perfil dos fatores causais das fraturas dos...
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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CURSO DE FISIOTERAPIA
CAMILA VOLPATO FANTINI
JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA
PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS
PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA
DE DEUS - HUSF
Bragança Paulista
2015
CAMILA VOLPATO FANTINI - R. A.: 001201101312
JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA - R. A.: 001201100933
PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS
PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA
DE DEUS – HUSF
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Fisioterapia da
Universidade São Francisco como
requisito parcial para obtenção do título
Bacharel em Fisioterapia.
Orientador temático: Profº Ms. Cristiano
da Rosa
Orientador metodológico: Profª Ms.
Grazielle Aurelina Fraga de Sousa.
Bragança Paulista
2015
CAMILA VOLPATO FANTINI
JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA
PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS
PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA
DE DEUS - HUSF
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Fisioterapia da
Universidade São Francisco como
requisito parcial para obtenção do título
Bacharel em Fisioterapia.
Data de aprovação: __/__/__
Banca Examinadora:
Prof.Ms. Cristiano da Rosa (Orientador Temático)
Universidade São Francisco
______________________________________________________________________
Prof.ªMs. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)
Universidade São Francisco
______________________________________________________________________
Prof.aMs.Manuela Amaral Mucci Casanova (Examinadora Convidada)
Universidade São Francisco
Aos nossos professores e mestres, em
especial atenção aos nossos orientadores
que com paciência e sabedoria ministraram
seus conhecimentos para que nos
pudéssemos desenvolver esse trabalho e
muito contribuíram para nossa formação
acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, permitindo que tudo isso acontecesse
ao longo de minha vida, е não somente nestes anos como universitária, mas em todos os
momentos, sendo o maior mestre que alguém pode conhecer, pois todas as vezes que
me peguei pensando negativamente que não conseguiria, entreguei nas mãos dele, e
assim fui conduzida ao sucesso.
Á minha mãe, Clarice Volpato Fantini, minha maior heroína, que me deu apoio,
carinho, força, amor, incentivo nas horas difíceis, de desânimo е cansaço, que não
descansou na torcida e que certamente orou dias e noites para que Deus estivesse
sempre comigo guiando meu caminho. Valeu а pena toda distância, todo sofrimento,
todas as renúncias, valeu а pena esperar, hoje estamos colhendo juntas, os frutos do
nosso empenho, enfim, esta vitória é muito mais sua do que minha.
Ao meu pai pelo amor, entusiasmo е apoio incondicional que apesar de todas as
dificuldades me fortaleceu е que foi muito importante nessa trajetória, não medindo
esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.
À minha família, por sua capacidade de acreditar em mim, pelo carinho e dedicação
e que me deram em alguns momentos а esperança para seguir.
Ao eterno amigo Daniel Morandin Verzoli pelo incentivo da iniciação acadêmica, pela
compreensão, paciência, pelos momentos tão importantes na minha vida, que sempre
esteve ao meu lado nas minhas escolhas, apoiando-me e aconselhando-me a ser melhor,
fazendo por mim tudo que estivesse ao seu alcance.
Aos meus amigos que se fizeram presentes e jamais deixaram de acreditar na
minha vitória. A eles agradeço pelo colorido a mais que deram a minha vida.
Agradeço а todos os professores por me proporcionar о conhecimento não apenas
racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de
formação profissional, por tanto que se dedicaram а mim, não somente por terem me
ensinado, mas por terem me feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça aos
professores dedicados aos quais sem nominar terão os meus eternos agradecimentos,
desde os professores de infância, por ter lapidado e ensinado a andar por caminhos até
então desconhecidos.
A professora Ms convidada Manuela Amaral Mucci Casanova não só por ter
aceito o convite mas pela persistência, pela vontade de querer nos fazer pessoas
melhores, pela transmissão do conhecimento, pela dedicação, pelo desempenho, pelo
profissionalismo, pela educação, pelo respeito, pela competência, pela capacidade, pela
as tentativas incansáveis de me fazer refletir, assim conseguiu me fazer descobrir um
mundo novo, e ainda ser sinônimo de dedicação, esperança, trabalho, visão, carinho e
amor.
À nossas orientadoras metodológicas professora Ms. Grazielle Aurelina Fraga de
Sousa, professora Dra. Rosimeire Simprini Padula e professora Bianca Maria Maglia
Orlandi por estar lesionando por vocação e, no mínimo, acreditar que pode mudar a
formação de seus alunos para melhor. Transformando sua experiência em aulas e
associando em teoria para que o aluno tenha as ferramentas para buscar o que se tem
almejado.
A coordenadora do curso e professora Ms. Patrícia Costa Teixeira pelo carinho,
compreensão, norte nos dado desde o início da formação acadêmica, pela partilha de
conhecimento, pelos ensinamentos para a vida, se fazendo uma professora que não
somente ensina matérias, mas disciplina alunos, aconselha, gerencia atividades, planeja
o futuro e principalmente é formadora de opinião.
Dedico especial agradecimento ao Professor Ms. Cristiano da Rosa orientador
dedicado que com sabedoria soube dirigir-me os passos e os pensamentos para o
alcance de meus objetivos, acreditando no meu potencial, nas minhas idéias, e também
eternamente grata pelo seu apoio, paciência e amplo conhecimento transmitido.
Possibilitando ser criador de realidades em cima de sonhos alheios.
Aos meus supervisores de estágio por serem os melhores condutores possíveis para
que eu pudesse aprender e vivenciar uma grande paixão, dentre eles gostaria de citar
com muito carinho a professora Ms Carolina Camargo de Oliveira que acreditando no
meu potencial e me guiando para o sucesso, foi a grande responsável pelo
descobrimento de uma área que me encantei. Exemplo que tomarei por toda a vida.
A todos os meus pacientes que me ensinaram muito mais do que imaginam, ao
confiar suas vidas à minhas mãos tão inexperientes e ansiosas. Foram eles que fizeram
me apaixonar ainda mais pela profissão e é por eles que contínuo a me apaixonar dia
após dia.
A esta universidade, seu corpo docente, direção е administração que oportunizaram
а janela que hoje vislumbro num horizonte superior, centrada na confiança em relação
ao mérito е ética aqui presentes.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, se não fossem
vocês eu não teria motivo para lutar por minhas conquistas.
