patrocínio, marca e reputação - aula i. julho/2014 cemec
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A noção de Cultura na contemporaneidade
CEMEC – 5 e 6 de julho/14 – Eliane Costa - [email protected]
Parte 1
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Programa
Cultura na contemporaneidade – I (conceitos)
A Cultura e as organizações. Marca, imagem e reputação
Patrocínios
Processo de patrocínio e um estudo de caso
Cultura na contemporaneidade – II (cibercultura)
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http://www.youtube.com/watch?v=JgzJ7i9csnk
Colônia de Pesca Z-13, Copacabana, Rio de Janeiro
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O “areal de Copacabana”, no final do século XIX
Túnel Velho, em 1893-4 (foto Juan Gutierrez)
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Séc XIX – pescadores se estabelecem no atual Posto Seis, antes já ocupado pelos indígenas para a pesca.
www.memoriaviva.com.br
Copacabana, início do século XX
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1ª Colônia de Pescadores do Rio de Janeiro Copacabana, 1923
(foto Marc Ferrez, 1895)
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a primeira modalidade registrada na colônia é a pesca com “arrastão em pedaços”: pedaços de rede eram tecidos manualmente com fios de algodão e colocados no caldo das cascas de aroeira ou cajueiro, em tachos de cobre sob alta temperatura. O caldo aderia aos fios, tornando-os mais resistentes. Depois de secos, os pedaços eram unidos.
1962 - redes de nylon
arrastão até 1991
hoje: canoas de madeira com motor -> barcos de fibra
1ª Colônia de Pescadores do Rio de Janeiro Copacabana, criada em 1923
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Saberes que passam de pai para filho, tradições
Lugares, formas de expressão, celebrações
Geração de renda, sustentabilidade
Cidadania
Inovação, tecnologia
De que falamos?
Cultura
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Kroeber, A. L. e C. Kluckhohn, em
Culture: A Critical Review of Concepts and Definitions (1952),
listam 167 definições diferentes para Cultura.
O que é CULTURA?
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É possível falarmos de alguém sem cultura?
(1754-1824)
(427 a.C. – 347 a.C.)
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(1902 – 1968)
(1709 – 1784)
Cultura é erudição ???
Só a elite tem cultura ???
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(1901 - 1976)
(1888 - 1935)
(551 a.C. - 479 a.C)
Cultura intangível, simbólico, transcendente
Cultura conhecimento
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Conhecimento é cumulativo e construído nas interações com outras pessoas, com o meio físico e natural, com os livros, na internet, etc. Pressupõe um processo, ao lado da interpretação e correlação de uma informação com outras. Critério, discernimento, apreciação.
Dado é a informação não tratada. Os dados, isoladamente, não transmitem uma mensagem.
Informação é o que resulta do tratamento desses dados: um resultado com significado => processo comunicativo.
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Conhecimento: aprendizado formal ou vivência
Povos indígenas no Brasil http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/aprender
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O comportamento depende de um aprendizado.
Um menino e uma menina agem diferente não em função de seus hormônios, mas por conta de uma educação diferenciada.
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Erudição é o conhecimento vasto, profundo e variado, adquirido principalmente pela leitura e pelo estudo.
Sabedoria é arte e virtude: é fazer bom uso do conhecimento, promovendo justiça e bem estar. É a capacidade de escolha, em uma decisão, de forma a atender a esses requisitos.
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Cultura é o conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam, transformam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade.
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Povos indígenas no Brasil http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/aprender
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Crianças muçulmanas participam na India do festival Eid-Milad-un Nabi, que comemora o nascimento de Maomé http://comentandocomentado.blogspot.com.br
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Mutirão
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Copa do Mundo, julho/2014
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Espécie humana unidade biológica diversidade cultural
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A vaca é sagrada: não pode ser morta, nem ferida e circula livremente pelas ruas sem ser incomodada.
Nova Déli, India
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Rio de Janeiro
O churrasquinho na esquina, no sábado, reúne moradores, trabalhadores da rua e transeuntes.
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Ritos de passagem, da infância à vida adulta
Ritual realizado pela tribo dos Harmar, na Etiópia. O participante tem que pular por cima de vacas colocadas lado a lado quatro vezes sem cair. O teste é feito com o garoto nu, como um símbolo da
infância que ele deixa para trás. Se passar no teste, ele passa a viver entre homens adultos, cuidando do território do seu povo, e depois pode se casar.
