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Para citar esse documento:
PICON, Andreja Paley. Contribuições da biomecânica ao ballet: um novo olhar sobre uma antiga arte. Anais do IV Congresso Nacional de Pesquisadores em Dança. Goiânia: ANDA, 2016. p. 533-544.
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CONTRIBUIÇÕES DA BIOMECÂNICA AO BALLET: UM NOVO OLHAR SOBRE UMA ANTIGA ARTE
Andreja Paley Picon (FMUSP)*
RESUMO: O ballet clássico estabeleceu-se como arte à parte da pesquisa em atividade física. Este fato tornou breve a carreira de promissores bailarinos. Nesse contexto, a investigação em Biomecânica contribui na preparação do bailarino por meio do entendimento das trajetórias do movimento, dos padrões musculares, das interações corpo-espaço, das forças e pressões atuantes no aparelho locomotor e das questões de controle motor. A proposta deste trabalho é reunir e discutir o uso prático das principais contribuições da biomecânica ao ballet clássico nas últimas duas décadas, dando aos profissionais do ballet clássico chances de promover melhorias na técnica aplicando na sala de aula e em sua prática os princípios abordados.
PALAVRAS-CHAVE: BIOMECÂNICA. BALLET. RENDIMENTO. APARELHO LOCOMOTOR
BIOMECHANICAL CONTRIBUTIONS IN BALLET: A NEW LOOK AT AN ANCIENT ART
ABSTRACT:The ballet was established like a art and neglected the research on physical activity field. This fact made brief the career of promising dancers. In this context, research in biomechanics helps in the preparation of the dancer through the understanding of the trajectories of movement, the muscle patterns, body-space interactions, the forces and pressures acting on the locomotor system and motor control issues. The purpose of this review is to gather and discuss the practical use of the main contributions of biomechanics to classical ballet in the past two decades, giving to classical ballet dancers and teachers chances to promote improvements in the technique applied in the classroom and in their practice
KEY-WORDS: BIOMECHANICS. BALLET. PERFORMANCE. LOCOMOTOR SYSTEM
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Ballet clássico e pesquisa em biomecânica
Durante muitas décadas, ao longo de seu desenvolvimento, o ballet
clássico evoluiu à parte da pesquisa em atividade física por ser considerado,
em sua essência artística, como uma arte atemporal, que não deve trazer para
si a tecnologia e as pesquisas destinadas ao esporte de rendimento. Porém,
quando se observa o extremo a que os corpos dos bailarinos clássicos são
submetidos na busca do alto desempenho, vemos que a falta de uma
abordagem cientificamente referenciada para o ensino e a prática do ballet
podem ter tornado breves e/ou improdutivas as carreiras de promissores
bailarinos.
Nesse contexto, a análise Biomecânica pode contribuir para a orientação
na formação do bailarino e na sua preparação, desvendando incertezas e mitos
desta tradição nas escolas de danças. Um índice alarmante de lesões típicas
de bailarinos já foi elencado envolvendo inúmeras articulações e o aprendizado
e o treinamento se baseiam em uma metodologia que desconhece os efeitos
do movimento sobre as estruturas do aparelho locomotor, colocando ênfase na
perfeição estética (Liederbach et al., 2008; Kadel, 2006; Wainwright & Turner,
2004; Brooner et al., 2003; Macyntire et al., 2000).
Não só entender e analisar minuciosamente a trajetória de um
movimento, mas também entender os padrões de funcionamento muscular, as
interações do corpo com o solo e com o espaço circundante, as forças e
pressões atuantes neste corpo dançante e ainda, as diversas questões
relacionadas ao controle e estratégias motoras, são objetivos que a
investigação biomecânica propõe para os movimentos do ballet que serão
discutidos a seguir.
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Como a Biomecânica pode contribuir?
Não basta dizer “gire mais”, é preciso dizer como girar mais, usando os
princípios mecânicos de torque, braço de alavanca, força centrípeta e impulso;
não basta dizer “amorteça seu salto”, mas é preciso dizer como distribuir
forças de forma eficiente pelo aparelho locomotor, ativando a musculatura de
forma adequada. Há tempos se fala que a sapatilha de pontas seria a grande
vilã das lesões de pés e tornozelos nas bailarinas clássicas, mas qual a real
interação do calçado com os pés e destes com o solo durante a execução dos
movimentos? Qual a melhor maneira de ensinar uma habilidade considerando
as exigências de amplitude de movimento e equilíbrio? O que a rotação lateral
dos membros inferiores (turnout) traz de benefício ao mover do bailarino e
quanto se usa desta habilidade dinamicamente nos movimentos específicos?
