perh vol i abr 2013
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PLANO
ESTADUAL DE
RECURSOSHDRICOS DO
ESTADO DE
SO PAULO
VOLUME I
GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS
HDRICOS
PERH 2012-2015
COMIT COORDENADOR DO PLANO
ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
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GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HDRICOS
CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
DO ESTADO DE SO PAULO
PERH 2012-2015
VOLUME I
SO PAULO
2013
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GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HDRICOS
CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
Ficha Catalogrfica
So Paulo (Estado). Secretaria de Saneamento e Recursos Hdricos. Coordenadoria de Recursos
Hdricos. Plano Estadual de Recursos Hdricos (PERH): 2012/2015. So Paulo: SSRH/CRHi, 2013.
210 p.: il.
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GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HDRICOS
CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
Governo do Estado de So Paulo
Geraldo Alckmin
Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hdricos
Edson GiriboniCoordenadoria de Recursos Hdricos
Walter Tesch
Departamento de Gerenciamento de Recursos Hdricos
Tiago de Carvalho Franca Rocha
Equipe Tcnica
Ablio Gonalves Junior
Ana Lcia Aurlio
Ariane Coelho DonattiArthur de Frana Penna
Bruno Franco de Souza
Carlos Eduardo Beato
Iara Bueno Giacomini
Ive Ciola Ferraz
Laura Stela Naliato Perez
Leila Cristina Mortari
Neusa Lucia Fornasier
Neusa Maria MarcondesNilceia Franchi
Ricardo Luiz Mangabeira
Rosa Maria Mancini
Stela Eid Piva
Ricardo Moreira Casetta
Virginia Maria Tesone Coelho
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RELAO DE PARTICIPANTES DO PROCESSO DE ELABORAO DO PERH 2012-2015
CRH - CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS
ESTADO
Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hdricos
Secretaria Estadual do Meio Ambiente
Secretaria Estadual da Educao
Secretaria Estadual do Planejamento e Desenvolvimento Regional
Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento
Secretaria Estadual da SadeSecretaria Estadual de Logstica e dos Transportes
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia
Secretaria Estadual da Fazenda
Secretaria Estadual de Energia
Secretaria Estadual do Desenvolvimento Metropolitano
Secretaria Estadual da Habitao
Casa Civil / CEDEC Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
GRUPOS DE MUNICPIOSGrupo 1 Alto Tiet
P.M.de Cajamar
P.M. de So Bernardo do Campo
Grupo 2 Paraba do Sul e Mantiqueira
P.M. de Queluz
P.M. de Santo Antonio do Pinhal
Grupo 3 Litoral Norte e Baixada SantistaP.M. de Ubatuba
P.M. de So Vicente
Grupo 4 Alto Paranapanema, Ribeira de Iguape e Litoral Sul
P.M. de Ilha Comprida
P.M. de Bernardino de Campos
Grupo 5 Mdio Paranapanema e Pontal do Paranapanema
P.M. de RanchariaP.M. de Tarum
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Grupo 6 Aguape, Peixe e Baixo Tiet
P.M. de GuararapesP.M. de Gara
Grupo 7 Tiet-Batalha e Tiet-Jacar
P.M. de Itaju
P.M. de Lins
Grupo 8 Turvo/Grande e So Jos dos Dourados
P.M. de Santa Salete
P.M. de Urnia
Grupo 9 Sapuca-Mirim/Grande e Baixo Pardo/Grande
P.M. de Viradouro
P.M. de Igarapava
Grupo 10 Pardo e Mogi-Guau
P.M. de Santa Rosa do Viterbo
P.M. de Sertozinho
Grupo 11 Piracicaba, Capivari e Jundia
P.M. de Itu
P.M. de Salto
SOCIEDADE CIVIL
Usurios Industriais dos Recursos Hdricos
FIESP Federao das Indstrias do Estado de So Paulo
CIESP Centro das Indstrias do Estado de So Paulo
Usurios Agroindustriais de Recursos Hdricos
NICA Unio da Agroindstria Canavieira do Estado de So Paulo
SIFAESP Sindicato das Indstrias de Fabricao do lcool no Estado de So Paulo
Usurios Agrcolas de Recursos Hdricos
FAESP Federao da Agricultura e Pecuria do Estado de So Paulo
ABC Associao Brasileira de Criadores
Usurios de Recursos Hdricos do Setor de EnergiaABCE Associao Brasileira de Concessionrias de Energia Eltrica
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Usurios de Recursos Hdricos para Abastecimento Pblico
ASSEMAE Associao Nacional dos Servidores Municipais de SaneamentoABCON Associao Brasileira de Concessionrias Privadas de Servios Pblicos de gua e Esgoto
Associaes Especializadas em Recursos Hdricos; Sindicatos ou Organizaes de
Trabalhadores em Recursos Hdricos; Entidades Associativas de Profissionais de Nvel
Superior relacionadas com Recursos Hdricos
ABES Associao Brasileira de Engenharia Sanitria Ambiental
SINTAEMA Sindicato dos Trabalhadores em gua e Esgoto e Meio Ambiente
ABAS Associao Brasileira de guas Subterrneas
ABGE Associao Brasileira de Geologia de Engenharia AmbientalABRH Associao Brasileira de Recursos Hdricos
FUNDAG Fundao de Apoio Pesquisa Agrcola
Entidades Ambientalistas ou de Defesa de Interesses Difusos dos Cidados
CDPEMA Comisso de Defesa e Preservao da Espcie e do Meio Ambiente
Fundao SOS Mata Atlntica
CNDA Conselho Nacional de Defesa Ambiental
CORHI Comit Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hdricos
SSRH Secretaria de Saneamento e Recursos Hdricos
CRHI - Coordenadoria de Recursos Hdricos
DAEE Departamento de guas e Energia Eltrica
CPLA - Coordenadoria de Planejamento Ambiental
CETESB Companhia Ambiental do Estado de So Paulo
CMARAS TCNICAS DO CRHCTAJI - Cmara Tcnica de Assuntos Jurdicos e Institucionais
CTAS - Cmara Tcnica de guas Subterrneas
CTCOB - Cmara Tcnica de Cobrana pelo Uso dos Recursos Hdricos
CTEA - Cmara Tcnica de Educao Ambiental, Capacitao, Mobilizao Social e Informao em
Recursos Hdricos
CTAS - Cmara Tcnica de Proteo das guas
CTPlan - Cmara Tcnica de Planejamento
CTUM - Cmara Tcnica de gesto de Usos Mltiplos de Recursos Hdricos
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COMITS DE BACIA HIDROGRFICA
CBH-ALPA Comit da Bacia Hidrogrfica do Alto ParanapanemaCBH-AP Comit das Bacias Hidrogrficas dos Rios Aguape e Peixe
CBH-AT Comit da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet
CBH-BPG Comit da Bacia Hidrogrfica do Baixo Pardo/Grande
CBH-BS Comit da Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista
CBH-BT Comit da Bacia Hidrogrfica do Baixo Tiet
CBH-LN - Comit da Bacia Hidrogrfica do Litoral Norte
CBH-MOGI - Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Mogi-Guau
CBH- MP Comit da Bacia Hidrogrfica do Mdio Paranapanema
CBH-PARDO - Comit da Bacia Hidrogrfica do PardoCBH-PCJ Comit da Bacia Hidrogrfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia
CBH-PP Comit da Bacia Hidrogrfica do Pontal do Paranapanema
CBH-PS Comit das Bacias Hidrogrficas do Rio Paraba do Sul
CBH-RB Comit da Bacia Hidrogrfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul
CBH-SJD Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio So Jos dos Dourados
CBH-SM Comit das Bacias Hidrogrficas da Serra da Mantiqueira
CBH-SMG Comit da Bacia Hidrogrfica do Sapuca-Mirim/Grande
CBH-SMT Comit das Bacias Hidrogrficas do Rio Sorocaba e Mdio Tiet
CBH-TB Comit da Bacia Hidrogrfica do Tiet-BatalhaCBH-TG Comit da Bacia Hidrogrfica Turvo/Grande
CBH-TJ Comit da Bacia Hidrogrfica do Tiet-Jacar
OUTRAS INSTITUIES, ENTIDADES E COLEGIADOS
PODER PBLICO FEDERAL
FUNASA Fundao Nacional de Sade
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
PODER PBLICO ESTADUAL
ALESP Assembleia Legislativa do Estado de So Paulo
CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano
CESP Companhia Energtica de So Paulo
CODASP Companhia de Desenvolvimento Agrcola de So Paulo
DERSA Desenvolvimento Rodovirio S.A.
EMAE - Empresa Metropolitana de guas e Energia S.A.
EMPLASA Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.
