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MUDE SUA VIDA AFETIVA PARA MELHOR CECI AKAMATSU

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MUDE SUAVIDA AFETIVA

PARA MELHOR

CECI AKAMATSU

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MUDE SUA

VIDA AFETIVAPARA MELHOR

CECI AKAMATSU

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TOME AS RÉDEAS DA SUAFELICIDADEAssuma um compromisso com você mesmo e alcance a satisfação afetiva

Os solteiros se queixam da solidão. Os casados reclamam da falta de liberdade.Os "enrolados" reclamam da insegurança. Todos reclamam de decepções e

dificuldades. Afinal, dá para ficar satisfeito no amor?

O fato de reclamarmos, seja qual for o tipo de relação que estejamos vivendo,nos leva uma inevitável constatação: não é a situação afetiva que cria aflições,somos nós mesmos.

 A vida afetiva é, acima de tudo, um compromisso consigo mesmo. Solteiros,cuidamos de nós mesmos, do casamento interno entre nossas energiasmasculinas e femininas. Ao nos relacionarmos com outra pessoa, passamos ater de lidar com mais um compromissso, o casamento de nosso casal internocom o casal interno do outro. Assim, fica claro o quanto é importante sabermoslidar com nosso relacionamento interno para então lidarmos com orelacionamento a dois.

Devemos assumir essa responsabilidade não por uma obrigação ouexpectativa, mas por amor a nós mesmo. Relacionamentos iniciados pelacarência, por ilusões criadas em nossa cabeça ou pela expectativa dos outrossão frágeis. Atraímos situações e parceiros com base nessa energia e aafetividade é construída nessa essência. Isso é algo tão sutil que geralmente

não percebemos. E quando os problemas começam a acontecer, nãoidentificamos sua origem, e ficamos lidando apenas com seus reflexos.Consideramos o relacionamento difícil, o outro complicado e não mergulhamosaté a raiz da situação: nós mesmos. 

É comum, por exemplo, a mulher reclamar que seu companheiro não écarinhoso o suficiente. Mas será que ela não tem um problema de autoestimaque a faz demandar demasiadamente estímulos do seu parceiro para se sentiramada? O homem, por sua vez, reclama que a mulher é carente demais e porisso sente-se sufocado. Mas será que ele para e reavalia como ele está

demonstrando seu amor à sua companheira e se sua postura realmente podeser mais afetuosa?

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QUEM ESTÁ SOLTEIRO

Estar solteiro é uma oportunidade de aprender a lidar com você mesmo,

aprender a identificar suas preferências, seus limites, suas fraquezas e,principalmente, preencher o vazio interno. Assim, é possível libertar-se doapego e da dependência de um parceiro. Um relacionamento nessa vibração seconcretiza pelo medo da perda, gerando necessidade de controle, ciúmes esituações de abuso. Portanto, assuma o compromisso de amor com vocêmesmo, aprofunde-se nesse relacionamento interno. Aprenda a viver a paixão,o amor, as brigas e desentendimentos de você com você mesmo. Aprenda alidar com o orgulho, com a solidão e a rejeição. Dessa maneira, estarápreparado para viver de maneira saudável seus relacionamentos afetivos com ooutro.

QUEM VIVE UM RELACIONAMENTO

Experimentar o relacionamento a dois é uma lição mais ampla, mas tambémmais trabalhosa. Ao relacionar-se com o outro é fácil perder o foco em simesmo. Primeiro porque os limites tornam-se menos definidos e de certo modose misturam as identidades. E se o foco fica majoritariamente no(a) parceiro(a),você perde-se a si mesmo de vista, gerando desequilíbrio e insatisfação no

relacionamento. Mas mesmo como casal é possível manter o compromissoindividual. Dessa forma, cada um honra primeiro as suas própriasnecessidades. Depois, avalia e resolve internamente suas questões antes deprojetá-las lá fora. Com os próprios limites definidos, cada qual assume suaresponsabilidade na situação e, ao buscar uma resolução, compartilha asituação ao invés de culpar o outro.

 Ao assumir o compromisso de amor com você mesmo, dá o primeiro passopara assumir o compromisso de amor com seu(ua) parceiro(a). O interessanteno exercício a dois é que o outro atua como um espelho para você. Ocomportamento do(a) companheiro(a) lhe mostra como você se coloca norelacionamento, e portanto como lida com sua própria identidade.

Não importa se estamos solteiros, enrolados, namorando ou casados. Uma vezcomprometidos em reconhecer e aceitarmos a nossa identidade e sermos nósmesmos, criamos as bases para uma vida afetiva solida e verdadeira,satisfatória e plena. Desenvolvemos uma energia de compromisso,responsabilidade e autonomia.

Conheça o livro Para que o Amor Aconteça e entenda como determinadasatitudes influenciam sua vida amorosa.

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POR QUE MINHA VIDA

AFETIVA NÃO DÁ CERTO? 

Descubra quais comportamentos e pensamentos sabotam a felicidade noamor

 Almejamos a felicidade no amor. Mas muitas vezes, por mais que nosesforcemos, as coisas não dão certo. O que pode estar acontecendo? Noprimeiro texto desta série de artigos, entendemos que não há segredo para serfeliz no amor, mas que prática, persistência, paciência e perseverança são

essenciais. É preciso tudo isso para realizar as mudanças e harmonizaçõesnecessárias para alcançarmos e mantermos a felicidade afetiva, sobretudoquando parece que mesmo tentando, as coisas ainda parecem estar dandoerrado.

 A vida mostra a verdade, ela nos traz o resultado de nossas atitudes, sejamelas conscientes - ou seja, aquelas que percebemos e sabemos o que estamosfazendo - ou inconscientes - quando não sabemos verdadeiramente o queestamos fazendo. Em ambos os casos somos influenciados pelos reflexos quenem percebemos, de todos os aspectos positivos ou negativos que adquirimos

ao longo da vida, seja na educação, cultura, criação, amizades, amores, etc.

CONDICIONAMENTOS NEGATIVOS QUE NÃO PERCEBEMOS

Imagine uma pessoa que nasceu e cresceu sempre vendo um rio sujo e poluídoem frente a sua casa. Seu referencial é que água suja é normal, porque elasempre esteve lá, sempre foi vista daquela maneira. Porém, será preciso entrarem contato com a água e sofrer as consequências ruins que a poluição pode

trazer para perceber que por mais que várias pessoas entrem na água e não sesintam mal, o contato com o rio poluído não faz bem à saúde.

Mas por que as situações que vivenciamos são opostas ao que almejamos?Pode ser que o que achamos que vai nos ajudar seja justamente o que nosafasta de nossos objetivos. 

O mesmo acontece quando precisamos de água, mas acabamos buscando econsumindo uma água suja que nos faz mal, achando que nos fará bem. Muitas

vezes carregamos crenças que achamos que nos ajudam a ser felizes, quandoelas fazem justamente o contrário. Isso geralmente acontece quando nãoestamos trabalhando nossa percepção da realidade e consciência, nos

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deixando levar pelos impulsos inconscientes, crenças e hábitos, como no casoda crença da felicidade atrelada ao parceiro afetivo, ou na dificuldade de aceitaro parceiro como ele é, não percebendo o próprio aprendizado que está implícitonas situações.

Sempre cito a dificuldade em desapegar da necessidade de ter um parceiropara ser feliz, pois essa é uma crença que conscientemente as pessoas nãoquerem se desfazer. Recusam-se sequer em pensar que podem ficar sozinhas.Mas se estivermos bem sozinhos, por que rejeitar isso? A ideia de ficar só éalgo tão assustador e que soa tão deprimente, que a rejeitamosveementemente. E é justamente por isso que acabamos nos deparando comesta situação. Tudo que nos traz essa sensação de absoluta repulsa deve serolhado com cuidado. 

Não é que precisemos de nos tornar ou "engolir" aquilo que rejeitamos, mas simque ao rejeitarmos veementemente algo, seja uma pessoa, um sentimento, umpensamento, uma situação, possamos aprender a entrar em contato com aquiloque rejeitamos e a lidar isso.

No fundo, aquilo que mais nos incomoda é geralmente o que nos ajuda a terconsciência a respeito de alguma dificuldade, medo, insegurança ou recalquenosso. Mas por serem muito doloridos ou desagradáveis, os evitamos a todo ocusto, criando todos os tipos de justificativa e explicações, que racionalmentepodem ser bem ou totalmente convincentes, mas que não nos ajudam a

resolver nossos problemas, apenas criam desculpas para fugir deles. De fato,determinada situação ou pessoa pode não ser muito positiva, mas nãoestaríamos entrando em contato com ela se não tivéssemos algo para aprendera lidar com a mesma.

