participaÇÃo das mulheres no mercado de trabalho · ocupaÇÃo, redimentos e desemprego feminino...

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Av. Getúlio Vargas, 1200 – Vila Nova Santana – Assis – SP – 19807-634 Fone/Fax: (0XX18) 3302 1055 homepage: www.fema.edu.br DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO Assis 2010

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Av. Getúlio Vargas, 1200 – Vila Nova Santana – Assis – SP – 19807-634 Fone/Fax: (0XX18) 3302 1055 homepage: www.fema.edu.br

DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO

PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

Assis 2010

2

DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO

PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Municipal, como requisito do curso De Graduação.

Orientador: João Henrique Área de Concentração: Ciências Humanas

Assis 2010

3

FICHA CATALOGRÁFICA

CAMARGO, Douglas Bispo de Souza

Participação das mulheres no mercado de trabalho / Douglas Bispo de Souza. Fundação Educacional do Município de Assis – Fema – Assis, 2010. xpg.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Administração – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis.

1. Participação das mulheres 2. Mercado de trabalho

CCD: 658 Biblioteca da FEMA

4

PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, como requisito do Curso de Graduação, analisado pela seguinte comissão examinadora

Orientador: João Henrique dos Santos

Analisadora:Maria Beatriz Alonso do Nascimento

ASSIS

2010

5

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois se não fosse por ele não teria chegado até aqui e segundo aos meus pais, pois apesar de tantas dificuldades juntos, teviram a paciência necessária para eu poder me graduar em um curso superior e também a todas aquelas pessoas muita das vezes acabaram de certo modo torcendo por mim.

6

RESUMO

Este trabalho mostra um pouco da história da participação da mulher no mercado de

trabalho, as dificuldades iniciais enfrentadas, os avanços e conquistas realizadas por

elas. No Brasil os movimentos das mulheres iniciam na década de 1970 e como

grande marco no mercado de trabalho na década de 1990 onde começou uma

grande onda de mulheres economicamente ativas, isso se tornou um fator

importante na sociedade da época, e nos anos 2000 onde a sociedade se

modernizou e as mulheres estão cada dia aumentando o seu grau de conhecimento

tanto na teoria como na prática. Veremos também suas principais ocupações,

rendimentos, desemprego e discriminação no ambiente de trabalho.

Palavras Chave: Mulher, trabalho

7

ABSTRACT

This paper shows some of the history of women's participation in the labor market,

their first difficulties faced, the progress and achievements made by them. In Brazil

women's movements beginning in the 1970s and as a landmark.In the 1990s which

increased the number of economically active women, it became an important factor

in the society of the time, during 2000 the company has modernized and women are

every day improving their level of knowledge both in theory and in practice. We will

also see its main occupation, income, unemployment and discrimination in the

workplace.

Keywords: Women, Work

8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Taxa de participação, por sexo, na Região metropolitana de São Paulo –

2000-2009.................................................................................................................20

9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................11

2 HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE............................................12

2.1 FASE PRÉ CAPITALISTA.........................................................................12

2.2 ERA DAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS...................................................13

2.2.1 Revolução Industrial...............................................................................13

2.2.1.1 Primeiro movimento das mulheres pelos seus direitos.................................14

2.3 REVOLUÇÃO FRANCESA........................................................................15

2.4 INICIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES NO

BRASIL............................................................................................................16

2.4.1 Década de 80..........................................................................................17

2.4.2 Década de 90 – Algumas conquistas alcançadas............................................17

3 HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO

DE TRABALHO.............................................................................................19

3.1 I E II GUERRA MUNDIAL – INÍCIO DA MULHER NO TRABALHO..........19

3.1.2 Discriminação e exploração em relação a mulher no trabalho...............20

3.2 PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO NO BRASIL...................20

3.2.1 Anos 70...................................................................................................21

3.2.2 Década de 80..........................................................................................21

3.2.3 Anos 90 – Aumento das mulheres economicamente ativas no

Brasil................................................................................................................22

3.2.4 Anos 2000 – Século XXI.........................................................................24

4. MERCADO DE TRABALHO.........................................................................25

10

4.1 PREPARAÇÕES DAS MULHERES PARA O MERCADO DE

TRABALHO......................................................................................................26

5. OCUPAÇÃO, REDIMENTOS E DESEMPREGO FEMININO NA

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO............................................28

5.1 DESEMPREGO FEMININO.......................................................................29

5.2OCUPAÇÃO...............................................................................................30

5.3 RENDIMENTO DA MULHER AUMENTA E DO HOMEM DIMINUI...........34

5.4 DESIGUALDADES SALARIAIS EM RELAÇÃO A MULHER NO

MERCADO DE TRABALHO............................................................................38

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 41

REFERÊNCIAS.............................................................................................43

11

1. INTRODUÇÃO Neste trabalho será mostrado um pouco da história da participação da mulher no

mercado de trabalho, com suas dificuldades iniciais, os avanços e conquistas

realizadas por elas, mostraremos como se encontra o mercado de trabalho em

relação a elas nos dias atuais, como e qual, pretendemos mostrar um resumo de

toda a trajetória da era que é a mulher economicamente ativa, mostrar dificuldades e

conquistas.

Como sabemos a mulher no mercado de trabalho iniciou suas lutas pós guerra

mundial, onde seus esposos quando retornavam da guerra não tinha condição de

trabalhar e com isso as mulheres para poder sustentar sua prole necessitavam a se

submeter a trabalhos que não eram domésticos, com isso começou a mudar a visão

tanto delas como da sociedade de um modo geral, onde em alguns casos tinha se

uma grande discriminação e dificuldades enquanto em outros apoios em

movimentos feministas. No decorrer dos anos isso foi aumentando passando em

cada década um fator que viera a marcar aquele período, principalmente pelas

conquistas alcançadas. No Brasil isso não foi diferente sendo que esses movimentos

se iniciaram aqui por volta da década de 1970 e intensificou – se nos anos 1990. Já

nos anos 2000 muitas dessas barreiras enfrentadas em épocas anteriores não

existiam, mas como a sociedade se modernizou o trabalho feminino exigiu que elas

buscassem uma qualificação maior, onde mostraremos o nível de preparação que as

mulheres estão se colocando, as ocupações e os rendimentos médios delas, nível

de desemprego e também desigualdades salariais em relação ao homem.

12

2. HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE

A mulher desde a formação da sociedade sempre foi submissa ao homem, sob suas

ordens e sujeições. Isso se dá pelo fato de ser consideradas mais frágeis e que a

tempos atrás praticamente dependiam do homem para sobreviver.