FUNDAP Fundao do Desenvolvimento Administrativo
ITESP Instituto de Terras do Estado de So Paulo/Secretaria de Estado da Justia e da Defesa da
Cidadania
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IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas
Policia Militar AmbientalPRODESP Companhia de Processamento de Dados de So Paulo
SABESP Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo
PODER PBLICO MUNICIPAL
Prefeitura Municipal de Agudos
Prefeitura Municipal de Alto Alegre
Prefeitura Municipal de Araoiaba da Serra
Prefeitura Municipal de Araatuba
Prefeitura Municipal de AlumnioPrefeitura Municipal de Araariguama
Prefeitura Municipal de Avanhandava
Prefeitura Municipal de Anhembi
Prefeitura Municipal de Bady Bassit
Prefeitura Municipal de Bauru
Prefeitura Municipal de Bebedouro
Prefeitura Municipal de Bertioga
Prefeitura Municipal de Bilac
Prefeitura Municipal de BiriguiPrefeitura Municipal de Bocaina
Prefeitura Municipal de Bofete
Prefeitura Municipal de Boituva
Prefeitura Municipal de Borborema
Prefeitura Municipal de Botucatu
Prefeitura Municipal de Brana
Prefeitura Municipal de Butirama
Prefeitura Municipal de Cabreva
Prefeitura Municipal de Campos do JordoPrefeitura Municipal de Capela do alto
Prefeitura Municipal de Cerquilho (SAAMA, SAAEC, SAAE)
Prefeitura Municipal de Colina
Prefeitura Municipal de Franca
Prefeitura Municipal de Guaruj
Prefeitura Municipal de Ibir
Prefeitura Municipal de Ibina (SEMA)
Prefeitura Municipal de Iguape
Prefeitura Municipal de IndiaporPrefeitura Municipal de Itapetininga
Prefeitura Municipal Iper
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Prefeitura Municipal Jandira
Prefeitura Municipal de JumirimPrefeitura Municipal de Lavnia
Prefeitura Municipal de Mato
Prefeitura Municipal de Mairinque
Prefeitura Municipal Mairipor
Prefeitura Municipal de Mococa
Prefeitura Municipal de Narandiba
Prefeitura Municipal de Novo Horizonte
Prefeitura Municipal de Ouroeste
Prefeitura Municipal de Paraguau PaulistaPrefeitura Municipal de Penpolis
Prefeitura Municipal de Piedade
Prefeitura Municipal de Pirapozinho
Prefeitura Municipal de Poloni
Prefeitura Municipal de Populina
Prefeitura Municipal de Porto Feliz
Prefeitura Municipal de Presidente Alves
Prefeitura Municipal de Quadra
Prefeitura Municipal de Salto de PiraporaPrefeitura Municipal de Santo Antnio de Aracangu
Prefeitura Municipal de So Bento do Sapuca
Prefeitura Municipal de So Carlos
Prefeitura Municipal de So Jos do Rio Pardo
Prefeitura Municipal de So Jos do Rio Preto
Prefeitura Municipal de So Roque
Prefeitura Municipal de So Sebastio
Prefeitura Municipal de So Sebastio da Grama
Prefeitura Municipal de SantosPrefeitura Municipal de Santo Antnio do Pinhal
Prefeitura Municipal de Sorocaba
Prefeitura Municipal de Tapiratiba
Prefeitura Municipal de Taquaritinga
Prefeitura Municipal de Tatu
Prefeitura Municipal de Tiete
Prefeitura Municipal de Torre de Pedra
Prefeitura Municipal de Votorantim
Cmara Municipal de So RoqueCmara Municipal de Sorocaba
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SOCIEDADE CIVIL
ABCDE Associao Brasileira de Cultura e Desenvolvimento Estudantil
ABAG/RP Associao Brasileira do Agronegcio da Regio de Ribeiro Preto
AGDS Associao Global de Desenvolvimento Sustentado
CTC Centro de Tecnologia Canavieira
FABHAT Fundao Agncia da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiete
FAESP Federao da Agricultura do Estado de So Paulo
FATEC Faculdade de Tecnologia de So Paulo
FCR Fundao Christiano Rosa
UNESP Universidade Estadual Paulista
UNICA Unio da Indstria de Cana de Acar
ABAS Associao Brasileira de guas Subterrneas
ABES Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental
ABRIOTA Associao dos Usurios de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Tatu
ABRH - Associao Brasileira de Recursos Hdricos CBH Pardo
ACIAB Associao Comercial, Industrial e Agrcola de Bebedouro
AEAN Associao de Engenheiros Arquitetos Alta Noroeste
AEACJ Associao dos Engenheiros e Arquitetos de Campos do Jordo
AEAS Associao de Engenheiros e Arquitetos de Santos
AEAS Associao de Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba
AEASV - Associao de Engenheiros e Arquitetos de So Vicente
GUAS DE ITU
ASSENAP Associao dos Engenheiros e Arquitetos de Promisso
Associao de Moradores Tancredo Neves Santos
Associao dos Produtores Rurais de Divisa
Associao Ecolgica Icatu
Associao Teto e Cho Baixada Santista
Centro Paula Souza
CERISO Consrcio de Estudos, Recuperao e Desenvolvimento da Bacia do Rio Sorocaba e Mdio
Tiet
CIRL Consrcio Intermunicipal Ribeiro Lajeado
COBRAC Cooperativa Agropecuria do Brasil Central (CBH Baixo Tiet)
COOPERHIDRO Cooperativa do Polo Hidrovirio de Araatuba
Comit de Ao da Cidadania
CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Araatuba
Cooperativa de Reciclagem Tatu
Eco consultoria Araatuba
ECOSURFI Entidade Ecolgica dos Surfistas
ECOFRAN Associao de Ecologia e Pesquisa de Franca
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EDR Escritrio de Desenvolvimento rural de Barretos
ERPLAN - Escritrio Regional de Economia e Planejamento Bacia do PardoESALQ Escola Superior de AgriculturaLuiz de Queiroz
FCA- UNESP- Faculdade de Cincias Agronmicas da Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita
Filho
FCR- Fundao Christiano Rosa
FEA Fundao Educacional Araatuba
Flora Tiet
Frum Pr- Batalha
Fundao SOS Mata atlntica
Fundao FlorFABHAT Fundao Agncia da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiete
Grupo Ecolgico Alerta
Grupo Ecolgico Olho D gua
GTA JERIVA VOTOTANTIM
IDESC Instituto de Desenvolvimento Scio Cultural e Cidadania
IDESUFRAN Instituto de Desenvolvimento Sustentvel de Franca
INEVAT Instituto de Estudos Vale do Tiet
Instituto Ecoar
IPESA Instituto de Projetos e Pesquisas Scio AmbientaisInstituto Refloresta
Instituto Super Eco
Instituto Tecnolgico de Estudos e Pesquisa de So Jos do Rio Preto
Instituto Trata Brasil
ISA Instituto Scio Ambiental
Itaiti Consultoria Ambiental
Latitude 22
Lder Empresa Junior
Instituto MaramarMster Engenharia
Rotary Club de Cruzeiro
SABI Ubatuba
SABAC Sociedade Amigos de Bairro Alto do Capivari Campos do Jordo
SAEE- Servio Autnomo de gua e Esgoto - Cerquilho
SAAEMB Servio Autnomo de gua, Esgoto e Meio Ambiente do Municpio de Buritama
SANASA Sociedade de Abastecimento de gua e Saneamento S.A.
SEESP Sindicato dos Engenheiros no Estado de So Paulo Delegacia de Araatuba
SINBI Sindicato das Indstrias do Calado e Vestirio de BiriguiSindicato Rural de Franca
Sindicato Rural de Ibina
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Sindicato Rural de Porto Feliz
Sindicato dos Trabalhadores de Praia GrandeSORIDEMA Sociedade Rio Clarense da Defesa do Meio Ambiente
OAB - Ordemdos Advogados do Brasil
ONG OLHO DGUA
ONG Pau Brasil
Vale Verde
Votorantin Cimentos
UDOP Unio dos Produtores de Bioenergia
UFSCAR Universidade Federal de So Carlos
UNESP Universidade Estadual PaulistaJlio de Mesquita Filho RegistroUNIPINHAL Centro Regional Universitrio Esprito Santo do Pinhal
UNISO Universidade de Sorocaba
UNITAU Universidade de Taubat
UNIVAP Universidade do Vale do Paraba
Usina Santa Maria/Tatu
USP - Universidade de So Paulo de So Paulo e de Ribeiro Preto
USP/IQ Instituto de Qumica da Universidade de So Paulo
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SUMRIO
VOLUME I
RELAO DE PARTICIPANTES DO PROCESSO DE ELABORAO DO PERH 2012-
2015i
NDICE DE FIGURAS Xii
NDICE DE TABELAS Xvi
NDICE DE QUADROS Xvii
LISTA DE SIGLAS UTILIZADAS NESTE RELATRIOXvii
i
APRESENTAO 1
1. INTRODUO ANTECEDENTES, CONCEPO E PREMISSAS 3
2. SITUAO DOS RECURSOS HDRICOS NO ESTADO DE SO PAULO 5
2.1- Rede Hidrogrfica Paulista 62.1.1 - guas Superficiais 62.1.2 - guas Subterrneas 142.2 - Unidades de Conservao 152.3 - Dinmica Demogrfica e Social 18
2.3.1- Densidade Demogrfica 182.3.2 - Taxa de Urbanizao 192.3.3 - TGCA Taxa Geomtrica de Crescimento Anual 202.3.4 - IPRS ndice Paulista de Responsabilidade Social 212.4 - Demanda e disponibilidade hdricas 222.4.1 - Disponibilidadeper capita de gua superficial Qmdio em relao populaototal
23
2.4.2 - Disponibilidadeper capita de gua subterrnea reservas explotveis em relao populao total
24
2.4.3 - Vulnerabilidade dos Aquferos 262.4.4 - Demanda total outorgada (superficial e subterrnea) 272.4.5 - Demanda por Tipos de Uso 312.4.6 - Demanda versus Disponibilidade 322.5 - Saneamento 382.5.1 - Abastecimento Pblico de gua 382.5.2 - Demanda para Uso Urbano e Demanda Estimada para Abastecimento Urbano 402.5.3 - Efluentes Sanitrios 412.5.4 - ICTEM Indicador de Coleta e Tratabilidade de Esgoto da Populao Urbana dosMunicpios
47
2.5.5 - Resduos Slidos Domiciliares 492.6 - Qualidade das guas 512.6.1 - IQA - ndice de Qualidade de gua 512.6.2 - IAP ndice de Qualidade de guas Brutas para fins de Abastecimento Pblico 542.6.3 - IVA ndice de Qualidade das guas para Proteo da Vida Aqutica 572.6.4 - IET ndice de Estado Trfico 60
2.6.5 - Qualidade das guas Subterrneas 632.6.6 - Balneabilidade de praias litorneas 66
2.7 - Sntese dos Indicadores por UGRHI 67
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SUMRIO
