piano, música, arte e muita piração · pdf fileao piano por tocar uma...
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PIANO,MÚSICA,ARTE EMUITA PIRAÇÃO.
PIANO,MÚSICA,ARTE EMUITA PIRAÇÃO.
Certa vez uma aluna minha disse:
Minha resposta foi que elas não tinham pé nem cabeça e só funcionavam como um mapa da interpretação que eu pretendia aplicar em cada música. Os anos passaram e surgiu a oportunidade de escrever um pouco sobre “as minhas histórias malucas” que simplesmente aparecem quando eu estou estudando ou dando aula. Ah! Ainda semana passada (estou escrevendo em setembro.2015) uma aluna do Julio (meu marido e professor na Piano Class) me perguntou “de onde tu tiras tudo isso?”, depois de eu dizer que uma parte da Balada 1 de Chopin contava a história da Cinderela e que dava para ouvir nitidamente a menina correndo pelas escadas e o príncipe desesperado atrás dela. =)
Então, aqui vamos nós.
Fernanda tu tens que usar estas histórias todas que tu inventas e escrever um livro.
Introdução
Conduzindo o ouvinte a concentrar-se no que importa
Recursos para expressão
Viver!
Chopin, Prelúdio op.28 n.15 e Chapeuzinho Vermelho
Iniciantes – um passo de cada vez
Intermediários – identidade própria e respeito
Avançados – asas à liberdade
Satie, Gymnopedie I (um conto noturno)
Sensorial x racional
O grande segredo
Memória
Conclusão
Índice
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Conduzindo o ouvintea concentrar-se noque importa
Quando ouvimos alguém tocando lindamente uma peça ao piano, seja
entre amigos ou num teatro maravilhoso, parece que aqueles sons nos
transportam para um mundo muito diferente, totalmente sem limites e que pode
nos fazer sonhar de forma abstrata, evocar memórias, imaginar realidades antes
impossíveis e nos conduzir aos extremos das mais loucas emoções.
Se a música estiver mesmo sendo bem tocada, ninguém pensa nas notas,
nas horas de estudo, nas pesquisas em todo o empenho que o pianista empregou
para chegar àquele resultado magnífico. E é para ser assim mesmo. Se o público
começar a se preocupar se as notas estão certas, ficar nervoso porque o pianista
pode errar, ou pensar em qualquer coisa que fuja ao prazer de ouvir uma música
bem apresentada, pode parar que está tudo errado.
E é deste mundo muito diferente para o qual a música nos transporta que
nascem minhas histórias malucas.
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Recursos da expressão
Muitas são pedacinhos de trechos literários, séries de TV, filmes, quadros ou
esculturas que aparecem na minha cabeça quando ouço um trecho musical. É
como se eu estivesse remexendo em um caixa cheia de coisas coloridas, animadas
(no sentido de que elas se movem, não necessariamente felizes tipo “uhul’) e
prontas para pular fora da caixa e começar a interagir umas com as outras.
Viver!
Ótimo gancho para eu falar de algo muito importante para quem toca
piano: VIVER! De que outra forma será possível encher esta caixa de opções
legais para serem usadas depois? Ficar o dia inteiro na frente de um piano preto
e branco, partituras pretas e brancas, fazendo anotações à lápis (por favor, usem
folhas grandes e canetinhas coloridas para anotar ideias durante o estudo!) limita
a criatividade de qualquer um. É preciso ir para rua, observar as pessoas, suas
roupas e fisionomias únicas, as interações entre elas, adivinhar o que fez alguém
sorrir, outro passar de cara amarrada. Observem as nuances da natureza viva e
da natureza morta. Plantas, animais, vento, prédios, bancos, estacionamentos,
carros, ... tudo pode ser motivo para instigar a imaginação, a colher ideias que
serão concatenadas no futuro. Mas nem só de observações vive um artista.
Converse com as pessoas, seus amigos, desconhecidos na fila do banco, do
supermercado, brinque com os animais, crie situações que não se sabe o
desfecho (melhor se a probabilidade for de algo feliz, mas se não for aproveite
para usar a experiências naquelas peças mais lentas, soturnas e melancólicas).
