pcmso estrutural

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Delane da Silva Borges Médico do Trabalho CRM/MS 2640 Delane da Silva Borges Médico do Trabalho CRM/MS 2640 Delane da Silva Borges Médico do Trabalho CRM/MS 2640 Delane da Silva Borges Médico do Trabalho CRM/MS 2640 Delane da Silva Borges Espec. em Med. do Trab. Anamt CRM/MS 2640

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programa de controle medico

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Page 1: PCMSO ESTRUTURAL

Delane da Silva BorgesMédico do Trabalho

CRM/MS 2640

Delane da Silva BorgesMédico do Trabalho

CRM/MS 2640

Delane da Silva BorgesMédico do Trabalho

CRM/MS 2640

Delane da Silva BorgesMédico do Trabalho

CRM/MS 2640

Delane da Silva BorgesEspec. em Med. do Trab. Anamt

CRM/MS 2640

Page 2: PCMSO ESTRUTURAL

ÍNDICE

I - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

II – N.º DE FUNCIONÁRIOS / HORÁRIO DE TRABALHOS

III – MECANISMOS DE PREVENÇÃO

IV – INTRODUÇÃO

V - DOS PROGRAMAS

VI - DO DESENVOLVIMENTO DO PCMSO

VII - RISCOS OCUPACIONAIS X AÇÕES DE SAÚDE

VIII – OBJETIVOS DO PCMSO

IX - AVALIAÇÕES CLÍNICAS E EXAMES SUBSIDIÁRIOS – CONDUTA E ROTINAS

X – COMPROVAÇÃO DA APTIDÃO DO TRABALHADOR (ASO)

XI – IDENTIFICAÇÃO DE AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADOR

XII – ABERTURA DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO – (CAT)

XIII – PRIMEIROS SOCORROS XIV – ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL DO PCMSO

XV – CRONOGRAMA / PLANEJAMENTO DE AÇÕES

XVI – CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO OCUPACIONAL

XVII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

XVIII – DICAS DE PRIMEIROS SOCORROS

XIX – BIBLIOGRAFIA

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Page 3: PCMSO ESTRUTURAL

I - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:

Razão Social: TORRACA & LACERDA LTDA-ME

Nome Fantasia: FABRICAÇÃO DE ESTRUTURA METALICAS

Endereço: RUA DAS AMOREIRAS, 710 – JARDIM COLIBRI – DOURADOS/MS

Responsável pelas Informações: DIEGO

Telefone: (67) 3425-8885

CNPJ (CEI): 19.402.332/0001-20

Atividade da Empresa:

A Empresa atua no ramo de Fabricação de estruturas metálicas. Dispõe de funcionários que executam atividades operacionais e administrativas detalhadas posteriormente. Está registrada sob a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (C.N.A.E.) n.º 25.11-0-00. Suas atividades se enquadram na Norma Regulamentadora Número Quatro (NR 4) com Grau de Risco 04.

Todos os funcionários que estiverem sob sua responsabilidade, direta e indiretamente, deverão receber orientações e treinamentos quanto aos riscos do trabalho que poderão estar exposto, principalmente com relação aos riscos físicos, químicos e biológicos, bem como, todas as medidas de prevenção a serem adotadas evitando assim doenças ocupacionais ou do trabalho.

II – N.º DE FUNCIONÁRIOS / HORÁRIO DE TRABALHO:

A empresa possui 07 (Sete) funcionárias atuando sob seu comando direto, com atividades e funções posteriormente detalhadas. Os trabalhos são realizados nos períodos matutinos e vespertinos.

Os funcionários trabalham em horários com escalas previamente determinados pela empresa. A carga horária de cada trabalhador é de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.

III – MECANISMOS DE PREVENÇÃO:

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); Exames Médicos: realizados através de convênio próprio;Equipamento de Proteção Individual – EPI: fornecidos regularmente;Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC: utilizado nos locais necessários;

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Page 4: PCMSO ESTRUTURAL

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: A Empresa deverá instituir conforme previsto na NR 5;

IV – INTRODUÇÃO:

TORRACA & LACERDA LTDA-ME, em cumprimento às Normas Regulamentadoras da Portaria do MTE n. 3.214, apresenta seu Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, estabelecendo critérios e fixando normas para todos os seus funcionários. Este PCMSO vem de encontro às necessidades básicas de controle da saúde dos empregados desta Empresa, com o objetivo de diminuir os agravos à saúde dos trabalhadores quando no exercício das suas atividades, atuando de forma preventiva na proteção contra doenças e na promoção da sua saúde. Consideram também, os possíveis riscos, devido à utilização de equipamentos, máquinas, substâncias químicas assim como o próprio ambiente de trabalho.

O PCMSO desta empresa terá sua elaboração coordenada pelo Médico do Trabalho, Dr. Delane da Silva Borges (CRM/MS-2640). Todo o trabalho está embasado no PPRA realizado conjuntamente com este PCMSO. Propõe-se ações de atendimento médico com exames médicos admissionais, periódicos, demissionais, bem como a sugestão de palestras educativas com o intuito preventivo. Outras ações poderão ser discutidas e realizadas durante o Programa. Além disso, é essencial a comunicação empresa-médico para a viabilização de um trabalho de prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores.

V – DOS PROGRAMAS:

Periodicamente deverão ser realizadas palestras informativas, programas preventivos e se possível à realização de cursos de aprimoramento da qualificação do seu pessoal.