MEU QUERER É SAUDÁVEL?

 Achamos que procurar nossa cara-metade é um esforço que deve nos trazer o

par perfeito em algum momento, mas o querer excessivo, controlador,desesperado e angustiado - um condicionamento que muitos de nóscarregamos - apenas nos afasta ainda mais dessa possibilidade. Muitas vezesnão percebemos que aquilo que achamos que é um desejo, na realidade é umvazio, algo mal trabalhado dentro de nós se disfarçando de querer. Podemostambém cair no hábito de rejeitar certas características e atitudes do parceiroque consideramos inaceitáveis, insistindo e pressionando o outro a mudar (e elepode mesmo precisar mudar!), mas sem olhar para aquilo que nós mesmosprecisamos transformar.

Porém, outras vezes, mesmo quando estamos no caminho de harmonização,fazendo terapia, meditando, buscando as próprias maneiras de nos sentir bem

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com nós mesmos, ainda assim os mesmos "fracassos" parecem se repetir.Geralmente quem já está no caminho de fortalecimento e harmonizaçãotambém é confrontado com situações que desafiam e testam a consciência, aprática, a disciplina, a paciência e a perseverança. Podemos nos questionar:"poxa, mas não é justo, estou me esforçando, tentando, fazendo tudo que

acredito que posso para melhorar e ainda assim as coisas parecem estarpiorando e justamente aquilo que eu não quero está acontecendo!".

 A concretização das situações que tememos representam os testes na prática.Nada mais são que as oportunidades reais e práticas de superar nossos medose inabilidades e mudar o rumo do filme que vinha se repetindo até então.

Se tenho medo da solidão, enquanto não aprender a lidar com os sentimentos eos pensamentos ruins que ela traz, ficarei à mercê do medo, não adianta fugir. 

Somente superando minimamente a nós mesmos poderemos seguir em frente.Se desejo que meu parceiro aja da maneira como acho que ele deve agir, podeser que precise trabalhar a minha comunicação e a conciliação de interesses narelação, exercitando a flexibilidade e a habilidade de assumir as própriasdemandas, além de saber colocá-las de maneira saudável para o outro, ouvindotambém de maneira saudável as demandas alheias.

O QUE PRECISO EQUILIBRAR?

Geralmente o outro sempre mostra algo que precisa ser equilibrado em nós. Seestamos com excesso ou falta de tolerância, controle, autoridade, doação ouqualquer outra energia, o outro sempre nos serve de referencial para que assimpossamos perceber o que em nós está desequilibrado, atuando como um sinalde alerta para nos ajudar nesta percepção.

Se existe falta ou excesso de alguma energia na pessoa parceira que nos irritademais, é justamente essa característica que nos dá a pista do que está

desequilibrado em nós e precisa ser harmonizado. Por mais que seja frustranteou irritante, as situações desagradáveis são oportunidades para ir além, fazerdiferente, mesmo que os resultados alcançados sejam mínimos e a situaçãopareça mudar muito pouco ou até mesmo nada.

Se queremos um parceiro e ao invés de encontrá-lo nos vemos abandonados,pode ser hora de passar pelo abandono de uma nova maneira, buscando aomáximo manter o foco em onde queremos chegar. 

E como isso pode ser feito? Cuidando de nós mesmos, nos mantendo o melhor

que pudermos e preservando ao máximo nosso acreditar intacto, que mesmodiante de mais um "fracasso" vamos encontrar o que buscamos. Testamos e

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fortalecemos nosso amor-próprio e poder pessoal, buscando maneiras eestratégias de nos deixar abater o mínimo possível pela situação em que nosencontramos no momento, fazendo a escolha de não deixar os sentimentosnegativos nos derrubarem ou comprometerem a força do nosso acreditar queseremos feliz.

Se você anseia por uma mudança de atitude do parceiro e mais uma vez elerepetiu seu comportamento desagradável, em vez de responsabilizarcompletamente o outro - ainda que a pessoa esteja agindo de maneira nãomuito positiva - experimente perceber sua própria responsabilidade sobre aatual situação, buscando maneiras e estratégias de mudar sua abordageminterna e externa para tal questão. Como lidar com as próprias insatisfações,raivas, revoltas, orgulhos? Como será que esses sentimentos foram construídosdentro de nós? Muitas vezes sozinhos não conseguimos realizar essa

conscientização e a ajuda terapêutica pode se tornar necessária.

FORTALECER AUTOESTIMA E PODER PESSOAL É ESSENCIAL

Em todos os casos de harmonização, o fortalecimento de autoestima e poderpessoal são imprescindíveis. Até mesmo aqueles que acham que já se amambastante e são fortes o suficiente, com certeza têm questões a seremtrabalhadas e harmonizadas.

Muitas vezes, mesmo que estejamos mais conscientes e trabalhando para asmudanças, repetimos os padrões que desejamos mudar e obtemos o mesmoresultado frustrante. Mas a percepção cada vez maior de como a situaçãoacontece, e a crescente consciência acerca das próprias atitudes e do queprecisa ser trabalhado, ainda que não mude o resultado final, já é um enormepasso. 

De fato, não gera grandes mudanças de início, mas começa a sedimentar ocaminho, criando condições para que ela aconteça.

É nesse momento que precisamos muito de nossa paciência com os resultadosfrustrados e perseverança para continuar acreditando e apostando na mudança.É nesse ponto que muitas vezes acabamos desistindo, pois como não vemosresultados concretos ainda, não conseguimos nos manter acreditando queestamos realizando algo efetivo.

Pode ser que não estejamos sendo efetivos mesmo, ou pode ser que jáestejamos no caminho de harmonização, mas não percebemos o quanto jácaminhamos, pois geralmente esperamos resultados rápidos e de acordo com oque achamos que tem que ser. Se começamos a nos cuidar, queremos nossentir bem e ver nossa vida afetiva mais harmoniosa logo, mas é precisopaciência.

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Quando começamos uma dieta alimentar, não emagrecemos e ficamossaudáveis no dia seguinte. Estejamos tentando de maneira inadequada ou já nocaminho, mas ainda sem os resultados esperados, só será possível noscertificar se continuarmos tentando. Desistir apenas nos leva novamente à

frustração inicial, que acaba se agravando, por mais uma tentativa frustrada. 

Isso soa como querer chegar a um lugar, começar a caminhar e após andar umpouco e ficar cansado, achar que já devia ter chegado ao destino final pelosimples fato do corpo pedir descanso. O caminho não vai mudar porqueachamos que ele deveria ser mais curto ou menos cansativo, o caminhosimplesmente é o que é - ou nos propomos a percorrê-lo ou não chegaremosaonde queremos. A responsabilidade de não alcançarmos o destino desejadonunca será do caminho, mas sempre nossa.

Reclamar é que não adianta nada, pois isso só deixa as coisas mais pesadas eo caminho parece ficar ainda mais longo. Então, que tal parar de se lamentar,sacodir a poeira e seguir em frente?

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COMO SER MAIS FELIZ NOAMOR?Mudanças ajudam a alcançar e manter felicidade na vida afetiva

Tudo que buscamos desesperadamente é uma fórmula de como ser feliz noamor. Mas confesso que não gosto muito desta coisa de truques, segredos e

fórmulas mágicas, porque não acredito em milagres desta forma, e simnaqueles conquistados por nós mesmos. Soluções milagrosas podem atéoperar de alguma forma, promovendo certas mudanças, mas a efetividade e asustentabilidade das mesmas - tanto em relação à intensidade quanto ao prazo- geralmente não acontecem. Sendo assim, creio que o grande truque oufórmula para alcançar a felicidade na vida afetiva não é diferente do segredo dosucesso em outras áreas da vida: a prática e a disciplina. 

Outras duas características, talvez as mais importante, vêm se unir a elas: apaciência e a perseverança.

Geralmente é mais fácil compreender como essas habilidades podem nosajudar a ter sucesso na vida material, mas como elas podem se tornar a chaveda felicidade afetiva? Vivemos hoje um conceito de felicidade muito atrelado aoque está fora de nós. Estamos sempre muito condicionados a algo ou alguém,que define se vamos estar tristes ou contentes. De fato, não há como o mundonão influenciar os sentimentos. E ter uma vida afetiva harmoniosa contribui,sim, para o sentimento de plenitude. Mas isso é diferente de estar sempre amercê do que está lá fora, e satisfação afetiva é algo bem diferente do

preenchimento de um vazio e uma carência por alguém.