E por último, e não menos importante, obrigada à minha amiga não só de projeto
mas de vida, que me acompanhou desde o primeiro dia de aula Jaqueline Dugois Toledo
Da Silva. Compartilhando o mesmo sonho e foi através deste que nos conhecemos,
sendo mais um presente que a fisioterapia me trouxe. Sem você nada disso seria
possível.
Camila Volpato Fantini,
Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar capacidade para realizar este
trabalho, sendo grata eternamente a meus pais Janete Aparecida Dugois e Sebastião
Toledo da Silva por todos seus esforços, amor, carinho e educação dedicados a mim em
todos os momentos. A Felipe Rondini, que está sempre me apoiando nos momentos
difíceis, me dando forças a cada dia para continuar minha trajetória e a toda minha
família por serem essenciais para realização desta etapa da minha vida.
Agradeço imensamente ao querido profºMs. Cristiano da Rosa, que acompanhou cada
etapa deste trabalho desde o início e com todo seu conhecimento e dedicação
proporcionou o caminho para progressão e realização do mesmo como orientador
temático.
Sou grata às professoras Ms. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa, Bianca Maria
MagliaOrlandi e Ms. Dra. Rosimeire Simprine Padula por toda a atenção e ensinamento
que nos foi proporcionado para a conclusão deste trabalho como orientadoras
metodológicas e a nossa querida Ms. Manuela Amaral Mucci Casanova por participar
da avaliação deste trabalho, na banca examinadora, proporcionando seu conhecimento e
experiência.
Tenho gratidão por todos os professores que passaram pela minha vida, em especial a
professora e coordenadora do curso de fisioterapia Patrícia Teixeira Costa, que juntos,
foram essenciais para que eu pudesse chegar nesta etapa com todo esse conhecimento
adquirido, a Universidade São Francisco pela oportunidade oferecida para a realização
do curso e aos funcionários do hospital, onde foi realizada a coleta de dados, por todo o
apoio e atenção que foi fornecido, sendo essenciais para obter os resultados dessa
pesquisa.
Para finalizar, meus sinceros agradecimentos em especial a minha amiga e
companheira deste trabalho, Camila Volpato Fantini, e a todas as minhas queridas
amigas que conquistei nesta trajetória, por toda amizade sincera, ajuda, companheirismo
e experiência proporcionadas durante todos esses anos de estudo que passamos juntas
obtendo o objetivo de realizar o mesmo sonho profissional.
Jaqueline Dugois Toledo da silva
“Ontem passado. Amanhã futuro. Hoje
agora. Ontem foi. Amanhã será. Hoje é.
Ontem experiência adquirida. Amanhã
lutas novas. Hoje, porém, é a nossa hora de
fazer e de construir.”
Chico Xavier
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................11
2. OBJETIVOS................................................................................................14
2.1. Objetivo Geral..............................................................................................14
2.2. Objetivo Específico......................................................................................14
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................15
4. ARTIGO CIENTÍFICO.......................................................................18
5. ANEXOS................................................................................................40
5.1 Normasda revista..........................................................................................40
5.2. Cópia do parecer de aprovação do CEP......................................................50
6. APÊNDICE..................................................................................................52
11
1. INTRODUÇÃO
O tecido ósseo tem como função a sustentação, proteção dos órgãos, alavanca, reserva
de cálcio e fosfato entre outras. Ele atua como um fator de proteção contra agentes
tóxicos fazendo a sua absorção. Para executar suas respectivas funções, esse tecido é
formado por uma parte orgânica que corresponde às fibras de colágeno tipo I e pela
parte inorgânica que é formada por íons cálcio e fosfato. Essas partes são responsáveis
pela dureza do osso. (1,2)
A periferia deste tecido é compacta, tendo como função dar dureza e sustentação, porém
o centro contém espaços com várias trabéculas sendo preenchido por medula óssea.
Essa parte central é classificada de osso esponjoso ou trabecular. O osso esponjoso por
sua vez, forma caminhos para a transmissão de forças.No entanto, no corpo humano os
ossos formam o esqueleto e este se divide em esqueleto axial e esqueleto apendicular. O
esqueleto axial corresponde ao crânio, costela, esterno e coluna vertebral e o esqueleto
apendicular corresponde ao cíngulo do membro superior e inferior. (1,3)
Um dos fatores para a deformação e conformação óssea é o estresse exercido
sobre ele. Isso ocorre devido a altas cargas advindas do meio externo para o interno do
tecido. Esses fatores colaboram também para a remodelação óssea em casos em que o
osso possui a necessidade de se alterar, seja decorrente a um quadro patológico ou
mesmo quando o osso novo precisa amadurecer. Podemos dizer que os ossos
constantemente se modificam, e o equilíbrio deste tecido dependerá das células de
formação óssea que são os osteoblastos e das células de reabsorção chamadas de
osteoclasto. (2,4)
Em casos de fraturas, os osteoclatos são estimulados a produzir matriz óssea para
recuperar o tecido lesado, atuando conjuntamente com os osteoblastos. Os osteoclastos
são estimulados para controlar o crescimento do novo tecido formado, e com isso
remodelar a área de lesão tornando-a mais funcional. Sabe-se que fratura é um evento
causado por diversos fatores que proporcionam a uma lesão que promove a
descontinuidade do tecido ósseo. Quando se fala em fraturas podemos classificá-las em
12
dois tipos, a aberta também denominada de exposta e a fratura fechada. A diferença
entre elas é que na fratura fechada, pode ocorrer pouco ou nenhum deslocamento dos
ossos quebrados, não rompendo a pele. Já na fratura exposta, ocorre o deslocamento das
extremidades fraturadas, penetrando nos tecidos, inclusive na pele se exteriorizando. (1,3)
Dentre os vários fatores que podem causar fratura, destacam-se os acidentes de
trânsito. Segundo a análise do ministério da saúde do Brasil, a maior prevalência de
fraturas é decorrente de acidentes envolvendo moto com outro veiculo automotivo. o
publico alvo mais afetado é jovens motociclistas, do sexo masculino. As fraturas mais
comuns envolvidas são as de membros inferiores, sendo em maioria, fratura fechada. (6)
Quanto à gravidade das fraturas, é notório que a fratura exposta é mais grave.