Dentro dos programas a serem realizados, podemos sugerir os seguintes:

1. Programa de imunização;2. Treinamento em primeiros socorros;3. Programa de Conservação Auditiva;4. Programa da prevenção de hipertensão arterial;5. Programa de prevenção das D.S.T’s / AIDS;6. Prevenção de alcoolismo e tabagismo;7. Programa de ginástica laboral diária.

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Page 5: PCMSO ESTRUTURAL

VI – DO DESENVOLVIMENTO DO PCMSO:

Conforme determinado na NR-7, o PCMSO deve incluir a realização obrigatória dos seguintes exames médicos:

a) - ADMISSIONAIS;b) - PERIÓDICOS;c) - DO RETORNO AO TRABALHO;d) - DE MUDANÇA DE FUNÇÃO;e) - DEMISSIONAIS.

Os Exames Médicos, além, da avaliação clínica que abrange anamnese ocupacional e exame físico mental, incluem:

a) Nos Admissionais:

1) Avaliar se o trabalhador é capaz de desenvolver a tarefa com segurança e eficácia, na qual será o executor.

2) Identificar quaisquer agravos à saúde do mesmo durante o exercício das suas atividades.

3) Identificar alterações de saúde que, embora não atuem diretamente na ação laboral, possam prejudicá-lo.

b) Nos Periódicos:

1) Realizados de acordo com a função, idade e riscos que os trabalhadores estão expostos, conforme orientação da NR-7.

2) Visam:2.1 - Avaliar as repercussões da atividade laboral na saúde do trabalhador e diagnosticar precocemente quaisquer agravos à saúde do mesmo.2.2 - Verificar se às medidas de controle ambiental estão sendo eficazes.

c) No Retorno ao Trabalho:

1) Realizados no primeiro dia de retorno ao trabalho sempre que o empregado estiver afastado por mais de trinta dias, por motivo de doença, acidente ou gestação.

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Page 6: PCMSO ESTRUTURAL

2) Visam avaliar se o indivíduo encontra-se apto para retornar às sua atividades laborais, sem prejuízo de ambas as partes.

d) Na Mudança de Função:

1) Realizados antes da mudança, para que se possa avaliar a aptidão do trabalhador na nova tarefa a ser executada, quando esta implique em exposição do trabalhador a risco diferente ao que estava exposto antes da mudança.

2)Visam:

2.1) Avalizar a adaptação do empregado na sua nova função.

2.2) Identificar atividades que prejudicam a saúde do trabalhador.

2.3) Tomar medidas para minimizar os agravos à saúde dos mesmos.

e) Nos Demissionais:

1) Realizados no máximo até a data da homologação, desde que o último exame médico tenha sido realizado há mais de 90 (noventa) dias.

2) Visam:

2.1) Avaliar se o empregado encontra-se apto, isto é, não apresenta seqüelas do exercício das atividades que desenvolveu.

2.2) Detectar agravos à saúde dos trabalhadores relacionados ou não às suas atividades e orientá-lo conforme cada caso.

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Page 7: PCMSO ESTRUTURAL

VII – RISCOS OCUPACIONAIS X AÇÕES DE SAÚDE:

Função: Gerente Administrativo (a) e Assistente Administrativo (a)

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Administração do escritório, com utilização de telefone (atendimento de chamadas), uso de computador, e outras atividades de rotina desta área. Gerencia as áreas de faturamento, financeiro, suprimentos e contabilidade.

Riscos Ocupacionais Exames Específicos

Físicos: inexistente

Químicos: inexistente

Biológicos: inexistente

Ergonômicos: movimento repetitivo, postura inadequada.

Mecânicos (de Acidentes): inexistente.

Admissional :

Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Outros exames a critério do médico examinador

Periódico : Anual Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Outros exames a critério do médico examinador

Demissional :

Anamnese e Exame Clínico; Outros exames a critério do médico examinador.

Obs.: Na Mudança de Função e no Retorno ao Trabalho, a realização de exame complementar, além da Anamnese e Exame Clínico, ficarão a critério do médico examinador.

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Page 8: PCMSO ESTRUTURAL

Função: GERENTE OPERACIONAL

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:A responsabilidade direta pelos colaboradores fica a cargo do encarregado, que na realidade respondem pela qualidade técnica do trabalho.Coordena os serviços de equipe; orienta a equipe na execução dos projetos bem como acompanhá-los; orienta nos procedimentos de segurança para a equipe; fiscaliza os serviços da equipe.

Riscos Ocupacionais Exames Específicos

Físicos: inexistente

Químicos: Inexistente

Biológicos: Inexistente

Ergonômicos: Esforço físico, Tendinopatias, Dores musculares, Posturas inadequadas.

Mecânicos (de Acidentes): Quedas, Traumas, Lesões e Contusões e Esmagamento.

Admissional :

Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Periódico : Anual Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Demissional :

Anamnese e Exame Clínico; Outros exames a critério do médico examinador.

Obs.: Na Mudança de Função e no Retorno ao Trabalho, a realização de exame complementar, além da Anamnese e Exame Clínico, ficarão a critério do médico examinador.

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Page 9: PCMSO ESTRUTURAL

Função: SERRALHEIRO

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:Confeccionam, reparam e instalam peças e elementos diversos em chapas de metal como aço, ferro galvanizado, cobre, estanho, latão, alumínio e zinco; fabricam ou reparam caldeiras, tanques, reservatórios e outros recipientes de chapas de aço; recortam, modelam e trabalham barras perfiladas de materiais ferrosos e não ferrosos para fabricar esquadrias, portas, grades, vitrais e peças similares.

Riscos Ocupacionais Exames Específicos

Físicos: Ruído, Exposição a intempéries, Radiação não ionizante.

