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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PROJETO “ A VEZ DO MESTRE ”
PESSOAS: O GRANDE DIFERENCIAL COMPETITIVO
... PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS
MARIA DE NAZARÉ DA SILVA FERNANDES
RIO DE JANEIRO
2005
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PROJETO “ A VEZ DO MESTRE ”
PESSOAS: O GRANDE DIFERENCIAL COMPETITIVO
... PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS
Monografia apresentada como
trabalho final do Curso de Pós-
Graduação em Pedagogia
Empresarial.
Orientadora: Mary Sue
RIO DE JANEIRO
2005
3
O conceito de
criatividade e o
conceito da pessoa
humana, plena,
saudável e realizadora
parecem cada vez mais
próximos, e talvez
acabem por tornar-se a
mesma coisa
Abraham Maslow
(1976)
4
APRESENTAÇÃO
“O desenvolvimento das organizações está comprometido com o das
pessoas”.
Este trabalho tem como objetivo proporcionar uma visão geral sobre a
importância das pessoas para o crescimento e sucesso de uma organização.
A relação das pessoas com o trabalho está em constante mudança e o
aprimoramento desta relação está exigindo uma maior participação e
comprometimento dos empregados na gestão das empresas e na discussão e solução
de problemas como busca de uma maior vantagem competitiva para os seus
negócios.
Portanto, administrar os ambientes de trabalho passa a ser uma ação
estratégica para as organizações. Afinal. como alcançar crescimento e sucesso, se
não houver qualidade na vida pessoal e profissional de quem os faz?
Procurar conhecer o que pensam e sentem seus empregados em
relação a salário, benefícios, o trabalho em si, a relação entre os diferentes setores da
empresa, a supervisão, a comunicação, a “estabilidade” no emprego, as
possibilidades de progresso profissional, o processo decisório, entre outros, bem
como procurar conhecer a realidade familiar, social e econômica dos seus recursos
humanos, torna-se um grande desafio para as empresas, pois satisfazer suas
expectativas e necessidades constitui um importante papel gerencial, essencial para o
êxito das organizações e das pessoas que nela trabalham.
5
Agradecimentos
Agradeço a Deus que
me guiou na
concretização desta
etapa de minha vida.
Agradeço, também,
aos meus pais que me
educaram para esta
formação.
6
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................... 4
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 7
1 - VISÃO, VALORES, MISSÃO E OS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS ......................................... 9
2 - GERENCIAMENTO DO CRESCIMENTO DO SER HUMANO ...................................................... 13
3 - LIDERANÇA ........................................................................................................................................... 24
4 - MOTIVAÇÃO ......................................................................................................................................... 26
5 - PRODUTIVIDADE, RELACIONAMENTO E QUALIDADE............................................................ 28
6 - ÉTICA E PESSOAS................................................................................................................................. 33
7 - CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO ......................................................................................................... 35
8 - COMPETÊNCIAS ................................................................................................................................... 36
CONCLUSÃO................................................................................................................................................ 42
BIBLIOGRAFIA ...................................................... .....................................................................................44
INDICE......................................................................................................................................................... ..45
ATIVIDADE CULTURAL. ...................... ....................................................................... .................ANEXO
7
INTRODUÇÃO
Globalização, abertura de mercado, alta competitividade... Estes são
apenas alguns dos fatores que estão impulsionando as empresas a buscarem
excelência organizacional. O investimento em tecnologia e inovação já não tem sido
suficientes para manter-se no mercado. O grande diferencial está no capital humano.
As pessoas de todos os níveis que constituem a organização são a verdadeira fonte de
informação, conhecimento, produtividade e qualidade. Cada vez mais a atitude e o
comportamento destas pessoas está se mostrando como fundamental para o sucesso
das empresas.
Torna-se essencial para as organizações, que as pessoas tenham todo
um conjunto de qualidades e talentos específicos que podem ser sintetizados em algo
muito preciso: a capacidade de fazer o que os outros não sabem, não querem ou não
podem fazer. Não se trata apenas de fazer o que deve ser feito pelo manual de boas
práticas. Para as organizações torna-se importante aqueles capazes de tomar atitudes
e decisões, pois são estes, na verdade, os únicos capazes de trazer transformações
efetivamente vitais para as empresas empenhadas em melhorar sempre, pois é através
da capacidade de fazer as mudanças acontecerem que começam a se diferenciar os
profissionais com desempenho excepcional daqueles que são simplesmente bons.
É fator primordial para as empresas pessoas que tenham a
competência e a visão para identificar corretamente as modificações – de estratégia,
de objetivos, de processos, de mentalidade – que precisam ser feitas dentro da
organização. Pessoas realmente capazes de tomar as decisões necessárias para
colocar, com sucesso, tais mudanças em prática.
Mas como tornar-se alguém importante dentro da organização e para a
organização? Como ser capaz de apresentar idéias luminosas ou de executar uma
solução salvadora, ou de ver algo que ninguém viu antes?
Isto será o que vamos procurar abordar a frente deste trabalho, afinal
tornar-se importante provavelmente seja a sensação mais próxima da felicidade
profissional que uma pessoa possa experimentar em sua carreira e também a questão
mais importante para as empresas.
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Mas para isto é necessário bem mais do que circunstâncias favoráveis.
E necessário, principalmente, especialização, conhecimento e inteligência,
desenvolvidos pela educação, treinamento, motivação... Pelo poder de liderança e
inovação, proporcionando, desta forma, uma grande vantagem competitiva e sucesso
de uma carreira e de um negócio.
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1 - VISÃO, VALORES, MISSÃO E
OS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
Ter uma visão de futuro, clarificar valores e focar a missão são os
elementos-chave que formam a essência em torno do qual as pessoas, grupos e
empresa planejam o seu curso. Estes elementos-chave constituem a ligação que faz
com que as pessoas, os grupos e as empresas sejam ágeis e inovadores em situações
novas.
O processo de criação da visão é uma viagem do conhecido para o
desconhecido que ajuda a criar o futuro a partir da composição de fatos, esperanças,
sonhos, ameaças e oportunidades e permite às pessoas ter uma imagem clara dos
objetivos, metas e propósitos da organização.
Visão, valores e missão compartilhados reúnem as pessoas. Eles unem
e proporcionam a ligação entre as pessoas e atividades diversas. A essência
compartilhada é a expressão do que as pessoas tem em comum e com o que elas, em
comunidade, estão comprometidas. Em organizações onde esta essência se
desenvolve as pessoas não acham que não tem poder. Elas acreditam que tem o poder
para contribuir diretamente.
Visão : O que queremos ser no futuro?
Como qualquer pessoa, a empresa que não possui uma visão de onde
quer chegar, qualquer caminho levará a lugar nenhum. O rumo será totalmente
indefinido e, se os empregados não estiverem compartilhando essa visão, não estarão
engajados nem nos objetivos a curto prazo.
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A visão é uma imagem mental poderosa do que queremos criar no
futuro. A visão deve demonstrar uma imagem bem delineada, provocante, ambiciosa
e desejável de um estado futuro que a empresa deseja alcançar. Deve ser uma
declaração a que todos da organização possam recorrer constantemente e funcionar
como uma inspiração para que as pessoas dêem o melhor de si, de uma maneira
direcionada, coordenada e compartilhada, tendo como objetivo comum, os resultados
a serem alcançados.
A visão reflete aquilo com que nos preocupamos mais. Representa
uma expressão de como será nossa missão e está em harmonia com nossos valores e
propósitos. É o resultado de um trabalho entre a cabeça e o coração. Se baseia na
realidade, mas visualiza o futuro. Ela nos permite explorar as possibilidades e
realidades desejadas. Por causa disto, a visão se torna a estrutura para o que
queremos criar e nos orienta quando fazermos escolhas e compromissos de ação.
A visão deve ser clara, tendo como alvo um ponto futuro. Deve ser
contagiante, além de formulada e difundida de modo que atinja a todos na
organização. Todo o corpo funcional tem que estar contagiado e comprometido com
os objetivos da empresa.
Valores : O que é importante para nós ?