3. AVALIAO DO ANDAMENTO DO PERH 2004-2007 103
3.1 - Investimentos Previstos no Plano Plurianual do Estado de So Paulo (PPA 2008-2011)
104
3.2 - Investimentos em Aes de Recursos Hdricos informados pelas Secretarias deGoverno
105
3.3 - Investimentos Setoriais do Governo do Estado em Aes de Recursos Hdricos,previstos no PERH 2004-2007
110
3.4 - Recomendaes para o PERH 2012-2015 1144. METODOLOGIA DE CONSTRUO DO PACTO INSTITUCIONAL PARA O PERH
2012-2015115
4.1 - Etapa I Contatos Institucionais e Definio da Estrutura do PERH 2012-2015 1174.2 - Etapa II Articulao Regional e Estadual para Definio de Metas e Compromissos 1194.3 - Etapa III Elaborao da Proposta do PERH 2012-2015 121
5. PERH 2012-2015: COMPROMISSOS INSTITUCIONAIS ASSUMIDOS 126
5.1 - Resultados da Pactuao por rea Temtica 1335.1.1 - rea Temtica 1 - Desenvolvimento Institucional e Articulao para Gesto deRecursos Hdricos
134
5.1.2 - rea Temtica 2 Desenvolvimento e Implementao dos Instrumentos deGesto de Recursos Hdricos
141
5.1.3 - rea Temtica 3 Usos Mltiplos e Gesto Integrada de Recursos Hdricos 1495.1.4 - rea Temtica 4 Conservao e Recuperao dos Recursos Hdricos 159
5.1.5 - rea Temtica 5 Educao Ambiental, Desenvolvimento Tecnolgico,Capacitao, Comunicao e Difuso da Informao em Gesto Integrada de RecursosHdricos
168
6. SISTEMTICA DE MONITORAMENTO DO PERH 2012-2015 174
6.1 - Atribuies Legais das Instncias do SIGRH 1746.2 - O Arranjo Institucional do SIGRH e o Monitoramento do PERH 1776.3 - Estratgias de Acompanhamento 1816.3.1 - Fluxograma operacional das aes do PERH 2012-2015 1816.3.2 - Operacionalizao da Base de Dados PERH 2012-2015 1856.4 - Indicadores e Instrumentos de Acompanhamento do PERH 185
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SUMRIO
VOLUME II ANEXOS
ANEXO I A ES PACTUADAS - DEMANDAS ATENDIDAS POR REA TEM TICAANEXO II A ES N O PACTUADAS - DEMANDAS PASS VEIS DE SEREM ANALISADAS POR REA TEMTICAANEXO III - A ES N O PACTUADAS DEMANDAS N O ANALISADAS POR REATEMTICAANEXO IV - AES NO PACTUADAS DEMANDAS EXCLUDAS POR REA TEMTICAANEXO V RESULTADOS DA OFICINA DE PACTUAO DO PERH 2012-2015ANEXO VI REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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ndice de Figuras
Figura 2.1 - Regies Hidrogrficas - Bacias e Unidades de Gerenciamento de Recursos Hdricos doEstado de So Paulo
Fig. 2.2 - Insero do Estado de So Paulo na Diviso Hidrogrfica Nacional
Fig. 2.3- Rede Hidrogrfica do Estado de So Paulo
Fig. 2.4 - Unidades aquferas do Estado de So Paulo
Fig. 2.5 - Inventrio de vegetao nativa do Estado de So Paulo (2008-2009)
Fig. 2.6 - Densidade demogrfica por municpio do Estado de So Paulo em 2010
Fig. 2.7 - Taxa Geomtrica de Crescimento Anual (TGCA) 2000-2010
Fig. 2.8 - ndice Paulista de Responsabilidade Social por municpio no Estado de So Paulo - 2008
Fig. 2.9 - Disponibilidadeper capita nas UGRHI do EstadoFig. 2.10 - Comparativo da disponibilidade superficialper capita (Qmdio em relao populao total),
por UGRHI - 2007 e 2010
Fig. 2.11 - Mapa de guas subterrneas do Estado de So Paulo mostrando os aquferos e suas
potencialidades 2005
Fig. 2.12 - Comparativo da disponibilidade per capita de gua subterrnea (reservas explotveis em
relao populao total), por UGRHI - 2007 e 2010
Fig. 2.13 - Mapa das reas potencialmente crticas para a utilizao da gua subterrnea do Estado de
So Paulo
Fig. 2.14 - Comparativo da demanda total outorgada (m3/s), por UGRHI 2007 e 2010Fig. 2.15 - Comparativo entre a demanda outorgada por tipo de uso, por UGRHI 2010
Fig. 2.16 - Demanda total (superficial e subterrnea) em relao Q 95% - 2007
Fig. 2.17 - Demanda total (superficial e subterrnea) em relao Q 95% - 2010
Fig. 2.18 - Demanda superficial em relao vazo mnima superficial (Q7,10) 2007
Fig. 2.19 - Demanda superficial em relao vazo mnima superficial (Q7,10) 2010
Fig. 2.20 - Demanda subterrnea em relao s reservas explotveis em 2007
Fig. 2.21 - Demanda subterrnea em relao s reservas explotveis em 2010
Fig. 2.22 - ndice de abastecimento pblico de gua nos municpios do Estado de So Paulo 2007
Fig. 2.23 - ndice de abastecimento pblico de gua nos municpios do Estado de So Paulo 2009Fig. 2.24 - Demanda para uso urbano e demanda estimada para abastecimento urbano (m3/s), por
UGRHI 2009
Fig. 2.25 - Proporo de efluente domstico coletado em relao ao total gerado, por municpio do
Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.26 - Proporo de efluente domstico coletado em relao ao total gerado, por UGRHI - 2007
e 2010
Fig. 2.27 Proporo de efluente domstico tratado em relao ao total gerado, por municpio no
Estado de So Paulo 2007
Fig. 2.28 - Proporo de efluente domstico tratado em relao ao total gerado, por municpio doEstado de So Paulo 2010
Fig. 2.29 Proporo de efluente domstico tratado em relao ao total gerado, por UGRHI 2007
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e 2010
Fig. 2.30 - Proporo de reduo da carga orgnica poluidora domstica, por municpio do Estado deSo Paulo 2007
Fig. 2.31 - Proporo de reduo da carga orgnica poluidora domstica, por municpio do Estado de
So Paulo 2010
Fig. 2.32 - Carga orgnica poluidora domstica reduzida e remanescente, por UGRHI - 2007 e 2010
Fig. 2.33 - ICTEM dos municpios do Estado de So Paulo 2008
Fig. 2.34 - ICTEM dos municpios do Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.35 - Proporo de municpios com ICTEM enquadrado como Bom, por UGRHI - 2008 e 2010
Fig. 2.36 - IQR da instalao de destinao final de resduo slido dos municpios do Estado de So
Paulo 2007Fig. 2.37 - IQR da instalao de destinao final de resduo slido dos municpios do Estado de So
Paulo 2010
Fig. 2.38 - Proporo de municpios que depositam resduos slidos domiciliares coletados em aterro
cujo IQR enquadrado como Adequado, por UGRHI - 2007 e 2010
Fig. 2.39 - Evoluo do monitoramento de IQA no Estado de So Paulo 2007 a 2010
Fig. 2.40 - Monitoramento de IQA nas UGRHI das Regies Hidrogrficas do Aguape/Peixe, da Vertente
Paulista do Rio Paranapanema, do Rio So Jos dos Dourados e do Rio Paraba do Sul 2010
Fig. 2.41 - Monitoramento de IQA nas UGRHI da Bacia do Tiet 2010
Fig. 2.42 - Monitoramento de IQA nas UGRHI da Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do RioGrande 2010
Fig. 2.43 - Monitoramento de IQA nas UGRHI da Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea 2010
Fig. 2.44 - Evoluo do monitoramento de IAP no Estado de So Paulo 2007 a 2010
Fig. 2.45 - Monitoramento de IAP nas UGRHI do Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.46 - ndice de Qualidade da gua Bruta para fins de Abastecimento Pblico (IAP) mdias dos
pontos de monitoramento do Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.47 - Evoluo do monitoramento de IVA no Estado de So Paulo 2007 a 2010
Fig. 2.48 - Monitoramento de IVA nas UGRHI do Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.49 - ndice de Qualidade das guas para a Proteo da Vida Aqutica (IVA) mdias dos pontosde monitoramento do Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.50 - Evoluo do monitoramento de IET no Estado de So Paulo 2007 a 2010
Fig. 2.51 - Monitoramento de IET nas UGRHI do Estado de So Paulo 2010
Fig. 2.52 - ndice do Estado Trfico da gua (IET) mdias dos pontos de monitoramento do Estado de
So Paulo 2010
Fig. 2.53 - Rede de monitoramento de qualidade das guas subterrneas
Fig. 2.54 Evoluo do monitoramento das praias nas UGRHI da Regio Geogrfica da Vertente
Litornea 2007 e 2010
Fig. 2.55 Bacia do Rio TietFig. 2.56 - UGRHI 05 Piracicaba, Capivari e Jundia
Fig. 2.57 - UGRHI 06 Alto Tiet
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Fig. 2.58 - UGRHI 10 Sorocaba e Mdio Tiet
Fig. 2.59 - UGRHI 13 Tiet JacarFig. 2.60 - UGRHI 16 Tiet Batalha
Fig. 2.61 - UGRHI 19 Baixo Tiet
Fig. 2.62 - Regio Hidrogrfica Aguape/Peixe
Fig. 2.63 - UGRHI 20 Aguape
Fig. 2.64 - UGRHI 21 Peixe
Fig. 2.65 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema
Fig. 2.66 - UGRHI 14 Alto Paranapanema
Fig. 2.67 - UGRHI 17 Mdio Paranapanema
Fig. 2.68 - UGRHI 22 Pontal do ParanapanemaFig. 2.69 - Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea
Fig. 2.70 - UGRHI 03 Litoral Norte
Fig. 2.71 - UGRHI 07 Baixada Santista
Fig. 2.72 - UGRHI 11 Ribeira de Iguape e Litoral Sul
Fig. 2.73 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Grande
Fig. 2.74 - UGRHI 01 Serra da Mantiqueira
Fig. 2.75 - UGRHI 04 Pardo
Fig. 2.76 - UGRHI 08 Sapuca-Mirim / Grande
Fig. 2.77- UGRHI 09- Mogi-GuauFig. 2.78 - UGRHI 12 Baixo Pardo / Grande
Fig. 2.79 - UGRHI 15 Turvo / Grande
Fig. 2.80 - Regio Hidrogrfica de So Jos dos Dourados
Fig. 2.81 - UGRHI 18 So Jos dos Dourados
Fig. 2.82 - Bacia do Rio Paraba do Sul
Fig. 2.83 - UGRHI 02 Paraba do Sul
Fig. 3.1 - Plano Plurianual 2008-2011
Fig. 4.1 - Fluxograma de avaliao de compromissos e demandas do PERH
Fig. 5.1 Distribuio dos componentes especficos por rea TemticaFig. 5.2 Distribuio dos recursos estimados por rea Temtica
Fig. 5.3 Distribuio dos compromissos assumidos e das demandas atendidas, no analisadas e
passveis de serem atendidas.
Fig. 6.1 Fluxograma operacional das aes do PERH 2012-2015.
