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CATEDRAL METROPOLITANA DE MANAUS IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
PROJETO DE ARQUEOLOGIA
TEMPO - ESPAÇO - FORMA - USO - FUNÇÃO.
Paulo Tadeu de Souza AlbuquerqueLARQ / URB – Recife-PE
Laboratório de Arqueologia Urbana
O Monumento
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
A Cidade de Manaus tem a sua implantação definida em função da expansão territorial do modelo luso de colonização, sendo o
primeiro marco da presença e interiorização do mundo ocidental na grande floresta tropical da América do Sul. A atual Catedral
Metropolitana da cidade de Manaus, que na sua origem, tem como base a Capela da Missão Carmelita de Nossa Senhora da Conceição
da Barra do Rio Negro, obra de catequese, divide o primado com o Fortim de São José do Rio Negro, marco a estabelecer as novas
fronteiras do mundo lusitano. Estes dois monumentos materializam as novas relações sociais que passam a se desenvolver neste
universo de floresta tropical.
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Após análise sistêmica do monumento, no intuito de identificar a evolução e implantação do partido de planta do mesmo e detendo-se
no uso e função de cada unidade espacial e sua morfologia observa-se a integralidade do partido adotado com os preceitos da
gramática gráfica arquitetônica referencial para a implantação de um templo de fé católica do período colonial brasileiro.
O partido de planta e sua volumetria caracteriza-se da seguinte maneira: Capela-mór e consistório, sacristias laterais, nave central,
altares laterais, corredores “ossuários”, galerias, galilé entre torres, com capela devocional e batistério, respectivamente nas bases das
torres, com a implantação de adro e átrio. Este modelo, tem como referência única a Igreja do Jesu e Santo Inácio, em Roma.
A implantação do partido de planta repete o modelo já consagrado em todas as regiões do Brasil. Inicia-se com a implantação da
capela ou eremida, com seu consistório por trás do retábulo e com o passar do tempo, em função do sucesso da divulgação da palavra e
da fé católica, passa-se a um processo de expansão do templo com o desmonte da fachada ou incorporação da nave central unindo-a à
Capela original pelo arco Cruzeiro, como também a implantação de uma sacristia. Nave esta, que prevê a implantação inicialmente de
altares laterais com possibilidade de ampliação para capelas laterais, com a previsibilidade dessas capelas cria-se também o espaço
para o presbitério, os corredores laterais à nave central, vindo posteriormente a ter continuidade o espaço funcional com a implantação
posterior à nave central da galilé entre torres. (Vide Planta Baixa Cronológica).
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Todo processo acima referenciado tem seqüência evolutiva identificada dentro da perspectiva de tempo, espaço, forma, uso e função
localizado pelas prospecções e escavações arqueológicas desenvolvidas, bem como, subsídios fornecidos pela pesquisa iconográfica e
textual onde se materializa a seguinte cronologia.
Capela-mór e consistório têm a cronologia estabelecida para fins do século XVII. Na segunda metade do século XVIII, se dá a
implantação da nave central e seus altares laterais, bem como da fachada com torre sineira. Ver referência sobre Lobo D’Almada em
1782.
Em fins da primeira metade do século XIX, 1850, o monumento é atingido por um sinistro de grandes proporções. Em função deste,
inicia-se o último processo de expansão e recaracterização do templo, quando é ampliado mais uma vez implantando-se a galilé e nas
suas laterais as duas grandes torres sineiras, o coro alto e mais uma sacristia. Neste momento, todo o templo “moderniza-se“ e passa-se
toda uma estética neo-clássica decorrente da consolidação dos preceitos estéticos e funcionais introduzidos pela missão francesa, tendo
como referência maior à igreja da Madelene na cidade de Paris.