Estas são as que mais desafiam os ortopedistas quanto à estabilização, a profilaxia da
infecção, o alinhamento, cobertura cutânea e o alto custo para reabilitação. Esse tipo de
fratura está mais propenso a ter infecções devido à comunicação do tecido com o meio
externo, que contém a presença de bactérias. (8)
O atendimento de uma fratura tem início a partir do primeiro contato com a região
afetada. Com cuidado deve-se fazer uma manipulação leve, palpando a região e
questionando se existe dor. Caso a dor seja positiva, existe a possibilidade de ser fratura.
Para a confirmação utilizam-se exames complementares como radiografia e ou
tomografia óssea computadorizada. Após o reconhecimento da fratura, faz-se uma
imobilização de emergência, sem alterar a posição que a fratura foi encontrada, antes de
remover a vitima do local. Desta maneira, evitam-se complicações como perfurações de
órgãos, aumento da lesão, lesões neurológicas, entre outros. (9)
Caso haja a necessidade, o paciente pode receber uma aplicação de antibiótico
intravenoso e o quanto antes, deve ser realizado a estabilização da fratura e a
higienização do ferimento. Com esse procedimento diminuem-se as chances de
infecções graves. Em caso de fraturas expostas, na fase aguda, o tratamento geralmente
é realizado através de fixação interna com placa e parafusos, tratamento com aparelho
de gesso, fixação intramedular e fixação externa. Na fixação interna com placas e
parafusos, a placa sustenta completamente a carga contra o estresse e ela tem aplicação
excêntrica, estando mais propensas ao envergamento. Ela é mais utilizada em membros
13
superiores. Nesse caso, ao colocar os parafusos deve-se tomar cuidado para não atingir
raízes nervosas. (10,11)
O tratamento com aparelho de gesso em caso das fraturas expostas, apenas deve
ser utilizado em fraturas leves, pois ele interfere no tratamento das feridas. Geralmente é
mais indicado para crianças. A fixação intramedular é ideal para estabilizar fraturas de
ossos longos de sustentação de peso, como o fêmur e a tíbia. Essa fixação é aplicada
centralmente no eixo mecânico do osso, diminuindo cargas de envergamento. A fixação
externa é ideal para fraturas com lesões muito graves de tecidos moles que necessitem
de uma estabilização e restauração vascular rápida. Esse tipo de fixação também pode
ser usado em fraturas fechadas, e é mais comum em membros inferiores. A reabilitação
desse tipo de fratura é bem lenta, comparando com fraturas fechadas. Visto que, ocorre
uma perda de massa óssea e muscular, o paciente está propenso a apresentar diminuição
de força, encurtamentos, formação de fibrose. Em casos muito grave, é necessária a
amputação do membro afetado. (10,11)
Tendo em vista o alto índice que ocorre de fraturas em toda a população, este
trabalho tem como intuito levantar dados a partir de prontuários dos pacientes atendidos
pelo Hospital Universitário São Francisco na providencia de Deus - HUSF, no período
de 2011 a 2013, sobre os principais tipos de fraturas que foram evidenciadas, os
principais fatores etiológicos, métodos de tratamentos utilizados para que os recursos do
Hospital possam ser mais bem empregados e auxiliar na elaboração de trabalhos de
conscientização da população.
14
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Verificar os principais tipos de fraturas, os fatores etiológicos mais freqüentes e
métodos de tratamentos que foram utilizados em pacientes internados no Hospital
Universitário São Francisco na providência de Deus - HUSF no período de 2011 –
2013.
2.2. Objetivos Específicos
- Verificar nos prontuários quais tipos de fraturas prevaleceu nesse período.
- Observar nos prontuários quais foram às regiões anatômicas mais afetadas.
- Correlacionar os dados obtidos.
15
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Moreira, Benjamin da Silva. A biomecanica da fratura e o processo de
cicatrização. Cadernos unisuam Rio de Janeiro.V. 3, n. 1, p. 101-117, jun. 2013.
2. Andria D C, Cerrib P S e Spolidorio L C. Tecido ósseo: aspectos morfológicos e
histofisiológicos. Revista de Odontologia da UNESP. 2006; 35(2): 191-98.
3. Junqueira LC, Carneiro J. Tecido ósseo. In: Junqueira LC, Carneiro J. Histologia
básica. 11. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2008. 427 págs.
4. Nordin, M, Frankel, VH. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3.
Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003.
5. Hall, SJ. Biomecânica básica. 4. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,
2005. 509 págs.
6. Debieux P, Chertman C, Mansur NS, Dobashi E, Fernandes HJ.Lesões do aparelho
locomotor nos acidentes com motocicleta.Acta ortop. Bras. [online]. 2010, vol.18,
n.6, pp. 353-356. ISSN 1413-7852.
7. Arruda LRP, Silva MAC, Malerba FG, Turíbio FM, Fernandes MC,
MatsumotoMH..Fraturas expostas: estudo epidemiológico e prospectivo. Acta ortop.
Bras. [online]. 2009, vol.17, n.6, pp. 326-330. ISSN 1413-7852.
8. Villa, P E A, Nunes T R, Gonçalves F P, Martins J S, Lemos G S P, e Moraes F B
Avaliação clínica de pacientes com osteomielite crônica após fraturas expostas
tratados no Hospital de Urgências de Goiânia, Goiás.Rev. bras. Ortop.[online]. 2013,
vol.48, n.1, pp. 22-28.ISSN 0102-3616.
16
9. Goud III, James. A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. Ed.
Manole LTDA. 1993. 691 págs.
10. Santili C; Gomes C M O; Akkari M; Waisberg G; Braga S R; Junior W L; Santos F
G. Fraturas da diáfise da tíbia em crianças. 2010.
11. Hoppenfeld, Stanley M.D.and MURTHY, Vasantha L.M.D. Tratamento
Reabilitação de fraturas. Ed Manole, 2001. 606 págs.
12. Barbosa RI, Raimundo KC, Fonseca MCR, Coelho DM, AM, Hussein AM, et al.
Perfil dos pacientes com lesões traumáticas do membro superior atendidos pela
fisioterapia em hospital do nível terciário. Acta Fisiátr. 2013; 20(1): 14-19.