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ndice de Tabelas
Tab. 2.1 - Indicadores de Dinmica Demogrfica e Social do Estado de So Paulo 2007 e 2010Tab. 2.2 - Indicadores de disponibilidade e de demanda e respectivos balanos para o Estado de So
Paulo 2007 e 2010
Tab. 2.3 - Volumes outorgados para captao superficial e subterrnea no Estado de So Paulo 2007
e 2010
Tab. 2.4 - Demanda outorgada por tipo de uso, por UGRHI 2010
Tab. 2.5 - Disponibilidade e relao entre demanda e disponibilidade para as UGRHI do Estado de So
Paulo - 2007 e 2010
Tab. 2.6 - Indicadores de saneamento do Estado de So Paulo 2007 e 2010
Tab. 3.1 - Plano Plurianual 2008-2011 - Recursos oramentrios distribudos por SecretariasTab. 3.2 - Distribuio dos Investimentos por Secretaria, perodo e situao (em R$)
Tab. 3.3 - Investimentos e previso oramentria da Secretaria do Meio Ambiente (em R$)
Tab. 3.4 - Investimentos e previso oramentria da Secretaria de Saneamento e Energia (em R$)
Tab. 3.5 - Investimentos e previso oramentria da Secretaria de Sade (em R$)
Tab. 3.6 - Investimentos e previso oramentria da Secretaria da Educao (em R$)
Tab. 3.7 - Investimentos e previso oramentria da Secretaria da Habitao (em R$)
Tab. 3.8 - Investimentos e previso oramentria da Casa Civil (em R$)
Tab. 3.9 - Comparao da previso oramentria do PPA com os investimentos informados pelas Secretarias de
Governo (em R$)Tab. 3.10 - Sntese dos investimentos previstos para o PERH 20042007, segundo as Metas e Cenrios
(em R$)
Tab. 3.11 - Investimentos realizados pelas Secretarias de Governo perodo 2004-2010 (em R$)
Tab. 4.1 - Participantes das reunies para atualizao do PERH - por segmento
Tabela 5.1 Resumo das Pactuaes PERH 2012-2015
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ndice de Quadros
Quadro 2.1 - Bacia do Rio Paraba do SulQuadro 2.2 Quadro - Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea
Quadro 2.3 - Regio Hidrogrfica do Rio Tiet
Quadro 2.4 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema
Quadro 2.5 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Grande
Quadro 2.6 - Regio Hidrogrfica Aguape-Peixe
Quadro 2.7 - Regio Hidrogrfica de So Jos dos Dourados
Quadro 2.8 - Unidades de Conservao do Estado de So Paulo
Quadro 2.9 Bacia do Rio Tiet
Quadro 2.10 Regio Hidrogrfica Aguape/PeixeQuadro 2.11 Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema
Quadro 2.12 - Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea
Quadro 2.13 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Grande
Quadro 2.14 - Regio Hidrogrfica de So Jos dos Dourados
Quadro 2.15 Bacia do Rio Paraba do Sul
Quadro 4.1 Classificao das propostas apresentadas
Quadro 4.2. Propostas apresentadas no processo de elaborao do PERH 2012-2015
Quadro 5.1 Caracterizao dos PDC
Quadro 5.2 - Relao entre os componentes prioritrios e os PDCQuadro 5.3 Sntese dos Componentes Especficos - rea Temtica 1- Desenvolvimento Institucional e
Articulao para Gesto de Recursos Hdricos
Quadro 5.4 - rea Temtica 1 Desenvolvimento Institucional e Articulao para a Gesto dos
Recursos Hdricos Compromissos Assumidos
Quadro 5.5 - Sntese dos Componentes Especficos - rea Temtica dois Desenvolvimento e
Implementao dos Instrumentos de Gesto de Recursos Hdricos
Quadro 5.6. rea Temtica 2 Desenvolvimento e Implementao de Instrumentos de Gesto dos
Recursos Hdricos Compromissos Assumidos
Quadro 5.7 Sntese dos Componentes Especficos rea Temtica trs: Usos Mltiplos e GestoIntegrada de Recursos Hdricos
Quadro 5.8. rea Temtica 3 - Usos Mltiplos e Gesto Integrada de Recursos Hdricos Compromissos
Assumidos Recursos Hdricos
Quadro 5.9 Sntese dos Componentes Especficos rea Temtica 4 Conservao e Recuperao de
Recursos Hdricos
Quadro 5.10. rea Temtica 4 Conservao e Recuperao de Recursos Hdricos Compromissos
Assumidos
Quadro 5.11 Sntese dos Componentes Especficos rea Temtica 5 Educao Ambiental,
Desenvolvimento Tecnolgico, Capacitao, Comunicao e Difuso de Informao em GestoIntegrada de Recursos Hdricos
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LISTA DE SIGLAS UTILIZADAS NESTE RELATRIO
ANA Agncia Nacional de guasAPA rea de Proteo Ambiental
APRM rea de Proteo e Recuperao de Mananciais
CATI Coordenadoria de Assistncia Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado
de So Paulo
CBH Comit de Bacia Hidrogrfica
CBH ALPA - Comit da Bacia Hidrogrfica do Alto Paranapanema
CBH AP Comit das Bacias Hidrogrficas dos Rios Aguape e Peixe
CBH AT - Comit da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet
CBH BPG - Comit da Bacia Hidrogrfica do Baixo Pardo/GrandeCBH BS - Comit da Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista
CBH BT - Comit da Bacia Hidrogrfica do Baixo Tiet
CBH LN - Comit da Bacia Hidrogrfica do Litoral Norte
CBH- Mogi Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Mogi Guau
CBH MP - Comit da Bacia Hidrogrfica do Mdio Paranapanema
CBH- Pardo Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Pardo
CBH PCJ - Comit das Bacias Hidrogrficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia
CBH PP Comit da Bacia Hidrogrfica do Pontal do Paranapanema
CBH PS - Comit das Bacias Hidrogrficas do Rio Paraba do SulCBH RB - Comit da Bacia Hidrogrfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul
CBH SJD - Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio So Jos dos Dourados
CBH SM - Comit das Bacias Hidrogrficas da Serra da Mantiqueira
CBH SMG - Comit da Bacia Hidrogrfica do Sapuca Mirim/Grande
CBH SMT - Comit das Bacias Hidrogrficas dos Rios Sorocaba e Mdio Tiet
CBH TB - Comit da Bacia Hidrogrfica do Tiet/Batalha
CBH TG - Comit da Bacia Hidrogrfica Turvo/Grande
CBH TJ - Comit da Bacia Hidrogrfica do Tiet/Jacar
CBRN Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais da Secretaria de Estado do MeioAmbiente
CEDEC Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
CETESB - Companhia Ambiental do Estado de So Paulo
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hdricos
CORHI Comit Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hdricos
CPLA Coordenadoria de Planejamento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
CRH Conselho Estadual de Recursos Hdricos
CRHi Coordenadoria de Recursos Hdricos da Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hdricos
CVS Centro de Vigilncia SanitriaDAEE Departamento de guas e Energia Eltrica
EMAE - Empresa Metropolitana de guas e Energia
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EMPLASA Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.
ETA Estao de Tratamento de guaETE Estao de Tratamento de Esgotos
FCRFundao Christiano Rosa
FEHIDRO Fundo Estadual de Recursos Hdricos
FIESP - Federao das Indstrias do Estado de So Paulo
FUNDAP Fundao do Desenvolvimento Administrativo
IAA ndice de Atendimento com Abastecimento de gua
IAE - ndice de Atendimento de Coleta (de esgoto)
IG Instituto Geolgico do Estado de So Paulo
IPT Instituto de Pesquisas TecnolgicasITEC ndice de Tratamento de Esgoto Coletado
IQR ndice de Qualidade de Aterro de Resduos
IQUS ndice de Qualidade do Uso do Solo
ONG Organizaes no Governamentais
PBH Plano de Bacia Hidrogrfica
PCH Pequena Central Eltrica
PDC Programa de Durao Continuada
PEH - Plano Estadual de Habitao
PERH Plano Estadual de Recursos HdricosPMA Programa Metropolitano de gua
PNRH Plano Nacional de Recursos Hdricos
PPA - Plano Plurianual
PPDC Planos Preventivos de Defesa Civil
RMSP Regio Metropolitana de So Paulo
SAA Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo
SABESP Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo
SAEE Servio Autnomo de gua e Esgoto
SEE Secretaria Estadual da EducaoSDM - Secretaria Estadual de Desenvolvimento Metropolitano
SES Secretaria Estadual da Sade
SIGRH Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos
SMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente
SNIS Sistema Nacional de Informaes sobre o Saneamento
IBt Instituto de Botnica da Secretaria Estadual do Meio Ambiente
SE Secretaria Estadual de Energia
SSRH Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hdricos
UGRHI - Unidade de Gerenciamento de Recursos HdricosUC Unidade de Conservao
UCPRMC Unidade de Coordenao do Projeto de Recuperao de Matas Ciliares
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APRESENTAO
O presente documento apresenta as atividades executadas e os produtos alcanados nas
diferentes etapas de elaborao do Plano Estadual de Recursos Hdricos - PERH 2012-2015,
apresentando as premissas que nortearam o trabalho, a metodologia utilizada, a articulao
realizada para o estabelecimento de compromissos institucionais, a sistematizao dos
resultados e a estratgia de monitoramento e apoio implementao. Os resultados aqui
apresentados subsidiaram a elaborao da minuta do Projeto de Lei do PERH 2012-2015,
bem como das ferramentas de acompanhamento da implementao do Plano, com base nos
indicadores estabelecidos para as metas institucionalmente pactuadas.
O Captulo 1 traz a Introduo, na qual se apresenta a delimitao e o foco da atualizao do
PERH 2004-2007, assim como a estratgia e premissas metodolgicas para construo do
PERH 2012-2015 como um Pacto Institucional.
O Captulo 2 trata do Diagnstico da Situao dos Recursos Hdricos no Estado de So Paulo,
apresentando, a partir de dados e informaes atualizados, a situao da disponibilidade
hdrica, da qualidade das guas e do saneamento, no Estado e nas suas 22 Unidades de
Gerenciamento de Recursos Hdricos - UGRHI, alm de outros aspectos relevantes para a
gesto de recursos hdricos.
O Captulo 3 apresenta a anlise da implementao do PERH 2004-2007, procurando
estabelecer a correlao entre os investimentos previstos neste instrumento e aqueles
constantes do Plano Plurianual de Investimentos PPA do Estado de So Paulo ou em aes
voltadas aos recursos hdricos, informadas pelas Secretarias de Estado.
O Captulo 4 descreve, de forma detalhada, a metodologia de construo do Pacto
Institucional para o PERH 2012-2015, apresentando as etapas deste processo, as estratgias
de articulao institucional para efetivar os compromissos institucionais, os instrumentos e os
mecanismos utilizados para consolidao das informaes.
O Captulo 5 apresenta o conjunto de compromissos institucionais que passam a constituir as
metas do PERH 2012-2015, detalhados por rea Temtica, indicando responsveis pela
execuo, recursos financeiros previstos, prazos e indicadores de acompanhamento.
O Captulo 6 dedicado proposta da sistemtica de monitoramento do PERH 2012-2015,
resultante da Oficina de Pactuao realizada com os integrantes do Sistema Integrado de
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Gerenciamento de Recursos Hdricos SIGRH que participaram do processo de atualizao
do PERH.
Como parte integrante deste documento, constam seis anexos com as seguintes referncias:
I Aes Pactuadas - Demandas atendidas; II Aes no pactuadas - passveis de serem
analisadas; III Aes no pactuadas - demandas no analisadas; IV Aes no pactuadas
- demandas excludas; V Resultados da Oficina de Pactuao do PERH 2012-2015; e VI
Referncias Bibliogrficas.
Considera-se que as aes dos anexos II, III e IV sero importantes na continuidade do
PERH, como indicativas das necessidades do SIGRH, sinalizando prioridades para a ampliao
do Pacto Institucional durante a fase de implementao do Plano.
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1. INTRODUO ANTECEDENTES, CONCEPO E PREMISSAS
No Estado de So Paulo, a Poltica Estadual de Recursos Hdricos, instituda pela Lei n
7.663/1991 estabelece a descentralizao, a participao e a integrao como princpios para
a elaborao do Plano Estadual de Recursos Hdricos. O primeiro Plano de Recursos Hdricos
do Estado de So Paulo foi aprovado em 1990, antes da aprovao da Lei estadual, e se
encontra em sua 5 verso, para o quadrinio 2004/2007.
A edio do PERH 2004-2007 significou um grande avano no processo interativo medida
que estabeleceu metas estratgicas e gerais, um programa de investimentos em trs
cenrios (desejvel, recomendado e provvel) e a atualizao dos programas a serem
desenvolvidos. Ainda props uma srie de indicadores para acompanhamento da
implementao do Plano, buscando alinh-lo com a estrutura do Plano Plurianual do Estado,
alm de diretrizes para a elaborao dos Planos de Bacias e Relatrios de Situao.