Quando o homem começou a produzir seu próprio alimento essa divisão ficou mais

exposta, pois todo o trabalho pesado e braçal ficava ao homem, até então ele era o

único responsável por garantir sua sobrevivência. Já a mulher foi tinha como

capacidade e responsabilidade a reprodução, sendo assim ela ficou com a

obrigação de cuidar dos afazeres da casa. Tudo isso começou e se passou no

período neolítico (entre 8.000 á 4.000 anos atrás). No resumo do livro O PAPEL DA

MULHER NA SOCIEDADE AO LONGO DA HISTÓRIA, publicado no site

SHVOONG.COM, a autora Karla Adriana Martins, cita esses exemplos como fatores

importantes que levaram a essa cultura de submissão da mulher.

2.1 FASE PRÉ CAPITALISTA

Na fase pré capitalista tinha como característica a família multigeracional, isto é,

várias gerações da família sempre trabalhavam com a mesma unidade econômica

como fator de geração de renda. Os trabalhos e conhecimentos eram passados de

forma empírica de pai para filho, tornando o trabalho duradouro e na maioria das

vezes rentável e como única fonte de renda de todos. Isso também ocorria com as

mulheres, pois quando meninas elas eram ensinadas a cuidar dos afazeres

domésticos, isso era decorrente da cultura da época, pois a mulher era considerada

mais frágil e incapaz, sendo assim impossibilitada de assumir um grupo familiar.

Desta forma que surgiram as sociedades patriarcais que tinham como característica

o homem como chefe de família, e os bens alcançados em uma geração eram

passados para um sucessor que já vinha sendo preparado, para cuidar futuramente,

mas para isso eles teriam que ter a paternidade, e por essa razão aumentou o

interesse de ser pai.

Tudo isso despertou o interesse do homem em relação a sexualidade feminina, tanto

no repasse dos bens materiais, como na reprodução da sua linhagem. A mulher

13

passou a ser do homem, como forma dele perpetuar-se através da descendência. A

função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem.

2.2 ERA DAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS

Neste período essas produções que eram feitas artesanalmente e que eram

passados de pai para filho, tiveram a necessidade de ter um aumento pelo fato de

aumentar consideravelmente a demanda dos produtos. Não tinha mais como

atender as necessidades básicas de sobrevivência apenas com o que se produzia,

era necessária a busca de outros meios para suprir essa necessidade. A indústria

inicia nesse período e as famílias multigeracionais vão desaparecendo afinal o

homem apenas não tinha condição de atender todas as necessidades familiares.

Ainda permanece nesse período o poder patriarcal, mas nas classes mais pobres as

mulheres eram submetidas ao trabalho fabril. Isso ocorre por meados do século

XVIII e XIX, e se caracteriza pelo abandono das mães e as crianças é que sofrem as

maiores conseqüências. Acarreta assim na desestruturação dos laços familiares e

aumenta os vícios decorrentes do trabalho, crescendo os conflitos sociais.

2.2.1Revolução Industrial

A revolução industrial intensificou a presença da mulher no trabalho fabril, e nessa

era em que se começa produzir em grande escala necessitou de uma grande mão

de obra para poder atender a demanda que jazia. Com isso o trabalho da mulher

fora de sua casa se tornou necessário e comum, colocando - a em uma nova

sociedade, de um lado positiva, pois ela não dependia diretamente do homem para

sobreviver, mas por outro lado estavam submetidas as mesmas condições de

trabalho e que seus maridos e continuavam com o compromisso dos afazeres

domésticos. A revolução industrial tinha como uma grande característica a luta de

direitos e condições trabalhistas que os homens defendiam, e com essa questão que

a mulher tinha as mesmas condições que o homem de trabalho e que, além disso,

tinha o trabalho doméstico levou essas mulheres a fazerem seu primeiro movimento

socialista, que tinha como objetivo ter qualidade e condição de conciliar o trabalho

fabril com o trabalho doméstico.

14

2.2.1.1 Primeiro movimento das mulheres pelos seus direitos

Essa busca pelos seus direitos e condições de trabalho ocorreu por meados do

século XIX, e tinha como característica a formação de um grupo organizado lutando

pelo mesmo objetivo. Como citado anteriormente a mulher foi submetida a uma

dupla jornada de trabalho, pois cuidava de sua casa e depois ia para seu trabalho

remunerado, e nos seus trabalho era submetidas a uma grande jornada com várias

horas seguidas de trabalho sem nenhum tipo de descanso ou benefício, no qual isso

era a característica da revolução industrial, os empregadores buscavam apenas o

lucro e não davam nenhum tipo de condição para a classe operacional. Por essa

razão as mulheres em seu primeiro movimento organizado buscavam melhores

condições de trabalho com jornada menor e também alguns benefícios como creche,

escolas para seus filhos e auxilio maternidade.

No século XX se deu continuidade a esse movimento e foi se intensificando. A

luta das mulheres contra as formas de opressão a que eram submetidas foi

denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol de melhorias

na infra-estrutura social foi conhecida como movimento de mulheres. A luta

feminina é uma busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova

cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre

homens e mulheres e evoluir também tem divisões dentro dela. Os valores

morais impostos às mulheres durante muito tempo dificultaram a luta pelo direito

de igualdade. As mulheres que assumiram o movimento feminista foram vistas

como "mal amadas" e discriminadas para tentar a igualdade de direitos, para

tentar suprimir a desigualdade de gênero. Com isso dificultou essa busca pois

além já sofrerem discriminação por ser mulher e estar trabalhando, as mulheres

que buscavam seus direitos sofriam mais discriminação.

2.3 REVOLUÇÃO FRANCESA

O movimento feminista mais importante teve inicio na Revolução Francesa (período

de 1789 á 1799), e o autor Mendes cita esse fato em sua obra no livro A MULHER

NA SOCIEDADE ATUAL ( 1986,p. 12/13):

Mas o feminismo, como movimento organizado, surgiu de fato na Revolução Francesa. Naquele conturbado período, arregimentaram-se sociedades populares femininas que encaminharam à Assembléia Constituinte diversas petições, pleiteando a extensão às mulheres dos

15

direitos concedidos aos homens. Houve, no momento, políticos e pensadores proeminentes, como Condorcet e Sieyès, que defenderam vigorosamente a tese da igualdade política dos sexos, porém os projetos de feministas foram rejeitados em 1793.

Segundo Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser

dividida em três "ondas", a primeira teria ocorrido no século XIX e início do

século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira está ocorrendo

desde da década de 1990 até a atualidade.