Químicos: contato com óleo e graxa, poeiras minerais, fumos metálicos.

Biológicos: Inexistente

Ergonômicos: Esforço físico, Tendinopatias, Dores musculares, Posturas inadequadas.

Mecânicos (de Acidentes): Quedas, Traumas, Lesões e Contusões e Esmagamento.

Admissional :

Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Periódico : Anual Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Demissional :

Anamnese e Exame Clínico; Outros exames a critério do médico examinador.

Obs.: Na Mudança de Função e no Retorno ao Trabalho, a realização de exame complementar, além da Anamnese e Exame Clínico, ficarão a critério do médico examinador.

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Page 10: PCMSO ESTRUTURAL

Função: AJUDANTE DE SERRALHEIRO

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:Auxilia o serralheiro na confecção, repara e instala peças e elementos diversos em chapas de metal como aço, ferro galvanizado, cobre, estanho, latão, alumínio e zinco; fabricam ou reparam caldeiras, tanques, reservatórios e outros recipientes de chapas de aço; recortam, modelam e trabalham barras perfiladas de materiais ferrosos e não ferrosos para fabricar esquadrias, portas, grades, vitrais e peças similares.

Riscos Ocupacionais Exames Específicos

Físicos: Ruído, Exposição a intempéries, Radiação não ionizante.

Químicos: contato com óleo e graxa, poeiras minerais, fumos metálicos.

Biológicos: Inexistente

Ergonômicos: Esforço físico, Tendinopatias, Dores musculares, Posturas inadequadas.

Mecânicos (de Acidentes): Quedas, Traumas, Lesões e Contusões e Esmagamento.

Admissional :

Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Periódico : Anual Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Demissional :

Anamnese e Exame Clínico; Outros exames a critério do médico examinador.

Obs.: Na Mudança de Função e no Retorno ao Trabalho, a realização de exame complementar, além da Anamnese e Exame Clínico, ficarão a critério do médico examinador.

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Page 11: PCMSO ESTRUTURAL

Função: SOLDADOR

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:Unir e cortar peças metálicas, Usar processos de soldagem e corte tais como eletrodo revestido, tig, mig, oxigás, arco submerso, brasagem e plasma.Preparar equipamentos, acessórios, consumíveis de soldagem e corte e peças a serem soldadas.

Riscos Ocupacionais Exames Específicos

Físicos: Ruído, Exposição a intempéries, Radiação não ionizante.

Químicos: contato com óleo e graxa, poeiras minerais, fumos metálicos.

Biológicos: Inexistente

Ergonômicos: Esforço físico, Tendinopatias, Dores musculares, Posturas inadequadas.

Mecânicos (de Acidentes): Quedas, Traumas, Lesões e Contusões e Esmagamento.

Admissional :

Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Periódico : Anual Anamnese e Exame Clínico; Hemograma completo e glicemia; Eletrocardiograma; Eletroencefalograma; Espirometria; Avaliação audiométrica; Teste de Berg. Outros exames a critério do médico examinador.

Demissional :

Anamnese e Exame Clínico; Outros exames a critério do médico examinador.

Obs.: Na Mudança de Função e no Retorno ao Trabalho, a realização de exame complementar, além da Anamnese e Exame Clínico, ficarão a critério do médico examinador.

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Page 12: PCMSO ESTRUTURAL

VIII – OBJETIVOS DO PCMSO:

Todo e qualquer programa envolvendo a saúde dos trabalhadores, deve ser bem claro quanto as suas finalidades e objetivos, sendo que as finalidades podem ser definidas como resultados esperado a médio e longo prazo e os objetivos a curto e médio prazo.

Para os profissionais e trabalhadores da empresa é importante que seja definido o que se procura atingir com a implementação do PCMSO.

Criar e manter uma cultura prevencionista adequada é responsabilidade social da empresa, em todos os níveis hierárquicos, integrando esta cultura à sua atividade profissional;

Atuar na promoção da saúde de todos os trabalhadores; Atuar na prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao

trabalho; Reduzir os índices de acidentes de trabalho, doenças profissionais e doenças do trabalho; Cumprir a Legislação do Trabalho no tocante à Saúde do Trabalhador; Padronizar e normatizar as ações voltadas ao Controle Médico de Saúde Ocupacional; Padronizar rotinas e procedimentos técnicos para a abordagem médica individual –

avaliações clínicas e exames subsidiários; Proceder ao diagnóstico precoce e tratamento imediato dos desvios da saúde, a partir da

execução adequada dos exames médicos previstos pelo PCMSO; Indicar os fatores do ambiente de trabalho causadores de desvios de saúde a partir da análise

dos resultados dos exames médicos realizados sugerindo medidas para imediata correção; Atender integralmente às exigências da Norma Regulamentadora n.º 7 da Portaria n.º 3214

da Secretaria de Segurança do Trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego).

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Page 13: PCMSO ESTRUTURAL

IX – AVALIAÇÕES CLÍNICAS E EXAMES SUBSIDIÁRIOS – CONDUTA E ROTINAS

Busca-se sistematizar tecnicamente os exames médicos que serão realizados no decorrer do PCMSO, visando à padronização de condutas médicas.

A padronização, além de garantir a eficiência e objetividade dos esforços permite que o programa seja desenvolvido por vários profissionais.

A avaliação clínica, por representar a etapa de maior importância no processo de formulação de um diagnóstico (de higidez ou doença) necessita ser conduzida com segurança e, na medida do possível, com uniformidade.

