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SÍNTESE EXECUTIVA
TERRITÓRIO ENTRE RIOS
PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO
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SÍNTESE EXECUTIVA
TERRITÓRIO ENTRE RIOS
PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Ministro da Integração NacionalCiro Ferreira Gomes
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASFEmpresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional
PresidenteLuiz Carlos Everton de Farias
Diretora da Área de AdministraçãoAna Lourdes Nogueira Almeida
Diretor da Área de EngenhariaClementino Souza Coelho
Diretor da Área de ProduçãoMarcos Moreira (respondendo pela Diretoria)
Gerente-Executivo da Área de PlanejamentoAlexandre Isaac Freire
Superintendentes Regionais1a SR: Anderson de Vasconcelos Chaves2a SR: Jonas Paulo de Oliveira Neres3a SR: Isabel Cristina de Oliveira4a SR: Paulo Carvalho Viana5a SR: Antônio Nelson Oliveira de Azevedo6a SR: Manoel Alcides Modesto Coelho7a SR: Hildo Diniz da Silva
Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAPPROJETO BRA/OEA/02/001
Coordenador NacionalIvan Dantas Mesquita Martins – CODEVASF
Coordenador InternacionalNelson da Franca Ribeiro dos Anjos – OEA
Coordenadora Técnica e MetodológicaRejane Tavares– OEA/CODEVASF
Consultora em Ciências SociaisJeosafira Chagas Rocha – OEA/CODEVASF
Consultora em Projetos ProdutivosVera Lúcia Costa da Silva – OEA/CODEVASF
Produção da Publicação: TDA Desenho & Arte Ltda. Diretor responsável: Marcos Rebouças Criação do projeto gráfico: Marcos Rebouças e Giovanna Tedesco Diagramação: Giovanna Tedesco e Eduardo Meneses Ilustrações: Thiago Santos Revisão: Rejane de Meneses e Yana Palankof www.tdabrasil.com.br
Foto da Capa Paulo Laborne Artesanato em cerâmica – grande Teresina-PI
PARCEIROS GOVERNAMENTAIS
Diretor-Executivo da ADENEJosé Zenóbio Teixeira de Vasconcelos Governador do Estado do Piauí José Wellington Barroso Dias
Governador do Estado do MaranhãoJosé Reinaldo Tavares
Governador do Estado do CearáLúcio Gonçalves de Alcântara
Secretário de Planejamento do PiauíMerlong Solano Nogueira
Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do MaranhãoSimão Cirineu Dias
Secretário de Desenvolvimento Local e Regional do CearáAlex Araújo
Brasil. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF
Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Entre Rios / Companhia de Desen-volvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. – Brasília, DF : TDA Desenhos & Arte Ltda., 2006.
82p. : il. – (Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP ; v. 4)
1. Desenvolvimento sustentável. 2. Meio ambiente. I. Título. II. PLANAP. III. Síntese executiva. IV. Território Entre Rios.
© 2006 Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAP.
Todos os direitos reservados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. Os textos contidos nesta publicação, desde que não usados para fins comerciais, poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos. As imagens não podem ser reproduzidas, transmitidas ou utilizadas sem expressa autorização dos detentores dos respectivos direitos autorais.
Coordenadora Márcia Malvina Alves Cavalcante
SumárioIntrodução 9
1.Oprocessoparticipativo 11
1.1. Participação dos atores sociais 13
1.2. Participação institucional 14
2.CaracterizaçãodoTerritório 17
2.1. Características fisiográficas 21
2.2. Características socioeconômicas 22
3.DiagnósticoParticipativocombasenoSistemaItog 25
3.1. Dimensão ambiental 28
3.2. Dimensão sociocultural 29
3.2.1. Educação e cultura 30
3.2.2. Assistência social 31
3.2.3. Saúde e saneamento 32
3.3. Dimensão econômica 37
3.3.1. Agricultura 37
3.3.2. Pecuária 40
3.3.3. Extrativismo vegetal e mineral 41
3.3.4. Agroindústria 42
3.3.5. Piscicultura e pesca 43
3.3.6. Artesanato 44
3.3.7. Apicultura 44
3.3.8. Indústria 46
3.3.9. Comércio, serviços e lazer 47
3.3.10. Crédito financeiro 48
3.3.11. Situação fundiária 48
3.3.12. Infra-estrutura 49
3.4. Resumo das atividades produtivas por Aglomerado 51
4.Áreasderelevanteinteressecoletivo 55
5.ProjetosparaoTerritório 59
5.1. Processo de priorização das propostas de projetos 61
5.2. Projetos prioritários para geração de renda e inclusão social 62
5.2.1. Ovinocaprinocultura 63
5.2.2. Cajucultura 63
5.2.3. Apicultura 64
5.3. Condicionantes para implementação dos projetos prioritários 64
5.3.1. Infra-estrutura 65
5.3.2. Meio ambiente 66
5.4. Outros projetos do Território 66
5.4.1. Cultivo da mandioca e agroindustrialização 67
5.4.2. Fruticultura irrigada 67
5.4.3. Horticultura orgânica 68
5.4.4. Piscicultura 68
6.Novainstitucionalidade:umaabordagemdegestãoterritorial 69
7.Bibliografiaselecionada 73
7.1. Bibliografia Consultada 75
7.2. Sites de interesse 76
8.PrincipaisatoresnaelaboraçãodoPlaNaP 77
8.1. Principais atores sociais 79
8.2. Direção e coordenação do PLANAP 82
8.3. Equipe de elaboração do PLANAP 82
Lista de boxes
1. Degradação ambiental 29
2. Teresina: centro de excelência em saúde 34
3. Cajucultura: atividade estratégica para a agricultura familiar 36
4. Produção sucroalcooleira no Território Entre Rios 39
5. Potencial do turismo de lazer no Território Entre Rios 51
Lista de figuras
1. Território Entre Rios, composto por quatro Aglomerados (AG 7, AG 8, AG 9 e AG 30) e seus principais trechos rodoviários 15
2. Mapeamento das atividades produtivas agregadas no Território 53
3. Composição das áreas de interesse coletivo 57
Lista de quadros
1. Número de representantes por município nos eventos realizados 142. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos 143. Área, população e densidade demográfica por município e por Aglomerado componente do Território 204. Características fisiográficas e ambientais do Território 215. Características gerais e socioeconômicas do Território 236. Mapeamento das atividades produtivas no Território 527. Matriz de multicritérios aplicada para classificação das atividades produtivas definidas para o Território 628. Proposta para elaboração do projeto de ovinocaprinocultura para o Território 639. Proposta para elaboração do projeto de cajucultura para o Território 6310. Proposta para elaboração do projeto de apicultura para o Território 6411. Proposta para elaboração do projeto de infra-estrutura para o Território 6512. Proposta para elaboração do projeto de meio ambiente para o Território 66
API Atenção à Pessoa IdosaACS Agente Comunitário de SaúdeAPAE Associação de Pais e Amigos dos ExcepcionaisADENE Agência de Desenvolvimento do NordesteAG AglomeradoAGESPISA Águas e Esgotos do Piauí S. A.AGDE Agência de Desenvolvimento RuralAIDS Síndrome da Imunodeficiência AdquiridaBASA Banco da AmazôniaBB Banco do BrasilBIRD Banco Interamericano de Reconstrução e DesenvolvimentoBNB Banco do Nordeste do BrasilBNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e SocialBPC Benefício de Prestação ContinuadaCAD ÚNICO Cadastro ÚnicoCAIC Centro de Apoio Integrado à CriançaCAIXA Caixa Econômica FederalCAPS Centro de Assistência PsicossocialCDL Câmara dos Dirigentes LojistasCEFET Centro de Ensino Federal e TecnológicoCINPRA-COCAIS Consórcio Intermunicipal de Produção e AbastecimentoCEPISA Companhia de Eletrificação do Piauí S. A.CEPRO Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do PiauíCODEVASF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do ParnaíbaCOOAVE Cooperativa de Avicultores do PiauíCOMVAP Companhia do Vale do ParnaíbaCOOMEPI Cooperativa Apícola do Médio Parnaíba Piauiense CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos MineraisDAP Declaração de AptidãoDLIS Desenvolvimento Local Integrado e SustentávelDER Departamento de Estradas e RodagemDNER Departamento Nacional de Estradas e RodagemDNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de TransporteDNOCS Departamento Nacional de Obras Contra a SecaDST Doenças Sexualmente TransmissíveisEJA Educação de Jovens e AdultosEMATER Instituto de Assistência Técnica e Extensão RuralEMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaETE Estação de Tratamento de EsgotoFAMCC Federação das Associações de Moradores e Conselhos ComunitáriosFAMEPI Federação das Associações de Moradores do Estado do PiauíFETAEMA Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Maranhão
Siglas e abreviaturas
13. Proposta para elaboração do projeto de mandioca para o Território 6714. Proposta para elaboração do projeto de fruticultura irrigada para o Território 6715. Proposta para elaboração do projeto de horticultura orgânica para o Território 6816. Proposta para elaboração do projeto de piscicultura para o Território 6817. Formas alternativas de gestão 72
Lista de fotos
Casa familiar rural – Timon-MA (Parceria Projeto Amanhã – CODEVASF) 12Igreja de São Benedito – Teresina-PI 16Palácio Karnac (sede do governo) – Teresina-PI 18Estrada rural-PI 24Estrutura de serviços médico-hospitalares – Teresina-PI 26Teatro 4 de Setembro – Teresina-PI 35Stand CODEVASF – Feira dos Municípios 2005 – Teresina-PI 54Ponte João Luiz Ferreira – Teresina-PI 56Antiga sede da Polícia Militar – atualmente abriga o Centro de Artesanato Mestre Dezinho de Valença – Teresina-PI 60Artesanato em cerâmica – grande Teresina-PI 70Planta da família Piperácea – Timon-MA 74Árvore de Tamarindo (Tamarindus indica L) 78
FETAG Federação dos Trabalhadores na AgriculturaFRIGOTIL Frigorífico de Timon Ltda.FRUTAN Frutas do Nordeste do Brasil S. A.FUMAC Fundo Municipal de Apoio ComunitárioFUNACI Fundação Padre Dante CivieroFUNASA Fundação Nacional de SaúdeFUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do MagistérioGECOSA Grupo Gervásio Costa S. A.HA HectareIBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenováveisIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaICCO Interchurch Organisation for Development CooperationIDH Índice de Desenvolvimento HumanoINCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma AgráriaINTERPI Instituto de Terras do PiauíISO International Standart OrganizationITOG Investimento, Tecnologia, Organização e GestãoMDA Ministério do Desenvolvimento AgrárioMEC Ministério da Educação e CulturaMMA Ministério do Meio AmbienteMME Ministério das Minas e EnergiaMST Movimento dos Sem-TerraNEAD Núcleo de Educação a DistânciaNOVAFAPI Nova Faculdade do PiauíLSPA Levantamento Sistemático da Produção AgrícolaOEA Organização dos Estados AmericanosONG Organização Não GovernamentalPAC Programa de Apoio à CriançaPACS Programa de Agentes Comunitários de SaúdePCPR Programa de Combate à Pobreza RuralPDDE Programa Dinheiro Direto na EscolaPETI Programa de Erradicação do Trabalho InfantilPRODART Programa de Desenvolvimento do ArtesanatoPNAT Programa Nacional de Transporte EscolarPNAE Programa Nacional de Alimentação EscolarPRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura FamiliarPSF Programa de Saúde da FamíliaSAMU Serviço de Atendimento Médico de UrgênciaSDR Secretaria de Desenvolvimento RuralSDT Secretaria de Desenvolvimento dos TrabalhadoresSEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas EmpresasSEDUC Secretaria Estadual de EducaçãoSEMAR Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos HídricosSENAI Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialSENAC Serviço Nacional de Aprendizagem ComercialSENAR Serviço Nacional de Aprendizagem RuralSEPLAN Secretaria Estadual de Planejamento SIASUS Serviço de Informação da Atenção Básica do SUSSIAB Serviço de Informação da Atenção BásicaSINASC Sistema de Informações de Nascidos VivosSISAGUA Sistema de Apoio ao Gerenciamento de Usuário de ÁguaSINTE Sindicato dos Trabalhadores de EducaçãoSISVAN Serviço de Informação de Vigilância Alimentar e NutricionalSUS Sistema Único de SaúdeSTTR Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras RuraisUFPI Universidade Federal do PiauíUEMA Universidade Estadual do MaranhãoUESPI Universidade Estadual do PiauíUSAV Unidade de Sanidade Animal e VegetalUTI Unidade de Terapia IntensivaUTT Unidade de Transferência de TecnologiaZEE Zoneamento Ecológico-Econômico
EquIPE TÉCNICA
Amália Rodrigues de Almeida – SEDUC - PIAna Amélia Bastos Guimarães – CODEVASF SEDEAna Maria Barata – CODEVASF SEDEAndréa Simone dos S. Sousa – SEPLAN-PIAnísio Ferreira Lima Neto – Prestador de ServiçoAristóteles Fernandes de Melo – CODEVASF SEDECarlos Henrique da Silva Marques – CODEVASF SEDEDalgoberto Coelho de Araújo – ADENEElder Barros Gama Vieira – CODEVASF SEDEEliete Marreiros – SEPLAN-PIElson Antônio Fernandes – CODEVASF SEDEEvandro Cardoso – IICA/ SEPLAN -PIFrancisco das Chagas Ferreira – SEPLAN-PIFrancisco Fernandes de Assis – EMATER-PIGilma Maria Nunes Ferreira – SEPLAN-PIHélio Nunes Alencar – SEPLAN-PIHilda Maria Miranda Pereira – ColaboradoraJanaína Barros Siqueira Mendes – CEPESJoanete Silva Pereira – ColaboradoraJoão Heliodoro Barros de Oliveira – CODEVASF 7o SRJosé Irapuan Brandão Mendes – ColaboradorJuraci Vieira Gutierres – ColaboradoraLiz Elizabeth de C. Meireles – SEPLAN-PILuiz Almir Lebre Cavalcanti- CODEVASF SEDEMarcos Matos de Vasconcelos – SEMAR-PIMaria do Socorro Nascimento – SEPLAN-PIMaria do Socorro Vasconcelos Ribeiro – CODEVASF 7o SRMaria do Socorro Vilar – ADENEMaria Francisca Teresa Lima – ADENEMaria Lúcia Holanda Gurjão – SDLR-CEMaria Valdenete P.Nogueira – CODEVASF SEDEMiguel Farinasso- CODEVASF SEDENoêmia Gualberto de Souza – CODEVASF SEDEPaulo Afonso Silva – CODEVASF SEDERaimundo Ulisses de Oliveira Filho – Prefeitura de TeresinaRaimuniza Frota – SEPLAN-PIRisomar Maria Garcia Fernandes – EMATER-PIRobert Costa Mascarenhas – CEPESRonaldo Fernandes Pereira – CODEVASF – 4o SRRosa Maria de Melo Lima – CEPESRosany Coelho Ferreira Pernambuco Nogueira – CODEVASF SEDESandra Alves dos Santos – ColaboradoraSônia Maria Fernandes de Sousa – SEPLAN-PITadeu Marcos Forte Leite – CODEVASF SEDETânia Maria Sabino de Matos Brito – SDLR-CETeresinha de Jesus Alves Aguiar – SEMAR-PITeresinha Frota de carvalho – SEPLAN-PI Vamberto Barbosa Braz – CODEVASF 7o SRVera Lúcia Batista da Silva Assunção – ADENEVictor Uchoa Ferreira da Silva – ADENE Vilma Carvalho Amorim – CEPES
EquIPES DE APOIO
Ana Maria Faturi – CODEVASF SEDE Alexandre Leopoldo Curado – CODEVASF SEDE Edson Viana Barros – CODEVASF SEDE Eliane Pimenta Santos – CODEVASF SEDE Gilmar Mendes de Moura – Estagiário Ivone da Silva Barbosa – IICA/SEPLAN João Constantino Ferraz – CODEVASF 7a SRJoão Quaresma Ferreira – SEPLAN-PI Joniel Jonny da Cunha Lopes – Contrato Joilson José Rodrigues da Silva – CODEVASF 7a SRLeiane Viana Leal – Estagiária Maria do Monte Serrate Cunha – CEPRO-PI Maria Isabel Macedo Bacelar – SEPLAN-PI Maria Rosa de Oliveira – CODEVASF SEDERaniere Ibiapina Martins – CODEVASF 7a SR
INSTITuIÇõES PARCEIRAS
ABC/MREBanco do Nordeste do Brasil – BNBBrasil Eco-Diesel Ltda.Câmara Setorial da OvinocaprinoculturaCâmara Setorial de ApiculturaCEPESCINPRA-COCAISCONSADConsórcio ZEE BRASILCPRMDelta CooperativaEMATER-PIEmbrapa Meio-NorteFACOV – Federação de Ovinocaprinocultura do Piauí IBAMAIBGEINPELili Doces Ltda.Longá Indústria de AlimentosMDA/SDTMMAMovimento de Mulheres Quebradeiras de CocoPCPR-PIPrefeituras dos Municípios da Bacia do ParnaíbaPRODARTESDR/MISDR/PRONAF-PISEBRAESEDUC-PISEMAR-PISFA-PISIH/MIUFPI/CATUFPI/CCA
Mapa de localização da Bacia do ParnaíbaAmérica do Sul
Introdução
O Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP – Projeto CODEVASF/OEA/BRA/02/001) é uma ação de planejamento partici-pativo que tem por objetivo promover o desenvolvimento integrado e sustentável
da Bacia do Rio Parnaíba, visando ao crescimento econômico e à melhoria da qualidade de vida da população local.
A proposta metodológica para a elaboração do plano tem como referência a divisão da bacia em Territórios de Desenvolvimento, e estes, por sua vez, em Aglomerados, formados a partir do agrupamento de municípios com características ambientais, econômicas, sociais e políticas semelhantes.
No PLANAP, a elaboração dos Planos Territoriais pautou-se no Planejamento Estratégico Par-ticipativo, por meio da realização de eventos públicos com a participação de representantes municipais, no sentido de envolvê-los e despertá-los para a reflexão da sua realidade e para a tomada de decisões quanto ao futuro, tendo como base a concepção de desenvolvimento ter-ritorial sustentável.