Agora, se está difícil fazer qualquer atividade assim, leia, veja um filme, uma série
de TV ou vá dormir. Nossos sonhos podem ser uma ótima fonte de inspiração
também.
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Chopin, Prelúdio op.28 n.15 e Chapeuzinho Vermelho
Voltando às minhas histórias, certa vez consegui contar a história da
Chapeuzinho Vermelho no prelúdio op.28 n.15 de Chopin. Minha aluna, que na
época tinha 13 anos e era superingênua, conseguiu extrair sonoridades incríveis
ao piano por tocar uma história que ela conhecia. Claro que precisamos fazer
alguns ajustes, tipo, o caçador não salvou ninguém ... na verdade ele também foi
comido pelo lobo. Mas, é a vida. A questão é que não seria possível pedir a ela
que expressasse emoções adultas que ela nunca havia chegado nem perto. As
fábulas sempre serviram para ensinar as crianças sem a necessidade do risco real
e elas também servem para simular emoções adultas em músicas de grande
profundidade, tocadas por crianças.
Para quem não conhece esta música, que tem o apelido de prelúdio gota
d’água, aqui vai um link (é muito linda):
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https://www.youtube.com/watch?v=6gV9gUeFHIw
Nem todo mundo usa histórias como eu para guiar suas interpretações. Na
verdade, há muitas músicas que não me inspiram histórias, apenas coloridos,
sensações térmicas, emoções de uma montanha russa, ... na verdade o que
importa é usarmos os sentidos e quanto maior a quantidade deles melhor.
IniciantesUm passo de cada vez
Quando um aluno iniciante está começando uma música, não me importo
em emprestar minhas interpretações para ele. Seria muito árduo o trabalho de
aprender as notas, o texto codificado na partitura, controlar o corpo para executar
tudo aquilo, memorizar e ainda criar uma interpretação pessoal sozinho. Procuro
oferecer tudo isso aos meus alunos iniciantes. Escolho um aspecto musical para
ele aprender, descobrir e desenvolver por conta própria enquanto supro os
demais. Conta própria em termos, já que forneço diversas ferramentas para
facilitar o aprendizado, mas o tópico em questão será sim profundamente
observado e desenvolvido. Na próxima música teremos a chance de nos
aprofundarmos em outro aspecto e assim seguimos até ele estar pronto para
trilhar o caminho todo com seu próprio conhecimento e criatividade.
IntermediáriosIdentidade própriae respeito
À medida em que o aluno vai adquirindo uma base de conhecimentos e
habilidades mais ampla, vou exigindo também que ele inclua sua própria
identidade na execução musical. Para isso ele precisa conhecer a si mesmo,
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realmente VIVER (experiências das mais diversas – até andar de balanço e
bicicleta faz diferença) ... um parênteses ... Certa vez o Julio teve um aluna que
nunca havia tomado um choque na vida. Sabe o que é nem sequer ter sentido
uma descarga estática da porta de um carro, nem um choquezinho do cabo que
leva o sinal da NET, nem um chuveiro elétrico? Nada! Ele teve que usar toda a
criatividade para transmitir a ideia de um pequeno choque elétrico musical. Se
ela tivesse tido esta experiência teria sido bem mais fácil. Claro que não estamos
pedindo para as pessoas tomarem choque por aí, por favor! Apenas precisamos
nos colocar em situações ricas que eventualmente vão nos fornecer uma
sensação nova e única que poderá ser usada na interpretação musical ... terminou
o parêntese ... e ser capaz de usar suas experiências e sua imaginação para criar
uma sequência interessante de “eventos” que vão guiar as emoções dos ouvintes
de sua música.
Falando assim, parece até filosofia e autoajuda. É e não é. A arte imita a
vida, ou será o contrário? Quando trabalhamos com a imaginação e o
“impossível” (entre aspas pois o que hoje é impossível pode não ser mais amanhã)
mexemos muito com todos os conceitos, preconceitos, pós-conceitos e por isso
há muitos artistas que consideram tocar piano em público o mesmo que aparecer
sem roupas. Para quem sabe ouvir, estamos expondo nossa alma ou pelo menos
um tantão dela. São princípios, possibilidades, amores, ódios, revoltas, paixões,
dúvidas e tudo mais que se possa imaginar que faça parte da individualidade de
cada um.
