perdas, produção mais limpa e racionalização [modo de... · betoneira inspeção da cal...
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Perdas, Produção Mais Limpa e Racionalização
Universidade Federal da Bahia
Escola Politécnica
Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana
e Racionalização
Prof. Dayana Bastos Costa
Conceituação de Perdas
� Qualquer ineficiência que resulte no uso de recursos (equipamentos, materiais, mão de obra e capital) em quantidades superiores àquelas necessárias à produção da edificação.
� Vinculado ao conceito de “agregar valor”
A C
on
stru
ção
Civ
il e
as
Pe
rdas
MOVIMENTOMOVIMENTO ESPERAESPERAPROCESPROCES--SAMENTOSAMENTO INSPEÇÃOINSPEÇÃO MOVIMENTOMOVIMENTO
retrabalhoretrabalho
rejeitosrejeitos
� Vinculado ao conceito de “agregar valor”
Perdas por Tipo de Recurso
PERDAS
FÍSICAS FINANCEIRAS
MÃO DE OBRAEQUIPA-MENTOS
MATERIAISESTRITA-MENTE
FINANCEIRA
DECORRENTEDE PERDAS FÍSICAS
Para que as perdas sejam eliminadas é preciso diferenciar, as atividades que efetivamente contribuem para a obtenção do produto final daquelas que são complementares.
Segundo Ohno (1998), o trabalho pode ser dividido em :
� o que adiciona valor
� o que não adiciona valor
Trabalho que não adiciona valor
Não adiciona valor, mas deve ser feito
Perdas de Mão-de-Obra
Movimentodostrabalhadores
Trabalho que adiciona valor
Trabalho
adiciona valor
PERDA
Desnecessário para realizar o trabalho
mas deve ser feito em função das atuais condições de trabalho
As perdas segundo seu controle
� Evitáveis:
� Existem quando os custos de ocorrência são substancialmente maiores que os custos de prevenção.
� São conseqüência de um processo de baixa qualidade.
� Inevitáveis:� Inevitáveis:
� Correspondem a um nível aceitável de perdas, identificado quando o investimento necessário para sua redução é maior que a economia gerada.
� Estas perdas variam de empresa para empresa e, mesmo, de obra para obra, dentro de uma mesma empresa, dependendo de seu “patamar tecnológico”.
Tipos de Perdas
1. PERDAS POR SUPERPRODUÇÃO
� Ocorrem devido à produção em quantidades superiores às necessárias
Tipos de Perdas
2. PERDAS POR SUBSTITUIÇÃO
� Decorrem da utilização de um material de valor ou características valor ou características de desempenho superiores ao especificado
Exemplos: �Oficiais (pedreiros, carpinteiros, etc.) transportando materiais ou limpando o canteiro de obras;� Solicitação de concreto com o resistência característica superior ao especificado em projeto.
3. PERDAS POR ESPERA
� Relacionam-se às deficiências na sincronização e nivelamento dos fluxos de materiais e as atividades dos trabalhadores
Tipos de Perdas
EXEMPLOS:EXEMPLOS:
� Interrupção de um serviço por falta
de material (perda de mão de obra).
� Betoneira parada por falta de
cimento (perda por espera do
equipamento e da mão-de-obra).
4. PERDAS POR TRANSPORTE
� Estão associadas ao manuseio excessivo ou inadequado dos materiais
Tipos de Perdas
Tipos de Perdas
5. PERDAS NA PROCESSAMENTO EM SI
� Decorrem da ineficiência nos métodos de trabalho, da falta de treinamento ou de deficiências no detalhamento e construtividade do projetoconstrutividade do projeto
“Estão relacionadas com as características básicas de qualidade do produto e, de forma geral, associam-se ao patamar tecnológico ou à técnica construtiva da
empresa.” (Costa, 1999)
Sobra de cerâmica após execução de recortes para arremates
Classificação das PerdasA
Co
nst
ruçã
o C
ivil
e a
s P
erd
as
Espessura excessiva de revestimento para evitar aresta
6. PERDAS NOS ESTOQUES
� Associadas à existência de estoques excessivos ou da falta de cuidado no armazenamento dos materiais
Tipos de Perdas
Podem ser resultado, por Podem ser resultado, por exemplo de:
� Falta de planejamento,
� Erros em orçamentos,
� Programação inadequada de entrega dos materiais;
� Insegurança na entrega,
� Barganha de preços para compra em volumes maiores.