A primeira onda do movimento feminista se deu por volta do século XIX e

ocorreu até o século XX , e tinha como foco a igualdade dos direitos contratuais

para homens e mulheres e oposição aos casamentos arranjados. O site

WIKIPÉDIA nos mostra a definição para essa primeira “onda”:

A primeira onda do feminismo se refere a um período extenso de atividade feminista ocorrido durante o século XIX e fim do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar principalmente na conquista de poder político, especialmente o direito ao sufrágio por parte das mulheres. Ainda assim, feministas como já faziam campanhas pelos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos das mulheres nesta época.

Segunda onda do feminismo se refere a um período da atividade feminista que

teria começado no início da década de 1960 e durado até o fim da década de

1980. A acadêmica Imelda Whelehan sugere que a segunda onda teria sido uma

continuação da fase anterior do feminismo, que envolveu as suffragettes do

Reino Unido e Estado Unidos. A segunda onda feminista continuou a existir

deste então, e coexistiu com o que é chamado de terceira onda.

E por ultimo a terceira “onda” que se iniciou nos anos 1990 e está até os dias de

hoje. Ela surgiu como uma resposta a supostas falhas ocorridas no ultimo

movimento das mulheres e também reinvidicando melhorias em iniciativas

16

criadas na onda anterior. Esse movimento tinha como objetivo desafiar ou evitar

aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas pela

segunda onda que colocaria ênfase demais nas experiências brancas de classe

médio-alta.

Segundo o site Wikipédia nos mostra uma interpretação pós-estruturalista do

gênero e da sexualidade é central à maior parte da ideologia da terceira onda.

As feministas da terceira onda freqüentemente enfatizam a "micro política", e

desafiam os paradigmas da segunda onda sobre o que é e o que não é bom

para as mulheres.

Após a década de 1940 cresceu a incorporação da força de trabalho feminina no

mercado de trabalho, havendo uma diversificação do tipo de ocupações

assumidas pelas mulheres.

2.4 INÍCIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES NO BRASIL

No Brasil a mulher começou a ingressar no mercado de trabalho formalmente

nos anos 1970, aonde começou a ter registro em carteira de trabalho e salários

pelos seus serviços. Mas ainda os serviços relacionados a elas era que exigiam

as formas de cuidados, como serviços domésticos, enfermeiras, professoras,

educadoras em creches, enquanto nas indústrias a sua parcela de participação

ainda era muito pouca. O Brasil tinha e tem como característica a agricultura

com principal meio de recurso produtivo do país, e naquela época as mulheres

trabalhavam também em áreas rurais.

Vendo que se acrescia a participação das mulheres no trabalho, começaram a

ver a necessidade para criar direitos das mulheres nos seus serviços, começou

assim os primeiros movimentos feministas no Brasil.

2.4.1 Década de 1980

Com esse aumento das mulheres trabalhando, notou - se que havia uma grande

discriminação em relação às mulheres por estarem economicamente ativas e

com isso se tinha e ainda tem desigualdades salariais, preconceito em relação a

sua capacidade de trabalho, tornando o trabalho delas inferior em relação ao dos

homens. Por essa razão os movimentos feministas aumentam buscando

17

emancipação do horizonte de sua participação social, econômica e política no

Brasil. Neste período ainda se tinha como forma de governo a ditadura militar, no

qual esses motivos dificultavam e restringiam cada vez mais movimentos que

reivindicassem qualquer tipo de melhoria. Apesar disso tudo o movimento se

intensificou e era levado aos grandes centros, e com isso aumentava a

possibilidade para discussões de seus ideais e sexualidade: denunciava - se e

combatia a violência contra a mulher e enfrentava de forma mais aberta às

contradições de seu papel familiar.

Um fato importante ocorreu no ano de 1988, pois na Constituição Federal a

mulher conquistou a igualdade política e jurídica referente ao homem, a partir

disso a capacidade que a mulher já tinha de exercer funções denominadas a

homens passa a ser uma obrigação da sociedade e justiça.

2.4.2 Década de 1990 – Algumas conquistas alcançadas

Com essa conquista de igualdade social e trabalhista perante a Constituição

Federal as mulheres tiveram um grande avanço social, mas ainda sofriam com a

desigualdade, principalmente em relação a questão salarial. Na década de 90

houve uma grande taxa de desemprego no país e as mulheres por estarem a

maior parte em trabalho operacional foram as que mais sofreram com isso e as

que estavam empregadas tinham salários muitos diferenciados em relação aos

homens e um grande problema social, pois o governo investia muito pouco em

creches, escolas e hospitais.

Outro fator que se acentuou no nesse período foi o assédio moral e sexual em

relação as mulheres, pois o mercado era ocupado em sua grande parte por

homens e quando a mulher tentava uma vaga de emprego em determinada área

ela deveria ter além de conhecimento especifico e a beleza física, pois era

considerado como fator de seleção.

Por essa razão muitas mulheres se preparavam estudando e investindo em

cursos para ocupar cargos que para os homens não seria necessário essa

qualificação.

Apesar de tantas dificuldades as mulheres conquistaram um espaço de respeito

dentro da sociedade. As relações ainda não são de igualdade e harmonia entre

18

os gêneros femininos e o masculino. O homem ainda atribui à mulher a dupla

jornada, já que o lar é sua responsabilidade, mas muitos valores sobre as

mulheres já estão mudando. O homem também está em conflito com o papel

que foi construído socialmente para ele, hoje ser homem não é nada fácil, pois

as mulheres passaram a exigir dele um novo comportamento, no qual não basta

o homem fazer o seu trabalho como forma de sustento da casa, mas necessita

também auxiliar a mulher em afazeres domésticos, pois a mulher também está

nesta mesma busca de melhor condição de vida e com isso o homem tem que

conciliar seu trabalho e também o trabalho doméstico.

19

3. HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho, começou no início do

século XIX, quando a sociedade acreditava que o homem era o único provedor das

necessidades da família, tendo a mulher à função de mantenedora do lar e

educadora dos filhos.

Nesse período as mulheres quando ficavam viúvas ou pertenciam a uma classe

mais pobre da sociedade, eram obrigadas a trabalharem fora de suas casas para ter

condições de cuidar dos seus filhos com atividades que tinham um retorno

financeiro.

Em publicação do artigo ANALISE HISTÓRICA DA MULHER E O TRABALHO, no

site brasilescola.com.br, o autor cita como algumas das principais atividades da

mulher nesse período.