É importante que o professor de piano tenha consciência de que está
formando o espírito de seus jovens alunos e tocando o de seus alunos adultos, às
vezes em pontos bastante sensíveis. Ele deve estar alerta para manter o foco na
música sem perder a sensibilidade de perceber até onde deve aprofundar as
emoções empregadas na interpretação. Não é algo diário, mas também não é
raro um aluno envolver-se tanto que chegue às lágrimas. Estas lágrimas podem
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ser pura embriaguez musical, uma felicidade sem fim. Mas também podem ser
porque uma lembrança dolorosa veio à tona. Em ambos os casos é necessário
fazer um intervalo, oferecer um copo d’água e ensiná-lo a manter uma distância
mínima, sim, mínima, - ele também deve emocionar-se com seu próprio resultado
- , mas necessária para manter o controle da apresentação. O pianista é como um
maestro que comanda seus braços, dedos e pés que são assim os músicos da
orquestra. É preciso manter a razão, ainda que para ser capaz de induzir a
emoção em seu público.
AvançadosAsas à liberdade
Agora, com alunos mais avançados que já sabem ler um texto musical e já
dominam a realização sonora deste texto é que o assunto fica mesmo
interessante. Neste momento, incentivar a criatividade do aluno e descobrir junto
com ele a forma mais eficiente de encontrar, programar e executar a mensagem
deste texto respeitando o compositor e a identidade própria do interprete, o
aluno, torna-se a tarefa mais importante do professor. Assim como um estudante
de literatura buscaria aprofundar-se nas entrelinhas do texto de um grande
escritor, o pianista extrapola a partitura buscando a interpretação mais adequada
ao seu estilo pessoal ao piano. É nas entrelinhas que as diferentes interpretações
nascem, nas entrelinhas da partitura, dos conhecimentos históricos daquela peça,
das habilidades e preferências de cada intérprete. Sutilezas quase invisíveis ao
ouvido não especialista, mas que provocam cada pessoa da plateia, que as
conduzem pelas nuances dos sons, das memórias e do sonho.
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Satie, Gymnopedie I(um conto noturno)
Há cerca de duas semanas, estava trabalhando a Gymnopedie de Satie com
uma aluna já bem antiga que pegou esta peça como algo leve, só para brincar
numa época de pouco tempo disponível para estudar. Depois de toda lida e
memorizada, paramos para planejar os detalhes da peça mais a fundo, a história
final ficou mais ou menos assim
A música começa apresentando o ambiente no qual a história acontece:
numa cidade, à noite, bem iluminada, água no chão e imagens refletidas. Com a
melodia, começam a aparecer pessoas caminhando pela cidade. Na repetição
desta o personagem principal aparece caminhando cabisbaixo, triste, lamentando
uma perda, uma rejeição e começa a observar e analisar os casais que passam por
ele. Casais felizes, se abraçando, rindo. Ao final desta segunda frase ele encontra
um bar que chama atenção dele pelo movimento das pessoas lá dentro e resolve
entrar. Sentado ao balcão ele começa a beber e se lamentar para o garçom que na
verdade não está prestando atenção alguma. Um incômodo súbito surge por estar
naquele lugar e ele resolver sair. Ao levantar-se para sair ele a vê, aquela que o
magoou, com outra pessoa. Fica um tanto abalado, revoltado e resolve ir até lá.
Quando ele está quase chegando junto ao casal um amigo o abraça e impede que
uma situação terrível aconteça decorrente daquele encontro. Neste momento o
personagem principal desaba no ombro do amigo e a primeira parte da música
termina.
Eles saem do bar e ele começa a contar para o amigo tudo que tinha
acontecido. Este tenta consolá-lo e ele só nega com a cabeça porque não adianta
nada daquilo. Ele está profundamente triste e nada vai mudar como ele se sente.
O amigo insiste na repetição, mas não adianta mesmo. De repente eles olham para
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a porta do bar e lá está a moça, vindo correndo na direção deles. Ela diz estar
arrependida, querendo voltar para ele, tenta se explicar, e ele só dizendo que não.