Valores são a essência da filosofia de uma empresa para alcançar o
sucesso. Eles são a base da cultura corporativa. Os valores dão aos empregados um
senso de direção comum e servem de referência para o comportamento do dia-a-dia.
O primeiro passo na criação de uma atmosfera de comprometimento
comum é convidar os corações e as mentes dos empregados para se juntarem ao
propósito da empresa. Uma das coisas vitais que as pessoas procuram em seu
trabalho é o significado do que estão fazendo. As pessoas precisam sentir que o que
fazem vai além das atividades imediatas e afeta os outros de uma maneira positiva e
profunda. A questão central para uma empresa conseguir realizar bem um trabalho é
sua clareza sobre seus valores. Antes da missão, visão e estratégia, uma empresa ou
grupo precisa chegar a um acordo em relação ao que ela defende, tanto no que diz
respeito ao serviço, aos clientes e às relações com a comunidade e, dentro dela
11
mesma, quanto ao que se refere às suas negociações com os empregados, pois uma
das mais importantes chaves para uma maior eficácia, é uma ligação estreita entre os
valores pessoais e organizacionais.
Os valores indicam a direção, já que são uma de nossas conquistas
mais especiais enquanto seres humanos. Uma pessoa age não apenas a serviço de
suas necessidades pessoais, mais também por uma compreensão mais ampla sobre o
que é importante e significativo. Na verdade, os valores são os motivadores mais
profundos e poderosos no que tange à ação das pessoas. Quando se trabalha num
ambiente onde as atividades de trabalho são alinhados com o que consideramos
importante, a energia, motivação, aspiração e vontade para realizar até mesmo as
tarefas mais difíceis, parecem emergir. Portanto, clarificar os valores pessoais e do
trabalho pode ser um excelente recurso para uma organização.
Os valores fornecem a base para a estratégia, a missão e a estrutura.
Os valores são um conjunto de entendimentos sobre como trabalhar junto, como
tratar as outras pessoas e sobre o que é mais importante
Missão: Estamos aqui para fazer o quê ?
A declaração de missão mostra a direção exclusiva de um indivíduo e
ou empresa.. A missão de uma empresa, bem como a missão pessoal, deve mostrar o
que se faz, o propósito para o qual a empresa existe e ou existimos. As missões das
organizações são o conjunto das missões das pessoas e, o processo de encaixar as
missões dos indivíduos e da organização, normalmente, faz a diferença entre uma
empresa de sucesso e outra que está apenas sobrevivendo, pois quando as pessoas
encontram uma empresa que é um veículo para sua missão pessoal, sua energia e
entusiasmo se multiplicam.
Na essência de uma organização está o seu propósito ou missão. A
missão fornece a direção para o desenvolvimento da estratégia, definindo os fatores
críticos de sucesso, localizando as oportunidades, fazendo escolhas no que se refere à
alocação de recursos e satisfazendo os clientes e acionistas. A missão declarada, deve
distinguir a empresa de outras, tornando claro o que é exclusivo em relação ao que
ela faz. A missão deve declarar, da perspectiva dos clientes, o que a empresa oferece
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e, deve ser seguida pelos empregados como uma ferramenta-guia. Ela os ajuda a
tomar decisões e saber qual curso de ação tomar, pois proporciona um foco coerente,
a partir do qual o processo de criação de visão acontece.
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2 - GERENCIAMENTO DO CRESCIMENTO DO SER HUMANO
O mundo passa por mudanças muito rápidas. No entanto, estas
mudanças são apenas parte da rápida evolução social, tecnológica e sobretudo mental
que a humanidade vem experimentando. Estas mudanças trazem ameaça à
sobrevivência das empresas em todo mundo pelos mais variados motivos.
Como então preparar as organizações para as constantes mudanças,
tornando-as produtivas e com capacidade para o desenvolvimento e crescimento?
Uma resposta bem lógica seria: melhorando os “equipamentos e materiais”, os
“procedimentos” e os “seres humanos”.
Para melhorar os equipamentos e materiais torna-se necessário fazer
“aporte de capital”. Havendo capital pode-se comprar qualquer equipamento ou
matéria-prima desejados e com isso, inegavelmente, melhorar a sua condição para a
sobrevivência. O impedimento, neste caso, é que nem sempre o capital é disponível.
Como melhorar os procedimentos? Só é possível melhorar os
procedimentos ou métodos de uma organização através das pessoas. Não é possível
simplesmente comprar um procedimento sem que este processo passe pelas pessoas.
As pessoas podem absorver ou desenvolver métodos ou procedimentos. Portanto, o
desenvolvimento dos “equipamentos e materiais” depende do desenvolvimento do
“ser humano”
Como melhorar o ser humano? Para melhorar o ser humano, é
necessário fazer “aporte de conhecimento”. O conhecimento pode ser levado às
organizações de várias maneiras: pela seleção de pessoas bem educadas, pela
contínua educação dos empregados, pelo auto-aprendizado, pelo desenvolvimento no
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trabalho, pelo contato com pessoas de outras organizações...Em qualquer atividade
empresarial não se pode mais ignorar que boas práticas de recursos humanos
resultam em mais lucros, pois quanto melhor o ambiente de trabalho, maior é a
capacidade de inovação da empresa. E, no ambiente empresarial competitivo que
temos hoje, a inovação pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.
O ambiente empresarial é importantíssimo para manter a chama do
comprometimento. Todos devem estar a par das metas e objetivos, acompanhar os
resultados, saber quais são os benefícios e os beneficiários. Tudo bem claro e
transparente, pois o sucesso da empresa é o sucesso de todos e deve ser
compartilhado em todos os níveis. As pessoas e as organizações estão engajadas em
uma complexa e incessante interação: as pessoas passam a maior parte de seu tempo
nas organizações das quais dependem para viver e as organizações são constituídas
de pessoas sem as quais não poderiam existir.
O ser humano não vive isoladamente, mas em continua interação com
seus semelhantes. Nas interações humanas, ambas as partes envolvem-se
mutuamente, uma influenciando a atitude que a outra irá tomar. Os seres humanos
são obrigados a cooperarem uns com os outros para alcançar certos objetivos que a
ação individual isolada não conseguiria alcançar. A cooperação entre as pessoas é
essencial para a existência da organização. Uma organização somente existe quando
há pessoas capazes de se comunicarem e que estejam dispostas a contribuir com
ação, a fim de cumprirem um propósito comum.
As contribuições de cada participante na organização variam
enormemente em função não somente das diferenças individuais existentes entre
eles, mas também dos sistemas de recompensa e contribuições aplicados pela
organização.
Fator dos mais relevante para o bom desempenho de um grupo está
associado ao aproveitamento das contribuições individuais, entendidas como
dinâmica interior, que impulsiona o querer e o assumir determinada ação. A
existência da relação positiva entre o grau de participação e os sentimentos de
satisfação, responsabilidade e de comprometimento são de extrema importância. As
pessoas dão valor e tendem a apoiar o que elas ajudam a criar. O envolvimento do
grupo garante compromisso com os resultados; significação para o empreendimento
e cumprimento fiel das decisões.
15
A chave entre querer, saber e poder é primordial para um bom
relacionamento.
Querer é emoção (adesão interna, compromisso, alavancagem);
Saber é razão (conhecimento, certeza, técnica); Poder é confiança (postura,
entendimento entre os seres humanos, responsabilidade compartilhada, solidariedade
e participação).
O querer do empresário e do empregado deve unir-se ao objetivo
comum de progresso e desenvolvimento da empresa e de todos os seus integrantes.
Impossível atingir bons resultados sem o comprometimento permanente dos recursos
humanos, pois são eles os agentes transformadores da empresa. Padrões de
excelência só serão alcançados com a mobilização dos empregados, daqueles que
fazem acontecer em todos os momentos da verdade.
Mas não basta somente querer, é preciso saber.
A preparação dos empregados com treinamento adequado é fator
decisivo para o sucesso e o crescimento da empresa. Com criatividade e
conhecimento adquiridos, instala-se a melhoria contínua. A inteligência e as
habilidades dos empregados, de todos os níveis, devem se valorizados e o
treinamento considerado elemento-chave ao sucesso da empresa, pois devemos
considerar que treinamento não é despesa e sim investimento .