“Dentre as principais atividades realizadas, destacam-se: a fabricação de doces por

encomendas, o arranjo de flores, os bordados e as aulas de piano”.

Além de serem pouco valorizadas essas atividades eram mal vistas pela sociedade,

o que dificultava a conquista das mulheres por um espaço no mercado de trabalho.

Mesmo assim, algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas

esposa, mãe e dona do lar.

3.1 I E II GUERRA MUNDIAL – INÍCIO DA MULHER NO TRABALHO

A participação da mulher no mercado de trabalho começou de fato com a I e II

guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), pois quando seus

esposos iam para a guerra elas não tinham como manter suas casas e por isso se

viram na obrigação de irem em busca de renda para sustentar seus filhos. Com o

final da guerra além de toda destruição que deixaram muitos dos esposos que iam a

para ela não voltavam, pois haviam morrido nas batalhas e os que voltavam não

tinham condições de trabalho, pois haviam sido mutilado e por essa razão elas

continuaram a trabalhar fora de suas casas, pois se tornaram chefes de lares.

20

No século XIX a consolidação do sistema capitalista proporcionou inúmeras

mudanças no processo produtivo das empresas e na organização do trabalho

feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento industrial, boa

parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então,

algumas leis passaram a beneficiar as mulheres, e essas leis foram feitas na

Constituição de 1932, que diz o seguinte:

Sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente ao salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir a mulher grávida pelo simples fato de gravidez.

Com essa lei as mulheres puderam ter na teoria o que na prática ainda não havia

acontecido que era o direito de melhores condições de trabalho, pois até então não

se falava nada de melhorias ao seu trabalho e também benefícios para cuidar dos

afazeres domésticos.

3.1.2 Discriminação e exploração em relação à mulher no trabalho

Mesmo com essas conquistas não foi tão fácil para as mulheres trabalharem, pois

apesar de ter a lei ao seu favor elas eram submetidas a longas jornadas de trabalho

chegando de 14 a 18 horas consecutivas. A justificativa para esses acontecimentos

está centrada no fato da sociedade acreditar que o homem representa o papel de

chefe de família e tem o dever de trabalhar para o sustento da casa, não havendo

necessidade da mulher buscar fora de casa uma renda para ajudar nas despesas

domiciliar. Apesar de essa ideologia ser de um tempo passado às mulheres ainda

sofrem mesmo que em proporção menor algum tipo de discriminação nesse sentido,

mas por outro lado isso vem se reestruturando pois a própria sociedade vê hoje a

necessidade e capacidade da mulher atuar no mercado de trabalho e cuidar dos

afazeres domésticos.

3.2 PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO NO BRASIL

O crescimento da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma

das mais marcantes transformações ocorridas no país desde anos 70, do século XX.

21

Várias são as razões para explicar o ingresso das mulheres no mercado de trabalho

a partir dos anos 70. A necessidade econômica, que se intensificou com a

deterioração dos salários reais dos trabalhadores e que as obrigou a buscar uma

complementação para a renda familiar. Outras causas podem também explicar esse

movimento feminino.

A elevação, nos anos setenta, da expectativa de consumo em face da proliferação

de novos produtos e grandes promoções que deles se fez, redefiniu o conceito de

necessidade econômica, não só para as famílias das classes médias, mas também

para as de renda mais baixa, entre as quais, embora a sobrevivência seja a questão

crucial, passa a haver também um anseio de ampliar e diversificar a cesta de

consumo. Trabalhar fora ajuda no orçamento doméstico, adquirem novas

possibilidades de definição, que se expressam de maneiras diferentes em cada

camada social, armas que só se viabilizam pela existência de emprego.

3.2.1 Anos 70

Nos anos 70 o Brasil passava por uma nova estruturação econômica e política, pois

como dito anteriormente o país tinha como forma de governo a ditadura militar e a

urbanização e industrialização que até então não existia tinha um grande

crescimento. Isso proporcionou a incorporação da mulher no trabalho. As taxas de

crescimento econômico e os níveis de emprego aumentaram. O país consolidou sua

industrialização, modernizou seus instrumentos produtivos e se tornou mais urbano,

embora ao custo do aumento das desigualdades sociais e da concentração da

renda.

Por outro lado, profundas transformações nos padrões de comportamento e nos

valores relativos ao papel social da mulher intensificada pelo impacto dos

movimentos feministas e pela presença feminina cada vez mais atuante nos espaço

público, facilitaram a oferta de trabalhadoras.

3.2.2 Década de 80

Com isso na década de 1980 o mercado de trabalho não conseguiu absorver a

demanda que até então era somente de homens, e por essa razão mulheres

começaram a ter empregos informais, sem registro em carteira, sem direitos

trabalhistas e com grandes diferenças salariais, mas em contra partida teve um

22

aumento na renda perca pita em domicílio. Com esse aumento perca pito por família

possibilitou o aumento do poder de compra de todas as classes sociais

principalmente das classes mais pobres, tendo eles uma participação significativa no

setor econômico do país.

3.2.3 Anos 1990 – Aumento das mulheres economicamente ativas no Brasil

Nos anos 90 a tendência de crescimento das mulheres no trabalho continuou

aumentando isso nota - se, pois se compararmos a evolução do crescimento do

emprego do masculino em relação ao feminino, o crescimento foi maior das

mulheres.

Isso pode ser observado nos dados da PEA (População Economicamente Ativa) que

podemos visualizar através da tabela 1.

No entanto, o mais significativo desse movimento é que ele ocorreu num contexto de

estagnação econômica, de forte elevação do desemprego, de queda nos

rendimentos do trabalho, de aumento da proporção de trabalhadores sem carteira de

trabalho assinada e da precariedade, em geral, do mercado de trabalho brasileiro.

Diante deste quadro, que resultados sobre a qualidade da ocupação e do

rendimento feminino deveríamos esperar dessa expansão? Maiores taxas de

desemprego? Queda no rendimento do trabalho feminino? Maior precarização do

trabalho da mulher? Claramente era isso que deveria ser esperado e, em parte, foi o

que realmente ocorreu.

A taxa de desemprego elevou-se significativamente nos anos 90, tanto a feminina

como a masculina. Mas, considerando-se o saldo da década, pode-se concluir que o

impacto foi mais desfavorável para os homens do que para as mulheres.