Na última frase ele explode, diz que chega, não dá mais. Ele vira as costas e deixa
ela lá, surpresa e aos prantos, e simplesmente vai embora.
Como trabalhamos juntas há bastante tempo, a história ficou próxima do
que eu pensaria. A diferença é que na minha versão o cara entre em desespero
profundo e pula de uma ponte, tenho esta tendência aos extremos, eles não são
necessários, mas acho mais fácil de passar uma ideia para um público diverso se
trabalhar com imagens MUITO contrastantes. Como a versão criada pelo próprio
interprete é sempre mais significativa para ele, nem pensei em mudar a história
dela, pois era a melhor para ela alcançar um resultado expressivo ao piano.
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https://vimeo.com/141731359
Sensorial x racional
As vantagens em criar uma história ou sequência sensorial para a música
é que ela serve como um mapa, um relevo sobre o qual os sons passeiam. Seria
bastante complicado memorizar uma sequência assim:
Forte com ataque rápido, respiração lenta que conduz à pausa (ponte) para o
próximo som que deve entrar em mezzo-forte e ataque profundo da tecla, mas só
na esquerda, pois a direita estará em pausa e desce lentamente em movimento
vertical com um crescendo para o primeiro tempo....
Bem mais fácil e agradável é lembrar de um raio e toda a sua luz que se
esparrama pela paisagem, seguido de um silêncio constrangedor que será
interrompido pelo trovão distante e a chegada paulatina do tremor da terra que
conduz seu som (gente eu sei que o som do trovão não é conduzido pela terra, é
só uma imaginação) até chegar a nós.
Qual das duas sequências será lembrada mais rapidamente e por mais
tempo? Qual das duas pode conter mais informação relevante sobre como tocar
e de fácil acesso na hora da sua execução?
A primeira opção é como uma sequência numérica aleatória, será
necessário um grande trabalho para memoriza-la e ainda assim talvez não seja
suficiente para alcançar o resultado sonoro que a segunda opção traz com grande
facilidade. É sempre mais fácil lembrar de um filme que uma lista. Isto porque nele
temos movimento, cor, personagens, sensações diversas, reações emocionais
tudo que precisamos para acionar à memória (tanto para gravar quanto para
lembrar).
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O grande segredo
Agora aqui vai o grande segredo: quanto mais vivaz e impossível da
sequência ser reconhecida como real, melhor! E é aí que entram as minhas
histórias malucas. Elas têm tantos elementos ridículos, inesperados,
surpreendentes que elas marcam a memória e são de fácil acesso futuro. À
medida em que a música vai ficando mais firme e melhor compreendida, fica mais
fácil adicionar detalhes às cenas iniciais, e à medida em que a história fica mais
completa, mais fácil fica conversar com o piano, controlar questões técnicas de
como tocar, pois a essência que conduzirá a música está pronta, bem construída,
e, além de instigar cada vez mais a imaginação, servirá também para manter a
atenção, evitando distrações inconvenientes no estudo e nas apresentações.
Memória
Cabe aqui conversarmos um pouco sobre esta questão da memória.
Memorizar ou não memorizar? Eis a questão!
Tocar de memória não significa abandonar a partitura. JAMAIS! Significa
que a peça foi tão bem estudada que ela pertence ao pianista que vai tocá-la, é
parte dele. Só assim é possível transcender às notas e alcançar a mensagem real
da música. Lembrando que ela, a mensagem, pode ser completamente diferente
para cada interprete. E tudo bem. A questão aqui é sempre reler a partitura, lê-la
sem tocar, só imaginando os sons e buscando novas relações entre as notas, as
seções, os padrões rítmicos, as melodias escondidas, os planos sonoros e tudo
que só pode ser visto após conhecermos o contorno geral da peça. Se uma
pessoa decora sua música e nunca mais olha a partitura, terá imensa dificuldade
de descobrir o que não foi lido da primeira vez. É como reler um livro, rever um
filme, percebemos detalhes e pistas que só poderiam ser vistos após conhecer a
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história como um todo.