13.Cardozo RT, Silva L G, Bragante L A, Rocha MA. Tratamento das fraturas
diafisárias da tíbia com fixador externo comparado com a haste intramedular
bloqueada. Rev. bras. ortop. [Internet] 2013 Apr; 48(2): 137-144.
14. Parreira JG, Gregorut F, Perlingeiro JA. Giannini, SSC e Assef JC.Análise
comparativa entre as lesões encontradas em motociclistas envolvidos em acidentes
de trânsito e vítimas de outros mecanismos de trauma fechado. Rev. Assoc. Med.
Bras. [Internet]. 2012, Feb; 58(1): 76-81.
15. Machado, J S e Duarte, MS. Incidência de pacientes com fraturas atendidos na
emergência de um hospitalpúblico na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro que
realizaram procedimentocirúrgico. Rio de Janeiro, jun; 2009.
16. Gonzalez LV, Edgar S, Felipe V A, Gustavo R S, José M Z J, Luiz Felipe T V, et.
Al. Diagnóstico e manejo lesões ortopédicas em pacientes politraumatizados Rev.
HCPA 2009; 29(2).
17
17. Nunes, AS e Mejia, D P M. A eficácia da fisioterapia na reabilitação imediata de
paciente pós-operatório de fratura diafisária do fêmur utilizando haste
intramedular: revisão bibliográfica. Manual Faculdade Ávila, 2012.
18
4. ARTIGO CIENTÍFICO
Perfil dos fatores causais das fraturas dos pacientes internados no Hospital
Universitário São Francisco na providência de Deus – HUSF
Profile of the causal factors of fractures of hospitalized patients in the University
Hospital San Francisco in the providence of God - HUSF
Camila Volpato Fantini e Jaqueline Dugois Toledo da Silva
Graduandos em Fisioterapia
Orientador temático: Profº Ms. Cristiano da Rosa
Orientador metodológico: Profª Ms. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa.
Universidade São Francisco – Campus de Bragança Paulista – SP
Cristiano da Rosa
Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José, Bragança Paulista - SP
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade
São Francisco.
.
19
RESUMO
FANTINI,C. V; SILVA, J. D. T. Perfil dos fatores causais das fraturas dos pacientes
internados no HospitalUniversitário São Francisco na providência de DEUS –
HUSF. Trabalho de Conclusão de Curso. 2015. Curso de Fisioterapia da Universidade
São Francisco. Bragança Paulista/SP.
Objetivo: Verificar os principais tipos de fraturas, os fatores etiológicos mais
freqüentes e métodos de tratamentos que foram utilizados em pacientes internados no
Hospital Universitário São Francisco na providência de Deus - HUSF no período de
2011 – 2013. Método: Tratou-se de um estudo longitudinal retrospectivo realizado por
revisão de prontuários, sendo o local do estudo o Hospital Universitário São Francisco
na Providência de Deus – HUSF de Bragança Paulista - SP. Como critério de inclusão
está os pacientes que apresentaram fratura(s) no período de janeiro de 2011 a dezembro
de 2013 e foram internados na enfermaria de ortopedia e traumatologia. Resultados:
Foram analisados 2260 prontuários, sendo 738 válidos para a pesquisa. A idade variou
entre 01 a 96 anos obtendo predomínio a faixa etária adulta (>18 a 60 anos), do gênero
masculino. Na analise estatística verificou-se que os fatores etiológicos mais freqüentes
foram acidente automobilístico e acidente doméstico prevalecendo fraturas de membros
inferiores fechadas. Conclusão: O estudo mostrou uma predominância de pacientes do
gênero masculino adultos, com fraturas fechadas em ossos dos membros inferiores, por
motivo de acidente automobilístico seguido de doméstico, sendo que a maioria
necessitou de tratamento cirúrgico.
Palavras chave: Fisioterapia, acidente automobilístico, fratura.
20
ABSTRACT
FANTINI, C. V; SILVA, JDT Profile of the causal factors of fractures of
hospitalized patients in the University Hospital San Francisco in the providence of
God - HUSF. Term paper. 2015. Department of Physical Therapy at the University San
Francisco. Bragança Paulista / SP.
Objective: Check the main types of fractures , the most common etiological factors and
treatment methods that have been used in patients hospitalized at the University
Hospital San Francisco in the providence of God - HUSF in 2011 - 2013 . Method:
This was a retrospective longitudinal study by review of medical records, and the
location of the study was the São Francisco University Hospital in Providence of God -
HUSF - from Bragança Paulista / SP. As inclusion criteria are the patients who had
fracture (s) from January 2011 to December 2013 and were admitted to the orthopedic
and traumatology ward. Results: 2260 records were analyzed, 738 valid for research.
Ages ranged from 01 to 96 years getting predominance adult age group (> 18-60 years),
male. In the statistical analysis it was found that the most frequent reasons were
automobile and household accidents prevailing closed fractures of the lower limbs.
Conclusion: The study showed a predominance of adult male patients with closed
fractures in the bones of the lower limbs because of a car accident followed by
domestic, most of which required surgical treatment.
Keywords: Physiotherapy, automobile accident, fracture.