23

Ano PIA PEA Ocupados Desocupados

Taxa

de

Participação

Taxa de

Ocupação

Taxa

de

Desem

prego

1991 12.183.932 9.744.102 9.275.868 468.234 79,98 95,19 4,81

1992 12.622.069 9.889.346 9.332.246 557.100 78,35 94,37 5,63

1993 12.807.268 9.882.113 9.372.919 509.194 77,16 94,85 5,15

1994 13.048.555 10.073.502 9.588.012 485.490 77,20 95,18 4,82

1995 13.242.777 10.153.021 9.693.032 459.989 76,67 95,47 4,53

1996 13.616.350 10.383.991 9.864.371 519.620 76,26 95,00 5,00

1997 13.897.580 10.375.947 9.828.342 547.604 74,66 94,72 5,28

1998 14.207.566 10.471.056 9.728.907 742.148 73,70 92,91 7,09

1999 14.438.664 10.421.763 9.689.872 731.891 72,18 92,98 7,02

Tabela 1 – Inserção do trabalho masculino no mercado de trabalho metropolitano no estado de São Paulo (In: IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), 1991 a 1999.)

Assim, a quantidade de mulheres desempregadas elevou-se em aproximadamente

300 mil, entre 1991 e 1999. Como o crescimento da PEA feminina foi de 1,2 milhão,

temos que, mesmo num contexto de crise, cerca de 900 mil mulheres encontraram

ocupação. Entre os homens, enquanto a PEA cresceu apenas 680 mil, a elevação

do número de ocupados ficou próxima a 415 mil e o quantidade de desempregados

aumentou em 264 mil. Ou seja, 25% das mulheres que ingressaram na PEA ficaram

desempregadas, enquanto que entre os homens esta proporção foi muito maior:

39% como mostram a tabela 2.

24

Ano PIA PEA Ocupados Desocupados Taxa de

Participação

Taxa de

Ocupação

Taxa

de

Desem

prego

1991 13.786.370 6.104.093 5.805.363 298.730 44,28 95,11 4,89

1992 14.154.728 6.042.552 5.678.531 364.021 42,69 93,98 6,02

1993 14.525.453 6.174.537 5.829.793 344.744 42,51 94,42 5,58

1994 14.668.694 6.358.241 6.012.396 345.845 43,35 94,56 5,44

1995 15.032.289 6.601.660 6.282.002 319.658 43,92 95,16 4,84

1996 15.358.403 6.889.617 6.471.059 418.558 44,86 93,92 6,08

1997 15.788.976 6.992.284 6.554.669 437.614 44,29 93,74 6,26

1998 16.199.235 7.214.254 6.612.221 602.033 44,53 91,65 8,35

1999 16.633.892 7.299.357 6.696.730 602.627 43,88 91,74 8,26

Tabela 2 – Inserção do trabalho feminina no mercado de trabalho metropolitano do estado de São Paulo (In: IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), 1991 a 1999)

3.2.4 Anos 2000 – Século XXI

Chegando agora no ano 2000 a participação da mulher continuou aumentando em

quase todos os setores econômicos ativos, destacando a essa participação em

empregos comerciais, diminuindo a parcela de empregos domésticos. Isso se reflete

pela questão da qualificação que as mulheres estão buscando nos últimos anos,

tendo assim melhor desempenho pessoal e profissional também.

As mulheres brasileiras estão cada vez mais qualificadas, têm mais tempo de estudo

que os homens, começam a ingressar em profissões consideradas de prestígio e a

ocupar postos de comando, ainda que lentamente. Nos últimos anos, elas também

vêm sendo beneficiadas por um conjunto de normais legais e ações governamentais

que tentam promover a igualdade de gênero no trabalho.

25

4. MERCADO DE TRABALHO

Pesquisas feitas recentemente comprovam um fenômeno que não obedece

fronteiras. Cresce consideravelmente o número de mulheres em postos diretivos nas

empresas. Curiosamente, isso ocorre em vários países, de maneira semelhante,

como se houvesse um silencioso e pacífico levante de senhoras e senhoritas no

sentido da inclusão qualificada no mundo do trabalho.

No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24%

dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil mostra que a parcela

de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de

8%, em 1990, para 13%, em 2000. No geral, entretanto, as mulheres brasileiras

recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens. Essa

diferença é mais patente nas funções menos qualificadas. No topo, elas quase

alcançam os homens.

Em pesquisa feita pelo grupo Catho, empresa de seleção e recrutamento de

executivos mostrou que as mulheres chegam ao posto de diretoria e presidência

mais cedo que os homens, a média de idade dessas mulheres é de 36 anos,

enquanto que os homens chegam a esse cargo na idade de 40 anos. Em

contrapartida elas ganham 22,8% menos que os homens nessas mesmas funções.

Mas como boa notícia isso vem caindo gradativamente, pois essas diferenças estão

a cada ano diminuindo.

No ano de 1991 o rendimento médio da mulher correspondia a 63% dos

rendimentos masculinos, já no ano 2000 essa taxa subiu para 71%. Isso se dá pela

questão das conquistas alcançadas referentes a desigualdades salariais, mas

também pelo aumento de mulheres chefes de famílias.

Segundo o Censo em 1991 cerca de 18% das mulheres eram consideradas como

chefes de famílias, já em 2000 esse número subiu para 25%.

Pesquisas mostram também que as mulheres buscam se qualificar mais que os

homens para uma eventual disputa por uma vaga, cerca de 30% das mulheres

26

apresentam no currículo mais de 10 anos de escolaridade, enquanto que os homens

apenas 20%.

Segundo dados estatísticos houve um crescimento por faixa etária no Brasil em

relação às mulheres, isso foi feito mediante a PEA (População Economicamente

Ativa).

Em 2001, 30% da PEA feminina correspondia às mulheres com 40 anos ou mais;

40% àquelas entre 25 e 39 anos; 24% às jovens de 18 a 24 anos; 5% as de 15 a 17

anos; e apenas 1% às que tinha entre 10 e 14 anos.

No Brasil há mais mulheres do que homem e com isso elas vem conseguindo

empregos com mais facilidade. Por essa razão que as mulheres sofrem mais que os

homens de estresse em carreira, pois além delas trabalharem sob pressão em seus

postos de trabalho elas têm o cuidado em relação as suas casas. Mesmo que em

alguns casos tenha ajuda do homem cuidando dos afazeres domésticos, elas

normalmente tiram mais licenças trabalhistas que os homens, na maioria das vezes

motivadas por essa razão, pois acumula o serviço doméstico e o serviços fora de

casa aumentado o nível de estresse.