Da aprovao do PERH 2004-2007 para a data atual, foram elaborados e/ou atualizados os
Planos de Bacias das 22 UGRHI, alm dos Relatrios de Situao dos Recursos Hdricos no
Estado e nas UGRHI referentes aos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. Tal quadro orientou a
proposta de, a partir do levantamento do programa de investimentos do PERH 2004-2007,proceder reviso das aes, programas e projetos ento propostos, em conjunto com os
colegiados e as instituies executoras, de modo a obter-se um planejamento configurado
por aes pactuadas e possveis de serem realizadas.
O estabelecimento de pactos tem se caracterizado como uma significativa estratgia
institucional para articular e integrar diferentes polticas pblicas no enfrentamento de uma
determinada problemtica ou interveno de carter intersetorial e transversal.
A diretriz mais expressiva que orienta este processo o estabelecimento de compromissosde todos os entes pblicos envolvidos nos diferentes nveis (municipal, estadual e federal),
assim como da sociedade civil organizada, que tenham interface com os temas ou questes
objetos do referido Pacto Social. A principal justificativa para o estabelecimento desta
estratgia a constatao de que tem sido praticamente impossvel uma instituio, ou
mesmo um setor pblico, isoladamente, implementar polticas de carter multisetorial, tais
como saneamento, recursos hdricos, meio ambiente, entre outras, sem o compromisso
efetivo dos demais intervenientes.
Assim, a atualizao do PERH 2004-2007 para o perodo 2012-2015 considerou que:
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os estudos hidrolgicos e os prognsticos apresentados no PERH 2004-2007 ainda eramvlidos e que a atualizao destas informaes vinha sendo conseguida por meio dos
relatrios de situao;
os Planos de Bacias, elaborados e/ou atualizados em 2008 para todas as UGRHIconstituam-se em instrumentos importantes para se avaliar a assimilao das
diretrizes e metas previstas no PERH 2004-2007, em cada uma das bacias;
o conjunto de programas e aes que passaro a constituir o PERH 2012-2015 deverindicar metas, prazos, fonte de recursos, instituies responsveis e indicadores de
acompanhamento, pois o objetivo maior garantir sua implementao.
Tal quadro orientou a proposta de, a partir do levantamento do programa de investimentos
do PERH 2004-2007, proceder reviso das aes, programas e projetos ento propostos,
em conjunto com os colegiados e as instituies executoras, de modo a obter-se um
planejamento configurado por aes pactuadas e passveis de serem realizadas.
A opo metodolgica foi efetivar a atualizao do PERH, por meio de um processo de
intensa articulao com instituies e entidades envolvidas na sua implementao e a
participao ativa dos Comits de Bacias, buscando identificar a correlao entre seus Planos
de Bacias e o PERH. Consolidando todo este processo, buscou-se o estabelecimento de um
Pacto Institucional.
Portanto, em termos metodolgicos, para a elaborao do PERH 2012-2015, observaram-se
algumas premissas, a saber:
o dilogo entre os diferentes setores da sociedade como forma de construo de umaviso integrada, democrtica e sustentvel social, poltica e ambientalmente;
o respeito e o fortalecimento das instncias de participao social integrantes doSIGRH, e a garantia da representatividade no processo de tomada de deciso;
a promoo do dilogo e a construo de consensos sociais sobre os objetivos e metasa serem alcanados;
o estabelecimento de compromissos nos diferentes nveis do setor pblico, dasinstncias do SIGRH e das entidades da sociedade civil, constituindo-se no conjunto de
programas e aes do PERH 2012-2015.
Estas premissas foram respeitadas durante todo o processo de atualizao do PERH 2012-
2015 e resultaram na significativa participao de rgos pblicos, entidades da sociedade
civil e colegiados do SIGRH, representando os mais diferentes setores e segmentos, que se
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comprometeram com um conjunto expressivo de aes, programas e projetos, buscando
garantir a intersetorialidade necessria gesto de recursos hdricos.
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2. SITUAO DOS RECURSOS HDRICOS NO ESTADO DE SO PAULO
O presente diagnstico aborda, de forma concisa, a situao atual do Estado de So Paulo
quanto aos recursos hdricos, apresentando o quadro de referncia que orientou a formulao
de propostas para o PERH 2012-2015. Ao mesmo tempo, rene informaes estratgicas para
acompanhar os resultados da implementao das aes pactuadas ao longo da elaborao do
Plano, nos prximos quatro anos.
A caracterizao e o diagnstico das principais questes relacionadas aos recursos hdricos
tm como base o levantamento da informao disponvel, em especial aquela reunida nos
relatrios de Situao dos Recursos Hdricos no Estado de So Paulo, os quais, atravs de
metodologia desenvolvida especificamente para esse fim, constituem a principal ferramenta
para acompanhar a evoluo do estado das guas no territrio paulista.
2.1 - Rede Hidrogrfica Paulista
2.1.1 - guas Superficiais
A rede hidrogrfica paulista estruturada por duas grandes reas de drenagem, constitudas
a partir do divisor de guas da Serra do Mar. Assim, por um lado, tem-se a rea de drenagem
do Rio Paran, cujos afluentes principais so os rios Tiet e Paranapanema, e, de outro, um
conjunto de bacias cujos rios desguam no litoral, de que so exemplos os rios Paraba do Sul
e Ribeira de Iguape. Os rios Paranapanema, Paraba do Sul e Ribeira de Iguape, bem como o
Rio Grande, formador do Rio Paran, no se desenvolvem exclusivamente em territrio
paulista, tendo seu percurso compartilhado por outros Estados da Federao: Minas Gerais
(Rio Grande), Rio de Janeiro (Rio Paraba do Sul) e Paran (rios Paranapanema e Ribeira de
Iguape).
A estrutura da rede hidrogrfica paulista constitui a base da regionalizao do Estado para
efeito de planejamento e gerenciamento de recursos hdricos, a qual utiliza a bacia
hidrogrfica como unidade fsico-territorial de referncia. A adoo da bacia hidrogrfica como
unidade de planejamento remonta elaborao do 1 Plano Estadual de Recursos Hdricos
(Decreto n 32.954/1991), quando foram institudas 21 Unidades Hidrogrficas de
Gerenciamento de Recursos Hdricos UGRHI. J em 1994, com a aprovao do Plano
Estadual de Recursos Hdricos para o perodo 1994/95, pela Lei estadual n 9.034/1994, essa
diviso foi reformulada e, desde ento, passaram a serem adotadas 22 UGRHI. A fig. 2.1
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apresenta a diviso hidrogrfica do Estado de So Paulo, organizada a partir de Regies
Hidrogrficas e UGRHI.
Fig. 2.1 - Regies Hidrogrficas - Bacias e Unidades de Gerenciamento de Recursos Hdricos do Estado
de So Paulo. Fonte: SSRH/CRHi, 2011b
A regionalizao paulista tem correspondncia, na diviso hidrogrfica nacional, com as
unidades de planejamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos
(fig. 2.2), estabelecidas pela Resoluo CNRH n 32/2003, pela qual as 22 UGRHI paulistas
encontram-se inseridas nas Bacias do Rio Paran e do Atlntico Sudeste.
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Fig. 2.2 - Insero do Estado de So Paulo na Diviso HidrogrficaNacional. Fonte: adaptado de MMA/SRH, 2006a
A Regio Hidrogrfica do Atlntico Sudeste formada pelas bacias hidrogrficas dos rios
que desguam no litoral sudeste brasileiro, do norte do Esprito Santo ao norte do Paran.
Com 32% da populao nacional, apresenta o maior desenvolvimento econmico do Pas.
Uma rea de 879.860 km abrange os Estados de So Paulo (25%), Paran (21%), Mato
Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Gois (14%), Santa Catarina (1,5%) e Distrito
Federal (0,5%), drenando uma das mais expressivas regies brasileiras, destacada pelo
elevado contingente populacional, pelo significativo parque industrial e pela diversidade
econmica.
Abrange parte da regio leste e da Zona da Mata mineiras e, drenando guas das bacias dos
rios Doce e Paraba do Sul, respectivamente, abraa praticamente todo o Estado do Esprito
Santo, exceo da Bacia do Rio So Mateus ao norte, todo o Estado do Rio de Janeiro,grande parte do litoral paulista, do Litoral Norte Baixada Santista e Litoral Sul, alm das
vertentes paranaenses do rio Ribeira do Iguape, ainda preservadas e de raras belezas
cnicas.
So quatro as UGRHI paulistas nela compreendidas, englobadas pela Bacia do Rio Paraba do
Sul (Quadro 2.1) e pela Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea Paulista. O Rio Paraba do
Sul constitui um rio de domnio da Unio, cuja bacia se estende entre os Estados de So
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Formado pela confluncia dos rios Paraibuna e
Paraitinga, nasce no Estado de So Paulo a cerca de 20 km do Oceano Atlntico, percorrendo
uma extenso de cerca de 600 km e, posteriormente, cerca de 900 km antes de desembocar
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no mesmo Oceano, em Atafona, distrito do Municpio de So Joo da Barra, no Estado do Rio
de Janeiro.
Quadro 2.1 - Bacia do Rio Paraba do Sul. Fonte: SSRH/CRHi, 2011b e SEADE, 2011
A Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea do Estado de So Paulo (Quadro 2.2) ocupa umarea de 21.389 km, com aproximadamente 880 km de linha de costa. A regio apresenta
particularidades em relao a todas as outras regies hidrogrficas do Estado de So Paulo,
uma vez que o principal aspecto de unio se d justamente pela interao das bacias
hidrogrficas com o Oceano Atlntico.
Quadro 2.2 - Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea. Fonte: SSRH/CRHi, 2011b e SEADE, 2011
A Regio Hidrogrfica do Paran, a terceira mais extensa do Brasil, apresenta 879.860 km,
equivalentes a 10,3% do territrio nacional. Compreende o trecho brasileiro de uma dasunidades hidrogrficas da Bacia do Rio da Prata, o Alto Paran, a qual corresponde rea de
drenagem da Bacia do rio Paran at a foz, este do rio Iguau, na trplice fronteira Brasil
Argentina Paraguai (59% da Bacia do Rio Paran e 29% da Bacia do Rio da Prata).
Estende-se por sete unidades da Federao: So Paulo (24,1%), Paran (20,9%), Mato
Grosso do Sul (19,3%), Minas Gerais (18%), Gois (16,1%), Santa Catarina (1,2%) e
Distrito Federal (0,4%). (MMA/SRH, 2006b).
Nesta regio hidrogrfica esto inseridas 18 UGRHI paulistas, as quais compem a Bacia do
Rio Tiet, a Vertente Paulista do Rio Paranapanema, a Vertente Paulista do Rio Grande, alm
das vertentes dos rios Aguape, Peixe e So Jos dos Dourados.
UGRHIrea de drenagem
2006Populao
2011Principais rios
02-PS 14.444 km2 1.992.381 hab.Rios Paraibuna, Paraitinga, Jaguari, Una, Buquira/Ferro,Emba/Piquete, Bocaina e Pitangueiras/Itagaaba
Bacia do Rio Paraba do Sul
UGRHIrea de drenagem
2006Linha de Costa
2006Populao
2011Principais rios
03-LN 1.948 km2460,17 km ( litoral) e
245,26 km (ilhas costeiras)281.245 hab. Rios Pardo, Camburu, So Francisco,
Grande e Itamambuca
07-BS 2.818 km2245,58 km ( litoral) e
45,2 km ( ilhas costeiras)1.662.392 hab.