As pesquisas em biomecânica da dança, nos últimos 20 anos, têm se
movido nestas e em outras direções e têm trazido à tona respostas que
fortalecem o ensino e o treinamento da dança de forma fundamentada,
consistente e com alto nível de consciência corporal. Este montante de
conhecimentos traz para o professor a possibilidade de extrair de seus alunos
maior rendimento e diminuir (este é o objetivo da biomecânica) o número de
lesões inerentes à prática da dança.
A Biomecânica congrega conceitos da Física, da Matemática, da
Fisiologia e da Anatomia a fim de descrever e analisar o movimento. Esta
análise pode ser classificada em função do tipo de grandeza mecânica
estudada: a Cinemática, a Cinética e a Eletromiografia. Para tanto, são
empregados métodos de medição que permitem a quantificação de grandezas
físicas no corpo humano e na sua interação com o ambiente.
Na análise Cinemática é feita uma completa descrição do movimento
estudado, levando-se em consideração deslocamentos, velocidades de
execução, acelerações e desacelerações do corpo todo e de segmentos
corporais, mudanças de direção, amplitudes de movimento articular, entre
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outros aspectos descritivos. Já a análise Cinética tem o foco no estudo das
forças (e grandezas derivadas da força) envolvidas e geradas no movimento e
responderá a questões sobre as interações do corpo com o ambiente, bem
como daquelas acerca de sobrecargas internas que atingem o aparelho
locomotor. A Eletromiografia (EMG) faz o registro das atividades elétricas
associadas às contrações musculares, realizando a captação da somatória dos
potenciais de ação do músculo. Diferentemente dos outros métodos, que
determinam propriedades mecânicas, a eletromiografia indica o estímulo neural
para o sistema muscular. O resultado básico é o padrão temporal dos
diferentes grupos musculares sinergéticos ativos no movimento observado. O
instrumento básico desta técnica de análise é o eletrodo (intramuscular ou
superficial) que mede a atividade elétrica do músculo.
Koutedakis et al. (2008) afirmam que a Biomecânica pode ser
considerada uma ferramenta no controle da saúde, treinamento e desempenho
para a dança. Atualmente, o profissional do ensino ou da prática da dança que
pretenda promover um melhor rendimento e prevenir lesões não pode mais
ignorar o crescente acúmulo de conhecimentos que a investigação
biomecânica tem trazido para a área.
Estudos Cinemáticos em Dança
A possibilidade de analisar movimentos de forma tridimensional através
do registro por câmeras de alta velocidade é uma forma sofisticada e eficiente
de analisar detalhes e conhecer a complexidade dos passos de dança. A
informação óptica será precisa em fornecer ângulos e posicionamentos das
articulações, acelerações e trajetórias que em geral o olho humano não é
capaz de quantificar ou mesmo qualificar com exatidão.
O complexo giro Fouette foi estudado através de análises cinemática e
cinética tridimencionais por Imura et al. (2008). Os autores investigaram as
estratégias biomecânicas responsáveis pela continuidade do giro por inúmeras
vezes e pela mudança na velocidade rotacional do tronco a cada evolução.
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Concluíram que a velocidade rotacional é controlada pelo movimento
lateral da perna livre, cujo momento angular é obtido na fase em que ocorre a
flexão da perna de apoio enquanto este pé mantém-se em apoio plantar total.
Assim, fica fácil para o professor indicar ao seu aluno especificamente onde
regular o movimento para obter êxito.
Um cuidadoso estudo foi conduzido por Lin, et al. (2005), que investigou
as possíveis diferenças entre o lado dominante e não dominante da bailarina
ao realizar o relevé em pontas. Feitos os cálculos de momentos articulares e
uma análise da amplitude de movimento articular de tornozelo, este estudo
mostrou que, apesar de não existir diferença no padrão de excursão ativa do
tornozelo ao adquirir a posição em pontas, o lado não dominante mostrou um
maior pico de momento externo resultante, o que para os autores pode ter sido
causado pela maior habilidade muscular do lado dominante em executar o
movimento. É importante que o professor e o bailarino reconheçam esses
desequilíbrios e trabalhe no sentido de minimiza-los em sua prática diária.
O critério qualitativo de alinhamento joelho-pé em membro inferior foi
investiga por Cantergi, et al. (2015), que investigou a manutenção deste
alinhamento no sauté realizado por bailarinas experientes. Foi detectado um
desvio medial da articulação do joelho em relação ao pé de cerca de 10
centímetros (no momento da aterrisagem do salto), revelando que este
alinhamento facilmente observável em situações estáveis (como num grand
plié) não se mantém numa situação dinâmica de salto.