Busca-se estabelecer o objetivo de cada tipo de avaliação clínica e a conduta frente a achados anormais.

Deve-se, entretanto, ressaltar que o processo de diagnóstico em medicina é extremamente subjetivo e comporta variações em função das diferentes percepções de diferentes profissionais.

Dessa forma o que se estabelece nesse item são parâmetros mínimos em função das exigências legais e do conhecimento técnico disponível, ficando para o profissional médico que venha a executar o Programa a atribuição de conduzir a investigação diagnóstica com os demais procedimentos que julgar necessários.

As avaliações clínicas deverão ser realizadas de acordo com o melhor nível do conhecimento médico e por profissionais familiarizados com as condições ambientais da empresa, relacionando por setor e função desvios de saúde que deverão merecer especial atenção do médico examinador. Para tanto devem ser considerados os riscos identificados ou presumidos. A identificação do possível risco não implica na inexistência de medidas de controle nem significa que as patologias a ele relacionadas devam ocorrer.

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Page 14: PCMSO ESTRUTURAL

Por ocasião das consultas ocupacionais o médico examinador :

Procederá a anamnese clínica e ocupacional (atual e pregressa) do empregado; Realizará exame físico completo; Atentará durante todo o desenvolvimento da semiologia para sinais e sintomas possivelmente

relacionados com riscos identificados no setor/função do empregado; Havendo necessidade de exames complementares, o médico deverá solicitá-los e só assinar o

ASO após verificar os resultados dos referidos exames; Concluirá pela aptidão ou inaptidão para função proposta; Preencherá o ASO em duas vias; Assinará o ASO, colherá assinatura do funcionário na primeira via e o orientará a guardar

consigo a segunda via e entregar a primeira ao empregador; Iniciará o tratamento de doenças diagnosticadas, encaminhando o empregado ao SUS ou

convênio para a continuidade do tratamento; Caso julgue necessário emitirá em receituário orientações ao empregador (restrições à

atividade laboral, situações técnicas ou legalmente incorretas a corrigir, riscos ambientais a neutralizar, etc.).

X – COMPROVAÇÃO DA APTIDÃO DO TRABALHADOR (ASO):

A aptidão física e mental para a função pretendida pelo trabalhador será atestada pelo médico examinador, através do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, de emissão obrigatória para cada um dos exames previstos nestas instruções. Os dados de avaliação clínica e complementar, conclusões e medidas aplicadas, serão registradas em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO – NR – 7, item 7.4.5.

Todos os registros dos empregados deverão ser arquivados por um período de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador, conforme determinação da NR-7.

Para cada exame médico realizado, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias, conforme padrão determinado pela Empresa. A primeira via do ASO permanece na Empresa, e a segunda via será entregue ao trabalhador.

O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) deve conter no mínimo:

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Page 15: PCMSO ESTRUTURAL

a) Nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;

b) Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST;

c) Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;

d) O nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;

e) Definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu;

f) Nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;

g) Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no CRM.

XI – IDENTIFICAÇÃO DE AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADOR:

Se verificada qualquer perturbação à saúde do trabalhador, devido à sua exposição a agentes ambientais relacionados à sua atividade ou local de trabalho, este deverá ser afastado da função até que medidas de controle ambiental sejam adotadas e os seus indicadores biológicos voltem à normalidade. A critério do médico do trabalho, o trabalhador poderá voltar à sua atividade normal devidamente protegido através de Equipamento de Proteção Individual – EPI desde que haja total impossibilidade de eliminação do agente nocivo do ambiente.

XII – ABERTURA DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT:

Havendo diagnóstico ou agravamento de doenças ocupacionais e/ou disfunção de qualquer órgão ou sistema biológico, o médico do trabalho deverá:

Afastar o trabalhador da atividade ou local que determina a sua exposição ao agente ambiental motivador da doença;

Solicitar ao Departamento de Recursos Humanos as providências para a abertura da CAT; Encaminhar o trabalhador ao INSS para esclarecimentos da causa, avaliação da incapacidade

para o trabalho e conduta a ser adotada;

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Page 16: PCMSO ESTRUTURAL

Juntamente com a Equipe de Segurança do Trabalho, orientar a empresa quanto à necessidade de controle no ambiente laboral.

XIII – PRIMEIROS SOCORROS:

A empresa deverá providenciar a compra de material e medicamentos para primeiros socorros e deixar sob a guarda de pessoa treinada para ministrar os primeiros cuidados em caso de doença ou acidente. Tais cuidados não devem, entretanto, substituir ou retardar o atendimento médico.

SUGESTÃO DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS PARA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS:

- Álcool- Algodão- Ataduras (em vários tamanhos)- Bolsa de água- Cotonetes - Curativos adesivos- Esparadrapo - Garrote (1/2 metro de borracha flexível)- Gaze estéril- Pinça- Sabão líquido neutro ou sabonete- Soro fisiológico- Termômetro- Tesoura- Maca exposta em local de fácil acesso

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Page 17: PCMSO ESTRUTURAL

XIV – ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL:

EMPRESA: TORRACA & LACERDA LTDA-ME

PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONALRELATÓRIO ANUAL - NR 7 QUADRO III

ANO BASE 2014Responsável: Dr. Delane da Silva Borges

CRM/MS 2640Médico do Trabalho

Data: Assinatura: 

SETORES 

  Natureza doexame

 

N° anual deexames

realizados

N° deresultadosanormais

N° de resultados anormais

x100_________________N° anual de exames

N° de examespara o ano

seguinte

 

   Admissional       

   Periódico       

   Transferência       

   Demissional       

Deve ser realizado para empresas com mais de: 25 (vinte e cinco) empregados, com grau de risco I e II 10 (dez) empregados, com grau de risco III e IV

O relatório anual deverá discriminar, por setores da Empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo proposto no Quadro III da NR – 7 (item XVI).

