parque das religiões de pernambuco
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Parque das Religiões
Parquedas Religiões
I G A R A S S U | P E R N A M B U C O | B R A S I L
Recife | 2013
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Parque das Religiões
Apresentação
Com todo o saber desenvolvido pelas ciências naturais e sociais, o mistério da vida permanece e desperta sempre uma atitude mística nas pessoas. Muitas culturas, então, buscam integrar a sabedoria das tradições espirituais e religiosas sobre o sentido da existência às descobertas científicas sobre como o mundo se desenvolve.
Hoje, ciência e tradição dialogam, reconhecendo o dinamismo do fato religioso e buscando promover o seu potencial huma-nizante, além de resgatar o costume milenar das peregrinações através do turismo religioso, que se encontra em ascensão em todo o mundo.
É nesse contexto que surge na cidade pernambu-cana de Igarassu o Parque das Religiões, consoli-dando o turismo cultural e religioso em Pernam-buco.
AcimaSímbolos do sikhismo, cristianismo, budismo, judaísmo, islamismo e hinduísmo.
AbaixoGarota muçulmana reza.
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Parque das Religiões
O Estado tem referências extremamente propícias ao maior desenvolvimento do turismo religioso.
Além das tradicionais festas católicas, das históricas igrejas bar-rocas, dos conventos do Recife e de Olinda e do espetáculo da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, o Estado contou, desde as suas origens, com uma forte presença judaica, tendo inclusive sediado a primeira sinagoga das Américas. Por sua vez, as reli-giões afro-brasileiras evidenciam, entre nós, a simbiose cultural dos símbolos de matriz africana com o nosso próprio modo de ser. Por sua abertura marítima e comercial centralizada no Porto do Recife, Pernambuco ontem, como hoje, soube alargar seus horizontes — tanto no plano material e econômico como na busca da espiritualidade de sua gente.
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A criação do Parque-Museu das Religiões, um centro cultural sob o moderno critério de museu dinâmico voltado para as coi-sas do sagrado, alinha-se não só ao turismo cultural e religioso, mas à recente compreensão de que o País deve e pode con-servar suas relações com a transcendência no âmbito do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial.
Nesse sentido, é importante mencionar que já foram tombados: a Festa do Divino, em Pirenópolis, Goiás; a procissão do Círio de Nazaré, em Belém do Pará; a Lagoa Sagrada do Araweté, da re-gião indígena do Alto Rio Negro; e a Casa Nova do Engenho Ve-lho, do candomblé baiano.
Inspirado em projetos de modernos parques e museus brasi-leiros — como o Instituto Inhotim, em Brumadinho, no Estado de Minas Gerais, e o Solo Sagrado, da Igreja Messiânica Mun-dial, às margens da represa de Guarapiranga, em São Paulo —, o Parque-Museu das Religiões, uma vez concluído, espera ser um centro vivo, ecumênico, multirreligioso, capaz de oferecer, junto à natureza, um lugar de meditação e recolhimento e, si-multaneamente, um espaço de estudos de história comparada e religião, fomentando a reflexão sobre a universalidade do fenô-meno religioso e o diálogo entre diferentes religiões. Em suma, um parque-museu educacional e informativo, de índole inter--religiosa, e um lugar para reposição de energias psicoafetivas e espirituais.
O Parque-Museu das Religiões será um centro cultural sob o
moderno critério de museu dinâmico.
A declaração de fé do islamismo - Shahadah - aparece escrita em árabe na bandeira da Arábia Saudita.
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MAPAPernambuco
Itamaracá
Oceano Atlântico
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Igarassu
Abreu e Lima
Recife
OlindaO Parque-Museu das Religi-ões propõe-se a ser um espa-ço de convergência em meio a outros pontos religiosos já existentes a um raio de pou-cos quilômetros de sua loca-lização.
Um espaço deconvergência
TIMBAÚBA 1. Centro de Estudos Budistas Dharmata.
