS One. 2014;9(7):e102158.
Wilke AB, Vidal PO, Suesdek L, Marrelli MT. Population genetics of neotropical Culex
quinquefasciatus (Diptera: Culicidae). Parasit Vectors. 2014;7(1):468.
Wilke ABB, Marrelli MT. Genetic Control of Mosquitoes: population suppression strategies.
Rev Inst Med Trop São Paulo. 2012;54(5):287–92.
Wilson AC, Cann RL, Carr SM, George M, Gyllensten UB, Helm-Bychowski KM, et al.
Mitochondrial DNA and two perspectives on evolutionary genetics. Biol J Linn Soc.
1985;26(4):375–400.
World Health Organization (WHO) [Internet]. 2015 [citado 3 fev. 2013]. Disponível em:
http://www.who.int/denguecontrol/en/index.html
Yan G, Chadee DD, Severson DW. Evidence for genetic hitchhiking effect associated with
insecticide resistance in Aedes aegypti. Genetics. 1998;148(2):793–800.
Yébakima A, Charles C, Mousson L, Vazeille M, Yp-Tcha MM, Failloux AB. Genetic
heterogeneity of the dengue vector Aedes aegypti in Martinique. Trop Med Int Health.
2004;9:582–7.
Yáñez P, Mamani E, Valle J, García MP, León W, Villaseca P, et al. Genetic variability of
Aedes aegypti determined by mitochondrial gene ND4 analysis in eleven endemic areas for
dengue in Peru. Rev Peru Med Exp Salud Pública. 2013;30(2):246–50.
Zawani MKN, Abu HA, Sazaly AB, Zary SY, Darlina MN. Population genetic structure of
Aedes albopictus in Penang, Malaysia. Genet Mol Res GMR. 2014;13(4):8184–96.