Rodes, et al. (2016, no prelo), também observa a capacidade de manter
a rotação lateral dos membros inferiores em saltos típicos do petit allegro no
ballet a partir de uma rotação de partida. Foi observado que as bailarinas não
mantêm o número de graus do turnout inicial durante uma série de saltos e
ainda mais, o turnout medido dinamicamente não é compatível ao medido
passivamente de forma tradicional na dança, através de goniômetros e
eletrogoniômetros.
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Estudos cinemáticos são de enorme importância porque quase sempre
revelam detalhes do movimento que não são passíveis de serem observados
pelo olho humano mais experiente, acostumado a observar dada trajetória de
movimento.
Estudos Cinéticos em Dança
Em uma rotina de dança, o bailarino está constantemente gerando
forças e torques articulares internos ao seu corpo, a fim de deslocar-se no
espaço com formas do andar, do correr e do saltar característicos das
diferentes técnicas de dança. Além disso, este deve também equilibrar seu
peso corporal em posturas estáticas que envolvem amplitudes articulares
extremas. A interação do corpo com o ambiente gera forças de reação do solo,
pressões nas plantas dos pés e compressões articulares.
Na interface com o solo podem ser mensuradas as forças de reação. O
estudo destas forças externas pode fornecer um indicativo de sobrecargas e
uma compreensão dos padrões de impulsos presentes numa dada técnica de
salto, por exemplo, em sua propulsão contra o solo ou na fase de aterrissagem.
Também permite o cálculo de forças internas que atuam nas articulações, que
são as reais sobrecargas fisiológicas, usando-se um modelo biomecânico
conhecido como Dinâmica Inversa.
Simpson & Kanter (1997) fizeram um estudo que revelou não somente
as forças verticais resultantes do grand jeté, mas deu grande destaque ao
aumento das componentes horizontais da força de reação do solo (FRS) em
relação ao aumento da distância saltada. É interessante poder dar ao bailarino
um panorama de como as forças feitas contra o solo podem ser decisivas para
o sucesso de um movimento aéreo.
Sousa, et al.(2001), estudou o saute, o sobressault e o salto en cou de
pied. A metodologia da dinâmica inversa revelou as cargas que atingem as
articulações dos membros inferiores durante a realização destes saltos e os
autores discutem seus achados também em termos de implicações
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pedagógicas importantes para o ensino da dança, destacando as questões de
dificuldade técnica de cada salto.
No estudo de Picon, et al. (2002), os valores de forças de reação do solo
para o Sauté (1ª posição) foram comparados nas condições com sapatilhas de
ponta e meia-ponta, além de dois andamentos musicais diferentes.
Surpreendentemente, a condição do andamento musical foi mais significativa
que o tipo de sapatilha utilizada. Quando as bailarinas do estudo saltaram em
um andamento musical mais lento, a duração do intervalo entre saltos permitiu
uma maior acomodação da força, o que não aconteceu da mesma forma no
andamento rápido. O crucial papel do acompanhamento musical foi percebido
em detrimento da pouca importância do calçado.
Os mesmos autores conduziram outro estudo (Picon et al.,2003), em
que foram observadas as pressões plantares através de uma palmilha flexível
colocada na interface pé-sapatilha, dotada de sensores resistivos. Quando oito
bailarinas experientes realizaram o Sauté (1ª posição), observou-se que as
maiores pressões foram registradas para a região do antepé,
independentemente do modelo de sapatilha.
A fim de descrever os efeitos do modelo da sapatilha e da posição de
membros inferiores nas pressões plantares em técnicas de equilíbrio do ballet
clássico, Lobo da Costa, et al. (2013) estudou a execução dos attitude (devant,
derriére e a la second) em bailarinas nas condições descalço e com sapatilha
de meia ponta. Os resultados dos picos de pressões plantares apenas foram
influenciados pelas condições: descalça e com sapatilha de meia ponta; não
havendo efeito do tipo de equilíbrio realizado ou da posição do membro inferior.
Os maiores picos de pressão plantar contra o solo ocorreram durante a
execução descalça, além de maiores áreas de contato. Assim, aparentemente,
a maior área de contato dos pés com o solo durante as tentativas na condição
descalça permitiu mais estabilidade às bailarinas que puderam gerar maiores
pressões contra o chão. Por outro lado, sapatilhas de meia ponta estiveram
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associadas nesse estudo a menores pressões plantares e menores áreas de
contato.
Weiss, et al. (2009), propôs um guia para direcionar professores a
escolher o melhor momento para iniciar o trabalho em pontas com suas alunas.