7. PERDAS NO MOVIMENTO
� Decorrem da realização de movimentos desnecessários por parte dos trabalhadores, durante a execução de suas atividades
Tipos de Perdas
execução de suas atividades
Para Costa (1999), estas perdas são originadas por :
�falta de organização dos postos de trabalho;
� falta de método de trabalho;
� falta de arranjo no layout do canteiro;
� inexistência de equipamentos para efetuar as tarefas ou emprego de equipamentos inadequados; e
� outras condições insatisfatórias de trabalho relacionadas a ergonomia, necessidades fisiológicas, descanso e segurança.
Tipos de Perdas
8. PERDAS PELA ELABORAÇÃO DE PRODUTOS DEFEITUOSOS
� Ocorrem quando são fabricados produtos que não atendem aos requisitos de qualidade especificados.qualidade especificados.
� Resultam em retrabalho ou na redução de desempenho do produto final.
Derivam de:
�Controle deficiente do processo produtivo;
� Falta de especificação ou detalhamento do projeto;
� Utilização de materiais defeituosos;
� Falta de capacitação dos operários.
Outras Perdas
Neste tipo de perdas relacionam-se:
�Roubos
�Vandalismos
Classificação das Perdas
�Acidentes
�Condições climáticas adversas
�Etc.
Estes tipos de perdas afetam cada obra de maneira diferente, a
depender de local da construção, situação econômica do país, costumes
dos trabalhadores e habitantes, forma de gerenciamento, dentre
outros.
Perdas que englobam os desperdícios de materiais
Perdas relacionadas a execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não
agregam valor
Perdas e Geração de Resíduos
• Perdas por superprodução
• Perdas por manutenção de estoques
• Perdas por transporte
• Perdas por fabricação de
produtos defeituosos
• Perdas no processamento em si
• Perdas nos movimentos• Perdas por espera
Obs.: Apesar de não serem responsáveis pela geração de resíduos devem ser minimizadas, pois geram desperdícios de tempo, além de perdas financeiras.
RECURSOS HUMANOS
PROJETO
Origem e momento de incidência das perdas
RECEBIMENTO ESTOQUESTRANSPORTE INTERNO
PRODUÇÃO
SUPRIMENTOSPLANEJAMENTO
FABRICAÇÃODE MATERIAIS
Produção Mais Limpa
� É a aplicação contínua de uma estratégia ambiental de prevenção da poluição na empresa, focando os produtos e processos, para otimizar o emprego de matérias-primas.matérias-primas.
� São ajustes no processo produtivo que permitem a redução da emissão/ geração de resíduos diversos, podendo ser implementadas desde pequenas reparações no modelo existente até a aquisição de novas tecnologias (simples e/ou complexas).
Fonte: Guia da Produção Mais Limpa.
(www.pmaisl.com.br)
Produção Mais Limpa
� Benefícios:
� Evitar a geração de passivo ambiental e de
custos ambientais � interessa à empresa;
� Reduzir impactos ambientais � interessa ao � Reduzir impactos ambientais � interessa ao
governo e à sociedade;
� Melhorar a qualidade dos produtos, a saúde e a
segurança dos trabalhadores;
Produção Mais Limpa
Todos os resíduos que estão sendo gerados
pela sua empresa foram anteriormente
adquiridos com preço de matéria-prima e têm
um custo para processamento e destinação.um custo para processamento e destinação.
� Custo do resíduo:I=E+HI=E+H--F+GF+G Custo do destino resíduo perigoso;
Preço de venda do resíduo;
Custo relacionado com matéria-prima;
Custo do transporte do resíduo
Racionalização na Construção
“ESTUDOS E AÇÕES PARA AUMENTAR A “ESTUDOS E AÇÕES PARA AUMENTAR A
PRODUTIVIDADE, RENTABILIDADE E QUALIDADE, PRODUTIVIDADE, RENTABILIDADE E QUALIDADE,
APLICANDO PRINCÍPIOS DE ECONOMIA”APLICANDO PRINCÍPIOS DE ECONOMIA”APLICANDO PRINCÍPIOS DE ECONOMIA”APLICANDO PRINCÍPIOS DE ECONOMIA”
“ESTUDO DO SISTEMA ESTABELECIDO DE “ESTUDO DO SISTEMA ESTABELECIDO DE
PRODUÇÃO COM BASE NA REALIDADE PRODUÇÃO COM BASE NA REALIDADE
OBJETIVANDO A DEFINIÇÃO DE MELHORIAS”OBJETIVANDO A DEFINIÇÃO DE MELHORIAS”
Racionalização na Construção
� Dinâmica da Racionalização:
R3:R3:
QUALIDADEQUALIDADETEMPOTEMPO
R3:R3:CLIENTESFORNECEDORESPROJETISTASMERCADOMARKETING
R2:R2:GESTÃOGESTÃO
R1:R1:OBRAOBRA
R1:R1:OBRAOBRA
CUSTOCUSTO
RENDIMENTORENDIMENTO
Racionalização na Construção
� Focos da Racionalização:
� Tempos de espera desnecessários;
� Estoques intermediários evitáveis;