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Por nossa solicitação, com base na documentação e bibliografia disponível e consagrada, o pesquisador Hildebrando Antony
identificou uma cronologia comentada que contextualiza todo o processo evolutivo do Partido de Planta e Morfologia da Igreja que
cobre o período que vai de 1696 a 1986 e que apresentamos a seguir:
1695
Padres Carmelitas que chegaram à Fortificação portuguesa erigida em 1669 com o nome de Fortaleza de São José do Rio Negro,
fundando nas cercanias do Fortim, uma capela pequena, dedicando-a a Nossa Senhora da Conceição. Esta data é reforçada pelo
historígrafo paraense Antônio Ladislau Monteiro Balna, em seu “Ensaio Corográfico”, publicado em 1839, descrevendo Manaus, diz:
“Há duas Igrejas, uma pequenina (a dos Remédios), e outra é a Matriz, cujo orago é Nossa Senhora da Conceição. Ela foi
levantada em 1695 pelos missionários Carmelitas que então começavam a instruir nas disciplinas da Piedade Católica ou silvicular
do Rio Negro”
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1781
A pequenina capela levantada pelos Carmelitas, já em ruínas, é derrubada. No ano seguinte, comandante do Fortim de São José
começa a reerguê-la por ordem da Junta Governativa da Capitania, todavia, Manuel de Gama Lobo D’Almada, no início de sua gestão,
por achá-la pequena demais e sem arte, põe-na abaixo, reedificando a Igreja com a dimensão de 90 palmos de comprimento, por 45 de
largura e 25 de altura. Lobo D’Almada tinha por objetivo tornar a Barra a capital da Capitania, transferindo-a de Barcelos, para isso
estava determinado a organizar e embelezar a Aldeia da Barra de São José do Rio Negro.
Lobo D’Almada em 1782
1850
Violento incêndio sinistrou a Igreja Matriz da Barra do Rio Negro, passando então a servir provisoriamente de Matriz, a Capela de
Nossa Senhora dos Remédios que ficava distante do centro da cidade, quase um quarto de léguas, assim descreve o Presidente da
Província João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha em seu relatório da Instalação da Província datada de 30 de abril de 1852.
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1858
Em 23 de julho, o Presidente da Província, Dr. Francisco José Furtado, lança a primeira pedra do atual templo, é Vigário o Padre João
Antônio da Silva. Oprédio foi custeado diretamente pela província, sua construção ficou sob garantias de leis especiais e contou com a
colaboração de D. Pedro II, Imperador do Brasil. Esse trabalho estendeu-se até 1877.
(Relatório da Província do Amazonas – 1858/1862, II, 126 – 2ª Edição, Rio de Janeiro, 1906)
1860/1861
Construção das paredes da Sacristia e da frente da Capela-mór 22 palmos de altura.
(idem,op. cit., loc. cit)
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1872
Cobertura da Capela-mór, dos corredores situados sobre as naves concluídas e pintadas, paredes externas e internas revestidas de
cimalhas e enbuçadas rebocadas e caiadas.
(Relatório da Presidência da Província do Amazonas – 1870-1873 – IV, 42. Rio de Janeiro, 1908)
1875
Benção Litúrgica dos sinos, chega de Lisboa o Altar da Capela-mór, três altares, batistério, tudo esculpido em pedra de Lioz.
(Relatório da Presidência da Província do Amazonas - 1874-1877 – V, 72, 2ª Edição,
Rio de Janeiro, 1908)
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1916
Reforma que tinha por objetivo o embelezamento artístico do templo. Nesta reforma são feitos melhoramentos principalmente na
Capela-mór (pinturas à óleo) e a nave central ganha piso de mosaicos, pinturas de barcos, havia nesse tempo apenas as capelas do
Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores, sendo então instalados, os altares nos corredores laterais ainda hoje existentes.
Foram alargados os arcos laterais inferiores e superiores para clarear mais o edifício.
Notícias da Diocese (folheto) página 06
1945
Reforma presidida por D. João da Mota de Andrade e Amaral, com o intuito de adornar o templo para a sua sagração. Houve a pintura
das paredes laterais do Altar-mór, repintura da abóbada do nicho de Nossa Senhora da Conceição. A nave central é adornada com
símbolos litúrgicos nos dois pavimentos.
Notícias da Diocese (folheto) página 04
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1975
Reparos nos telhados, as telhas de barro foram substituídas por telhas de amianto, pintura externa, as paredes ganharam a cor cinza,
asfaltamento do entorno que cobriram antigas pedras de calçamento, as luminárias passaram a ser de lâmpadas fluorescentes, os átrios
ganharam lajotas esmaltadas, compra de novo órgão, substituição do forro da Capela de Nossa Senhora das Dores.