No Território Entre Rios, o processo foi realizado no período de maio a agosto de 2005 e aponta a ovinocaprinocultura, a cajucultura e a apicultura como atividades produtivas prioritárias para consti-tuírem alvo de investimentos futuros por serem consideradas, segundo os participantes das oficinas, as que detêm maior potencial para geração de renda e inclusão social da sua população.
O documento está dividido em oito capítulos. O Capítulo 1 trata do enfoque metodológico utilizado para a definição e a priorização dos projetos a serem desenvolvidos no Território e da garantia da participação dos atores sociais e das instituições no processo. O Capítulo 2 traz a composição do Território, as principais características fisiográficas, bem como as socioeconô-micas. No Capítulo 3 encontra-se o diagnóstico das dimensões econômica, ambiental e socio-cultural, que teve como base para análise as variáveis investimento, tecnologia, organização e gestão para cada atividade.
As áreas de relevante interesse coletivo, que foram indicativas para a definição dos projetos, estão no Capítulo 4, e os projetos priorizados para o Território bem como o instrumento de priorização encontram-se no Capítulo 5.
Com relação à gestão territorial, a forma de abordagem da organização é tratada no Capítulo 6, enquanto o 7 e o 8 apresentam, respectivamente, a bibliografia de estudos e documentos selecionados e a lista de atores que participaram e colaboraram com a construção do plano.
Complementando este documento, são apresentados quatro anexos em CD-ROM: o pri-meiro contém uma versão mais detalhada do diagnóstico do Território; o segundo trata das palestras temáticas que subsidiaram a elaboração dos anteprojetos; o terceiro apre-senta todos os anteprojetos construídos na Oficina de aglomerados e na do Território; e, por fim, o quarto anexo faz referência aos perfis de cada um dos quatro Aglomerados que compõem o Território Entre Rios.
MIGUEL ALVES
UNIÃO
AG 7
AG 8
AG 9
AG 30
LAGOA ALEGRE
JOSÉ DE FREITAS
CAXIAS
TIMON
MATÕES
PARNARAMA
LAGOA DO MATO
PALMEIRAS
CURRALINHOS
MONSENHORGIL
LAGOADO PIAUÍ
BENEDITINOS
DEMERVALLOBÃO
ALTO LONGÁ
COIVARAS
SAO FRANCISCODO MARANHÃO
REGENERAÇÃO
ARAMANTE
ANGICALDO PIAUÍ JARDIM DO MULATO
HUGO NAPOLEÃO
BARRODURO
PASSAGEM FRANCADO PIAUÍ
SÃO PEDRODO PIAUÍ
TERESINAALTOS
TerritórioEntreRios
BaciadoRioParnaíba
O prOceSSO participativO 1
casa familiar rural – timon-Ma (parceria projeto amanhã – cODevaSF)
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O processo de planejamento do PLANAP no Território Entre Rios iniciou-se a partir da sensibilização e da mobilização dos atores sociais, culminando com a realização das oficinas, momento propício para a definição dos projetos relevantes e a escolha dos prioritários, fazendo-se uso de instrumentos do planejamento participativo.
No Território, foram realizados quatro tipos de eventos: a imersão em todos os municípios, exceto Teresina; reuniões municipais com segmentos relevantes para a divulgação do plane-jamento participativo e a mobilização de seus representantes no processo; uma Oficina de Aglomerado, reunindo representantes do AG 30, envolvendo os municípios maranhenses, e uma oficina simultânea de Aglomerados e Território (AG 7, AG 8, AG 9 e AG 30), cujos representantes foram escolhidos nas visitas e nas reuniões municipais. Em Teresina, foram realizadas duas reuniões, sendo uma com técnicos da prefeitura e outra com representantes das organizações da sociedade civil.
Duas opções metodológicas no processo merecem destaque: a de não realizar imersão em Teresina, o que permitiu um olhar sobre a capital de fora para dentro, e um evento espe-cífico com o AG 30, cujos municípios estavam mobilizados para outro processo de plane-jamento territorial participativo, com objetivos e parcerias afins, permitindo ao PLANAP a integração das ações e a articulação dos atores, evitando a sobreposição de atividades e buscando uma maior efetividade das políticas públicas a serem implementadas.
1.1. participação dos atores sociais
Participaram dos eventos realizados – imersão nos municípios, reuniões, depoimentos, áre-as visitadas, Oficinas de Aglomerados e Oficina de Território – cerca de trezentos atores sociais entre instituições públicas, instituições financeiras, associações, sindicatos, coopera-tivas e outros representantes da sociedade civil.
Para a Oficina de Aglomerado e Território, foram convidados em média dois participantes por município com até 20 mil habitantes, quatro representantes para municípios com mais de 60 mil habitantes, e, para Teresina, com mais de 700 mil habitantes, foram disponibili-zadas dez vagas, em todas as situações envolvendo as representações do poder público e da sociedade civil.
Alguns critérios nortearam a escolha dos representantes para participar das oficinas de planejamento do PLANAP:
• disponibilidade e interesse pelo desenvolvimento da região;• conhecimento da dinâmica socioeconômica e das questões ambientais da região;• habilidade de se expressar;• bom relacionamento institucional e social;• compromisso.
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1.2. participação institucional
A participação dos representantes municipais no processo, permanentemente disciplinada, crítica e problematizadora, revela o grau de interesse e expectativa dos atores quanto ao desenvolvimento da região e aponta para a existência de vínculos de compromisso no tecido social, componente essencial para se avançar no processo de desenvolvimento territorial.
Nesse sentido, é importante destacar que:
• as parcerias com a sociedade formam elos fundamentais para a continuidade do processo de construção coletiva;
• construir sinergias e parcerias implica mudanças de re-lacionamento, compreendendo que quando os atores se articulam na confiança é sempre possível construir o diá-logo;
• as articulações intra e intergovernamental permitem refletir e propor, validar e priorizar, negociar e decidir,
Quadro 2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos
eventos
local/data
Federal estadual Municipal ONGs e
empresas
Universidades inst.
financeiras
total
executivo Legislativo
Reuniões municipais
- 5 106 2 97 - 3 213
Oficina do AG 30Caxias30 e 31/05/05
4 1 11 - 07 - - 23
Oficina de Aglomerado e TerritórioTeresina28 a 30/07/05
2 3 31 1 27 - - 64
Fonte: Listas de freqüência
Quadro 1. Número de representantes por município nos eventos realizados
territórioNº de participantes da
Oficina de território
Aglomerado 7 14
Aglomerado 8 13
Aglomerado 9 20
Aglomerado 30 17
tOtaL 64
Fonte: Lista de presença
capacitar e financiar, mostrar e realizar, acompanhar e avaliar, enfim participar ativa e democraticamente da construção coletiva;
• a convergência e a integração das ações conduzem “a con-certação” das políticas públicas e das parcerias.
O Quadro 2 apresenta o número de participantes na elabo-ração do PLANAP no Território Entre Rios.
Estrututa de serviços hospitalares em Teresina-PI
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Dentre as representações da sociedade civil, destacam-se os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, o Consórcio Intermunicipal CINPRA-Cocais (MA), associações ru-rais diversas, membros dos fóruns de DLIS e coopera-tivas. Pelo poder público destacam-se prefeituras (se-
cretarias de Agricultura, Educação, Saúde, Assistência Social), vereadores, além das secretarias estaduais do Meio Ambiente, Planejamento, Educação, EMATER e representantes federais, como instituições financeiras e EMBRAPA.
1 JARA, Carlos. Capital social que redefine a sociabilidade fragmentada, conflitiva e contaminada pela desconfiança social. Expo DLIS, Brasília, 2002.
MIGUEL ALVES
UNIÃO
AG 7
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AG 9
AG 30
LAGOA ALEGRE
JOSÉ DE FREITAS
CAXIAS
TIMON
MATÕES
PARNARAMA
LAGOA DO MATO
PALMEIRAS
CURRALINHOS
MONSENHORGIL
LAGOADO PIAUÍ
BENEDITINOS
DEMERVALLOBÃO
ALTO LONGÁ
COIVARAS
SAO FRANCISCODO MARANHÃO
REGENERAÇÃO
ARAMANTE
ANGICALDO PIAUÍ JARDIM DO MULATO
HUGO NAPOLEÃO
BARRODURO
PASSAGEM FRANCADO PIAUÍ
SÃO PEDRODO PIAUÍ
TERESINAALTOS
[...]os territórios são campos geográficos construídos so-cialmente, marcados por traços culturais, e quase sempre articulados política e institucionalmente. A vida cultural das comunidades humanas, rurais ou urbanas, tem existên-cia territorializada. O Território incorpora a totalidade do processo de modificação do mundo cultural, revelando iden-
tidades específicas que proporcionam o princípio de inte-gração social. De alguma maneira os Territórios configuram o ser coletivo, o caráter das comunidades e desenham tipos diferenciados de sociabilidade. A singularidade de cada Território demanda estratégias e políticas endógenas que expressem sua identidade.1
Figura 1. território entre rios, composto por quatro aglomerados (aG 7, aG 8, aG 9 e aG 30) e seus principais trechos rodoviários
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igreja de São Benedito – teresina-pi
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ne A Bacia do Rio Parnaíba conta com área total de 330.849,9 km2, com 75,73% localizados no Piauí, 19,02% no Maranhão e 4,35% no Ceará. Dessa área total, 36.370,3 km2 fazem parte do Território Entre Rios, o que representa 11% da bacia. Desse total, 55% das terras estão localizadas no Estado do Piauí e 45% no Maranhão.
O Território é formado por quatro Aglomerados, a saber: Aglomerado 7, com nove muni-cípios; Aglomerado 8, com seis municípios; Aglomerado 9, com 15 municípios, e Aglome-rado 30, com seis municípios. Destacam-se no Território os municípios de Teresina, União, José de Freitas, Altos e Água Branca, no Piauí, e Caxias e Timon, no Maranhão, seja pela oferta de serviços, seja por representar pólos de convergência comercial.
A população total do Território é de 1.283.159 habitantes, representando 31,8% da população da bacia. A região apresenta a maior densidade demográfica da bacia, por incluir o município de Teresina, capital do Estado do Piauí. Os municípios mais popu-losos, em ordem decrescente, são: Teresina (715.360 hab.), Caxias (139.756 hab.) e Timon (129.692 hab.).
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Casa familiar rural, parceria com o Projeto
Amanhã – CODEVASF – Timon-MA
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Quadro 3. Área, população e densidade demográfica por município e por aglomerado componente do território
Município
Área população total Densidade
demográfica
hab./km2km2 % Habitantes %
aglomerado 7 (piauí) 10.181,9 28,0 879.346 68,5 71,1
Alto Longa 1.667,0 4,6 12.000 0,9 7,2
Altos 1.311,8 3,6 39.122 3,0 29,8
Coivaras 587,2 1,6 3.507 0,3 6,0
José de Freitas 1.639,9 4,5 32.858 2,6 20,0
Lagoa Alegre 267,9 0,7 6.849 0,5 25,6
Miguel Alves 1.419,1 3,9 29.849 2,3 21,0
Teresina 1.679,8 4,6 715.360 55,7 425,2
União 1.182,2 3,3 39.801 3,1 33,7
Pau d’Arco do Piauí* 427,0 1,2 - 0,0 -
aglomerado 8 (piauí) 2.508,1 6,9 41.009 3,2 19,4
Beneditinos 805,2 2,2 9.712 0,8 12,0
Curralinhos 357,3 1,0 3.641 0,3 10,2
Demerval Lobão 229,1 0,6 12.489 1,0 54,6
Lagoa do Piauí 456,7 1,3 3.488 0,3 7,6
Miguel Leão 100,4 0,3 1.370 0,1 13,6
Monsenhor Gil 559,4 1,5 10.309 0,8 18,4
aglomerado 9 (piauí) 7.262,0 20,0 12.154 0,9 34,4
Agricolândia 99,2 0,3 5.340 0,4 53,8
Água Branca 90,2 0,2 14.517 1,1 160,9
Amarante 1.336,8 3,7 16.884 1,3 12,6
Angical do Piauí 212,3 0,6 6.788 0,5 32,0
Barro Duro 139,2 0,4 6.787 0,5 48,8
Hugo Napoleão 279,0 0,8 3.703 0,3 13,3
Jardim do Mulato 471,3 1,3 3.990 0,3 8,4
Lagoinha do Piauí 62,2 0,2 2.231 0,2 35,9
Olho d’Água do Piauí 219,3 0,6 2.283 0,2 10,4
Palmeirais 1.365,5 3,8 12.154 0,9 8,9
Passagem Franca do Piauí 1.018,8 2,8 4.195 0,3 4,1
Regeneração 1.271,9 3,5 17.471 1,4 13,7
Santo Antônio dos Milagres 32,5 0,1 1.876 0,1 57,7
São Gonçalo do Piauí 136,0 0,4 4.249 0,3 31,2
(continua...)
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São Pedro do Piauí 527,8 1,5 12.510 1,0 23,7
aglomerado 30 (Maranhão) 16.418,3 45,1 350.650 27,3 22,8
Caxias 5.313,2 14,6 139.756 10,9 26,3
Lagoa do Mato 1.194,9 3,3 9.446 0,7 7,9
Matões 1.812,9 5,0 26.433 2,1 14,5
Parnarama 3.604,7 9,9 32.469 2,5 9,0
São Francisco do Maranhão 2.772,1 7,6 12.854 1,0 4,6
Timon 1.720,5 4,7 129.692 10,1 74,7
total do território 36.370,3 100 1.283.159 100 35,3
* Este município foi desmembrado depois de 2000. Estimativa IBGE para 2004 – 3.154 habitantes.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil – 2000
2.1. características fisiográficas
O Território Entre Rios está inserido na Macrorregião Meio-Norte da Bacia do Parnaíba, representando 35% da área total da macrorregião. Com um equivalente a 11%
Quadro 4. características fisiográficas e ambientais do território
relevo Terreno plano a suavemente ondulado, com testemunhos tabulares, oscilando a altitude entre 100 e 300 metros
Hidrografia e recursos
hídricos superficiais
Rios Parnaíba, Poti, Canindé, Berlenga e Itapecuru, reservatórios de barragens Lima (393.500 m3, Altos), Beneditinos (4.290.000 m3, Beneditinos), Bezerros (10.059.799 m3, José de Freitas)
Água subterrânea Principal sistema aqüífero: Poti-Piauí
temperatura A temperatura varia anualmente: mínima de 21,6° C, média de 26,7° C e máxima de 32,9° C
clima O clima, de acordo com a classificação climática de Koppen, recebe a denominação de Aw’, ou seja, apresenta-se como tropical chuvoso, com precipitações anuais variando de 1.200 a 1.400 mm
Solo Os solos, em geral, são arenosos e areno-argilosos de fertilidade natural baixa, porém são considerados apropriados para a agricultura. Classes de solos encontradas: latossolos, areno-quartzosos, podzólico vermelho-amarelo, plintossolo e brunizen avermelhado
Geologia O Território é modelado pelas formações Piauí, Itapecuru e Pedra de Fogo
Unidades de
conservação
Áreas de preservação florestal:
– Fundação Zoobotânica, Decreto no 1.608, de 05/73, 180 hectares, em Teresina;
– Parque Municipal da Floresta Fóssil do Rio Poti, Decreto no 2.195, de 08/01/93, 13 hectares, em Teresina
recursos minerais Existência de argila de queima vermelha (cerâmica) em Teresina e José de Freitas, calcário dolomítico em Passagem Franca e José de Freitas. Ocorrência de seixo, areia e pedra
vegetação Território de áreas de matas de cocais, com predominância de babaçuais ilhas de cerrados por toda a extensão; vegetação de transição entre a caatinga e a floresta equatorial, caracterizado pela presença de árvores de grande porte, que necessitam de umidade considerável, e solo rico em nutrientes em decorrência do processo de decomposição da vegetação
Fonte: CPRM/MME, EMBRAPA, IBGE, ZEE Cerrados/MMA, Visão Global – CEPRO, SEMAR, IBAMA
da bacia, configura-se como o terceiro maior Território de Desenvolvimento, atrás apenas dos Territórios Tabuleiros do Alto Parnaíba e Chapada das Mangabeiras.
(continuação...)
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2.2. características socioeconômicas
Embora seja o Território na Bacia do Parnaíba que me-lhor apresenta dinâmicas econômicas consolidadas, es-truturadas e diversificadas técnica e tecnologicamente, verifica-se uma forte heterogeneidade e assimetria na distribuição regional das estruturas e dos serviços dis-poníveis, sobretudo ao se analisar a situação do muni-cípio de Teresina – como capital – e sua relação com os demais municípios.
Verifica-se uma baixa inserção dos municípios e dos Aglomerados na dinâmica econômica regional, seja como fornecedores de matéria-prima e subprodutos, seja na absorção de recursos humanos. Em contrapar-tida, Teresina fornece recursos humanos e serviços es-pecializados e promove a intermediação de produtos e serviços advindos de outras regiões, cabendo aos muni-cípios, sobretudo aos menores, a condição de consumi-dores finais. Apesar desses condicionantes, o Território apresenta algumas atividades em expansão ou com ten-dência a se consolidar.
Quanto à infra-estrutura física, pode-se afirmar que é o Território mais bem estruturado da bacia no que diz res-peito ao fornecimento de energia elétrica e abastecimento
d’água, embora ainda se verifique precariedade e insufici-ência para atender à demanda, principalmente quando se considera a área rural.
Quanto à educação, ao mesmo tempo em que o Território é referência no ensino superior – destacando-se Teresina e Caxias, com universidades federais, estaduais e parti-culares, proporcionando formação em ciências da saúde, educação, tecnologia, agrárias, ciências humanas e letras –, as condições de acesso ainda são restritas. A fragilidade da qualidade do ensino, os elevados índices de analfabetismo, a repetência e a evasão escolar, o transporte e a merenda inadequados ainda fazem parte da realidade do Território.
Em relação à saúde, verifica-se uma certa melhoria nas es-truturas físicas e na aquisição de equipamentos básicos nas unidades de média complexidade na maioria dos municípios do Território que as possuem. Entretanto, essas estruturas acabam não sendo utilizadas a contento, contribuindo para a baixa resolutividade local, gerando baixa confiabilidade e fazendo com que a população se desloque para o pólo de referência – Teresina.
No Quadro 5 é apresentada uma síntese das principais ca-racterísticas socioeconômicas do Território e por Aglome-rado de municípios.