IGARASSU 2. Igreja Santos Cosme e Damião.3. Convento e Museu de São Francisco.4. Grande concentração de terreiros de
umbanda e candomblé.
ABREU E LIMA5. Igrejas Evangélicas.
RECIFE6. Primeira sinagoga das Américas (Kahal
zur Israel), no Bairro do Recife.7. Templo e Centro Cultural Hare Krishna
do Recife, no bairro da Boa Vista.8. Centro Cultural Islâmico do Recife, tam-
bém na Boa Vista.
9. Centro de Meditação da Self-Realization Fellowship, no bairro da Tamarineira.
10. Federação Espírita de Pernambuco, no bairro do Espinheiro.
OLINDA11. Templo Budista de Olinda (Fo Guang
Shan), no Bairro Novo.12. Seminário de Olinda, no Alto da Sé.13. Representação pernambucana do
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
14. Santuário da Virgem Poderosa de Ouro Preto.
ALHANDRA | PB15. Santuário da Jurema Sagrada.
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Parque das Religiões
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Parque das Religiões
Ganhos Práticos
• Novo atrativo na área de turismo cultural e religio-so, possibilitando a convivência entre seguidores de diver-sos caminhos espirituais.
• Novopolodeturismoecológico, desenvolvendo rotas e trilhas de acesso por terra e de barco e explorando o poten-cial histórico e natural do litoral norte.
• Novasoportunidadesdeempregoerenda diretas e indi-retas (inclusive por meio da produção de material publicitá-rio e artesanal do museu).
• Movimentaçãodocomércio gerada por um novo ponto tu-rístico.
• Possibilidadede aprendizagem, em local apropriado, da disciplina Ensino Religioso, que integra o currículo escolar obrigatório.
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Parque das Religiões
Visão museológicaNenhuma religião terá uma sala específica, pois a abordagem temática será preferencialmente transversal, visando valorizar uma sociedade pluralista, multicultural, miscigenada e demo-crática. Nessa linha, estão projetados os seguintes espaços per-manentes:
Salas 1 Introdução
2 Tempos e Locais 3 Personagens Divinos e as Palavras Inspiradas 4 Espaços, Calendários e Rituais Sagrados 5 Vida Antes e Depois e Mediunidade 6 Política, Sociedade, Vida Comunitária, Organização e Ética 7 Diálogos e Conflitos, diálogos e sincretismo entre religiões.
8 Povos e Religiões
Temáticas
Apresentação geral do Museu aos vi-sitantes.
Linha do tempo de desenvolvimen-to das religiões e distribuição geo-gráfica dos fiéis.
Os grandes vultos das religiões e as palavras inspiradas (tradições orais, textos sagrados, revelações e inter-pretações).
Imagens, objetos e lugares sagrados. Rituais e templos sagrados. Orações, canções, danças e meditações.
O que dizem as religiões sobre o mis-tério e a mística da vida agora, antes e depois.
Interditos religiosos (comida e sexo, ética e política). Relação entre di-nheiro e poder nas instituições reli-giosas.
Conflitos, diálogos e sincretismo en-tre religiões.
Níveis de participação religiosa (ma-gias populares e mística dos santos, saúde e salvação).
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Parque das Religiões
Projeto do Lugar A área escolhida pelos idealizadores do projeto se en-contra localizada no município de Igarassu, a 40 km do Recife. O local atende a requisitos práticos e simbólicos, como região montanhosa e de vegetação natural; paisagem atraente; facilidade de acesso e disponibilidade de infraestrutura; terreno extenso, com possibilidade de expansão da área construída e estacionamento; existência de um núcleo populacional nas pro-ximidades em condições de se integrar ao projeto; além de ser um sítio naturalmente silencioso e livre de poluição.
O Parque das Religiões nasce em perfeita sintonia com o concei-to de desenvolvimento sustentável, abrangendo plenamente os três pontos necessários ao crescimento integral de uma região, ou seja, as dimensões ambiental, social e econômica.