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Serve como um rito de passagem e como um ritual de colheita das tribos da ilha de Vanuatu, no Oceano Pacifico. A partir de 8 anos, os garotos das tribos têm que subir em uma torre de 30 metros de altura com cipós amarrados nos tornozelos e se jogar. Quando o “mergulho” é feito corretamente, deve
encostar a cabeça no chão. Como os cipós não são elásticos, um cálculo errado do comprimento da corda pode causar sua morte.
Ritos de passagem, da infância à vida adulta
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Baile de Debutantes em Bauru/SP.
Ritos de passagem, da infância à vida adulta
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A cerimônia do Bar Miztvá entre os judeus
http://vimeo.com/52630717
Ritos de passagem, da infância à vida adulta
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Cultura é o modo como indivíduos ou
comunidades respondem às suas necessidades
e desejos simbólicos (mesmo as atividades
básicas, como a alimentação, a reprodução,
etc, são realizadas de acordo com regras, usos
e costumes de cada cultura).
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Os pés atrofiados das meninas chinesas
Enfaixar os pés desde menina aos 5 anos, com ataduras que apertavam e quebravam ossos, interrompendo o crescimento, foi um costume na China por muito tempo, desde o início do século X. O objetivo era atrair o sexo oposto e conquistar um bom casamento. O costume só foi abolido em 1949.
“Mulheres-girafa” da TAILÂNDIAEste é o apelido que se dá às mulheres da tribo dos Karen Padaung, da Tailândia, que usam uma espiral de cobre em volta do pescoço. A tradição do pescoço comprido começa quando as meninas tem 5 anos e ganham o primeiro aro. À medida que crescem, vão ganhando outros.
Direitos culturais e Direitos Humanos
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No processo de implementação mundial
dos direitos culturais, foi adotada pela UNESCO, em 2001, Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural.
Ao mesmo tempo em que afirma os direitos das pessoas pertencentes às minorias à livre expressão cultural, a Declaração observa que ninguém pode invocar a diversidade cultural para
infringir os direitos humanos nem limitar o seu exercício.
Direitos culturais e Direitos Humanos
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“Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra”.Montaigne (1533-1592), filósofo francês, ao refletir sobre os costumes dos índios Tupinambá, levados do Brasil para Rouen na França, em 1550.
Etnocentrismo
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1859 – Darwin – “A evolução das espécies”
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Etnocentrismo + Ciência (Darwin)
Evolucionismo Cultural (a cultura se desenvolveria de maneira uniforme, e portanto,
cada sociedade percorreria as etapas já percorridas pelas “sociedades mais avançadas”)...
Sociedades primitivas Nações do Ocidente
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Nos séculos XVIII e XIX, os conceitos de cultura e civilização estiveram muito associados (cultura como ideal da elite):
cultura associada a desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite.
dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais (elite letrada = “tem cultura”)
Debret
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“Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.
Edward B. Tylor antropólogo inglês, autor de Primitive Culture (1871)
Natural <-------------------------------------------------------> Cultural
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Franz Boas, começo do século XX: crítica sistemática às teorias - então vigentes - que defendiam a existência de uma hierarquia entre culturas.
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Franz Boas, começo do século XX:
toda cultura tem uma história própria, que se desenvolve de forma particular e não pode ser julgada a partir da história de outras culturas; Boas usa a História para explicar a diversidade cultural, aproximando História e Antropologia.
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Homem como o resultado do meio cultural em que foi socializado.
Como herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquirida pelas gerações que o antecederam (padrões culturais).
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(“Isto não é um cachimbo”)La trahison des images, quadro do pintor surrealista belga René Magritte, 1928-9.
Representações
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O homem é o único animal capaz de gerar símbolos.
O significado dos símbolos não pode ser percebido apenas pelos sentidos. Para perceber o significado de um símbolo, é necessário conhecer a cultura que o criou.
A Cultura define um campo simbólico específico
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Cultura é a rede de significados que dá sentido ao mundo que cerca um indivíduo.