O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR – 5, sendo sua cópia anexada no livro de atas daquela Comissão.

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Page 18: PCMSO ESTRUTURAL

XV – CRONOGRAMA/PLANEJAMENTO DE AÇÕES

PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONALPLANEJAMENTO DAS AÇÕES

AÇÕES DO PROGRAMA

MESES DO ANORESPONSÁVEIS

PRAZOSDATAN

ov

Dez

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Primeiros Socorros X Direção da Empresa

2015

Vacinação Direção da Empresa

Conforme tabela anexa

Campanha sobre DST/AIDS X Direção da Empresa

2015

Programa de Ginástica Laboral X Direção da Empresa

2015

Realização Exames Periódicos Direção da Empresa

Após cada ano de

trabalho do funcionário

Apresentação Relatório Final/PCMSO

X Médico do trabalho e empregador

2015

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Page 19: PCMSO ESTRUTURAL

XVI – CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO OCUPACIONALVACINAS RECOMENDADAS ESQUEMAS

Hepatites A, B ou A e B

Hepatite A 1ª. dose < 6 a 12 meses > 2ª. doseHepatite B 1ª. dose < 1 mês > 2ª. dose < 5 meses > 3ª. doseHepatites A e B 1ª. dose < 1 mês > 2ª. dose < 5 meses > 3ª. dose

Dupla bacteriana do tipo adulto - difteria e

tétano

Com vacinação básica completa:Dose de reforço (depois, dose de reforço de 10 em 10 anos)Sem vacinação básica completa:1ª. dose < 2 meses > 2ª. dose < 5 meses > 3ª. dose (depois, dose de reforço de 10 em 10 anos)Dose única anual

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS VACINAS: O processo imunológico pelo qual se desenvolve a proteção conferida pelas vacinas incluindo um conjunto de mecanismos através do qual o organismo humano distingui uma substância como estranha, para, em seguida, metabolizá-la, neutralizá-la e/ou eliminá-la. A resposta imune do organismo às vacinas depende necessariamente de dois fatores: os inerentes às vacinas e os relacionados com o próprio organismo.As vacinas são compostas por agentes infecciosos atenuados ou inativados ou por algum de seus produtos ou componentes que, apesar do aprimoramento dos processos utilizados em sua produção e purificação, podem levar reações indesejáveis. A incidência das mesmas varia de acordo com as características do produto utilizado a distinção da pessoa que o recebe.

O CONTROLE DE QUALIDADE:

São realizados em laboratório produtor e deve obedecer a critérios padronizados, estabelecidos pela OMS. Após aprovação em testes de controle do laboratório produtor, cada lote de vacina é submetido à análise no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) do Ministério da Saúde. Só depois a vacina é liberada para uso, garantida sua segurança, potência e estabilidade.

VACINA CONTRA HEPATITE – B:

Composição e Apresentação:

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Page 20: PCMSO ESTRUTURAL

Há dois tipos de vacina contra hepatite B: a de primeira geração contém partículas virais obtidas do plasma de doadores do vírus, inativadas pelo formol; a de segunda geração é preparada por método de engenharia genética e obtida por tecnologia de recombinação do ADN (ácido desoxirribonucléico). As vacinas recombinantes licenciadas atualmente são produzidas a partir de leveduras (levedura de padeiro), nas quais se introduziu um plasmídio contendo o gene AgHBs. Contêm cinco a 40mg/ml de antígeno (AgHBs), adsorvidos em hidróxido de alumínio, utilizando-se o timerosal como conservante. Três doses dessa vacina, aplicadas por via intramuscular, induzem títulos protetores (>10mUI/ml) em mais de 90% dos receptores adultos sadios e em mais de 95% dos lactentes, crianças e adolescentes de até 19 anos de idade. Idosos, dialisados e imunodeficientes apresentam resposta imunológica mais baixa. A vacina contra hepatite B é apresentada sob a forma líquida, em ampolas individuais ou frascos-ampola com múltiplas doses.

Efeitos colaterais: A vacina contra hepatite B é extremamente eficaz e segura, induz títulos protetores em mais de 90% dos receptores adultos imunocompetentes. Os eventos adversos são raros e, usualmente, pouco importantes, tais como: dor discreta no local da aplicação (3 a 29%), febre nas primeiras 48-72 horas após a vacinação (1 a 6 %); mais raramente, fenômenos alérgicos relacionados a alguns componentes da vacina; e anafilaxia (estimativa de 1:600.000 doses). A gravidez e a lactação não são contra-indicações para a utilização da vacina.

VACINA CONTRA RUBÉOLA

Vacina de vírus vivos atenuados, apresentada sob a forma liofilizada como produto monovalente, ou combinada sob a forma de vacina tríplice viral, contendo as vacinas contra o sarampo e a caxumba, ou dupla viral, contendo a vacina contra o sarampo.Seu uso tem como principal finalidade controlar e eliminar a síndrome da rubéola congênita (SRC), ou seja, primariamente deve proteger a mulher em idade fértil, evitando que ela adquira a infecção durante a gravidez e a conseqüente transmissão ao concepto nas primeiras 12-16 semanas de gestação.