Observando a questão do meio ambiente, o Parque das Religi-ões vai propiciar o resgate de um local naturalmente belo, mas hoje descuidado, em que pese estar integrado a uma área de preservação ambiental. Nessa linha, o Parque vai não só nor-malmente obedecer à legislação, mas vai se exceder no cuidado com o seu espaço próprio e fará o máximo que puder para di-fundir esse cuidado no seu entorno.
Social Ambiental
Desenvol-vimento
Sustentável
Econômico
No ritual do Quarup, indígenas lutam huka-huka.
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Parque das Religiões
Quanto às dimensões social e econômica, o Parque das Religiões fará intervenções integradas, até para a sua própria sobrevivência. Hoje se verifica que o Distrito de Nova Cruz é um dos mais carentes do município de Igarassu, necessi-tando muito do desenvolvimento de ações que gerem emprego e renda e de melhorias no atendimento à saúde, à educação e à segurança. Atento a esse contexto, o Parque das Religiões vai desenvolver-se plenamente integrado à comunidade de Nova Cruz e redondezas, implantando um empreendimento que, para o seu sucesso, dependerá de melhorias no nível de vida dos habitantes locais, ao mesmo tempo que propiciará novas oportunidades de emprego e renda, como na produção de su-venires, no comércio, nas artes, nos restaurantes e no transporte dos visitantes em pequenas embarcações através do Canal de Nova Cruz e do Rio Timbó.
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Exposições Temporárias
Serão:
O projeto urbanístico, arquitetônico e paisagístico será voltado, sobretudo, à formação de um espaço in-tegrado aos aspectos naturais, inclusive com recupe-ração de passivos ambientais. As edificações, além de mo-duladas e espalhadas por todo o terreno, serão interconectadas por trilhas, e algumas delas contarão com a técnica de palafitas para que o solo e a área verde continuem livres.
As áreas mais altas serão valorizadas com mirantes para medi-tação e contemplação, enquanto as mais baixas, no vale já exis-tente, explorarão o elemento água, com a criação de pequenos lagos e cursos, além de promover o aproveitamento de luzes e de sombras.
Oito salas temáticas contarão com exposições de longa dura-ção e duas com exposições temporárias. Também haverá áreas edificadas destinadas a estudos, administração, lojas, praça da alimentação, auditórios, anfiteatro, biblioteca especializada e praça de eventos.
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InvestimentoO investimento inicial é estimado em R$ 15 milhões para a cons-trução civil de uma área de 5.000 m2; de R$ 5 milhões para a infraestrutura e o paisagismo; e de R$ 10 milhões para as insta-lações e os equipamentos; totalizando R$ 30 milhões.
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Parque das Religiões
ImplantaçãoA proposta é que o Parque-Museu envolva a socieda-de na sua construção, e quem se interessar possa vir a apoiar de acordo com as suas possibilidades, seja indiretamente, doan-do recursos, ou, de modo direto, trabalhando na implantação.
Quanto a fontes institucionais de recursos para a implantação, espera-se inicialmente, junto ao Ministério da Cultura, obter fi-nanciamentos através da Lei de Incentivo à Cultura e também outros recursos institucionais públicos e privados, além de doa-ções da sociedade.
Para a construção do acesso viário, ações no meio ambiente, in-tervenções típicas do poder público no entorno do empreendi-mento, divulgação e apoio institucional, o Grupo Empreende-dor precisará contar com o Governo do Estado e da Prefeitura de Igarassu.
Por outro lado, esse é um típico projeto que tem início, mas não deve ter final: estará sempre em construção.
O objetivo é até maio de 2014 ter o terreno limpo, em movimen-to para receber as edificações e com a maquete visível no local.
Os recursos para a manutenção serão pro-venientes da venda de ingressos, patro-cínios, locação de espaços e licencia-mento da marca.