4.1 PREPARAÇÃO DAS MULHERES PARA O MERCADO DE TRABALHO

No Brasil atualmente as mulheres estão sendo mais contratadas em vagas

denominadas de chefia, isso se dá pela razão que elas estão se preparando e

instruindo mais que os homens. Na década de 1990 pesquisas mostram que apenas

35% delas tinham ensino médio completo e já no final da década esse numero foi

para 43%. Considerando que neste período tinha uma maior dificuldade para se ter

o ensino superior e que também se ocupava cargos operacionais e conforme tinha

um desempenho considerável conseguiria subir de cargo dentro da empresa, as

mulheres se destacavam pela questão de se instruir e concluir seus estudos para

poder assim ter um maior desempenho no seu trabalho.

Umas das vantagens de se ter uma mulher em cargo diretivo é que ela consegue

tratar de diversos assuntos com naturalidade fazendo processos multifuncionais com

qualidade, elas conseguem enxergar muitas vezes pessoas de diversas culturas e

conhecimentos formando assim equipes heterogenia proporcionando uma maior

27

sinergia de trabalho em intensificando a capacidade de cada um trazendo resultados

mais rápidos e objetivos.

A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136).

Nos dias atuais, há belos exemplos da competência feminina em postos de direção

nas grandes empresas. É o caso de Marluce Dias, na Rede Globo, e de Maria Sílvia

Bastos Marques, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Gostaria de citar ainda

o caso de Chieko Aoki, do Grupo Blue Tree Hotels, que iniciou a carreira como

secretária bilíngüe na Ford e que depois atuou na construtora Guarantã. Com muito

esforço e dedicação, ela criou sua própria empresa de administração hoteleira.

28

5. OCUPAÇÃO, REDIMENTOS E DESEMPREGO FEMININO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

A ocupação das mulheres no mercado de trabalho na região metropolitana de São

Paulo nos últimos anos vem em grande crescente, pois além de ser um dos estados

mais populosos do país, é o estado mais rico, onde grande parte das maiores

empresas está presente. Com isso há um grande número de empregos que são

criados diariamente em todos os níveis de ocupação e em todo o tipo de área

trabalhista, com as mulheres não seria diferente, pois em todo o país o número de

mulheres que ingressam no mercado de trabalho aumenta a cada dia mais, e neste

estado esse numero é maior e com o diferencial que muitos cargos são de níveis

superiores, mostrando que a preparação profissional está sendo mais aproveitada

pelas mulheres e as empresas valorizam cada dia mais a mão de obra feminina.

Segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), a taxa de

desemprego total¹ diminuiu pelo sexto ano consecutivo, sendo no ano de 2009 em

menor intensidade em relação há anos anteriores, passando de 16,5% em 2008,

para 16,2% em 2009. Mesmo com a taxa de ocupação que teve uma queda de

56,4% para 55,9% em relação ao ano anterior, essa taxa de desemprego mostrou

que as mulheres ocupam cada dia mais novas vagas de trabalho e as que estão

empregadas mantém sua estabilidade dentro das empresas. Comparando com os

homens o nível ocupacional também teve uma queda no mercado de trabalho

saindo de 72,0% em 2008 para 71,5% em 2009, com o diferencial que a taxa de

desemprego masculina aumentou de 10,7% em 2008 para 11,6% em 2009.

______________

1. A taxa de desemprego total corresponde á soma das taxas de desemprego aberto e oculto. Consideram - se, em desemprego aberto, as pessoas que procuram trabalho de maneira efetiva nos últimos dias anteriores ao da entrevista e não exerceram qualquer tipo de atividade nos sete últimos dias. O Desemprego oculto, por se turno, engloba pessoas na seguinte situação: a) que exercem algum trabalho, de auto ocupação, de forma descontinua e irregular, inclusive não remunerado em negócios de parentes e, simultaneamente, tomaram providencias concretas, nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou até 12 meses atrás, para conseguir um trabalho diferente deste (desemprego oculto pelo trabalho precário); b) que não trabalham e nem procuram trabalho nos 30 dias que antecederam a entrevista, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas procuram-no efetivamente nos últimos 12 meses ( desemprego oculto pelo desalento).

29

Com isso a diminuição da taxa de desemprego e o aumento da participação da

mulher no mercado de trabalho levaram a um pequeno crescimento de nível

ocupacional (0,4%) refletindo em melhores níveis salariais e qualidade de vida

pessoal e profissional.

Como citado anteriormente a taxa de ocupação feminina decresceu em 2009

comparado a 2008 (Grafico1). Essa taxa teve um histórico de crescimento até 2004

que foi interrompida entre 2005 e 2007, e voltou a ter o crescimento em 2008. A

queda no crescimento em 2009 se deve a crise econômica internacional que atingiu

a economia nacional no segundo trimestre de 2008.

Gráfico 1 – Taxa de participação, por sexo na Região metropolitana de

São Paulo – 2000-2009

5.1 DESEMPREGO FEMININO

Mesmo com o aumento das mulheres no mercado de trabalho, a taxa de

desemprego na região metropolitana de São Paulo manteve – se em uma crescente,

mas com níveis diferentes em relação ao homem. Entre 2008 e 2009 a taxa de

30

desemprego total diminuiu ligeiramente de 16,5% para 16,2%, enquanto o homem

teve um aumento, saindo de 10,7% para 11,6%, isso proporcionou uma redução da

diferença em relação ao emprego masculino e feminino, mesmo sendo um valor

pequeno já nos mostra que essa tendência está em crescimento gradativamente,

mulher estão ocupando as vagas em aberto e mantendo se estabilizadas em seus

postos de trabalho.

Em 2009 a crise econômica teve um aumento significativo dentro da economia

brasileira, e mesma com esse fator a taxa de desemprego feminino teve uma queda

no ano que chegou a 1,8%, enquanto com os homens a taxa teve um crescimento

de 8,4% como mostra a tabela a seguir.

Tabela 3 – Taxa de desemprego, por sexo, segundo tipo de desemprego

Região metropolitana de São Paulo – 2008-2009

5.2 OCUPAÇÃO

Como mostrado anteriormente o nível de ocupação das mulheres tiveram um

aumento mesmo sendo de forma pequena, a taxa de desemprego teve uma

diminuição mesmo em tempos de crise, isso se deve por um resultado positivo para

elas desde do no ano de 2003, e esse ritmo diferenciado entre homens e mulheres

31

ampliou a participação feminina no total de ocupados de 45,1% em 2008 para 45,3%

em 2009 segundo pesquisa e publicação feita pelo SEADE.