Além do querer e saber, o poder também é ponto chave para o
sucesso e crescimento da empresa.
O poder deverá ser entendido como forma de propiciar clima de
confiança mútua, de comprometimento e solidariedade, além de excelentes
resultados quanto a satisfação total dos clientes. Um ambiente participativo, com
transparência de objetivos e benefícios, é o padrão mais moderno e eficaz. Induz as
pessoas a atingirem objetivos e resultados. Cada membro da equipe é importante e
tem contribuições a dar. O poder deverá ser repartido bem como as
responsabilidades.
Manter um clima de confiança através da credibilidade, que é a
maneira como o empregado ver suas chefias; através do respeito, que é como o
empregado acha que é visto por suas chefias; e através da justiça, que é a percepção
de um ambiente igualitário em termos de remuneração, benefícios, promoções... gera
comprometimento, fundamental para o desenvolvimento das organizações. Portanto,
16
além de boas práticas de recursos humanos, é preciso que a relação chefe
subordinado seja saudável, isto é, profissional, respeitosa e estimulante, pois
credibilidade, respeito e justiça fazem as pessoas produzirem mais e melhor.
Ter e manter recursos humanos com educação e capacitação para
exercer funções cada vez mais complexas e que requerem habilidades não só
intelectuais, mais também comportamentais e emocionais está se tornando o
principal objetivo das empresas, pois deles depende a sobrevivência, crescimento e
sucesso da organização.
Políticas de Recursos Humanos
Em função da racionalidade, filosofia e cultura organizacional surgem
as políticas. Políticas são regras estabelecidas para governar funções e assegurar que
elas sejam desempenhadas de acordo com os objetivos desejados. Constituem
orientação administrativa para impedir que empregados desempenhem funções
indesejáveis ou ponham em risco o sucesso de funções específicas. Assim, políticas
são guias para a ação. Servem para prover respostas às questões ou aos problemas
que podem ocorrer com certa freqüência, fazendo com que os subordinados
procurem, desnecessariamente, seus supervisores para esclarecimento ou solução de
cada caso. As políticas de recursos humanos referem-se às maneiras pelas quais a
organização pretende lidar com seus membros e, por intermédio deles, atingir os
objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos
individuais.
As políticas de recursos humanos podem variar, conforme a
organização, levando em consideração os seguintes fatores:
• antecedentes históricos da organização;
• cultura organizacional e racionalidade;
• contexto ambiental: fatores econômicos, políticos, sociais, culturais,
tecnológicos, dentre outros;
• localização geográfica;
• relações com sindicatos;
• políticas e restrições governamentais
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As políticas de recursos humanos, quando bem delineadas e
desenvolvidas, podem levar às seguintes conseqüências:
• aprimoramento das técnicas de administração de recursos humanos;
• aplicação de sadios princípios de administração, do topo à base da
organização, principalmente no que se refere às necessidades de relações
humanas de boa qualidade;
• adequação de salários e benefícios sociais às necessidades do pessoal;
• retenção de recursos humanos qualificados e altamente motivados dentro
da organização;
• garantia da segurança pessoal do empregado em relação ao emprego e às
oportunidades dentro da organização;
• obtenção de efetiva participação dos empregados.
Cada organização desenvolve a política de recursos humanos mais
adequada à sua filosofia e às suas necessidades. Uma política de recursos humanos
deve abranger o que a organização pretende em relação aos seguintes aspectos:
1 - Políticas de Provisão de Recursos Humanos
• onde recrutar (fontes de recrutamento dentro ou fora da organização),
em que condições e como recrutar (técnicas de recrutamento
preferidas pela organização para abordar o mercado de recursos
humanos) os recursos humanos necessários à organização;
• critérios de seleção de recursos humanos e padrões de qualidade para
admissão, quanto às aptidões físicas e intelectuais, experiência e
potencial de desenvolvimento, tendo-se em vista o universo de cargos
dentro da organização;
• como integrar os novos participantes ao ambiente interno da
organização, com rapidez e efícácia.
2 - Políticas de Aplicação de Recursos Humanos
• como determinar os requisitos básicos da força de trabalho para o
desempenho das tarefas e atribuições do universo de cargos da
organização;
• critérios de planejamento, alocação e movimentação interna de
recursos humanos, considerando-se o posicionamento inicial e o
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plano de carreiras, definindo as alternativas de oportunidades futuras
possíveis dentro da organização;
• critérios de avaliação da qualidade e da adequação dos recursos
humanos através da avaliação do desempenho.
3 - Políticas de Manutenção de Recursos Humanos
• critérios de remuneração direta dos participantes, tendo-se em vista a
avaliação do cargo e os salários no mercado de trabalho e posição da
organização frente a essas duas variáveis;
• critérios de remuneração indireta dos participantes, tendo-se em vista
os programas de benefícios sociais mais adequados à diversidade de
necessidades existentes no universo de cargos da organização,
considerando a posição da organização frente às práticas do mercado
de trabalho;
• como manter uma força de trabalho motivada, de moral elevado,
participativa e e produtiva dentro de um clima organizacional
adequado;
• critérios relativos às condições físicas ambientais de higiene e
segurança que envolvem o desempenho das tarefas e atribuições do
universo de cargos da organização;
• relacionamento de bom nível com sindicatos e representações do
pessoal.
4 - Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos
• critérios de diagnósticos e programação de preparação e reciclagem
constantes da força de trabalho para o desempenho de suas tarefas e
atribuições dentro da organização;
• critérios de desenvolvimento de recursos humanos a médio e longo
prazos, visando à contínua realização do potencial humano em
posições gradativamente elevadas na organização;
• criação e desenvolvimento de condições capazes de garantir a saúde e
excelência organizacional, através da mudança do comportamento
dos participantes.
5 - Políticas de Controle de Recursos Humanos
19
• como manter um banco de dados capaz de fornecer as informações
necessárias para as análises quantitativas e qualitativa da força de
trabalho disponível na organização;
• critérios para auditoria permanente da aplicação e adequação das
políticas e dos procedimentos relacionados com os recursos humanos
da organização.
As políticas de recursos humanos situam o código de valores éticos da
organização que governam relações com os empregados, acionistas, consumidores,
fornecedores... A partir das políticas pode-se definir os procedimentos a serem
implantados, que são cursos de ação predeterminados para orientar o desempenho
dos empregados, das operações e atividades, tendo-se em vista os objetivos da
organização. Os procedimentos constituem uma espécie de plano permanente que
serve para orientar as pessoas na execução de suas tarefas dentro da organização. No
fundo, servem para guiar as pessoas na realização desses objetivos. Visam dar
consistência à execução das atividades, garantindo um tratamento eqüitativo para
todos os participantes e um tratamento uniforme para todas as situações.
A qualidade de desempenho das pessoas não é coisa fácil de ser
conseguida, especialmente quando se consideram as dificuldades das empresas nos
dias atuais. Mas, o que é possível fazer para atingir um nível de qualidade de
desempenho das pessoas? O nível de desempenho de uma equipe, gerador do nível
de qualidade dos resultados de uma empresa depende, fundamentalmente, dos fatores
abaixo:
• Aprimorar o recrutamento e seleção, no sentido de se ter um quadro mínimo mais
ótimo;
• Educar e treinar as pessoas de tal forma a transformá-las nos “melhores do
mundo” naquilo que fazem;
• Reter estas pessoas nos quadros da empresa de tal forma que a empresa faça parte
do projeto de vida de cada uma;
• Criar condições para que cada empregado tenha orgulho de sua empresa e um
forte desejo de lutar pelo seu futuro diante de quaisquer dificuldades.
A compreensão destes fatores é o requisito mínimo para se entender o
sistema de crescimento do ser humano, dentro de suas necessidades. Não se pode
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falar em empresa competitiva, sem que se tenha pessoas competentes e dedicadas à
tarefa de fazer da empresa a “melhor do mundo”.