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![Page 58: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/58.jpg)
O ser humano é o único animal que tem a capacidade de
simbolizar,
atribuir significado às coisas e às ações.
Cultura
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“Cultura como tudo aquilo que, no uso de qualquer coisa, se manifesta para além do mero valor de uso. Cultura como aquilo que, em cada objeto que produzimos, transcende o meramente técnico. Cultura como usina de símbolos de um povo. Cultura como conjunto de signos de cada comunidade e de toda a nação. Cultura como o sentido de nossos atos, a soma de nossos gestos, o senso de nossos jeitos”.
Gilberto Gil, discurso de posse como Ministro da Cultura (janeiro/2003)
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Patrimônio Cultural
1959: o governo do Egito decide construir a Represa de Assuã, que inundaria um vale onde estavam tesouros da civilização antiga, como o templo do Abu Simbel. Após uma grande campanha da UNESCO, os templos de Abu Simbel e de Philae foram desmontados e montados peça a peça em uma posição mais elevada.
1972: UNESCO lança um tratado internacional (a Convenção sobre a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural), visando promover a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio cultural e natural de todo o mundo, definindo esse patrimônio como especialmente valioso para a humanidade.
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Cultura e Diversidade
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"With diversity, the world is like a colorful flower“ (Com diversidade, o mundo é uma flor de muitas cores)
(Azadeh Ramezani Tabrizi, UNESCO)
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“Em seu sentido mais amplo, a Cultura pode hoje ser considerada como o conjunto de traços distintivos, espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social.
Ela engloba, além das artes das letras, os modos de vida, os direitos fundamentais do ser humano, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”
UNESCO - Conferência MONDIACULT, Declaração do México, 1982
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http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001502/150224POR.pdf
33ª reunião UNESCO – outubro/2005
Reconhecida pelo Brasil em 2006.
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Patrimônio Cultural Imaterial (ou Intangível)
1988: a Constituição Federal brasileira reconhece a existência de bens culturais de natureza material e imaterial e estabelece também outras formas de preservação – como o Registro e o Inventário – além do Tombamento (1937), que é adequado, principalmente, à proteção de edificações, paisagens e conjuntos históricos urbanos.
Os Bens Culturais de Natureza Imaterial são as práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
2003 - Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial
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Em 2003, a UNESCO define como Patrimônio Cultural Imaterial:
"as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem
como parte integrante de seu patrimônio cultural."
Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003);
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Patrimônio Imaterial
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Arte Kusiwa dos índios Wajãpi do Amapá foi declarada Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade em 2003
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Saberes, formas de expressão, celebrações e lugares
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“O sangue que circula”, na língua do antigo Mali.
Na tradição oral do noroeste da África, o griô é um(a) caminhante, cantador(a), poeta, contador(a) de histórias, genealogista, artista, comunicador(a) tradicional, mediador(a) político(a) da comunidade.
Ele(a) é o sangue que circula os saberes e histórias, mitos, lutas e glórias de seu povo, dando vida à rede de transmissão oral de sua região e país.
GRIÔ
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Griôs no Brasil:
Congadeiro(a), jongueiro(a), folião(ã) dos reis, capoeira, parteira(o), zelador(a) de santo, erveira(o), caixeiro(a), carimbozeiro(a), reiseiro(a), tocador(a) de viola, sanfoneiro(a), rabequeiro(a), cirandeiro(a), maracatuzeiro(a), coquista, marujo, artista de circo, artista de rua, bonequeiro(a), mamulengueiro(a), catireiro(a), repentista, cordelista, pajé, artesão(ã),
e os(as) fazedores(as) de todas as demais expressões culturais populares que se desenvolveram e SE TRANSMITEM POR UMA TRADIÇÃO ORAL.
Mestre Manoel Marinheiro – Conexão Felipe Camarão (RN)
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Arte- “atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação”.
- “capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos”.
Dicionário Aurélio
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É a própria cultura que decide qual objeto “é” arte e qual “não é”.
O objeto em si não carrega essa definição.