Jornal “A Notícia”, pág. 08 – Reportagem “IX Congresso Eucarístico Nacional de Manaus – 01/07/1975
1986
Houve reparos no telhado ea cobertura voltou a ser com telhas de barro, mudança de caibros e madeiras que sustentam o telhado, foi
mudado o assoalho das laterais superiores, nova instalação elétrica e hidráulica, piso dos átrios com cimento galvanizado, pinturas das
portas e janelas, reinstalação da mesa de comunhão (balaustradada) à frente da Capela-mór, remoção das escadas do púlpito (não
foram reinstaladas), renovação do forro dos corredores laterais superiores e inferiores, mudança de todo o forro na nova central,
pinturas das imagens dos anjos e Santos, bem como dos altares laterais, houve reforma nas duas sacristias e também foram mudados os
lustres da nave central, sacristias e corredores.
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A Catedral então, ganhou as cores amarelas pálidas nas áreas externas e internas além de seis novos bancos e centenas de cadeiras para
a Capela-mór.
A Crítica – “Os Sinos da Catedral” de Pe. Nonato Pinheiro 01/12/1986 – Pág. 12
Outros documentos que se integram a este relatório é a documentação iconográfica realizada pelo pesquisador Hamilton Salgado, bem
como o Relatório das Prospecções Arqueológicas desenvolvidas no entorno do monumento pela Arqueóloga Arminda Mendonça de
Souza, Coordenadora da Equipe de Arqueologia da Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Desporto do Amazonas.
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Para cada momento de expansão do templo, conseguiu-se com agucidade identificar as suas características construtivas, morfológicas
e estéticas, por exemplo: nas paredes laterais da primitiva capela, hoje Capela-mór do templo, identificou-se que a técnica adotada para
o erguimento das mesmas, é a técnica de taipa de pilão (mista de cal, pedras, areias com concha e sedimento argiloso), conhecida como
formigão, vindo formar um único e grande bloco de massa uniforme de solidez ciclópica, pois ultrapassa 1m de expessura. Técnica
essa até hoje não descrita para o norte do Brasil, só tendo-se como referência em edificações em algumas cidades históricas de Minas
Gerais e aldeias no norte de Portugal. O telhado que ainda hoje recobre as sacristias laterais e a capela-mor teve o ângulo de
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declividade e suas águas modificado, mas ainda hoje é possível identificar os ângulos originais em função de modificação da técnica
construtiva quando da elevação do pé direito destes espaços (vide cortes referentes à Capela-mór).
Essas águas tinham queda livre em beiral sobre cimalha (vide fachadas Séculos XVII, XVIII E XIX), hoje descaracterizada por falsa
platibanda implantada no século XX. A nave central e corredor lateral edificados no século XVIII,têm suas paredes eregidas pelo
clássico sistema construtivo de cal e pedra com embrechamento.
A galilé e torres sineiras atuais implantadas na segunda metade do século XIX, utilizam em sua confecção a técnica de cal e pedra
mista com tijolo de quatro furos. Neste momento introduz-se, em função de recomposição de elementos decorativos e funcionais,
como os altares perdidos no sinistro de 1850, novos altares e portadas executadas em “pedra de Lióz” bem como, púlpitos e pias de
água benta e batismal; pisos em sistemas de damas em mármore (preta e branca) associado a tapetes de tábuas implantados na nave
central e gradis de caracol nas janelas da sacristia e gradis de lança nos espaços laterais a nave central, que ligam a sacristia à torre
sineira e adro monumental com escadarias de Lioz, incorporando-se a esplendorosos jardins à francesa com suas escadarias, quiosques
e balaustradas.
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Depois da grande reforma do século XIX (1856-1878), o templo só vem a receber novas alterações em seu partido de planta e
volumetria no primeiro quartel do século XX (1916), com advento do discurso da higienização decorrente das sucessivas
manifestações de doenças epidêmicas que assolaram a sociedade contemporânea. À nave central teve suas paredes rasgadas pela união
de arcos transformado estes em abatidos tanto no plano do térreo quanto no do 1º pavimento, definindo com isso um conjunto de
tribunas que têm acesso através das escadarias colocadas nas torres (vide corte Século XIX), acrescente-se também a retirada dos
tapetes de tábuas introduzindo grande tapete com motivo cruciforme em ladrilho hidráulico europeu também se incorpora um conjunto
de elementos plásticos e pictóricos que revestem todas as paredes do templo com símbolos e texturas no intuito de enriquecer o
templo. Apesar de gosto duvidoso em função da fragilidade técnica e estilística este fenômeno é identificado em quase 100% dos
templos de fins do século XIX e inicio do Século XX, em todas as capitaisbrasileiras.