Portanto, todo programa de crescimento do ser humano deve ser
baseado em políticas de recursos humanos que levem em consideração não só estes
aspectos, mas também todos os que se tornarem necessários e adaptáveis às
organização que buscam a sobrevivência, a competitividade e o sucesso.
O Crescimento do Ser Humano na Empresa
As empresas devem ser vistas como organizações que tem como
missão maior satisfazer as necessidades de sobrevivência do ser humano. Quem fizer
isto da melhor maneira, ganhará o lucro desejado. A empresa é um dos ancoradouros
do ser humano e um lugar onde ele poderá realizar o seu potencial.
O crescimento do ser humano está baseado na intenção de que as
pessoas devem fazer sempre serviços de valor agregado cada vez mais alto. Maior
valor agregado para pessoas, significa trabalho no qual se escreve, fala, ordena,
mostra, instrui ..., ao invés de mover, copiar, seguir, obedecer... Crescimento do ser
humano significa utilizar cada vez mais a mente do indivíduo e não somente a força
braçal. Para isto, o indivíduo deve ser preparado durante toda a sua vida. Numa
empresa voltada para o “melhoramento contínuo”, as pessoas devem ser sempre
incentivadas, motivadas e desafiadas a utilizarem suas mentes, ninguém deverá ficar
ocioso.
O clima da empresa deve ser propício ao desenvolvimento da
potencialidade das pessoas e estimular permanentemente o entusiasmo dos
empregados. Deve favorecer o desabrochar criativo que existe em cada um de seus
empregados. Todos devem ter a liberdade para experimentar novas idéias e ser
estimulados a pensar sobre um modo diferente de fazer as coisas, a mudar as regras e
os procedimentos rotineiros e estar preparados não apenas para entender, mas para
questionar e mudar paradigmas.
21
Educação e Treinamento
“ Um meio moderno de desenvolver competências nas pessoas
para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras,
a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais, e
cada vez mais valiosas”
A empresa que desejar crescer, se desenvolver e ter sucesso tem que
educar e treinar permanentemente seu corpo funcional. Dessa forma, a organização
realmente demonstra como valoriza o desenvolvimento de seus empregados e esse
investimento nas pessoas se torna um grande fator motivador, o qual gera um retorno
incalculável para a própria empresa, já que as pessoas ficarão mais qualificadas
profissionalmente e aplicarão o conhecimento adquirido na própria empresa.
Empresas que investem na capacitação e no desenvolvimento de seus
empregados estão constantemente fomentando, de maneira inteligente, o
conhecimento, que se constitui no cerne de evolução, transformação e produtividade
das organizações.
A velocidade do conhecimento nos dias atuais é ilimitada, e torna-se
cada vez mais difícil a cada pessoa da organização, isoladamente, acompanhar tantas
variáveis que se sobrepõem na Era da Informação. Dessa forma, todos na
organização tem que estar voltados para a apreensão de novas idéias e conceitos e
debater a sua aplicação no presente e futuro da empresa. A empresa que capta,
produz e dissemina conhecimento está permanentemente valorizando os seus seres
humanos, motivando-os e desenvolvendo a inteligência corporativa na busca de
melhores resultados, o que em última análise se reverte no crescimento de toda a – e
todos na – organização.
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Objetivos da Educação e Treinamento
A educação e treinamento são um meio para o crescimento do ser
humano e, deve ser utilizado tendo como grande objetivo a sobrevivência da
empresa, através do desenvolvimento das habilidades e desejo de trabalhar.
A educação e treinamento tem os seguintes objetivos imediatos:
• Desenvolver o raciocínio das pessoas: É baseado no desenvolvimento da
“consciência pelos problemas” e pela busca das causas dos mesmos, de tal
forma que nunca voltem a ocorrer.
• Desenvolver a sensibilidade e a tenacidade para mudanças: visa levar ao
empregado uma visão crítica do mundo e uma percepção de que nada é
perfeito e tudo pode ser mudado para melhor.
• Desenvolver a consciência de que a empresa é sua: visa mostrar que a
empresa não é meramente um lugar para trabalhar e ser pago. A empresa
deve ser vista como uma oportunidade de se realizar uma “visão de futuro”.
A base para a educação e o treinamento é a motivação das pessoas. A
educação e treinamento podem ser conduzidos das seguintes formas:
• Treinamento no trabalho: é a educação e treinamento conduzidos pelos
superiores hierárquicos, no local de trabalho, através da rotina do dia-a-dia,
tendo como objetivo colocar a experiência e conhecimento no uso prático. O
treinamento no trabalho é a base da educação e treinamento na empresa,
melhora os resultados do trabalho, torna o trabalho mais interessante e motiva
as pessoas a se desenvolverem.
• Autodesenvolvimento: este tipo de educação e treinamento é conduzido ao
nível individual através do esforço do próprio empregado. Para isso, ele deve
ser desafiado a resolver problemas.
• Treinamento em grupo: é o tipo de educação e treinamento conduzidos ao
nível de toda a empresa. Este tipo de educação e treinamento é planejado pelo
setor de treinamento ou por áreas especializadas.
A educação é, por vezes, confundida com treinamento. Enquanto
educação é voltada para a mente das pessoas e para o seu autodesenvolvimento, o
treinamento é voltado para as habilidades na tarefa a ser executada. Portanto,
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educação e treinamento são a base de sustentação e desempenho das pessoas na
empresa.
Sistemas de Avaliação de Desempenho e Premiação
De forma bastante abrangente, pode-se entender como “desempenho”
de empregados, o conjunto de atribuições que estes dão para que os objetivos da
empresa sejam atingidos. Dessa forma, o desempenho será mais eficaz se os
empregados estiverem bastante conscientes quanto aos valores e objetivos da
empresa e quanto às expectativas que esta tem em relação aos resultados de seu
trabalho.
As pessoas são diferentes, tem potenciais mentais diferentes e talentos
diferentes. É, portanto, natural avaliar o desempenho das pessoas de tal modo que
isto possa se refletir em sua carreira. As pessoas sentem necessidade de serem
reconhecidas e recompensadas pelos seus esforços e seus desempenhos. Para
satisfação e crescimento das pessoas, o reconhecimento deve ser notório e público
para que os empregados se sintam realmente valorizados pela empresa. É importante,
também, que haja prêmios para as áreas e pessoas que mais se destacam além de
troféus, cartões ou outros marcos que sejam significativos para os empregados.
Constantemente, deve ser verificado se os sistemas de reconhecimento
e premiação estão adequados a cada empregado, no sentido de incentivá-los a
investir esforços crescentes na obtenção dos resultados. Se a empresa está angariando
um lucro crescente, nada mais justo do que dividi-lo eqüitativamente entre seus
empregados. Afinal, não se espera sempre a intensa participação, esforço e
desempenho dos empregados na obtenção dos objetivos da empresa? Então, por que
não alocar uma “fatia do bolo” com eles?
O reconhecimento e a recompensa são vitais para o sucesso da
empresa e de seus empregados. Sucesso gera sucesso. A valorização de cada um dos
empregados deve fazer parte da essência de uma organização que queira sempre
crescer e se desenvolver.
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3 - LIDERANÇA
O recurso natural mais escasso é a liderança. Não a liderança que se
adorna com alvoroço, mas aquela capaz de levar as pessoas a fazerem coisas que não
acreditavam que pudessem fazer. A liderança que depende, não de pompa e
armadura, mas de compreensão e cuidado com a inquietação das pessoas. O sucesso
nos negócios está baseado na liderança. Outros fatores como informação, preparação,
organização, comunicação, motivação, execução..., também contribuem para o
sucesso, mas a eficiência destes fatores depende totalmente da qualidade da
liderança. Ser líder é ótimo, acima de tudo, para o próprio líder. Ele vale cada vez
mais no mercado de trabalho.
Por que um líder é importante? Acima de tudo, porque uma pessoa,
por mais motivada que esteja, não está ligada à empresa. Ela está ligada diretamente
às pessoas com quem fala, para quem apresenta suas idéias, de quem ouve uma
palavra de apoio ou um resmungo de intolerância. Se acima de uma pessoa criativa,
competente e motivada estiver um líder, tanto melhor. Mas, se ela não encontrar
quem dê valor a sua idéias, vai procurar outras paragens onde se sinta valorizada.