 Achamos que a insatisfação existe por não termos um parceiro que realizenossos sonhos, por mais humildes que sejamos. Costumamos pensar: "sóquero alguém com quem possa compartilhar minha vida e ser feliz, isso não épedir muito. É tão simples...". Mas será que é, de fato, tão simples assim? Aresposta é sim e não.

Encontrar um amor pode ser simples se pensarmos que quando estamos maisequilibrados e harmoniosos em nossa autoestima e poder pessoal podemos,

sim, achar o que buscamos. Mas torna-se complicado quando não queremos ounão nos propomos a fazer a nossa parte e achamos que mesmo assim teria

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que ser fácil encontrar o par amoroso que nos fará feliz.

Então, voltemos ao que citamos anteriormente: a chave de nossa felicidadeafetiva está na prática, disciplina, paciência e perseverança. Somente com aprática e com a ação de nosso esforço consciente de harmonização e

fortalecimento interno poderemos caminhar na direção da felicidade afetiva. Esomente com paciência e perseverança conseguiremos manter a prática e adisciplina ao longo do tempo.

COMO TER MAIS HARMONIA E FORÇA INTERNAS PARAENCONTRAR UM AMOR?

 Alguns passos podem auxiliar neste processo. Então, comecemos aqui pelo

desapego e renúncia dos conceitos distorcidos que condicionam nossafelicidade ao que está fora de nós. Primeiro é preciso renunciar à ideia de quenossa satisfação e humor dependem da existência de um par afetivo ou dasatitudes do parceiro com quem nos relacionamos. Isso significa compreender eaceitar que este conceito de felicidade condicionado ao outro só aumenta osofrimento em vez de promover felicidade. Pode trazer alguns instantes deeuforia - o que é algo bem diferente, mas muitas vezes confundido comfelicidade - mas que logo passam e nos levam de volta ao vazio e solidão ou àirritação e insatisfação.

Uma vez conscientes de que não adianta teimar que só seremos felizes quandotivermos um amor e/ou que nosso amor precisa ser da maneira como achamosque tem que ser, será necessário ter disciplina para praticar o desapego e arenúncia da tristeza e da frustração que insistem em nos assombrar quando nosvemos sós e sem perspectiva afetiva, ou novamente tendo que lidar com asatitudes desagradáveis do parceiro. É preciso manter esta práticaconstantemente, prestando atenção toda vez que os sentimentos negativosvierem à tona para não se deixar tomar por eles.

Então você pode pensar: "Ah, mas isso é difícil, como posso fazer algo dotipo?". Lembre-se e foque no que você quer - ser feliz - e afirme para siconscientemente, com vontade e firme propósito, que independente do queseus sentimentos e pensamentos negativos lhe digam, a sua escolha é de sermais forte do que eles, de não acreditar neles, por mais insuportáveis e reaisque sejam no momento. Afirme para si que sua escolha é acreditar na felicidade- mesmo que ainda não sinta, que lhe pareça irreal - escolhendo cada vez maiscom o coração, com determinação. Pode parecer simplista, até mesmo ridículoa princípio, mas sem mudar o direcionamento de nossos pensamentos será

difícil mudar os sentimentos e construir uma realidade diferente lá fora. Afirmeza com que nos propomos a fazer esse exercício já ajuda a fazer a"musculação" de nosso firme propósito.

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Um dos segredos é a compreensão de que é justamente a dificuldade de semanter nesta afirmação que faz com que acabemos deixando de acreditar queseremos felizes. Podemos fazer um paralelo com uma dieta alimentar: se meuobjetivo é emagrecer e ficar saudável, preciso desapegar e renunciar aos

alimentos que não contribuem para minha meta e me manter firme nisto,mesmo quando minha vontade é de comer chocolate e fritura ou de tomarrefrigerante. A vontade e o desejo são intensos e reais. Se não for paciente eperseverante, mesmo diante das minhas escorregadas, vou acabar desistindo eme lamentando que gostaria de ser magra e saudável, esperando que isso caiado céu. Ou posso me enganar, achando que é difícil demais seguir uma dieta,comendo coisas saudáveis de vez em quando, mas não fazendo as mudançasefetivamente necessárias para emagrecer e então pensar: "não entendo porque não consigo emagrecer, já que me esforço tanto".

 Ao nos deixarmos abater pelos intensos sentimentos e pensamentos queparecem provar, mostrando com fatos, que estamos longe demais de ser felizou que a felicidade pode ser muito trabalhosa, nos afastamos cada vez mais doque desejamos. 

Ficamos esperando que algo aconteça lá fora, que um pretendente surja eassuma um compromisso ou que o parceiro mude e nos prove que ossentimentos e os pensamentos negativos podem estar errados, e esquecemosque o poder e a responsabilidade de mudar e nos sentir melhor são nossas, e

não de outra pessoa!

No próximo artigo da série você entenderá quais os possíveis motivos queatrapalham a não realização de uma vida afetiva plena. Aguarde!

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POR QUE ELES SEMPRESOMEM?Desequilíbrios energéticos podem explicar dificuldades amorosas

Ela conhece alguém legal. Percebe afinidades e um clima gostoso quando

estão juntos. Eles saem diversas vezes, se falam todos os dias, tudo parececaminhar para um relacionamento mais firme. E então tudo esfria tão rápidoque não dá tempo nem de se dar conta. Ele simplesmente some.

Ela se pergunta: "Por que isso sempre acontece na minha vida? O que há deerrado comigo? As pessoas dizem que sou bonita, legal, e não entendem comonão estou me relacionando com alguém. E eu também não."

Essa é uma situação bastante comum nos atendimentos que realizo.Normalmente são mulheres aparentemente bem resolvidas, independentes,

bem cuidadas, mas com uma interrogação no fundo do seu olhar: qual o meuproblema?

Muito frequentemente, as mulheres que trazem essa pergunta são do estilo"muito legal e simpática". Não conseguimos enxergar defeito nelas, de tãolegais que são. Elas ouvem frases como: "você é perfeita", "você é a pessoaque eu quero ficar junto", "você é mulher para casar".

Mas muitas vezes essas mulheres aparentemente perfeitas no nível físicotrazem muitos desequilíbrios em padrões emocionais e mentais. Somos todosseres constituídos não só de matéria física, mas de energia sutil. Pensamentos,crenças e emoções, conscientes ou inconscientes também formam nossoscorpos energéticos, que não são visíveis ou tão perceptíveis como nosso corpofísico. Portanto, nossas interações com o meio e com outras pessoas não sedão apenas de modo físico, mas também energético.

O pretendente pode não enxergar os desequilíbrios na mulher que julgaperfeita. Mas pode, mesmo que inconscientemente, senti-los. 

Bem provavelmente ele vai pensar "ela é tão legal, bonita, bem resolvida...gostaria de ficar com ela, mas parece que falta alguma coisa, algo não está

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batendo...". Ele não consegue explicar a razão de não ter mais vontade de estarcom ela, pois racionalmente não há motivos.

Se você se enquadra no estilo "boazinha e legal" pode também estarmascarando uma tentativa consciente ou inconsciente de controlar o outro. Um

 jogo em que, de alguma maneira muito sutil, tenta obrigar o outro a fazer aquiloque você quer que ele faça. Quer que ele ame você e se comprometa, que digae faça aquilo que você espera, que ele atenda as suas carências e todas assuas expectativas altíssimas. Às vezes, cria-se um jogo em que ele sente-sequase obrigado a atender às suas expectativas, afinal você é tão legal e fofaque merece ser agradada. E esse jogo escraviza e cansa a outra pessoa, quese sente aprisionada. Energeticamente, seria como se sua energia estivesseabraçando a dele como um polvo, imobilizando-o e controlando-o. Mais umavez, esse "ataque" pode não ser visível, mas pode ser sentido, de forma

consciente ou inconsciente. A "boazinha" pode também carregar em seus corpos mental e emocionaltraumas e crenças negativas a respeito de relacionamentos, que procuraesconder e abafar dentro de si. Apesar de aparentemente muito simpática, suasenergias desarmônicas podem ser captadas pelo outro, que mesmo sementender porque, vai se desinteressando.

Se você se envolve frequentemente com parceiros que somem sem explicação,saiba que essa situação sinaliza algo dentro de você. 

Busque através da meditação, ou se sentir necessidade, com ajuda profissionalterapeutica, essas questões a serem trabalhadas em você. Durante esseprocesso pode ser vantajoso ficar sozinha durante um tempo. Não se preocupese os pretendentes pararem de aparecer, e respeite seu tempo de cura.Quando estiver harmonizada, seu próprio campo energético vibrará de outramaneira, e se encarregará de fazer fluir interações e relacionamentos maissaudáveis.