Rios Cubato, Mogi, Quilombo,Jurubatuba, Itapanha, Guaratuba,Mamb, Aguape, Preto, Guara e Branco
11-RB 17.068 km2158,05 km ( litoral) e
110,45 km (ilhas costeiras)365.136 hab.
Rios Ribeira, Aungui, Capivari, Pardo,Turvo, Juqui, So Loureno, Jacupiranga,Itapirapu, Una, Aldeia e Itariri
Regio Hidrogrfica da Vertente Litornea
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O Tiet o rio de maior extenso do Estado de So Paulo e sua bacia (Quadro 2.3)apresenta rea de aproximadamente 73.400 km, percorrendo apenas terras paulistas, no
sentido leste-oeste, em uma extenso de aproximadamente 1.100 km. Nasce nas escarpas
da Serra do Mar, a 22 km do litoral, no municpio de Salespolis e sua foz localiza-se no rio
Paran, na fronteira com o Estado de Mato Grosso do Sul, no municpio de Itapur.
Quadro 2.3 - Regio Hidrogrfica do Rio Tiet. Fonte: SSRH/CRHi, 2011b e SEADE, 2011
O Rio Paranapanema o divisor natural dos territrios dos Estados do Paran e de So Paulo
e sua extenso de aproximadamente 929 km, nascendo no Estado de So Paulo, na Serra
Agudos, e desenvolvendo-se no sentido leste-oeste at sua foz no Rio Paran. A Regio
Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema (Quadro 2.4) abrange a poro da
bacia situada no Estado de So Paulo, perfazendo uma rea de drenagem de 50.833 km.
Quadro 2.4 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema. Fonte: SSRH/CRHi,2011b e SEADE, 2011
UGRHIrea de drenagem
2006Populao
2011 Principais rios
05-PCJ 14.178 km2 5.073.194 hab.Rios Atibaia, Atibainha, Cachoeira, Camanducaia, Capivari,Corumbata, Jaguari, Jundia e Piracicaba
06-AT 5.868 km2 19.505.784 hab.Rios Tiet, Pinheiros, Tamanduate, Claro, Paraitinga, Jundia,Biritiba-Mirim e Taiaupeba
10-SMT 11.829 km2 1.842.805 hab.Rios Sorocaba, Tiet, Sorocabuu, Sorocamirim, Pirajibu,Jundiuvira, Murundu, Sarapu, Tatu, Guarap, MacacosRibeires Peixe, Alambari, Capivara e Araqu
13-TJ 11.779 km2 1.479.207 hab. Rios Tiet, Jacar-Guau e Jacar-Pepira
16-TB 13.149 km2 511.421 hab.Rios Tiet, Dourado, So Loureno e BatalhaRibeiro dos Porcos
19-BT 15.588 km2 752.852 hab.
Rios Tiet, Paran, gua Fria, Rio das Oficinas, dos PatosRibeires Santa Brbara, dos Ferreiros, Mato Grosso, Lajeado
e BaguauCrrego dos Baixotes
Bacia do Rio Tiet
UGRHIrea de drenagem
2006Populao
2011 Principais rios
14-ALPA 22.689 km 721.587 hab.Rios Santo Incio, Jacu, Guare, Itapetininga, Turvo, Itarar,Taquari, Apia-Au, Paranapitanga e Almas
17-MP 16.749 km2 665.487 hab. Rios Capivara, Novo, Pari, Pardo e Turvo
22-PP 12.395 km2 478.443 hab. Rios Santo Anastcio, Paranapanema e Paran
Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema
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Na Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Grande (Quadro 2.5), parte do Rio
Grande constitui-se em um divisor natural dos territrios dos Estados de So Paulo e Minas
Gerais, e sua bacia hidrogrfica abrange rea de drenagem de 143.437,79 km, dos quais
57.092,36 km (39,8%) encontram-se no territrio do Estado de So Paulo e 86.345,43 km
(60,2%) no Estado de Minas Gerais, onde se localiza sua nascente, no municpio de Bocaina.
Percorrendo cerca de 1.300 km, desgua no Rio Paran entre os municpios de Santa Clara
do Oeste (SP) e Carneirinho (MG).
Quadro 2.5 - Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Grande. Fonte: SSRH/CRHi, 2011be SEADE, 2011
A Regio Hidrogrfica Aguape/Peixe (Quadro 2.6) apresenta rea de drenagem de 23.965
km. O Rio Aguape, principal curso dgua da Bacia do Rio Aguape, tem extenso
aproximada de 420 km at sua foz no Rio Paran, sendo formado pelo Rio Feio, que nasceentre as cidades de Glia e Presidente Alves, e pelo Rio Tibiri, que nasce junto cidade de
Gara. O Rio do Peixe nasce na Serra dos Agudos, percorrendo uma extenso de 380 km e
desembocando tambm no Rio Paran.
UGRHIrea de drenagem
2006Populao
2011 Principais rios
02-SM 675 km2 64.710 hab.Rios Sapuca-Mirim, Prata, Sapuca-Guau e CapivariRibeires Inocncio, Cachoeira, Lajeado, Melos, Paiol Velho,Paiol Grande, Bernardos
04-PARDO 8.993 km2 1.106.667 hab.Rios Pardo, Canoas, Araraquara, Ribeiro So Pedro, Tamba,Verde e FarturaRibeires Floresta, Prata e Tamandu
08-SMG 9.125 km2 669.998 hab.Rios Sapuca-Mirim, Canoas, Carmo, GrandeRibeiro Bagres
09-MOGI 15.004 km2 1.448.886 hab. Rios Mogi-Guau, Peixe e Jaguari-Mirim
12-BPG 7.239 km2 332.862 hab.
Rios Grande, Pardo, Velho, das PerdizesRibeires Agudo, Indai, Rosrio, Baranho, Areias, dasPitangeiras, do Turvo, das Palmeiras, Santana, Anhumas,Crregos Sucuri, Cruzeiro, gua Limpa, Jacar, do Barro Preto,das Pedras
15-TG 15.925 km2 1.232.939 hab.Rios Turvo, Grande, So Domingos, Cachoeirinha e PretoRibeiro da Ona
Regio Hidrogrfica da Vertente Paulista do Rio Grande
UGRHIrea de drenagem
2006Populao
2011Principais rios
20-AGUAPE 13.196 km2 364.060 hab.Rios Aguape e TibiriRibeires Cainguangues e Marrecas
21-PEIXE 10.769 km2 447.571 hab.Rios do Peixe e da GaraRibeires Mandaguari e Veado
Regio Hidrogrfica Aguape/Peixe
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Quadro 2.6 - Regio Hidrogrfica Aguape-Peixe. Fonte: SSRH/CRHi, 2011b e SEADE, 2011
A Regio Hidrogrfica de So Jos dos Dourados (Quadro 2.7) constitui-se pelo Rio So Jos
dos Dourados, cuja nascente localiza-se no municpio de Mirassol, e seus tributrios, alm de
reas drenadas diretamente para o Rio Paran, situadas na poro oeste da bacia. Possui
rea de 6.805,20 km, dos quais 365,9 km correspondem a reas cobertas pelas guas do
reservatrio de Ilha Solteira, no Rio Paran. A regio hidrogrfica limita-se com o Estado do
Mato Grosso do Sul a oeste, separando-se deste por meio do Rio Paran.
Quadro 2.7 - Regio Hidrogrfica de So Jos dos Dourados. Fonte: SSRH/CRHi, 2011b e SEADE, 2011
UGRHIrea de drenagem
2006Populao
2011Principais rios
18-SJD 6.783 km2 224.056 hab. Rios So Jos dos Dourados e Paran
Regio Hidrogrfica de So Jos dos Dourados
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Fig. 2.3- Rede Hidrogrfica do Estado de So Paulo. Elaborado por SSRH/CRHi/DGRH, 2011
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2.1.2 - guas Subterrneas
Os aquferos do Estado de So Paulo esto classificados em dois grandes grupos: os sistemas
aquferos Sedimentares (Furnas, Tubaro, Guarani, Bauru, Taubat, So Paulo, Litorneo) e
os sistemas aquferos Fraturados (Pr-Cambriano, Pr-Cambriano Crstico, Serra Geral e
Serra Geral Intrusivas), conforme apresentado na fig. 2.4. A unidade Passa Dois, por suas
caractersticas predominantemente permeveis, em escala regional, no considerada um
aqufero e sim um aquiclude. Entre os aquferos sedimentares, o Guarani, o Bauru e o
Taubat, tm sua importncia associada produtividade, sendo muito utilizados no
abastecimento pblico.
Fig. 2.4 - Unidades aquferas do Estado de So Paulo. Fonte: Iritani e Esaki, 2009
O Aqufero Bauru ocorre em quase toda a poro oeste do Estado de So Paulo, ocupando
uma rea aproximada de 96.880 km. Abrangendo as UGRHI 09-MOGI, 12-BPG, 13-TJ, 15-
TG, 16-TB, 17-MP, 18-SJD, 19-BT, 20-AGUAPE, 21-PEIXE e 22-PP, o aqufero que
abastece, total ou parcialmente, o maior nmero de municpios no Estado. Limita-se com o
rio Paran a oeste e noroeste, com o rio Grande a norte, e com o rio Paranapanema e reas
de afloramento da Formao Serra Geral a sul e a leste. Os rios Paran e Paranapanema so
os principais exutrios de gua do sistema.
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O Aqufero Guarani, considerado o maior manancial de gua doce subterrnea
transfronteirio do mundo, ocorre em 76% do territrio paulista. Apresenta uma rea deafloramento de cerca de 16.000 km, inserida na Depresso Perifrica. Suas reas de
recarga se localizam tanto nas reas de afloramento, atravessadas pelos rios Tiet,
Piracicaba, Mogi-Guau, Pardo e Paranapanema, entre outros, como nas zonas de fissuras
dos basaltos da Formao Serra Geral, que confinam o aqufero na parte Oeste do Estado.
Nesta regio, as guas do Aqufero Guarani abastecem cidades importantes como So Jos
do Rio Preto, Presidente Prudente, Marlia e Araatuba.
O Aqufero Taubat est localizado no vale do Rio Paraba do Sul, na poro leste do Estado
de So Paulo, ocupando uma rea aproximada de 2.340 km. O Rio Paraba do Sul a
principal rea de descarga natural das guas do aqufero. A regio importante eixo
econmico entre So Paulo e Rio de Janeiro, abrangendo cidades de mdio a grande porte,
como So Jos dos Campos, Jacare, Taubat e Aparecida.
O Aqufero Serra Geral estende-se por toda a regio Oeste e central do Estado, entre o
Aqufero Bauru e o Aqufero Guarani. Abrange importantes municpios como Ourinhos, So
Carlos, Sertozinho, Ribeiro Preto, So Joaquim da Barra e Franca, apresentando uma rea
de afloramento de cerca de 20.000 km.