Fot
os: A
ndré
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. S. S
ousa
Produção artesanal. São Francisco do Maranhão-MA, 2005 Momento cultural na oficina do Território, com apresentação do boi mirim. Teresina-PI, 2005
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Quadro 5. características gerais e socioeconômicas do território
características total ou média da bacia aG 7 aG 8 aG 9 aG 30 entre rios
Área (km2) 330.849,9 10.181,9 2.508,1 7.262,0 16.418,3 36.370,3
Área (%) 100 3,1 0,8 2,2 5,0 11,0
Número de municípios (MA; PI) 278 (36; 222)
9 (0; 9) 6 (0; 6) 15 (0; 15) 6 (6; 0) 36 (6; 30)
População 2.000 hab. e % 4.036.679 (100)
879.346 (21,8)
41.009 (1,0)
12.154 (0,3)
350.650 (8,7)
1.283.159 (31,8)
Urbanização (%) 86,0 55,7 63,5 69,3 79,0
Densidade demográficaHah./km2 71,1 19,4 34,7 22,8 35,3
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,611 0,609 0,610 0,583 0,603
% de pessoas com 15 anos ou mais, com menos de 4 anos de estudo
57,3 57,1 52,4 60,5 56,8
% de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas 37,4 37,3 37,5 38,8 37,8
Taxa de alfabetização (%) 62,61 62,68 62,49 61,17 62,24
Renda percapita (R$) 88,61 69,98 72,04 69,37 75,00
Expectativa de vida média (anos) 64,49 65,20 64,79 62,10 64,14
Pessoas que vivem em domicílios com acesso a serviços de água encanada (%)
31,82 25,84 43,63 22,35 30,91
Pessoas que vivem em domicílios com energia elétrica (%)
72,51 71,11 85,74 58,07 71,86
Pessoas que vivem em domicílios urbanos com serviço de coleta de lixo (%)
35,92 22,64 29,53 27,03 28,78
Rodovias, km (pavimentadas; implantadas; leito)
259;84 45;17;59 150;105 119;372 573;578;59
Dinâmica econômica do Território: atividades produtivas
Cultivos tradicionais de arroz, milho, feijão e mandioca, castanha de caju, ovinocaprinocultura, artesanato, indústria, comércio, serviços, apicultura, extrativismo do coco babaçu e carnaúba, bovinocultura, avicultura, piscicultura, fruticultura, turismo de negócio e agroindústria (mandioca, polpa de frutas)
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil – 2000; DNIT– Mapa Rodoviário – 2002
estrada rural-pi
DiaGNóSticO participativO cOM BaSe NO SiSteMa itOG 3
estrutura de serviços médico-hospitalares – teresina-pi
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: Pau
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abor
ne O processo de imersão, realizado na fase de sensibilização e mobilização dos participantes, assegurou uma maior aproximação com a realidade e a construção de um diagnóstico situ-acional do Território, rápido e participativo, envolvendo depoimentos, análise de registros documentais disponíveis e visitas a empreendimentos ou localidades considerados relevan-tes.
Para efeito de análise, partiu-se da utilização do Sistema Itog, instrumento que permite o estudo das potencialidades e das limitações, considerando as variáveis investimento, tec-nologia, organização e gestão, aplicadas à análise das dimensões ambiental, sociocultural e econômica, que, acrescido dos dados secundários, foi validado pelos atores sociais presentes na Oficina de Aglomerados e Território.
Oficinas do PLANAP
28 3.1. Dimensão ambiental
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itog potencialidades Limitações
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• Disponibilidade de recursos hídricos superficiais:
rios (Poti, Parnaíba, Canindé, Itapecuru e Berlenga),
riachos perenes, brejos e lagoas
• Presença de pastagens naturais e vegetação nativa:
carnaubais, bacuri, buriti, pequi, aroeira, pau-d’arco,
maçaranduba, jaborandi, fava-danta, angico, unha-de-
gato, faveiro, jatobá, candeia, pulsá e bruto
• Água mineral Veneza (rica em sulfato de cálcio, sódio,
potássio, magnésio, ferro, cloro, sulfúricos, enxofre,
arsênico) em Caxias; York, Ouro Mina e Regina, em
Teresina
• Solos argilosos e arenosos considerados apropriados
para a agricultura
• Extração de calcário, seixo, areia e argila
• A prática indiscriminada de queimadas no preparo da
área para as atividades agrícola e pecuária favorece o
empobrecimento dos solos, provoca erosão e leva à perda
contínua da diversidade biológica
• Desmatamento das matas ciliares para o plantio de
lavouras nas áreas de vazantes como principal fator
responsável pelo assoreamento dos rios
• Utilização de agrotóxicos na monocultura da cana-
de-açúcar, sendo os resíduos uma ameaça às lagoas
próximas e ao lençol freático
• Esgotos innatura desaguando no rio Parnaíba e seus
afluentes
• Excessiva exploração clandestina de madeira
tecnologia
• Existência de uma usina de compostagem do lixo em
Timon-MA
• Experiências com agricultura orgânica, com utilização
de biofertilizantes e coberta morta
• Utilização de rotação de culturas
• Três estações de tratamento de esgoto na zona urbana
de Teresina
• Incineração dos resíduos hospitalares em Teresina
• Estruturas com tecnologia de ponta em áreas
diversificadas em Teresina
• Tecnologia concentrada nos municípios maiores
(Teresina, Caxias, Timon)
• Desestímulo dos produtores em razão da deficiência e
do custo elevado de insumos orgânicos. Insuficiência de
ETE, resultando em poluição e contaminação das águas
• Redução da vazão do rio Poti ocasionada pela
implantação de barragens
• Formação de lagoas artificiais como conseqüência da
exploração inadequada de recursos minerais
Organização
• Fundações existentes no Território com atuação na
área ambiental: Vale do Mulato (em Regeneração),
Rio Parnaíba e Agente (em Teresina)
• Fórum da Cidadania em Amarante, atuando em defesa
da sustentabilidade ambiental
• Existência de cooperativas de catadores de lixo em
Teresina e Timon
• Pouca capilaridade nos municípios e baixa articulação
das organizações ambientais
• Pouca articulação das lutas ambientais com outras
demandas sociais
• Pouca vivência nas ações de controle social de algumas
organizações
• Ausência ou deficiência de conselhos municipais do meio
ambiente
Gestão
• Existência de 2 Áreas de Preservação Florestal em
Teresina: Fundação Zoobotânica e Parque da Floresta
Fóssil do Rio Poti; 17 parques ambientais municipais,
todos em Teresina
• Presença de coleta sistemática de lixo na zona urbana
dos municípios
• Existência de plano diretor em 3 municípios (Teresina,
Caxias e Timon)
• Presença de regional do IBAMA em Teresina e posto
em Timon;
• Existência de secretarias municipais do meio ambiente
atuando no Território
• Funcionamento do fórum Lixo e Cidadania, sob a
coordenação de órgãos públicos e da sociedade civil
em Teresina
• Inexistência de APA no Território
• Lixo a céu aberto, baixa coleta na zona rural e uso de
veículos inadequados na maioria dos municípios
• Precariedade dos aterros sanitários e inexistência de
coleta seletiva
• Órgãos de proteção ambiental com deficiência de
pessoal e de veículos para a fiscalização, resultando em
baixo controle das ocupações de áreas de preservação,
destinação final de esgotos e efluentes industriais que
deságuam nos rios sem tratamento
• Posto do IBAMA de Timon desativado
• Pouca observância ou desconhecimento dos planos
diretores e da legislação ambiental pela população
• Campanhas educativas sobre o meio ambiente
insuficientes
• Ocorrência de contaminação do lençol freático, que fica
próximo à superfície, por coliformes fecais, com destaque
para os municípios de José de Freitas e Regeneração
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Box 1
Degradação ambientalOs rios Parnaíba e Poti são de fundamental importância para o desenvol-vimento dos Estados do Piauí, do Maranhão e do Ceará. O abastecimento de água das cidades e a renda de centenas de pessoas são provenientes das águas desses rios.
Mas, apesar disso, esses rios vêm passando por um processo de degradação constante. Por várias vezes, o rio Poti fica coberto por plantas aquáticas (aguapés) que se proliferam em função das águas poluídas. Isso causa a mor-te dos peixes por falta de oxigênio.
O rio Parnaíba, além de receber esgotos urbanos não tratados, está sofren-do um processo rápido de assoreamento, o que faz com que os especialistas da Fundação Rio Parnaíba, instituição com atuação na área de proteção ao meio ambiental, prevejam a intensificação do processo de degradação am-biental de forma irreversível caso não se reverta o quadro impactante a que está submetido.
Isso acontece porque as matas ciliares presentes na beira do rio estão sendo queimadas para a instalação de projetos agrícolas mal planejados. Quando a vegetação da margem dos rios é destruída, o barro presente ali não tem como se sustentar e cai no rio. Com o passar dos dias, a correnteza distri-bui essa areia, que se acumula no fundo da água e torna o rio mais raso dia após dia.
Além de uma ação rápida do governo no sentido de desenvolver políticas públicas para preservar os rios, é preciso se fazer urgentemente o reflores-tamento das matas ciliares. São elas que dão a sustentação para que o barro não caia na correnteza. O processo de assoreamento está se tornando cada vez maior.
O governo do Piauí e a Codevasf, com interesse no desenvolvimento sus-tentável da bacia, estão viabilizando a implantação do Plano de Reflores-tamento e Desenvolvimento Florestal da Bacia do Parnaíba, que tem por finalidade recuperar áreas degradadas da bacia. A sociedade também deve participar dessa ação.
3.2. Dimensão sociocultural
Transporte escolar. Beneditinos-PI, 2005
Educação ambiental.
Teresina-PI, 2005
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• Ensino infantil, fundamental e médio em todos os municípios, com presença de escolas particulares na maioria deles, e ensino fundamental completo em algumas escolas da zona rural
• Ensino superior: UESPI, UFPI, CEFET e faculdades particulares (cerca de 20 a 30 concentradas em Teresina e 7 no entorno), com oferta de cursos em ciências da saúde, da natureza, humanas e letras, da educação, tecnológica, agrária (Teresina e Caxias são referência em educação)
• Pólos da UESPI em Amarante, União, José de Freitas, Altos, Água Branca e Teresina
• Cerca de 90% dos professores do ensino fundamental e médio com curso superior completo ou cursando
• Ensino profissionalizante em 8 municípios• Programas educacionais melhorando os indicadores:
EJA, PNAT, PNAE, Escola Ativa, Brasil Alfabetizado, BB Educar, Alfabetização Solidária, ALFA E BETA
• Existência de bibliotecas municipais• Manifestações culturais: festejos religiosos, bumba-meu-
boi, quadrilhas matutas, baião, tambor-de-crioula, festa dos reis e Zé Pereira (prévia carnavalesca); vaquejadas e campeonatos esportivos
• Em Amarante, comunidade quilombola (Mimbó) e Museu Odilon Nunes; Coral dos Vaqueiros, em União
• Evasão escolar ainda alta, variando entre 10% e 15% (da 5a à 8a séries, ensino médio e EJA)
• Educação ainda descontextualizada, com pouca informação sobre a realidade local
• Predomínio nos cursos superiores das licenciaturas sobre as outras formações técnicas, sem preocupação com a formação necessária às atividades produtivas da região
• Universidade desativada no município de São Pedro do Piauí e sem previsão para voltar a funcionar
• Insuficiência de vagas oferecidas no curso de agronomia pela UESPI (pólo de União), não atendendo à demanda
• Insuficiência de escolas profissionalizantes de nível técnico, principalmente técnica agrícola e agropecuária; Escola Agrícola em Regeneração e Casas da Família Rural em Amarante encontram-se fechadas
• Manifestações culturais e atividades de lazer, como os balneários, com infra-estrutura limitada e precária para acolher possíveis novos visitantes
tecnologia
• Escolas de informática e de língua estrangeira em Teresina, Timon e Caxias
• Existência de telecentros públicos e privados nos municípios maiores dos 4 Aglomerados
• Existência de 1 CAIC e 1 Centro de Treinamento da rede estadual em José de Freitas
• Existência de educação profissionalizante e formação em técnica agrícola e agropecuária nos 4 Aglomerados
• Comunicação por rádio comunitária, telefonia convencional, correios, televisão, jornais
• Telefonia móvel nos municípios de Teresina, Timon, Caxias, Água Branca, União, José de Freitas, Altos, Regeneração, Amarante, São Pedro, Demerval Lobão, Passagem Franca, Barro Duro e Monsenhor Gil
• Escolas equipadas com TV, vídeo e computador
• Equipamentos tecnológicos insuficientes na sede dos municípios e inexistência na zona rural de microcomputadores, TV e vídeo, retroprojetor, material didático e pedagógico
• Poucas escolas com acesso à informática e a bibliotecas
• Telecentros insuficientes e limitados tecnicamente para assegurar o acesso à população
• Iniciativas para capacitação dos professores insuficientes
• Poucos telefones na zona rural• Extravios recorrentes de equipamentos pedagógicos
(TV e vídeo)
Organização
• Conselho Estadual de Educação• Conselho Municipal de Educação• Conselho da Merenda Escolar• Conselho do FUNDEF• Conselho Escolar• SINTE – Regional
• Desconhecimento da população das ações dos conselhos, baixa vivência de controle social e pouca qualificação dos conselheiros
• Baixa participação popular e baixa autonomia dos conselhos, em relação ao poder público
• Baixa atuação dos conselhos em relação às políticas de educação
• Inexistência de conselho municipal de educação em alguns municípios (Amarante, Angical e Lagoa do Piauí)
3.2.1.Educaçãoecultura
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Gestão
• Celebração de convênios entre os municípios e a UESPI
para a formação dos professores; e parceria entre estado
e município para viabilizar transporte escolar aos alunos
do ensino médio
• Foram realizadas reformas em algumas escolas urbanas
e rurais do Território
• Complementação de recursos da merenda escolar pela
maioria dos municípios
• Regionais de Educação em Água Branca, Regeneração,
Caxias e Timon
• Promoção de eventos na educação: feiras, semana
cultural
• Introdução de temas transversais na grade curricular
• Programa Governamental da Compra Direta de
Produtos da Agricultura Familiar coordenado pela
CONAB permitiu a inclusão, experimental, de alimentos
regionais produzidos em assentamentos na alimentação
escolar de alguns municípios
• Iniciativas de inclusão de alguns produtos regionais na
merenda escolar nos municípios de Amarante, Passagem
Franca e São Gonçalo do Piauí
• Promoção pelas prefeituras de manifestações culturais
em parceria com órgãos da cultura e apoio da
comunidade
• Gestores com poucas iniciativas e baixo preparo
para o exercício da função, resultando em pouco
diálogo com a comunidade e gestão dos recursos
escolares centralizada
• Permanência do regime multisseriado na zona
rural, com algumas escolas funcionando em locais
improvisados, sem água tratada e sem energia
elétrica
• Falta de creches em alguns municípios menores
• Falta de professores de matemática, inglês e
educação física; livros insuficientes para alunos da
5a à 8a séries
• Prevalência de utilização de transporte inadequado
na zona rural
• Não-utilização, pela maioria das prefeituras, de
produtos locais na alimentação escolar, sendo os
cardápios definidos a partir dos fornecedores
• Baixa integração/cooperação de ações entre os
entes federados e os municípios entre si para
solução de problemas comuns (competitividade)
3.2.2.assistênciasocial
itog potencialidades Limitações
investimento
• Presença dos programas federais em todos os
municípios, como PETI, PAC, Bolsa Família, API,
BPC, Agente Jovem e Economia Solidária
• Serviços de fisioterapia para portadores de deficiência
em hospitais estaduais nos municípios de Beneditinos,
São Pedro, União, Miguel Alves e Altos
• Presença da APAE em São Pedro, Regeneração,
Passagem Franca, José de Freitas, Altos, União,
Caxias, Teresina
• Principais problemas identificados: prostituição
infanto-juvenil, gravidez precoce, uso de drogas
ilícitas, alcoolismo, violência doméstica, migração
para centros urbanos e ociosidade dos jovens
(desemprego)
• Dificuldade no desenvolvimento e na continuidade
dos programas sociais em virtude das assistentes
sociais dos municípios menores residirem fora destes,
principalmente em Teresina
• Benefícios sociais insuficientes para atender à
demanda da população
• Política de assistência social com baixa prioridade
em relação à alocação de recursos financeiros das
prefeituras
tecnologia
• Integração em um cadastro, totalmente informatizado
(CAD ÚNICO), das famílias atendidas
• Sistema informatizado de pagamento dos benefícios
sociais em todos os municípios
• Utilização pela política de assistência,
prioritariamente, de instrumentos como reuniões,
visitas domiciliares e palestras como forma de
viabilizar as ações dos programas sociais
• Deficiência de pessoas com noções de informática
nos municípios para operar o sistema de informação
• Baixas iniciativas de inclusão digital
• Pouca priorização de recursos tecnológicos nas ações
de assistência social
(continua...)
(continuação...)