Isso é péssimo para a organização que precisa sobreviver num mercado competitivo,
no qual chegar a frente da concorrência pode significar a diferença entre sobreviver
ou perecer.
A liderança nos negócios é por si só um trabalho criativo, imaginativo,
instigante e respeitável. Não se trata apenas da criação da riqueza, mas sim da
criação de um mundo melhor para amanhã e do crescimento das pessoas. Portanto, os
líderes de amanhã serão aqueles que tiverem a capacidade de criar ambientes nos
quais as pessoas se sintam donas de seu próprio poder. Esta é a essência da boa
25
liderança. É muito comum percebermos a liderança nas outras pessoas e não em nós
mesmos, a liderança que podemos oferecer. Contudo, a liderança existe dentro de
todos. Essa liderança provém de uma atitude mental, não necessariamente das
qualificações adquiridas ou da posição ocupada. Os líderes “mostram o caminho”,
algo de que todos são capazes.
As empresas, e até mesmo o mundo, necessitam não só de lideres no
sentido convencional, mas de pessoas dispostas a “mostrar o caminho”. Pessoas que
possam dotar a si mesmas de poderes, que possam assumir a responsabilidade por
suas vidas e pelo mundo em que vivem e que possam criar um ambiente que permita
aos demais atingir o próprio poder. Esses líderes não estão somente no topo da
hierarquia. Podem surgir de todos os níveis e de todas as posições sociais.
Não existe uma fórmula certa para um tipo de líder. Alguns são
carismáticos, outros agem mais discretamente. Alguns podem ser competentes
jogadores de equipe, enquanto outros podem ser fortemente individualistas e
trabalhem melhor sozinhos. Alguns são ousados, outros agem na retaguarda. Alguns
são orientados pela emoção, enquanto outros são mais lógicos e analíticos. Alguns
são introvertidos e outros altamente extrovertidos. Alguns exercem a liderança
consciente, outros se surpreendem com o fato de serem vistos como líderes mas, o
que os novos líderes precisam compartilhar não é um novo estilo exterior, mas um
novo estilo interior. Eles terão que compreender suas próprias motivações, assim
como o que precisa ser feito. Sua verdade interior deverá estar mais presente naquilo
que fazem. Terão que ter a coragem de lutar por aquilo que valorizam. Serão pessoas
que compreendem que a verdadeira autoridade está naquela voz silenciosa ouvida em
seus corações.
26
4 - MOTIVAÇÃO
“Motivação é aquilo que leva um indivíduo a despender
energia numa direção específica com um propósito
específico.”
A motivação é um aspecto extremamente importante para o
incremento da produtividade dos empregados. É chave para o sucesso e está dentro
de cada pessoa.
Ninguém faz nada sem alguma razão, e quando as pessoas entram em
uma organização, vem motivadas, ansiosas para fazer bem as coisas e dispostas a
trabalhar. A pessoa vai trabalhar inteira, levando consigo necessidades e interesses
pessoais e profissionais, além daqueles relacionados com o trabalho. Quando as
pessoas sentem que alguém, ou a própria organização, passa por cima de suas
necessidades ou frusta seus interesses, a motivação se torna um problema. As
pessoas tem metas a serem alcançadas. Precisam ter bons benefícios ou salário para
gostar do que fazem. Embora poucos cheguem a pensar com cuidado sobre os
motivos ou razões que os impelem, e muitas vezes não os compreendem, mesmo
quando sabem que eles existem, há sempre um motivo ou uma razão por trás daquilo
que fazem. As pessoas não sabem sempre o que as está puxando ou empurrando até
que se deixem levar por seus motivos. Sentem um desconforto, a falta de alguma
coisa, uma necessidade que precisam satisfazer e trabalham muito para diminuir o
desconforto ou satisfazer a necessidade. É isso que constitui a motivação.
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As organizações pedem mudanças e o primeiro paradigma a mudar é a
forma de conseguir que as pessoas façam aquilo que precisa ser feito. A meta mais
importante é ajudar as pessoas a assumirem a responsabilidade pelo que fazem e pelo
que recebem em conseqüência do que fazem, através da criação de um ambiente
onde as pessoas possam se sentir bem com a empresa, consigo mesmas e entre si, e
estar confiantes na satisfação das próprias necessidades, ao mesmo tempo que
cooperam com os grupos de trabalho.
Portanto, as pessoas devem ser valorizadas, reconhecidas e se
sentirem importantes dentro do contexto organizacional. O clima de toda a empresa
deve ser propício ao desenvolvimento da potencialidade das pessoas e estimular
permanentemente o entusiasmo nos empregados, pois um empregado motivado
requer menos controle, tem menos períodos de baixa produtividade e maiores
probabilidades de ser esforçado e criativo.
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5 - PRODUTIVIDADE, RELACIONAMENTO E QUALIDADE
Crescer é imperativo no mundo dos negócios. E para crescer é preciso,
principalmente, possuir no cerne da organização a estratégia bem consolidada de
produtividade, relacionamento e qualidade, que funcionará como uma mola
propulsora da diferenciação da empresa diante de seus concorrentes e da obtenção da
liderança no seu nicho de negócio.
Produtividade, Relacionamento e Qualidade não devem ser tratados
como aspectos isolados. Devem se complementar e se intercalar formando um todo
indissociável de suas partes, de tal maneira que uma não permaneça completa sem as
outras, pois o crescimento da empresa não estará concentrado apenas na
produtividade, no relacionamento ou na qualidade, mas na conjunção dos três
aspectos numa visão estratégica na condução de seus negócios.
Produtividade
Qual a visão de futuro da empresa? Quais as metas para o próximo
ano? Todos os empregados tem conhecimento das metas?
A comunicação deve ser amplamente difundida por toda a
organização, com todos tendo ciência dos objetivos da empresa (visão, missão, metas
estratégicas e ações a serem implementadas). Os objetivos gerais da empresa e sua
visão de futuro devem ser compartilhados por todos na organização, de tal forma que
permaneçam na mente e no coração de seus empregados. Quando se possui um
objetivo maior e comum a todos, as atividades são um meio e não um fim em si
mesmas. Elas passam a fazer parte de um processo de construção de um todo maior
29
que transcende as dificuldades cotidianas e dão um novo significado a todos da
organização. As pessoas, quando possuem um ponto futuro bem definido a ser
alcançado, otimizam melhor seus recursos, agregam mais tarefas e responsabilidades
e norteiam melhor os caminhos que farão atingir o resultado esperado a longo prazo.
E para que a empresa seja produtiva e tenha uma organização eficaz e integrada, de
forma a maximizar os seus resultados, todos devem estar compartilhando da visão de
futuro e dos objetivos, se sentindo intensamente engajados, comprometidos e
entusiasmados com o processo de uma maneira coesa e sinérgica e, para isso, é
necessário que haja um excelente clima organizacional, além de adequada educação
constante e sistemática e, acima de tudo, empregados motivados.
Para se obter um clima organizacional favorável à produtividade, é
fundamental que haja o incentivo à participação dos empregados, pois quando as
pessoas são ouvidas e estimuladas a expor suas idéias, o grupo pode explorar as
divergências em vez de evitá-las, e chegar a um consenso com um grau muito maior
de comprometimento com as soluções propostas, uma vez que todos contribuíram
para chegar as elas. Além disso a participação ajuda a desenvolver o espírito de
equipe, educa a habilidade de ouvir o ponto de vista do outro, facilita a
descentralização de comando e fortalece o processo de decisão. A participação se
correlaciona, fortemente, ao sentimento de satisfação no trabalho e ao
comprometimento com o futuro da empresa.
Educar, educar e educar! Treinar, treinar e treinar! Para se obter o
melhor dos empregados e ter na empresa pessoas de qualidade, é necessário investir
tempo e recursos em educação e treinamento. O retorno será bem maior.
Sem conhecimento não há evolução. Assim como tudo muda
rapidamente, o conhecimento também se modifica e quem não estiver
acompanhando-o com extrema velocidade, se tornará obsoleto e ultrapassado.