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POR QUE ELES SEMPRESOMEM? - PARTE 2Perceba como se formam desequilíbrios que afetam seus relacionamentos

Na primeira parte deste artigo falamos sobre casos de pessoas que vivenciam

afastamentos inesperados em seus relacionamentos afetivos. Desequilíbriosenergéticos geralmente inconscientes atuam em suas vidas, gerando umaangústia que se resume na pergunta: o que há de errado em mim?

Somos todos um conjunto vibracional de nossos corpos físico, emocional,mental e espiritual. Atuamos e interagimos com as pessoas e com o meio anossa volta em todos esses níveis, e assim podemos nos aperfeiçoar e vivercada vez melhor. Todas as pessoas e situações em nossas vidas representamoportunidades de aprendizado.

Imagine uma pessoa que tem uma natureza excessivamente doadora, quegosta de sempre agradar aos outros, atendendo aos desejos alheios. Age deacordo com as vontades das outras pessoas, abrindo mão de sua verdade eessência. Ela se envolve com uma pessoa bastante egocêntrica, egoísta econtroladora. Essa pessoa gosta de ser o foco das atenções e que tudo sejafeito à sua maneira. Agora imagine a interação energética entre esses dois. Ospadrões desequilibrado de ambos se encaixam perfeitamente. Isso pode sersentido como uma forte e inexplicável atração e paixão entre eles. E assim cria-se um vínculo entre energias desequilibradas complementares.

Esse desequilíbrio se manifestará na vida do casal: a pessoa doadora demaisse sentirá sobrecarregada pelas demandas e controle do parceiro que, por suavez, sentirá que a pessoa ao seu lado é de alguma maneira muito dependente efrágil.

Se pelo menos um dos parceiros perceber o potencial de aprendizado norelacionamento, poderá utilizar a situação para equilibrar seus padrõesnegativos. A pessoa doadora poderá perceber que precisa ser mais egoísta, nosentido de respeitar sua verdade e essência, impondo seus limites de maneira

saudável. A pessoa demasiadamente egoísta poderá perceber a necessidadede abrir-se mais aos outros, exercitando sua capacidade de doar-se e

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compartilhar, aprendendo a lidar com seu ímpeto controlador. Caso ambosconsigam perceber a oportunidade de crescimento, consciente ouinconscientemente, podem ajudar-se mutuamente a equilibrarem-se, facilitandoe acelerando o crescimento um do outro.

Entretanto, se nenhum dos parceiros percebe essa oportunidade deaprendizado, o excessivamente doador poderá colocar a si mesmo como vítimae o outro como algoz. Entenderá que egoísmo é algo ruim que o faz sofrer, eque, por isso, deve continuar cada vez mais doador. O parceiro egoísta, por suavez, entenderá que uma postura doadora significa fraqueza e submissão e que,portanto, deve cada vez mais estar voltado e fechado em si mesmo. Dessamaneira, os dois reafirmam e reforçam seus padrões desequilibrados, além decriarem medo e ojeriza à postura um do outro - justamente o oposto do queseria o aprendizado da lição. Isso fica registrado em seus subconscientes como

uma crença desequilibrada e que energeticamente estará ativa em umapróxima interação com o meio ou com outra pessoa. Futuramente, atrairãoparceiros cada vez mais egoístas ou doadores, vivendo relacionamentos compadrões cada vez mais desequilibrados, até que percebam qual o aprendizadopor trás desse cenário.

Nossa tendência é perceber o problema no parceiro: o outro faz isso, falaaquilo, age de tal maneira. Mas não paramos para pensar no motivo deestarmos vivenciando tais ações e atitudes do outro. Porque atraio esse tipo de atitude, de situação? Quais padrões, atitudes e

comportamentos meus estão alimentando ou contribuindo para que issoaconteça? 

Existe sempre a escolha de como queremos vivenciar as situações: comovítimas dos outros e da vida, ou como agentes de aprendizado e crescimento.Podemos deixar que nossas interações sejam passivamente determinadaspelos nossos desequilíbrios. Ou podemos assumir nossa responsabilidade enos tornarmos agentes de cura e equilíbrio em nossos relacionamentos esituações de vida.

Muitas vezes, mesmo tendo consciência dos padrões e oportunidades deaprendizado, ainda assim é difícil mudar. É preciso amor, paciência eperseverança. Em alguns casos, pode ser muito útil procurar orientaçãoterapêutica para ajudar nessa mudança. Mas saiba que sempre existepossibilidade de mudar e de ser feliz - e ela está ao seu alcance: é sua escolha.

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POR QUE ELES SEMPRESOMEM? - PARTE 3Perceba se o medo de amar está afastando seus pretendentes

Você costuma se perguntar: "Por que eles sempre somem"? Na segunda partedeste artigo, analisamos um dos inúmeros exemplos de padrões de

desequilíbrio que podem afastar companheiros. Nesta sequência, citareiexemplos daqueles padrões mais comuns, assim como caminhos paraidentificá-los e curá-los.

Encontro muitas clientes que acreditam estarem abertas a um relacionamentoafetivo. Ficam extremamente insatisfeitas em não encontrarem um parceiro ouem perceberem seus possíveis pretendentes se afastando em pouco tempo. Anteriormente, citei o exemplo daquela pessoa que apesar de demonstrardeixar o outro livre, energeticamente, em níveis sutis, o sufoca. Internamente

continua carente, então, essa liberdade oferecida é falsa porque aconteceapenas em nível físico, enquanto nos níveis emocional e mental há expectativae desejo de controlar.

Existe um outro lado desse mesmo desequilíbrio. A pessoa se mostrainteressada e dá toda liberdade ao companheiro achando que está agindo demaneira desapegada. Mas, na verdade, está sendo movida pelo medo doenvolvimento. Mostra-se uma pessoa autossuficiente e que precisa de espaço,deixando o outro também bastante livre para decidir o que quer. No entanto,essa liberdade é na realidade uma distância que a mantém em segurança. A

pessoa se diz aberta a um relacionamento, mas energeticamente, muitas vezesde modo inconsciente, mantém-se fechada e distante, evitando-o. Cria-se umaenergia contraditória dentro de si: aquele consciente de encontrar um parceiro eaquele inconsciente de evitá-lo por medo de sofrer. 

MEDO E ORGULHO

Em alguns casos, a pessoa fica esperando que o outro prove que está

realmente a fim de algo mais sério. Condiciona o relacionamento a umcompromisso por medo de se decepcionar, de perder a pessoa querida. Não seentrega e não se mostra como realmente é por medo de se envolver e sofrer.

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 Às vezes declara abertamente que só se entregará fisicamente eemocionalmente se houver alguma garantia de que não será abandonada.Como um parceiro pode saber se há afinidades e se haverá envolvimento ounão antes dele acontecer?Imagine assumir um compromisso sem saber e sentiro que ele realmente é. Essa energia de necessidade exagerada de segurança

acaba sendo sentida como pressão e controle pelo companheiro.

Outra face que esse medo pode mostrar é o orgulho. O medo de se expor e sesentir rejeitada e ridicularizada coloca a pessoa em uma posição deautoproteção e não-entrega. Há necessidade de provar a si mesma que estásempre "por cima" no relacionamento, em uma atitude e aparência do tipo"nada me atinge". Quando o outro se afasta há sentimento de raiva por ele, e arejeição é engolida e disfarçada pela atitude "ah, ele nem era tão bom assim".Osentimento de rejeição e dor é negado e guardado dentro da pessoa orgulhosa.

Essa atitude é bastante desgastante, pois exige que a pessoa estejapermanentemente disfarçando seu medo e dor, mostrando-se sempre forte eindiferente.

Em todos esses casos, o pretendente, a princípio, percebe o interesseexpressado e demonstrado em palavras e ações. Mas todos esses medos ebloqueios, que podem até estar ocultos no nível físico, se tornam perceptíveisna interação que acontece em nível sutil. Sendo percebidos e sentidos, aindaque de maneira inconsciente, levam o parceiro muitas vezes a se afastar.

VOCÊ TEM MEDO DE AMAR?

Procure sentir se há em você algum medo. Perceba se ele está relacionado aalgum outro sentimento, a alguma situação ou pessoa. Não o negue, apenas oaceite. Nesse momento esse medo faz parte de você e fugir ou resistir apenasconfere mais força a ele. Negá-lo é tão prejudicial quanto entregar-se a ele.Então quebre seus padrões, as suas maneiras de sentir, fazendo diferente.Tenha paciência e aceitação com você mesmo, respeitando-se e permitindo-se,

no seu ritmo, vivenciar os riscos daquilo que tem medo. Perceba que você émais forte do que aquela situação que lhe trava. 