Esse resultado positivo para as mulheres em relação ao nível ocupacional se deve

ao desempenho nos serviços gerais que teve um aumento de 1,3% e nos serviços

domésticos que foi de 5,6%, sendo que na industria teve uma queda de 3,1% e no

comércio de 4,4%, justificado pela crise financeira iniciada no segundo trimestre de

2008. como mostra tabela.

Os serviços que engloba mais metade das mulheres ocupadas no ultimo ano tiveram

um desaceleração em seu ritmo produtivo e posteriormente de contração que em

2008 foi de 7,6% enquanto no ano de 2009 foi apenas de 1,3%. Mesmo com essa

redução em alguns setores conseguiram manter sua estabilidade mostrando até em

alguns casos crescimento em comparação há anos anteriores, dentre esses se

destacaram os serviços de administração e comércio de imóveis somando os dois

deu um percentual de 55,4% . Em algumas áreas onde o trabalho feminino é

massivo como a educação e a saúde tiveram variações de 5,4% e -0,4%

respectivamente.

Já nos serviços domésticos teve um aumento de 5,6% após em 2008 se manterem

sem nenhum tipo de crescimento.

Mas nem todos os setores foram satisfatórios para as mulheres, como citado

anteriormente a crise afetou alguns setores e na indústria não foi diferente, onde

teve uma diminuição de 3,1% após de aumento no ano anterior, e com isso a

indústria passou a ser responsável 13,5% das mulheres ocupadas. Em outros

setores houve uma diminuição como vestuário, calçados e artefatos de tecido 11,8%

e no metal – mecânico 9,7%.

No segmento privado, aumentou o assalariamento com carteira de trabalho assinada

para mulheres que foi de 4,9%, enquanto para os homens que foi apenas de 2,5%.

Os trabalhos autônomos e familiares femininos diminuíram 3,7% e 9,9%

respectivamente enquanto os masculinos aumentaram 2,0% e 1,7%

respectivamente como mostra tabelas nas próximas páginas.

32

Tabela 4 – Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo setores de atividade

econômica na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009

33

Tabela 5 – índices do nível de ocupação, por sexo, segundo posição na

ocupação na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009

34

Tabela 6 – Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo posição na

ocupação na região metropolitana de São Paulo

5.3 RENDIMENTO DA MULHER AUMENTA E DO HOMEM DIMINUI

Os serviços das mulheres se destacaram no estado de São Paulo por sua

estabilidade e aumento em algumas áreas e também pelo fator que os rendimentos

médios salariais mantiveram – se em média com os dos homens.

Segundo dados retirados do SEADE, no ano 2009 o rendimento médio equivalia a

R$ 1.030,00 e o dos homens a R$ 1.489,00. Quando se fala que rendimento médio

das mulheres se manteve ao equivalente ao dos homens se dá pelo fato que as

horas médias de trabalho semanal do homem é de 45 horas enquanto das mulheres

é de 39 horas, com isso o rendimento real hora fica na mesma média.

35

Para as mulheres isso era de R$ 6,17 em 2009 que foi 3,0% acima que no ano

anterior, enquanto para o homem foi no valor de R$ 7,73 que correspondia a 1,4%,

sendo esse resultado abaixo de 2008. Com isso o rendimento médio por hora das

mulheres passou a corresponder a 79,8% daquele recebido pelos homens,

proporção maior que no ano de 2008 que era de 76,5%. (Gráfico 4).

Entre as assaliaradas houve um aumento de 4,2% com relativa estabilidade para

aquelas com carteiras assinadas, o rendimento por hora das servidoras públicas

cresceu 6,7% enquanto das trabalhadoras autônomas 15,1% e das domésticas

4,7%.

36

Em resumo o rendimento médio das mulheres aumentou nos principais setores

comércio, serviços, indústria e serviços domésticos, enquanto para os homens

cresceu apenas para os serviços.

Tabela 7 – Rendimento médio real por hora dos ocupados no trabalho

principal, por sexo, segundo setores de atividade econômica na região

metropolitana de São Paulo – 2008-2009

Em relação ao rendimento médio da mulher na industria que 67,7% do salário

masculino em 2008 passou a equivaler a 71,9% em 2009, no comércio passou de

75,5% para 82,1% e nos serviços de 87,9% para 91,5% no mesmo período.

Segundo o nível de instrução o rendimento horário médio das mulheres ocupadas

aumentou para todos os grupos enquanto para homens cresceu entre os menos

escolarizados e diminuiu para aqueles com maior instrução.

Para aquelas com ensino fundamental completo ou médio incompleto o rendimento

que correspondia a 72,0% do masculino passou a equivaler a 73,2% em 2009, para

as mulheres com ensino médio completo ou superior incompleto essa relação

37

aumentou de 68,3% para 70,3% e entre aquelas com ensino superior completo de

63,9% para 69,9%.

Tabela 8 – Rendimento médio real por hora dos ocupados no trabalho

principal, por sexo, segundo níveis de escolaridade na região metropolitana de

São Paulo – 2008-2009.

5.4 DESIGUALDADES SALARIAIS EM RELAÇÃO A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO Como sabemos ainda existem várias formas de discriminação no mercado de

trabalho em relação as mulheres, seja ela moral, trabalhista, salarial, dentre outros.

Em alguns casos se dá pela cultura em que a algumas pessoas vive, em outro caso

a própria sociedade e costumes acabam gerando essa discriminação em relação às

mulheres. Como citado no anteriormente hoje há uma grande quantidade de

mulheres que estão economicamente ativas e como não bastasse ainda a uma

crescente em relação a mulheres que ocupa cargos de liderança dentre de grandes

empresas. Mas apesar desse fator ser uma realidade em nossos dias atuais a

conquista das mulheres ainda não foi totalmente concluído, pois mesmo estando em

um posto que antes era ocupado somente por homens, seja esse posto desde de

38

cargos operacionais até cargos diretório, a mulher tem como um dos principais

fatores de discriminação a desigualdade salarial, e com isso leva a moralizar dentro

das organizações que elas são menos capacitadas que os homens. Em uma

pesquisa feita de Remuneração Total — Strategic Compensation Survey, promovida

pela Watson Wyatt, publicado no site UOL reforça o que mencionamos

anteriormente:

Mulher recebe em média 5% a menos que o homem

Apesar de as mulheres executivas estarem cada vez mais presentes no mercado de trabalho, elas recebem, em média, 5% a menos que os homens na mesma função e, ainda, não conseguem alcançar níveis hierárquicos superiores. A proporção de mulheres nos níveis executivos continua bastante baixa. No nível gerencial apenas 18% são mulheres, enquanto que no nível de CEO/Presidente a pesquisa da Watson Wyatt encontrou somente 2% de mulheres. Segundo o diretor da área de Human Capital da Watson Wyatt, Marcos Morales, a dificuldade de crescimento profissional feminino ocorre em função de um conjunto de motivos, entre os quais se destacam as responsabilidades existentes fora do ambiente do trabalho e as interrupções durante a carreira. A concentração feminina ocorre, principalmente, na área de Recursos Humanos (28%), seguida pelo setor comercial e administrativo financeiro (17%). Já, os segmentos que mais as empregam são bens de consumo (26%), farmacêutico, telecomunicação e alta tecnologia (todos com 20% de mulheres). Em relação à comparação da remuneração por gênero, a pesquisa constatou haver mais discrepâncias em prejuízo às mulheres. Na média geral, as executivas recebem remuneração 5% menor que os seus pares.