Portanto, incentivar o autodesenvolvimento dos empregados e promover
intensamente cursos internos e externos, torna-se fator primordial. É importante
transformar estas atividades de treinamento em ações sistemáticas e constantes, de tal
forma que isso passe a fazer parte da cultura da organização, levando-a a ser uma
empresa de contínua aprendizagem. É necessário que a empresa implemente uma
visão de aprendizagem constante, de busca incessante de novos conhecimentos. A
empresa deve propiciar, portanto, um clima que favoreça o aperfeiçoamento, o
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conhecimento, a participação e a motivação, a disseminação das informações
estratégicas sobre os objetivos e metas da organização como forma de se tornar mais
produtiva.
Relacionamento
Embora sejamos indivíduos, não somos criaturas isoladas. Estamos
sempre nos relacionando com outras pessoas, no trabalho, em casa ou na nossa
comunidade social. Esses relacionamentos podem estender-se de relações pessoais
íntimas até relações profissionais mais formais, e de contatos diários até aqueles
contatos que fazemos apenas ocasionalmente. Todavia, embora nossas relações
possam ser importantes, a maioria das pessoas as considera uma das áreas mais
difíceis da nossa vida. Poucos diriam que não precisam melhorar nessa área. É
imprescindível que o relacionamento esteja estrategicamente concebido na empresa.
Todos devem ter clara a política do excelente relacionamento, seja em nível interno:
entre a empresa e os empregados, entre diferentes departamentos, seja em nível
externo: entre a empresa e seus fornecedores, seus clientes e a comunidade. O
excelente relacionamento pode ser um grande diferencial para a empresa.
Para que se possa obter um bom relacionamento externo, a empresa
tem que ter um bom relacionamento interno, de forma que a filosofia incentivada
seja a de “portas abertas”, a de participação e cooperação para que possa haver o
comprometimento de todos. Se a empresa não estiver bem internamente, certamente
não conseguirá manter um bom relacionamento externo. As atitudes, o moral baixo e
as insatisfações internas são facilmente percebidos e se refletem no tipo de
atendimento que é propiciado pelas pessoas da organização. Por outro lado, o
orgulho do trabalho e da empresa, a motivação das pessoas e o entusiasmo são
claramente percebidos pelos clientes e geram confiança e credibilidade na empresa.
É importante atentar para o impacto de um excelente relacionamento
nos resultados da empresa. O quanto esta forma de ser e agir pode impactar na
receita e na lucratividade da organização. Já a partir do processo seletivo de pessoal,
é necessário contratar pessoas que gostem de lidar com pessoas, que tenham “espírito
de equipe”, que sintam prazer em prestar um bom atendimento, que estejam sempre
31
de “bem com a vida”, pois pessoas que não possuem essas características tendem a
contagiar o ambiente com conflitos internos, desavenças com clientes (internos e
externos) e desestabilizam o bom clima organizacional. Trabalhar com outras
pessoas permite-nos ir além das nossas fraquezas e limitações pessoais. Permite-nos
utilizar recursos que estão além dos meios de qualquer pessoa e passar dos esforços
pessoais para operações em larga escala. Este esforço grupal é a pedra fundamental
de qualquer organização.
Qualidade
A sua empresa está se diferenciando diante de seus concorrentes? Está
obtendo sucesso neste mercado tão competitivo? Possui a liderança em seu tipo de
negócio? Se estas perguntas forem respondidas positivamente, então sua empresa
possui a qualidade fortemente internalizada como um princípio fundamental de seus
negócios.
Mas o que é qualidade? Qualidade é um processo inesgotável de busca
da excelência. Excelência essa que nunca se atinge completamente pois quando se
alcança um paradigma de excelência, outros paradigmas advêm e novas mudanças
tornam-se necessárias. A excelência somente é conseguida, quando deixamos os
clientes completamente encantados.
Quando se pensa em cliente, não devemos nos referir apenas aquele
que compra o serviço ou produto, mas sim a todas as pessoas com as quais a empresa
estiver direta e indiretamente relacionada, sejam estes os empregados, os
fornecedores, os que compram os produtos e/ou serviços, os usuários finais e até
mesmo a comunidade na qual a organização está inserida, pois clientes são todos
aqueles com quem a empresa necessita estabelecer uma relação de parceria para que
possa crescer.
Para que a empresa obtenha o grau de satisfação necessário, é
importante que os empregados se sintam felizes, comprometidos, entusiasmados e,
principalmente, motivados pelo fato de pertencerem ao corpo funcional da
organização. É importante que a empresa, continuamente, inspire um crescente
entusiasmo e motivação para que toda a potencialidade de seu pessoal aflore e tenha
32
uma permanente expansão. Por isso, manter pessoas que possuam na sua essência
aspectos tais como gostar de lidar com outras pessoas, trabalhar em equipe e
aspiração ao autodesenvolvimento dentre outros, são características primordiais para
a composição do time. As pessoas, para crescerem, necessitam de estímulos
provenientes do ambiente, que propiciem boas condições para o seu
desenvolvimento, tais como: reconhecimento, valorização profissional, participação,
obtenção de novos desafios, bom ambiente de trabalho e conhecimento para que
possam se expandir, explorar novas potencialidades e adquirir uma
multifuncionalidade tão necessária paras as empresas.
O processo de inspiração é fundamental para que as pessoas estejam
sempre entusiasmadas e busquem o aperfeiçoamento pessoal e da empresa como um
todo. É essencial, ainda, que haja um espírito de cooperação mútua, em prol de um
crescimento conjunto (pessoal e da empresa). A visão de que, o fortalecimento e
crescimento da empresa trazem embutido o crescimento subsequente dos
empregados deve ser clara, para que haja confiança, credibilidade e, acima de tudo, o
comprometimento de todos. E para que o empregado tenha a visão de crescimento
conjunto, é necessário que tenha exemplos concretos dentro da organização, onde
todos recebam feedbacks constantes a respeito de sua performance e alinhem suas
metas pessoais com as metas da empresa, assumindo assim, compromissos mútuos.
33
6 - ÉTICA E PESSOAS
Num mundo agressivo, em que a filosofia é puxar o tapete dos outros
antes que puxem o nosso, palavras como honestidade, compromisso, correção, zelo e
probidade parecem, no mínimo, fora de moda. Mas a prática mostra que uma atitude
ética pode ser a chave para o sucesso.
Compromissada com um objetivo comum e um conjunto de valores
éticos, qualquer empresa pode se tornar grande não somente por tamanho ou volume
de lucros, mas pela qualidade do serviço prestado aos clientes e pela qualidade de
vida de seus empregados, propiciando a todos – donos, acionistas, empregados,
fornecedores e clientes – um ganho real e sólido. Hoje, talvez mais do que em
qualquer outra época, a empresa precisa saber o que representa e de acordo com que
princípios vai operar, pois o comportamento organizacional baseado em valores
éticos deixou de ser uma interessante opção filosófica e transformou-se em requisito
para a sobrevivência.
Nesta época turbulenta em que estamos vivendo, tornaram-se confusas
numerosas coisas que antes eram simples. As empresas andam muito ocupadas
tentando seguir dezenas de sugestões, para sobreviver e obter vantagens
competitivas, que parecem muito sensatas. Ainda assim, a despeito de muito tempo e
esforço, poucos parecem capazes de propor um enfoque que garanta o sucesso e
satisfaça as expectativas dos diferentes tipos de pessoas envolvidas. Em tempos de
mudança constante, é fácil pensar que até as leis fundamentais que pautam a
decência e o comportamento humanos mudaram também. Os mesmos tipos de
considerações básicas que sempre foram necessárias para manter leais os
empregados, contentes os clientes, satisfeitos os acionistas, assim como credores e
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fornecedores em fazer negócios com a empresa, são necessários agora. A empresa
que conta com um alicerce seguro em todos seus relacionamentos básicos no mundo
dos negócios, onde tantas estão escorregando e perdendo o rumo é, na verdade,
direcionada ao sucesso.