Isso não é garantia de algum resultado específico, mas é o primeiro e enormepasso em direção a sua liberdade. Assuma seus sentimentos sem culpas ou dramas e viva a realidade comsinceridade, alegria e leveza. Se você sente dificuldades nesse processo,busque auxílio terapêutico.

Algumas características comuns a quem tem medo de amar:

•  Você fica esperando o outro agir e demonstrar sentimentos para então

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também agir?

•  Você tem medo de grudar demais ou sufocar demais o parceiro?

•  Você tem medo de se indispor com o outro?

•  Fica procurando e irrita-se com os pequenos defeitos do outro?

•  Já passou por relacionamentos em que sentiu humilhação e traição?

•  Costuma comparar os seus pretendentes aos antigos companheiros?

•  Sente uma certa irritação quando percebe que está se apaixonando?

  Tem necessidade se sentir por cima na relação? 

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SOLTEIRICE NÃO ÉSINÔNIMO DE SOLIDÃOReflita sobre o peso que coloca no fato de possuir ou não companhia

 Ao pensarmos rapidamente, associamos o "estar solteiro", ao simples fato nãoter um parceiro afetivo. Porém, se olharmos mais profundamente,

perceberemos como muito mais coisas podem estar por trás dessa palavra.Quando ouvimos que alguém está solteiro, diversos sentimentos podem passarem nossa cabeça: para alguns denotará algo alegre, como diversão, farra,liberdade. Para outros, serão associados significados mais tristes, como solidãoe sensação de que falta algo, de estar incompleto. Estar solteiro é um estadocivil no mundo externo, no seu significado convencional, mas em nosso mundointerno pode ter vários sentidos.

CONSEQUÊNCIAS DE NOSSAS ESCOLHAS

Muitas pessoas acham que a solteirice deve ser um estado transitório, ummomento em que nos preparamos para ter um par, como se ter umrelacionamento fosse o objetivo de se estar solteiro. Essa é justamente umadas causas do sentimento de solidão que muitas vezes sentimos quandoestamos solteiros. Se partimos do princípio que nosso objetivo é encontraralguém, criamos o sentimento de falta dentro de nós. Ter vontade e quererencontrar um parceiro é diferente de ter isso como objetivo, como algo queprecisa acontecer em nossa vida. Portanto, solteirice e solidão só estãoassociados quando assim escolhemos. 

Basta lembrar que podemos nos sentir solitários mesmo estando em umrelacionamento. O sentimento de solidão e de falta são consequência dasescolhas que fazemos em relação ao modo como queremos vivenciar nossavida. Estão longe de ser causadas pelo que está fora de nós, como pelo fato denão ter um parceiro amoroso.

Há quem não goste de estar solteiro e reclame da falta de uma companhia, de

alguém para dividir sua vida. Tais pessoas sentem-se muito mal e perdem até avontade de sair de casa e de participar de atividades sociais, afinal estão todos

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acompanhados e estar só é uma situação constrangedora. De fato, existe umapressão externa das pessoas, quase como uma regra que exige que tenhamosum par afetivo, como um pré-requisito de ser um pessoa normal ou bemsucedida. Principalmente a partir de certa idade, é quase uma obrigação ter umparceiro. Porém, nós é quem escolhemos acatar ou não essa regra social. Não

há certo ou errado, mas se escolhemos acatá-la, escolhemos também vivenciaro mal-estar que essa escolha representa ao estar só, e portanto teremos dearcar com os sentimentos de frustração.

Será que estar solteiro realmente é algo assim tão difícil para a vida social, ousomos nós quem colocamos muito peso e valor à regrinha de "ter que" possuirum parceiro?

DISFARCES, MEDO E APRENDIZADOS PESSOAIS

Se para muitos estar solteiro é visto como algo negativo, para outros é sentidocomo sinônimo de liberdade. Ainda que aparentemente quem percebe asolteirice de modo positivo esteja bem resolvido, isto não necessariamente éverdade. Toda a movimentação social e convicção ao dizermos que preferimosestar solteiros podem ser simplesmente uma disfarce para o medo e para afuga dos relacionamentos mais profundos. A constante companhia de outraspessoas, ou os seguidos relacionamentos românticos superficiais podem nãoser uma escolha de curtir a vida desta maneira, mas distrações que refletem afuga em lidar com nossas próprias dificuldades de relacionamento. As pessoascostumam dizer que os relacionamentos são difíceis, mas os relacionamentossão relacionamentos, nem fáceis nem difíceis. Somos nos quem ainda nãoaprendemos a lidar com eles e conferimos a eles essa qualidade. A dificuldadeestá em nós e não na relação. Se a outra pessoa é difícil, ela nada mais é doque um reflexo de nossa própria falta de habilidade em nos relacionar.

Como saber se estamos nos deixando levar pelas pressões internas ouexternas e deixando de fazer nossas verdadeiras escolhas? Geralmente os

sentimentos autênticos e disfarçados se misturam e cabe a nós utilizar toda anossa honestidade com nós mesmos para reconhecer o quanto estamos nosiludindo. Só mesmo cada um de nós lidando individualmente com nossaverdade mais profunda pode descobrir isso. Pode ser estranho, desagradável eaté dolorido reconhecer como nós nos enganamos. Podemos sentir vergonha eculpa em assumir, nem que seja para nós mesmos, aquilo que consideramos"fraquezas" ou "fracassos", mas que na realidade são apenas nossos desafios eaprendizados pessoais.

Não importa se estamos sós ou acompanhados, enquanto nosso foco estiver na

opinião das pessoas, na existência ou não de um parceiro afetivo, ou emqualquer outra coisa lá fora, estaremos continuamente sujeitos aos sentimentos

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de insegurança e frustração. Podemos sim, enquanto solteiros,verdadeiramente nos preparar para um novo relacionamento e curtir a vidasocial e relacionamentos mais superficiais, porém, isso só é possível quando éuma escolha verdadeira e sincera com nós mesmos, e não uma resposta àsnossas carências e pressões externas, ou uma fuga de nossas questões mal

resolvidas internamente.

Se soubermos reconhecer o que efetivamente se passa dentro de nós,saberemos curtir a nossa individualidade e estaremos felizes, independente doestado civil!

Conheça o livro Para que o Amor Aconteça e entenda como determinadasatitudes influenciam sua vida amorosa.

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POR QUE NÃO ENCONTROUM AMOR?Perceba se sua energia de sensualidade e envolvimento está equilibrada

Uma das questões mais abordadas nos atendimentos terapêuticos que realizo éa dificuldade das mulheres em encontrar um parceiro e estabelecer um

relacionamento afetivo harmonioso. Por acreditarem que estão abertas epreparadas para se relacionarem, algumas pessoas não entendem porque sóatraem homens comprometidos, problemáticos, ou que não dão a elas o devidovalor.

Dentro da visão terapêutica que sigo, acredito que tudo que acontece em nossavida resulta da qualidade do conjunto de nossas energias física, emocional,mental e espiritual. Ainda que no nível físico não exista nada que justifique sóatrairmos relacionamentos desarmoniosos - ou seja, podemos ser bonitas ebem resolvidas, fazemos tudo "certinho" e ouvimos que somos "mulher paracasar" - ainda assim a experiência da solidão ou de relações frustradas nosmostra que algo em nós mesmas está em desarmonia.

Uma das energias que se desequilibram sem que percebamos é a nossaenergia feminina da sensualidade e do envolvimento. Historicamente asmulheres carregam memórias do envolvimento como submissão e dependênciado masculino, no sentido de que sua identidade e plenitude estãocondicionadas à existência de um parceiro e à família que ele deve nosproporcionar e prover. A sensualidade feminina geralmente é associada à

sexualidade e passa a ser vista como algo vulgar, sujo e condenável. Ainda queracionalmente a gente saiba e concorde que não precisa ser assim, nossasmemórias inconscientes (nossa maneira de vivenciar o feminino, passada pelasnossas mães, avós, bisavós, e pela maneira como essas memóriascoletivamente permanecem impregnadas em nossa sociedade e na maneiracomo tudo funciona) continuam presentes em nosso conjunto energético, ouseja, nossos corpos físico, emocional, mental e espiritual, e é com ele queinteragimos com o mundo e com os parceiros.