Entre outros fatores, os autores indicam que o estágio de desenvolvimento
físico, o alinhamento de tronco e pernas, a força e flexibilidade de tornozelos e
pés e a duração e freqüência do tempo de treinamento devem ser
considerados. Embora sejam fatores de extrema importância a serem levados
em consideração neste importante momento da vida de uma bailarina, tratamos
mais uma vez de fatores subjetivos e dependentes do olhar de cada professor.
Não há um critério universal para definir um bom alinhamento de tronco e pé
fortes. É preciso quantificar estas variáveis, de modo que os professores
tenham parâmetros objetivos para tomar suas decisões.
Sendo assim, os estudos ora discutidos nos apontam como é importante
quantificar e transformar em valores reais o produto da execução de um
movimento e sua interação com o solo, o calçado e o espaço circundante.
Estudos Eletromiográficos em Dança
A análise eletromiográfica através da colocação de eletrodos de
superfície em músculos de interesse é uma importante ferramenta para o
conhecimento dos padrões de ativação muscular dos movimentos da dança.
Massó, et al. (2006), conduziu um estudo com a intenção de classificar a
importância de músculos ativos na realização do releve em primeira posição e
pés paralelos executados por meia ponta. Importantes diferenças foram
encontradas, revelando que trabalhar em primeira posição, do ponto de vista
muscular, é completamente diferente do trabalho em pés paralelos. Entre
outros resultados, os autores mostraram que em primeira posição a ativação do
músculo gastrocnêmio medial é mais significativa do que em pés paralelos. Em
contrapartida, o músculo abdutor do hálux é muito mais ativo no releve
realizado em pés paralelos.
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O estudo de Trepman, et al. (1998), investigou a hipótese de que o
grand-plié não é simplesmente um demi-plié profundo, mas sim um movimento
fundamentalmente diferente do ponto de vista do trabalho muscular realizado.
Através de eletrodos de superfície colocados em bailarinas de técnica clássica
e moderna os autores avaliaram o movimento realizado em primeira posição e
concluíram que o trabalho muscular realizado pelas bailarinas clássicas foi
diferente do trabalho muscular realizado por bailarinas da técnica moderna,
embora tenham apresentado similar padrão de amplitude de movimento para
realização do grand-plié. A atividade dos músculos, vasto medial e vasto
lateral, foram significativamente menor em bailarinas clássicas do que em
bailarinas da técnica moderna.
A diferença de ativação muscular do developpé devant quando feito na
barra comparado ao executado no centro foi avaliada por Wilmerding et
al.(2001). O estudo revelou que, quando na barra, os bailarinos podem focar
mais o trabalho na perna que executa o developpé (perna de movimento),
enquanto que no centro, uma maior atividade muscular foi encontrada para a
perna de suporte (perna de base). Os autores alertam para a diferença de
trabalho técnico que um mesmo movimento, executado de forma diferente,
resulta em termos de treinamento.
Estes foram alguns exemplos de como a análise do movimento através
de eletrodos colocados em músculos de interesse pode ser reveladora a
respeito da técnica e dos músculos que de fato executam um dado movimento.
Considerações Finais
Diante do quadro de pesquisas apresentado, fica clara a contribuição da
Biomecânica para o avanço do conhecimento sobre os movimentos específicos
do ballet clássico. Este conhecimento não somente proporciona ganhos
técnicos, mas também proteção ao aparelho locomotor, quando se consideram
questões quantitativas relacionadas às cargas e às repetições inerentes à
prática dos movimentos da dança.
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É preciso que professores e profissionais da dança tenham um olhar
atento a este corpo crescente de conhecimento e usem-no para subsidiar sua
prática docente e seu desempenho como bailarinos.
Somente observando aspectos quantitativos do movimento como é que
se pode criar parâmetros viáveis e exeqüíveis de como utilizar melhor o
calçado na prática, balizar o nível e intensidade de treinamento, fazer um
planejamento de acordo com a modalidade e suas peculiaridades, conhecer o
real estágio de aprendizado e habilidade do bailarino, melhorar técnica do
gesto, focar os músculos mais necessários, entre outros fatores.
Por fim, analisar a complexa movimentação da dança pelos rigorosos
princípios e critérios da avaliação biomecânica pode fazer a diferença técnica
que muitos bailarinos e professores buscam ao longo da história desta
maravilhosa arte.
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*PhD, pesquisadora LaBiMPH-FM-USP; docente no programa de pós graduação em Ciências da Reabilitação da FM- USP, professora de Ballet Clássico.