� Falhas na preparação e transmissão de
informações;
� Percursos de transportes ou fluxo de
informações demasiadamente longos;
� Falta de “terminalidade” nas tarefas (trabalhos
deixados incompletos) e retrabalhos;
Racionalização na Construção
� Exemplo de percurso de transporte longo
(em S):est.intermediário
areia
5 m2 ma
Estoque de bloco
rampa
máq. bloco
betoneira
3 m
2,5 m
7 m
5,5 m
3,5 m
2 m
Racionalização na Construção
� Causas freqüentes do retrabalho e geração de
resíduos:
� Alterações nos projetos;
� Defeitos nos materiais;� Defeitos nos materiais;
� Falhas de instalação;
� Danos provocados por terceiros;
� Informação insuficiente;
� Seqüência de trabalho mal planejada;
� Alterações de clientes fora de prazos estipulados;
� Escolha de tecnologias
Estoque
TransporteProcessamento
(conversão)Inspeção
F F
RejeitoRetrabalho
Produção como fluxo (Koskela, 1992)
� Melhoria de processo pode ser alcançada através de:� Aumento de eficiência de atividades de fluxo e de conversão� Eliminação de certas atividades de fluxo
FC F
F
Produção é um fluxo de materiais e/ou informações das matérias primas até o produto final
Produção como uma rede de processos e operações
Blocos Cimento Areia Cal
1
2
3
4
1
2 2 2
1 1
3 3 3
4 4 4
Fluxo de
pessoas
(operações)
Fluxo de
materiais
(processo)
7
4 4 4 4
1
2
4
1
Argamassa
Alvenaria
6
5
3Inspeção
Transporte
Estoque
Conversão
Diagrama do processo de argamassa desde a fabricação in loco até a utilização
Estocagem
Descarregamento do caminhão
Inspeção da areia
Transporte da areia até o local de estoque
Transporte até a betoneira
Inspeção da cal
Transporte da cal até o local de estoque
Transporte até a betoneira
Estocagem
Descarregamento do caminhão
Inspeção do no de sacos
Transporte até o almoxarife
Transporte até a betoneira
Estocagem em local fechado
Descarregamento do caminhão
Areia Cimento Cal
Descarregamento da betoneira para o carrinho
Estoque no posto de trabalho
Inspeção do produto
Transporte horizontal com carrinho até o elevador
Transporte horizontal no pavimento
Transporte vertical do carrinho através de um elevador
Produto em uso
Produção da argamassa
1) Chegada do material ao canteiro
2) Inspeção do material
3) Transporte do material até a área de estocagem - descarregamento
4) Espera - material aguardando processamento
5) Transporte do material para processamento
16) Processamento
19 21 22 2320
Elevador
16) Processamento
17) Transporte do material processado
18) Inspeção do material processado
19) Transporte do material até transporte vertical
20) Transporte vertical
21) Transporte horizontal até o ponto de utilização
22) Inspeção do material recebido
23) Utilização.Área de estocagem41
2 3 5
16
1718
Diagrama do processo de argamassa pré-fabricação até a utilização
Descarregamento da argamassa pelo caminhão betoneira em tanque de EternitInspeção do produto
Transporte vertical do tanque de Eternit em
Estoque no posto de trabalho
Transporte vertical do tanque de Eternit em grua até o pav. de destino
Transporte horizontal com carrinho pelo pav. até o local de destino
Descarregamento em carrinho
Produto em uso
5 5 74
Grua
1) Descarregamento da argamassa pelo caminhão betoneira em tanque de Eternit
2) Inspeção do material
3) Transporte vertical por grua
4) Descarregamento em carrinho
5) Transporte horizontal até ponto de utilização
6) Utilização do material processado
Área de estocagem1
2
3
6) Utilização do material processado
Referências
� COSTA, A. Perdas na Construção Civil: uma proposta conceitual e ferramentas de prevençao. 149f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – UFRGS, Rio Grande do Sul, 1999
� CNTL/SENAI, Manual de Implantação de Produção mais Limpa em Edificações –2006.Edificações –2006.
� FORMOSO, C. T. et al. Método de Intervenção para Redução de Perdas na Construção Civil – Manual de Utilização. Rio Grande do Sul: SEBRAE, 1996
� GEBAUHER, F. Racionalização na Construção Civil: como melhorar processos de produção e de gestão. Recife, 2004.
� LORDÊLO, P. M.; EVANGELISTA, P. P. A.; FERRAZ, T. G. A. Gestão de resíduos na construção civil: redução, reutilização e reciclagem. Salvador: SENAI-BA, 2007. 86 p.