2.2 - Unidades de Conservao
Grande parte da vegetao nativa ainda existente no Estado de So Paulo est localizada no
litoral e composta pela Mata Atlntica e por manguezais. As UGRHI 03-LN, 07-BS e 11-RB
apresentam as maiores propores de rea coberta pela vegetao nativa. Em termos
absolutos, a maior extenso contnua de vegetao nativa est principalmente na UGRHI 11-
RB, que tambm concentra o maior nmero de unidades de conservao de proteo integral
do Estado. O Cerrado, que preenchia o interior do Estado de So Paulo, j se apresentaquase inexistente e, assim como outras formaes vegetais nativas, est pulverizado em
pequenos fragmentos.
Em nove UGRHI do Estado, todas na poro oeste, a rea coberta por vegetao nativa
representa menos de 10% da rea total. Quatro UGRHI do Estado no possuem unidades de
conservao de proteo integral. A Figura 2.5 apresenta os remanescentes de vegetao
nativa no Estado de So Paulo (2008-2009) e o Quadro 3.8 apresenta as Unidades de
Conservao do Estado de So Paulo.
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Fig. 2.5 - Inventrio de vegetao nativa do Estado de So Paulo (2008-2009). Fonte: SMA/IF, 2010
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Quadro 2.8 Unidades de Conservao do Estado de So Paulo. Fonte: SMA/FF, 2008 e2009 e MMA/ICMBio, 2011
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2.3 - Dinmica Demogrfica e Social
Tab. 2.1 - Indicadores de Dinmica Demogrfica e Social do Estado de So Paulo 2007 e 2010
Fonte: SEADE, 2007 e SEADE, 2010
2.3.1 - Densidade Demogrfica
Fig. 2.6 - Densidade demogrfica por municpio do Estado de So Paulo em 2010. Fonte:SEADE, 2010
No perodo de 2007 a 2010, o Estado de So Paulo registrou variao da densidade
demogrfica de cerca de 160 habitantes/km para 166 habitantes/ km, sendo que, nos
Parmetro 2007 2010
Densidade Demogrfica 160,62 hab/km2 166,10 hab/km2
Taxa de Urbanizao 93,7% 95,9%
2000-2007 2000-2010
1,5% 1,09%Taxa Geomtrica de Crescimento Anual
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quatro anos, em torno de 82% dos municpios situaram-se em patamar inferior s
respectivas mdias estaduais (fig. 2.6).
As maiores densidades ocorreram nas trs regies metropolitanas do Estado So Paulo,
Campinas e Baixada Santista e em dois polos industriais regionais Ribeiro Preto e So
Jos dos Campos. Neste contexto, destacam-se as UGRHI 06-AT, 05-PCJ e 07-BS, onde so
registradas as maiores densidades do Estado (at 12.600 habitantes/km). Vale notar que,
embora detenham valores absolutos elevados, o ritmo de adensamento no interior dessas
regies vem se mostrando maior nos municpios do entorno do que em suas reas centrais.
2.3.2 - Taxa de Urbanizao
O Estado de So Paulo possui uma taxa de urbanizao comparvel s regies mais
desenvolvidas do mundo, sendo que o fenmeno da urbanizao mais acentuado nos
municpios das UGRHI mais populosas, e classificadas como Industrial ou em
Industrializao: 05-PCJ, 06-AT, 09-MOGI, assim como em duas UGRHI litorneas: 03-LN,
07-BS.
Em 2007 a taxa de urbanizao do Estado era de 93,70%, passando a 95,9% em 2010, ou
seja, cerca de 40 milhes de habitantes esto residindo em reas urbanas (tab. 2.1). Nos
quatro anos analisados, cerca de 4,0% dos municpios do Estado apresentaram uma taxa de
urbanizao inferior a 50%, sendo que as UGRHI 11-RB, 02-PS e 10-SMT, foram as que
apresentaram o maior nmero de municpios com baixo grau de urbanizao.
Entre 2007 e 2010, o percentual de municpios que apresentaram taxa de urbanizao
superior mdia do Estado oscilou entre 20 e 26%. Esses municpios localizam-se,
principalmente, nas UGRHI 03-LN, 07-BS, 06-AT.
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2.3.3 - TGCA - Taxa Geomtrica de Crescimento Anual
Fig. 2.7 - Taxa Geomtrica de Crescimento Anual (TGCA) 2000-2010. Fonte: SEADE, 2010
A TGCA do Estado em 2007 foi de 1,5% a.a., alterando-se para 1,09% a.a. em 2010,
acompanhando assim, uma tendncia geral de desacelerao do ritmo de crescimento
populacional, (fig. 2.7). Entretanto, a distribuio geogrfica das taxas de crescimento revela
diferenas importantes, que refletem a correlao entre o desenvolvimento econmico e a
distribuio espacial da populao no Estado. Os polos regionais, a includos os ncleos de
aglomeraes urbanas e as reas metropolitanas, apresentam taxas de crescimentoinferiores quelas verificadas em seus municpios limtrofes, alguns dos quais crescem a
taxas bastante superiores mdia estadual.
Em 2010, cerca de 60% dos municpios registraram TGCA menor que a mdia do Estado, e
destes, 16% registraram taxas negativas. Esses municpios esto localizados, principalmente,
nas UGRHI: 01-SM, 21-PEIXE, 12-BPG e 08-SMG.
9
14
2
5
11
17
15
19
8
4
1620
22
13
10
21
6
1218
3
7
1
-2,14 - 0
0,0001 - 1
1,0001 - 2
2,0001 - 3
3,0001 - 11120 060 Km
Fonte SEADE, 2010
TGCA por municpio- 2010
Elaborao SSRH/CRHi (2011)
UGRHIs
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2.3.4 - IPRS - ndice Paulista de Responsabilidade Social
Fig. 2.8 - ndice Paulista de Responsabilidade Social por municpio no Estado de So Paulo 2008.Fonte: SEADE, 2010
No perodo de 2004 a 2008 houve melhora nas trs dimenses que compem o IPRS para o
conjunto do Estado. Em uma escala que vai de 0 a 100, o indicador de Riqueza melhorou de
52 para 58, sendo que todos os componentes deste indicador apresentaram aumento. O
indicador de Escolaridade avanou de 54 para 68, decorrente, principalmente, da ampliao
da concluso do ensino fundamental, entre adolescentes de 15 a 17 anos. E o indicador deLongevidade aumentou de 70 para 73, como reflexo da queda da mortalidade infantil e
decrscimo da mortalidade adulta (fig. 2.8).
No perodo 2004-2008 os Grupos 1 e 2 - que agregam os municpios com os melhores
ndices de desenvolvimento social - somavam 22% dos municpios do Estado, localizados
principalmente na regio do Alto Tiet e nas UGRHI 03-LN, 05-PCJ, 07-BS e 10-SMT, e
compreendiam 76% da populao do Estado, ou seja, cerca de 30,7 milhes de habitantes.
Os Grupos 3 e 4 - com desenvolvimento humano intermedirio abrangem 60% dos
municpios, localizados principalmente nas UGRHI 04-PARDO, 11-RB, 15-TG, 16-TB, 17-MP,
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19-BT e 20-Aguape, concentrando 18% da populao do Estado, ou seja, 7,3 milhes de
habitantes.
Os municpios do Grupo 5 - com ndices sociais desfavorveis - totalizam 18% dos
municpios, localizados principalmente nas UGRHI 02-PS, 08-SMG, 11-RB, 13-TJ e 14-ALPA,
totalizando 2,8 milhes de habitantes, ou seja, 6% da populao do Estado.
2.4 - Demanda e disponibilidade hdricas
Tab. 2.2 - Indicadores de disponibilidade e de demanda e respectivos balanos para o Estado de SoPaulo 2007 e 2010
Fonte: SMA/CRHi, 2009 e SSRH/CRHi, 2011a
Parmetro 2007 2010
Disponibilidadeper capita de gua superficial Qmdio em relao populao total
2.398 m3/hab.ano 2.386 m3/hab.ano
Disponibilidadeper capita de gua subterrnea reservas explotveis em relao populao total 281 m
3/hab.ano 279,9 m3/hab.ano
Demanda total outorgada 284,5 m3/s 304,5 m3/s
Demanda de gua superficial outorgada253 m3/s(88,9%)
258,4 m3/s(84,9%)
Demanda de gua subterrnea outorgada 31,5 m3/s
(11,1%)46,1 m3/s(15,1%)
Demanda outorgada para uso urbano110,9 m3/s
(39%)122,8 m3/s
(40,3%)
Demanda outorgada para uso industrial 77,3 m3/s
(27,2%)83,8 m3/s(27,5%)
Demanda outorgada para uso agropecurio73,4 m3/s(26,9%)
84,8 m3/s(27,9%)
Demanda outorgada para outros tipos de uso 19,9 m3/s
(7%)13,1 m3/s
(4,3%)
Demanda total (superficial e subterrnea) emrelao Q95% 22,6% 24,1%
Demanda total (superficial e subterrnea) emrelao Qmdio
9,1% 9,8%
Demanda superficial em relao vazo mnimasuperficial (Q7,10)
28,3% 28,9%
Demanda subterrnea em relao s reservasexplotveis 8,6% 12,5%
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2.4.1 - Disponibilidade per capita de gua superficial Qmdio em relao
populao total
Fig. 2.9 - Disponibilidadeper capita nas UGRHI do Estado 2010. Fonte: SSRH/CRHi, 2011a
A disponibilidade superficial per capita do Estado indica situao de Ateno em 2010. As
UGRHI que apresentam os menores ndices de disponibilidadeper capita so tambm as que
concentram maior populao: 06-AT (135 m3/hab.ano), 05-PCJ (1.069 m3/hab.ano) e 10-
SMT (1.831 m3/hab.ano), evidenciando a correlao entre a disponibilidade hdrica e a
dinmica demogrfico-social do Estado de So Paulo. Em 2010, as UGRHI 05-PCJ e 06-AT
mantiveram-se em situao Crtica, e as UGRHI 10-SMT e 13-TJ em situao de Ateno (fig.
2.9).
As UGRHI 05-PCJ e 02-PS tm sua disponibilidade superficial seriamente afetada devido
transposio de guas de suas bacias hidrogrficas para regies adjacentes. Na UGRHI 05-
PCJ, parte da gua de suas cabeceiras (31 m3/s) destinada UGRHI 06-AT, para
abastecimento da Regio Metropolitana de So Paulo.
Na UGRHI 02-PS no ocorre transposio de guas propriamente dita, no entanto existe ocomprometimento da poro paulista da Bacia do Rio Paraba do Sul, em decorrncia da
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utilizao de 160 m3/s para abastecimento pblico no Estado do Rio de Janeiro, significando
que a disponibilidadeper capita desta UGRHI de cerca de 880 m3
/hab.ano, colocando-a emsituao Crtica.