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Organização
• Conselhos tutelares na maioria dos municípios e
outros em fase de implantação
• Conselhos municipais de Assistência Social
• Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente
• Pastorais sociais (igrejas)
• Conselhos sem equipamentos e veículos para
funcionamento
• Pessoal insuficiente e necessitando de capacitação
sistemática e permanente
• Desconhecimento da população sobre a importância e o
papel dos conselhos institucionais
• Inexistência de Conselho Tutelar em alguns municípios
Gestão
• Principais ações municipais: distribuição de enxoval
para bebê, urna funerária e distribuição de cestas
básicas
• Presença de ações das pastorais sociais (igrejas),
como as de combate à desnutrição infantil com o uso
da multimistura
• Conselhos municipais de Assistência Social
acompanhando a implementação do Programa Bolsa
Família
• Existência em quase todos os municípios de uma
assistente social contratada, cada uma conforme a
realidade local; e, no caso dos municípios maiores,
mais de uma profissional
• Existência de planos municipais em alguns municípios
• Programas sociais utilizados de forma assistencialista
não sendo trabalhados para gerar autonomia
Baixo gerenciamento dos programas, gerando
inclusões fora do perfil
• Alguns dos municípios menores não possuem
assistentes sociais, função ocupada por pessoas
leigas, contribuindo para o clientelismo
• Quantidade de assistentes sociais insuficiente para a
demanda
• Falta de infra-estrutura e de transporte para
a realização das atividades de assistência nas
comunidades rurais
• Creches em alguns municípios trabalhadas no âmbito
da assistência, e não da educação
• Planos Municipais de Assistência Social para
cumprir formalidade
3.2.3.Saúdeesaneamento
itog potencialidades Limitações
investimento
• Teresina – pólo de referência em serviços de saúde para
Piauí, Maranhão, Ceará, Pará e Tocantins
• Existência de Hospital Maternidade, Hospital Infantil e
Pronto-Socorro
• 5 hospitais regionais (Caxias-MA, Timon-MA, Amarante-
PI, Água Branca-PI e Regeneração-PI); 6 estaduais
(Demerval Lobão-PI, José de Freitas-PI, Alto Longá-PI,
Miguel Alves-PI, União-PI e São Pedro do Piauí); e 3
municipais (Timon-MA, Parnarama-MA e Altos-PI), todos
com atendimento de média complexidade e mais de 25
leitos
• Postos e unidades de saúde de baixa complexidade e
ambulâncias em todos os municípios
• Presença de clínicas e laboratórios particulares nos
municípios maiores
• Centro de Fisioterapia em União conveniado com as
universidades UESPI e NOVAFAPI
• CAPS infantil e adulto com cerca de 300 a 400
atendimentos mensais em Timon, Caxias e Parnarama
• 705 equipes do PSF no Território , sendo 258 no AG 07;
18 no AG 8; 50 no AG 9; e 79 equipes no AG 30
• 2.600 agentes de saúde no Território, sendo, 1.247 só em
Teresina, que conta também com 117 equipes de saúde bucal
• Baixa resolutividade e proximidade com
Teresina contribuindo para a pouca
confiabilidade nas unidades de saúde dos
outros municípios
• Deficiência de médicos especialistas na rede
pública dos Aglomerados e forte dependência
de Teresina
• Hospital Municipal de Matões fora de
funcionamento, centro cirúrgico do Hospital
Estadual de São Pedro dasativado, Unidade
Mista de Saúde de Angical e Beneditinos
funcionando precariamente
• Prevalência de registros de doenças
provenientes das deficiências na atenção básica
• Ocorrências de hanseníase, malária, calazar e
dengue nos AGs 8 e 9
• Ocorrência de casos de HIV não notificados
oficialmente, embora relatados pela população
local
• Baixa cobertura da saúde bucal nos municípios
• Palestras do PSF feitas, em sua maioria, pelas
enfermeiras nos centros de saúde, e, com menor
freqüência, nas comunidades rurais
(continua...)
(continuação...)
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tecnologia
• Unidade Móvel de Saúde com UTI (SAMU) e SOS
• Existência de laboratórios para realização de exames
básicos
• Centros cirúrgicos de alta complexidade em Teresina e de
média complexidade nos hospitais regionais dos municípios
• Existência de consultórios odontológicos
• Alimentação dos Sistemas de Informação, como SIAB,
SISVAN, SINASC, SISÁGUA, pelos municípios
• Pouca resolutividade em complexidades no
entorno de Teresina
• Pouca capacitação dos recursos humanos
• Baixa presença da comunidade nas palestras e
resistência a mudanças de hábitos em saúde
• Na maioria dos municípios é feita apenas
a coleta para os exames básicos, que são
realizados nos pólos (Teresina ou Água
Branca)
Organização
• Conselhos estadual e municipal de Saúde
• Sindicatos e associações profissionais dos trabalhadores em
Saúde
• Pólos de Educação Permanente e Roda do Controle Social
em Saúde, com atuação em nível estadual
• Federação e associações dos agentes comunitários de
saúde
• Movimento Popular de Saúde em Teresina, com
abrangência estadual
• Conselhos constituídos para cumprir a
legislação estreitamente ligados ao poder
público, apresentando baixa atuação
• Membros do conselho escolhidos pelos gestores
públicos
• Desconhecimento por parte da população da
existência do Conselho Municipal de Saúde, de
seu papel e de seus membros
• Federação dos Agentes Comunitários de Saúde
com baixa atuação nos municípios
Gestão
• Atuação de equipes de vigilância sanitária
• Existência de abastecimento e tratamento d’água, coleta
de lixo e fossas sépticas nas sedes municipais
• Palestras sobre o PSF feitas por enfermeiras
• Regional de Saúde em Palmeirais e Amarante; esta
abrange 17 municípios
• Promoção pelas secretarias municipais de Saúde de
programas da Atenção Básica, como planejamento familiar,
combate às carências nutricionais, DST/AIDS, Pré-natal e
controle de hipertensão
• Complementação dos medicamentos da Farmácia Básica
pelas prefeituras de alguns municípios
• Viabilização de consultas e exames básicos em módulo
referência
• Casas de apoio em Teresina mantidas pelas prefeituras para
pacientes em tratamento
• Existência de gerência de zoonose em Teresina
• Pouca infra-estrutura (veículos, recursos
humanos, logística) e pouca capacitação para
os agentes da vigilância sanitária
• Abatedouros clandestinos e inexistência de
rede de esgoto na maioria dos municípios
• Zona rural sem medicamentos, material e
equipamentos; postos de saúde desativados ou
inexistentes
• Equipes do CAPS e do PSF insuficientes;
a maioria dos médicos do PSF não cumpre
carga horária
• Pouca estrutura de trabalho (transporte e
equipamentos) e baixa freqüência dos médicos
nas comunidades rurais
• Áreas descobertas pelo PACS e pelo ACS,
dando cobertura ao dobro de famílias
permitidas
• Algumas ambulâncias improvisadas em
veículos inadequados; inexistência destas em
8 municípios, e equipamentos para exames
básicos insuficientes na maioria
• Consumo de água não tratada e não filtrada
como decorrência da distribuição inadequada
e da falta de tratamento; há baixo nível de
cobertura de fossas sépticas na zona rural
• Localização próxima do pólo de saúde
acomoda gestores municipais
(continuação...)
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Box 2
Teresina: centro de excelência em saúdeA saúde, no município de Teresina, apresenta-se como uma das atividades mais relevantes do Território, não só pela sua importância como política social que repercute e impacta no entorno, mas por se constituir numa dinâmica estratégica com características de arranjo produtivo local.
Em torno da saúde articula-se um conjunto de novas dinâmicas que se re-troalimentam, envolvendo variados segmentos econômicos estratégicos – públicos e privados –, tais como produção do conhecimento, serviços es-pecializados, incrementos tecnológicos, hospedagem, transporte, alimen-tação, medicamentos e turismo de negócios (shopping centers, feiras).
Por ser gestão plena e apresentar resolutividade, a rede de saúde em Tere-sina é referência não só para o Piauí, mas para outros estados da Federação, como Maranhão, Ceará, Pará e Tocantins. O fluxo migratório que se forma sobre esse setor movimenta um volume considerável de recursos financei-ros e gera oportunidades de trabalho e renda na capital.
Vale ressaltar que em Teresina os custos de um tratamento médico são in-feriores àqueles praticados em outros estados nordestinos, com serviços altamente especializados, como diagnósticos por imagem, cirurgias cardí-acas e transplante de órgãos. Apesar do grande desenvolvimento do setor, a medicina de qualidade é predominantemente privada, sendo acessível a uma parcela mínima da população.
Atualmente, a rede municipal de saúde de Teresina é constituída por 50 centros de saúde, 9 unidades mistas de saúde (com 392 leitos), 18 postos de saúde na zona urbana e 2 na zona rural, 1 unidade móvel, 1 centro de diagnóstico por exame e 1 policlínica. Também integram a rede pública 9 hospitais estaduais (com oferta de 1.429 leitos), 11 hospitais privados e 2 filantrópicos. A disponibilidade de leitos por mil habitantes é de 3,81.
Estrutura de serviços médicos – Teresina-PI
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teatro 4 de Setembro – teresina-pi
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Box 3
Cajucultura: atividade estratégica para a agricultura familiarA produção de caju representa uma das principais fontes de renda dos pe-quenos produtores rurais, tanto pela sua importância econômica e abun-dância como por ser uma das poucas alternativas de geração de renda, cujo pico de produção coincide com o período da entressafra agrícola.
O caju é composto por 10% de castanha e 90% de pedúnculo. Dessas duas partes, o pedúnculo apresenta a menor percentagem de industrialização. Atualmente seu aproveitamento é estimado em torno de 10% somente, e apenas a amêndoa tem comercialização consolidada em nível internacional. A Europa Indústria de Castanhas Ltda., localizada no município de Altos, exporta amêndoas do Piauí.
De modo geral, a cultura do caju é conduzida em pequenas unidades de pro-dução, com baixos níveis de tecnologia, ou aplicação de insumos e recursos financeiros, características típicas da agricultura familiar. Recentemente, o governo vem incentivando a cajucultura promovendo a distribuição de mudas de cajueiro-anão precoce, por apresentar melhor produtividade e qualidade.
Entre os subprodutos do caju, a cajuína é um produto muito apreciado no Piauí e em outros estados do Nordeste pelo seu sabor característico e pelo aspecto de uma bebida refrescante. Há um grande potencial de exploração de mercado deste produto. Vale ressaltar que a cajuína é normalmente pro-cessada de forma artesanal no âmbito familiar.
Segundo pesquisadora do CEFET/ PI, a cajuína concentra propriedades medicinais, pois ajuda a prevenir o câncer, doenças degenerativas, protege o DNA de danos e evita a velhice precoce. Com essas descobertas, o produto deverá ganhar mais força no mercado.
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itog potencialidades Limitações
investimento
• Culturas tradicionais e de sequeiro: arroz 1.800 kg/ha;
milho 1.800 a 2.100 kg/ha; feijão 400 a 900 k/ha;
mandioca 6 a 14 t
• Presença de hortas domésticas em todos os municípios do
Território
• Frutas: manga, limão, laranja, banana, caju, melancia e
coco-da-baía
• Cultivo de cana-de-açúcar em cerca de 5.000 ha para
fabricação de açúcar e álcool no AG 7 e presença em
Caxias, Parnarama e Matões; já no AG 9 – utilizada para
produção de aguardente e rapadura
• Comercialização da castanha de caju na entressafra da
agricultura de sequeiro
• Presença de caju nativo e anão precoce
• Aproveitamento de áreas de vazantes e baixões para cultivo
de feijão, abóbora, melancia e milho
• Produção insuficiente para o autoconsumo;
deficiência de insumos nas culturas de
sequeiro, com pequena área média cultivada
– 2 ha; em 2005 a perda média foi de: arroz
– 80%; milho – 60%; mandioca – 60%; e
feijão – 70% (fonte: LSPA)
• Produtos do entorno com baixas condições de
competitividade (preço e qualidade)
• Relações de produção no AG 7 impactadas
pela monocultura da cana-de-açúcar; saída
da mão-de-obra jovem para outros estados
• Desperdício de cerca de 90% do pseudofruto
do caju
tecnologia
• Cultivo do arroz irrigado, gerando uma produtividade de até
3.500kg/ha em Miguel Alves e em União
• Cultivo orgânico de abacaxi (projeto experimental em
Caxias)
• Introdução de novas técnicas de plantio orientadas pela
Embrapa Meio-Norte, dobrando a produtividade da
mandioca e inserindo novas culturas em Regeneração
• Culturas irrigadas: fruticultura e horticultura
• Produção de mudas de caju-anão precoce enxertadas
• Alta mecanização na produção sucroalcooleira do AG 7
• Existência de escolas agrotécnicas e agrícolas em 6
municípios do Território
• Uso de tecnologias rudimentares resultando
em baixa produção agrícola e baixa
produtividade
• Lavouras de sequeiro com baixa
produtividade em relação a outros Territórios
(3.000 kg/ha de arroz na Chapada das
Mangabeiras)
• Cultivo irrigado apenas em pequenas áreas
• Agricultores com carência de capacitação e
de tecnologia atualizada
• Dependência das estações chuvosas que são
irregulares (ocorrência de estiagens)
Organização
• Existência de sindicatos de trabalhadores rurais em todos os
municípios e de sindicato patronal em Caxias
• Associações de produtores rurais
• CINPRA-Cocais/MA
• Presença da FETAG e do MST
• Associações com pouca vivência em
associativismo, necessitando de capacitação,
sendo boa parte formada apenas para
obtenção de projetos
• Associações com problemas de regularização
de documentação (registro) ou inadimplentes
com suas obrigações sociais, como o INSS e
outros
• Alto índice de inadimplência nas associações
e no STRR – cerca de 80%
• Sindicatos pouco atuantes, a grande maioria
só encaminha benefícios sociais
3.3. Dimensão econômica
3.3.1.agricultura
(continua...)
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Gestão • Distribuição de mudas de caju anão precoce nos municípios
• Secretarias Municipais de Agricultura, regionais do Emater
(Teresina e São Pedro) e escritórios (AG 7, AG 8 e AG 9)
e Casa da Agricultura (AG 30) atuando na elaboração de
projetos e extensão rural
• Programa Cinturão Verde (hortas comunitárias) em fase de
implantação na zona rural de Teresina
• Embrapa Meio-Norte, com sede em Teresina, desenvolvendo
pesquisas agropecuárias
• Programas como o PRONAF (custeio, investimento) e
Crédito Fundiário sendo implantados no Território
• Alimentos adquiridos de outros estados via
Teresina
• Assistência técnica precária (deficiência
de veículo, computador, material e pessoal)
ao pequeno produtor, resultando em baixa
presença técnica em campo
• Falta de acompanhamento pelas empresas na
execução de projetos por elas elaborados
• Órgãos públicos com pouco suporte para a
assistência técnica aos agricultores (veículo,
computador, material e pessoal)
• Ausência de uma política de comercialização
dos produtos, favorecendo a presença do
atravessador
• Registros de utilização de mão-de-obra do
Aglomerado como mão-de-obra escrava
noutros estados
• Demora na liberação do crédito (em alguns
municípios a liberação do recurso ocorre fora
do tempo do plantio)
• Alto preço das sementes selecionadas, que
chegam fora da época ideal
• Falta de difusão de tecnologias para técnicos
e agricultores familiares
• Insuficiência de escolas agrotécnicas
(continuação...)
Casa familiar rural –Timon-MA (parceria com o Projeto Amanhã – CODEVASF)
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Box 4
Produção sucroalcooleira no Território Entre RiosEntusiasmados com a política mundial de apoio ao biocombustível, os usi-neiros brasileiros estão aumentando a área de cultivo da cana-de-açúcar e investindo fortemente na instalação de novas usinas, sendo uma delas no Território Entre Rios.
A cana-de-açúcar para produção de álcool e açúcar, vale destacar, não abran-ge todo o Território Entre Rios, estando mais fortemente concentrada no AG 7, nos municípios de Teresina, José de Freitas, União e Miguel Alves, que, segundo o IBGE, obtiveram juntos a produção anual de 333.975 to-neladas em 4.898 ha em 2002.
A usina COMVAP, no município de União, a 30 km de Teresina, desde de-zembro de 2002 ampliou sua capacidade de moagem, passando de 280 mil toneladas/ano para 1 milhão toneladas/ano. Entre os fatores que contri-buíram para a realização dos investimentos no estado, estão as condições edafoclimáticas favoráveis de disponibilidade de terras e de água, a logística e a viabilidade de exportação, em razão da proximidade com o porto de Itaqui (MA) e dos incentivos fiscais.
Dessa forma, o grupo pretende processar até 2007 1 milhão de toneladas de cana, sendo 800 mil toneladas destinadas à fabricação de açúcar e 200 mil toneladas à produção de álcool. Com esse volume de cana, a produção poderá chegar a 1,6 milhão de sacas de açúcar. Segundo os administradores, essa ampliação será feita sem causar desequilíbrio na atividade agrícola de pequenos produtores da região.
Em contrapartida, sindicalistas e pequenos agricultores desses municípios afirmam que o cultivo da cana-de-açúcar em escala comercial utiliza muito agrotóxico, contamina as lagoas, representando um iminente risco à popu-lação. Um outro elemento apontado é a redução de espaços da agricultura familiar tradicional, com o arrendamento de pequenas propriedades, fo-mentando o fluxo migratório dos agricultores.
Um aspecto relevante dessa atividade é que na época da colheita a economia da região se fortalece, pois cresce o número de empregos diretos e indire-tos e o comércio é ativado. Com a nova gestão empresarial na COMVAP, os cortadores de cana já sentem as melhorias nas áreas social e trabalhista. Até o momento não há ação em curso com instituições como o IBAMA e a Procuradoria do Trabalho.