21
4.1 INTRODUÇÃO
O tecido ósseo tem como função a sustentação, proteção dos órgãos, alavanca,
reserva de cálcio e fosfato entre outras. Ele atua como um fator de proteção contra
agentes tóxicos fazendo a sua absorção. Para executar suas respectivas funções, esse
tecido é formado por uma parte orgânica que corresponde às fibras de colágeno tipo I e
pela parte inorgânica que é formada por íons cálcio e fosfato. Essas partes são
responsáveis pela dureza do osso. (1,2)
A periferia deste tecido é compacta, tendo como função dar dureza e sustentação,
porém o centro contém espaços com várias trabéculas sendo preenchido por medula
óssea. Essa parte central é classificada de osso esponjoso ou trabecular. O osso
esponjoso por sua vez, forma caminhos para a transmissão de forças. No entanto, no
corpo humano os ossos formam o esqueleto e este se divide em esqueleto axial e
esqueleto apendicular. O esqueleto axial corresponde ao crânio, costela, esterno e
coluna vertebral e o esqueleto apendicular corresponde ao cíngulo do membro superior
e inferior. (1,3)
Um dos fatores para a deformação e conformação óssea é o estresse exercido
sobre ele. Isso ocorre devido a altas cargas advindas do meio externo para o interno do
tecido. Esses fatores colaboram também para a remodelação óssea em casos em que o
osso possui a necessidade de se alterar, seja decorrente a um quadro patológico ou
mesmo quando o osso novo precisa amadurecer. Podemos dizer que os ossos
constantemente se modificam, e o equilíbrio deste tecido dependerá das células de
formação óssea que são os osteoblastos e das células de reabsorção chamadas de
osteoclasto. (2,4)
Em casos de fraturas, os osteoclatos são estimulados a produzir matriz óssea para
recuperar o tecido lesado, atuando conjuntamente com os osteoblastos. Os osteoclastos
são estimulados para controlar o crescimento do novo tecido formado, e com isso
remodelar a área de lesão tornando-a mais funcional. Sabe-se que fratura é um evento
causado por diversos fatores que proporcionam a uma lesão que promove a
22
descontinuidade do tecido ósseo. Quando se fala em fraturas podemos classificá-las em
dois tipos, a aberta também denominada de exposta e a fratura fechada. A diferença
entre elas é que na fratura fechada, pode ocorrer pouco ou nenhum deslocamento dos
ossos quebrados, não rompendo a pele. Já na fratura exposta, ocorre o deslocamento das
extremidades fraturadas, penetrando nos tecidos, inclusive na pele se exteriorizando. (1,3)
Dentre os vários fatores que podem causar fratura, destacam-se os acidentes de
trânsito. Segundo a análise do ministério da saúde do Brasil, a maior prevalência de
fraturas é decorrente de acidentes envolvendo moto com outro veiculo automotivo. o
publico alvo mais afetado é jovens motociclistas, do sexo masculino. As fraturas mais
comuns envolvidas são as de membros inferiores, sendo em maioria, fratura fechada. (6)
Quanto à gravidade das fraturas, é notório que a fratura exposta é mais grave.
Estas são as que mais desafiam os ortopedistas quanto à estabilização, a profilaxia da
infecção, o alinhamento, cobertura cutânea e o alto custo para reabilitação. Esse tipo de
fratura está mais propenso a ter infecções devido à comunicação do tecido com o meio
externo, que contém a presença de bactérias. (8)
O atendimento de uma fratura tem início a partir do primeiro contato com a região
afetada. Com cuidado deve-se fazer uma manipulação leve, palpando a região e
questionando se existe dor. Caso a dor seja positiva, existe a possibilidade de ser fratura.
Para a confirmação utilizam-se exames complementares como radiografia e ou
tomografia óssea computadorizada. Após o reconhecimento da fratura, faz-se uma
imobilização de emergência, sem alterar a posição que a fratura foi encontrada, antes de
remover a vitima do local. Desta maneira, evitam-se complicações como perfurações de
órgãos, aumento da lesão, lesões neurológicas, entre outros. (9)
Caso haja a necessidade, o paciente pode receber uma aplicação de antibiótico
intravenoso e o quanto antes, deve ser realizado a estabilização da fratura e a
higienização do ferimento. Com esse procedimento diminuem-se as chances de
infecções graves. Em caso de fraturas expostas, na fase aguda, o tratamento geralmente
é realizado através de fixação interna com placa e parafusos, tratamento com aparelho
de gesso, fixação intramedular e fixação externa. Na fixação interna com placas e
parafusos, a placa sustenta completamente a carga contra o estresse e ela tem aplicação
23
excêntrica, estando mais propensas ao envergamento. Ela é mais utilizada em membros
superiores. Nesse caso, ao colocar os parafusos deve-se tomar cuidado para não atingir
raízes nervosas. (10,11)
O tratamento com aparelho de gesso em caso das fraturas expostas, apenas deve
ser utilizado em fraturas leves, pois ele interfere no tratamento das feridas. Geralmente é
mais indicado para crianças. A fixação intramedular é ideal para estabilizar fraturas de
ossos longos de sustentação de peso, como o fêmur e a tíbia. Essa fixação é aplicada
centralmente no eixo mecânico do osso, diminuindo cargas de envergamento. A fixação
externa é ideal para fraturas com lesões muito graves de tecidos moles que necessitem
de uma estabilização e restauração vascular rápida. Esse tipo de fixação também pode
ser usado em fraturas fechadas, e é mais comum em membros inferiores. A reabilitação
desse tipo de fratura é bem lenta, comparando com fraturas fechadas. Visto que, ocorre
uma perda de massa óssea e muscular, o paciente está propenso a apresentar diminuição
de força, encurtamentos, formação de fibrose. Em casos muito grave, é necessária a
amputação do membro afetado. (10,11)
Tendo em vista o alto índice que ocorre de fraturas em toda a população, este
trabalho tem como intuito levantar dados a partir de prontuários dos pacientes atendidos
pelo Hospital Universitário São Francisco na providencia de Deus - HUSF, no período
de 2011 a 2013, sobre os principais tipos de fraturas que foram evidenciadas, os
principais fatores etiológicos, métodos de tratamentos utilizados para que os recursos do
Hospital possam ser mais bem empregados e auxiliar na elaboração de trabalhos de
conscientização da população.
4.2 METODOLOGIA
Foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo por meio da revisão de
prontuários de pacientes atendidos no Hospital Universitário São Francisco na
Providência de Deus – HUSF de Bragança Paulista/ SP. Esta pesquisa teve como
critério de inclusão os pacientes que apresentaram fratura(s) no período de janeiro de
24
2011 a dezembro de 2013 e ficaram internados na enfermaria de ortopedia e
traumatologia. Excluindo então, os pacientes internados na enfermaria de ortopedia e
traumatologia que não apresentaram fraturas e pacientes internados nas demais
enfermarias. Para coleta de dados foi utilizada uma ficha composta por 18 itens a serem
preenchidos, sendo 4 dados sobre dados pessoais e o restante dados específicos sobre
fratura. Inicialmente o projeto foi enviado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade São Francisco sob o parecer nº 914.211. Foi solicitada uma autorização
do presidente do centro de estudos e pesquisa do Hospital Universitário São Francisco
na providência de Deus, Bragança Paulista/SP para a realização da pesquisa dos
prontuários, sendo esta deferida pelo mesmo. Após a autorização, foi iniciada a coleta
de dados, aonde esses prontuários foram localizados de forma manuscrita e analisados
um a um em um período de 120 dias (desde a segunda quinzena de dezembro de 2014 a
primeira quinzena de abril de 2015). Após os dados serem coletados, foram realizadas
as análises estatísticas, sendo utilizado o programa estatístico SPSS 22.0. Para a análise
descritiva foram realizados calculo de freqüência e porcentagem.