Fig. 2.10 - Comparativo da disponibilidade superficialper capita (Qmdio em relao populao total),por UGRHI - 2007 e 2010. Fonte: SSRH/CRHi, 2011a
2.4.2 - Disponibilidade per capita de gua subterrnea reservas explotveis em
relao populao total
A definio das vazes explotveis considera, para os aquferos sedimentares, as vazes
explorveis ou recomendadas dos poos, isto , aquela que pode ser extrada de forma
sustentvel por longos perodos e com rebaixamento moderado de sua espessura saturada;
para os aquferos fraturados, consideram-se as vazes provveis, relacionadas s
caractersticas fsicas das rochas e dados estatsticos da produo de poos selecionados. O
potencial de explorao dos aquferos no Estado de So Paulo encontra-se indicado na Figura
2.11.
Entre os aquferos sedimentares, o Guarani, o Bauru e o Taubat apresentam as maiores
produtividades, sendo muito utilizados no abastecimento pblico. O Sistema Aqufero
Guarani apresenta elevado potencial de vazo por poo, superando 300 m3/h. A poroMdio/Inferior do Sistema Aqufero Bauru, com ocorrncia no extremo oeste do Estado,
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apresenta mdia produtividade, com vazes explorveis por poo de at 120 m3/h, assim
como parte do Aqufero Taubat, especialmente nas regies do eixo Jacare-So Jos dosCampos, de Caapava, Lorena e Guaratinguet.
Entre os aquferos fraturados, o Aqufero Serra Geral apresenta produtividade alta, em
comparao com outro aqufero fraturado de extenso regional, o Aqufero Cristalino.
Apresenta vazes explotveis por poo de at 100 m3/h e, por esta razo, tambm
utilizado por diversos municpios para o abastecimento das populaes.
Fig. 2.11 - Mapa de guas subterrneas do Estado de So Paulo mostrando os aquferos esuas potencialidades 2005. Fonte: Iritani e Ezaki, 2009
Ao lado da produtividade potencial dos aquferos, a agregao do componente populacional
permite uma avaliao regionalizada da disponibilidade hdrica subterrnea. Considerando
esse aspecto, verifica-se que a evoluo da disponibilidade per capita de gua subterrnea
apresentou situao praticamente estvel no perodo 2007-2010, (fig. 2.12).
Tanto em 2007 quanto em 2010, as UGRHI 06-AT, 05-PCJ e 13-TJ apresentaram as menores
disponibilidadesper capita de gua subterrnea do Estado, com destaque para a UGRHI 06-AT cujo ndice (20 m3/hab.ano), em 2010, corresponde a apenas 7% da mdia estadual (281
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m3/hab.ano). Tal resultado traduz a baixa produtividade potencial dos aquferos presentes na
regio, associada a um elevado contingente populacional.
No outro extremo, a UGRHI 11-RB permaneceu isolada com a maior disponibilidade per
capita do Estado, da ordem de 5,8 mil m3/hab.ano em 2010. As demais UGRHI mantiveram-
se acima da mdia estadual, com destaque para as UGRHI 01-SM, 03-LN e 14-ALPA, as quais
apresentaram as maiores disponibilidades depois da UGRHI 11-RB.
Fig. 2.12 - Comparativo da disponibilidade per capita de gua subterrnea (reservas explotveis emrelao populao total), por UGRHI - 2007 e 2010. Fonte: SSRH/CRHi, 2011a
2.4.3 - Vulnerabilidade dos Aquferos
A disponibilidade de guas subterrneas pode ficar comprometida pela vulnerabilidade dos
aquferos, induzindo a um controle de risco. O mapa de vulnerabilidade de aquferos (HIRATA
et al., 1997) define as reas mais suscetveis degradao por um evento antrpico de
poluio. O mtodo utilizado se baseia em trs parmetros:
o tipo de ocorrncia de gua subterrnea livre, semi-confinado, confinado etc.; os tipos litolgicos acima da linha saturada do aqufero argilas, areias, cascalhos,
siltitos, etc.; a profundidade do nvel da gua.
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Com base nafig. 2.13 foram identificadas as reas mais extensas com alta vulnerabilidade
nas UGRHI 02-PS, 04-PARDO, 08-SMG, 13-TJ, 14-ALPA, 18-SJD e 22-PP, indicando a
necessidade de um maior cuidado na instalao de atividades futuras e de estudos de
detalhe em contaminao.
O Conselho Estadual de Recursos Hdricos, preocupado com estas questes, aprovou a
Resoluo CRH n 52/2005, que estabelece as diretrizes e os procedimentos para a definio
de reas de restrio e controle da captao e uso das guas subterrneas. Tambm a
Resoluo SMA n 14/2010, define diretrizes tcnicas para o licenciamento de
empreendimentos em reas potencialmente crticas para uso da gua subterrnea.
Fig. 2.13 - Mapa das reas potencialmente crticas para a utilizao da gua subterrnea do Estadode So Paulo. Fonte: Resoluo SMA n 14/2010
2.4.4 - Demanda total outorgada (superficial e subterrnea)
A demanda total de gua outorgada no Estado aumentou em 20 m3/s de 2007 para 2010: a
demanda superficial aumentou 5,4 m3/s e a subterrnea aumentou 14,6 m3/s. A explorao
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das reservas subterrneas tem registrado aumento gradativo, tendo atingido 15% do volume
total outorgado em 2010.
Neste perodo, as UGRHI 02-PS, 05-PCJ e 18-SJD registraram diminuio do volume total
outorgado e todas as demais UGRHI registraram aumento do volume outorgado. Este
aumento foi percentualmente maior nas UGRHI 03-LN, 12-BPG, 13-TJ, 14-ALPA, 17-MP, 19-
BT, 21-PEIXE e 22-PP.
A UGRHI 06-AT registrou aumento de 16,5 m3/s, incluindo o aumento referente
regularizao da outorga para abastecimento pblico na Regio Metropolitana de So Paulo.
A fig. 2.14 apresenta o comparativo entre os volumes de demanda total outorgada, por
UGRHI, em 2007 e em 2010, e a tab. 2.3 apresenta os volumes outorgados para captao
superficial e subterrnea no Estado de So Paulo, para estes mesmos anos.
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Fig. 2.14 - Comparativo da demanda total outorgada (m3/s), por UGRHI 2007 e 2010. Fonte: SSRH/CRHi, 2011a
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Tab. 2.3 - Volumes outorgados para captao superficial e subterrnea no Estado de So Paulo 2007e 2010
Fonte: DAEE, 2008 e 2011
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2.4.5 - Demanda por Tipos de Uso
A distribuio da demanda outorgada entre os diferentes tipos de usos registrou pouca
variao entre 2007 e 2010. A tab. 2.4 apresenta os volumes outorgados em 2010 e o
grfico (fig. 3.15) apresenta um comparativo entre os volumes outorgados nas 22 UGRHI. O
uso urbano representa o maior volume de gua outorgado, seguido dos usos industrial e
rural (ambos com representatividade semelhante).
Tab. 2.4 - Demanda outorgada por tipo de uso, por UGRHI 2010
Fonte: SSRH/CRHi, 2011a
Levando-se em considerao anlises regionais, observa-se que a frao outorgada para os
diferentes usos nas UGRHI heterognea e reflete a dinmica socioeconmica do Estado. As
UGRHI 05-PCJ, 06-AT e 07-BS apresentaram as maiores demandas para uso urbano,
refletindo a concentrao populacional nestas regies. A demanda para uso industrial foi
UGRHIDemanda urbana
(m3/s) Demanda industrial( m3/s)
Demanda rural(m3/s)
Demanda paraoutros usos
(m3/s)
01 - SM 0,045 0,000 0,664 0,016
02 - PS 2,413 1,917 5,356 0,072
03 - LN 1,287 0,010 0,496 0,025
04 - PARDO 4,647 2,546 4,790 0,107
05 - PCJ 49,735 8,032 1,828 0,370
06 - AT 29,869 24,145 0,841 10,756
07 - BS 10,580 7,646 0,019 0,019
08 - SMG 0,922 0,523 3,303 0,097
09 - MOGI 3,076 6,954 8,992 0,49010 - SMT 5,426 3,164 2,286 0,027
11 - RB 0,295 2,184 0,804 0,001
12 - BPG 1,557 1,969 11,519 0,174
13 - TJ 3,503 6,306 6,487 0,107
14 - ALPA 0,627 3,221 6,935 0,036
15 - TG 3,938 3,959 7,373 0,016
16 - TB 1,065 1,024 6,762 0,005
17 - MP 1,142 2,500 5,232 0,020
18 - SJD 0,124 0,657 0,978 0,001
19 - BT 0,687 3,452 1,271 0,799
20 - AGUAPE 0,548 1,324 1,707 0,00221 - PEIXE 0,659 1,095 0,633 0,001
22 - PP 0,607 1,124 0,166 0,000Estado deSo Paulo
122,751 83,751 78,443 13,140
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maior nas UGRHI 05-PCJ, 06-AT, 07-BS, 09-MOGI e 13-TJ, e a demanda para uso rural
registrou volumes maiores nas UGRHI 09-MOGI, 12-BPG, 13-TJ e 15-TG.
Fig. 2.15 - Comparativo entre a demanda outorgada por tipo de uso, por UGRHI 2010. Fonte:SSRH/CRHi, 2011a
2.4.6 - Demanda versus Disponibilidade
A. Demanda total (superficial e subterrnea) em relao Q95%
No perodo 2007-2010, o balano entre a demanda total e a vazo disponvel total no Estado
manteve-se na categoria Bom (figs. 2.16 e 2.17). Entretanto, a anlise das bacias
hidrogrficas mostra diferenas regionais em funo da variao dos volumes de demanda
outorgada total nas UGRHI. Em 2010, encontravam-se na categoria Crtico, as UGRHI 05-PCJ
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(92%) e 06-AT (211%). J as UGRHI 07-BS, 12-BPG, 13-TJ e 15-TG encontravam-se na
categoria Ateno, apresentando balanos de 31%, 49%, 45% e 39%, respectivamente.
Fig. 2.16 - Demanda total (superficial e subterrnea) em relao Q95% - 2007.Fonte: SSRH/CRHi, 2011
Fig. 2.17 - Demanda total (superficial e subterrnea) em relao Q95% - 2010.Fonte: SSRH/CRHi, 2011a
B. Demanda total (superficial e subterrnea) em relao Qmdio
No perodo 2007-2010, o balano entre a demanda total e a disponibilidade mdia no Estado
passou de Bom, em 2007, para Ateno em 2008 e 2009 e, em 2010, retornou categoria
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Bom. Esta oscilao deveu-se principalmente UGRHI 13-TJ, que teve o balano classificado
na categoria Crtico a partir de 2008.
Em 2010 encontravam-se na categoria Crtico as UGRHI 05-PCJ (34%), 06-AT (78%) e 13-TJ
(23%), enquanto a UGRHI 10-SMT manteve-se na categoria Ateno. As UGRHI 07-BS e 12-
BPG tambm foram classificadas na categoria Ateno entre 2007 e 2010, o que denota
preocupao quanto disponibilidade