Efeitos colaterais:As reações colaterais mais freqüentes são: febre moderada, linfadenopatia discreta, dor de garganta e artralgia.A maior contra-indicação é a gravidez. Portanto, ao se vacinar mulheres adultas deve-se ter a certeza de ausência de gravidez no momento da aplicação da vacina e durante os três meses seguintes. Por esta razão, recomenda-se o uso de anovulatórios durante esse período. Após a vacinação, o vírus vacinal pode ser encontrado na nasofaringe, mas não é transmissível. Os trabalhos até hoje existentes mostram que não há risco de grávidas adquirirem o vírus vacinal a partir de indivíduos vacinados. As demais contra-indicações são: indivíduos portadores de doenças malignas, deficiência imunológica, uso de imunossupressores e corticosteróides, hipersensibilidade à neomicina.

VACINA CONTRA FEBRE AMARELA

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A vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivos atenuados, apresentada sob a forma liofilizada em frasco de múltiplas doses, acompanhada de diluente (soro fisiológico).Esquema: Dose única. Reforço a cada dez anos.A vacina contra febre amarela deve ser aplicada simultaneamente ou com intervalo de duas semanas para as outras vacinas virais vivas. Excetua-se a vacina oral contra poliomielite, que pode ser aplicada simultaneamente ou com qualquer intervalo.

Efeitos colaterais:Esta vacina geralmente produz poucos efeitos colaterais. É utilizada há mais de sessenta anos e efeitos colaterais graves (incluindo óbitos) são raros. Cerca de 5% das pessoas pode desenvolver, 5 a 10 dias depois da vacinação, sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular, não sendo frequente a ocorrência de reações no local de aplicação. Reações de hipersensibilidade são muito raras e geralmente atribuídas às proteínas do ovo contidas na  vacina. A ocorrência de encefalite é raríssima, tendo a maioria dos casos ocorrido em crianças vacinadas com menos de seis meses de idade.DUPLA ADULTO – DIFTERIA E TÉTANO

Vacina dupla do tipo adulto (DT): indicada a partir de sete anos de idade a pessoas que não receberam nenhuma dose da vacina tríplice DTP ou da vacina dupla do tipo infantil - DT, ou não completaram o esquema básico com uma dessas vacinas, ou cujo estado vacinal não seja conhecido.

Efeitos colaterais:A vacina dupla bacteriana contra difteria e tétano é bem menos reatogênica do que a tríplice bacteriana DTP12(B). Em geral, os eventos adversos limitam-se a reações locais de pouca gravidade. Doses de reforço da dT associam-se com febre em 0,5% a 7% dos casos, sendo raramente observadas temperaturas superiores a 39ºC. Reação anafilática é rara (1:100.000 doses). Neuropatia periférica pode ocorrer, muito raramente, após administração do componente tetânico, em qualquer de suas apresentações.Reação anafilática sistêmica grave (hipotensão, choque, dificuldade respiratória) após dose anterior ou síndrome de Guillain Barré nas seis semanas após vacinação anterior contra difteria e/ou tétano. A vacina dupla só deve ser aplicada após decorridos dez anos, se ocorrer fenômeno de hipersensibilidade local de tipo Arthus após a sua aplicação.

INFLUENZA:A VACINA CONTRA GRIPE é uma vacina utilizada para prevenir a gripe, isto é, para as infecções causadas pelo Myxovirus influenzae (vírus influenza), responsável por doenças do trato respiratório. O quadro gripal causado pelo vírus influenza provoca febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça e dores musculares, entre outros sintomas. Além disso, em algumas situações, a gripe pode levar a complicações como pneumonias virais e bacterianas. A vacina age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção (anticorpos) contra a gripe. O efeito da vacina aparece 10 a 15 dias após a sua aplicação e persiste por um ano.

Efeitos colaterais:

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Procure imediatamente atendimento médico caso ocorra alguma das seguintes manifestações: dificuldade em respirar ou engolir; erupção na pele e coceira; vermelhidão na pele; inchaço nos olhos, na face ou na parte interna do nariz, cansaço ou fraqueza repentinos e muito intensos (hipotensão). Outros efeitos colaterais menos graves e que tendem a desaparecer em aproximadamente um ou dois dias podem ocorrer, como febre; dor de cabeça; mal-estar geral; dores musculares; vermelhidão da pele, aumento da sensibilidade, enduração, inchaço e/ou dor no local da injeção. Avise ao seu médico a ocorrência destas reações ou de quaisquer outros sintomas desagradáveis e não deixe de solicitar esclarecimento caso tenha qualquer dúvida.

VANTAGENS DAS VACINAS: As vacinas são meios de realizar profilaxia para doença que podem acometer pessoas que estão direta ou indiretamente em contato com pessoas ou ambiente susceptível a adquirir algumas patologias.

XVII – OBSERVAÇÕES FINAIS:

- Será executado o Relatório Anual, conforme modelo acima, a respeito da saúde dos funcionários e patologias incorretas (7.4.6 da NR 07);

- A Empresa deve fazer com que seus colaboradores realizem os exames médicos solicitados na Tabela de Exames e executar as ações previstas no Cronograma/Planejamento das Ações, com os devidos registros para possível comprovação junto ao Poder Público.

- As atividades educativas e investigativas programadas são de extrema importância e devem ser realizadas pela Empresa. Servem para prevenir/alertar sobre possíveis doenças ocupacionais, que fornecerão subsídios para confecção do relatório anual. Todas as atividades deverão ser devidamente registradas, para poderem fazer parte do Relatório Anual

- São responsabilidade e competência do empregador, garantir a elaboração efetiva deste PCMSO, conforme item 7.3 da NR 07

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XVIII – DICAS DE PRIMEIROS SOCORROS:

Abaixo fornecemos noções básicas, simples e importantes para o atendimento de primeiros socorros.