As empresas, além do compromisso com a obtenção do lucro, devem
demonstrar compromisso também com valores empresariais como honestidade,
integridade, lealdade e cooperação, pois se assim não acontecer, enfrentarão grandes
problemas e dificuldades.
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7 - CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO
Qualidade, preço competitivo, bons serviços, marca forte e marketing
inteligente deixaram de ser diferenciais. Ou a empresa tem estes atributos ou está
condicionada a morte. É preciso possuir tudo isso e ainda fazer com que as pessoas
gostem de sua empresa, se identifiquem com sua marca e tenham satisfação em
trabalhar no seu negócio. O consumidor atual quer comprar produtos de empresas
com valores éticos, que respeitem seus empregados e dêem oportunidades iguais para
todos. Empresas que protejam o meio ambiente e se comprometam com as
comunidades. O mercado está exigindo, cada vez mais, esse tipo de atitude por parte
do mundo dos negócios. Está exigindo responsabilidade social e ética. Está exigindo
que a empresa ajude suas comunidades e se torne uma empresa cidadã.
Empresa Cidadã é a empresa que busca alicerçar sua missão e visão
estratégica de negócios com os valores da cidadania e da responsabilidade social. No
centro de suas estratégias de negócios deverá está o respeito aos seus empregados,
fornecedores, clientes e comunidade, pois cultivar valores éticos, que resguardem o
meio ambiente e todos sejam tratados com respeito e dignidade está se tornando
primordial sendo isto é uma forma dos empregados se sentirem especiais, motivados
e orgulhosos das empresas em que trabalham, apenas pela contribuição que todos
darão à sociedade.
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8 - COMPETÊNCIAS
Está existindo uma inequívoca preocupação nas empresas com
qualidade. E o que é melhor, com qualidade voltada para os recursos humanos que,
de fato, estão começando a ser vistos como realmente humanos. Uma preocupação
com o indivíduo, fruto do entendimento das pessoas, o maior patrimônio que uma
empresa possui. As empresas são as pessoas e o resultado de como as pessoas
trabalham nelas.
Existe uma procura intensa, por parte das empresas, por recursos
humanos com educação e capacitação para exercer funções cada vez mais complexas
e que requerem habilidades não só técnicas e intelectuais, mas também
comportamentais e emocionais. As organizações estão ficando com um número cada
vez menor de empregados comuns, em função da pressão por produtividade e da
crescente automação, e procurando, cada vez mais, gente talentosa e mais qualidade.
Esta é a tendência que está persistindo. As pessoas passam a ter maiores
responsabilidades e mais autonomia. Passam a não ter tarefas definidas e sim metas,
objetivos e diretrizes. A empresa dará uma direção e cada um deverá achar a melhor
forma para realizar o trabalho necessário.
Portanto, a associação entre as capacidades técnicas, intelectuais e
emocionais torna-se item primordial para as empresas, num contexto onde existe
menos gente, negócios mais complexos e pessoas trabalhando com autonomia,
responsabilidade e... metas.
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Competência Técnica
“É o saber, o fazer. É inteligência e especialização”
Como a vida no trabalho imita a arte. a versatilidade é uma
característica a ser cultivada. É certo que se a especialização permite que não se
cometa erros a polivalência aumenta as chances de se acertar cada vez mais. De
forma geral, pessoas versáteis costumam ser mais criativas e lidar melhor com o
inesperado. Além disso, por conhecer mais assuntos e áreas, enxergam a organização
como um todo. É preciso esforço para chegar lá, estudar, tentar fazer sempre melhor
o que já se fez bem e, principalmente, descobrir como fazer bem o que se faz mal.
Isso requer prática, treino, força de vontade, persistência. Nunca se deve perder de
vista que o objetivo maior é superar sempre os limites, afinal a competência requer
continuidade. Aquele que consegue ser bom todos os dias, depois de um certo tempo
fica ótimo. Pessoas competentes concluem a trajetória que se propuserem a cumprir e
isto é de vital importância para as organizações.
O ambiente de trabalho moderno está exigindo um inventário
competente e atualizado do “patrimônio profissional”. É necessário que as pessoas
estejam sempre se comparando, medindo o que realizou e cobrando sempre melhores
resultados de si próprias. Se não agirem assim, estarão sujeitas a serem engolidas
pelo mercado e a única maneira de evitar isso é ter consciência do que é necessário
fazer. Isto vai dar condições de um crescimento mais rápido na carreira. Vai apontar
deficiências a serem corrigidas e indicar o que se tem feito e o que se está fazendo.
Vai ajudar a fixar metas e não se desviar do rumo certo. Agindo assim, terão
condições em saber com mais precisão em que área devem apertar o cerco, onde
afrouxar, onde centrar forças. Poderão também, perceber com nitidez se estão
diferentes, se estão melhores, se estão agregando mais valor para a organização, se
estão somando mais pontos em seu “patrimônio profissional”.
As pessoas deverão está sempre preocupadas em definir onde querem
chegar, atentas ao que estão fazendo nesse sentido e empenhadas em busca constante
de melhorias.
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Competência Emocional
“É a capacidade de fazer as emoções agirem em favor
próprio, produzindo resultados desejados. É o uso inteligente
das emoções ”
A emoção é ferramenta poderosa para o crescimento profissional. É
um grande fator determinante de sucesso. Um meio de realizar objetivos pessoais e
otimizar a eficiência organizacional através da compreensão e controle das emoções.
A capacidade de controlar as próprias emoções pode ser usada tanto
intrapessoalmente – para ajudar a si mesmo, em benefício próprio – quanto
interpessoalmente – para ajudar outras pessoas e usá-la com eficácia no
relacionamento com os outros.
Capacidade Emocional Intrapessoalmente
Com um grau elevado de autoconsciência conseguimos monitorar-nos
e observar-nos em ação para que possamos influenciar nossos próprios atos de tal
maneira que eles funcionem em nosso benefício. Tendo consciência, por exemplo, de
que o nosso tom de voz está ficando mais alto e estamos ficando cada vez mais
irritados com o cliente que está fazendo mais uma exigência descabida – e
reconhecendo, é claro, a importância desse cliente para o nosso trabalho e para a
empresa – podemos muito bem baixar o tom de voz, desarmar a raiva e responder
respeitosamente.
As emoções podem fornecer informações valiosas. Uma explosão de
raiva dirigida a um colega de trabalho pode ser um alerta para o fato de sobrecarga
pelo excesso de trabalho. Uma sensação de ansiedade a respeito de uma apresentação
pode ser um alerta de que precisamos está mais bem preparado com fatos e números.
A frustração com um cliente pode sugerir a necessidade de encontrar outros meios de
se comunicar com ele. Utilizando as informações que as emoções fornecem, pode-se
alterar o comportamento e o raciocínio de modo a reverter situações - no caso da
explosão de raiva, por exemplo, devemos procurar um meio de reduzir a carga de
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trabalho ou facilitar o processo de trabalho. As emoções desempenham um papel
importante no local de trabalho. Da raiva à euforia, da frustração ao contentamento,
todos os dias nos confrontamos com emoções – nossas e alheiras. O truque é usar
estas emoções de maneira inteligente, ou seja, fazer intencionalmente que as
emoções trabalhem em nosso benefício, usando-as para ajudar a orientar o
comportamento e o raciocínio de maneira a obter melhores resultados.
Esta capacidade emocional pode ser nutrida, desenvolvida e ampliada
e a maneira de expandi-la é aprendendo a praticar as técnicas e aptidões que as
compõem: a autoconsciência, o controle emocional e a motivação. Controlar as
emoções significa compreendê-las e então usar essa compreensão para lidar com as
situações de maneira mais produtiva, transformando situações difíceis em sucesso
como por exemplo.
Capacidade Emocional Interpessoalmente
A base de qualquer relacionamento é a comunicação. A comunicação
estabelece vínculos, e o vínculo forja um relacionamento. É incalculável o valor da
capacidade de comunicar-se eficazmente. Relacionar-se bem com os outros significa
entrar em contato com eles para permutar informações de maneira expressiva e
apropriada. Relacionar-se bem com os outros costuma figurar como qualificação
desejável em qualquer situação organizacional em virtude do tempo dedicado ao
tratamento com outras pessoas. O que permite um bom relacionamento com as outras
pessoas é a destreza interpessoal, ou seja, a capacidade de analisar um
relacionamento e conduzi-lo num caminho produtivo e de comunicar-se em níveis
adequados, de modo que as informações sejam processadas de maneira eficaz.