Na verdade se examinarmos o que foi escrito anteriormente hoje as mulheres

buscar ter uma qualificação e um nível de educação maior para ocuparem

futuramente cargos que lhe darão maiores confortos tanto na questão financeira

como pessoal.

Perante a lei isso que ocorre diariamente é crime, mas muitas não recorrem a

nenhum tipo de recurso por ter medo de sofrer represarias ou constrangimentos, a

Constituição Federal de 1988 nos diz o seguinte:

A Constituição Federal de 1988, vedando o preconceito ( Art.3°., IV), dispõe que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo – se a brasileiros e estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, é segurança e á propriedade.

39

São declarações em defesa ao trabalhador contra a discriminação salarial, o princípio de igualdade salarial proclamado pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948). O Tratado de Versalhes (1919), as Convenções n. 100 e 111, da discriminação da mulher, das Nações Unidas (1979) e outros documentos internacionais.

Sendo assim todos teriam direitos salariais e condição de trabalho igual, na teoria

pelo menos nos diz assim enquanto na prática ainda há uma grande diferença a ser

quebrada, como mostra o autor Carlos Iavelberg (2010, Jornal Folha de São Paulo):

A diferença entre as rendas médias da mulher e do homem no Brasil ficou praticamente estável nos últimos dez anos, segundo estudo divulgado nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais mostra que, em 2009, uma mulher ganhava, em média, 71% da renda de um homem. Dez anos antes, essa relação era de 69%. Os dados ainda apontam que, quanto mais anos de estudo a mulher tem, pior é a sua renda em comparação com a de um homem com o mesmo grau de instrução. Em 2009, o rendimento das mulheres que estudaram 12 anos ou mais representa 58% do de um homem nas mesmas condições. Entre os que estudaram até 8 anos, essa relação é de 61%. Para o IBGE, “uma possível explicação para isso é que, para o grupo com escolaridade mais elevada, a formação profissional das mulheres ainda se insere nos tradicionais nichos femininos, como as atividades relacionadas ao serviço social, à saúde e à educação, que ainda são pouco valorizados no mercado de trabalho”. Os dados também mostram uma diferença entre as horas trabalhadas ao longo da semana. “Enquanto a média, em 2009, para as mulheres foi de 36,5 horas semanais, para os homens foi de 43,9 horas”, diz o estudo.

Com todas essas dificuldades enfrentadas pelas mulheres, nota – se que o mercado

de trabalho está se compondo a cada dia por mulheres, e que apesar dessas

diferenças ainda ocorrerem isso vêm diminuindo gradativamente, pois antes se

julgava que a experiência masculina é que um dos fatores primordiais das diferenças

salariais, mas como tanto homem como mulher estão entrando em um novo ciclo de

mercado não terá mais como inibir essas diferenças e posteriormente tanto homens

e mulheres que ocuparem o mesmo cargo e terem a mesma experiência terão o

mesmo salário.

40

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como proposto anteriormente neste trabalho tentamos mostrar a evolução das

mulheres no mercado de trabalho, trazendo de forma objetiva essa trajetória. Pode

perceber que as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no pós guerra mundial era

o fato em que elas estavam iniciando o trabalho fora de sua casas, onde o trabalho

doméstico estava sendo feito em conciliação com o trabalho industrial, neste período

elas se viam na necessidade de trabalhar para poder manter suas casas, isso se dá

pela questão em que seus maridos não tinham condição de trabalho porque aqueles

que não morriam na guerra voltavam com algum tipo de deficiência onde se tornava

uma pessoa limitada sem condições de trabalho. Mostramos a forma inicial em que

as mulheres efetivamente adentraram no mercado de trabalho. Com o passar dos

anos os movimentos feministas aumentaram gradativamente, intensificando a busca

naquele período de igualdade em condições trabalhistas e sociais. Pode notar uma

grande evolução da mulher com esses movimentos chegando ao Brasil na década e

1970 e se consolidando no início da década de 1990 onde as mulheres tinham uma

participação grande no mercado de trabalho em serviços que não era apenas em

áreas operacionais. Finalmente chegando nos dias atuais o mercado de trabalho

teve alterações na questão da forma em que se prepara para o mesmo, onde se

busca qualificação e também experiência na área em que se atua. No trabalho

mostramos de que forma as mulheres estão se preparando e que a cada dia a

experiência exigida pelas empresas elas conseguem apresentar. Mas como em

épocas anteriores, ainda o mercado de trabalho das mulheres não está de forma

igualitária em relação aos homens, pois em pleno século XXI encontra - se

diferenças colocadas pelas empresas, sendo elas motivadas pela cultura social ou

trabalhista. Tentamos demonstrar essas dificuldades enfrentadas por elas e dizer

também que isso apesar de ainda existir está diminuindo, e acredito que em um

futuro próximo não haverá nenhum tipo de diferenças entre os gêneros.

Em resumo pode concluir que o trabalho das mulheres não se limita à apenas

trabalhos domésticos, mas pelo contrário muitas mulheres estão ocupando cargos

41

gerenciais e diretórios, mostrando sua capacidade de conciliar trabalho com

cuidados domésticos. Em geral uma nova cultura está sendo criada onde o homem

está desenvolvendo um novo papel social e econômico, pois atividades tanto

empresarial como doméstica é de igual valor para ambas as partes.

Concluindo este trabalho vemos que a nossa sociedade se modernizou valores e

crenças estão iguais para todos, e com isso não existe mais barreiras para se

qualificar e limitar o trabalho masculino como feminino, e que as exigências está

iguais a todos e aquele que buscar uma maior qualificação, independente de sexo,

terá uma boa colocação no mercado.

42

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história. Disponível em <http://pt.shvoong.com/socialsciences/sociology/1653449-

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