É bom lembrar que a vida do acidentado depende do modo e da rapidez com que tais atendimentos são dados, no entanto, a Empresa deverá disponibilizar profissionais capacitados para realizar tais atendimentos.

Hemorragia

Toda a vez que o sangue sair do interior das veias ou artérias provoca hemorragia.

Características:

Quando se nota que o sangue jorra ou espirra em jato sabemos que houve lesão de artéria e o sangue é de cor vermelho vivo;

Quando o sangue flui continuamente sem jatos, a lesão foi das veias e sua cor é vermelho escuro azulado;

Quando o sangue é visto sair do ferimento, dizemos tratar-se de hemorragia externa, em caso contrário a hemorragia é chamada interna.

Tratamento:

nas hemorragias de pequena intensidade em braços e pernas:

eleva-se o membro ferido, fazendo compressão com gaze ou pano limpo.

nas hemorragias abundantes:

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o procedimento deve ser rápido e seguro, iniciando por cortar ou rasgar rapidamente as roupas para que o ferimento fique bem exposto;

Em seguida com gaze ou mesmo uma toalha fazer compressão sobre a ferida; As hemorragias das pernas, braços e dedos podem ser controladas por meio de

garrote (gravata, lenço ou tira de pano).

nas hemorragias nasais (epistaxes):

desapertar as roupas e retirar gravatas; colocar o acidentado em posição recostada e com a cabeça elevada; comprimir com o dedo indicador a asa do nariz contra o septo nasal durante 5 a

10 minutos.

nas hemorragias de pescoço:

comprimir o local com gaze e nunca usar garrote.

Queimaduras

As queimaduras são lesões produzidas pelo excesso de calor, eletricidade ou produtos químicos (ácidos, bases).

Classificação:

Podem ser de 1º, 2º e 3º graus e são tanto mais graves quanto mais extensas as áreas do corpo atingidas.

Tratamento:

cobrir o local queimado com gaze; nas queimaduras extensas, procurar envolvê-las com panos, lençóis limpos ou

plásticos; se a queimadura for produzida por embebição da roupa com ácidos ou bases, retirá-

la, imediatamente, e lavar com água corrente a superfície atingida; nunca usar no local queimado qualquer “remédio caseiro”; não perfurar bolhas; encaminhar para avaliação médica.

Insolação e Intermação

Características:24

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A insolação é provocada pela ação direta dos raios solares; A intermação é devida a proximidade da fonte de calor, como por exemplo, fornos

utilizados por fundidores, maquinistas, foguistas, etc.

Tratamento:

retirar a roupa do doente; colocá-lo na sombra ou ambiente fresco e arejado; promover hidratação, se necessário.

Desmaios

Características:

São causados por diversos motivos, tais como:- fraqueza;- jejum prolongado;- posição ereta imóvel.

Tratamento:

desapertar as roupas da vítima e colocá-la em lugar arejado; falar com a vítima no sentido de respirar fundo, abaixando forçadamente sua cabeça

para a frente, colocando-a entre as pernas, em nível mais baixo do que os joelhos; pode-se também, manter a vítima deitada de costas, procurando deixar a cabeça em

nível mais baixo do que o restante do corpo.

Ferimento nos Olhos

Características:

São causados por corpos estranhos como limalha de ferro, poeira, insetos, esmeril, materiais ácidos, cáusticos, etc.

Tratamento:

não tentar retirar o corpo estranho; nos casos de materiais ácidos, ou cáusticos, lavar imediatamente o olho atingido em

água corrente;

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fazer tamponamento e encaminhar a vítima para atendimento médico.

Lesões nos ossos e articulações

Lesões na coluna:

- mantenha a vítima agasalhada e imóvel.- não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima.- nunca vire uma pessoa com suspeita de fratura na coluna;- observe os sinais vitais;- o transporte tem de ser feito em maca ou padiola, evitando-se ao máximo curvar

o corpo do acidentado;- durante o transporte em veículos, evitar balanços e freadas bruscas para não

agravar a lesão;- quando a lesão for no pescoço, enrolar ao redor do mesmo, sem apertar, uma

camisa, toalha ou outro pano, para imobilizá-lo.

Fraturas:

Em caso de fraturas, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes quebradas para se evitar maiores danos.

Características:

- fraturas fechadas: quando o osso se quebrou mas a pele não foi perfuradas;- fraturas expostas: quando o osso está quebrado e a pele rompida.

Providências:

nas fraturas fechadas:

manter o membro acidentado na posição em que foi encontrado, procurando não corrigir desvios;

Colocar talas sustentando o membro atingido, de forma que estas tenham comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura;

qualquer material rígido pode ser empregado como tala (tábua, papelão, vareta de metal, revista ou jornal dobrado);

usar panos ou material macio para acolchoar as talas, a fim de evitar danos a pele;

amarrar as talas com ataduras ou tiras de pano, não muito apertadas, na extremidade da junta abaixo da fratura e na extremidade da junta acima da fratura.

nas fraturas expostas:

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colocar uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento; fixar firmemente o curativo no lugar, utilizando-se para isso, de uma

gravata, tira de pano, etc.; no caso de hemorragia grave siga as instruções vistas anteriormente; manter a vítima deitada; aplicar talas, conforme descrito para as fraturas fechadas, sem tentar puxar o

membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural; transportar a vítima para um médico ou hospital, conforme instruções

anteriores, após a fratura ter sido imobilizada.