Uma organização é um sistema integrado que depende do inter-
relacionamento dos indivíduos que fazem parte dela. Por isso é importante para o
sucesso da empresa que não apenas todos os empregados usem o melhor de sua
capacidade, como também ajudem outras pessoas a fazer o mesmo. Isso significa
ajudar as pessoas a controlar suas emoções, comunicar-se eficientemente, solucionar
seus problemas, resolver seus conflitos e adquirir motivação. A capacidade de ajudar
outras pessoas, unida a destreza interpessoal e a própria inteligência emocional, pode
contribuir para criar uma organização emocionalmente inteligente.
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Uma organização de trabalho é um sistema integrado, uma entidade
holística, que depende do desempenho de cada indivíduo e do inter-relacionamento
de todos eles, pois o desempenho de cada um afeta toda a empresa. O uso eficaz
dessas técnicas, leva as organizações a almejarem através do esforço de todos, em se
tornarem emocionalmente inteligentes, uma empresa na qual os empregados criam
uma cultura que aplicam continuamente as técnicas e as ferramentas da capacidade
emocional. Desta forma, todos os empregados passam a ter a responsabilidade de
expandir sua capacidade emocional e de ampliar a autoconsciência, controlar as
emoções e adquirir motivação. Passam a ter responsabilidade no relacionamento,
desenvolvendo técnicas de comunicação eficazes e em ajudar os outros a se
ajudarem, aplicando tudo isso à organização como um todo.
Competência Intelectual
“É a posse do conhecimento, experiências aplicadas, tecnologia
organizacional, relacionamento com clientes e habilidades
profissionais que proporcionem uma vantagem competitiva no
mercado”
Capital, estratégia, produtos inovadores, tecnologia de ponta. São
todos estes, itens poderosos para as organizações, uma questão vital. Mas perdem a
intensidade e a força quando confrontados com outro tópico: o capital intelectual.
Nos últimos anos as empresas começaram a constatar que o seu valor
real era diferente do que o valor descrito nos balanços contábeis em virtude de um
novo tipo de ativo que começou a ser detectado como fator de valorização das
empresas no mercado. O capital intelectual é um ativo que não dorme na empresa e é
intangível porque não está parado, está sempre se desenvolvendo e circulando pelas
organizações todo o tempo. Para este tipo de ativo é preciso haver um sistema de
recompensa, seja material ou em forma de reconhecimento. O trabalho tem que ser
fonte de satisfação, porque somente assim o capital intelectual vai aumentar
continuamente e permanecer na organização.
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Desta forma, chega-se a conclusão de que haverá uma conjunção de
interesses entre empresas e empregados. A empresa precisa do empregado para gerar
conhecimento e ele precisa dela para se autodesenvolver e aumentar o seu próprio
conhecimento, que vai resultar em competências. Isso é valorizado em todos os
lugares e organizações. Pessoas com iniciativa e totalmente capacitadas em todos os
sentidos.
“Pensar” a organização como um todo, não apenas uma divisão dela.
A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas extrair o máximo dela depende da
disposição e conhecimento destas pessoas. Foi-se o tempo em que uma pessoa podia
seguir para o trabalho deixando em casa uma parte do cérebro. São importantes para
as organizações, pessoas com capacidade de assimilar novos conhecimentos,
empreendedoras, flexíveis a mudanças, hábil nos relacionamentos, com capacidade
analítica, liderança, talento, vocação para trabalhar em equipe enfim, pessoas
totalmente capacitadas, com vantagens competitivas no mercado, como forma de
tornar a organização próspera e competitiva.
42
CONCLUSÃO
“As pessoas constituem o mais valioso dos recursos de uma
organização”
O mundo caminha rapidamente para uma nova forma de
administração. O sucesso das organizações se caracteriza por vários fatores, mas
fundamentalmente pelas atitudes das pessoas enquanto indivíduos e em grupo, pelas
habilidades de lideranças e pela ação coordenada entre todos esses aspectos. A área
de recursos humanos tem se apresentado, e sido reconhecida, ao longo dos últimos
tempos como elemento fundamental para o sucesso das empresas, tendo como força
e diferencial competitivo as pessoas.
Para fazer negócios nos mercados atuais, numa economia global, e
muitas vezes competindo com excelentes concorrentes é essencial tentar sempre se
aperfeiçoar. Isso significa que numa organização, todos devem estar pensando
diariamente em como trabalhar melhor em termos de qualidade, produtividade,
custos, vendas, satisfação dos clientes... As organizações bem sucedidas serão cada
vez mais aquelas que melhor conseguirem aplicar a energia criativa dos indivíduos
em um constante aperfeiçoamento. No entanto, o aperfeiçoamento constante é um
valor que não pode ser imposto às pessoas, tem que partir
43
delas, e uma maneira de fazer com que as pessoas adotem um aperfeiçoamento
constante como estilo de vida e no dia-a-dia é motivá-las, já que o fator gente é
absolutamente decisivo para separar as empresas de sucesso das demais.
As organizações mais sensíveis à retenção e a valorização de seu
quadro de pessoal e que reconhecem a importância de seus recursos humanos, estão
procurando realmente proporcionar um melhor ambiente aos seus talentos pois já
perceberam que as pessoas, como recurso mais importante, são as únicas capazes de
fazer com que o todo seja maior que a soma das partes. Esta consciência deverá selar
o sucesso e prosperidade da organização e das pessoas que dela fazem parte pois o
valor da empresa é definido pelos valores das pessoas. Portanto, ter e manter recursos
humanos com educação e capacitação para exercer funções cada vez mais complexas
e que requerem grandes habilidades, está se tornando o principal objetivo das
empresas pois deles depende a sobrevivência, crescimento e sucesso da organização.
44
BIBLIOGRAFIA
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Qualidade, a Produtividade e a Satisfação de seus funcionários. Rio de Janeiro:
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HELLER, Robert. Como Gerenciar Mudanças. São Paulo: Publifolha, 1999.
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WEISNGER Hendri. Inteligência Emocional no Trabalho. Rio de Janeiro,
Objetiva, 1997.
45
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................... 4
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 7
1 - VISÃO, VALORES, MISSÃO E OS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS ......................................... 9
VISÃO : O QUE QUEREMOS SER NO FUTURO?.............................................................................................. 9
VALORES : O QUE É IMPORTANTE PARA NÓS ? ......................................................................................... 10
MISSÃO: ESTAMOS AQUI PARA FAZER O QUÊ ?......................................................................................... 11
2 - GERENCIAMENTO DO CRESCIMENTO DO SER HUMANO ...................................................... 13
POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS ........................................................................................................ 16
O CRESCIMENTO DO SER HUMANO NA EMPRESA..................................................................................... 20
EDUCAÇÃO E TREINAMENTO.................................................................................................................... 21
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO E TREINAMENTO ............................................................................................ 22
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PREMIAÇÃO ..................................................................... 23
3 - LIDERANÇA ........................................................................................................................................... 24
4 - MOTIVAÇÃO ......................................................................................................................................... 26
5 - PRODUTIVIDADE, RELACIONAMENTO E QUALIDADE............................................................ 28
PRODUTIVIDADE ...................................................................................................................................... 28
RELACIONAMENTO................................................................................................................................... 30
QUALIDADE ............................................................................................................................................. 31
6 - ÉTICA E PESSOAS................................................................................................................................. 33
7 - CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO ......................................................................................................... 35
8 - COMPETÊNCIAS .................................................................................................................................. 36
COMPETÊNCIA TÉCNICA........................................................................................................................... 37
COMPETÊNCIA EMOCIONAL ..................................................................................................................... 38
COMPETÊNCIA INTELECTUAL.............................................................................................................. 40
CONCLUSÃO................................................................................................................................................ 42
46
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................... 44
INDICE.................................................................................................................................................... .......45