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Parque das Religiões
Ponto de partidaAideiaseminaldoParquedasReligiõessurgiunoMovimentodeCursilho,ain-daquandoDomHeldereraArcebispodoRecifee,naquelaocasião,comoumparquevoltadoparaocristianismo.Maisrecentemente,em2010,aideiafoire-tomadapor integrantesdoMovimentodeCursilho,queresolveramampliaraconcepçãodoparque,noespíritodoConcílioVaticanoII,tornando-oumespaçointer-religioso.Paraapoiaroprojeto,dandoasbasescientíficasdofuturomu-seu,foichamadoaparticiparoProgramadeCiênciasdasReligiõesdaUnicap.Visite:http://espareli.blogspot.com
Organização e GestãoSãopropostostrêsórgãoscolegiadosparaagestãodoMuseuParquedasReli-giões,asaber:
ConselhoGestor|Formadoporpessoasdediferentesprofissõesecredosdaso-ciedadecivil.
ConselhoCientífico|Formadoporcientistas,intelectuais,professores,pesqui-sadoresepessoasdedicadasàextensãoeaatividadespráticasdosestudosdareligião.
ConselhoConsultivo|Formadoporliderançasdastradiçõesreligiosaseespiri-tuaisqueexercemfunçõesemdiversasinstituiçõesequepraticamdiferentesre-ligiões.ElasatuarãocomoconsultorasnadefiniçãodastemáticaseinstalaçõesquedevemintegraroMuseuParquedasReligiões.OsConselhosGestoreCientíficoficarãoresponsáveispelaorganizaçãodoMu-seuParque.Caberãoaoprimeiroasaçõesdeadministração,operaçãoeproje-çãodoMuseuParquedasReligiões,aobtençãodeadesõeseapoios,aconstitui-çãojurídicaedaestruturaoperacional,aobtençãoderecursosfinanceirosedoslicenciamentosexigidosporlei,arepresentaçãojuntoàsinstituiçõesgoverna-mentaisedemaisaçõesafins.AoConselhoCientíficocaberáadefiniçãodeconteúdosdasexposiçõeseprogra-mações,calcadosemestudosepesquisascientíficasrelacionadasaoscarismaseàspráticasdasdiferentestradiçõesreligiosas.EsseConselhoatuaráemcon-juntocomoConselhoConsultivo,avaliandoerenovandosistematicamenteasmostrasdassalastemáticaseoseventossobreasdiversascorrentesespirituais.OConselhoConsultivoteráfunçãodeajudarereferendarosdiscernimentosdoConselhoCientífico,fomentandonovasideiassobreoconteúdodoMuseuPar-que.
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Conselho Gestor Inicial | 2013SergioGonç[email protected]
BartolomeuFigueirôadeMedeiros [email protected]
GilbrazdeSouzaAragã[email protected]
ConcepçãoarquitetônicaepaisagismoRobertoMontezuma| [email protected])LuizVieira | [email protected]
EngenhariaProjetec| www.projetecnet.com.br JBREngenharia| www.jbr.eng.br
Consultoriaeconômico-financeiraGuimarãesFerreira| www.guimaraesferreria.com.br
ConsultoriaambientalecartografiaGMGrilloConsultoriaLTDA | [email protected]
TextoConsultexto|www.consultexto.com.br
LogomarcaMartpet| www.martep.com.br
ProjetográficoMarianadeMelo| [email protected]
AssessoriaJurídicaADCAdvogados | [email protected]
AssessoriaMuseológicaFundaçãoGilbertoFreyre | [email protected]
AssessoriaacadêmicaObservaMUS/DepartamentodeAntropologiaeMuseologiadaUFPE| lpc-ufpe.blogspot.comObservatóriodasReligiõesnoRecife/ProgramadeCiênciasdaReligiãodaUNICAP| www.unicap.br/observatorio2
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O Sagrado percebido com o método das ciências
e a liberdade das artes.