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ikebana
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Inflated sculptures, Victorine Müller
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A cultura possui instrumentos específicos que conferem (ou não) ao objeto o estatuto de arte:
o discurso sobre o objeto artístico, uma análise crítica de um especialista em arte que tem competência e autoridade para julgá-la arte ou não e, a partir de seus conhecimentos, classificá-la por diferentes estilos. (Jorge Coli, em “O que é arte”)
a cultura também “classifica” uma obra artística pelos locais onde ela se manifesta: museus, galerias, teatros, cinemas, etc, enobrecem e valorizam a obra, dando-lhe assim um estatuto de arte.
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40 anos de carreira de Beth Carvalho e Dia Nacional do Samba no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (dez/2005)
... assim como o Prêmio ANU da Central Única de Favelas
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Complexo do Alemão, 10/12/2011: grafiteiros da Central Única das Favelas (CUFA) em intervenção nas paredes da base da instituição, na Pedra do Sapo.
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GUSTAVO E OTÁVIO - OS GÊMEOS GRAFITEIROS
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A Fonte (1917)
Dadaísmo / “Ready Made” - transporte de um elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das artes. Em vez de trabalhá-los artisticamente, Duchamp simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.
Assume uma atitude antiarte, característica desse período, rompendo o conceito de arte.
“Será arte tudo o que eu disser que é arte" (Duchamp)
Roda de bicicleta (1913)
Marcel Duchamp (1887-1968)
“O que é arte?”
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Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
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OSESP na Sala São Paulo
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Grupo Corpo
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Samba de Roda do Recôncavo Baiano
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Os 12 profetas, Aleijadinho, MG
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Portinari (1893-1962)
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Operários, Tarsila do Amaral, 1933
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Lavagem do Bonfim, Salvador / BA
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Afoxé Filhos de Gandhi carioca, na Pedra do Sal, bairro da Saúde.
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Complexo do Alemão, 10/12/2011: grafiteiros da Central Única das Favelas em intervenção nas paredes da base da CUFA da Pedra do Sapo.
![Page 107: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/107.jpg)
Passinho
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Cultura é o "cimento"
que dá unidade a um
certo grupo de pessoas
que compartilha os
mesmos usos e
costumes, os mesmos
valores.
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CulturaIdentidade
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![Page 111: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/111.jpg)
Cultura ou CulturaS?
cultura sertaneja, cultura urbana, cultura hip hop,
cultura nordestina, cultura paulista, cultura ribeirinha,
cultura gay, cultura dos povos da floresta, cultura
funk, cultura carioca, cultura negra, etc etc etc
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Na cidade de São Paulo
![Page 113: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/113.jpg)
No Rio de Janeiro…
etc, etc, etc, etc...
![Page 114: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/114.jpg)
Cultura
que gera produto / bem cultural / artístico
que é processo
“Caixeiras do Divino”, São Luiz (MA)
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Cultura: três dimensões que se sobrepõem
a dimensão simbólica, traduzida nos valores, crenças e práticas que caracterizam a expressão humana;
a dimensão cidadã, que parte do princípio de que os direitos culturais estão incluídos no âmbito dos direitos humanos e, como tal, devem ser considerados como base na concepção das políticas culturais;
e a dimensão econômica, que compreende que a cultura é um elemento estratégico e dinâmico na economia dos países, gerando trabalho e riqueza em um ambiente que, crescentemente, valoriza a informação, a criatividade e o conhecimento.
MinC / gestão Gilberto Gil
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Afroreggae
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Nós do Morro
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Conexão Felipe Camarão (RN)
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« a cultura não pode mais ser vista como um
sub-produto do desenvolvimento, mas como
recurso fundamental do desenvolvimento
sustentável »
Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (UNESCO, 2005)
![Page 121: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/121.jpg)
http://www.nasentrelinhas.com.br/noticias/costurando-ideias/500/economia-criativa-a-riqueza-intangivel-e-o-elemento-concreto-para-o-de/
![Page 122: Patrocínio, Marca e Reputação - Aula I. Julho/2014 Cemec](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062406/55ad09051a28ab38218b45e8/html5/thumbnails/122.jpg)
[...] Em tudo você vai verUma dose de cultura;Nas roupas que nós vestimos,Na nossa literatura...Os cocos e as emboladasSão a cultura mais pura.[...] E pra concluir: culturaÉ algo bem natural;São lendas, crenças de um povo,É território atual.São histórias, são costumes,E é progresso social.
Cordel de autoria de Moreira de Acopiara