Casa familiar rural –Timon-MA (parceria Projeto Amanhã – CODEVASF)
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investimento
• Criação de animais de pequeno, médio e grande
portes: ovinos, caprinos, suínos, galinha caipira e
bovinos
• Bovinocultura de corte, com predominância de
pequenos criadores (menos de 50 cabeças)
• Grandes fazendas de gado bovino (AG 30)
• Pastagens nativas abundantes
• Existência de granjas de médio e grande portes
• Redução de pastagens naturais e de água para o
consumo animal, na grande maioria dos municípios, em
decorrência dos invernos irregulares
• Redução de área para criação de animais e pastagens e
para a agricultura familiar em virtude das emancipações
de municípios e da monocultura da cana-de-açúcar
• Emprego de pouca mão-de-obra local, como
conseqüência dos grandes fazendeiros serem de outras
regiões, como Tocantins e Pernambuco, principalmente
tecnologia • Plantio de pastagens com manejos tecnológicos
e formação de reserva alimentar em
empreendimentos particulares (silagem/fenação)
• Suinocultura com animais de raça, sistema
intensivo, manejo sanitário, alimentar e
reprodutivo adequados e assistência técnica
privada
• Ovinocaprinocultura com sistema semi-intensivo
(animais puro-sangue, raças Santa Inês e
Anglonubiana)
• Instalação de um abatedouro industrial de frango
de corte com capacidade de processamento de 40
mil frangos/dia
• Núcleo de produção de ovinocaprinocultura,
em Caxias, em processo de implantação pelo
SEBRAE
• Prevalência do sistema extensivo
• Ausência de melhoramento genético nas atividades dos
pequenos criadores
• Pouca informação disponível ao pequeno produtor
• Baixo investimento em estrutura de captação d’água
para apoiar o agricultor no enfrentamento das estiagens
• Poucos produtores com recursos tecnológicos disponíveis
no Território
• Falta de orientação técnica de manejo no abate,
provocando baixa qualidade das peles
• Baixo aproveitamento das criações por deficiência
técnica no corte da carne para os mercados
Organização
• Associações de produtores rurais
• Cooperativas agropecuárias e de avicultores
• Presença do CINPRA-Cocais no AG 30
• Favorecimento da presença do atravessador pela baixa
organização do setor primário para o mercado
• Dificuldades para criação no sistema extensivo por causa
de conflitos gerados entre grandes e pequenos produtores
como decorrência das invasões das plantações pelos
animais
• Cooperativas desativadas em razão de problemas de
gerenciamento
Gestão
• Existência de agências estaduais de Defesa
Agropecuária no Maranhão e escritórios da USAV
no Piauí atuando principalmente no combate à
febre aftosa
• Presença de equipes da vigilância sanitária
atuando no Território
• Classificação do Piauí como área de risco desconhecido
e do Maranhão como área de risco médio no que se
refere à febre aftosa
• Fiscalização sanitária nos dois estados é ineficiente
• Inexistência de abatedouros públicos municipais em
condições inadequadas de funcionamento
• Baixa assistência técnica e baixo investimento em
capacitação para o pequeno produtor
• Fortalecimento da presença do atravessador pela
ausência de uma política de comercialização
3.3.2.Pecuária
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3.3.3.Extrativismovegetalemineral
itog potencialidades Limitações
investimento
• Extração da amêndoa do coco-babaçu, do pó da
carnaúba, de buriti, pequi, jaborandi, fava-danta,
bambu-taboca e bacuri
• Aproveitamento da casca do coco-babaçu para
produção de carvão
• Maior produção de coco-babaçu da Bacia do
Parnaíba concentrada no Território Entre Rios,
segundo o IBGE, com 50% dessa produção
concentrada nos municípios do Maranhão
• Extrativismo vegetal envolvendo principalmente
mulheres e jovens, representando uma importante
fonte de renda para as famílias, e muitas vezes a
única renda
• Extração de argila para fabricação de telhas,
tijolos e artesanato
• Extração de calcário em Passagem Franca-PI
• Extração de seixo, pedra e areia para o mercado
da construção civil
• Baixo aproveitamento de subprodutos do coco-babaçu
e da carnaúba em virtude da ausência de estrutura para
beneficiar a produção
• Desvalorização da amêndoa do coco-babaçu (baixo
preço), desestimulando a permanência da mão-de-obra na
atividade
• Concentração nas mãos dos compradores (atravessadores)
da renda proveniente do pó da carnaúba e do coco-babaçu
• Atividade de mineração inacessível ao pequeno
empreendedor, por exigir alto capital
• Esgotamento das minas em áreas que dispensam o uso de
alta tecnologia
tecnologia
• Produção artesanal de doce de buriti e de azeite
de pequi e coco-babaçu
• Fabricação de cal, telhas e tijolos com uso de
processo mecanizado (cerâmicas)
• Fabricação artesanal de tijolos nas olarias
• Produção artesanal de vassouras, cestas e jacás a
partir da carnaúba e do buriti
• Produção artesanal de potes e filtros
• Processo rudimentar na extração do coco-babaçu e da
carnaúba
• Ausência de investimento em tecnologia para aumentar a
produtividade e a qualidade da atividade extrativa
• Baixo investimento público em equipamentos tecnológicos
que humanizem o trabalho na atividade extrativa
• Falta de investimento em equipamentos responsável pelo
fechamento de algumas cerâmicas
Organização e
gestão
• Associação de quebradeiras de coco (MA)
• Existência de pequenos grupos de produção
artesanal de doces caseiros e artesanato
(associações)
• Baixo acesso ao crédito na atividade extrativa e presença
do atravessador
• Pouca atuação dos sindicatos na questão do extrativismo
• Extração dos minerais sem controle ou fiscalização da
atividade
• Comercialização clandestina da lenha explorada
• Ausência de exploração comercial dos produtos: bacuri,
jaborandi, fava-danta, bambu/taboca, tucum
• Ausência de política de comercialização para o setor por
parte do poder público
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3.3.4.agroindústria
itog potencialidades Limitações
investimento
e tecnologia
• Existência de pequenas beneficiadoras de arroz
em todos os municípios do Território e de milho
em alguns (municípios maiores)
• Pequenas casas de farinha em todos os municípios
• Pequenos engenhos para produção artesanal de
cachaça: Timon (54.000 litros/ano), Amarante,
Angical, São Pedro, Barro Duro e Regeneração.
Barro Duro – 5 engenhos, gerando cerca de 10
empregos com produção de 2.500 litros/semana
na época boa
• Produção artesanal de cajuína em Curralinhos,
Monsenhor Gil, Barro Duro, Palmeirais. Em
Curralinhos, um único produtor fabricou 4.000
litros de cajuína em 2004
• Produção artesanal de doce caseiro (caju, buriti,
goiaba) no Território
• Fabricação de sabão e óleo vegetal
• Agroindústria de processamento de polpa de
frutas (Teresina, Água Branca e José de Freitas)
e da mandioca para fabricação de fécula, goma,
farinha e ração
• Empreendimentos de grande porte: FRIGOTIL
em Timon; indústria de beneficiamento da
castanha do caju, em Altos; usina sucroalcooleira
em União; matadouro industrial de frangos em
Teresina, dentre outros
• Incubadora de empresas agroindustriais em
Teresina
• Prevalência de beneficiadoras de pequeno porte
• Deficiência de agroindústrias, gerando baixo
aproveitamento de frutas (caju, manga, acerola,
etc.)
• Matéria-prima (frutas) das agroindústrias de
Teresina adquiridas em outro estado
• Poucos cuidados higiênicos e sanitários na
maioria das casas de farinha
• Baixa competitividade e baixo valor agregado
aos produtos da agricultura familiar na grande
maioria dos municípios em razão do processo
rudimentar de beneficiamento
• Deficiência de estrutura de processamento do
coco-babaçu e do pó da carnaúba
• Em São Pedro do Piauí, fábrica industrial de
beneficiamento de mandioca e empacotamento
de farinha com capacidade instalada ociosa
Organização
e gestão
• Atuação do SENAR na capacitação tecnológica
dos produtores em atividades agroindustriais
(farinha de mandioca e goma, principalmente)
• Comercialização individual dos subprodutos
da mandioca, favorecendo a presença dos
atravessadores
• Pouca iniciativa de capacitação para
agricultores para trabalhar a qualidade dos
subprodutos da mandioca
• Pouco beneficiamento dos subprodutos da
agricultura familiar
• Inexistência de embalagem e marca própria na
maioria dos produtos artesanais
• Baixa fiscalização sanitária
• Agroindústrias desativadas por falta de recursos
financeiros e por questões de gerenciamento
• Engenhos funcionando clandestinamente por
causa do alto custo de produção decorrente dos
altos impostos
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3.3.5.Pisciculturaepesca
itog potencialidades Limitações
investimento
• Pesca artesanal praticada no rio Parnaíba
• Experiências de piscicultura em todos os
municípios do Território (tanques de terra)
• Expansão do mercado consumidor para o pescado
• Entreposto de peixe em Timon e mercado do peixe
em Teresina
• Fazenda Tamanduá: empreendimento privado em
uma área de 40 ha com fábrica de gelo, filetagem,
tanques-rede e produção de 25 a 30 toneladas/mês
• Prevalência de experiências de pequeno porte (média
de 2 tanques por produtor), que não atendem à
demanda
• Alto custo para aquisição de ração
• Poucas informações sobre piscicultura no Território
• Subaproveitamento dos mananciais para criação de
peixe; importação de pescado da Bahia e do Pará para
Teresina
• Inadequação das instalações sanitárias do entreposto
e do mercado
• Atividade recente no Território, com baixo nível de
adesão
tecnologia
• Utilização de tarrafas e anzol na captura de
peixes nos rios
• Estação de piscicultura em Nazária (Teresina),
com laboratórios, 22 viveiros, incubadoras,
máquinas de embalagem, caixas de transporte de
alevinos e capacidade produtiva de 10 milhões de
alevinos/ano
• Baixo investimento tecnológico, gerando baixa
produção, produtividade e qualidade do pescado
• Pouca experiência e baixo nível de conhecimento dos
criadores de peixe em tanques
Organização e
gestão
• Associação de piscicultores em Timon com cerca
de 30 sócios
• Estação de piscicultura em Nazária (Teresina)
implantada pela CODEVASF e hoje coordenada
pela Secretaria do Desenvolvimento Rural do
Piauí
• Baixa organização do setor
• Pouco apoio ao desenvolvimento da atividade com
capacitação, treinamentos, seminários e investimentos,
diante da disponibilidade de recursos hídricos existente
no Território
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3.3.6.artesanato
itog potencialidades Limitações
investimento
• Utilização de argila, madeira, sementes, gesso,
fibra de buriti e palha da carnaúba para produção
artesanal
• Artesanato em duas modalidades: decorativo e
utilitário, com produção de potes, jarros, filtros,
animais, anjinhos de argila, bijuterias com
sementes e cestarias
• Arte santeira (Teresina e Monsenhor Gil)
• Produção artesanal de rendas, bordados e crochês
em todos os municípios
• Oficina onde são realizados cursos para confecção
de peças artesanais em Teresina
• Central de artesanato para comercialização de
produtos em Teresina
• Exportação de produtos artesanais de Teresina
• Pouca estrutura de apoio à comercialização do
artesanato no entorno de Teresina
• Baixa influência do artesanato desenvolvido em
Teresina na produção artesanal dos municípios
do seu entorno
• Pouca exploração da atividade e baixo incentivo
governamental
• Pouca interação da produção artesanal dos
municípios pequenos com as atividades de
turismo do Território
• Pouca estrutura de apoio à qualificação dos
artesãos (oficinas, cursos, etc.)
• Linhas de crédito existentes pouco acessadas
pelos produtores do setor de artesanato
(decorativo ou utilitário)
• Baixas condições de competitividade da
produção artesanal do entorno com a de
Teresina (qualidade dos produtos)
tecnologia
• Artesanato de Teresina com bom padrão
tecnológico, sendo reconhecido dentro e fora do
estado
• Baixa capacitação para aprimoramento da
qualidade dos produtos (acabamento), do
design e a da comercialização, principalmente
no entorno de Teresina
Organização
• Associações de artesãos em Teresina (bairro Poti
Velho) e Monsenhor Gil
• Cooperativa de bordadeiras de Teresina, com
cerca de 400 associados
• Participação dos artesãos e das bordadeiras em
feiras culturais locais e nacionais
• Produção e comercialização individualizada
• Frágil atuação das associações existentes
• Pouca vivência de associativismo
• Baixa atuação da cooperativa no Território
Gestão
• Atuação do PRODART, do SEBRAE e da
Fundação Wall Ferraz com cursos de capacitação,
com ênfase na produção, na comercialização e na
organização dos artesãos
• Baixa atuação do poder público no entorno de
Teresina e nos municípios do Maranhão em
relação às atividades de capacitação, participação
em feiras culturais, centros de produção e
comercialização e incubadoras de empresas
3.3.7.apicultura
itOG potencialidades Limitações
investimento
• Existência de produção apícola relevante em
municípios do AG 9, com produção de 120
toneladas de mel em 2005
• Presença de florada boa para apicultura: caju,
jitirana, bamburrá, mororó, catinga branca,
velame, marmeleiro, etc.
• Extração de mel em duas colheitas por ano
• Ausência de florada para o ano inteiro no Território
• Apenas dois municípios com alta produtividade de mel: São
Pedro do Piauí e Agricolândia
• Apicultores endividados com o Banco do Nordeste por causa
de irregularidades na implantação de projetos envolvendo
associações dos municípios de Passagem Franca, Barro
Duro, Agricolândia e Água Branca (AG 9)
• Poucas casas de mel
• Ausência do entreposto de mel
(continua...)
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tecnologia
• Beneficiamento do mel pelos produtores
• Existência de uma casa de mel equipada em
Agricolândia e outra em reforma em São Pedro
• Previsão de implantação de 2 entrepostos de mel:
1 em Monsenhor Gil (SDT/SDR) e 1 em São
Pedro do Piauí (CODEVASF)
• Disponibilidade de capacitação em apicultura
com ênfase em técnicas de manejo, envasamento e
controle de qualidade
• Utilização do sistema de migração
• Uso de tecnologias elementares na extração do mel
• Comercialização do mel innatura• Inexistência de produção de subprodutos do mel
Organização e
gestão
• Associações de apicultores e cooperativas
em Regeneração e São Pedro do Piauí,
respectivamente, atuando no Território
• Implantação de projeto de apicultura (casa
de mel, colméias e vestuário) pelo PCPR no
município de Curralinhos-PI
• A COOMEPI está negociando a elaboração de
um projeto para instalação de uma cooperativa
central em Picos por intermédio de uma
cooperação internacional holandesa (ICCO) com a
finalidade de promover a exportação do mel para
o mercado internacional
• Promoção de cursos de capacitação
• Existência do crédito para financiar a produção
• Promoção de capacitações pelo SENAR, pelo
SEBRAE e pela EMATER
• Baixa organização do setor para enfrentar o mercado
• Baixa organização dos apicultores para enfrentar os
problemas no Banco do Nordeste – a empresa que ganhou a
licitação (Samel) não entregou todos os equipamentos, e os
apicultores estão sendo pressionados a assumir as dívidas
• Previsão de instalação de 02 entrepostos de mel no mesmo
Território, cuja produção é emergente, num raio de menos
de 60 km de distância, indicando favorecimento político e
desarticulação dos apicultores
• Queda do preço do mel de R$ 160,00 (2004), lata de 25 kg,
para R$ 45,00 (2005)
• Comercialização do mel da região para ser processado por
empresas de outras regiões (Flora Mel, Campil, Bom Mel,
Bimel)
• Baixo apoio do poder público ao desenvolvimento da
atividade
(continuação)
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3.3.8.Indústria
itog potencialidades Limitações
investimento
• Existência do Pólo Empresarial Sul e do Parque
Industrial em Teresina com instalação de diversos
ramos industriais: cosméticos, bicicletas,
remédios, plásticos, etc.
• Existência de cerca de 10 grandes cerâmicas no
Território
• Cervejarias Schincariol (Caxias-MA) e Ambev
(Teresina) e indústria de refrigerantes (Coca-cola,
Eh bom, Frevo, Tubarel)
• Fábricas de velas de pequeno porte (Teresina e
Caxias); produtos alimentícios (Teresina); móveis;
e metalúrgicas de pequeno e médio portes;
colchões, etc.
• Indústrias de confecção de grande portes, como
a Guadalajara (maior da América Latina), e
de pequeno porte na fabricação de jeans, peças
íntimas, malhas
• Emprego de pouca mão-de-obra no setor industrial
pelo seu alto nível de automação
• Matéria-prima utilizada na indústria adquirida fora
do estado, gerando perdas de divisas
• Presença de muitas empresas informais,
principalmente no setor de confecções de pequeno
porte
tecnologia
• Presença de grandes empreendimentos com
utilização de tecnologia de ponta (indústrias
de bebidas e refrigerantes, alimentos, roupas,
colchões, bicicletas, etc.)
• Pequenos e médios empreendimentos com
utilização de equipamentos com recurso
tecnológico mais simplificado, porém com
produção de boa qualidade
• Existência de controle de qualidade e selos de
padrão internacional (ISO)
• Empreendimentos informatizados
profissionalizados
• Mão de obra especializada oriunda de outros
estados
• Alto nível de automação nas indústrias de grande
porte, provocando baixa utilização da mão-de-obra
local
Organização e gestão • Associação Comercial e Industrial (Teresina,
Caxias e Timon)
• Atuação do SENAI (sede em Teresina) com
oferta de cursos profissionalizantes (curta e
média duração) na área industrial
• Poucas instituições atuando na capacitação do setor
industrial
• Poluição ambiental ocasionada pela má destinação
dos resíduos industriais
• Empreendimentos informais com baixo
monitoramento do poder público, gerando perda de
arrecadação
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3.3.9.Comércio,serviçoselazer
itog potencialidades Limitações
investimento e
tecnologia
• Principais centros comerciais: Teresina, Caxias,
Timon, União, José de Freitas, Altos e Água
Branca
• Teresina: forte entreposto comercial (comércio
diversificado) e referência na prestação de
serviços de saúde e educação
• Absorção de grande quantidade de mão-de-obra e
promoção de geração de renda pelo setor terciário
• Presença de balneários em Caxias-MA, Timon-
MA, São Francisco do Maranhão e Alto
Longá-PI, e barragens em José de Freitas-PI,
Beneditinos-PI e Monsenhor Gil-PI
• Ambientes favoráveis à atividade turística, com
inscrições rupestres e cachoeira em Palmeirais-
PI; Adique (espaço para passeio em contato com
a natureza e banho em cascata), Morro da Arara
e Morro da Santa Cruz, em São Francisco do
Maranhão
• Turismo religioso: Gruta de Betânia, em Lagoa do
Piauí
• Turismo de negócios e eventos em Teresina
• Presença de médios e grandes empreendimentos
informatizados profissionalizados
• Forte dependência de Teresina (intermediária) e
dos municípios do entorno em relação aos produtos
hortifrutigranjeiros vindos de outros estados (Tianguá,
Serra da Ibiapaba e Petrolina)
• Perda de divisas para o Estado do Piauí por causa
da compra de produtos hortifrutigranjeiros vindos de
outras regiões
• Inadimplência alta no comércio–cerca de 30% em
Caxias-MA
• Setor informal crescente na economia
• Pouca eficiência dos serviços de apoio (balneários,
bares e restaurantes) ao desenvolvimento do turismo
Organização e
gestão
• CDL
• Sindicato de lojistas
• Sindicato de comerciários (Teresina)
• SENAC (sede em Teresina), com oferta de cursos
profissionalizantes (curta e média duração,
educação a distância) nas áreas de comércio e
prestação de serviços
• SEBRAE (sede em Teresina), com serviços de
apoio a micro e pequenas empresas (oferta
de cursos voltados para o gerenciamento
de pequenos negócios, empreendedorismo,
associativismo e cooperativismo)
• Capacitação de mão-de-obra nos grandes e nos
médios empreendimentos
• Comércio de Teresina forte concorrente do comércio de
Timon
• Elevado índice no setor terciário de empresas informais,
gerando baixa arrecadação de impostos para o estado
• Pouca mão-de-obra qualificada
• Baixa atuação da vigilância sanitária nos
estabelecimentos que manipulam alimentos
• Ausência de planejamento e investimento mais
arrojados no turismo de lazer para atrair visitação, de
forma permanente nos municípios com dinâmicas mais
relevantes: Timon, Caxias e José de Freitas
• Pouca divulgação da maioria dos espaços de lazer e
baixa qualidade da infra-estrutura
• Inexistência de bares e restaurantes em alguns pontos
de visitação
• Baixa qualidade nos serviços de hospedagem e
alimentação no entorno de Teresina
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3.3.10.Créditofinanceiro
itog potencialidades Limitações
investimento e
tecnologia
• Renegociação das dívidas dos agricultores com os bancos,
possibilitando a retomada do crédito para investimentos
• Disponibilidade de linhas de crédito: PRONAF* A, B, C por
intermédio do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste
• Cerca de 85% do crédito acessado pertencente à linha
PRONAF B
• Cerca de 70% do PRONAF B financiando a
ovinocaprinocultura, aves (galinha caipira) e suínos
• Projetos do PRONAF elaborados pelo STR, pela prefeitura,
pela Casa da Agricultura ou pela EMATER
• Existência de serviços de auto-atendimento nas agências
bancárias
• Alta inadimplência dos agricultores
familiares no AG 30 (Maranhão),
variando de 50% a 70%
• Pouca visão empreendedora dos
agricultores familiares
• Morosidade na liberação dos créditos
pelos bancos
• Dificuldade de acesso ao crédito,
ocasionada pelo endividamento dos
agricultores e pela burocracia bancária
• Poucos técnicos para a elaboração dos
projetos e a implantação
• Inibição da ampliação de novos créditos
pela falta de acompanhamento técnico
Organização e gestão • Emissão do DAP (Documento de Aptidão) para obtenção de
projetos do PRONAF pelo sindicato
• Início do acesso ao crédito para mulheres
• Baixa capacidade de operacionalização
dos recursos financeiros pelos produtores
rurais
• Sucessivas anistias de dívidas pelos
governantes, levando à acomodação
e conseqüente inadimplência dos
produtores
• Crédito inacessível a muitos produtores
da agricultura familiar por causa de
problemas de documentação das terras
* Linhas de crédito com limites diferenciados de acordo com as condições socioeconômicas dos agricultores.