Identifico-se também, na análise a qual submeteu-se todos os espaços funcionais, os elementos técnicos, construtivos, estilísticos e
cromáticos, através de prospecções arqueológicas e arquitetônicas, bem como documentação iconográfica e textual. Com os resultados
desta análise pode-se ainda afirmar que os dois altares em madeira que materializam a estética de transição do Rococó ao neoclássico
identificado no universo estético luso-brasileiro como estilo D. Maria I, que hoje se encontra nos corredores laterais da nave central,
foram salvos do incêndio em 1850, os quais originalmente, estavam nas capelas laterais, implantadas em 1782, onde hoje se localizam
os dois altares em mármore de Lióz que formam conjunto com o magnífico, esplendoroso e raro exemplar de retábulo de Capela-mór.
Hoje está implantado monumentalmente como peça central do templo primitivamente eregido pelos missionários carmelitas no ano de
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1695, no outeiro existente entre igarapés, dividindo a função de demarcador urbano com o Forte de São José, localizado em outeiro
adjacente, dedicado à devoção de Maria sobre a configuração de NS da Conceição, agora hoje Catedral Metropolitana da cidade
Manaus, capital do Amazonas.
Durante as prospecções arqueológicas realizadas nas paredes do templo pôde-se localizar cada unidade espacial e funcional e
caracterizá-las quanto às técnicas construtivas e sua incorporação a outros momentos históricos. Importante descoberta foi a das
modificações morfológicas identificadas na Capela-mór, erguida no século XVII (1696) que teve a abertura de um arco quando da
ampliação do templo no Século XVIII (1782), o qual, que na reforma e ampliação do Século XIX (1856-1878) foi entaipado quando da
implantação da nova sacristia (secretaria) e no decorrer destas prospecções foi localizado e desentaipado, encontrando-se uma cápsula
do tempo, garrafa de vidro com rolha, contendo documento com a seguinte inscrição:
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“Fecto pelo decimo quarto por frade Francisco Ferreira Marques, português frade 13 anos em
5 di fevereiro di 1862 fiz esta as 3 1/2 horas da tarde.”
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“O Francisco Canejo, foi quem ridificou esta matriz veio no ano de 1859, 08
de outubro officio de pedreiro emzaminado, nas çinco ordem de arquetetura
e athe na décima ordem Filho de Caxias, esta foi com minha mão própria.”
Difunto Francisco Canejo
44anos”
Este achado, documento e garrafa, encontra-se depositado na Casa do Restauro, no Ateliê de Papéis, sob a responsabilidade da Gerente
Denise Baraúna Garcia de Vasconcelos – Departamento do Patrimônio Histórico e Turístico/ Secretaria de Estado da Cultura, Turismo
e Desporto.
Neste mesmo arco, na sua cimeira foi identificada uma traçaria (desenho gravado nos tijolos) que reproduz o projeto da fachada do
monumento que naquela altura estava sendo reformado (1862).
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Como produto final de nossas análises com base na documentação iconográfica e textual, Prospecções Arquitetônicas e Arqueológicas
– Invasivas e não invasivas – produzimos um conjunto de plantas e cortes que caracterizam a evolução do partido de planta e
volumetria com base no levantamento arquitetônico da edificação existente, que traduz em toda a evolução do monumento que tem sua
origem numa Capela missioneira transformada em Matriz, posteriormente elevada à Catedral, esperando fornecer informações que
possam ser reincorporadas à cultura da sociedade amazonense e subsidiem os Projetos de Restauração da Catedral Metropolitana de
Manaus, coordenados pela arquiteta Regina Lobato, em conjunto com a arquiteta Sheila de Souza Campos e o engenheiro Franklin
Carneiro da Mota e também colaborar com o Projeto de Restauração Cromática e Artística, desenvolvido pela restauradora Elisabete
Edelvita Chaves.
Os preceitos teóricos que nortearam nossas pesquisas têm como base o paradigma metodológico das relações de
tempo - espaço - forma - uso - função.
Manaus, 10 de julho de 2002
MS Paulo Tadeu de Souza Albuquerque
Arqueólogo LARQ / URB – Recife-PE
Laboratório de Arqueologia Urbana
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