4.3 RESULTADOS
Foram coletados dados de 2260 prontuários (100%) de pacientes que estiveram na
enfermaria de ortopedia e traumatologia do HUSF dentre o período de 2011 a 2013,
destes, 738(32,65%) pacientes foram acometidos por fraturas.
25
O Gráfico 1representa o gênero dos pacientes acometidos por fraturas. Dos 738
(100%) prontuários selecionados, 523 (71%) eram de pacientes do gênero masculino,
enquanto, 215 (29%) eram do gênero feminino.
Gráfico 1. Gênero dos pacientes acometidos por fraturas.
215; 29%
523; 71%
Feminino Masculino
26
O Gráfico 2 relata a variação das idades dos pacientes internados na enfermaria
do departamento de ortopedia e traumatologia do HUSF.A faixa etária dos pacientes
variou entre 01 a 96 anos, prevalecendo a correspondente a adulto (> 18 a 60 anos) com
450 (60,97%) da amostra, seguida dos idosos (> 60 anos) 174 (23,57%).
Gráfico 2. Variação das idades dos pacientes internados na enfermaria do
departamento de ortopedia e traumatologia do HUSF.
66 46
450
174
2 0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Criança (0 a 12 anos)
Adolescente ( >12 a 18 anos)
Adulto ( > 18 a 60 anos)
Idoso ( > 60 anos)
Não continha a informação
27
O Gráfico 3 corresponde aos fatores etiológicos das fraturas apresentadas nos
pacientes.Ele indica que o fator mais prevalente entre as causas foi o acidente
automobilístico com 261 (35,36%) pacientes,seguido por acidente doméstico com 255
(34,55%) pacientes.
Grafico 3. Fatores etiologicosdas fraturas apresentadas nos pacientes.
34,55%
35,36%
2,30%
22,35%
5,42%
0 50 100 150 200 250 300
Acidente doméstico
Acidente Automobilístico
Acidente de trabalho
Outros
Não continha a informação
28
O gráfico 4 demonstra a região anatômica fraturada.O local com maior indice de
fraturas foi em estruturas do membro inferior (54,87%), acompanhado de membro
superior (40,24%), fraturas em membros superiores conjuntamente com membros
inferiores (1,62%), outros (0,81%), sendo que (2,43%) dos pacientes não continham a
informação.
Gráfico 4.Região anatômica fraturada.
40,24%
54,87%
1,62% 0,81% 2,43%
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Membro superior Membro inferior MMSS e MMII Outros Não continha ainformação
29
O gráfico 5 representa os tipos de fratura (aberta e fechada) sofridas pelos
pacientes. A maioria indicou que o tipo de fratura fechada teve uma prevalência
significativa (79,13%). Em relação à fratura aberta (20,05%). Apenas 0,40% dos
pacientes obtiveram fratura aberta acompanhada de fratura fechada e 0,40% não
continham a informação.
Gráfico 5. Tipo de fraturas sofridas pelos pacientes.
20,05%
79,13%
0,40% 0,40% 0
100
200
300
400
500
600
700
Aberta Fechada Aberta e Fechada Não continha ainformação
30
O gráfico 6 interpreta os tipos de tratamentos realizados nos pacientes,
demonstrando a porcentagem dos pacientes a respeito do tipo de tratamento que foi
utilizado. 48% foram submetidos a tratamento cirúrgico, 19% a tratamento conservador,
sendo que 33% dos prontuários não continham a informação.
Gráfico 6. Porcentagem dos pacientes a respeito do tipo de tratamento que foi
utilizado.
705
277
494
Cirúrgico Conservador Não continha ainformação
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Cirúrgico
Conservador
Não continha a informação
31
O gráfico 7 Demonstra a quantidade de pacientes que obtiveram complicações
decorrentes das fraturas.A maioria dos prontuários dos pacientes (57,45%) não obtinha
a informação, 36,04% dos pacientes não apresentaram e apenas 6,50% tiveram
complicações.
Gráfico 7. Quantidade de pacientes que obtiveram complicações decorrentes das
fraturas.
6,50%
36,04%
57,45%
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Sim Não Não continha a informação
32
O gráfico 8, indica os pacientes que realizaram tratamento fisioterapêutico. Foi
observado que somente 17% dos pacientes realizaram tratamentos fisioterapêuticos intra
hospitalar, no entanto, 83%dos casos não relatavam tratamanto fisioterapêutico.
Grafico 8. Pacientes que realizaram tratamento fisioterapêutico.
123; 17%
615; 83%
Realizaram
Não continha ainformação
33
A tabela a seguir demosntra as cidades de origem dos pacientes que foram
atendidos pelo HUSF no período de 2011 a 2013. As cidades que obtiveram mais
prevalência foram as pertencentes ao estado de São Paulo, incluindo Bragança Paulista,
que é a cidade de localização do hospital com 25,20% dos pacientes, Atibaia com
20,73% e Piracaia com 15,17%.
Tabela: Cidade de origem dos pacientes.
Cidade Estado Quantidade
Bragança Paulista SP 25,20%
Atibaia SP 20,73%
Piracaia SP 15,17%
Bom Jesus dos Perdões SP 8,26%
Nazaré Paulista SP 6,91%
Joanópolis SP 6,77%
Socorro SP 1,89%
Pedra bela SP 1,62%
Vargem SP 0,81%
Tuiuti SP 0,54%
4.4 DISCUSSÃO
No período entre dezembro de 2014 a abril de 2015 foram coletados dados de 738
prontuários referentes aos anos de 2011 a 2013. No presente estudo foram avaliados
pacientes de ambos os gêneros, tendo como predomínio o masculino com 523 pacientes
34
(71%). Esses dados são semelhantes com o estudo de Rafael Inácio Barbosa et al (12)
,
Rodrigo Tavares Cardozo et al (13)
, Pedro Debieux et al (6)
e Sandra Vieira Domingues et
al onde relata que a frequência é maior do gênero masculino por ser muito comum
acidentes de motocicleta nessa área onde foi realizada a pesquisa.