PRECISO DE UM AMOR PARA SER FELIZ. SERÁ? A própria dor em não ter um parceiro já mostra um desequilíbrio. Essa dor está

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intimamente ligada à crença de que só com uma cara-metade seremos plenas.Mas é importante notar que essa dor, na verdade, nada tem a ver com avontade de ter um parceiro. Pois a vontade e o querer não geram dor, mas simabertura para viver as experiências sem o apego aos resultados. Porém, grandeparte das mulheres não consegue perceber esta diferença e se recusam a abrir

mão da crença de que só seremos completas se houver um parceiro, optandoassim pelo padrão de relacionamentos negativos. Claro que é saudávelquerermos viver um relacionamento e compartilharmos nossa vida com outrapessoa. Porém, se não conseguimos nos imaginar felizes de outra maneira,isso mostra que existem questões a serem harmonizadas dentro de nós. 

 A pressão externa, seja da família, dos amigos, do meio profissional, ou dequalquer outro tipo, apenas nos massacram com a crença da felicidadecondicionada a um parceiro afetivo. Ainda que não soframos pressões diretas

das pessoas mais próximas, as próprias circunstâncias, a mídia e a maneiracomo o mundo funciona estão o tempo todo nos relembrando essa crença, queainda é predominante, dificultando os movimentos de quem busca romper comesse padrão por escolha, ou é desafiado a deixá-la ao vivenciar as frustraçõesafetivas.

Quando nos deixamos levar pela crença, ainda que sem consciência disso,criamos a energia de necessidade - muitas vezes quase de desespero - emnosso conjunto de energias. Muitas vezes até percebemos essa tendência, masficamos com tanta vergonha de sentir isso, que resistimos e escondemos essa

vontade excessiva até de nós mesmas. Podemos tentar nos comportar como senem estivéssemos ligando para os parceiros, e ficamos chateadas e irritadas,condenando os homens como se eles fossem os únicos irresponsáveis edescompromissados. Usamos o ditado "homem não presta" como desculpapara nossas experiências amorosas desagradáveis, mas continuamosesperando que algum homem apareça em nossa vida para nos provar ocontrário. Entregamos a responsabilidade e o compromisso pela nossafelicidade ao outro, e nos colocamos na cômoda posição de esperar pelopríncipe encantado, sem fazer nada que verdadeiramente contribua para queisso aconteça, mas sim agindo de modo que, pelo contrário, alimenta asseguintes energias, que apenas nos afastam ainda mais do relacionamentoharmonioso:

•  Dependência - porque ainda ficamos esperando aquele que vai nos fazer feliz.

•  Negação - não aceitamos nossa necessidade exagerada por um parceiro.

•  Falta de esperança - começamos a duvidar que é possível ser feliz no amor.

Não percebemos que nessa energia de precisar de um parceiro podemos

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também agir de maneira manipuladora, geralmente através da energia dedoação excessiva ou da má utilização do poder sexual e de sedução. Fazemostudo que podemos pelo parceiro - deixamos passar todas as pisadas de boladele, somos compreensivas, prestativas e atenciosas - não porqueverdadeiramente sejamos assim, mas usando nossa energia de manipulação

sutil. Ainda que de maneira inconsciente, achamos que agradando o parceiroele se empenhará para retribuir à altura todo nosso esforço.Assim, julgamos oparceiro ingrato e mau caráter quando ele frustra as expectativas e ilusões quenós mesmas criamos.

SEXUALIDADE NA MEDIDA CERTA

Outra maneira de tentar manipular o parceiro é usar e abusar do poder de

sedução e sexualidade, o que pode acontecer de maneira muito sutil ou maisfísico e visual. Distorcemos uma das energias femininas mais belas, e nãoentendemos porque não conseguimos "prender" o parceiro desta vez. Percebaque reprimimos nossa sensualidade, nos comportando como mãe e não mulher.Ou, no outro extremo, exacerbamos essa energia na sexualidade distorcida,ajudando a reforçar a crença negativa geral de que sensualidade é algo vulgar.

Em nenhuma dessas situações descritas acima estamos sendo nós mesmas.Nem mesmo acreditamos que podemos ser nós mesmas, pois desde pequenas

somos condicionadas e educadas para sermos o que os outros esperam denós, ou o que os outros chamam de certo e que - consequentemente -passamos a também acreditar ser o melhor. Afinal, só quem for "boazinha" serámerecedora da felicidade ou, por outro lado, só quem sabe ser sedutora epoderosa consegue prender um parceiro.

E enquanto não nos abrirmos para a verdadeira mulher que realmente somos,continuaremos atraindo relacionamentos que não correspondem a nossaverdade.

E QUANDO FALTA ENVOLVIMENTO?

 A criadora do sistema vibracional Acquântica, Ideny Pavão Ianez, ressalta queum grande problema afetivo das mulheres é a falta de envolvimento nasrelações. Isso pode parecer contraditório em um primeiro momento, quando asmulheres aparecem querendo namorar e firmar compromisso, enquanto oshomens aparentemente resistem ou fogem. Geralmente ouvimos: "ah, oshomens de hoje não querem se envolver...". Porém, se levarmos em conta tudo

que foi dito anteriormente, será que as mulheres realmente querem seenvolver? Ou querem controlar as situações e ter um homem que atenda às

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suas expectativas e crenças, alguém que as faça "felizes"? A energia deprecisar de alguém para ser feliz combina com energia do envolvimentoafetivo? Ou estaria mais para uma vibração de estrangulamento e manipulaçãosutil do parceiro?

Que tal se permitir descobrir a força da sensualidade e do envolvimento daverdadeira mulher que você é? Para isso, comece a refletir:

•  Quando você pensa em desapegar da crença que precisa de um parceiropara se sentir plena, isso lhe traz o medo de ficar sozinha?

•  Você se sente incompleta por não ter um parceiro?

•  Você está muito infeliz em seu relacionamento, mas não tem coragem de

mudar ou terminar a relação?•  Você acha injusto o que o parceiro lhe faz, e acha que só ele é quem tem

que mudar?

Se você disse sim para qualquer uma dessas perguntas, procure trabalharmelhor sua energia feminina de envolvimento. Que tal começar por pequenasmudanças em seus pensamentos e atitudes? Fique mais atenta a si mesma eperceba quando estiver usando sua energia feminina de maneira negativa, para

então fazer esses pequenos redirecionamentos de ideias e ações.

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VIVO UM TRIÂNGULOAMOROSOReflita sobre escolhas, responsabilidades e futuro do relacionamento

Você conhece alguém maravilhoso... mas comprometido. Ainda que hesitante,se permite viver essa paixão. O relacionamento vai acontecendo e quando se

dá conta, você começa a se sentir desconfortável. Se pega desejando a pessoasó para você. Será que vai dar certo?

Tudo que fazemos na vida são escolhas. Vivenciamos os resultados de nossasdecisões, que podem ser conscientes ou inconscientes. Quando percebemos oque fazemos fica mais fácil mudar, mas quando as escolhas são inconscientes,ou seja, sem percebermos somos impulsionados de uma maneira profunda poralgum sentimento distorcido, a situação nos traz consequências ecircunstâncias correspondentes. Elas farão com que tenhamos que enfrentaresse desequilíbrio inconsciente. Afinal essa é a real qualidade de energia quecolocamos na situação - e será com os desdobramentos dessa energia queteremos de lidar, uma vez que fomos nós mesmos quem a criamos.

Pode não ser fácil assumir essa responsabilidade, pois pensamos: "Como eupoderia escolher algo tão difícil? Eu não queria essa situação! Eu só quero quemeu relacionamento dê certo!". Mas de modo inconsciente não percebemosque, mesmo quando no nível físico estamos aparentemente fazendo tudo"certo", no nível energético, a nossa real motivação pode estar mascarandosentimentos ocultos, escondidos em nosso íntimo.

•  Sua escolha, sua responsabilidade

É de nossa responsabilidade avaliarmos os riscos implícitos na situação e quaisdeles estamos dispostos a correr. Não importa o que o outro diga, prometa oucomo se comporte. Pois se condicionamos nossa decisão a do outro, deixamosde lado todas as outras possibilidades. Nos iludimos com nossas própriasexpectativas, com aquilo que preferimos acreditar. Os riscos sempre existem,ainda mais em situações delicadas. Por isso, podemos levar em conta o que ooutro diz, mas ao fazermos a nossa escolha, devemos fazê-la livre de

expectativas sobre o outro. Podemos fazer escolhas sinceras, de coração, pornossa livre escolha, consciente de que tudo poderá acontecer. Como diz

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Joshua David Stone, podemos ter preferências, mas não expectativas ouapegos. Alcançamos maior harmonia quando tomamos decisões com basenaquilo que queremos e que bancamos, sem condicioná-las aos resultados.