Então, após saber a música de coeur (de coração - de cor), seguimos
usando a partitura para ver suas entranhas e brincar com elas. E já que estamos
falando de corpo humano, descobrir as melhores pulsações para cada momento,
conduzir seu coração a momentos tranquilos, corridos e como fazer a passagem
entre cada parte. A música deve fluir como o sangue no corpo e para isso deve
estar de cor. O equilíbrio da memória digital, motora, harmônica, das notas e
todos os elementos da música se dá pela história base que a conduz. É este
equilíbrio que permite tocarmos na velocidade que quisermos, nos adaptarmos a
novos pianos, novas salas de concerto e estarmos sempre prontos para improvisar
sonoramente sobre a base solida construída nos momentos de estudo.
Agora, na hora H, faça como sempre fez em seus estudos. Se estudou de
cor, toque de cor. Se estudou lendo a partitura, toque lendo. É simples, tocar uma
peça em uma apresentação é tocar mais uma vez esta peça da mesma forma
como ela vem sendo tocada nos dias anteriores em casa. Portanto, estude sempre
corretamente. Estudar errado resulta em insegurança, “brancos” - estes na
verdade são muito raros, o comum é peça mal estudada.
Seja uma peça solo, um concerto ou uma peça de acompanhamento, estude
para sabê-la de cor e mantenha o contato direto com a partitura. Fazendo isso,
você estará mais próximo da excelência grega, ou seja, alcançar o seu melhor
resultado!
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Conclusão
O objetivo final de tocar piano, fazer música e arte é a piração! Usar
sempre a imaginação, tocar a alma do ouvinte e conduzi-la por momentos da
mais lúcida loucura.
Para falar da realidade nua e crua já temos os jornais e noticiários. Para
alimentarmos os sonhos e construirmos uma realidade sublime, temos a arte.
A arte imita a vida e a transforma, devolvendo uma versão rica e linda para então
a vida imitar a arte. Não é mostrando explicitamente todas as notas, todas as
harmonias, todas as dinâmicas e sim o resultado sonoro e emocional deste
conjunto que todos poderão entende-la e adaptá-la às suas realidades, ampliando
seus horizontes, dando vez ao que antes era considerado impossível.
O mais lindo de tudo isso é que ninguém precisa ter consciência deste
processo. Ao ouvir uma música realmente bem tocada, o ouvinte muda, ele não é
mais o mesmo de antes e com ele mudam suas ideias, seus projetos, suas ações.
Portanto, faça o seu trabalho: estude as notas a ponto de esquecê-las,
conheça todas as diversas perspectivas da obra, coloque a si mesmo no texto
numa conversa com o próprio compositor, transforme os elementos objetivos e
racionais, as horas de estudo ao piano e fora dele, em uma viagem de sensações,
em uma história interessante, cheia de surpresas e contrastes que será totalmente
consumida pelo público e incorporada no seu dia a dia daquele momento em
diante.
A música é uma linguagem muito completa e poderosa. Ela pode alienar
ou acordar um povo. Ao trabalhar com música lembre do seu potencial para
transformar o mundo num lugar melhor!
=)
Fernanda Machado
Pianista, professora e ... contadora de histórias sonoras.
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Pianista há mais de 30 anos e professora de piano há mais de 25 anos,
Fernanda trabalhou com piano solo, ensemble, música de câmara, literatura do
piano, práticas de acompanhamento e várias outras áreas musicais em cursos
técnicos, licenciatura e bacharelado em música.
Graduada pela Universidade Federal de Pelotas, esteve sempre presente em
atividades de aperfeiçoamento nos grandes centros do país. Como profissional da
música ministrou master classes no Brasil, na Turquia e na Holanda, apresentou-se
em inúmeros recitais no Brasil, Japão, Turquia e Holanda e coordenou vários
eventos pianísticos nacionais e internacionais.
Atualmente dedica-se exclusivamente à Piano Class, continuando suas
pesquisas em aprendizado, em repertório, mantendo sua presença nos palcos
físicos e virtuais e agora, registrando em palavras suas experiências musicais e
didáticas.
Novembro de 2015
Versão 1.02 de janeiro de 2016
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Fernanda Machado
2015