Luxações ou Deslocamentos: Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta sairem de seu lugar

proceda como no caso de fraturas fechadas. Colocar o braço em uma tipóia quando houver luxação do ombro, cotovelo

ou punho; encaminhar para atendimento médico.

Entorses:

Tratar como se houvesse fratura fechada; aplicar gelo e compressas frias; encaminhar para atendimento médico.

Intoxicações:

Tipos:

por ingestão; por inalação; por contaminação da pele.

Providências:

observar evidências no local (frasco de veneno, comprimidos, etc.); avaliar sinais vitais e nível de consciência; remover a vítima para local arejado, quando houver contaminação do meio ambiente; retirar a roupa e lavar com água corrente, quando houver contaminação da pele; não provocar vômitos se a vítima ingeriu gasolina, querosene, ácidos, soda cáustica

ou se ainda estiver inconsciente ou apresentando convulsões; não ofereça líquidos e nem antídotos caseiros; encaminhar a vítima para atendimento médico.

Ressuscitação Cárdio Pulmonar - RCP

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A RCP é um conjunto de medidas que devem ser seguidas no caso de haver uma parada cardíaca e/ou respiratória até que se transporte a vítima ao local adequado para atendimento médico.

Parada Respiratória:

Quando ocorre a ausência total de respiração;A pessoa morrerá se a respiração não for imediatamente restabelecida.

Sinais da Parada Respiratória:

ausência da expansão torácica; ausência da saída de ar pela narina ou boca.

Providências:

aproximar o ouvido da face da vítima para tentar ouvir se há passagem de ar; ou

colocar um espelho ou algum objeto de vidro à frente da boca e narinas da vítima e se este não ficar embaçado estará constatada a parada respiratória;

aplicar imediatamente 04 (quatro) insufladas de ar e para isto: colocar a vítima na posição correta (deitada de costas apoiando o seu

pescoço com uma mão e com a outra pressione a testa para baixo; manter a cabeça nesta posição, tampar as narinas e assoprar

vigorosamente dentro da boca da vítima (posicionar os lábios de forma que abranja toda a boca da vítima para que não haja escape de ar);

em crianças, abranja com os lábios a boca e a narina; entre cada insuflada de ar, retire a boca para não dificultar o retorno do

ar (expiração);

após as 04 (quatro) primeiras insufladas continuas, manter a respiração num ritmo de 12 (doze) a 16 (dezesseis) por minuto;

quando a parada respiratória for causada por gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio, remover a vítima para local arejado antes de iniciar a respiração;

quando a parada respiratória for causada por afogamento, retirar, se possível, a vítima da água ou removê-la para um barco ou para um local mais raso para iniciar a respiração;

quando a parada respiratória for causada por sufocamento por saco plástico, rasgar o plástico e iniciar imediatamente a respiração;

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quando a parada respiratória for causada por choque elétrico, interromper ou separar a vítima da corrente antes de iniciar a respiração.

Parada Cardíaca:

Sinais da Parada Cardíaca:

ausência de batimentos do coração; ausência de pulsação (carotídea, femoral ou radial); acentuada palidez.

Providências:

colocar a vítima deitada de costas sobre superfície dura; colocar as duas mãos sobrepostas e com os dedos entrelaçados na

metade inferior do esterno da vítima; fazer a seguir uma pressão com bastante vigor, para que o esterno baixe

mais ou menos 05 (cinco) centímetros e comprima o coração de encontro a coluna vertebral (descomprima em seguida);

repetir a manobra tantas vezes quantas necessárias (cerca de 60 (sessenta) compressões por minuto).

em bebês fazer pressão apenas com 02 (dois) dedos para se evitar fraturar as costelas.

Parada Cardiorrespiratória:

Se houver ao mesmo tempo parada cardiorrespiratória, deve-se executar massagem cardíaca associada à respiração boca a boca, da seguinte maneira:

fazer 15 (quinze) massagens cardíacas e sem interrupção, aplicar 02 (duas) respirações boca a boca, repetindo este ciclo tantas vezes quantas necessárias (isto se estiver sozinho prestando socorro);

fazer 05 (cinco) massagens cardíacas enquanto o segundo socorrista aplica uma respiração boca a boca (caso estejam em dois socorristas);

caso necessário, continuar estes procedimentos enquanto a vítima estiver sendo transportada para o hospital.

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XIX – BIBLIOGRAFIA:

Constituição da República Federativa do Brasil (CF) Artigo 7º, XXIII.

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) Artigos 60, 166, 189 a 197 e outros.

Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977 (trata exclusivamente de medicina e segurança no trabalho).

Normas Regulamentadoras-NR, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

Segurança e Medicina do Trabalho, 60ª Edição, Editora Atlas, São Paulo-2007.

MARTINS, Sergio Pinto, Direito do Trabalho, Editora Atlas, São Paulo-2002.

OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de, Indenizações por acidente do trabalho ou doença ocupacional, LTr Editora LTDA, São Paulo-2005.

VIEIRA, Sebastião Ivone, Medicina Básica do Trabalho, Editora Gênesis, Curitiba-PR, 1999.

AMORIM, Sebastião Luiz, Manual de Doenças Profissionais, Editora Universitária de Direito LTDA, São Paulo-SP, 1992.

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Contém o presente PCMSO 31 folhas digitadas somente no anverso, sendo a última datada e assinada.

Dourados/MS, 24 de Novembro de 2014.

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Delane da Silva BorgesEspec. em Med. do Trab. Anamt

CRM/MS 2640