Nós apostamos e agimos, dentro de nosso livre arbítrio e do livre arbítrio do

outro, para que o resultado de nossa preferência se concretize. Há diferençaentre fazer a nossa parte e coagir o outro, seja isso declaradamente, com açõese palavras, ou apenas energeticamente, com a nossa intenção exagerada ouvontade doentia. A percepção do saudável e do exagero é percebido emnossos próprios sentimentos: amor, liberdade, alegria significam harmonia. Angústia, ansiedade, euforia por sua vez indicam energias desarmônicas. Iralém desse livre arbítrio significa desrespeito a nós mesmos e a todos osenvolvidos. É preciso saber compreender os riscos de nossas escolhas paramelhor lidar com elas.

•  Mas e o outro não é também responsável?

 A participação do outro, ou dos outros em nossa escolha e em nosso processoé sempre coadjuvante. Eles também têm seus aprendizados, pois de outromodo não estariam também envolvidos nessa situação. Mas as decisões dasoutras pessoas e as lições delas são de responsabilidade única eexclusivamente delas. E isso tem de ficar bem claro para que nós nãomisturemos as nossas escolhas e o nosso processo às escolhas e ao processodos outros. Ainda que as decisões alheias nos afetem, cada um tem seus

aprendizados, e tem de lidar com a sua própria vida. É preciso que cada partesaiba separar o que cabe a si, sem tentar passar a responsabilidades ao outro,assim como não se apropriar de escolhas que não são suas.

Portanto, ao nos questionarmos que decisão tomar diante de um triânguloamoroso, essa escolha deve ser feita com foco em nossa real vontade. Claroque a escolha do outro pode influenciar a nossa. Mas nossa decisão não podeser condicionada à do outro, pois dessa maneira entregamos nosso poderpessoal, nosso poder de decisão. Muitas vezes condicionamos nossas decisõesà dos outros para não termos que assumir responsabilidade sobre nossaspróprias - e para assim podermos colocar o outro como responsável pela nossainfelicidade. Mas, se escolhemos colocar nossas expectativas sobre o outro,depois não podemos culpá-lo pela escolha dele, seja qual for. Assim como nós,ele tem o direito de escolher o que quiser.

•  E quando o parceiro não termina o outro relacionamento para ficarcomigo?

Pode ser que seu parceiro descubra que realmente ama a outra pessoa. Ou

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ainda que lhe ame, e até queira ficar com você, pode preferir levar em contaoutras circunstâncias e escolher não abrir mão do outro relacionamento. Isso éuma escolha do seu par, e não quer dizer que você não é bom o suficiente, ouque o relacionamento deu errado, ou que está sendo punido. Mas significasimplesmente que a escolha do outro foi diferente da que gostaria que fosse.

Podemos até ficar chateados quando as coisas não saem como queremos, masnão podemos nos entregar ao sentimento de vítima. No mínimo temos nessasituação uma grande oportunidade de aprendizado!

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SERÁ QUE MEU AMOR VAIFICAR COMIGO?Saiba como fazer escolhas dentro de um triângulo amoroso

No artigo anterior, refletimos sobre as responsabilidades de quem vive umtriângulo amoroso. Agora é hora de dar sequência a esta reflexão, avaliando os

sentimentos envolvidos. Se a outra pessoa não termina o outro relacionamentoé nossa escolha continuar com ela ou não. Se ela diz que vai terminar e nãotermina, é nossa escolha continuar apostando no relacionamento, ou não.Estamos dispostos a bancar essa situação? São riscos e escolhas.

Precisamos aprender a ser responsáveis e conscientes em relação às nossasescolhas, independente dos outros. Tomamos nossas decisões de coração,fazemos a nossa parte, mas depois deixamos os resultados fluírem, com aconsciência tranquila de que, sejam eles quais forem, nós escolhemos o quequeríamos de verdade. Mais importante do que ter o relacionamento é termos acerteza de que fizemos aquilo que acreditamos de coração, que seguimos anossa verdade interior.

Viver na verdade traz resultados de verdade. Pode ser difícil lidar, mas aomenos ela nos traz crescimento e leveza. Viver na tentativa de controle emanipulação, e na falsa esperança da ilusão traz resultados nem sempreconfiáveis, tendo sempre como pano de fundo um clima de ansiedade e tensão. A verdade sempre aparece, em horas, dias, meses ou anos. Podemos bancar orisco de viver uma expectativa, isso também é uma escolha, mas é preciso

estar plenamente consciente disso.

Não há certo ou errado, mas escolhas e consequências. Não podemos controlar o que vai acontecer, mas podemos nos preparar paralidar com as consequências, independente de quais sejam elas. Com isso,aprendemos a fazer escolhas que levem a resultados cada vez mais positivos,melhorando nossa qualidade de vida permanentemente. 

É importante aceitar os fatos como eles são e fazer escolhas com base naquiloque temos de real no momento, apostando no futuro, mas cientes de que o

futuro é uma aposta, um risco que escolhemos se queremos bancar ou não.

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DECIDA SER FELIZ, SEMPRE!

Se queremos viver de bem com nós mesmos, é preciso aprender a nosresponsabilizar por nossas escolhas - com todos os seus aspectos positivos enegativos. Isso gera um contínuo amadurecimento, no qual aprendemos a lidarcom nossas decisões sem fugir das responsabilidades geradas por cada umadelas.

Novamente: não existe escolha certa ou errada, mas aquela que fazemos ebancamos, aquela com a qual escolhemos aprender. Portanto, a pergunta dotítulo, "será que meu amor vai ficar comigo", pode ser substituída por "será quemeu conhecimento e amor por mim mesmo são fortes o suficiente para lidarcom a situação, independente do resultado?".

Todas as situações e pessoas em nossas vidas refletem a qualidade de energiaque está em nós. Se algo é desarmonioso lá fora, nos gerando sentimentosdesagradáveis, alguma energia desequilibrada dentro de nós está envolvida naquestão. Cabe a nós aprendermos a interpretar quais sentimentos e padrõesdistorcidos essas situações lá fora indicam e sinalizam aqui dentro.

Quanto mais nos trabalhamos e nos conhecemos, mais fácil fica lidar com nósmesmos e com todas as situações de nossa vida. Por isso, o trabalho deautoconhecimento é tão importante, pois nos ajuda a ter mais consciência dosnossos limites, do quanto aguentamos e estamos dispostos a nos arriscar.Proporciona mais base para fazermos nossas escolhas, de forma independentedo outro. Ao equilibrar nossos padrões, aprimoramos nossas escolhas, até quenos coloquemos em situações e relacionamentos cada vez mais saudáveis.

CONSCIENTIZAÇÃO

Vou colocar algumas perguntas para reflexão. Procure perceber, com bastantesinceridade e sem se julgar, quais sentimentos e motivações lhe colocam nesserelacionamento. Conscientize-se das energias (sentimentos, crenças,pensamentos) que motivam suas atitudes e escolhas.

Experimente fazer essas perguntas para si mesmo de formameditativa.Coloque-se em um local tranquilo, sem outras pessoas ou barulhosque lhe distraiam. Você pode colocar uma música calma e outros recursos quelhe ajudem a acalmar-se. Respire fundo e foque-se apenas em sua respiração,até perceber que já está mais relaxado e sua mente está mais tranquila. Entãoleia as seguintes perguntas e feche os olhos. Ao invés de começar a pensar e

procurar as respostas, apenas procure perceber os sentimentos que vêm. Deixeque as respostas venham através de suas emoções, sem julgá-las.

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•  Estou realmente feliz?

•  Quais sentimentos meu relacionamento gera?

•  Quais sentimentos mais profundos efetivamente me movem a continuar orelacionamento? Quero ficar com o(a) parceiro(a) ou preciso que ele (ela)fique?

•  Existe algum medo envolvido em minhas decisões?

•  Noto algum tipo de situação parecida em outros relacionamentosanteriores?

•  Por que me envolvi em um relacionamento como esse?

•  Tenho tendência a atrair amores platônicos e complicados?

•  Gosto do clima de competição criado pelo triângulo amoroso?

•  Preciso aprender a me arriscar?

•  Prefiro ficar em um zona de conforto que me garanta que o

relacionamento não vai se aprofundar?

•  Gosto de ter obstáculos que freiam o meu sentimento de criar maioresexpectativas?

•  O que aprendo sobre mim mesmo nesse relacionamento? 