3.3.11.Situaçãofundiária
itog potencialidades Limitações
investimento e
tecnologia
• Assentamentos da reforma agrária pelo INCRA, pelo PCPR
e pelo Banco da Terra, sendo 20 no AG 30, 19 no AG 8, 56
no AG 9 e 41 no AG 7
• Alguns assentamentos (cerca de 50%) beneficiados por
infra-estrutura de energia, água, habitação, estradas e
fomento agrícola, especialmente os do INCRA
• Terras devolutas em Miguel Alves (cerca de 3.000 ha),
Beneditinos e Palmeirais
• Em andamento, programa de assistência técnica promovido
pelo governo federal, por intermédio do INCRA
• Prevalência no Território de agricultores
sem terra, que usam o sistema de
arrendamento
• Poucos assentamentos com projetos
produtivos significativos
• Assentamentos em processo de
estruturação, uma parte ainda não
habilitada a acessar o crédito
• Inexistência de assentamentos em Miguel
Leão, São Francisco do Maranhão, Água
Branca, Regeneração
• Poucas terras devolutas em disponibilidade
• Estruturação da assistência técnica nos
assentamentos, em implantação
(continua...)
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Organização e
gestão
• Existência de associações de pequenos produtores rurais
• Sindicatos de trabalhadores rurais
• Presença da FETAG e do MST
• 136 associações de assentamentos de reforma agrária
• Atuação do Programa de Crédito Fundiário
• Organizações frágeis no enfrentamento
das questões locais, embora tenham boa
capacidade de mobilização
• Número de famílias existentes nos
assentamentos maior que o número de
famílias cadastradas
• Despejo de agricultores familiares
da localidade Chapada Grande em
Regeneração (mais de 50 famílias) de
suas moradias devido ao processo de
implantação de projeto agroindustrial para
produção de grãos (soja e arroz), caju e
mamona numa área 18.500 hectares
3.3.12.Infra-estrutura
itog potencialidades Limitações
investimento
• Rodovia federal BR 316 e BR 226 em boas
condições de tráfego (rodovia asfáltica São Luís
– Teresina)
• Estrada de ferro São Luís–Teresina
• Cerca de 90% das sedes dos municípios do
Território têm energia
• Abastecimento d’água na sede dos municípios
proveniente de poços tubulares (tratamento com
cloro) e na zona rural poço tubular e caçimbão
• Barragem do DNOCS, em Beneditinos (4.290.000
m3 de água); do Bezerro, em José de Freitas
(10.059.799 m3); barragem em União e
Monsenhor Gil
• Banco do Brasil (Teresina, Caxias, Timon,
Parnarama e Matões, União, José de Freitas,
São Pedro, Água Branca, Angical, Amarante,
Regeneração, Palmeirais, Altos, São Francisco do
Maranhão)
• Banco do Nordeste (Teresina, Caxias e Água
Branca)
• CAIXA (Caxias e Teresina)
• BASA (Caxias)
• Estradas em péssimo estado de conservação:
- 100 km entre Timon e Matões, via BR 226
- 20 km entre Matões e Parnarama (MA 034)
- 90 km entre Parnarama e Lagoa do Mato
- 48 km entre Palmeirais e Amarante
- Rodovia estadual (PI 236) que liga Regeneração
a Oeiras
- Vários trechos da PI 130 (que dá acesso a
Palmeirais)
- Trechos entre Beneditinos e Demerval Lobão
- Estradas que dão acesso a Pau-d’Arco, Miguel
Leão, Curralinhos, Jardim do Mulato, piçarradas e
malconservadas
• Estradas vicinais mal conservadas
• Cerca de 80% da zona rural dos municípios do
Maranhão que compõem o Território, sem energia
elétrica, bem como cerca de 30% da população
rural do Piauí
• Grande número de ligações clandestinas (energia
elétrica)
• Inexistência de ponte entre Parnarama-MA e
Palmeiras-PI e entre Amarante e São Francisco
do Maranhão, sendo a travessia do rio Parnaíba
feita por meio de balsa
• Falta terminar ponte no riacho Gameleira e pontão
no rio Poti; que só fazem travessia no verão
• Território mal servido de restaurantes, hotéis e
pousadas
• Abastecimento d’água por meio de poços tubulares
e cacimbões com água não tratada na zona rural
(continuação)
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tecnologia • Comunicação por rádios comunitárias
• Telefonia fixa em todos os municípios e móvel
em Caxias, Timon, Demerval Lobão, União, José
de Freitas, São Pedro, Água Branca, Amarante,
Regeneração, Barro Duro, Passagem Franca,
Monsenhor Gil, Palmeirais, Altos, Olho d’Água)
• Energia monofásica na zona rural
• Existência de municípios sem rádio comunitária:
Olho-d’Água, Agricolândia e Hugo Napoleão
• Alguns municípios sem sinal das repetidoras de
TV que veiculam programação do estado: Olho-
d’Água, Agricolândia, Hugo Napoleão e Miguel
Leão, Lagoa do Mato-MA e São Francisco do
Maranhão
• Pouco acesso à Internet
Organização e gestão • Sede da CEPISA, AGESPISA E TELEMAR em
Teresina
• Presença da FAMCC e da FAMEPI
• Telefones públicos insuficientes na zona urbana e
rural
• Pouca infra-estrutura de fossas sépticas,
especialmente na zona rural
• Abastecimento d’água por meio de poços tubulares
e cacimbões com água não tratada na zona rural
CODEVASF – 7a Superintendência Regional – Teresina-PI
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Box 5
Potencial do turismo de lazer no Território Entre RiosUma característica peculiar do Território Entre Rios é a presença de espa-ços naturais favoráveis à prática do lazer com dimensão turística em prati-camente todos os municípios. São diversas as possibilidades encontradas: barragens, açudes, rios e riachos perenes, cachoeiras, trilhas e cenários ecológicos convidativos. O lazer ganha relevância econômica considerável ao se verificar as alternativas encontradas.
Teresina, cidade com cerca de 800 mil habitantes, cuja temperatura média ambiente é bastante elevada na maior parte do ano, e distante do litoral (330 km), estimula a procura por locais próximos, aprazíveis, fora do cen-tro urbano.
Em alguns municípios foram construídas estruturas com bares e restau-rantes com cardápios de comidas regionais para receber os visitantes. São iniciativas típicas de finais de semana, que em alta temporada chegam a movimentar mais de cem ônibus provenientes de Teresina, gerando renda nessas localidades. Isso ocorre por exemplo nos balneários Veneza, em Ca-xias; Roncador e Portal da Amazônia, em Timon; barragem de Bezerros, em José de Freitas; e barragens de Monsenhor Gil e Beneditinos.
Vale destacar que embora esses espaços funcionem há mais de vinte anos, apresentam necessidade de investimento não só no melhoramento, na am-pliação das infra-estruturas existentes e na capacitação de recursos huma-nos, mas também na construção de novas estruturas que permitam hos-pedagens em padrões aceitáveis, e outras atividades afins como camping, artesanato e pescaria.
Nessa perspectiva, estimular o desenvolvimento do turismo significa, dentre outros aspectos, dotar os pontos turísticos de boa infra-estrutura, constituída de bares, restaurantes, pousadas, telefone e estradas, e promo-ver estratégias de divulgação na comunidade a fim de se obter melhores resultados.
3.4. resumo das atividades produtivas por aglomerado
A partir da análise do diagnóstico da dimensão econômica, os atores sociais, reunidos por Aglomerados, classificaram as atividades produtivas em estágios de desenvolvimento, conforme mostra o quadro a seguir.
Além das atividades identificadas na dinâmica socioeconô-mica dos municípios, foram incluídas também as considera-das promissoras para o desenvolvimento da região, ou seja, as tendências, em função de fatores internos e externos ao Território, numa perspectiva de futuro.
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Quadro 6. Mapeamento das atividades produtivas no território
atividades em declínio estagnada consolidada em expansão tendência
Extrativismo vegetal AGs 7, 8, 9 e 30
Bovinocultura de corte AG 8 AG 7 AGs 9 e 30
Bovinocultura de leite AG 7
Horticultura AG 7 AGs 8, 9 e 30 AGs 7 e 30
Milho, feijão (de sequeiro) AG 8 AGs 7, 9 e 30
Arroz de sequeiro AG 8 AGs 7 e 9 AG 30
Mandioca AGs 7, 8 e 9 AG 30
Produção de aguardente AG 9 AG 8 AG 30
Produção de rapadura AG 9 AG 8
Ovinocaprinocultura AG 7 AG 30 AGs 8 e 9 AGs 7, 8 e 9
Comércio varejista AG 7 AG 30
Avicultura (granjas) AG 9 AG 7 AG 7
Criação de galinha caipira AG 30 AGs 7, 8 e 9 AGs 8 e 9
Cerâmica AG 30
Turismo de negócios AG 7
Turismo de lazer AGs 7, 8 e 30 AGs 7,8,9, 30
Cana-de-açúcar (álcool e açúcar) AG 7
Fruticultura irrigada (limão, coco-da-baía, manga)
AG 9 AG 7 AGs 7 e 30
Cajucultura de sequeiro AGs 7, 8, 9 e 30 AGs 7, 8, 9 e 30
Comercialização da castanha de caju
AGs 7 e 30 AGs 8 e 9 AG 9
Suinocultura AG 8 AG 9 AG 7
Artesanato AG 7 AG 7* AG 8 AG 9
Ind. de confecções AG 7 AG 30
Agroindústria de polpa de frutas AG 7 AGs 7 e 9
Agroindústria de mandioca AGs7 e 9 AG 30
Piscicultura AGs 7, 9 e 30 AGs 7, 8, 9 e 30
Apicultura AG 9 AGs 7, 8 e 9
Serviços de saúde AG 7* AG 30 AG 7*
*Refere-se a Teresina.
O mapeamento das atividades produtivas de forma agregada e nos diferentes estágios de desenvolvimento pode ser visua-lizado a partir da figura 2:
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Figura 2. Mapeamento das atividades produtivas agregadas no território
atividadesemdeclínio atividadesestagnadas atividadesconsolidadas atividadesemexpansão Tendências
Extrativismo
vegetal
Bovinocultura de corte Criação de galinha caipira Criação de galinha
caipira
Criação de galinha caipira
Bovinocultura de leite Agricultura de sequeiro:
arroz, milho, feijão e
mandioca
Ovinocaprinocultura Ovinocaprinocultura Avicultura
Produção de rapadura Comercialização da
castanha de caju
Avicultura (Teresina) Cajucultura de sequeiro Ovinocaprinocultura
Produção de aguardente Cana-de-açúcar (álcool e
açúcar)
Apicultura Suinocultura
Turismo de lazer Fruticultura (Altos) Indústria de confecções Fruticultura irrigada
Horticultura (Teresina)
Artesanato (Teresina)
Turismo de negócios
(Teresina)
Indústria de confecções
Comércio varejista
Produção de aguardente
Agroindústria de mandioca
Cerâmica
Serviços de saúde
Produção de aguardente
Horticultura
Piscicultura
Apicultura
Piscicultura
Cajucultura de sequeiro
Horticultura orgânica
Comercialização da
castanha de caju
Agroindústria de polpa de
frutas
Turismo de lazer
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Stand cODevaSF – Feira dos Municípios 2005 – teresina-pi
ÁreaS De reLevaNte iNtereSSe cOLetivO 4
ponte João Luiz Ferreira – teresina-pi
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Considerando as dimensões econômica e ambiental, os atores sociais identificaram as ativi-dades estratégicas para o Território partindo das leituras do diagnóstico e do mapeamento das atividades produtivas, conforme mostra a Figura 3.
foto
: Pau
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abor
ne
território entre rios(aG 7, aG 8, aG 9 e aG 30)
Dimensão ambiental
• Recuperação de áreas
degradadas e de rios
• Implantação de
viveiros e de parques
ambientais
• Educação ambiental
• Construção de aterros
sanitários
Dimensão econômica
infra-estrutura
• Pavimentação
asfáltica de estradas
implantadas
• Construção de pontes
• Ampliação do no de
telefones públicos e de
rádios comunitárias
• Implantação de
barragens
• Construção de poços
produção
• Estruturação da
cadeia produtiva da
ovinocaprinocultura
• Desenvolvimento da
cajucultura
• Fomento à cadeia
produtiva da
apicultura
• Cultivo da mandioca e
agroindustrialização
• Implantação de
pólos de fruticultura
irrigada
• Fomento à
horticultura orgânica
• Desenvolvimento da
piscicultura
Figura 3. composição das áreas de interesse coletivo
58 As ações de infra-estrutura, meio ambiente e produção fo-ram tratadas pelos atores sociais do Território a partir de uma reflexão em plenária acerca das atividades estratégicas definidas em cada Aglomerado, a saber: AG 7, ovinocapri-nocultura, cajucultura, piscicultura e horticultura; AG 8, ovinocaprinocultura, cajucultura e apicultura; AG 9, ovi-nocaprinocultura, cajucultura e piscicultura; e AG 30, ovi-nocaprinocultura, fruticultura irrigada, agroindústria de mandioca e piscicultura.
A dimensão sociocultural (educação, saúde e assistência so-cial) não foi trabalhada na oficina por constituir políticas públicas já consolidadas em programas federais e ações es-taduais que, se bem articuladas, se tornam mola propulsora para o desenvolvimento sustentável.
MIGUEL ALVES
UNIÃO
AG 7
AG 8
AG 9
AG 30
LAGOA ALEGRE
JOSÉ DE FREITAS
CAXIAS
TIMON
MATÕES
PARNARAMA
LAGOA DO MATO
PALMEIRAS
CURRALINHOS
MONSENHORGIL
LAGOADO PIAUÍ
BENEDITINOS
DEMERVALLOBÃO
ALTO LONGÁ
COIVARAS
SAO FRANCISCODO MARANHÃO
REGENERAÇÃO
ARAMANTE
ANGICALDO PIAUÍ JARDIM DO MULATO
HUGO NAPOLEÃO
BARRODURO
PASSAGEM FRANCADO PIAUÍ
SÃO PEDRODO PIAUÍ
TERESINAALTOS
prOJetOS para O territóriO 5
antiga sede da polícia Militar – atualmente abriga o centro de artesanato Mestre Dezinho de valença – teresina-pi
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foto
: Pau
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ne O processo de planejamento participativo no Território propõe como demanda, para fins de investimento e políticas públicas, ações que apresentam governabilidade nas esferas federal, estadual e municipal, exigindo, portanto, um amplo processo de integração e interinstitu-cionalidade. Essas instâncias terão de ser articuladas por um modelo de gestão que permita a otimização e o adensamento dos recursos públicos, comprometendo municípios e estados na sua execução.
Nesse sentido, o PLANAP traz no seu escopo uma proposta de desenvolvimento que con-templa as demandas de infra-estrutura de apoio à produção, hierarquizando-as de acordo com seu papel e impacto para o desenvolvimento da região, ações ambientais, compreendi-das como pré-requisitos da sustentabilidade, e três atividades produtivas que apresentaram melhores condições de ampliar os mecanismos de inclusão social e promover o desenvolvi-mento do Território, com geração e distribuição de renda.
5.1. processo de priorização das propostas de projetos
A partir da socialização das atividades produtivas estratégicas identificadas em cada Aglo-merado, considerando o que é comum e específico, foram trabalhados sete anteprojetos produtivos para o Território, além dos de infra-estrutura e meio ambiente, totalizando ao final nove anteprojetos para aprofundamento e priorização no Território, trabalho realizado em grupos específicos para cada proposta de projeto.
Cada anteprojeto elaborado foi apresentado em plenária, tendo em vista a realização das supressões, dos ajustes ou as complementações necessárias.
Posteriormente à validação das propostas, os sete anteprojetos produtivos foram submeti-dos a um processo de priorização pelos atores sociais, pela da aplicação de uma matriz de multicritérios (Quadro 7), cujos referenciais foram:
• abrangência territorial;• capacidade de geração e distribuição de renda;• capacidade de agregar novas iniciativas e parcerias;• capacidade de promoção social; e• impacto sobre o meio ambiente.