A idade dos pacientes analisados nos prontuários variou de 1 a 96 anos, sendo
agrupado para o nosso estudo como criança (01 a 12 anos), adolescente (>12 a 18 anos),
adulto (>18 a 60 anos) e idoso (> 60 anos). Dentre essas categorias, prevaleceu a faixa
etária adulto com 450 (60,97%) pacientes, seguido por idoso 174 (23,57%),
respectivamente criança 66 (8,94%), adolescente 46 (6,23%) e somente 2 (0,27%) não
se encaixaram nessa classificação por conter a informação referente a idade. Esses
dados se assemelham a pesquisa realizada por Pablo Erick Alves Villa et al(8)
. O estudo
de Rodrigo Tavares Cardozo et al (13)
foi diferente em relação a classificação das idades,
porém seu maior índice se correlaciona com esse estudo com faixa etária de 17 a 65
anos. Essa faixa etária de adultos foi mais prevalente nos estudos, pois,a maior parcela
da população brasileira e as pessoas economicamente ativas se enquadram nessas
idades, seguido por idosos, isso se dá também, pelo aumento de expectativa de vida da
nossa população.
O presente estudo evidenciou que as cidades de origem dos pacientes atendidos
com maior índice são Bragança Paulista e aquelas situadas no estado de São Paulo e ao
redor da cidade. Estas cidades contêm menor número de habitantes e baixa
infraestrutura hospitalar, comparado com a cidade de Bragança Paulista e com a
infraestrutura oferecida pelo HUSF, sem contar que o HUSF é hospital de referência a
esses municípios e para o SAMU e Corpo de Bombeiros. Essas cidades foram Bragança
Paulista com 186 (25,20%) pacientes, Atibaia 153 (20,73%), Piracaia 112 (15,17%),
Bom Jesus dos Perdões 61 (8,26%), Nazaré Paulista 51 (6,91%), Joanópolis 50 (6,77%),
Socorro 14 (1,89%), Pedra Bela 12 (1,62%), Vargem 6 ( 0,81%) e Tuiuti 4 (0,54%). As
cidades que obtiverem menor porcentagem, foram classificadas como outras totalizando
73 (9.89%) e apenas 6 (0,81%) não continham a informação. Vale ressaltar que além do
estado de São Paulo, foram encontradas cidades pertencentes aos estados de Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Goiás.
Em questão ao tempo de internação, foi verificado que a maioria dos pacientes
ficou no hospital de 1 a 10 dias 671 (90,92%), seguido retrospectivamente por pacientes
35
que ficaram internados de 11 a 20 dias 49 (6,63%), 21 a 30 dias 9 (1,21%), 31 a 40 dias
4 (0,54%), > 40 dias 2 (0,27%), sendo que 3 (0,40%) não continha a informação,
identificando assim que quanto maior foi o tempo de internação, menor o número de
pacientes.
Dentre os fatores etiológicos encontrados, destacaram-se acidentes
automobilísticos com 261 (35,36%), que inclui acidente de carro, atropelamento,
acidente de moto e acidente de caminhão, no estudo de José Gustavo Parreira et al (14)
observa-se alto índice de acidentes de motocicletas por ser um meio de transporte muito
usado pela população em geral porém com ênfase nas pessoas economicamente ativas
que utilizam esse meio de transporte para executar a atividade laboral devido a sua
agilidade e economia, seguido por acidente doméstico 255 (34,55%), que inclui queda
da escada, queda da própria altura muito incidente em idosos acima de sessenta anos,
devido as conseqüências biologias devido a senilidade, queda da cama e queda da
cadeira; Outros 165 (22,35%) incluindo queda da bicicleta, trauma direto, queda de
altura, ferimento por arma de fogo, queda de animal, mordida de animal e crise
convulsiva; Não continha a informação 40 (5,42%) e acidente de trabalho 17 (2,30%),
incluindo ferimento por serra, acidente com empilhadeira e acidente com trator. Na
pesquisa realizada por José Gustavo Parreira et al (14)
encontra-se fatores similares em
relação a acidentes automobilísticos, que o autor chama de acidentes de motociclistas
seguido por atropelamento, e em terceira posição queda da própria altura, dado que
nesse estudo se enquadra em acidentes domésticos.
Levando em conta a região anatômica fraturada, houve predominância em
fraturas de membros inferiores com 405 (54,87%) pacientes, dado muito esperado, pois,
os mmii ficam mais submetido a traumas diretos como em motociclistas trafegando
entre carros no trânsito, em casos de atropelamento, em quedas de cadeira, cama,
escada,seguida por membros superiores 297 (40,24%), não continha a informação 18
(2,43%), fraturas em membros superiores e inferiores 12 (1,62%) e outros 6 (0,81%),
incluindo face, vértebra e quadril. Em estudo equivalente a este, também se obteve
maior prevalência de fraturas de membros inferiores Pedro Debieuxet al (6).
Em relação ao osso fraturado a pesquisa evidenciou predominância em fêmur
193 (26,15%) fato que corrobora com os estudos de Mariana Barquet Carneiro et al (13)
,
sendo que em idosos o fêmur é o osso mais fraturado e que gera uma maior
36
complicação, seguido por antebraço 116 (15,71%), politrauma 94 (12,73%), tíbia 90
(12,19%) osso distal da perna que estabiliza e está presente em inserção muscular,
úmero 76 (10,29%), outros 167 (22,62%) incluindo quadril, patela, mão, fíbula, falange
(membro inferior e superior), vértebra, tornozelo, punho, pé, e cíngulo do membro
superior e somente 2 (0,27%) não continham a informação. Estes dados são similares à
pesquisa de Jomar de Souza Machado e Marcelo Silva Duarte (15).
Em questão ao tipo de fratura, obteve – se uma predominância em fratura fechada
584 (79,13%), comparada com a fratura aberta 148 (20,05%), seguido por fratura aberta
conjunta com fratura fechada 3 (0,40%) e não continha a informação 3 (0,40%) .Em
relação a classificação da fratura, destacou-se a predominância de prontuários que não
continham a informação 707 (95,79%), seguido por fratura cominutiva 19 (2,57%) e
outras 12 (1,62%), incluindo completa, impactada, oblíqua, transversa, fragmentada e
segmentar.