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PAPEL DE AMANTE:ESCOLHA E RISCOSO que pode levar alguém a se relacionar com pessoas comprometidas

O tema traição estará em alta nos papos entre amigos e nas redes sociais. Aquele que aceita o papel de amante geralmente acaba sendo estigmatizado,

sob os olhares de julgamento e condenação das pessoas, sobretudo daquelesque já foram traídos. Visto como o vilão, o destruidor de lares, o amante acabacarregando a culpa, seja ela imposta pelos outros ou por si mesmo, de estragarrelacionamentos em prol de seu próprio prazer. Cada caso é único e não hácomo fazer generalizações, porém, uma pergunta sempre fica no ar: o querealmente leva alguém a assumir o papel de amante?

 Algumas pessoas conscientemente escolhem se relacionar com alguém que játenha outro relacionamento estável e até mesmo sua própria família. Alegamque preferem curtir apenas o lado positivo da relação sem ter que viver o queconsideram o lado negativo: a convivência, a rotina, as responsabilidades. Apesar de satisfeitas, será que elas realmente estão felizes? Ou isso se tornouuma zona de segurança? Muitas vezes nos conformamos com a felicidade"mais ou menos" para evitar correr os riscos envolvidos que a busca pelafelicidade plena implica.

DESEQUILÍBRIOS INTERNOS

Por outro lado, há quem não queira se relacionar com pessoas comprometidas,mas só tenha pretendentes que já estão em outro relacionamento. Azar? Nosartigos anteriores compartilhamos a visão de que não somos seres só físicos,mas também apresentamos outros níveis sutis, como emocional, mental eespiritual. Ainda que conscientemente no aspecto físico façamos tudo paraafastar pessoas comprometidas, podemos carregar questões e padrões quefogem a nossa percepção consciente, que nos levam a atrair tal pessoas comoum oportunidade de perceber quais aspectos nossos estão desequilibrados eque precisamos trabalhar dentro de nós.

O relacionamento com pessoas comprometidas pode demonstrar, por exemplo,um medo de se relacionar, uma dificuldade de se comprometer com o outro (e

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não o contrário, como poderíamos pensar). Muitas pessoas ansiam por umrelacionamento e juram que estão prontas para vivenciar uma relação saudável,mas podems ter memórias negativas de relações antigas ou de parceirosobsessivos e sufocantes. Podem guardar sensações ruins geradas, porexemplo, por terem presenciado o casamento aprisionante de seu pais (ou de

outras pessoas muito próximas) e carregam a crença inconsciente de quevínculos afetivos profundos aprisionam e sufocam.

Mecanismos que passam despercebidos de baixa autoestima também podemlevar a atrair parceiros já comprometidos como uma forma de autoafirmação. Afinal mesmo tendo um relacionamento o parceiro prefere a outra pessoa. É a(o) amante quem dá prazer e usufrui dos bons momentos com ele, que deixouseu par oficial para poder estar ali.

ESCOLHAS E CONSEQUÊNCIAS

Esses são alguns dos muitos questionamentos e aspectos que podem levaralguém a ser o (a) amante. Não há certo ou errado, mas escolhas econsequências. Se queremos viver de bem com nós mesmos é precisoaprender a nos responsabilizar por nossas escolhas - com todos os seusaspectos positivos e negativos. Isso gera um contínuo amadurecimento:aprendemos a lidar com nossas decisões sem fugir das responsabilidadesgeradas por cada uma delas.

Todas as situações e pessoas em nossas vidas refletem a qualidade de energiaque está em nós. Se algo é desarmonioso lá fora, nos gerando sentimentosdesagradáveis, alguma energia desequilibrada dentro de nós está envolvida naquestão. Cabe a nós aprender a interpretar quais sentimentos e padrõesdistorcidos essas situações lá fora indicam e sinalizam aqui dentro.

Portanto, antes de cair no julgamento, vale refletir:

•  Se você é ou foi traído: antes de se perguntar por que aquela pessoaquer "roubar" seu parceiro, pergunte a si mesmo quais questões terlevado você a vivenciar tal situação.

•  Se você tem um amante: antes de curtir o relacionamento, se pergunte oque quer de verdade, o que te leva a querer ter dois relacionamentoconcomitantes.

•  Se você vive o papel de amante: antes de sentir culpa ou lamentar o

envolvimento com alguém comprometido, pergunte o que dentro de vocêestá te levando a viver tal situação.

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ENFRENTANDO A DOR DATRAIÇÃOReflita sobre quais escolhas e atitudes levaram à infidelidade

Há apenas uma semana no Brasil, um site de relacionamentos para traição jáconquistou recorde de cadastros. O tema infidelidade rapidamente ganhou

destaque na mídia e nas conversas país afora. Uma pesquisa britânicaconstatou que quanto maior o QI do homem menos ele trai, enquanto a mulher,pela sua natureza mais fiel, não apresenta essa diferença. Essas informaçõesme fizeram refletir sobre a relação entre a inteligência e a ocorrência detraições.

 À medida que conhecemos e percebemos nossos limites, mais conseguimosnos expressar, dialogar e chegar a conciliações. Lidamos melhor com nósmesmos e com o outro. Assim, somos capazes de fortalecer vínculos esolucionar brechas energéticas do relacionamento, antes que elas levem asituações como a traição.

Muitas vezes as pessoas são pegas de surpresa pela traição. Mas ela éconstruída, resultado de um processo. Nós literalmente criamos e alimentamosa traição com pequenas atitudes e escolhas do dia-a-dia. Sem perceber,ignoramos a realidade e a verdade de nós mesmos e do outro continuamente.Por isso essa situação dolorosa representa um importante aprendizado,chamando nossa atenção para aquilo que estamos criando sem consciência.

Quem tem uma visão limitada sobre si mesmo também a tem para o outro. Seduas pessoas não conseguem enxergar a si mesmas, como alcançarão uma aoutra? 

Elas acabam vivendo realidades distintas que não se encontram, cada um viveem sua realidade distorcida.

ILUSÃO X VERDADE

É comum construirmos nossos relacionamentos em bases falsas que um dia sedesfazem. Viver ilusões é cansativo, pois precisamos continuamente nos

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policiar, nos tolhendo e atuando em papeis que não correspondem a quemrealmente somos. Não atendemos às nossas verdadeiras necessidades evontades.

 Alimentar ilusões pode funcionar por algum tempo, por anos ou até por uma

vida inteira. Mas o risco delas se desfazerem a qualquer momento é enorme.Esse risco pode colocar também em jogo um dos pilares básicos de umrelacionamento: a confiança.

 A traição sempre traz à tona muita dor, que vai sendo acumulada ao longo dorelacionamento. A cada vez que deixamos de nos colocar, que cedemos aooutro desrespeitando a nossa verdade, que tentamos manipular, que olhamosapenas para o outro sem olhar para dentro de nós mesmos e vice-versa. Assim,a maior traição acontece primeiramente dentro de nós mesmos quando traímos

a nossa verdade.

O EU MACHUCADO E DISTORCIDO

Quando nos omitimos ou nos colocamos de forma agressiva não estamos noverdadeiro eu, mas em nosso "eu machucado", que distorce os fatos e o pesodos acontecimentos. Imagine que alguém esbarra levemente em você. Agoraimagine que alguém esbarra da mesma maneira, mas bem em cima de seumachucado. O estímulo externo é o mesmo, mas a sensação ao recebê-lo é

completamente diferente. Por isso, a resposta do "eu machucado" é movidapela dor e toma um tom defensivo. O outro, por sua vez, também pode tambémreceber e interpretar essa resposta a partir do seu "eu machucado". Percebaquanta dor é colocada no relacionamento, ao mesmo tempo em que a verdadevai se perdendo dessa dinâmica.

O que geralmente acontece é a falta de vontade e de autocomprometimento emperceber e buscar continuamente a real qualidade da energia que criamos emnós e em nosso relacionamento. É preciso enfrentar sentimentos e crenças

negativas, percebendo esse "eu machucado" e distorcido, que nos faz teratitudes baseadas no medo, na raiva, na manipulação.

VOCÊ ESTÁ CONSCIENTE DAS ESCOLHAS QUE TEM FEITO?

Não há certo ou errado, mas escolhas e consequências. Você percebe aenergia por trás de suas escolhas em seus relacionamentos?

•  É amor ou medo?

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•  É o amor ou a preguiça de ter que enxergar e trabalhar diferenças?

•  É amor ou autoafirmação?

É preciso se desapegar do externo, fazendo escolhas baseadas na suaverdade. É claro que devemos considerar o parceiro, mas não podemos nosdecidir em função dele em detrimento de nós mesmos.

Se você traiu ou foi traído vale a pena refletir e buscar dentro de si, da maneiramais sincera e honesta possível, como se formou o caminho que o levou atraição.

•  Quais atitudes suas, sejam ativas ou passivas, contribuíram para a

traição?•  Quais questões e sentimentos seus estão desarmonizados? 

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