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Quadro 7. Matriz de multicritérios aplicada para classificação das atividades produtivas definidas para o território
propostas para projetos
variáveis
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Agroindústria de mandioca 3 3 3 3 4 16 4o
Apicultura 3 3 3 3 5 17 3o
Cajucultura 5 5 5 5 4 24 2o
Fruticultura irrigada 2 3 3 4 3 15 5o
Horticultura orgânica 1 3 2 3 5 14 6o
Ovinocaprinocultura 5 5 5 5 5 25 1o
Piscicultura 3 3 3 3 4 16 4o
Níveis de pontuação: peso 1 = muito fraco; peso 2 = fraco; peso 3 = regular; peso 4 = bom; peso 5 = muito bom. No critério Impacto sobre o meio ambiente, a atribuição das notas foi inver-
tida: peso 5 = muito fraco; peso 4 = fraco; peso 3 = regular; peso 4 = fraco; peso 5 = muito fraco.
Com o resultado da análise das propostas, definiram-se como prioritários os seguintes projetos, em ordem cres-cente de classificação:
• ovinocaprinocultura;• cajucultura; e• apicultura. Os anteprojetos de infra-estrutura e meio ambiente não foram submetidos ao processo de priorização, por serem considerados condicionantes para a viabilização das propos-tas do segmento produtivo e imprescindíveis em qualquer processo de desenvolvimento sustentável.
5.2. projetos prioritários para geração de renda e inclusão social
A ovinocaprinocultura, a cajucultura e a apicultura foram indicadas como atividades prioritárias que construirão as bases para a promoção do desenvolvimento sustentável do Território Entre Rios, pela capacidade de responder posi-tivamente aos desafios de geração e distribuição de renda, promoção social e conservação ambiental.
O sucesso dessas atividades vai depender do adensamento de ações que visam à superação de questões relacionadas à infra-estrutura de apoio à produção, à capacitação e à or-ganização dos produtores, ao gerenciamento de negócios, à pesquisa, ao desenvolvimento sustentável e à conservação da diversidade biológica.
Cada proposta de projeto é apresentada, neste documento, com seu objetivo geral, suas principais atividades, metas, resultados esperados e custos estimados.
Caprinocultura – Campo Maior-PI
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Quadro 8. proposta para elaboração do projeto de ovinocaprinocultura para o território
OBJetivO
estruturar a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura utilizando a difusão de inovações tecnológicas
principais atividades• Realização de capacitação para criadores
• Implantação de unidades de transferência de
tecnologia
• Assistência técnica permanente
• Aquisição de matrizes
• Aquisição de reprodutores geneticamente
melhorados
• Implantação de banco de sêmen
• Implantação de banco de proteínas,
pastagens e forragens
• Construção e/ou adequação de apriscos
• Fomento a novas associações e cooperativas e
fortalecimento das já existentes
Metas• Capacitação de 2.160 ovinocaprinocultores, sendo 60 por
município, em tecnologia de manejo alimentar, reprodutivo,
sanitário e gestão – a partir do 1o ano
• Implantação de 1 UTT em cada município
• Contratação de 1 técnico agrícola para cada município
• Introdução de 10 matrizes para cada criador
• Introdução de 8.640 reprodutores melhorados nos
primeiros 4 anos
• Implantação de 4 bancos de sêmen, sendo 1 em cada
Aglomerado
• Implantação de 1 banco de proteínas para cada criador
• Construção de e/ou adequação das instalações de manejo
do rebanho
• Promoção de 2 eventos de capacitação para organização e
gestão por ano
custos*
US$ 1.00
Fomento: 1.380,00
Crédito:
7.271
reSULtaDOS eSperaDOS
• Rebanhos com melhor carga genética
• Melhoria na tecnologia de criação
• Melhoria da renda dos criadores
• Organização da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura
• Produtos e subprodutos da ovinocaprinocultura com melhor qualidade para competir
no mercado
US$ 1,00 = R$ 2,35 (em 30/06/05).
5.2.1.Ovinocaprinocultura
5.2.2.Cajucultura
Quadro 9. proposta para elaboração do projeto de cajucultura para o território
OBJetivO
promover o desenvolvimento da cajucultura com a expansão da área cultivada e a introdução de tecnologia
principais atividades• Capacitação de agricultores para produção de
mudas de caju enxertadas e beneficiamento
do pseudofruto e da castanha
• Instalação de viveiros para produção de
mudas de caju enxertadas
• Expansão da área cultivada de caju
• Distribuição de mudas de caju anão precoce
• Implantação de agroindústrias
• Organização dos produtores
Metas• Capacitação de 1.500 produtores por ano no período de
10 anos
• Construção de 4 viveiros, sendo 1 por Aglomerado
• Ampliação da área cultivada de caju em 1.000 hectares
por ano durante 4 anos
• Introdução de mudas de caju-anão precoce
• Implantação de 1 agroindústria de caju em cada município
do Território
• Capacitação de produtores em organização, gestão e
comercialização dos subprodutos do caju
custos*
US$ 1.00
Fomento:
2.096
Crédito:
7.668
reSULtaDOS eSperaDOS
• 100% dos cajucultores capacitados e
trabalhando na atividade
• Aproveitamento da mão-de-obra familiar
• Melhoria na renda das famílias
• Ampliação da área cultivada de caju em 80%
• Diversificação dos subprodutos do caju
• Introdução dos produtos da cajucultura na alimentação escolar
US$ 1,00 = R$ 2,35 (em 30/06/05).
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5.2.3.apicultura
Quadro 10. proposta para elaboração do projeto de apicultura para o território
OBJetivO
Fortalecer e expandir a cadeia produtiva da apicultura no território.
principais atividades• Aquisição e distribuição de colméias e
equipamentos para os apicultores
• Construção de casas de mel
• Construção e estruturação de entrepostos
de mel
• Capacitação de apicultores em técnicas de
manejo
• Capacitação de apicultores em organização
e gestão
Metas• Aquisição e distribuição de 26.250 colméias, sendo 30
colméias por apicultor nos 2 primeiros anos
• Construção de 8 casas de mel, sendo 4 nos dois primeiros
anos e 4 nos dois anos seguintes
• Construção de 2 entrepostos de mel em 5 anos
• Capacitação de 875 apicultores do Território nos 2 primeiros
anos
• Fortalecimento das organizações existentes e fomento à
criação de novas onde não existirem
custos US$
1.00
Fomento:
1.213
reSULtaDOS eSperaDOS
• 100% dos apicultores capacitados e
organizados em cooperativas
• Cooperativas estruturadas e fortalecidas
• Comercialização dos produtos do mel nos
mercados nacional e internacional
• Aumento da produção de mel
• Permanência do homem no campo
• Geração de emprego e renda
US$ 1,00 = R$ 2,35 (em 30/06/05).
5.3. condicionantes para implementação dos projetos prioritários
Além das três propostas de projeto citadas no item ante-rior, adotou-se como pré-requisito indispensável para a implementação de toda e qualquer política de desenvolvi-mento na bacia do Parnaíba a necessidade de investimentos em infra-estrutura e meio ambiente, que foram trabalha-dos considerando a tomada de decisão dos atores sociais no processo, tendo como indicativo o horizonte temporal de vinte anos.
Nesse sentido, as proposições de ações a seguir apresenta-das expressam a amplitude das prioridades relacionadas à infra-estrutura e ao meio ambiente e sugerem a necessida-de de superação burocrática e aprimoramento das buscas por efetividade nas parcerias para a implantação das polí-ticas públicas.Beneficiamento de mel
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Quadro 11. proposta para elaboração do projeto de infra-estrutura para o território
OBJetivO
Melhorar a infra-estrutura de apoio à produção e integrar os municípios do território
principais atividades• Pavimentação de estradas implantadas
• Construção de pontes sobre o rio
Parnaíba
• Instalação de telefones públicos
• Instalação de rádios comunitárias
• Perfuração de poços e implantação de
sistemas de motobombas
• Construção de pequenas barragens
visando à perenização de rios e riachos:
Canindé, Berlenga, Surubim, Gameleira,
Riacho Fundo, Jacaré, Raposa, Mutato,
Corrente e Tremendal
Metas• Pavimentação de 560 km nos trechos:
- Monsenhor Gil (saída da BR 316/PI 350) até Curralinhos, 30 km
- Monsenhor Gil (saída da BR 316/PI 232) até Miguel Leão, 17
km
- Miguel Leão/Curralinhos, 15 km
- Monsenhor Gil/Beneditinos (PI 223), 38 km
- Altos/Coivaras/Alto Longá (BR 226/PI 215), 45 km
- Altos/Pau d’Arco, 10km
- José de Freitas/Lagoa Alegre (PI 366), 29 km
- Amarante/Palmeirais (PI 130), 45 km
- Angical/Jardim do Mulato (PI 385), 7 km
- Água Branca/Hugo Napoleão (PI 361), 14 km
- Parnarama-MA/Lagoa do Mato-MA (MA 036), 90 km
- Parnarama-MA/São Francisco do Maranhão (MA 040), 120 km
- Timon-MA/Matões-MA/Parnarama, 100 km
• Construção de 2 pontes com 200 metros de extensão cada
uma, sendo uma interligando Parnarma-MA a Palmeirais-PI
(prioridade) e outra interligando Amarante-PI a São Francisco
do Maranhão
• Instalação de 1.500 telefones públicos até 2008 e mais 3.000
unidades nos 6 anos seguintes
• Instalação de rádios comunitárias
• Elaboração de um estudo para identificação de poços
existentes e situação destes – 1o ano
• Perfuração de poços e implantação de sistemas de
motobombas a partir do estudo realizado
• Construção de 10 barragens nos próximos 10 anos
custos*
US$ 1.00
Estradas
23.829
510
reSULtaDOS eSperaDOS
• Facilidade no escoamento da produção e no
deslocamento de pessoas
• Maior integração entre os municípios
• Realização de novos investimentos
• Fortalecimento do setor primário
• Melhoria da qualidade de vida
• Ampliação das condições de acesso a água de qualidade
US$ 1,00 = R$ 2,35 (em 30/06/05). Estrada: R$ 100.000,00/km. Ponte: R$ 3.000,00/m2.
5.3.1.Infra-estrutura
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5.3.2.Meioambiente
Quadro 12. proposta para elaboração do projeto de meio ambiente para o território
OBJetivO
recuperar áreas degradadas e conservar áreas nativas e recursos hídricos
principais atividades• Recuperação de áreas degradadas com espécies nativas
• Implantação de viveiros de espécies nativas para subsidiar
a recomposição da mata ciliar
• Criação de Unidade de Conservação
• Elaboração de projetos para o dasassoreamento dos rios
Parnaíba, Poti e Gameleira
• Educação ambiental
• Construção de aterros sanitários e implantação da coleta
seletiva de lixo
Metas• Recuperação de 2.000 ha de matas ciliares, sendo 200 ha a cada ano,
durante 10 anos
• Recuperação de 10.000 ha de área degradada, sendo 1.000 ha a cada
ano, durante 10 anos
• Implantação de 2 viveiros com espécies nativas – 1o ano
• Criação de parques ambientais
• Elaboração de 1 projeto a partir do 1o ano
• Capacitação de professores, jovens e produtores rurais como agentes
multiplicadores em educação ambiental – a partir do 1o ano
• Elaboração e divulgação de cartilhas sobre educação ambiental – a
partir do 2o ano
• Introdução da disciplina de educação ambiental na grade curricular
• Realização de um estudo para implantação de aterros sanitários
comunitários intermunicipais – 1o ano
• Construção de aterros sanitários a partir do estudo realizado
• Capacitação de pessoas interessadas em trabalhar nos aterros
sanitários para coleta seletiva de lixo e reciclagem
reSULtaDOS eSperaDOS
• 100% da população sensibilizada acerca da importância
de se preservar o meio ambiente
• Recomposição das matas ciliares e nativas
• Melhoria da qualidade da água e do ar
• Diminuição da erosão e de assoreamento dos cursos d’água
• Melhoria da qualidade de vida da população
• Equilíbrio na relação homem–natureza
5.4. Outros projetos do território
Os atores sociais elegeram a ovinocaprinocultura, a cajucultu-ra e a apicultura como projetos prioritários para promoção do desenvolvimento econômico e social do Território. No entan-to, outras atividades que obtiveram um peso menor na matriz multicritério também constituem atividades produtivas rele-vantes e foram priorizadas, são elas:
• cultivo da mandioca e agroindustrialização;• fruticultura irrigada;• horticultura orgânica;• piscicultura.
Assim sendo, tais projetos, considerados potenciais, são apre-sentados no PLANAP com detalhamento dos seus objetivos, principais atividades, metas e resultados esperados. Caprinocultura
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5.4.1.Cultivodamandiocaeagroindustrialização
Quadro 13. proposta para elaboração do projeto de mandioca para o território
OBJetivO
Desenvolver a atividade econômica da mandioca com a implantação e a difusão de novas tecnologias visando à agroindustrialização
principais atividades• Introdução de cultivares melhorados de mandioca
• Introdução de banco de germoplasma
• Introdução de tecnologias para o cultivo da mandioca e o
melhoramento do beneficiamento, da transformação e da
qualidade dos produtos
• Implantação de unidades de beneficiamento da mandioca
• Contratação de técnico para assistência técnica
permanente
• Capacitação de agricultores em mandiocultura e
associativismo
Metas• Introdução de variedades mais produtivas de mandioca e resistentes a
doenças e pragas – 1o ano
• Implantação de 1 banco de germoplasma no Território – 1o ano
• Introdução de novas tecnologias de cultivo e beneficiamento da
mandioca acessíveis aos agricultores a partir do 1o ano
• Implantação de 12 unidades de beneficiamento de mandioca, sendo
uma para cada três municípios, a partir do 2o ano
• Contratação de técnicos para dar assistência técnica na proporção de 1
para cada 100 produtores
• Capacitação de agricultores familiares em mandiocultura e
associativismo para fortalecimento da cadeia produtiva – 1o ano
reSULtaDOS eSperaDOS
• Aumento da produção e da produtividade da mandioca
• Melhoria da renda dos agricultores familiares
• Agricultores organizados
• Aproveitamento da mão-de-obra familiar
• Fortalecimento da cadeia produtiva com agregação de valor ao produto
5.4.2.Fruticulturairrigada
Quadro 14. proposta para elaboração do projeto de fruticultura irrigada para o território
OBJetivO
implantar pólos de fruticultura irrigada no território
principais atividades• Identificação de áreas que tenham potencialidades para
o cultivo de melancia, mamão, banana, maracujá, laranja,
coco, limão, tangerina, manga e caju
• Implantação de pólos de fruticultura irrigada
• Capacitação de agricultores familiares
• Contratação de assistência técnica
• Implantação de agroindústria familiar de beneficiamento
• Estruturação do nível organizacional dos produtores
Metas• Realização de estudo para identificação das áreas potenciais para
implantação dos pomares – 1o ano
• Implantação de pomares frutíferos a partir do estudo realizado
• Capacitação de 8.000 agricultores familiares durante 5 anos com
incorporação de 1.600 a cada ano
• Contratação de técnicos para dar assistência técnica sistemática
• Implantação de unidades de beneficiamento de frutas (polpa, doce, etc.)
– 3o ano de implantação do projeto
• Fomento à organização dos fruticultores
reSULtaDOS eSperaDOS
• Abastecimento de 100% do mercado de frutas do
Território com produtos de primeira qualidade e
competitividade
• Geração de emprego e renda
• Maior circulação de divisas no Território
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5.4.3.Horticulturaorgânica
5.4.4.Piscicultura
Quadro 15. proposta para elaboração do projeto de horticultura orgânica para o território
OBJetivO
Fomentar a horticultura orgânica no território
principais atividades• Identificação de áreas potenciais para implantação de
pólos hortícolas irrigados
• Implantação de pólos hortícolas com cultivos tradicionais
e introdução de novos (tomate, beterraba, cenoura, etc.)
• Introdução de princípios agroecológicos no cultivo das
hortas
• Capacitação de produtores nas técnicas de horticultura
orgânica
• Implantação de unidades de beneficiamento e higienização
dos produtos
• Assistência técnica
• Organização dos produtores
Metas• Realização de um estudo para identificação das áreas – 1o ano
• Implantação de 200 hectares de horta durante 5 anos, sendo 40
hectares por ano
• Introdução de técnicas de agroecologia no cultivo das hortas
• Capacitação de 5.000 pessoas em horticultura orgânica durante 5
anos, sendo 1.000 a cada ano
• Implantação de unidades de processamento dos produtos em cada pólo
• Contratação de técnicos para assistência técnica sistemática nos pólos
hortícolas
• Organização dos produtores em associações
reSULtaDOS eSperaDOS
• Aumento do consumo de hortaliças
• Melhoria da renda das famílias
• Certificação de 100% dos produtores
• Consumo de produtos sem agrotóxicos
• Produtores organizados
Quadro 16. proposta para elaboração do projeto de piscicultura para o território
OBJetivO
implantar e fomentar a piscicultura no território
principais atividades• Realização de um zoneamento da piscicultura e
identificação das áreas potenciais para o desenvolvimento
da atividade
• Capacitação de potenciais piscicultores
• Implantação de criatórios de peixe
• Assistência técnica permanente
• Construção de infra-estrutura para manejo das larvas,
beneficiamento e armazenamento do pescado
• Fomento à organização dos produtores
Metas• Realização de um estudo sobre a piscicultura no Território – 1o ano
• Capacitação de 100% de potenciais piscicultores na produção, no
beneficiamento e na comercialização – após estudo do setor
• Implantação de criatórios de peixes nas áreas identificadas no estudo
• Contratação de técnicos para dar assistência técnica sistemática aos
piscicultores
• Implantação de laboratórios para manejo dos alevinos e de unidades de
beneficiamento e armazenamento do pescado
• Organização dos produtores em associações e cooperativas
reSULtaDOS eSperaDOS
• Abastecimento do mercado interno com pescado
• Aumento do consumo de pescado em 50%
• Geração de emprego e renda
• Dinamização da atividade pesqueira no Território
• Aproveitamento do potencial hídrico do Território
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artesanato em cerâmica – grande teresina-pi
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“Nunca duvide da força de pequeno grupo de pessoas para transformar a realidade. Na verdade, elas são a única esperança de que isso possa acontecer”.