Perante o tipo de tratamento, houve predominância de pacientes que obtiveram
procedimento cirúrgico 355 (48%) dados já esperados, visto que, a pesquisa foi baseada
em atendimento terciário e em pacientes internados que quererem em geral tratamento
cirúrgico, seguidamente de tratamento conservador 140 (19%) números que
provavelmente seriam muito maiores se o estudo fosse com dados em pronto socorro,
sendo que 243 (33%) dos prontuários não continham a informação. Dados semelhantes
foram encontrados no estudo de Rafael Inácio Barbosa et al (12)
que evidenciou um a
prevalência do tratamento cirúrgico em casos de fraturas.
Levando em consideração aos pacientes que obtiveram complicações devido à
fratura(s), destacou se que na maioria dos prontuários não continha a informação 424
(57,45%), seguido por pacientes que não tiveram complicação 266 (36,04%) e
obtiveram complicação como embolia pulmonar, tromboembolismo, trombose venosa
profunda, infecções 48 (6,50%). Dentre essas complicações estão a embolia gordurosa e
tromboembolismo, também descrito em estudo semelhante realizado,
por Vinícius Leite Gonzalez et al (16)
, este enfatizou ainda, a lesão de tecidos moles pelo
osso fraturado, fato que nos prontuários não continham esta informação.
Dentre os pacientes que receberam tratamento fisioterapêutico enquanto
internados, apenas 17% (123) realizaram, destacando-se pacientes que não continham a
informação 615 (83%). Este resultado foi preocupante, tendo em vista que o tratamento
37
fisioterapêutico é muito importante na reabilitação das fraturas, pois ele visa
proporcionar a analgesia da dor, manter e promover a melhora da amplitude de
movimento, prevenir a síndrome do imobilismo, diminuir edema, promover força
muscular entre outros benefícios assim como relata o estudo de Adrião Severino Nunes
e Dayana Priscila Maia Meija(17).
Por fim, o presente estudo pode contribuir para estratégias hospitalares de análise das
necessidades dos pacientes e do setor hospitalar, auxiliar na gestão de admissões e altas
hospitalares, sendo muito útil para orientar os gestores em agir com programas de
prevenções de acidente de trânsito, pois observamos um alto índice de acidentes
automobilísticos, fato que vem crescendo muito no Brasil junto com o fator de
mortalidade no trânsito, tornando-se um problema de saúde pública com altos custos
como em prolongadas internações hospitalares presentes, por exemplo, em fraturas de
fêmur que necessita de tratamento cirúrgico com repouso de longo período, pode-
severificar o viés de dados dos prontuários como: classificação de fraturas que foi bem
pouco informada e possui grande importância para o tratamento fisioterapêutico, ainda
mais no pós cirúrgico, o tipo de tratamento fisioterapêutico empregado que
frequentemente não se relatava nos prontuários, dado de suma significância pois uma
fratura está relacionada com ossos, inserções e origens musculares que se não bem
tratadas podem gerar diminuição de amplitude de movimento, perda de força muscular,
deformidades, entre outros.
O tratamento fisioterapêutico deve garantir a capacidade funcional do paciente para
que ele assuma sua independência em atividades de vida diária, sendo que, o
fisioterapeuta necessita entender alguns procedimentos cirúrgicos mais utilizados no
tratamento de fraturas, a fim de promover intervenções corretas nas condutas
administradas diante da reabilitação de um pós-operatório.
38
4.5 CONCLUSÃO
A análise do estudo demonstrou que houve predominância de pacientes do gênero
masculino adultos, com fraturas fechadas em ossos dos membros inferiores, destacando-
se o fêmur, por motivo de acidente automobilístico seguido de doméstico, necessitando
de tratamento cirúrgico. Dentre as cidades de origem dos pacientes atendidos destacou-
se a cidade de Bragança Paulista seguida por cidades próximas a ela pertencentes ao
estado de São Paulo. O tempo de internação mais evidente na pesquisa foi de 1 a 10
dias, sendo que uma minoria obteve complicações clinicas. Constatamos que foi
realizado tratamento fisioterapêutico em 17 % dos casos, sendo que o restante, não
continha a informação no prontuário.
4.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cicatrização. Cadernos unisuam Rio de Janeiro.V. 3, n. 1, p. 101-117, jun. 2013.
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histofisiológicos. Revista de Odontologia da UNESP. 2006; 35(2): 191-98.
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39
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Bras. [online]. 2009, vol.17, n.6, pp. 326-330. ISSN 1413-7852.
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11. Hoppenfeld, Stanley M.D.and MURTHY, Vasantha L.M.D. Tratamento
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paciente pós-operatório de fratura diafisária do fêmur utilizando haste
intramedular: revisão bibliográfica. Manual Faculdade Ávila, 2012.
41
APENDICE: FICHA UTILIZADA PARA A COLETA DE DADOS.
Ficha de coleta de dados Nº Prontuário _________
Gênero: F( ) M( ) Idade:____ Cidade:_______________ Estado:_____
Entrada no HUSF___|___|___- Saída do HUSF___|___|___
Tempo de Internação: ______ Dias
Alta hospitalar( ) Óbito( )
Fator causalda fratura:___________________________________________________
Local da fratura: MSD( ) - MSE( ) - MID( ) - MIE( )
Outro( ). Qual? ________________________________________________________
Tipo de fratura: Aberta( ) Fechada( )
Classificação: Fissura( ) Galho verde( ) Completa( )Cominutiva( )
Espiral( ) Impactada( ) Oblíqua( ) Transversa( )
Tratamento utilizado:
Conservador: Tala( ) Gesso( ) Órtese( ) Outro(s):____________________________
Cirúrgico: Fixação Interna( ) Fixação Externa( ) Prótese( )
Complicação Sim( ) Não( ) Infecção Sim( ) Não( )
Tratamento Fisioterapêutico: Eletro/fototerapia( ) Massoterapia( ) Fortalecimento
Muscular( ) Alongamento( ) Outro(s)______________________________________
______________________________________________________________________
OBS:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________