Margaret Mead
O grande diferencial do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP) é justamente a capacidade de elaboração coletiva que os atores sociais demonstraram durante o processo de construção do plano. O próprio desenho metodoló-gico do processo gera nos atores sociais, durante as oficinas, grande expectativa do que virá em um momento posterior. Essa expectativa vem transformando a mesmice em iniciativas continuadas para a definição da forma de gestão.
Para compreender os processos de organização e gestão da Bacia do Rio Parnaíba, requer-se primeiramente um resgate do universo das organizações públicas e privadas existentes que atuam no Território, que, pelas informações levantadas, em nível primário e secundário, seriam suficientes para dar conta dos diferentes processos de gestão nas dimensões econô-mica, sociocultural, ambiental e político-institucional.
No entanto, as organizações públicas e privadas – unidades regionais técnicas, gerências, comi-tês, conselhos, associações, ONGs, cooperativas, empresas públicas e privadas, centros sociais, instituições financeiras – não conseguem desenvolver uma gestão cuja função seja a de “construir organizações que funcionem”, seja na implantação, seja na implementação ou no controle, com uso de instrumentos de monitoramento e avaliação de ações.
A gestão, na sua visão mais ampla, tem por natureza, segundo Ruy Matos, a “função organi-zacional voltada para a liderança, a coordenação, o planejamento, o controle, a orientação e a integração das ações implantadas nos diversos níveis e setores da organização”. Tudo isso é fundamentado nas seguintes premissas básicas:
• senso de propósitos e valores compartilhados;• agregação de valor mútuo;• compromissos e responsabilidades;• confiança e transparência na comunicação; e• abertura à mudança de paradigmas.
Porém, o que se observa na prática das organizações é a total desarticulação entre elas, além do distanciamento da concepção de gestão em relação a essas premissas básicas fundamen-tais para a formação de parcerias e alianças.
É importante mencionar que as organizações existentes trabalham com a incapacidade de trazer a gestão para o centro da organização. O desafio está não somente em criar, mas sim em contribuir para que as organizações de agora e as que vierem a ser criadas descubram afinal para que foram criadas, seus propósitos e seu sentido maior na sociedade. Vários ca-minhos poderão ser trilhados para a formação de uma nova institucionalidade, mas, hoje, a focalização que conduz às mudanças sociais no campo político-democrático está estrutura-da tendo por natureza jurídica, entre outras, algumas formas de organização cujas caracte-rísticas estão apresentadas no Quadro 17.
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Formas características
comitê de Bacia
O que é Órgão colegiado
Objetivo Normatizar, deliberar e consultar
Princípios Definidos no regimento interno
Gestão/organizaçãoDiretoria, secretaria executiva, plenária, câmaras técnicas e câmaras consultivas regionais
ComposiçãoRepresentantes da União, dos estados, dos municípios, usuários das águas, entidades civis, conforme abrangência geográfica da bacia
Lei que regula Criado por decreto federal com base na Lei no 9.433/97
Fórum
O que é Espaço aberto que congrega instituições públicas e privadas, representações de classe, segmentos organizados da sociedade, universidades e instituições financeiras
Objetivo Desenvolvimento regional
PrincípiosComprometimento, ética, participação democrática e resultados tangíveis, socialmente justos e ecologicamente corretos
Gestão/organização Secretaria executiva e câmaras temáticas
Composição Plural e ilimitada
OS
O que é Entidade privada prestadora de serviço privado de interesse público
ObjetivoVoltado ao ensino, à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura, à saúde e ao meio ambiente
PrincípiosPodem ser definidos pelos membros. A lei estipula o funcionamento, os órgãos e as deliberações
Gestão/organizaçãoFormada por membros do poder público e da sociedade civil com contrato de gestão com a sociedade civil
No de associados Ilimitado
Lei que regula Lei no 9.637/98
ONG
O que é Organização sem fins lucrativos, autônoma, voltada para o atendimento de organização de base popular
ObjetivoContribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio da promoção social complementando a ação do estado
Princípios Definidos pelos membros a partir das idéias que os unem
Gestão/organização Gerida pela assembléia-geral e pela diretoria executiva
No de associados Ilimitado
OScip
O que é Sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos
ObjetivoSociais de interesse geral da sociedade, conforme artigo 4o da lei que a regula
Princípios Definidos na lei, de caráter ético e comportamental
Gestão/organizaçãoDefinida em estatuto, sendo formada por sócios. É instituído um termo de parceria com o poder público
No de associados Ilimitado
Lei que regula Lei no 9.790/99
Quadro 17. Formas alternativas de gestão
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BiBLiOGraFia SeLeciONaDa 7
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planta da família piperácea – timon-Ma
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7.1. Bibliografia consultada
ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL – 2000. PNUD Brasil. Disponível em: http://www.pnud.org.br/atlas.
BUARQUE, Sérgio. Construindo o desenvolvimento sustentável: metodologia e planejamento, 2002.
IBGE. Macrozoneamento geoambiental da Bacia do Rio Parnaíba. Rio de Janeiro, 1996.MARANHÃO. Gerência de Estado de Planejamento Orçamento e Gestão. Instituto de
Estudos e Análises Socioeconômicas do Maranhão (IEASE). Maranhão em Dados 2003. São Luís, 2004.
MARANHÃO. Prefeitura Municipal. Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável de Timon. Timon-MA, 2002.
PIAUÍ. Prefeitura Municipal. Teresina Agenda 2015.PIAUÍ. Prefeitura Municipal. Teresina em Dados. 2005.PIAUÍ. Secretaria de Planejamento. Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais
do Piauí (CEPRO). Anuário Estatístico do Piauí 2002. Teresina, 2004.
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7.2. Sites de interesse
CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
http://www.codevasf.gov.br
DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte
http://www.dnit.gov.br
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária http://www.embrapa.gov.br
Governo do Estado do Maranhão http://www.ma.gov.br
Governo do Estado do Piauí http://www.pi.gov.br
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
http://www.mapa.gov.br
MI – Ministério da Integração Nacional http://www.integração.gov.br
MMA – Ministério do Meio Ambiente http://www.mma.gov.br
SEAP/PR – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República
http://www.presidencia.gov.br/seap
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Árvore de tamarindo (tamarindus indica L)
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(continua...)
8.1. principais atores sociais
Nome/instituição endereço contato
Antônio José Barbosa da CostaSTR
Rua Anfrísio Lobão no 97, CentroUnião-PI
86 3265-1210
Álina Celia S. Menezes Santiago SEPLAN-PI
Avenida União no 2455 ap. 201, Bl. ATeresina-PI
86 9482 8222
Auricélia Ferreira CamposSTR
Rua Manoel Gonçalves no 888Caxias-MA
99 3521 2356
Adão Jorge Rodrigues SilvaPrefeitura Municipal
Avenida Carolina no 237, CentroParnarama-MA
99 3577 1144
Antônio Carlos CarvalhoSec. de Agricultura
Qd 49 Casa no 04 Bairro FloresTimon-MA
99 3326 8072/8802 9811
Antônio Cloves dos SantosPrefeitura Municipal
Avenida Afrânio Filho no 262, CentroAmarante-PI
86 3292 1406
Antônio Lisboa Avelino AraújoPrefeitura Municipal
Rua Mateus Avelino no 99, CentroAmarante-PI
86 3292 1038
Antônio Lopes da SilvaSTR
Rua Joaquim Lopes no 29, CentroHugo Napoleão-PI
86 3299 1188
Antônio José Araújo MachadoSec. Municipal de Agricultura
Praça Raul Costa s/no Lagoa Alegre do Piauí-PI
86 3267 1140
Ana Karina da Silva SouzaConsultora
Rua Área Leão no 495 Centro/Sul Teresina-PI
86 9971 4985
Antônio Manoel RomãoSTR
Rua Alcides Freitas no 2400, Bairro Marquês – Teresina-PI
86 3222 4287
Ademir Ferreira Lima ChavesPrefeitura Municipal
Av. Domingos Lourenço Jorge no 104, Centro – Lagoinha do Piauí-PI
86 3286 0082
Carlos Alberto MedeirosSDT (Articulador Territorial)
Rua Magalhães Filho no 646,Centro – Teresina-PI
86 3223 7627
Diogo de Souza Ferraz Sec. Municipal de Agricultura
Rua Manoel Soares s/no,Centro – Barro Duro-PI
86 9992 3987
Enoque Teixeira FilhoSec. Municipal de Agricultura
Praça Nossa Senhora da Conceição no 727 – Palmeirais-PI
86 3288 1220
Edmilson Mota de Sousa Sec. Municipal de Agricultura
Rua Joaquim Lopes no 82, CentroHugo Napoleão-PI
86 3299 1118
Edmilson Francisco de MoraesSTR
Rua Francisco de Carvalho no 1141 Bairro Cidade NovaDemerval Lobão-PI
86 3260 1939
Elaine Pereira de BritoSTR
Rua Edilson de Medeiros no 23, CentroLagoa do Piauí-PI
86 9995 8401
Estevão Veloso FernandesSec. Municipal de Agricultura
Rua do Norte no 574, CentroDemerval Lobão-PI
86 3260 1402/1236
Enéas Colaço AraújoSTR
Rua Barão do Rio Branco no 308 Centro – Matões-MA
99 3576 1299
Evandro Honorato dos SantosSec. Municipal de Agricultura
Povoado São João (Zona Rural) Olho d’Água do Piauí-PI
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Francisco Fernandes de LimaPrefeitura Municipal
Rua Frei Conrado no 99 Centro Demerval Lobão-PI
86 9977 6191
Francisca Alves dos SantosPrefeitura Municipal (Gerente do Meio Ambiente)
Rua Palmares no 3509 – Bairro Três Andares – Teresina-PI
86 3229 6181
Fernandes César M. de CarvalhoSec. Municipal de Agricultura
Avenida Tenente Zeli s/no, CentroLagoa do Piauí-PI
86 9986 1480
Fábio Costa BritoPrefeitura Municipal
Rua Joaquim Pedreira no 58 – Bairro Parque Piauí – Timon-MA
8823 5451
Fredson Santos BarrosPrefeitura Municipal
Rua da Aroeira no 1719, CentroCaxias-MA
99 9135 4310
Francisca Pereira de A. BarrosSTR (Coord. Comissão de Mulheres)
Rua Maria do Carmo Alves s/no, entroAngical-PI
86 3298 1226
George Douglas B. de CarvalhoCINPRA-Cocais
Conj. Vila Confiança Bl. G, ap. 304 Bairro Monte CasteloTeresina-PI
86 3218 2364
Gilmar Mendes de MouraAssoc. de Peq. Prod. Rurais
Av. Simplício Aguiar no 141, CentroBeneditinos-PI
86 3269 1314/3269 1181
Irismar Mendes de MouraAssoc. de Peq. Prod. Rurais
Av. Simplício Aguiar s/no, CentroBeneditinos-PI
86 3269 1459
Jaelson Moura SilvaSTR (Eng. Agrônomo)
Rua Dr. José Firmino no 3097, CentroMatões-MA
99 3576 1561
José Augusto Moreira de JesusPrefeitura Municipal (Diretor de Reforma Agrária)
Av. Alberto Leal Nunes no 309, CentroRegeneração-PI
86 3293 1655
João Batista da Cruz RiosPrefeitura Municipal (Coord. de Desenvolvimento Agrário)
Rua Maria do Vocaino no 1504, Bairro Campo de BelémCaxias-MA
99 3521 3025
José Washington AlvesSec. Municipal de Agricultura
Rua Timbiras no 40, CentroParnarama-MA
99 3577 1457
José Carlos Ferreira de CarvalhoSTR
Av. Duque de Caxias no 352, CentroMatões-MA
99 3576 1299
José Alves da SilvaSec. Municipal de Agricultura
Telêncio do Vale no 216, CentroAltos-PI
86 9996 4073
Josefa Carraso de MacedoAssoc. de Horticultores
Quadra B, lote 15, no 5716, Loteamento Geovani PradoTeresina-PI
86 3231 5078
José Afonso de Araújo SilvaSec. Municipal de Agricultura
Rua José Noronha no 75, Centro Monsenhor Gil-PI
86 3258 1166
José Batista de Sousa Sec. Municipal de Agricultura
Comunidade Embiratana São Gonçalo do Piauí-PI
86 9982 9758
Jurandir Silva dos SantosSTR
Avenida Zito Batista no 211, Centro Monsenhor Gil-PI
86 3258 7250
Kleber Fernando Vaz GomesSec. Municipal de Agricultura
Rua Antônio Dias no 25, Bairro Beira Rio Miguel Alves-PI
86 9989 7019
Luís Reis Aires BarbosaSec. Municipal de Agricultura
Rua Marcos Pacheco no 252, Centro São Francisco do Maranhão-MA
99 3292 8080
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Lourenço Gomes da CostaSTR
Rua Almir Soares no 180 – Bairro Bacuri Palmeirais-PI
86 3288 1164
Maria Rosângela da SilvaSRT (Coord. do Movimento de Mulheres)
Rua Manoel Gonçalves no 888, CentroCaxias-MA
99 3221 2356
Maria Iranilza S. AzevedoCooperativa Apícola
Rua Leônidas Melo no 1228, CentroSão Pedro do Piauí-PI
86 9924 5626/ 3280 1267
Maria do Socorro M. da CostaSTR
Rua Senador Joaquim Ribeiro no 58, Centro – Regeneração-PI
86 3293 1188
Maria Vaulete de SáConsultoria Empreendimentos
Rua Rui Barbosa no 68, Centro Teresina-PI
86 9971 1255
Maria Sandra Gomes de SousaFAMCC
Avenida Santa Maria Rita s/n, Bairro Bom Futuro – Teresina-PI
86 3221 1554
Maria de Jesus de Moura VieiraAssoc. de Peq. Prod. Rurais
Avenida Simplício Aguiar no 141, Centro – Beneditinos-PI
86 3269 1459
Manoel dos Reis PintoSTR
Rua José de Fontes no 667, Bairro dos Escalvados – Amarante-PI
86 3292 1490
Oséas Pereira Prestes FilhoPrefeitura Municipal (Sec. de Desenvolvimento Rural)
Rua Firmino Pires no 65, CentroTeresina-PI
86 3215 7838
Pedro Barros CarvalhoSec. Municipal de Agricultura
Travessa do Cajueiro no 1234 – Bairro Seriema – Caxias-MA
99 8111 3913
Raimundo Alves CardosoSTR
Avenida Carolina no 125, CentroParnarama-MA
99 3577 1051
Raimundo Soares de MouraSTR
Rua Simplício Aguiar no 141, Centro Beneditinos-PI
86 3269 1459/1181
Raimundo Tomaz da SilvaSTR
Av. Nossa Senhora das Dores no 480, Centro – Olho d’Água do Piauí-PI
86 3294 0022
Raimunda Evangelista NeponucenoSTR
Avenida Simplício Aguiar s/n, CentroBeneditinos-PI
86 3269 1459
Romão OhiCODEVASF 7a SR
Rua Taumaturgo de Azevedo no 2315, Centro – Teresina-PI
86 3215 0145
Raimundo Vale Moreno de SousaSec. Municipal de Agricultura
Avenida Domingos Lourenço Jorge s/n, Centro – Lagoinha do Piauí-PI
86 3286 0082
Raimundo Nonato RochaSTR
Rua Alto do Moura s/n, CentroBarro Duro-PI
86 3284 1450
Salvador Saraiva da Silva FilhoSec. Municipal de Agricultura
Avenida Roseane Sarney s/n, CentroLagoa do Mato-MA
99 3492 1043
Sérgio MirandaSEPLAN-PI (Superintendente)
Avenida Miguel Rosa, no 3190, Sul,Teresina-PI
86 3221 3580
Verônica Maria Ribeiro MarquesCâmara Municipal (Vereadora)
Rua Quintino Bocaiúva no 590, CentroBeneditinos-PI
86 3269 1339
Wibson Pereira de SáPrefeitura Municipal
[email protected]ões-MA
99 3576 1160
Valter Caetano da SilvaSec. Municipal de Agricultura
Avenida São Raimundo s/n, Centro Curralinhos-PI
86 3273 0005
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8.2. Direção e coordenação da cODevaSF
CODEVaSF–CompanhiadeDesenvolvimentodosValesdoSãoFranciscoedoParnaíbaSGaN,Q.601,Conj.I–Ed.Dep.ManoelNovaes–s.22270.830-901,Brasília-DF,Brasil.Site:http://www.codevasf.gov.br
Luiz Carlos Everton de FariasPresidenteTel.: (55-61) 3312-4660/3312-4845/3225.3487
Ana Lourdes Nogueira AlmeidaDiretora da Área de Administração Tel.: (55-61) 3312-4710/3224-7862
Clementino Souza CoelhoDiretor da Área de EngenhariaTel.: (55-61) 3312-4734/3224-7980
Marcos Moreira (respondendo pela Diretoria)Diretor da Área de ProduçãoTel.: (55-61) 3312-4680/3312-4684/3224-7690
Alexandre Isaac FreireGerente Executivo da Área de PlanejamentoTel.: (55-61) 3312-4640/3312-4646/3226-2145
Hildo Diniz da SilvaSuperintendente – 7ª SRTel.: (55-86) 3215-0150, Fax: (55-86) 3221-0940E-mail: [email protected]
8.3. equipe de elaboração do pLaNap
Ivan Dantas Mesquita MartinsCoordenador de Estudos, Planos e ProjetosTel.: (55-61) 3225-4878/3312-4620, Fax: 955-61) 3321-5673E-mail: [email protected]
Nelson da Franca Ribeiro dos AnjosCoordenador Internacional do PLANAPEspecialista Principal em Recursos Hídricos – UDSMA/OEASGAN, Q. 601, Conj. I – Ed. Dep. Manoel Novaes – s. 22270.830-901, Brasília-DF, BrasilE-mail: [email protected]
Rejane Tavares da SilvaCoordenadora técnica do PLANAPE-mail: [email protected]
anexo
Para a preparação da proposta contida nesta Síntese Executiva, foram elaborados documentos considerados base para o desenvolvimento do trabalho.
O CD que acompanha este documento traz: os perfis dos Aglomerados, o diagnóstico com base na metodologia Itog nas dimensões ambiental, sociocultural e econômica, as propostas de projetos e os projetos priorizados elaborados e com estimativa de custo.
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SÍNTESE EXECUTIVA
TERRITÓRIO DOS COCAIS
PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO
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